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1 QUALIDADE EM SERVIÇOS DE SAÚDE 1 SUMÁRIO NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................... 2 Qualidade ....................................................................................................... 3 QUALIDADE EM SERVIÇOS ......................................................................... 3 Qualidade de Vida e os Serviços de Saúde Pública ....................................... 4 Gestão da qualidade ...................................................................................... 5 Gestão de qualidade em saúde ..................................................................... 6 Organização de assistência à saúde ............................................................ 10 Gestão de Qualidade em Saúde na Administração Hospitalar ..................... 12 Tipos de avaliação........................................................................................ 16 normas de qualidade .................................................................................... 18 Avaliação do Serviço de Qualidade na Gestão Hospitalar ............................ 19 As sistemáticas de “Qualidade” na área da saúde como modelo de gestão: Acreditação ............................................................................................................. 21 Diferença entre Certificação e Acreditação ................................................... 24 Cultura de segurança nos sistemas de saúde .............................................. 24 REFERENCIAS ............................................................................................ 30 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós- Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 QUALIDADE Seleme & Stadler (2010) descrevem o termo qualidade que vem do latim qualitate, conceito desenvolvido por diversos estudiosos e que tem origem na relação das organizações com o mercado. As considerações que com maior recorrência se fazem a respeito desse conceito são aquelas que se referem ao atendimento das necessidades dos clientes e do padrão de produção e serviços providos pela organização. Especificamente em relação ao uso de técnicas, ferramentas ou metodologias para o aprimoramento dos serviços de informação, foram identificadas vários relatos eminentemente práticos, conceitos da engenharia da produção à realidade dos serviços de informação, com forte fundamentação teórica e, principalmente, com um enfoque prático através das validações realizadas em organizações prestadoras de serviços de informação. QUALIDADE EM SERVIÇOS As empresas privadas, assim como as organizações públicas, encontram-se cada vez mais preocupadas com a qualidade de seus produtos e serviço fornecidos e dos serviços de saúde é norteada como um diferencial para o sucesso dos administradores visando atender as necessidades da população a ser atendida. A qualidade dos serviços encontra-se em um processo evolutivo em virtude da qualificação e requalificação não somente dos gestores, mas de todos os níveis com poder de decisão com vistas ao alcance de resultados do planejamento estratégico. Este processo evolutivo tem como direção atender as aspirações e necessidades da população de uma atenção à saúde que garanta um atendimento humanizado e adequado síntese decisórias Bonato (2011), ressalta que hospitais são instituições prestadoras de serviços de grande importância social, possuindo alta complexidade e peculiaridade, portanto a prática da “Qualidade” adquire enfoque e diferencial específicos. Conhecer a história, evolução e funcionamento dos hospitais permite delinear o cenário em que se configuram as ações da “Qualidade”, que deram início às práticas 4 que tiveram suas primeiras iniciativas nos setores voltados a produtos, e se aproximando posteriormente da área de prestação de serviços, como saúde, educação e outros. Grönroos (2003, p. 90) afirma que “a boa qualidade percebida é obtida quando a qualidade experimentada atende às expectativas do cliente, isto é, à qualidade esperada”. Mendes (2012), completa que a qualidade é um pilar fundamental de qualquer setor de atividade. No setor da saúde, a qualidade deixou de ser um fator opcional e tornou-se uma prioridade, uma exigência e um requisito de enorme importância na gestão das organizações de saúde, representando a sua responsabilidade, ética e respeito pelos cidadãos que a elas recorrem. Araujo et al (2009), afirmam que o conceito de qualidade em serviços de saúde passou, ao longo dos anos, do enfoque puramente técnico para um enfoque mais abrangente, no qual se tenta satisfazer as necessidades, interesses e demandas de três grupos: os prestadores do serviço de saúde, os que gerenciam tais serviços e os que o utilizam. Cada um destes grupos tem interesses e opiniões próprios sobre melhoria de qualidade dos serviços de um hospital. Face o exposto, tanto a qualidade de vida no trabalho, assim como, a qualidade em serviços não são procedimento dicotômicos, os gestores tem que desenvolver procedimentos gerenciais, em conjunto com os seus colaboradores, de forma integrada e interdisciplinar, visando propiciar um atendimento mais humanizado a população a ser atendida pela unidade de saúde pública. QUALIDADE DE VIDA E OS SERVIÇOS DE SAÚDE PÚBLICA A qualidade nos serviços prestados por qualquer organização, principalmente de saúde pública, esta diretamente ligada a qualidade de vida dos seus colaboradores diretos e indiretos com as suas atividades. Fernandes (2005), conceituou Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) como a gestão dinâmica e contingência de fatores físicos, tecnológicos, instrumental, psicossocial e organizacional, para melhorar a desempenho funcional, sabendo-se que os funcionários são conhecedores das necessidades para melhor desenvolver suas atividades dentro da organização. 5 Uma das definições de treinamento diz que “treinamento é o processo de desenvolver qualidades nos recursos humanos para habilitá-los a serem mais produtivos e contribuir melhor para o alcance dos objetivos organizacionais” (CHIAVENATO,1995, p. 215) O treinamento em qualquer unidade de saúde deve ser de responsabilidade dos recursos humanos em linha com o gerente da área de atuação do funcionário selecionado, visando otimizar e permitir a qualificação adequada a função. Segundo Campos (1992), um dos mais importantes conceitos dos programas de qualidade está na premissa de que somente se melhora o que se pode medir e, portanto, é preciso medir para melhorar. Assim, faz-se necessário avaliar, de forma sistemática, a satisfação dos profissionais da empresa, pois, nesse processo de autoconhecimento, as sondagens de opinião interna, são importantes ferramentaspara detectar a percepção dos funcionários sobre os fatores intervenientes na qualidade de vida e na organização do trabalho. A existência de um padrão de excelência deve envolver todos os integrantes da unidade de saúde, em todos os níveis, com profissionais experientes e qualificados, com sistema de treinamento e requalificação constante visando garantir a qualidade dos serviços prestados pela unidade de saúde, proporcionando a satisfação e a fidelização aos processos a serem determinados aos pacientes. GESTÃO DA QUALIDADE Conceitualmente, a gestão da qualidade total (GQT) é definida como: "Modo de gestão de uma organização, centrado na qualidade, baseado na participação de todos os seus membros, visando ao sucesso a longo prazo, através da satisfação do cliente e dos benefícios para todos os membros da organização e para a sociedade". Isto significa dizer que a qualidade total deve ser entendida como "a filosofia que coloca qualidade como ponto central dos negócios e atividades da empresa, disseminando-a em todas as atividades e para todas as pessoas". A qualidade total, portanto, é uma forma de gestão e, para a sua efetiva utilização, são necessários inúmeros esforços por parte da alta administração da organização, além da estruturação de um sistema. 