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Direito Processual do Trabalho - resumo

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Direito Processual do Trabalho
CONCEITO: ramo da ciência jurídica, composta por normas, princípios, regras e valores. Possuí o objetivo instrumentalizar e efetivar as normas do direito matéria, na sede trabalhista. Evitando e pacificando controversa de relação do trabalho individual ou coletivo.
NATUREZA JURÍDICA: 
Falar da natureza jurídica, quer dizer qual a posição do direito processual do trabalho.
O Direito Processual do Trabalho sistematiza e aplica princípios e regras para exercer de modo efetivo a jurisdição (poder do Estado para dirimir conflitos.
AUTONOMIA?
Para se verificar a autonomia de determinado ramo do direito é preciso verificar, por certo, a existência de princípios, regras próprias, legislação específica, institutos peculiares, um número razoável de estudos doutrinários, bem como um objeto de estudo próprio e diferenciado dos demais. 
Não há, todavia, como negar que o Direito Processual do Trabalho possui vários princípios partilhados com o Direito Processual Civil, dentre eles podemos mencionar a oralidade, a concentração dos atos, a inércia, a instrumentalidade de formas, a eventualidade, o impulso oficial, a conciliação, a preclusão, entre outros.
Para os monistas ou unitaristas, o Direito Processual é único, sendo que suas regras servem de substrato para todos os demais ramos processuais. Teoria majoritária.
Em caso de lacuna na CLT a fonte secundaria é o CPC.
FONTES DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
Fonte formais: lei, Constituição federal, Leis Processuais Trabalhista:
· (CLT, art 643 seguintes)
· Lei 5.584/70
· Lei 7.701/96
CPC e leis processuais civis (fonte subsidiaria) 
Regimentos Internos dos Tribunais, costumes, jurisprudência, princípios, tratados internacional, Resolução do Conselho Nacional de Justiça;
Fontes materiais: São os fatos sociais, políticos, econômicos, culturais etc., as próprias forças sociais criadoras do Direito. Constituem a matéria-prima da elaboração deste, pois são os valores sociais que informam o conteúdo das normas jurídicas. As fontes materiais não são ainda o Direito pronto, perfeito, mas, para a formação deste, concorrem sob a forma de fatos sociais, econômicos, políticos, filosóficos, religiosos, morais.
PRINCÍPIOS:
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS:
Princípio da igualdade ou isonomia:
Pelo princípio da igualdade ou isonomia, as partes e os procuradores devem receber tratamento igualitário dentro do processo, com a finalidade de lhes garantir as mesmas oportunidades de defesa de seus interesses, em juízo.
Princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário ou acesso ao Poder Judiciário
Referido princípio, também conhecido como princípio da indeclinabilidade da Jurisdição, determina que “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”, em conformidade com o art. 5 o , XXXV, da CF.
Princípio do contraditório e princípio da ampla defesa
Assegurado pelo art. 5 o , LV, da Lei Maior, o princípio em lume garante às partes, seja em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral, o direito de serem cientificados de todos os atos processuais praticados pelo juiz ou pela parte adversa, com a finalidade de lhe garantir contradizer os fatos alegados, buscando a proteção de seus interesses.
Princípio da imparcialidade do juiz
A partir do momento em que o Estado avoca para si a função jurisdicional, assume o compromisso de agir com total, plena e irrestrita imparcialidade na direção e condução do processo, conferindo a igualdade de tratamento das partes e garantindo, assim, a justiça. Para tanto, o juiz coloca-se entre as partes e acima delas.
Princípio da motivação das decisões
Sob pena de serem nulas, as decisões judiciais devem ser motivadas, ou seja, devidamente fundamentadas, visando à verificação da efetiva imparcialidade do juiz e à legalidade das decisões.
Princípio do devido processo legal
Constitucionalmente previsto no art. 5 o , LIV, de nossa Lei Maior, determina que ninguém será privado de sua liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.
Princípio da razoável duração do processo
Razoável duração do processo, ou princípio da celeridade processual, assegura a todos a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação, seja em âmbito judicial ou administrativo.
Princípio do juiz natural 
Juiz natural é aquele que é aprovado em concurso público de provas e títulos e toma posse legalmente depois de preenchidos todos os requisitos para tal ato administrativo.
Princípio da liceidade das provas 
Este princípio tem como pressuposto que todas as provas obtidas para utilização na justiça devem ser obtidas licitamente.
Princípio da autoridade competente
Tal princípio, na verdade, é um corolário lógico do princípio do juiz natural, na medida em que a Constituição Federal32 assegura aos jurisdicionados, com base no princípio da legalidade estrita, que as autoridades ou agentes políticos devem ser regularmente investidos no cargo, dentro da competência de cada órgão da jurisdição, seja federal, estadual, trabalhista, eleitoral ou militar.
Princípio da publicidade dos atos processuais
É importante destacar a importância do princípio da publicidade, na medida em que o processo não se restringe apenas às partes, mas é de pleno interesse de toda a sociedade.
Princípio do duplo grau de jurisdição
Consiste na possibilidade de impugnar a decisão judicial, que, dessa forma, seria reexaminada pelo mesmo ou outro órgão jurisdicional. Este princípio indica a possibilidade de reanálise ou revisão, por via recursal;
PRINCÍPIOS DO PROCESSO CIVIL
Princípio da demanda ou da ação
Também conhecido como princípio da inércia da jurisdição, tem como sustentáculo a livre-iniciativa, ou seja, a jurisdição só se manifestará se provocada.
Princípio da concentração dos atos processuais
Consagra a utilização da prática de vários atos processuais, em um único momento, ou em poucos procedimentos. No processo do trabalho, a regra conclama a prática de vários atos processuais em audiência, desde a análise do pedido (petição inicial) até a sentença.
Princípio da oralidade
O princípio da oralidade consiste no conjunto de subprincípios que interagem entre si, com o objetivo de fazer com que seja acolhida oralmente a prova e julgada a causa pelo juiz que a colheu.
