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CASO CLÍNICO ESTÁGIO III Nome: Maria Giovanna Garcia Ribeiro Silva Paciente de 70 anos, homem, compareceu ao pronto socorro acompanhado da filha, reclamando de tontura e fraqueza. Ao exame físico, o médico evidenciou palidez cutâneomucosa e hepatoesplenomegalia. Para a avaliação, exames laboratoriais foram solicitados. HEMOGRAMA ▪︎Hemoglobina: 7,4 g/dL ▪︎Hematócrito: 25,1% ▪︎Hemácias: 2.58 milhões ▪︎VCM: 97.3 fL ▪︎HCM: 28.7 pg ▪︎CHCM: 29.5 g/dL ▪︎RDW: 15% ▪︎Contagem global: 57.420/mm3 ▪︎Blastos: 3% ▪︎Promielócito: 0% ▪︎Mielócito: 3% ▪︎Metamielócito: 4% ▪︎Bastões: 4% ▪︎Segmentado: 41% ▪︎Eosinófilo: 0% ▪︎Basófilo: 0% ▪︎Linfócito: 7% ▪︎Monócito: 38% ▪︎Plaquetas: 110 mil/mm³ ANÁLISE DA LÂMINA Leucócitos: presença de monócitos anômalos. Presença de 1% de promonócito incluído na contagem de blastos. Células do campo: Linfócito, blasto, bastão e mielócito. -Qual a principal hipótese diagnóstica do caso em questão? Após a avaliação do resultado, o médico solicitou avaliação do paciente pelo hematologista da unidade. O hematologista solicitou mielograma, imunofenotipagem e avaliação citogenética. Os resultados confirmaram leucemia mielomonocítica crônica(LMMC). -Quais as principais alterações laboratoriais citadas são associadas à doença? Algumas alterações podem ser evidenciadas no hemograma, como o aumento significativo na contagem de leucócitos, acompanhado do aumento de basófilos e do aparecimento de células imaturas. Em estágios iniciais da doença são observados um aumento de basófilos, trombocitose é um baixo escore de fosfatase alcalina leucocitária( LAP). Em alguns pacientes, há alterações cíclicas na contagem de leucócitos em intervalos de 50 a 70 dias. Com a evolução da doença, um dos principais critérios de identificação da crise blástica é a contagem de blastos O número de blastos deve ser igual ou superior a 20%. -Qual a principal diferença entre essa condição clínica de outras síndromes mielodisplásicas, explique. A LMMC de acordo com a classificação da OMS, está inserida no grupo das síndromes mielodisplásicas. Devido a que, grande parte dos pacientes apresentam um elevado número de monócitos displásicos no sangue, tipo de célula presente no sistema imune e que tem por função defender o organismo de corpos estranhos. Ou seja, a medula óssea, sofre uma mutação genética. Com isso, passa a produzir monócitos em números superiores ao normal e que não funcionam corretamente, tornando-os malignos. A preocupação maior fica com o desenvolvimento dos blastos anômalos. Causando a diferença, quando o paciente apresenta blastos anômalos em grandes quantidades é a situação que a LMMC pode terminar evoluindo para LMA( tipo grave de leucemia).