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Teste Rápido HCV - Imunocromatografia

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO DELTA DO PARNAÍBA (UFDPAR)
COORDENAÇÃO DO CURSO DE BACHARELADO EM BIOMEDICINA
LANA KARLA HOLANDA FREITAS
Relatório de Prática 
	
PARNAÍBA / PIAUÍ
2023
LANA KARLA HOLANDA FREITAS
Prática 3: Imunocromatografia - Teste Rápido HCV
	
Relatório de práticas IV em Biomedicina como parte dos requisitos para a obtenção de nota e aprovação na disciplina. 
PARNAÍBA / PIAUÍ 
2023
1. INTRODUÇÃO 
Os testes rápidos utilizados para triagem da infecção pelo vírus da Hepatite C (HCV) baseiam-se na tecnologia de imunocromatografia de fluxo lateral, que permite a detecção do anticorpo anti-HCV no soro ou sangue total. O teste imunocromatográfico é um tipo de teste rápido que identifica doenças infecciosas, hormônios e outros analitos, por associação específica a anticorpos com partículas coloridas conjugadas. (ABBAS, 2015) 
Um exemplo clássico de teste imunocromatográfico é o teste de gravidez. Ele não toma como referência a presença de um antígeno, e sim uma variação do hormônio beta-hCG no organismo feminino. Existem testes imunocromatográficos para várias outras doenças, como Zika, dengue, sífilis e até mesmo HIV. Entre as principais vantagens do teste imunocromatográfico, destacam-se três: 
· Rapidez: da coleta da amostra ao resultado, não costumam se passar mais do que 15 minutos. 
· Baixo custo: a realização do exame não demanda estrutura laboratorial complexa, e todos os componentes são descartáveis. 
· Praticidade: além de serem facilmente encontrados em farmácias, a realização dos exames pode ser executada pelo próprio farmacêutico (mediante treinamento apropriado). (HILAB, 2021)
Existem vários formatos de testes rápidos. Os mais frequentemente utilizados são: imunocromatografia de fluxo lateral; imunocromatografia de dupla migração (ou de duplo percurso – DPP); dispositivos de imunoconcentração; fase sólida, como mostra a figura 1:
Figura 1: Exemplos de testes rápidos (TR): (1a) imunocromatografia de fluxo lateral; (1b) imunocromatografia de dupla migração – DPP; (1c) imunoconcentração; (1d) fase sólida. Fonte:Telelab.
Imunocromatografia de fluxo lateral: Esse tipo de exame possui dois marcadores: controle (C) e teste (T). A interpretação do resultado leva em consideração o aparecimento de linhas nos marcadores C e T, indicando se houve ou não reação. A amostra e a solução-tampão são colocadas no mesmo lugar, uma sobre a outra. Dali, os anticorpos fluem lateralmente pela membrana com a solução reagente, interagindo com os marcadores C e T. Na área T, eles ligam-se ao analito investigado. Na área C, são capturados por anticorpos anti-imunoglobulina.
Imunocromatografia de dupla migração: Semelhante à anterior, mas possui uma diferença. A amostra e a solução-tampão são colocadas no mesmo local, mas um segundo tampão que libera as partículas conjugadas é aplicado em outra área e migra separadamente até a janela de leitura do teste.
Testes por imunoconcentração: Neste tipo de exame, o resultado é obtido por meio de uma reação que apresenta a concentração de anticorpos, que irão se ligar uns aos outros, formando um complexo. Novamente, temos os mostradores controle (C) e teste (T), que aqui são representados por pontos. O aparecimento dos pontos nas áreas específicas indica se houve ou não reação.
Testes rápidos por fase sólida: utilizam a metodologia de ELISA (do inglês enzyme-linked immunosorbent assay). Neste tipo de teste, é utilizado um pente, com 12 dentes que carregam anticorpos anti-imunoglobulina humana e o antígeno da doença. Cada dente do pente é colocado em contato com a amostra extraída do paciente, para que seja observada uma possível reação, fruto do contato das imunoglobulinas (anticorpos) com as anti-imunoglobulinas. Feito isso, o dente passa por um segundo recipiente, onde entra em contato com um conjugado. Por fim, em um terceiro recipiente, que contém o substrato (cromógeno + peróxido de hidrogênio), ocorre a reação visível. A presença de anticorpos – indicando que houve contato com o vírus – será revelada pela formação de círculos coloridos. (HILAB, 2021)
Como os testes rápidos são de simples execução, eles podem ser utilizados fora do ambiente de laboratório, por pessoal capacitado. Diversos testes estão disponíveis comercialmente, porém, nem todos possuem as características de desempenho, sensibilidade e especificidade estabelecidas pelo DDAHV (Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais). Para evitar o emprego de testes com desempenho sub-ótimos, o DDAHV tem um programa para avaliação da qualidade dos testes rápidos. (TELELAB, 2021).
	