Princípio da instrumentalidade
Igualmente conhecido como princípio da finalidade, consagra a validade de atos que, conquanto praticados de outra forma que não a exigida pela lei, atingem a sua finalidade, desde que não haja cominação de nulidade.
Princípio da cooperação 
Dispõe o art. 6 o do CPC/2015 que todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. Entende-se que esse princípio, em verdade, decorre da evolução ao princípio do contraditório (contraditório participativo).
PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO
Princípio do jus postulandi 
Na esfera do processo do trabalho, tanto o empregado quanto o empregador podem atuar no processo, sem a necessidade de advogado. As partes, não é só o reclamante.
Sumula 425 TST (ações especificas e recurso no TST não cabe jus postulandi.
Princípio da proteção
Pag 288
É direito material e de processual 
Possui três dimensões: 
· norma mais favorável
· condição mais benéfica 
· indubio pro mizero
Para outra teoria é principio invés de dimensões
Princípio da informalidade
A petição, sustentação oral menos burocrático, mais simples e ágil, com linguagem acessível;
 Princípio da conciliação 
Art.764- dissidio individuais e coletivo sempre serão submetido à conciliação;
-antes de receber a defesa (art.846)
-após as razões finais art.850)
Conciliação é a sentença dada pelas partes e a sentença é uma conciliação imposta pelo juiz.
É melhor forma de resolução de conflito trabalhista;
Princípio da oralidade: 
Petição oral e escrita;
Endereço é muito importante na petição;
Não é oral somente no fórum;
Partes: 
· reclamante- réu
· reclamado- autor
É a prevalência da palavra falada;
Ex: pode ser oral quando é contratado em cima da hora, e nãodá para apresentar defesa;
Petição inicial (art 840) e defesa (art 846);
Comparecimento obrigatório das partes em audiência (arts 843 e 845)
Interrogatório das partes (art 849)
Razões finais orais (art 850)
Princípio da subsidiariedade:
Saber se existe uma norma em caso de lacuna na lei;
(art 769 da CLT);
Irá utilizar processo comum como norma subsidiaria.
Inversão e distribuição do ônus da prova (art 818 ou 819)
Princípio da normatização coletiva:
Tribunal poder criar normas para solucionar conflitos coletivos.
Questões que envolva sindicato, Ex: greve;
Dessa forma o sindicato vai entrar no judiciário para tentar solucionar, Tribunal tenta solucionar conflito com conciliação, não consegue então cria normas;
Relação da matéria com outros ramos
- Direito constitucional
- Direito do trabalho
- Direito Administrativo (estado e particulares)
- Direito penal e processo penal 
- Direito civil e processual civil
- Direito tributário
- Direito da seguridade social
- Direito empresarial
Solução de conflito trabalhista 
- Conflito (sentido amplo)
- Controvérsia (conflito em fase de ser solucionado)
- Dissidio (conflito coletivo, não sabe nomes das partes, querem mudança nas condições de trabalho)
Classificações: individuais e coletivos
Forma de solução: autodefesa, autocomposição, heterocomposição.
Organização da justiça do trabalho brasileira:
Razão do surgimento:
· Grande número de conflito trabalhista;
Os primeiros órgãos da justiça do trabalho:
· Na França 
· Na Itália (1800)
Objetivo do direito do trabalho é de conciliar.
Surgimento no Brasil:
Primeiramente que analisava era os juízes de Direito;
Primeiro órgão da justiça do trabalho, no Brasil:
- 1922 Tribunais rurais, em SP: composto por 1 juiz de direito, um representante dos empregados e outros fazendeiros.
- 1932:
- Junta de conciliações e julgamento (dissídios individuais)
- Comissões Mista de conciliações (dissídio coletivo)
Ambas administrativa vinculadas ao poder executivo
Constituição e o surgimento do direito do trabalho:
- Constituição de 1934 e 1937: Tratavam de Justiça do trabalho, mas excluíam do poder judiciário.
- Constituição de 1946: a justiça do trabalho passou a judiciário
Desde o nascimento a composição da Justiça do trabalho foi partidária em todos os níveis.
Juiz do trabalho e classistas (vogais)
EC 24/99 extinguiu a representação classista, A JCJ (junta de conciliação de julgamento) passou a ser chamada VT (vara do trabalho. Constituição mudou o nome.
Com evolução do direito de trabalho e surgimento de trabalhos específico, os juízes classistas julgavam, tinha até tentando conciliação, não conseguia ia para os tribunais e só ouvia o juiz falando.
Órgãos da justiça do trabalho:
A cf/88 Art.111 são órgão:
I- O tribunal superior do trabalho
II- Os tribunais regionais do trabalho
III- Os juízes do trabalho
Em caso de recurso inverte o que seria chamado de pirâmide trabalhista.
I- O tribunal superior do trabalho:
Composição:
· 27 ministros
· Escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 anos menores de 65 anos.
· Notável saber jurídico e reputação
· Nomeado pelo Presidente
· Após aprovação pela maioria absoluta do senado federal.
Divididos:
1/5 – Advogados com mais de 10 anos de efetividade profissional;
 - Membros do MP com mais de 10 anos de efetivo exercício.
Os demais ministros:
II- Tribunais regionais do trabalho:
2° grau de jurisdição trabalhista
24 regiões;
Composição: 
7 juízes entre 30 e 65 anos, Brasileiro; Nomeado pelo presidente 
SP tem dois tribunais, (na 2° região)
Acre e Porto Velho se dividem entre si.
Em relação 1/5 constitucional para ser nomeado as mesmas que seria advogado e MP com notável saber jurídico;
Juízes do trabalho mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento alternadamente. (Permuta seria um juiz trocar com outro o estado para trabalhar)
Competência do TRT’s:
- Recurso Ordinário em face de decisões de vara;
- Originariamente ações rescisórias, dissidio coletivo e d greve, mandado de segurança em face de juízes do trabalho, entre outras ações.
