Resumo Herpes Simples

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Resumo da Aula/discussão sobre o tema: Herpes Simples
Aluna: Larissa Daniela de Andrade Pacheco
O Herpes simples é uma infecção viral causada por dois vírus da família Herpesviridae (herpes simples tipos 1 e 2; HSV- 1 e HSV- 2). O HSV-1 se dissemina por contato com saliva ou lesões periorais ativas, esse vírus melhor se adapta às regiões de face, boca e olhos. Já o HSV-2 melhor se manifesta nas regiões genitais, sendo transmitido por meio do contato sexual.
 Normalmente a infecção pelo vírus HSV-1 ocorre em pacientes jovens, sendo comumente assintomático. Após a infecção primária ser estabelecida o vírus permanecerá em estado latente na região de glânglios sensitivos e glânglios autonômicos, sendo a região mais comum o gânglio trigêmeo. O vírus utiliza os axônios neuronais sensitivos para seu deslocamento até a região de pele ou mucosa periférica, fato que resultará em lesões. Na infecção pelo HSV- 1 secundária, o vírus é reativado por meio de alguns fatores como luz ultravioleta, estresse físico e emocional, ciclo menstrual, traumas. 
Essa doença apresenta fases que se diferenciam quanto aos aspectos clínicos. O período prodrômico, por exemplo, é dificilmente identificado clinicamente, essa etapa é marcada por intensa sintomatologia na região onde as lesões se manifestarão, causando ardência, queimação ou dor local. O período clínico ativo é caracterizado pelo aparecimento de várias microulcerações que correspondem às vesículas e bolhas rompidas, essas regiões são recobertas por pseudomembranas amareladas e podem apresentar sangramento, além de dor. O período reparatório é o mais curto é apresenta a formação de crostas desorganizadas. Ademais, existem manifestações cutâneas menos comuns, como o panarício herpético, sendo resultado da autoinoculação do vírus HVS-1 e HVS-2, expressando-se nos dedos, por exemplo.
O diagnóstico do herpes simples pode ser estabelecido clinicamente, a realização de uma detalhada anamnese, assim como um minucioso exame físico das lesões permite um presuntivo seguro, entretanto, é de extrema importância a confirmação laboratorial, por meio de procedimentos como biopsia e citopatologia, sendo esses os mais utilizados para análise. Os diagnósticos diferenciais para essa doença incluem eritema multiforme e estomatite aftosa recorrente.
O tratamento pode ser realizado a partir da administração sistêmica, de fármacos como aciclovir, valaciclovir – 1 comprimido de 500mg a cada 12 horas durante 5 dias- , penciclovir, famciclovir, ganciclovir, valganciclovir, foscarnet e cidofir, sendo algumas dessas reservadas para o tratamento de pacientes imunocomprometidos com manifestação herpática. A terapêutica deve ser iniciada no período prodrômico. Além disso, em casos de onde as recorrências são mais frequentes, é indicada a realização de protocolos preventivos – Valaciclovir 500mg, 1 comprimido por dia, durante 4 a 6 meses. Spray tópico de cloridrato de diclonina e anti-inflamatórios não esteróides, podem ser associados ao tratamento para o alívio de dor.
Referências
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NEVILLE, Brad, W. et al. Patologia Oral e Maxilofacial. Disponível em: Minha Biblioteca, (4th edição). Grupo GEN, 2016.