Prévia do material em texto
UC Análise e Modificação do Comportamento Professores: Felipe Miranda Barbosa Andrea Pesca Alunos: Bianca Daniele Souza Camila Rosa Sena de Oliveira Fernando R. Amorim Souza TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO PARTE 1 - ASPECTOS GERAIS - CONCEITO, HISTORICIDADE E DIAGNÓSTICO 1. Introdução geral 1.1. O Transtorno do Espectro do Autismo - TEA 1.2. Sintomas e características do autismo 1.3. Tipos de autismo 2. Etiologia do TEA 2.1. Informações gerais sobre fatores de risco 2.1.1. Fatores de risco genético 3. Diagnóstico para o TEA 3.1. Diagnóstico de acordo com o DSM-5 3.2. Detecção precoce 3.3. Diagnóstico do TEA em crianças PARTE 2 - ASPECTOS ESPECÍFICOS - ENFOQUE DO TEA PELAANÁLISE DO COMPORTAMENTO 4. O TEA conforme a Análise do Comportamento 5. Terapias para o TEA a partir da Análise do Comportamento 1. Introdução Geral 1.1. O Transtorno do Espectro do Autismo Os transtornos do espectro do autismo (TEA) são transtornos profundos do desenvolvimento que se caracterizam, entre outras coisas, por um interesse reduzido nos contatos sociais e uma compreensão reduzida das situações sociais. Além disso, existem peculiaridades e restrições linguísticas, sobretudo no desenvolvimento da linguagem, mas também no uso pragmático da linguagem. Existem diferentes sintomas, manifestações e graus de gravidade dentro dos transtornos do espectro do autismo. Embora a causa dessas doenças não possa ser tratada até hoje, a terapia direcionada pode reduzir os prejuízos na interação social, aumentar significativamente as habilidades de comunicação e tratar comportamentos estereotipados e doenças psicológicas concomitantes (distúrbios psicológicos comórbidos) relativamente bem. O termo "autismo" (grego: autos = self; ismos = estado / orientação) foi usado pela primeira vez pelo psiquiatra infantil Leo Kanner em 1943. O quadro clínico que ele descreveu na época é conhecido hoje como autismo infantil ou síndrome de Kanner. Esse transtorno sempre se torna perceptível antes dos 3 anos de idade e geralmente é usado quando o "autismo" clássico é mencionado em geral. O pediatra austríaco Hans Asperger também documentou uma forma mais pronunciada de autismo em meados da década de 1940, em que a capacidade de falar é menos prejudicada, a chamada síndrome de Asperger . Além dessas duas manifestações, há também autismo atípico relativamente comum, que se caracteriza por limitações em duas das três áreas centrais de interação social, comunicação ou comportamento estereotipado. Pode ser variável com ou sem atraso no desenvolvimento da linguagem. 1.2. Sintomas e características do autismo É difícil comparar as diferentes formas e graus de gravidade do autismo, e cada pessoa com TEA mostra sinais individuais. Por esse motivo, os distúrbios anteriormente diferentes, como autismo na primeira infância e síndrome de Asperger, agora estão resumidos sob o termo TEA. O diagnóstico do TEA pode ser feito muito cedo, por exemplo, no autismo da primeira infância. Nas suas formas mais leves, como a síndrome de Asperger, geralmente são diagnosticadas apenas na adolescência ou na idade adulta. Em geral, um transtorno do espectro do autismo é baseado em sintomas em uma ou mais das seguintes três áreas (AUTISMO, 2016): ● Quase todas as pessoas com TEA têm problemas com contatos sociais. Elas acham difícil estabelecer ou manter relacionamentos com outras pessoas. ● As pessoas com TEA costumam ter anormalidades na comunicação linguística e não verbal. A capacidade de falar pode ser limitada, mas com certas características também pode ser normal ou acima da média. Muitas pessoas com TEA evitam o contato visual direto e usam apenas gestos e linguagem corporal limitados. ● As pessoas com TEA costumam ter os chamados “interesses especiais”, que podem parecer incomuns ou estranhos para quem está de fora, e costumam apresentar comportamentos repetitivos e estereotipados que lembram rituais. Visto de fora, pode parecer que as pessoas com TEA vivem em seu próprio mundo, o que é difícil para os