III- juízes do trabalho:
Jurisdição e competência:
Jurisdição é o poder, o dever, a função ou a atividade do Estado (representado pela pessoa física de um juiz – Estado-juiz) de, imparcialmente, substituindo a vontade das partes, aplicar o direito material ao caso concreto para resolver a lide.
Características 
Caráter substitutivo (substitutividade) resume-se ao fato de o Estado substituir a vontade das partes e decidir a lide. É importante dizer que ao substituir a vontade das partes pela vontade da lei no caso concreto, a jurisdição soluciona o conflito de interesses existente entre os litigantes e traz a pacificação social com a justa composição da lide.
Definitividade: Os atos jurisdicionais são revestidos pelo manto da coisa julgada material.
Lide: Conforme mencionado, é o conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida.
Princípio da inércia (da iniciativa da parte ou dispositivo) O processo civil começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial;
Princípio da indelegabilidade: A exemplo do que ocorre com os outros poderes, o Poder Judiciário não pode delegar suas atribuições típicas, principalmente a função jurisdicional.
Princípio da inevitabilidade: as partes não poderão se insurgir contra a vontade estatal, pois esta substitui o alvedrio das partes na solução dos conflitos de interesses.
Princípio da investidura regular: A atividade jurisdicional somente poderá ser exercida por quem foi investido de forma regular, isto é, mediante concurso público ou pela conhecida regra do quinto constitucional.
Princípio da aderência ao território (territorialidade): A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional (art. 16 do CPC/2015). Assim, a jurisdição é exercida nos limites do território nacional.
Competência 
É a medida, o limite, o fracionamento da jurisdição; é a divisão dos trabalhos perante os órgãos encarregados do exercício da função jurisdicional, cujo objetivo é a composição da lide e a pacificação social.
Competência em razão da matéria (ratione materiae) 
É a chamada competência em razão da natureza da relação jurídica ou objetiva, e tem por parâmetro a natureza da relação jurídica controvertida. São fundamentos legais da competência material da Justiça do Trabalho os arts. 114 da CF e 652 da CLT.
Competência em razão da pessoa (ratione personae): Conhecida também por competência em razão da qualidade das partes envolvidas na relação jurídica controvertida, é aquela que tem por parâmetro certas qualidades das pessoas litigantes.
Competência funcional 
É aquela que tem por parâmetro a natureza das funções exercidas pelo magistrado no processo, bem como das respectivas exigências especiais dessas funções.
Competência territorial (ratione loci) 
Também chamada de competência em razão do lugar, é aquela que tem por parâmetro a porção territorial conferida ao magistrado para que ele exerça a sua competência e, assim, solucione os respectivos conflitos de interesses.
Competência em razão do valor da causa
 É aquela que tem por parâmetro o valor do pedido ou pedidos, ou seja, toma por base o montante pecuniário da pretensão. No Direito Processual do Trabalho, o valor da causa é utilizado para a fixação dos procedimentos (ritos) trabalhistas, abaixo apontados:
 • procedimento comum (ordinário) – previsto na CLT, abrangendo os dissídios cujo valor da causa seja acima de 40 (quarenta) salários-mínimos; 
• procedimento sumário (dissídio de alçada) –abrangendo os dissídios cujo valor da causa seja até 2 (dois) salários-mínimos; 
• procedimento sumaríssimo –, que incluiu os arts. 852-A a 852-H na CLT, abrange os dissídios cujo valor da causa seja superior a 2 (dois) e até 40 (quarenta) salários-mínimos.
Após apontarmos a classificação da competência na seara do Processo do Trabalho, é importante consignar sobre: 
a) competência absoluta: dá-se em razão da matéria, da pessoa e da função; 
b) competências relativas: dá-se em razão do lugar.
Competência materiale em razão da pessoa da Justiça do Trabalho:
“Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
II – as ações que envolvam exercício do direito de greve;
III – as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; 
VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; 
VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
VIII – a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
IX – outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. 
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. 
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito”.
A nova redação do art. 114 do Texto Maior deixa claro que a competência em razão da matéria é a principal, tomando-se como relação jurídica base a relação de trabalho.
Competência em razão da pessoa, embora ainda presente, passou a ser secundária.
Art. 114 da Constituição Federal ainda contempla hipóteses de competência em razão da pessoa, como, por exemplo: 
• inciso I: entes de direito público externo; entes da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
• inciso III: ações entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e entre sindicatos e empregadores; 
• inciso VII: ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
• § 3º: dissídios coletivos de greve ajuizados pelo Ministério Público do Trabalho, em casos de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público.
Diante dessa nova competência material da Justiça do Trabalho, a doutrina menciona três expressivos princípios que a sustentam: 
1º) princípio da competência original ou específica: significa que a Justiça do Trabalho detém competência material para processar e julgar ações oriundas da relação de trabalho; 
2º) princípio da competência derivada ou decorrente: refere-se à competência material da Justiça do Trabalho para processar e julgar outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho; 
3º) princípio da competência executória: objetivamente, significa que a Justiça do Trabalho tem competência material para processar e julgar a execução, de ofício, das contribuições sociais decorrentes das decisões condenatórias e homologatórias de acordo dos juízes e tribunais do trabalho em relação às parcelas trabalhistas de natureza salarial, que são aquelas que integram o conceito previdenciário de salário de contribuição.
Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar 
Nesta parte do estudo, vale a pena consignarmos a redação anterior do art. 114 da CF e realizarmos a devida comparação: “Compete à Justiça do Trabalho conciliar e julgar os dissídios individuais e coletivos entre trabalhadores e empregadores, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta dos Municípios, do Distrito Federal, dos Estados e da União, e, na forma da lei, outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, bem como os litígios que tenham origem no cumprimento de suas próprias sentenças, inclusive coletivas” (destaques nossos).
