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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA – MEC UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI BIOQUÍMICA Angela Camila Orbem Menegatti Campus Professora Cinobelina Elvas Bairro Planalto Horizonte Cep: 640900-000 – Bom Jesus-PI – Brasil Medicina Veterinária PRATICA DE PROTEINAS E ENZIMAS Bruna Stefany De Sousa Gomes, Glauciane Fernandes Alves Da Cunha e Renildo Dos Santos Nogueira ((Discentes de medicina veterinária- UFPI)) Introdução As proteínas são biomoléculas mais numerosas nos organismos. É considerado um polímero de aminoácidos que pode atuar como enzimas, catalisando reações químicas, podem transportar pequenas moléculas ou íons; podem ser motoras para auxiliar no movimento em células e tecidos; participam na regulação gênica, ativando ou inibindo; estão no sistema imunológico, entre outras funções. É a união entre o grupo carboxila de um aminoácido com o grupo amina de outro aminoácido, liberando água. Esta sequência de aminoácidos é única para cada proteína específica e é determinada pelo gene. (MARZZOCO E TORRES – 2007) A organização tridimensional de uma proteína, desde a sequência de aminoácidos, passados pelo enrolamento de cadeia polipeptídica até a associação de várias cadeias, são descritas em níveis estruturais de complexidade crescente: estrutura primaria, estrutura segundaria, estrutura terciaria e estrutura quaternária. A estrutura primária corresponde à sequência linear dos aminoácidos unidos por ligações peptídicas. Já estrutura secundária corresponde ao primeiro nível de enrolamento helicoidal e é caracterizada por padrões regulares e repetitivos que ocorrem localmente, causada pela atração entre certos átomos de aminoácidos próximos. Os dois arranjos locais mais comuns que correspondem à estrutura secundária são a alfa-hélice e a beta-folha ou beta-pregueada. Na estrutura terciária corresponde ao dobramento da cadeia polipeptídica sobre si mesma. A estrutura quaternária corresponde a duas ou mais cadeias polipeptídicas, idênticas ou não, que se agrupam e se ajustam para formar a estrutura total da proteína. (FERREIRA-1997). A desnaturação é um processo na quais as moléculas biológicas perdem suas funções, devido a alguma mudança no meio, seja por altas temperaturas, variações de PH, adição de solventes orgânicos e entre outros. E acontece comumente com proteínas. O processo de desnaturação proteica ocorre quando este meio é alterado de forma que mude a estrutura tridimensional da proteína, afetando sua atividade biológica. A desnaturação não afeta as ligações peptídicas entre os aminoácidos, a estrutura primária é mantida. (MARZZOCO E TORRES – 2007) Objetivos: Detectar a presença de ligações peptídicas nas amostras pela reação de Biureto; observar a atividade da catalase em função da concentração do substrato (H2O2); verificar a atividade da catalase em soluções ácidas e com solventes orgânicos; Determinar os parâmetros cinéticos para esta enzima a partir de resultados encontrados. Material e métodos Os experimentos foram desenvolvidos na Universidade Federal do Piauí – Campus Professora Cinobelina Elvas no laboratório de Química Geral e tutorado pela Dra. Angela Camila Orbem Menegatti. Para a realização dos experimentos foram utilizados: tubos de ensaio, pipeta graduada, copo Becker, e pera de sucção. Os tubos foram previamente identificados e divididos por testes, sendo a letra respectiva ao teste e o número ao tubo incluso neste. Ao experimento A (Reação de Biureto) utilizou-se solução de Biureto, caseína 0,3 %, prolina 0,1 %, galactose 1 %, extrato de batata (Salanum tuberosum) e água destilada (controle negativo). Primeiramente foram postos com o auxílio de uma pipeta, 1,0 mL de cada uma das amostras em seus respectivos tubos, água (A1), caseína 0,3 % (A2), prolina 0,1 % (A3) galactose 1 % (A4) e extrato de batata (A5). Posteriormente adicionou-se o biureto, sendo pipetado 1 mL em todos os tubos, realizando a agitação para cada adição, observando os tubos que apresentavam mudanças de cor e comparando com o tubo A1 (controle), buscando identificar as amostras que formavam coloração violeta, identificando proteínas ou aminoácidos. No experimento B (Avaliação da Atividade de Catálise) foi feito o uso de extrato enzimático de batata (S. tuberosum); água destilada; perióxido de hidrogênio (água oxigenada volume 10). Primeiramente foi adicionado extrato