outros entenderem as suas regras e percepções. As terapias comportamentais podem ajudar tanto as pessoas com TEA a conviver mais tranquilamente quanto também aos pais, com educação e treinamento, e assim contribuir para uma melhor compreensão mútua. É importante destacar que as características podem aparecer em diferentes graus e com diferentes manifestações. Portanto, é prudente não se fazer uma descrição geral. Algumas pessoas com TEA quase não percebem seu autismo. Vejamos algumas características: a) Dificuldade em socializar Muitas pessoas com TEA têm dificuldade em se conectar com outras pessoas, estabelecer novos relacionamentos e manter esses relacionamentos. Isso já pode ser observado em crianças e até em recém-nascidos. Bebês não autistas buscam o olhar de seus pais e encontram proximidade e segurança no contato físico. Os bebês com autismo, por outro lado, costumam evitar o contato visual direto porque o consideram desconfortável. Eles também não sorriem de volta quando alguém sorri para eles. Do lado de fora - também para pais não autistas - pode parecer que a criança não está estabelecendo um vínculo com eles, como se fosse apática e desinteressada. Crianças mais velhas, adolescentes e adultos com autismo também relutam em fazer ou manter contato visual. É possível para algumas pessoas com TEA aprender ou treinar o contato visual ou físico (aperto de mãos, abraços). Para uma pessoa com TEA, na área de interação social significam especialmente uma dificuldade, por exemplo, é difícil para eles: ● “Adivinhar” o que outras pessoas pensam ou sentem, ou para entender por que estão fazendo certas coisas (Isso leva a mal-entendidos e irritações de ambos os lados, tornando-se difícil para os portadores do TEA se encaixarem em um grupo; ● Entender as regras não escritas; ● Prever o que pode acontecer a seguir (mesmo em situações perigosas); ● Entender que outras pessoas têm um nível de conhecimento diferente de si mesmas; ● Encontrar o seu caminho em uma situação desconhecida; ● Compreender a comunicação não verbal e paraverbal (contato visual, expressão facial, linguagem corporal, mas também toque ou roupa, tom de voz, entonação). Uma vez que esses elementos constituem uma grande parte das informações para os outros em uma conversa, a situação deve parecer superficial para uma pessoa com TEA. ● Não entender o que se quer dizer literalmente (ironia, piadas, alusões, metáforas, etc.). As diferenças de compreensão também dão origem a problemas de comunicação ativa. Assim, para pessoas com TEA não é compreensível, por exemplo: ● Expressões faciais, gestos ou tom de voz, para se comunicar com esses sinais; ● Manter muita ou pouca distância e, portanto, parecer distante ou muito distante; ● Falar muito alto ou muito baixo, com pouca ou muita ênfase; ● parecem insensíveis porque não percebem como os outros estão se sentindo. b) Desenvolvimento da linguagem atrasado ou prejudicado Também existem diferenças na linguagem e na capacidade de fala entre as pessoas com TEA. Algumas delas acham muito difícil aprender a falar, enquanto outras não aprendem a falar. Existem pessoas com TEA que usam formas alternativas de comunicação, como teclados, imagens ou sinais em vez da linguagem oral ou facial. Acontece também que algumas delas podem falar “teoricamente”, mas têm grande dificuldade em manter uma conversa ou mantê-la. A linguagem pode ser restrita e unilateral. Algumas pessoas com TEA frequentemente repetem frases - suas próprias ou de outras pessoas (ecolalia) (AWMF, 2015). Já outras, por outro lado, tem uma linguagem normal ou muito desenvolvida. As dificuldades geralmente residem apenas nos aspectos sociais da comunicação. c) Dificuldade em entender e expressar sentimentos Pessoas com TEA muitas vezes têm dificuldade em compreender e interpretar os sentimentos de outras pessoas ou ter empatia (AWMF, 2015). No entanto, isso não significade forma alguma que eles sejam incapazes de sentir seus próprios sentimentos e emoções. Pelo contrário, a empatia emocional é normal ou mesmo acima da média em pessoas com TEA. Elas podem ser tristes, podem ser felizes, podem chorar. No entanto, muitos não conseguem expressar seus sentimentos de forma compreensível. A linguagem corporal ou o tom de voz muitas vezes não correspondem aos próprios sentimentos. Impulsos espontâneos como alegria, curiosidade ou interesse por outras pessoas são raros, também o contrário pode ser repentino. 