1ª parte: ações oriundas da relação de trabalho 
Não podemos confundir os conceitos de relação de emprego e relação de trabalho. Relação de trabalho pode ser conceituada como qualquer relação jurídica por meio da qual uma pessoa física (natural) assume a obrigação de prestar um serviço em favor de uma pessoa física ou jurídica. 
Na verdade, a expressão relação de trabalho traduz um gênero. Por sua vez, relação de emprego pode ser conceituada como a espécie de relação de trabalho que apresenta como característica diferenciadora a presença dos requisitos caracterizadores da relação de emprego.
Para ilustrar o que estamos dizendo, são espécies de relação de trabalho: 
1ª) relação de emprego; 
2ª) trabalho autônomo; 
3ª) trabalho avulso; 
4ª) trabalho eventual; 
5ª) trabalho voluntário; 
6ª) estágio;
QUESTÕES POLEMICAS 
1º) A Reforma do Judiciário (Emenda Constitucional n. 45/2004), ao trazer nova redação ao art. 114 da Constituição Cidadã de 1988, em nenhum momento exclui da competência material da Justiça do Trabalho ação de cobrança de honorários advocatícios.
 2º) A intenção da legislação foi ampliar significativamente a competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar tanto as ações oriundas da relação de trabalho quanto outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho.
Sobre esse assunto, o Superior Tribunal de Justiça, em sua Súmula 363, assim dispõe: “Compete à Justiça Estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente”. Por fim, convém consignar os Enunciados n. 23 e 64 da 1ª Jornada de Direito Material e Processual na Justiça do Trabalho: “Enunciado 23. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. AÇÃO DE COBRANÇA DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. AUSÊNCIA DE RELAÇÃO DE CONSUMO.
Ações movidas pelo consumidor em face do prestador dos serviços: a Justiça do Trabalho não é competente, e sim a Justiça Comum. Com efeito, trata-se de relação típica de consumo, cujo objeto é o vício ou a falha na prestação de serviços que ofendeu inexoravelmente os direitos do consumidor, devendo incidir a proteção alinhavada no Código de Defesa do Consumidor.
A Justiça do Trabalho poderá ter competência criminal se assim for autorizado por lei específica.
2ª parte: entes de direito público externo 
Imaginemos a seguinte situação: um empregado é contratado no Brasil por um consulado ou uma embaixada. O ente de direito público externo não honra seus haveres trabalhistas. Dessa forma, o empregado ajuíza reclamação trabalhista perante Vara do Trabalho. Com efeito, na relação empregado/ente de direito público externo, dois pontos devem ser destacados, com os respectivos entendimentos da Suprema Corte: 
a) imunidade de jurisdição: não gozam de privilégio diplomático em processo trabalhista, por tratar-se de ato de gestão e não ato de império, sendo a Justiça Laboral competente. A imunidade em destaque representaria: 
• indevido enriquecimento sem causa do Estado estrangeiro; 
• censurável desvio ético-jurídico; 
• incompatibilidade com o princípio da boa-fé; e 
• ofensa inexorável aos grandes postulados do direito internacional; b) imunidade de execução: gozam dessa prerrogativa institucional, por questões de soberania. A solução seria os apelos diplomáticos e as cartas rogatórias. Em duas hipóteses seria possível a penhora de bens do ente de direito público externo: 
1ª) renúncia por parte do Estado estrangeiro à prerrogativa da intangibilidade dos seus próprios bens; ou 
2ª) existência em território brasileiro de bens que, embora pertencentes ao ente externo, não tenham qualquer vinculação com as finalidades essenciais inerentes às legações diplomáticas ou representações consulares mantidas no Brasil.3ª parte: entes da Administração Pública Direta e Indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
Analisando o texto trazido pela Emenda Constitucional n. 45/2004, estampado no inciso I do art. 114 da Constituição Federal de 1988, observa-se que nenhuma ressalva foi consignada, o que levou ao entendimento de que a nova competência abrangeria tanto os servidores públicos (no caso, os estatutários, em que o regime é institucional, perfazendo relação de ordem estatutária ou de caráter jurídicoadministrativo) quanto os empregados públicos (os celetistas sob regime contratual).
Objetivamente, a Justiça do Trabalho somente detém a competência para processar e julgar as ações envolvendo relação jurídica celetista. Dessa forma, são competentes: 
• a Justiça Federal: no caso de servidores públicos federais; 
• a Justiça Estadual: no caso de servidores públicos estaduais ou municipais.
4ª parte: previdência complementar privada
O Plenário também decidiu modular os efeitos dessa decisão e definiu que permanecerão na Justiça do Trabalho todos os processos que já tiverem sentença de mérito até a data de hoje. Dessa forma, todos os demais processos que tramitam na Justiça Trabalhista, mas ainda não tenham sentença de mérito, a partir de agora deverão ser remetidos à Justiça Comum.
Ações que envolvam exercício do direito de greve (art. 114, II, da CF) 
Ações individuais ou coletivas que envolvam o exercício do direito de greve são da competência da Justiça do Trabalho, podendo ser partes: empregados, empregadores, sindicatos, Ministério Público do Trabalho, dirigentes sindicais, usuários do serviço paralisado etc. Assim, todas as ações que sejam relacionadas ao exercício do direito de greve, direta ou indiretamente, deverão ser processadas e julgadas na Justiça do Trabalho.
Ações possessórias que envolvam exercício do direito de greve 
O sistema processual vigente prevê três ações possessórias: 
1ª) ação de reintegração de posse – no caso de esbulho, que é a efetiva perda total ou parcial da posse; 
2ª) ação de manutenção de posse – no caso de turbação, que é qualquer ato que embaraça o livre exercício da posse; 
3ª) ação de interdito proibitório – no caso de ameaça de turbação ou de esbulho. 