6 Conforme Juran (1993)12, “Podemos aumentar nossa perspectiva, voltando nossos olhos ao caminho percorrido até hoje – aos primeiros processos de gerenciamento para a qualidade”. O modelo de referência para a gestão pela qualidade total adotado segue em boa parte os princípios praticados por destacadas empresas japonesas, norte- americanas e europeias e expressos nos trabalhos de Ishikawa (1993) , Merli (1993) e Galgano (1993). O objetivo principal e básico de uma empresa é administrar o negócio tendo como o centro de atenção os stakeholders. Os stakeholders são os clientes, os empregados, os acionistas, os fornecedores e a sociedade. GESTÃO DE QUALIDADE EM SAÚDE Merhy (1997) coloca que justamente o modo como se estruturam e são gerenciados os processos de trabalho configuram “um dos grandes nós críticos” das propostas que apostam na mudança do modelo tecnoassistencial em saúde no Brasil, “que se tem mostrado comprometido com muitos tipos de interesse, exceto com a saúde dos cidadãos”. É possível desagregar um sistema nacional de inovação em diferentes setores, pois as características do progresso tecnológico e dos fluxos de informações científico- tecnológicas variam consideravelmente. Como o setor saúde pode ser demarcado de outras atividades econômicas em termos da dinâmica, é razoável discutir a ideia de um sub-sistema de inovação no setor saúde. Compreender como se efetiva a “Qualidade” e como os diferentes Sistemas de Avaliação são praticados, qual a percepção dos diferentes atores sociais que participam nesse processo, nos diferentes níveis de ação em saúde, é um desafio constante a ser realizado pelo gestor. Nesse campo, é fundamental entender o conceito de “Qualidade” pelos que conduzem os processos tanto assistenciais como aqueles voltados à gestão. A “Qualidade” é uma práxis iluminada pela crítica e vice-versa; se entendida e tratada nessa perspectiva, representa uma importante contribuição para a existência, 7 concretude e historicidade do setor. Nas décadas de 80 e 90, o conceito de “Qualidade” passou a circular nos meios de comunicação, levando as empresas a transformarem-se, com vistas ao futuro; pela necessidade de sustentabilidade. O planejamento, a revisão de processos e o acompanhamento de performance, assim como melhorias constantes, passaram a ser vitais para o posicionamento das organizações no mercado. Sistemas de Qualidade foram adotados na busca de competitividade, de eficiência e eficácia dos processos e dos altos índices de desempenho com resultados de sucesso. Esse movimento refletiu mudanças na gestão das organizações, cujo olhar dirigiu-se à reestruturação, inovação e para a busca de excelência, por meio de práticas mais racionais e focadas nas demandas dos clientes. Dentre as mudanças requeridas destacam-se: a visão sistêmica da organização dos seus processos institucionais, a transformação dos indivíduos, com ações dirigidas por novos paradigmas, buscando autorrealização e inovação, estímulo ao desenvolvimento de novas capacidades, da criatividade e alta produtividade, mobilizando sujeitos mais capazes, criativos e produtivos. Verifica-se, por parte das organizações, tendência à valorização dos talentos humanos para atuarem como agentes participativos do replanejamento e da resignificação do contexto do trabalho vigente. Constata-se, portanto, que os profissionais vêm sofrendo influências diversas. Entre elas, o trabalho que contribuiu para mudanças no plano profissional e pessoal, exigindo do trabalhador postura ativa, participativa e transformadora, afetando diretamente as relações com as organizações e o modo de fazer. Essas considerações permitem refletir sobre a abrangência e influência da “Qualidade” nos diversos campos da sociedade, com destaque para a saúde. Dentre as diferentes organizações que se preocupam com saúde, podemos destacar hospitais, clínicas, unidades ambulatoriais, de emergência, consultórios, entre outros. Hospitais são instituições prestadoras de serviços de grande importância social, possuindo alta complexidade e peculiaridade, portanto a prática da “Qualidade” adquire enfoque e diferencial específicos. Conhecer a história, evolução e funcionamento dos hospitais permite delinear o cenário em que se configuram as ações da “Qualidade”, que deram início às práticas que tiveram suas primeiras iniciativas nos setores voltados a produtos, e se aproximando posteriormente da área 8 de prestação de serviços, como saúde, educação e outros. Focando na saúde, temos Teixeira, que afirma: Os avanços tecnológicos e o aparecimento da medicina científica, no fim do século XIX e início do século XX, revolucionaram o papel e as funções do hospital. Ele deixa de ser um local onde pobres e doentes são levados para morrer, transformando-se na mais importante instituição para o tratamento de enfermidades, oferecendo ao médico infraestrutura que não podia ser deslocada à residência do paciente (...) no século XX, o hospital ampliou suas fronteiras e passou a servir toda a comunidade. Quanto à questão econômica, o hospital responde hoje pelos maiores custos dos cuidados com a saúde, assim, procura-se diminuir as internações, aumentando os serviços ambulatoriais, a assistência domiciliar, expandindo e formalizando compromissos com a qualidade, satisfazendo o usuário e diminuindo custos. Atualmente, as instituições hospitalares são sistemas abertos que sofrem a ação do meio, sendo influenciadas pela evolução e mudanças em todos os campos sociais, tornando-se um espaço multidisciplinar de interação com a sociedade. O cenário hospitalar atual caracteriza-se por conter um sistema mais humano do que mecânico; paradoxalmente, é muito burocrático, com regras e regulamentos para controlar o comportamento e o trabalho de seus membros. Perdeu, quase totalmente, suas características paternais e autoritárias, assumindo caráter de organização funcional-racional-burocrática O esforço de construção e organização de um sistema produtivo que contemple relações mais claras e definidas entre os diversos atores sociais constitui um desafio dos pensadores da administração, da psicologia, entre outros, principalmente quando abordado o tema