2. OBJETIVO
	O propósito da prática foi entender como se dá o funcionamento do teste Imunocromatográfico que auxilia no diagnóstico da Hepatite C, amplamente utilizado em laboratórios, além de sua determinação para uso diagnóstico in vitro.
3. DESENVOLVIMENTO
Para a prática de Imunocromatografia fez-se uso dos seguintes materiais:
· Lanceta para punção digital;
· Álcool 70%;
· Algodão;
· Capilar sanguíneo;
· 1 kit Imunorápido HCV;
· Recipientes para descarte;
· Cronômetro;
· Papel Toalha;
· Equipamentos de proteção individual.
Antes de iniciar o teste em si foi preciso atentar-se e anotar alguns detalhes, como a validade e o lote do kit, bem como se estavam dentro do intervalo de temperatura adequada para a realização. Os dispositivos de teste, diluente e lancetas apresentam números de lote individuais, mas o número do lote para registro é o que está gravado na caixa. Feito isso, o dispositivo (cassete) foi retirado da embalagem de alumínio, disposto sobre a bancada — pois é necessário que haja uma superfície limpa, seca e plana — e identificado com as iniciais da paciente. 
Para proceder com o teste foi feita a obtenção da amostra. Ela pode ser de soro, plasma (EDTA, citrato, oxalato, heparina) ou sangue total (EDTA, citrato, oxalato, heparina). Na prática em questão foi utilizada amostra de sangue total obtida por meio de punção digital. Esse procedimento evitou a coleta de sangue por punção venosa, sendo mais rápido e de fácil realização. Em pacientes adultos a coleta de sangue por punção pode ser indicada nas seguintes situações: pacientes queimados ou extremamente obesos, tendências à trombose, pacientes geriátricos ou com veias superficiais inacessíveis e quando se deseja obter amostras para testes laboratoriais remotos ou caseiros. Em pacientes desidratados ou com circulação colateral reduzida, pode ser muito difícil conseguir quantidade suficiente da amostra de sangue capilar. (LABTEST, 2016)
Terminada a punção, e com o auxílio de um capilar sanguíneo, a amostra foi disposta para dentro do poço amostral do dispositivo (S). Em seguida, foram adicionadas 4 gotas de diluente de ensaio (a depender do kit), na mesma cavidade da amostra (S), conforme ilustrado na imagem a seguir (Figura 2) e acionado o cronômetro para posterior leitura do teste (15 minutos).
 