A grande controvérsia doutrinária e jurisprudencial é relativa à competência material da Justiça do Trabalho ou da Justiça Comum na hipótese de ação possessória envolvendo exercício do direito de greve.
Ações que envolvam a greve dos servidores públicos civis
Concluindo, prevalece o entendimento, na doutrina e na jurisprudência jus trabalhista, de que a Justiça do Trabalho não possui competência material para processar e julgar as ações que envolvam greve de servidores públicos estatutários, com supedâneo no julgamento do Pretório Excelso na ADI 3.395-6. Com efeito, a Justiça Laboral não possui competência material para processar e julgar as ações que envolvam qualquer relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo.
Ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e entre sindicatos e empregadores (art. 114, III, da CF) 
O texto do inciso III do art. 114 da Constituição Federal estabelece que compete à Justiça do Trabalho processar e julgar lides intersindicais ou intrassindicais: 
a) as ações sobre representação sindical; 
b) as ações entre sindicatos; 
c) as ações entre sindicatos e trabalhadores; 
d) as ações entre sindicatos e empregadores.
Mandado de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição (art. 114, IV, da CF) 
O inciso IV do art. 114 da Constituição Federal de 1988 estabelece que a Justiça do Trabalho tem competência para processar e julgar mandado de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.
As espécies de conflito de competência, segundo os arts. 804 da CLT e 66 do CPC/2015, são: 
• dois ou mais juízes se declaram competentes (conflito positivo de competência); 
• dois ou mais juízes se consideram incompetentes (conflito negativo de competência); 
• entre dois ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos.
1ª REGRA – TRTs (art. 808, alínea a, da CLT), havendo conflito de competência:
 • entre Varas do Trabalho da mesma região;
2ª REGRA – TST (art. 808, alínea b, da CLT), havendo conflito de competência: • entre TRTs; 
• entre Varas do Trabalho de regiões diversas; 
• entre TRT e Vara do Trabalho a ele não vinculada.
3ª REGRA – STJ (art. 105, I, alínea d, da CF), havendo conflito de competência: 
• entre TRT e TJ; 
• entre TRT e TRF; 
• entre juiz do trabalho e juiz de direito não investido na jurisdição trabalhista (juiz estadual ou juiz federal); 
• entre juiz do trabalho e TJ; 
• entre juiz do trabalho e TRF; • entre juiz estadual e TRT; 
• entre juiz federal e TRT.
4ª REGRA – STF (art. 102, I, alínea o, da CF), havendo conflito entre o TST e qualquer tribunal.
São exemplos de situações que ensejam o cabimento de indenização por danos morais na seara trabalhista: revista íntima de mulheres e homens, práticas discriminatórias em geral no ambiente de trabalho, instalação de câmeras abusivas, investigação de e-mail pessoal etc.
Ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho (art. 114, VII, da CF) 
Os órgãos de fiscalização das relações de trabalho são do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Antes do advento da Reforma do Judiciário, a competência era da Justiça Federal. Como exemplo, as ações que envolvam as multas aplicadas pelos auditores fiscais do trabalho.
Competência territorial da Justiça do Trabalho
Assim, competência em razão do lugar é a divisão territorial dos trabalhos pelos órgãos encarregados do exercício da função jurisdicional.
Não existe foro de eleição processo do trabalho. Art 651 CLT
Regra: local de prestação dos serviços (caput)
 O caput do art. 651 da CLT estabelece que a competência das Varas do Trabalho seja determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
exceção: agente ou viajante comercial 
Segundo o § 1º do art. 651 da CLT, quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Vara do Trabalho em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Vara da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.
exceção: empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho (“empregador viajante”)
 O § 3º do art. 651 da CLT trata do empregador que promova atividades fora do lugar do contrato de trabalho. Podemos citar como grande exemplo o circo, que sabidamente desenvolve atividades em diferentes lugares. Nesses casos, a lei confere uma opção (faculdade) ao empregado, na medida em que ele poderá ajuizar a reclamação trabalhista: 
a) na Vara do Trabalho da celebração do contrato; ou 
b) na Vara do Trabalho do local de prestação dos serviços.
Exceção: competência internacional da Justiça do Trabalho – dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro 
O § 2º do art. 651 da CLT aduz que a competência das Varas do Trabalho estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. Arguir exceção de incompetência quando não foi respeitada;
Foro de eleição (cláusula de eleição de foro) no Processo do Trabalho 
O foro de eleição pode ser conceituado como a cláusula prevista no contrato pela qual as partes, de forma consensual, elegem um local para dirimir futuras lides trabalhistas.
Competência funcional da Justiça do Trabalho
A competência funcional, também conhecida como competência em razão da função ou hierárquica.
Competência funcional das Varas do Trabalho 
Conforme estudamos, a Emenda Constitucionaln. 24, de 1999, representou a extinção da representação classista em todos os graus de jurisdição trabalhista, com a ressalva do direito dos juízes classistas de terminarem os respectivos mandatos.
Competência funcional do Tribunal Superior do Trabalho
 A competência funcional do Tribunal Superior do Trabalho está prevista no art. 67 do seu Regimento Interno, in verbis:
 “Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar, conciliar e julgar, na forma da lei, em grau originário ou recursal ordinário ou extraordinário, as demandas individuais e os dissídios coletivos que excedam a jurisdição dos Tribunais Regionais, os conflitos de direito sindical, assim como outras controvérsias decorrentes de relação de trabalho, e os litígios relativos ao cumprimento de suas próprias decisões, de laudos arbitrais e de convenções e acordos coletivos”. Conforme já estudado, o TST é dividido em: 
• Tribunal Pleno; 
• Órgão Especial; 
• Seção Especializada em Dissídios Coletivos; 
• Seção Especializada em Dissídios Individuais (Subseção I e Subseção II); e
• 8 Turmas.