saúde, seja qual for o cenário em destaque: clínica, consultório, hospital, unidade básica, laboratório. Frente ao mundo repleto de transformações tecnológicas, econômicas e sociais, encontra-se no conhecimento e na informação a vantagem competitiva para o indivíduo e para as organizações. Criar um ambiente de trabalho estimulador para compartilhar conhecimento,em que as relações pessoais se manifestam, gerando novos conhecimentos, o desenvolvimento de novas competências, coloca-se como desafio para a organização focada na gestão das pessoas e preocupada com a “Qualidade”. Ao potencializar o 9 saber dos indivíduos, a organização realizará saltos em busca de crescimento e inovação. É preciso conhecer e entender as mudanças atuais nos diferentes âmbitos: social, econômico, organizacional e psicológico, para poder administrá-las. Esse é o caminho para a construção de uma organização que evolui em paralelo com o desenvolvimento social e estimula seus trabalhadores rumo à cidadania. Organizações vencedoras serão aquelas que criarem alternativas com maior rapidez, avançando, melhorando, identificando suas fragilidades e estabelecendo oportunidades para criar mecanismos inovadores no cotidiano. Outro aspecto que merece destaque é a definição e identificação da concorrência, estabelecendo formas para identificá-las e mecanismos para lidar com ela A “Qualidade Total” surge como ferramenta de apoio para tratar esta realidade. Assume diferentes significados: qualidade de trabalho, serviço, informação, processo, estrutura e pessoas. Implica a satisfação das expectativas e necessidades dos clientes por meio de uma gestão científica dos processos, baseada em fatos e dados, voltada para a correção e prevenção de erros. Deve ser baseados na manutenção e melhoria dos padrões de desempenho atuais, com produtos e serviços melhores e mais competitivos, participação e envolvimento dos membros da organização, considerando aspectos éticos que envolvem a prestação dos serviços de saúde. A construção dos conceitos de “Qualidade” envolve uma multiplicidade de variáveis, assinalando setores e tendências predominantes, em um dado contexto de trabalho. Constata-se, na literatura específica e na prática, a existência de diferentes abordagens para “Qualidade”. Algumas valorizam a produtividade e o equilíbrio da organização, outras estão mais voltadas ao desenvolvimento do potencial humano. Tais tendências mostram-se presentes nos planos e ações das organizações, que atuam no segmento saúde, independentemente do seu porte. As ações dos gestores em saúde contêm a representação social do conceito de “Trabalho” e “Qualidade”, que estabelece a vinculação do fazer com a percepção e com a verdade tomada pela liderança como direcionadora de seus planos de trabalho. Essas ações, frequentemente, parecem ser mais dirigidas intuitivamente do que embasadas em um conhecimento construído, alinhando a teoria e a prática. Portanto, torna-se essencial que os profissionais busquem apoio na literatura, em 10 benchmarking, visando ao suporte e consistência na implementação de seus projetos, adequando-os à realidade de cada serviço, seja ele uma unidade de saúde, um hospital ou, ainda, uma clínica. Esse processo sistematizado e com bons alicerces legitimará as práticas institucionais, validando as ações propostas. Em algumas instituições, constata-se que o gestor da “Qualidade” ocupa lugar em esferas decisórias, fazendo parte do planejamento estratégico da organização, podendo integrar as metas da “Qualidade” aos objetivos macroinstitucionais, fato bastante favorável para impulsionar programas dessa natureza. A sistemática de qualidade escolhida pelos serviços de saúde, qualquer que seja, está vinculada a um conjunto de ações e posições socioculturais de seus gestores. Retrata relações estabelecidas entre eles, no processo de trabalho e em seus grupos de referência, refletindo-se nas opções definidas. O sistema de crenças e valores dos indivíduos e da organização está embutido na escolha metodológica, que visa a atender às expectativas das partes comprometidas no processo. Os sistemas híbridos podem ser positivos e alavancadores de um desenvolvimento crescente e espiralado, envolvendo, cada vez mais, os diversos níveis da instituição. Considera-se a aproximação das áreas técnica e estratégica essencial para o sucesso das ações de “Qualidade”, pois envolvem mudanças estruturais e paradigmáticas visíveis aos profissionais e usuários. O movimento institucional pela qualidade gera, na coletividade, a clara identificação e a visão referente ao real apoio destinado aos programas dessa natureza. A transparência desse processo de aproximação entre os diferentes atores envolvidos interfere diretamente nos resultados pretendidos, uma vez que os indivíduos aprendem, no decorrer de suas existências, a decodificar mensagens verdadeiras, daquelas que manipulam o corpo funcional. ORGANIZAÇÃO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, saúde é um “estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência da doença”. O sistema de saúde do Brasil passou por várias transformações nas últimas décadas, 11 com características marcantes, associadas a diversos acontecimentos políticos e econômicos do país. No início da década de 80, procurou-se consolidar as proposições da Conferência de Alma-Ata (1978) tentando buscar um conjunto de soluções para a sociedade. Em 1988, o Sistema Único de Saúde foi criado e inserido na Constituição Brasileira, prevendo acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde, com regionalização e hierarquização, descentralização com direção única, participação comunitária e atendimento integral, priorizando as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços essenciais (MALIK; SCHIESARI, 1998). Atualmente, o sistema de saúde é organizado em três níveis de atenção: atenção primária, atenção secundária e atenção terciária. Nível de atenção primária De acordo com a Política Nacional de Atenção Básica (Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011), a atenção primária ou básica caracteriza-se por: [...] um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades. É desenvolvida por meio de exercício de prática de cuidado e gestão, democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios definidos, pelas quais assumem a responsabilidade sanitária. (BRASIL, 2011). Na atenção primária de saúde temos a Estratégia de Saúde da Família (ESF), composta por equipes multiprofissionais que cuidam da prevenção da saúde da população. A atenção primária é considerada a porta de entrada do usuário nos serviços de saúde. Além da ESF fazem parte da atenção primária em saúde também a vigilância em saúde, que compreende: vigilância sanitária, vigilância epidemiológica, vigilância ambiental, vigilância do trabalhador, vigilância de endemias, vigilância farmacêutica e outros serviços de atendimento básico. Nível de atenção secundária 12 O nível de atenção secundária engloba os serviços de especialidades de apoio diagnósticos e terapêuticos. Geralmente envolvem as atividades ambulatoriais, onde