enzimático e água em todos os tubos, posteriormente adicionou-se em um tubo de cada vez o substrato (H2O2) devido a um erro no experimento não foi deixado reagir 2 minutos em cada tubo onde este é o método correto, após a reação foi medido a altura da espuma e anotada na tabela. A partir da altura da espuma desenvolvida em cada reação foi calculada a velocidade da reação enzimática (mm³/min), o diâmetro dos tubos de ensaio tbm foram anotados para calcular a concentração de substrato. Para o experimento C (Desnaturação Proteíca) foi utilizado extrato enzimático de batata (S. tuberosum); perióxido de hidrogênio (água oxigenada volume 10); água destilada (controle); acetona; HCl 1M. De início adicionou-se o extrato enzimático, em seguida água, HCL, ou acetona nos tubos correspondentes, posteriormente adicionou-se em um tubo por vez o substrato (H2O2), deixando reagir por 2 min, após a reação foi medido a altura da espuma e anotado na tabela, a partir da altura da espuma que foi obtida calculou-se a velocidade da reação enzimática, assim foi possível avaliar de que forma a velocidade da atividade enzimática foi afetada pela presença de ácido e solvente orgânico. Resultados e discussão Experimento A (Reação de Biureto): Após a adição do Biureto nos tubos, observou-se que nos tubos A1 (Água), A3 (Prolina), e A4 (Galactose),obteve-se resultado negativo pois não ocorreu mudança para a cor violeta, característica da reação, sendo observado apenas a mudança para um tom de azul, derivado da solução de Biureto, esperava-se que a água resultaria em negativo, visto que esta era o controle do ensaio, a amostra de prolina não corou devido a esta apresentar apenas aminoácidos, sem estruturas com ligações peptídicas complexas que seriam responsáveis por formar complexo com os íons Cu2+ do biureto, na amostra de galactose não houve coloração em razão desta não apresentar ligações peptídicas para serem identificadas. Ao tubo A2 (Caseína) notou-se uma coloração violeta, obtendo resultado positivo, pois a caseína caracteriza-se como uma proteína, logo, esta apresentava ligações peptídicas suficientes para ocorrer detecção, formando os complexos dos íons Cu2+ com as ligações peptídicas da caseína. O tubo A(5) também obteve resultado positivo devido os compostos proteicos presentes no substrato. Experimento B (Avaliação da atividade da catalise): devido a um erro no experimento não foi deixado reagir 2 minutos em cada tubo onde este é o método correto. Por conta disso o gráfico e resultados deram errado. O certo seria a velocidade da reação enzimática (mm³/min), de quanto mais substrato maior seria a velocidade da reação. Experimento C (Desnaturação proteica): Após ter manipulado de extrato nos tubos, foi a adicionado de água no tubo C1, observou-se uma altura de 3,0 por conta dos solventes que se dissolve na água desnaturam proteínas, porque provocam mudança no meio aquoso normal, alterando polaridade da solução e ligações de hidrogênio. No tubo C2 foi adicionado HCI e foi observado que não teve acréscimo de espuma. E também foi adicionado uma substancia (acetona) no tubo C3 que era H2O2 que foi observado 2 cm de altura, porque o acetona produziu menos oxigênio do tubo C1. Conclusão A compreensão das estruturas proteicas e suas conformações são essenciais para se obter uma boa base bioquímica, as suas diferentes conformações e os tipos de ligações que as compõem mostram os níveis de complexidade alcançado por essas biomoléculas.Por meio do primeiro experimento (Reação de Biureto) foi possível realizar a identificação das ligações peptídicas que formam a base estrutural da proteína no tubo A2 e A5, obtendo resultado positivo. No segundo experimento observou- se atividade da catálise em função da concentração de substrato, a atividade catalítica também foi observada em soluções ácidas e com solventes orgânicos, também foi possível determinar os parâmetros cinéticos a partir dos resultados que foram encontrados. Palavras-chave: cinética enzimática, reação, ligações, substratos. Referências MARZZOCO, Anita; TORRES, Baydard Batista. Bioquímica básica. 3 ed. Rio de Janeiro; Guanabara Koogan, 2007. FERREIRA C, P; LUANA, Bioquímica básica. 1 ed. São Paulo, 1997. 151-153 p. (Proteínas). NELSON. D.L; COX, M.M. Princípios de Bioquimica de Lehninger. 5ª ed. São Paulo: Artmed. 2011 Gráfico cinética Enzimática – Calculo de Km e Vmax
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