1.3. Tipos de autismo De acordo com o sistema de classificação atual (CID-10), três formas principais de autismo são distinguidas: autismo na primeira infância, síndrome de Asperger e autismo atípico. A classificação DSM-5 (DSM-5, 2014) e a CID-11, que entrará em vigor a partir de 2022 (ENTRELINHAS, 2018) não diferenciam mais essas subformas. Todas as classificações anteriores passam a chamar de um Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), pois não é possível uma delimitação clara dos subtipos; as transições são fluidas (AWMF, 2015). Assim, conforme as Diretrizes AWMF (2015), consequentemente o aparecimento de autismo também é muito individual. As características individuais e os efeitos colaterais podem ser muito diferentes e influenciar a vida em diferentes graus. Acontece que algumas pessoas com TEA dificilmente são afetadas em sua vida cotidiana, outras devem ser consideradas como gravemente incapacitadas. O mesmo se aplica às habilidades de inteligência e linguagem: muitas delas são mentalmente restritas, por outro lado, também existem outras normalmente inteligentes e altamente dotadas. Neste último em particular, o TEA é frequentemente esquecido na adolescência ou na idade adulta, porque as fraquezas são mascaradas por meio de grandes esforços (AWMF, 2015). 2. Etiologia do TEA 2.1. Informações gerais sobre fatores de risco Os especialistas presumem que vários fatores de risco influenciam o desenvolvimento do sistema nervoso desde o início e, portanto, levam a comportamentos específicos do TEA (AWMF, 2015). Mudanças na composição genética, como doenças genéticas ou mutações espontâneas, bem como fatores externos, como infecções virais, toxinas ambientais ou drogas, provavelmente influenciam para essa situação. Também há evidências de uma resposta imune irregular como uma causa possível (NORDAHL et al. 2013). Neurologistas descobriram que no cérebro de pacientes com transtornos do espectro do autismo, certas células estão em estado de alarme, o que significa que cada vez mais liberam substâncias mensageiras inflamatórias (ASHWOOD et al. 2011). Essas substâncias mensageiras alteram a rede de células nervosas no cérebro de uma criança e estão associadas a comportamentos sociais e não verbais estereotipados e difíceis (ASHWOOD et al. 2011; CAREAGA et al. 2017; MEAD e ASHWOOD, 2015). 2.1.1. Fatores de risco genético Vários fatores de risco genéticos foram identificados em pacientes com Transtornos do Espectro do Autismo, alguns herdados dos pais; outros causados por alterações genéticas espontâneas (mutações) (AWMF, 2015). Os especialistas falam em “heterogeneidade genética”. De acordo com as Diretrizes AWMF (2015) os fatores de risco genéticos para o TEA são: ● Doenças causadas por um defeito em um único gene (as chamadas doenças monogênicas); ● Perda de uma determinada região, geralmente muito curta, de um gene (as chamadas microdeleções - as doenças causadas são chamadas de síndromes de microdeleção) ● Duplicação de uma determinada região de um gene (as chamadas microduplicações - as doenças causadas são chamadas de síndromes de microduplicação) ● Principais mudanças no genoma que afetam cromossomos inteiros (as chamadas alterações cromossômicas ou aberrações cromossômicas) e podem causar doenças graves. QUADRO 1 - Visão geral da frequência do TEA em relação a certas alterações genéticas Nome da doença genética Gene afetado Frequência de TEA em portadores da modificação genética Doenças monogênicas Síndrome do X Frágil FMR1 aprox. 30-60% Esclerose cerebral tuberosa TSC1 / TSC2 aprox. 25-60% Síndrome de Rett (meninas) MECP2 aprox. 80 -100% Deficiência de adenilossuccinato liase ADSL aprox. 