ocorrem as consultas de especialidades. Neste nível de atenção estão inseridos os CAPS, as policlínicas e os ambulatórios (ZETZSCHE, 2014). Para que o paciente seja atendido nestes serviços é preciso passar pela atenção primária. Nível de atenção terciária A atenção terciária engloba os serviços com maior densidade tecnológica. Nela estão inseridos serviços como o de cirurgias cardíacas, transplantes, UTIs, tratamentos relacionados ao câncer, hemodiálise. Normalmente estão localizados nas unidades hospitalares. (ZETZSCHE, 2014). Em se tratando de hospitais, de acordo com suas características podem ser classificados como: O Hospital Geral, aquele que presta assistêncianas quatro especialidades médicas básicas, como: clínica médica, clínica cirúrgica, clínica ginecológica/obstétrica e clínica pediátrica e Hospital Especializado, que atua com assistência neurológica, cardiológica (CORREA, 2013) e os CEPONS (Centro de Pesquisas Oncológicas). Os hospitais podem ser classificados de acordo com seu porte ou pelos números de leitos de internação. São considerados pequenos até 50 leitos; médios de 51 a 150 leitos; grandes de 151 a 500 leitos e de porte especial aqueles acima de 500 leitos (CORREA, 2013). GESTÃO DE QUALIDADE EM SAÚDE NA ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR Segundo Santos (2011), as organizações de saúde, para funcionarem, precisam de um planejamento que possa atingir seus objetivos e metas. O administrador precisa também trabalhar os pontos fortes e fracos da organização e, consequentemente, a motivação da equipe de trabalho. Nesse processo, os clientes não esperam e não toleram falhas, pois qualquer erro incide diretamente sobre sua vida, ou pior, sua perda. Dessa maneira, espera-se que a prestação de serviços médico-hospitalares seja executada da melhor forma e eficácia possíveis. (SOUZA; LACERDA, 2009). 13 Podemos dizer que o serviço de saúde e sua administração no âmbito hospitalar sempre apresentaram controvérsias nesse mercado, uma vez que sua matéria-prima é o doente em busca de cura ou solução para o seu problema, e o produto final é o resultado da saúde de seu cliente, o que nos dificulta mensurá-los no mercado hospitalar. São coisas que independem apenas de um bom material para conseguirmos chegar a um possível resultado final de excelência. Quando se trata de administração hospitalar, vivenciamos diferentes situações que nos levam a questionar o que queremos da nossa empresa no nível de satisfação do cliente e até que ponto se pode custear essa satisfação para obtermos retorno na nossa receita. Faz-se necessário lembrar que, ao longo da história da administração hospitalar, destacam-se os paradigmas encontrados nesse mercado, por termos categorias médicas que administram as redes hospitalares com visões diferenciadas do administrador, prevalecendo o regime tecnicista no seu gerenciamento em busca de resultado do diagnóstico e da cura do cliente. Observa-se a falta de uma visão mais ampla do contexto situacional que o mercado experimenta, sem um retorno desse custo e a manutenção desse gerenciamento. Essa dificuldade no gerenciamento é constantemente encontrada na administração hospitalar. Podemos concluir que a administração hospitalar nada mais é que uma constante busca de convivência harmoniosa entre a equipe multidisciplinar de saúde, que se preocupa em salvar a vida do seu cliente, e o administrador, que precisa oferecer os recursos materiais e tecnológicos de custos caros, mas buscando manter a saúde financeira da instituição. Segundo Malik e Teles (2001), para perceber a mudança, precisamos começar a visualizar os indicadores. Isso vale para os procedimentos de administração, os de informação médica ou de epidemiologia hospitalar, que nos permitam acompanhar, pelo menos em cada hospital ou nos serviços financiados pelo mesmo caixa, a evolução no tipo de paciente (gravidade), tipo de doença (diagnóstico) e tipo de cuidado (evolução). Nas décadas de 80 e 90, houve necessidade de mudanças no gerenciamento administrativo hospitalar. Os clientes passaram a não mais buscar só a cura nos serviços de saúde, mas também uma assistência qualificada para satisfazer às suas necessidades. Nessa mesma época, por certa forma de modismo, começou a se falar 14 em qualidade na área de saúde/hospitalar, tendo sua divulgação amplia da através de cursos, publicações e organizações não governamentais que se interessaram pelo assunto. O Estado de São Paulo, nesse movimento, se destaca por apresentar grande número de hospitais, públicos e privados, que dispunham de cursos, editoras e seminários na área, sem contar que já havia um conceito, talvez sem um embasamento maior, de que o Estado de São Paulo teria a maior parte dos melhores serviços de saúde do Brasil. Em contrapartida, a imprensa lança fatos da crise da saúde, da falta de qualidade do serviço e da sua ineficiência. Ainda assim se observa a constante busca desses serviços pelos brasileiros para a solução de seus males, bem como profissionais atrás de empregos e melhoria das suas atividades profissionais na área de saúde. (MALIK; TELES, 2001). Diante dessa nova era de mudança no gerenciamento da saúde na área hospitalar, cada vez se busca mais a tão falada “Qualidade”, que vem a retratar o padrão assim colocado nos serviços de gestão hospitalar. No entanto, se questiona a importância dessa qualidade para atender a essa rede de mercado. Segundo Duarte e Silvino (2010), para essa mudança, a gestão de qualidade deve oferecer uma opção para reorganização gerencial das organizações, pois as tendências em gestão reforçam a ideia da qualidade como instrumento-chave na busca da sobrevivência em um mercado competitivo. A gestão de qualidade tem como princípio a filosofia orientada para a satisfação do usuário, na busca de motivação, no envolvimento dos profissionais e de todos os colaboradores e na integração e interrelação nos processos de trabalho. De acordo com Souza e Lacerda (2009), ao buscar serviço de qualidade para o mercado hospitalar, é preciso estar atento a todas as características do serviço que afetam a percepção final do cliente e o seu nível de satisfação. Esta situação valoriza a presença de um sistema de qualidade que possa contribuir para que os resultados possam atingir o esperado, pois o setor de saúde é uma área em que a relação entre “cliente” e “fornecedor” possui características singulares, visto que, nessa relação, está em evidência a saúde, às vezes, a própria vida do cliente. Partindo desse pressuposto, é preciso entender as necessidades e desejos dos clientes e fornecer 15 um processo que os satisfaça da melhor maneira possível, podendo esse ser alcançado com o planejamento da qualidade. Pode-se destacar, também, que o planejamento da qualidade mostra sua importância quando evita problemas no processo produtivo, como falhas de equipamentos, desperdícios, erros recorrentes, falta de fornecedores, funcionários, e deve ser realizado antes e de maneira proativa, ou seja, antecipar as possíveis ocorrências que gerem reclamações, perda de clientes e redução da faixa de atuação no