Figura 2: Procedimento para teste de HCV. Fonte: Labtest.
Após realizados os procedimentos descritos acima, foi feita a interpretação dos resultados. É importante atentar-se ao tempo e fazer a leitura do teste no tempo indicado fornecido pelo kit. O tempo em questão era de 15 minutos, não podendo ser realizada a leitura após passados 20 minutos da adição do diluente, pois o diluente que é responsável por estabilizar a amostra, fazendo com que ela “corra” pela fita, é estável apenas dentro deste tempo. 
A interpretação do teste deu-se da seguinte forma, conforme ilustra a figura 3:
· Teste Positivo:
· Ocorre a formação de uma linha colorida na região controle (C) e na região teste (T).
· Teste Negativo:
· Há a formação de uma linha colorida na região controle (C) e ausência de linha na região teste (T).
· Teste Inválido:
· Ocorre ausência de linha colorida na região controle (C). Isso indica erro de procedimento ou deterioração do sistema. Quando acontece é preciso rever o procedimento e repetir o teste com uma nova placa.
Figura 3: Interpretaçãodo teste. Fonte: Labtest.
Quando a amostra e a solução diluente são dispensadas no poço elas migram por capilaridade, ao longo da membrana. Se houver anticorpos anti-HCV na amostra, eles ligam-se ao conjugado impregnado na membrana. Esse conjugado é composto por antígenos e ouro coloidal, que funcionará como o revelador do teste. O Ouro coloidal é o ouro em nanopartículas. Uma característica importante é que nesse formato de nanopartículas ocorre mudança da cor do ouro que deixa de ser amarelo e se torna vermelho em solução aquosa. É devida a esta característica que o ouro coloidal se tornou tão útil na revelação do resultado de um teste rápido. (TELELAB, 2021)
Em seguida, os anticorpos ligados ao conjugado fluem pela membrana do dispositivo de teste e são capturados pelos antígenos, imobilizados na área de Teste (T), presente na janela de resultados do dispositivo, produzindo uma linha cor rosa, na área de Teste (T). Os conjugados que não se ligaram na área de Teste (T), continuam a fluir e se ligam aos reagentes imobilizados, na área de Controle (C), também presente na janela de resultados do dispositivo de teste. Uma linha colorida, de cor rosa clara, será produzida na área do Controle (C), demonstrando que os reagentes do teste estão funcionamento.
Figura 4: Princípio metodológico do teste Imuno-Rápido HCV. Fonte: Telelab.
É importante frisar que o teste Imuno-Rápido HCV é um teste de triagem, utilizado para caracterizar a presença de anticorpos anti-HCV, não sendo um teste de diagnóstico definitivo, além de estar sujeito a um período de janela imunológica, que é o período que decorre entre a infecção pelo HCV e a detecção dos anticorpos anti-HCV pelo teste. Além disso, o resultado do teste deve ser sempre interpretado em conjunto com as informações clínicas do indivíduo testado, pois algumas condições clínicas podem interferir nos resultados dos testes, como: pacientes em hemodiálise, portadores de insuficiência renal crônica, pacientes com imunossupressão, pacientes já em tratamento da hepatite C, pacientes em uso de Prednisolona, pessoas recentemente vacinadas e usuários de drogas ilícitas. (TELELAB, 2021)
4. CONCLUSÃO
	Ao fim da prática realizada foi possível compreender a funcionalidade dos testes rápidos baseados em imunocromatografia, utilizados em diversos diagnósticos pelo princípio de detecção qualitativa de anticorpos específicos em amostras de soro, plasma ou sangue total humanos.
5. REFERÊNCIAS 
Abbas AK, Lichtman AH, Pillai SHIV. Imunologia celular e molecular. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015
HILAB, Laboratório de Análises Clínicas. Imunocromatografia: o que é e como funciona a metodologia. HILAB, 2021. Disponível em: <https://hilab.com.br/blog/imunocromatografia/#:~:text=O%20teste%20imunocromatogr%C3%A1fico%20%C3%A9%20um,presen%C3%A7a%20de%20ant%C3%ADgenos%20na%20amostra> Acesso em: 25 de fevereiro de 2023.
LABTEST, Informativo Técnico da Labtest. Lab Rapid HCV - Instruções de Uso. Minas Gerais, 2020. Disponível em: < https://labtest.com.br/wp-content/uploads/2021/01/Ref_717_Edi%C3%A7Mar%C3%A7o2020_Rev-_Ref091220_RERDT_178-20_Port.pdf> Acesso em: 17 de fevereiro de 2023. 
LABTEST, Informativo Técnico da Labtest. Procedimentos para a coleta de sangue capilar. Minas Gerais, 2016. Disponível em: <https://labtest.com.br/wp-content/uploads/2016/09/Infotec_Coleta_de_Sangue_Capilar.pdf> Acesso em: 17 de fevereiro de 2023. 
TELELAB. Diagnóstico de Hepatites Virais. TELELAB – Diagnóstico e Monitoramento, 2021. Disponível em: <https://telelab.aids.gov.br/index.php/component/k2/item/94-diagnostico-de-hepatites-virais>. Acesso em: 17 de fevereiro de 2023.
TELELAB. Teste rápido para diagnóstico de Hepatite C. TELELAB – Diagnóstico e Monitoramento, 2021. Disponível em: https://telelab.aids.gov.br/moodle/pluginfile.php/22183/mod_resource/content/2/Hepatites%20-%20Manual%20Aula%204.pdf . Acesso em: 17 de fevereiro de 2023.
TELELAB. Testes Rápidos. TELELAB – Diagnóstico e Monitoramento, 2021. Disponível em: https://telelab.aids.gov.br/moodle/pluginfile.php/22168/mod_resource/content/2/HIV%20-%20Manual%20Aula%206%20%281%29.pdf . Acesso em: 17 de fevereiro de 2023.

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