80 - 100% Síndrome de Cornelia de Lange desconhecido aprox. 45 -70% Síndrome de Smith-Lemli-Opitz DHCR7 aprox. 50% fenilcetonúria não tratada PKU cerca de 6% Síndrome de Cohen Lujan - Síndrome de Fryns desconhecido aprox. 50% Lujan - Síndrome de Fryns UPF3B, MED12 aprox. 63% Microdeleções (locus gênico; doença) 2q37.3; desconhecido HDAC4 e outros aprox. 35% 15q11.2-3 materno; Síndrome de Angelman UBE3A e outros aproximadamente 50 - 80% 15q11-q13 paterno; Síndrome de Prader-Willi SNRPN, GABRB3, CYFIP1 e outros cerca de 20 - 40% Deleção do mosaico 15q11-q13; Hipomelanose Ito SNRPN, GABRB3, CYFIP1 e outros aprox. 10% 16p11.2; desconhecido MAPK3, MVP, KCTD13 e outros aprox. 30-50% 17p11.2; Síndrome de Smith Magenis aprox. 90% 22q11.2; Síndrome Velocardiofacial COMT, desconhecido aprox. 20-50% 22q13.3; Síndrome de Phelan-McDermid SHANK3 aproximadamente 50 - 70% Microduplicações (apenas locus gênico ) 7q11.23 aproximadamente 40 - 90% 15q11.2-13.1 (duplicação e triplicação possível) SNRPN, GABRB3 e outros aprox. 10% 15q13.2-13.3 CHRNA7 e outros cerca de 10-20% Mudanças cromossômicas Síndrome de Klinefelter (XXY) aprox. 5-10% XYY aprox. 20% Fonte: AWMF, 2015 ● TEA Hereditário Ao examinar gêmeos e famílias, os neurologistas descobriram que a herdabilidade (cientificamente: herdabilidade) dos transtornos do espectro do autismo está entre 40 e 80% (AWMF, 2015). Não se sabe exatamente por que esse valor flutua tão fortemente. Supõe-se que isso se deva aos critérios diagnósticos globalmente não uniformes e/ou às influências ambientais, que também são diferentes em diferentes regiões do mundo. ● Risco para irmãos de crianças com TEA Para os pais que já tiveram um filho com transtorno do espectro do autismo, o risco de transtorno do espectro do autismo no segundo filho é de 4-17%. Se 2 irmãos nasceram com transtornos do espectro do autismo antes, o risco de um terceiro irmão nascer com transtorno do espectro do autismo aumenta para mais de 30% (AWMF 2015). ● Risco de alteração genética O risco de o autismo ser causado pela herança de uma alteração genética específica depende da extensão da alteração genética. Se o genoma for alterado em apenas um ponto (tecnicamente uma mutação pontual), o risco de “herdar o autismo” pode ser inferior a 1%. No entanto, se um cromossomo inteiro for afetado por uma mudança, o risco de “herdar o autismo” pode até aumentar para 50% (AWMF, 2015). ● Risco de acordo com a idade dos pais A idade dos pais no momento do nascimento da criança influencia o risco de desenvolver o TEA, aumentando de acordo com o avanço da idade deles. O risco é maior quando as mães e pais têm mais de 40 ou 50 anos de idade quando o filho nasce. A causa para isso são pequenas alterações genéticas espontâneas ou defeitos que ocorrem com mais frequência na velhice e são cada vez menos reparados pelo organismo de forma menos eficiente (AWMF, 2015). 3. Diagnóstico para o TEA 3.1. Diagnóstico de acordo com o DSM-5 Em maio de 2013 foi publicada a quinta versão do Manual de diagnóstico e estatística de transtornos mentais (DSM), produzido pela American Psychiatric Association, o DSM-5. Nele os transtornos do espectro do autismo mencionados acima são resumidos em uma categoria com diferentes graus de gravidade. Isso reflete as descobertas de pesquisas sobre fenótipos, mas também de estudos genéticos, de que a causa subjacente da doença (etiologia) e a gravidade dos sintomas não aderem aos limites diagnósticos anteriores, mas transições suaves e uma etiologia sobreposta devem ser assumido. Assim, como anteriormente citado, o DSM-5 fez algumas mudanças importantes no diagnóstico do autismo. Agorahá um único diagnóstico de transtorno do espectro do autismo que substitui as diferentes subcategorias que foram usadas anteriormente - TEA, transtorno de Asperger e Transtorno Invasivo do Desenvolvimento - sem outra especificação (PDD-NOS), às vezes chamado de autismo atípico. Há também um diagnóstico separado para o Transtorno da Comunicação Social (Pragmática). Vale salientar que uma pessoa pode ser