mercado. Planejar a qualidade significa evitar o comportamento reativo (SOUZA; LACERDA, 2009). O gerenciamento de serviço se caracteriza pela forma organizacional que faz a qualidade do serviço ser percebida pelo cliente como a mais importante força impulsionadora da operação do negócio. Sua filosofia de administração de serviço sugere que todos tenham um papel específico no esforço de garantir que o atendimento funcione bem para o cliente. Assim, qualquer pessoa que esteja em contato direto com o cliente deveria colocar-se no seu lugar, com o seu ponto de vista e fazer o possível para atender às suas necessidades. A filosofia de administração de qualidade de serviço diz que toda organização deve atuar como um grande serviço de atendimento ao cliente (ROEDER, 2008). Diante do exposto, a qualidade no serviço de gestão hospitalar entra nesse mercado com base na sua importância em assistir o cliente dentro das suas necessidades como um todo, não apenas promovendo sua saúde, mas lhe oferecendo um serviço de qualidade e, ao mesmo tempo, meios para gerenciamento desse serviço sem maiores prejuízos financeiros. Desta forma, a gestão da qualidade de saúde se destaca por evidenciar sua importância no gerenciamento administrativo hospitalar, no qual se observa a integração de um serviço que venha atender às necessidades dos pacientes que buscam a saúde, ou seja, sua satisfação através daqualidade do serviço que lhes é prestado, de uma equipe multidisciplinar com condições tecnológicas para garantir uma boa assistência e um administrador que satisfaça às suas necessidades de maneira segura e lucrativa. Para Roeder (2008), programas de qualidade representam, no momento, o que há de mais novo no mundo da administração hospitalar, podendo-se dizer que esse 16 tipo de gestão na área da saúde deve ser aplicado de acordo com a nova realidade situacional do mercado. A medicina do futuro não será praticada somente agregando novas tecnologias. Faz-se necessária a compreensão urgente da forma adequada e moderna de administrar serviços. Considerando-se os tempos atuais e a evolução dessa prestação de serviço de qualidade, vale ressaltar que a Qualidade, ou Melhoria Contínua da Qualidade, se destaca neste contexto como modelo de um processo que vem suprir as necessidades de assistir a essa competitividade no mercado. Isso se deve por ser um fenômeno continuado de aprimoramento, que estabelece progressivamente os padrões, resultados dos estudos de séries históricas na mesma organização ou de comparação com outras organizações semelhantes, em busca do defeito zero- situação que, embora não atingível na prática, orienta e filtra toda ação e gestão da qualidade. É tido também como um processo essencialmente cultural, de maneira que envolve motivação, compromisso e educação dos participantes da entidade, que são assim estimulados a uma participação de longo prazo no desenvolvimento progressivo dos processos, padrões e dos produtos da instituição. (FELDMAN; GATTO; CUNHA, 2004). TIPOS DE AVALIAÇÃO Uma organização de saúde pode ser avaliada de várias formas, seja para satisfazer exigências legais, condições de classificação segundo a qualidade ou outro critério, citaremos algumas abaixo. Acreditação Como dissemos anteriormente, a acreditação é um dos procedimentos mais comuns de avaliação do nível de qualidade da assistência de uma instituição de saúde. Ela é uma metodologia cuja realização é motivada por iniciativa da própria instituição, acontece de maneira periódica e reservada, e se baseia em padrões e normas pré estabelecidas. Em 1989, a OMS iniciou um trabalho sobre a questão da qualidade da assistência hospitalar na América Latina. 17 A acreditação passou a ser vista como elemento estratégico para desencadear e apoiar iniciativas de qualidade nos serviços de saúde. Pretendia-se desta maneira, contribuir para “uma progressiva mudança planejada de hábitos, para provocar nos profissionais de todos os níveis e serviços, um novo estímulo para avaliar as falhas e forças da instituição, com o estabelecimento de metas claras e mobilização constante para o aprimoramento dos objetivos, a fim de se garantir a qualidade da atenção médica.” Este sistema busca a melhora contínua da qualidade do atendimento hospitalar prestado a seus pacientes. O estabelecimento de um sistema de acreditação possui inúmeras vantagens, dentre elas: Ampliação da segurança dos pacientes e profissionais; Maior eficiência e efetividade do atendimento; Desenvolvimento e aprimoramento continuo do RH; Aperfeiçoamento da utilização dos recursos financeiros e tecnológicos; Melhoria contínua da assistência. ISO Além do sistema de acreditação, o ISO também é visto como um dos melhores e mais comuns procedimentos de avaliação do nível de qualidade da assistência das organizações de saúde. ISO, ou Organização Internacional de Normalização, tem como principal objetivo aprovar normas internacionais em todos os campos técnicos, alguns exemplos são: Normas técnicas; Classificações de países; Normas de procedimentos e processos. No Brasil, o ISO é representado pela ABNT. Sua principal referência é o ISO 9000, um conjunto composto pelas normas: ISO 9000; ISO 9001; ISO 9004; ISO 19011. 18 Todas ligadas às orientações básicas para a implantação de sistemas de gestão de qualidade, diretrizes para auditorias, etc. NORMAS DE QUALIDADE Alguns instrumentos são utilizados como forma de certificação de qualidade para as organizações que atendem os critérios definidos. Entre eles estão: International Standardization for Organization (ISO) A International Organization for Standardization – ISO é uma organização reconhecida mundialmente no estabelecimento de Sistemas de Gestão da Qualidade. A ISO possui parcerias com instituições certificadoras que realizam certificação por meio de auditorias externas (CORREA, 2013). Os sistemas de certificação da qualidade desenvolveram-se em torno da década de 70 com objetivo de avaliar a capacidade de atendimento a determinadas exigências do produto, por meio de aplicação de diretrizes e políticas definidas “com autoridade e responsabilidade claras, procedimentos e métodos de trabalho definidos, documentação do sistema e de determinados procedimentos; controle da documentação, treinamento adequado segundo as necessidades de cada trabalhador e do gerenciamento da qualidade”. (MALIK; SCHIESARI, 1998, p. 39). ISO 9001 A ISO 9001 foi desenvolvida para ser compatível com outras normas e especificações de sistema, ela está focada na eficácia da gestão de qualidade para assim poder atender ao seu cliente. Conforme Vieira Filho (2010, p. 122-123), A norma ISO 9001 pede que a organização estabeleça, documente, implemente e mantenha um sistema de gestão de qualidade e melhore continuamente sua eficácia de acordo com os requisitos da mesma: a) Identificar os processos necessários para o sistema de gestão e sua aplicação por toda a organização; b) Determinar a sequência e interação desses processos; 19 c) Determinar critérios e métodos necessários para assegurar que a operação e controle desses processos sejam eficazes; d) Assegurar