Trabalhador- clt
Avulso, autônomo, eventual – cf
PETIÇÃO INICIAL:
Conceito: é toda declaração de vontade, pela qual alguém se dirige ao juiz, para a entrega de determinada prestação jurisdicional;
Existe três pedidos: devidos, indevidos, acha que é devido.
Honorário de sucumbência: 5% a 15%
Autor provoca poder judiciário através da P.I
A P.I que delimita seu pedido, e a sentença vai observar apenas o que nela está contido.
Pedidos extra, Cintra e infra petita.
Só observa o que está na P.I;
Princípio da eventualidade: imaginar o que pode acontecer, o reclamante deverá apresentar todos os fatos e formular todas as pretensões na P.I, admitindo o aditamento ou a emenda quando houver permissão legal.
A Reclamação trabalhista pode ser apresentada de forma oral, reduzida a termo pela Secretaria, ou escrita, devendo nesse último caso respeitar as regras dispostas no art. 840 da CLT, aplicando-se, subsidiariamente, o art. 319 do CPC, nos termos do art. 769 da CLT.
A petição inicial trabalhista é o instrumento pelo qual o interessado apresenta o seu conflito para ser dirimido pelos órgãos que compõem a Justiça do Trabalho - Juiz do trabalho, Tribunal Regional do Trabalho e Tribunal Superior do Trabalho, conforme o art. 111 CR/88.
Em outras palavras, para que se tenha início o processo de conhecimento trabalhista, cabe à parte autora - Reclamante - levar o seu respectivo conflito de interesses ao conhecimento dos órgãos que compõem a Justiça do Trabalho, por meio de uma petição inicial, a qual deverá expor, de forma lógica e coerente, todas as suas pretensões, bem como os meios pelos quais se pretende demonstrar e comprovar o seu direito. Trata-se de uma peça importante, porquanto composta de uma estrutura básica a qual, dependendo da situação, pode ser adaptada a outras espécies de ações, tais como uma ação de consignação em pagamento ou mesmo um mandado de segurança.
Assim, na elaboração da peça inicial, é imprescindível a utilização de redação e linguagem clara, concisa, precisa e polida, de modo a ser facilmente compreendida a articulação dos fatos, os fundamentos e os pedidos realizados pelo autor na ação.
Passa-se a analisar os requisitos da petição inicial, previstos no art. 840 da CLT, c/c art. 319 do CPC.
Requisitos da petição inicial
Comparada ao processo civil, a inicial trabalhista é simplificada, apresentando poucos requisitos essenciais - a designação do juízo, a qualificação das partes (Reclamante e Reclamada), uma breve exposição dos fatos, o pedido, o valor da causa, a data e a assinatura do reclamante (ou de seu representante legal), a seguir reproduzidos e esmiuçados:
a) Endereçamento (o Juízo)
O endereçamento é importante, pois define o órgão jurisdicional perante o qual a demanda será processada.
Em regra, o dissídio individual - conflito entre o tomador de serviços (pessoa física ou jurídica) e o trabalhador (pessoa física); entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e entre sindicatos e empregadores, nas ações que envolvam representação sindical (art. 114 da CR/88)-, é remetido a uma Vara do Trabalho, órgão de primeiro grau ou de primeira instância da Justiça do Trabalho.
A legislação determina que, nos locais desprovidos de Vara do Trabalho, a ação trabalhista poderá ser remetida aos juízos de direito (Justiça Comum Estadual), de conformidade com o art. 112 da CR/88 e o art. 668 da CLT. No entanto, o mais comum é a jurisdição de uma Vara do Trabalho ser estendida, por meio de lei federal, para as localidades não servidas pela Justiça do Trabalho.
Assim, a petição inicial deve ser dirigida ao Juiz do Trabalho e não Juiz Federal ou Juiz de Direito, em regra, de onde o serviço foi prestado pelo trabalhador (art. 651 da CLT). Se o enunciado da questão de elaboração da peça profissional não mencionar o local da competência jurisdicional, sugere-se a utilização de reticências (...).
Qualificação das partes
Feito o endereçamento correto, deixe um espaço de 10 a 15 linhas, até a qualificação das partes. Dica: na prova da OAB, escreva a palavra “espaço” entre o endereçamento e a qualificação do reclamante, deixando apenas uma linha em branco.
O reclamante, autor ou requerente é a parte que dá início à ação trabalhista. Sugere-se a utilização da nomenclatura Reclamante, em primeiro plano, lançando mão das demais ao longo da peça processual, de modo a evitar a repetição do termo.
A qualificação do autor – reclamante - deve conter: nome completo, nacionalidade, estado civil, profissão, data de nascimento, nº do RG, CPF, CTPS (nº e série) e PIS, endereço completo, incluído o CEP, além de outros dados pertinentes a sua identificação (art. 319, II, CPC). Se o reclamante for beneficiário da prioridade na tramitação processual, conforme previsto no Estatuto do Idoso (Lei n. 10.741/2003), é importante registrar a seguinte observação logo abaixo do endereçamento: “Processo com prioridade nos termos do Estatuto do Idoso (art. 71 da Lei n. 10.741/2003)”.
A qualificação do réu, reclamado ou requerido, polo passivo da demanda trabalhista, deverá conter o nome completo e CPF, em se tratando de pessoa física, ou razão social e CNPJ (pessoa jurídica), e endereço completo com CEP (art. 319, II, CPC), já que a citação inicial é feita, em regra, via postal (Súmula nº 16 TST).
No caso de falência reconhecida judicialmente, na forma prevista no art. 99 da Lei n. 11.101/2005, na qualificação da empresa reclamada deve ser utilizada a expressão “Massa Falida de/da” antes do nome da empresa, exemplo: Massa Falida de Pink link Ltda.