diagnosticada com o Pragmática e não ter o TEA. O novo DSM-5 lista os sinais e sintomas do autismo e indica quantos deles devem estar presentes para confirmar o diagnóstico do TEA. O DSM-5 se refere a 'sinais e sintomas', mas aqui apenas para melhor compreensão, vamos falar de sinais e características. Para descobrir se uma criança tem sinais e características do TEA e atende aos critérios do DSM-5, os profissionais competentes para diagnosticá-lo também precisam fazer testes extras. Esses testes são chamados de avaliação diagnóstica. Os profissionais diagnosticam o TEA com base em dificuldades em duas áreas: a) comunicação social; e b) comportamentos ou interesses restritos, repetitivos e/ou sensoriais. Desta forma, para ser diagnosticado com TEA, as crianças devem: ● Ter dificuldades em ambas as áreas ● Ter características desde a primeira infância, mesmo que estas não sejam detectadas até mais tarde na infância. a) Dificuldades na comunicação social Todas as crianças com TEA têm dificuldade na comunicação social. Porém, é comum confundir o Pragmática com o TEA, mas há diferenças, a principal delas é que crianças com diagnóstico de Pragmática não apresentam comportamento restrito, repetitivo e/ou sensorial. Os sinais de dificuldades nesta área incluem: ● raramente usa a linguagem para se comunicar com outras pessoas; ● não falando nada (não verbal); ● raramente responde quando interpelado; ● não compartilham interesses ou conquistas; ● raramente usa ou compreende gestos como apontar ou acenar; ● às vezes usa expressões faciais, porém limitadas para se comunicar; ● não mostra interesse em amigos ou tem dificuldades para fazer amigos; ● raramente se envolvendo em brincadeiras imaginativas. b) Comportamento ou interesses restritos, repetitivos e sensoriais As crianças para serem diagnosticadas com TEA precisam também ter dificuldades na área de comportamentos ou interesses restritos, repetitivos e/ou sensoriais, o PDD-NOS. Se as crianças têm pelo menos dois comportamentos restritos, repetitivos e/ou sensoriais, isso pode apontar para o TEA. Os sinais de dificuldades nesta área incluem: ● alinhar brinquedos de uma maneira particular repetidamente; ● frequentemente acionar interruptores ou gira objetos; ● fala de forma repetitiva (ecolalia); ● tem interesses muito estreitos ou intensos; ● precisam que as coisas sempre acontecem da mesma maneira; ● tem problemas com mudanças em sua programação, ou mudança de uma atividade para outra; ● mostra sinais de sensibilidade sensorial, como ficar incomodado com sons do dia a dia, como secadores de mãos, não gostar da sensação de etiquetas de roupas ou lamber ou cheirar objetos. Um diagnóstico de TEA inclui uma classificação de gravidade e indica o nível de suporte necessário para a pessoa. Isso é usado para mostrar quanto de apoio as crianças precisam: ● Nível 1 - as crianças precisam de apoio. ● Nível 2 - as crianças precisam de apoio substancial. ● Nível 3 - as crianças precisam de um apoio muito substancial. Essas medidas são amplamente subjetivas e podem surgir de déficits muito graves em uma categoria - por exemplo, problemas comportamentais extremos e problemas de controle da raiva - ou de uma combinação de déficits que tornam a interação em ambientes normais difícil. Os níveis apenas refletem o fato de que algumas pessoas com TEA, com relação a sua vida cotidiana, tem ela afetada levemente a situações graves. 3.1.1. Diagnóstico de outras condições concomitantes Às vezes, o TEA apresenta outras condições, chamadas de concomitantes, ou seja, pode compartilhar outros mecanismos fisiopatológicos comuns. O TEA está associado a múltiplos distúrbios do neurodesenvolvimento, como os distúrbios de linguagem e aprendizagem, TDAH, paralisia cerebral, ansiedade e transtornos do humor e também pode acontecer a incidência da epilepsia (ALMEIDA et al., 2018). Porém, como foi dito anteriormente, isso é bastante variável de indivíduo para indivíduo, podendo ir desde superficiais comprometimento à níveis extremos. Os autores Almeida et al. (2018, p. 75) afirmam: “a prevalência de distúrbios psiquiátricos, como transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), transtorno de ansiedade, depressão e transtorno bipolar, associados ao TEA, é de até 79% e mais alta que na população geral”. 