a disponibilidade de recursos e informações necessárias para apoiar a operação e monitoramento desses processos; e) Monitorar, medir e analisar esses processos; f) Implementar ações necessárias para atingir os resultados planejados e melhoria contínua desses processos. SA8000 - Gestão de Responsabilidade Social É um padrão auditável que estabelece requisitos para serem atendidos por empregadores no ambiente de trabalho. Para que seja um ponto positivo na organização todos devem seguir e deve ser realizado com qualidade e responsabilidade, atendendo a resultados para atingir o objetivo, através de relações construtivas com todos os públicos de interesse (colaboradores, subcontratados, fornecedores, consumidores e clientes, comunidade, meio ambiente, governo, acionistas e sociedade). Para possuir essa certificação a organização tem que seguir alguns critérios, tais como: não utilizar mão de obra infantil, a não ser sob a condição de menor aprendiz; não utilização de trabalho forçado; possuir um ambiente seguro e saudável; direito à negociação coletiva e à liberdade de associação; a não discriminação, seja ela racial, cultural, ou qualquer tipo; não utilização de práticas que envolvam qualquer tipo de punição corporal, mental e abuso verbal; jornada de trabalho compatível com os requisitos legais; remuneração adequada para as necessidades básicas dos colaboradores (SA 8000). AVALIAÇÃO DO SERVIÇO DE QUALIDADE NA GESTÃO HOSPITALAR A avaliação do serviço de qualidade na gestão hospitalar tem que estar baseada em um conceito propriamente dito para ser assegurada. Segundo Roeder 20 (2008), o conceito de qualidade em instituições hospitalares se apresenta em quatros visões particulares de qualidade: O desejo do paciente de ser tratado com respeito e interesse; A busca, pelo médico, de tecnologias especializadas mais avançadas para o tratamento dos pacientes, aprimorando, assim, seus conhecimentos; A busca, pelo conselho administrativo, em ter os melhores serviçose profissionais da área de saúde para um atendimento eficaz; E a oferta, pelo administrador, de melhores serviços e profissionais da área de saúde, o melhor atendimento médico hospitalar numa avaliação contínua dos serviços prestados para a implementação de um programa de melhoria continuada através da educação. Podemos concluir, então, que a qualidade no serviço de saúde hospitalar tem como definição assistir o cliente dentro das suas necessidades de saúde e satisfazê- lo, promovendo condições tecnológicas aos profissionais da área de saúde e assegurando ao administrador um gerenciamento através dos processos de avaliação contínua do serviço prestado. Porém, a situação atual vem mostrando que a assistência na rede hospitalar, com qualidade de serviço, tem trazido discussões sobre os custos elevados do atendimento médico e sobre o consumidor que, cada vez mais, se volta para a defesa de seus direitos aos serviços de saúde, tendo suas reivindicações amparadas pelas leis. Alguns estudos já dizem que a satisfação do cliente está mais em ser tratado como um indivíduo do que o seu restabelecimento propriamente dito, pois, hoje, o consumidor está mais direcionado para os cuidados personalizados, estabelecendo padrões como conforto e privacidade, do que a qualidade técnica. (ROEDER, 2008). Com a evolução dos serviços de qualidade na gestão hospitalar, com as mudanças nas exigências de satisfação do cliente a esse serviço e o crescimento na competividade no mercado desta área, teve início a Avaliação da Qualidade na Saúde. Para garantia e segurança dessa qualidade de assistência que está sendo prestada ao cliente no âmbito hospitalar desde 1970, o Ministério da Saúde de senvolve o tema Qualidade e Avaliação Hospitalar, partindo, a princípio, da 21 publicação de Normas e Portarias, a fim de regulamentar essa atividade. Atualmente, trabalha na implantação de um sistema eficaz e capaz de controlar a assistência de saúde no Brasil. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a partir de 1989, a Acreditação passou a ser elemento estratégico para o desenvolvimento da qualidade na América Latina. Segundo Novaes e Paganini (1994), a acreditação é o procedimento de avaliação dos recursos institucionais, voluntários, periódicos, reservados e sigilosos, que tende a garantir a qualidade da assistência através de padrões previamente aceitos. Os padrões podem ser mínimos (definindo o piso ou a base) ou mais elaborados e exigentes, definindo diferentes níveis de satisfação e qualificação como complementos. (FELDMAN; GATTO; CUNHA, 2004). O que reforça a importância da acreditação na avaliação do serviço de qualidade que está sendo prestado na instituição é o fato de ser realizada através de solicitação feita pelo próprio diretor da instituição, por decisão voluntária. Durante esse processo, o planejamento da avaliação será baseado nas características do hospital informadas no impresso da solicitação da avaliação. AS SISTEMÁTICAS DE “QUALIDADE” NA ÁREA DA SAÚDE COMO MODELO DE GESTÃO: ACREDITAÇÃO Acreditação é um procedimento da avaliação dos recursos organizacionais, “voluntário”, periódico e reservado, que tende a garantir a qualidade da assistência com base em padrões previamente aceitos. A acreditação tem início com uma avaliação de qualidade e de procedimentos baseada em padrões internacionalmente legitimados, gerando um conjunto de orientações para a organização, visando à melhoria do seu desempenho. Na acreditação, não se avaliam setores ou departamentos isoladamente, mas todos os serviços da organização. Um programa de acreditação hospitalar deve ter efetiva responsabilidade em medir o desempenho, em promover melhorias de qualidade facilitando estímulos 22 externos e o necessário esforço interno, e deve ter também genuína responsabilidade perante os usuários/consumidores. É importante ressaltar que a ênfase da avaliação é na qualidade do serviço profissional prestado, independentemente dos recursos tecnológicos envolvidos. O atendimento deve pautar-se pelo critério da excelência, aproveitando-se da tecnologia disponível, qualquer que seja ela. Sendo assim, tanto o hospital público quanto o hospital privado, localizados em uma metrópole ou zona rural, terão que se adaptar aos mesmos padrões de qualidade. Acreditação é um método de avaliação externa da “Qualidade” dos serviços de saúde. Difundida em países de língua inglesa, antecedeu o movimento do gerenciamento da “Qualidade Total”. Seu desenvolvimento se confunde com aquele dos serviços de saúde nos Estados Unidos, exemplo mais conhecido e divulgado dessa vertente da “Qualidade”. Por ter sido desenvolvida para a saúde e dentro da sua realidade, envolveu, sobretudo, a corporação médica. Essas características tendem a diminuir as resistências observadas no setor para a adoção de métodos de avaliação. O modelo de acreditação marca a medicina americana tentando assegurar a excelência dos procedimentos médicos e garantir a segurança das ações de saúde, respondendo, assim, com a prestação de serviços com qualidade para uma sociedade organizada e consciente de seus direitos. Os