Seguindo essa linha, segue um modelo de qualificação das partes:
“A”, nacionalidade, estado civil, profissão, data de nascimento, número do RG, número do CPF, número e série da CTPS, número do PIS, endereço completo com CEP, por seu advogado que esta subscreve, vem à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos arts. 840 da CLT e 319 do CPC, propor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, pelo rito__________, em face de B, pessoa jurídica de direito privado, número do CNPJ, endereço completo com CEP, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:”
Em caso de ação movida pelo espólio de empregado falecido, representado pelo inventariante (inciso VII do art. 75 do CPC), deve ser inserida na qualificação a informação: “Espólio de (...), representado pela inventariante (...), (nacionalidade), (estado civil), etc.”
Você sabia que, em caso de direitos personalíssimos dos herdeiros a ação trabalhista não pode ser movida pelo espólio do falecido?
Sim. Espólio não se confunde com os herdeiros. O espólio constitui a totalidade dos bens deixados pelo falecido, ou seja, a herança propriamente dita, representado em juízo, ativa e passivamente, pelo inventariante (inciso VI do art. 75 do CPC) ou pelo administrador provisório, caso o inventariante ainda não tenha prestado compromisso (arts. 613 e 614 do CPC).
Assim, postulados direitos ordinários decorrentes da relação de trabalho prestada pelo empregado falecido, a ação deverá ser movida pelo espóliodo de cujus, representada pelo seu inventariante. Exemplo: ação pleiteando as verbas rescisórias do falecido.
Por outro lado, em caso de postulação de direitos personalíssimos dos herdeiros, como no caso de pedido de indenização por dano moral e material, decorrente de acidente de trabalho que teve por consequência a morte do empregado, a ação deverá ser movida pelos próprios herdeiros do empregado falecido. Nesse caso, sugere-se a qualificação da (o) viúva (o) e de cada um dos filhos, nos termos já informados.
Por fim, em se tratando de trabalhador menor de 18 anos, a reclamação trabalhista deverá ser ajuizada pelos seus representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público Estadual ou curador nomeado em juízo (art. 793 da CLT).
Os fatos (causa de pedir)
A petição inicial trabalhista deve conter uma breve clara e precisa exposição dos fatos, de que resulte o dissídio, correspondente à causa de pedir, base para a formulação dos pedidos.
Nesse tópico, é importante informar uma breve história do contrato de trabalho, respeitando a ordem cronológica dos fatos, fazendo, obrigatoriamente, constar os seguintes dados: a data da admissão e da rescisão do contrato do empregado; o motivo da rescisão; o cargo ou a função exercida; o valor do último salário; a jornada de trabalho cumprida; os dias de trabalho; o intervalo cumprido (se era de 1 hora, 2 horas ou 15 minutos); etc.
Em suma, é desejável que se faça um breve histórico de todas as informações pertinentes ao pedido (causa de pedir). Nessa senda, o tópico denominado “fatos” deve ser assim redigido, em caso o obreiro dispensado sem justa causa:
“DO CONTRATO DE TRABALHO
O reclamante iniciou suas atividades laborativas para a reclamada em .../../..., exercendo as funções de ............., trabalhando sempre das ... às ...horas, de ........ a .........
Foi dispensado sem justa causa em .../.../..., quando então percebia o salário de R$ ...”
Segue outro modelo, levando-se em conta a prestação de jornada suplementar:
“DAS HORAS EXTRAS
O reclamante laborava para a reclamada das 8 às 18 horas, sem intervalo para refeição e descanso, totalizando, assim, 10 horas diárias. Referida jornada extrapola o limite máximo de 8 horas diárias, permitido pelo art. 7º, XIII, da CR/88, razão pela qual faz jus o autor a 2 horas extras diária, com adicional de 50%, nos exatos termos do art. 59, § 1o, da CLT. Por serem habituais, requer ainda os reflexos das horas extras nas verbas contratuais (DSR, 13o Salário, férias + 1/3 e FGTS), bem como nas rescisórias (aviso prévio, saldo de salário, 13o Proporcional, férias proporcionais + 1/3 e multa de 40% sobre o FGTS).”
O pedido
O pedido é a pretensão do autor, aquilo que foi suscitado na causa de pedir, ou seja, o objeto do processo, que pode se constituir em verba principal, como por exemplo: férias anuais vencidas, acrescidas do 1/3 constitucional; décimo terceiro salário integral; aviso prévio trabalhado ou indenizado e em verbas acessórias, juros de mora, correção monetária e honorários advocatícios, por exemplo.
Destarte, o pedido pode ser alternativo (art. 325, caput, CPC), quando houver mais de uma forma de ser cumprida a obrigação, ou subsidiário (art. 326, caput, CPC), aquele que será examinado se o principal não puder ser deferido. Exemplo: pedido principal - declaração da nulidade da dispensa sem justa causa e reintegração no emprego, em razão de garantia de emprego; pedido subsidiário: se não for possível à reintegração, requer o pagamento da indenização correspondente ao período de garantia de emprego (art. 496 da CLT).
Vale dizer que mesmo que já tenha sido realizado o pedido no parágrafo da causa de pedir, ao final, os mesmos devem ser repetidos em forma de lista, nos seguintes termos:
“DO PEDIDO
Pelo exposto, requer o Reclamante a condenação da Reclamada ao pagamento das seguintes verbas:
- saldo de salário do mês de julho de 2018;
- aviso-prévio indenizado de 53 dias, etc”
Provas (art. 319 CPC)
Aplicando-se, subsidiariamente, o art. 319 do CPC, a petição inicial indicará “as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados” (BRASIL 2015). Exemplo:
“DAS PROVAS
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em direito, especialmente pelo depoimento pessoal do reclamado, oitiva de testemunhas, sem prejuízo de outras provas eventualmente cabíveis”
f) Citação (art. 841 da CLT)
A notificação postal terá caráter citatório na seara trabalhista, ou seja, a notificação é o termo que se aplica ao chamamento do réu ao juízo laboral.