modelos de avaliação não têm impacto somente na qualidade do atendimento ao paciente, mas também afetam todas as partes envolvidas no Sistema de Saúde, como: médicos, outros profissionais da área, fornecedores, investidores e a comunidade em geral. O processo de acreditação propõe a participação voluntária das instituições, estimulando-as a um comportamento de procura da melhoria contínua da Qualidade, criando e desenvolvendo a integração com a sociedade, estimulando a cidadania. Tem um caráter eminentemente educativo, voltado para melhoria contínua, sem finalidade de fiscalização ou controle oficial. As principais vantagens da acreditação são: segurança para os pacientes e profissionais; qualidade da assistência; construção de equipe e melhoria contínua; útil instrumento de gerenciamento; critérios 23 e objetivos concretos adaptados à realidade brasileira; o caminho para melhoria contínua. COREN (Conselho Nacional de Enfermagem), os processos de “Acreditação Hospitalar” vêm aumentando no Brasil. Isso ocorre por duas razões: a primeira, pela disseminação do Manual da Organização de Acreditação – ONA (Organização Nacional de Acreditação), que serve como base para obtenção do título e detalha os processos administrativos e seus atributos mínimos – liderança, administração, garantia de qualidade, organização da assistência, atenção ao paciente/cliente e diagnósticos – para o bom funcionamento de em um estabelecimento assistencial de saúde e, dessa forma, torna-se um instrumento de inestimável valor para o administrador hospitalar; a segunda, pelo impacto positivo que a Acreditação causa no corpo funcional e nos cliente das instituições de saúde. Com o intuito de alcançar os mais elevados padrões assistenciais, os hospitais buscam iniciativas que respondem as necessidades dos clientes. A qualidade tornou- se um fator significativo, conduzindo instituições para os mercados nacionais e internacionais, buscando êxito organizacional e crescimento. Uma das iniciativas está voltada para o processo de “Acreditação Hospitalar”, que impõe novas exigências no que se refere às mudanças comportamentais, mobilização constante dos profissionais em busca de metas e objetivos propostos, além da melhoria permanente e contínua do atendimento prestado. Segundo Bonato: O estudo da qualidade no campo da saúde envolve, além de um conjunto de técnicas, uma dimensão mais ampla de ações como projeto social, cujos elementos principais para seu desenvolvimento são aqueles que atuam e exercem seu papel nessa cadeia, considerando a pluralidade das mudanças e das diferentes lógicas. Dessa maneira, o conjunto de práticas e ações desenvolvidas pelos sujeitos são construídas a partirde uma história pessoal e social com autonomia, embora estimulada institucionalmente. O novo paradigma exige dos profissionais posturas que reflitam a internalização de valores e revisão de conceitos, que pela sinergia das pessoas e da organização construirão um novo cenário das relações e do processo de trabalho. Segundo Paganini, Novaes , “o processo de acreditação, no Brasil, começa a tornar-se possível no início dos anos noventa, com a publicação da ‘Acreditação de Hospitais para América e Caribe’”. 24 Em 1990, foi firmado um convênio entre a (OPAS) Organização PanAmericana de Saúde e a Federação Latino-Americana de Hospitais para produção de um manual de “Padrões de Acreditação para América Latina”, estruturado em padrões e níveis “mínimos” a serem atingidos. Em 1992, foi realizado, em Brasília, o primeiro seminário nacional de acreditação, com a participação de representantes de diversas entidades nacionais da área da saúde, sendo apresentado o “Manual de Acreditação”. A qualidade do serviço da saúde em hospital acreditado com boas avaliações traz segurança para os pacientes, seja para qualquer área da saúde, seja este privado ou público, é necessário que além da qualidade se garanta a segurança do paciente, transmita confiança a toda população que precise usar este serviço. DIFERENÇA ENTRE CERTIFICAÇÃO E ACREDITAÇÃO Certificação é o modelo pelo qual uma terceira parte dá garantia escrita de que determinado produto, processo ou serviço está em conformidade com os requisitos especificados. Por exemplo: o ISO é uma certificação. A acreditação geralmente é desenvolvida com envolvimento das comunidades científica, técnica e/ou clínica, que buscam definir as melhorias práticas baseadas nos princípios de gestão e melhoria contínua da qualidade e segurança do paciente. As normas de acreditação tem foco mais técnico, mas, em suas novas versões, têm acrescentado itens que também se preocupam em contribuir com a melhoria da gestão dos laboratórios, através de indicadores e de uma análise crítica. CULTURA DE SEGURANÇA NOS SISTEMAS DE SAÚDE Para entender sobre cultura de segurança é importante, primeiramente, utilizar uma definição. Segundo a Agência para Pesquisa e Qualidade do Cuidado à Saúde (Agency for Healthcare Researt and Quality – AHRQ) é “o produto individual ou coletivo, de valores, atitudes, percepções, competências e padrões de 25 comportamentos que determinam o compromisso, o estilo e a competência de uma organização de saúde na promoção de segurança”. A cultura de segurança impulsiona os profissionais a serem responsáveis pelos seus atos por meio de uma liderança proativa, na qual se potencializa o entendimento e se explicitam os benefícios, assegurando a imparcialidade no tratamento dos eventos adversos, sem tomar medidas de punição frente à ocorrência dos mesmos. Em estudo de revisão e meta-análise, pesquisadores examinaram criticamente a literatura para identificar os estudos que apontavam a importância de crenças, atitudes e comportamentos que fazem parte da cultura de segurança nos hospitais. Identificaram várias propriedades, que organizaram em sete subculturas, conforme descrito abaixo: 1. Liderança – os líderes devem reconhecer que o ambiente de saúde é de alto risco e procurar alinhar a visão, missão, competência da equipe, recursos humanos e legais de profissionais que estão na linha de frente do cuidado até a diretoria. Segundo os autores, é uma tarefa difícil identificar componentes precisos que compõem a segurança da organização. O líder sênior é o elemento chave para concepção, promoção e criação de uma cultura de segurança. O engajamento de líderes seniores é crítico para o sucesso do desenvolvimento de uma cultura de segurança, mais é importante também permear todos os níveis da organização. 2. Trabalho em equipe – o espírito de coleguismo, colaboração e cooperação deve existir entre executivos e equipe clínica. Os relacionamentos devem ser abertos, responsáveis e flexíveis. Atualmente as instituições de saúde atendem pacientes cada vez mais graves, com tratamentos complexos, que requerem recursos tecnológicos sofisticados, exigindo esforço e colaboração entre profissionais para possibilitar alcançar uma cultura de segurança. 