Neste tópico, além de requerer a citação da reclamada, o autor pode requerer a aplicação da pena de confissão ficta, a teor da Súmula nº 74 do TST, senão vejamos:
“DA NOTIFICAÇÃO
Requer, por fim, a notificação da reclamada para que apresente defesa, sob pena de serem admitidos como verdadeiros os fatos alegados na inicial (Súmula nº 74 TST)”.
g) Valor da causa
Não obstante não haja previsão específica na CLT, o valor da causa deve obrigatoriamente ser indicado na petição inicial (caput do art. 2º da Lei n. 5.584/70), sendo indispensável para definir o procedimento a ser seguido.
Assim, se o valor for igual ou inferior a dois salários mínimos deverá ser observado o rito sumário (§§ 3º e 4º da Lei n. 5.584/70)- pouco utilizado na prática trabalhista; se for superior a dois e inferior a 40 salários mínimos, o rito pode ser o sumaríssimo; por sua vez, se o valor for superior a 40 salários mínimos, o rito a ser seguido deve ser o ordinário.
No caso do rito ordinário, pode-se inserir nos pedidos a expressão “a apurar”, dando à causa um valor por estimativa. Nessa hipótese, no Exame da OAB, sugere-se a utilização de reticências (...), por exemplo: “Dá-se à causa o valor de R$... (extenso) para fins de alçada”.
Em caso de rito sumaríssimo, por sua vez, para a fixação do valor da causa, devem ser liquidados e somados todos os valores dos pedidos pretendidos na petição inicial.
h) Fechamento da petição inicial (pedido de deferimento)
Chegamos ao fechamento da petição inicial, trata-se do pedido de deferimento, realizado nos seguintes termos:
“Nestes termos, pede deferimento.
Local e data
Nome e assinatura do advogado número da OAB”
Observação: Diferentemente do Processo Civil, não há a obrigatoriedade de se apontar os fundamentos jurídicos dos pedidos na petição inicial trabalhista, tanto pelo rito ordinário quanto pelo sumaríssimo. Contudo, na peça da prova prático-profissional do Exame da OAB, os fundamentos de fato e de direito devem ser bem articulados, sendo necessária a indicação do dispositivo legal correspondente ou a jurisprudência dominante do Tribunal Superior do Trabalho (Súmulas, Orientações Jurisprudenciais e Precedentes Normativos), aspectos que detêm peso substancial na correção pela Banca Examinadora.
1.2 Petição Inicial do Rito Sumaríssimo
O procedimento sumaríssimo, criado pela Lei nº 9.957/2000, teve por objetivo dar maior celeridade aos processos trabalhistas, cujo valor da causa não excedesse a 40 salários mínimos.
Assim, visando a atender o princípio da simplicidade inerente ao procedimento, o legislador estabeleceu regras mais simples para a elaboração da petição inicial, dispostas no § 1º do art. 840 da CLT, no art. 852-A da CLT e nos incisos I e II do art. 852-B da CLT, no inciso V do art. 319 do CPC, bem como nos arts. 1º e 2º da Lei n. 5.584/70 (valor da causa).
Em suma, são requisitos específicos do procedimento sumaríssimo:
· Aplica-se apenas aos dissídios individuais;
· Estão excluídas do procedimento as demandas em que a Administração pública direta, autárquica e fundacional;
· Estão incluídas no procedimento as demandas em que são parte as sociedades de economia mista e as empresas públicas que explorem atividade econômica (inciso II do § 1º do art. 173 da CR/88).
· O valor da causa não pode exceder a 40 salários-mínimos vigentes na data do ajuizamento da ação;
· O pedido deve ser certo e determinado, ou seja, o pedido deve ser delimitado em sua qualidade (horasextras), quantidade e valor (10 horas extras mensais que equivale ao montante X), sob pena de arquivamento da reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa.
A propósito, embora o § 1º do art. 852-B da CLT preveja expressamente o arquivamento da ação trabalhista, em caso de pedidos sem valores, tem se observado, na prática, a conversão do procedimento sumaríssimo para ordinário, quando não forem observados os requisitos contidos nos incisos I e II do art. 852-B da CLT.
Vale esclarecer que uma vez observados os requisitos específicos de pedido certo, determinado e liquidado, a petição inicial seguirá a mesma lógica do procedimento ordinário.
· Arquivamento – julgamento sem resolução do merito
*Quem recebe até 2400$ têm direito a justiça gratuita.
Parágrafo 2 – art.844 CLT
846 – CLT – OBRIGATÓRIA TENTATIVA DE CONCILIAÇÃO – caso contrário dará nulidade.
Art;850 – CLT – NÃO É OBRIGATÓRIA
*Tentativa de conciliação pode ser feita a qualquer momento.
CLT – ART. 800
CLT – ART. 767 COMPENSAÇÃO
Depoimentos pessoais – obter confissão da parte contrária.
Instruir – dizer o que vai acontecer, do que se trata, instruir para lembrar dos fatos.
Proibido instruir a testemunha (instruir para mentir), não deve ser feito.
*Enganar o Juiz.
Art.801 CLT – SUSPEIÇÃO
Art.144 CPC – IMPEDIMENTO 
-Exceções (cont.)
Incompetência 
-Pessoal – absoluta 
Material – absoluta
Territorial – relativa – se não arguir, ele torna-se competente 
Art.800.
Parágrafo 1, 2, 3 ,4 
Arr.337 cpc
*Embargos a execução *Lembrar que porteiro jogou fora a notificação.
CPC. Art.337 – Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
I – Inexistência ou nulidade da citação
*Causa de pedir – 
É o por que de pedir 
Coisa julgada formal – Pode acometer todas decisões – ela é decorrente do prazo. (Decorreu o prazo e você não fez nada).
Coisa julgada material – Desrespeita ao mérito – sem julgamento do mérito – fez coisa julgada só formal , não fez material. Entendeu que alí tinha uma inépcia , por exemplo.
Quando o juiz julga o mérito, tem ou não tem, tem prazo para
Faz coisa julgada material -

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