3. Comunicação – em qualquer ambiente onde existe um indivíduo membro da equipe de saúde, não importa o seu trabalho, ele tem o direito e a responsabilidade de falar em nome do paciente, ou seja, advogar em favor do paciente. Uma linguagem clara, estruturada, com técnicas corretas de comunicação é fundamental para a 26 promoção de uma cultura de segurança do paciente. Um bom exemplo é a aplicabilidade do Time-out (Capítulo 9 – A cirurgia segura em serviços de saúde). Outro lado da comunicação é o método adotado pelo serviço de saúde para assegurar a transferência de informação entre plantões, departamentos e unidades. Os profissionais que trabalham na linha de frente do cuidado querem ser ouvidos e reconhecidos pelos gestores. Promover feedback e criar laço de confiança entre membros da equipe é uma importante propriedade da cultura de segurança. 4. Aprender com os erros – a instituição deve aprender com os erros para buscar novas oportunidades de melhorar seu desempenho. É importante que o aprendizado comece pelos líderes demonstrando disponibilidade para aprender, não somente por meio de análises dados da própria instituição de saúde, mas também por pesquisas de outras áreas que tem se desenvolvido e demonstrado sucesso quanto à cultura de segurança. A aprendizagem deve ser valorizada por todos os profissionais, incluindo a equipe médica. A cultura de aprendizagem cria uma consciência de segurança entre a equipe fixa da instituição e a equipe médica, e promove um ambiente que propicia oportunidades de aprendizado. Deve-se contemplar no processo de educação e treinamento sobre segurança, o entendimento básico da ciência da segurança, o que significa ser uma instituição de alta confiabilidade, qual o valor da cultura de segurança e do processo de melhoria de desempenho. A instituição de saúde que analisa seus dados tem a oportunidade não somente de aprender com os erros, mas também com o sucesso. “A cultura do aprendizado celebra e recompensa o sucesso”. 5. Justiça – a cultura da justiça reconhece os erros como falhas no sistema, ao invés de falhas individuais e, ao mesmo tempo, não coíbe de responsabilizar os indivíduos por suas ações. É importante determinar se as falhas são do sistema ou individuais, desta forma podem-se formular algumas perguntas para tentar identificar o tipo de falha que está acontecendo. a. O cuidado foi desenvolvido de forma ilegal? 27 b. O cuidado foi realizado sob influência de álcool ou drogas? c. O profissional estava ciente de que estava cometendo um erro? d. Será possível que dois ou três cuidadores podem cometer o mesmo erro? A cultura da justiça é caracterizada pela verdade. 6. Cuidado centrado no paciente – o cuidado deve ser centrado no paciente e sua família. O paciente não deve ser somente um participante ativo de seu próprio cuidado, mas também o elo entre a instituição de saúde e a comunidade. Líderes que compartilham sua visão de cuidado centrado na família e com a comunidade permite a esta ter sentimento de orgulho e sentir-se parte do serviço de saúde. 7. Prática baseada em evidência – a prática do cuidado ao paciente deve ser baseada em evidências. Deve ser padronizada para evitar ocorrências de variações em todas as situações. Os processos devem ser desenhados para alcançar alta confiabilidade. Instituições de saúde que demonstram usar as melhores práticas baseadas em evidências, por meio de processos padronizados, protocolos, checklist e guidelines demonstram sua preocupação em desenvolver práticas seguras. A nova geraçãode profissionais de saúde está gradativamente sendo capacitada a trabalhar seguindo estas ferramentas, podendo tornar-se mais amplamente aplicadas no futuro. Promover a cultura da segurança no sistema de saúde é um fenômeno complexo. Reconhecer sua importância e o impacto da cultura de segurança nas organizações é imperativo para desenvolver qualquer tipo de programa de segurança. O entendimento das sete subculturas facilita o entendimento do processo de implantação de uma cultura de segurança nas instituições e direciona profissionais para um possível caminho de sua implantação A Figura 2, proposta por Sammer et al12, demonstra a tipologia da cultura de segurança, identificando as propriedades de cada uma das referidas subculturas. 28 Fonte: Sammer CE, et al. Com o entendimento de que a cultura de segurança está vinculada com os valores, atitudes e comportamento de uma organização, pesquisadores afirmam que existem elementos da cultura de segurança que são comuns a todas as atividades, organizações e indivíduos. Entre eles, citam-se a consciência individual da importância da segurança, conhecimentos e competência, compromisso, motivação, supervisão e responsabilidade por meio da assinatura e descrição formal das funções e sua compreensão por parte dos indivíduos. O primeiro passo para predizer e entender comportamentos sociais direcionados a promoção da segurança do paciente é entender qual comportamento que se quer observar, quer seja da instituição, quer seja do profissional. A definição do comportamento direciona o modo como será investigado. Diferentemente de crenças, atitudes e intenções, comportamentos são fenômenos passíveis de observação e podem ser direcionados para algum alvo ou direção específicos. Comportamentos podem ser medidos pelos quatro elementos que os compõem: a ação realizada, a meta ou alvo na qual o comportamento é direcionado, o contexto no qual ocorre e o momento no qual é realizado. Analisar comportamentos segundo a ação, o alvo, o contexto e o momento pode ser uma ferramenta importante para o estudo de comportamentos individuais ou organizacionais capazes de provocar ou reduzir erros, em qualquer atividade 29 humana. Assim, quando se determina a ação, o alvo, o contexto e o momento que permeia um comportamento voltado para a promoção da segurança do paciente, uma mudança em algum destes aspectos pode determinar uma mudança no comportamento que se analisa. Pode-se neste contexto estudar um dos mais importantes comportamentos esperados para a promoção da segurança do paciente, a higiene das mãos. Milhares de indivíduos morrem anualmente por adquirir infecção relacionada à assistência à saúde, sendo a incorreta higiene das mãos a principal causa atribuída. Ao analisar a adesão a prática de higiene das mãos (ação), para realizar um curativo (alvo), durante o cuidado intensivo (contexto), antes do contato do paciente (momento), em uma instituição de saúde pode-se oferecer instrumentos que direcionem estratégias estruturais e processuais. São exemplos: a maior disponibilidade de preparação alcoólica para as mãos, a educação continuada, a relação profissional paciente adequada, o retorno para a equipe de melhoria na adesão e a queda de taxas de infecção. Todos estes podem contribuir para a maior adesão dos profissionais de saúde a esta prática segura de cuidado. Assim, promover a cultura de segurança em uma organização de saúde é, antes de tudo, criar um ambiente no qual o comportamento que promove a segurança do paciente é valorizado como o maior patrimônio da instituição. 30 REFERÊNCIAS AZEVEDO, A.C. KORYCAN, T.L. Transformar lãs organizaciones de salud por la calidad. Santiago: Parnassah, 1999 BERWICK DM. 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