3.2. Detecção precoce Se os pais perceberem anormalidades em seus filhos, devem primeiro entrar em contato com um profissional da área da saúde. Podendo ele fazer um diagnóstico de TEA ou recomendar um especialista. Existem listas de verificação e questionários para os pais diagnosticarem suspeita de autismo. A detecção precoce do TEA do autismo é baseada não apenas nos resultados de alguns testes, mas também na observação de certos padrões de comportamento. Isso torna mais claro à medida que a criança avança na idade. No primeiro ano de vida, as crianças com TEA dificilmente diferem seu comportamento de outras crianças (AWMF, 2015). É apenas no segundo ano de vida que as peculiaridades no comportamento se tornam claras - especialmente quando esse comportamento é comparado ao de outras crianças (LANDA e GARRETT-MAYER, 2006; LEMCKE et al., 2013). Os sintomas do TEA são diferenciados de acordo com as faixas etárias, tendo diferentes testes para sua detecção. A seguir apresentamos alguns sintomas que ajudará a uma atenção especial, de acordo com a faixa etária, vale reiterar que cada indivíduo apresenta distintos sintomas: a) Crianças menos de 1 ano de idade ● Movimentos assimétricos; ● Reflexo de abertura inferior da boca ao ser alimentado; ● Postura de cabeça insuficiente; ● Emite menos ruídos (as chamadas vocalizações); ● Atrasos na comunicação e falha em imitar sons. Esses sintomas não são características empiricamente comprovadas. Os pais que observam anormalidades em seus filhos devem discutir isso com um médico. b) Crianças entre 1 ano e um ano e meio ● a criança não segue a direção do olhar de outras pessoas; ● a criança tem pouco ou nenhum contato visual; ● a criança raramente ou nunca aponta o dedo para chamar a atenção para algo; ● a criança não reage ou pode reagir com dificuldade quando chamada pelo próprio nome; ● As habilidades adquiridas para falar ou lidar com outras crianças diminuem ou são completamente perdidas (AWMF 2015). c) Crianças de um ano e meio a 2 anos ● a criança não segue a direção do olhar de outra pessoa; ● o contato visual é reduzido ou completamente ausente; ● Ao mostrar objetos não lhe chama atenção; ● a criança raramente ou nunca aponta o dedo para chamar a atenção para algo; ● a criança reage apenas ligeiramente ou nada quando chamada pelo seu próprio nome; ● a criança não reage às expressões de dor de outras pessoas e não olha em sua direção; ● As habilidades adquiridas para falar ou lidar com os outros diminuem ou são completamente perdidas. c) Crianças a partir de 2 anos ●pouco ou nenhum jogo "como se" ●o contato visual é reduzido ou completamente ausente ●Trazer objetos para mostrá-los está ausente ou apenas muito fraco ●a criança raramente ou nunca aponta o dedo para chamar a atenção para algo ●nenhum gesto de apontar para indicar interesse ●as habilidades adquiridas para falar ou lidar com os outros diminuem ou são completamente perdidas ●Os pais da criança expressam ao pediatra cada vez mais preocupações com o desenvolvimento de seu filho (tudo de acordo com (AWMF 2015)) d) Crianças com Síndrome de Asperger ●Pouca ou nenhuma interação com outras pessoas (por exemplo, prefira brincar sozinho ou apenascom objetos) ●Comportamentos estereotipados e monótonos ●Medos de mudanças (por exemplo, mudanças na rotina diária) ●anormalidades sensoriais (por exemplo, reação de dor intensa ao toque) ●Reação perceptível ao abordar outras crianças ●Jogo de fantasia limitado ●Quase nenhuma oferta para compartilhar (por exemplo, comida, brinquedos) ●Raramente mostra para chamar a atenção para algo, quase nenhum contato visual que o acompanha ●Quase não fala com a intenção de ser amigável ou sociável, mas principalmente para comunicar necessidades ou informações ●Uso estereotipado da linguagem (por exemplo, repetição monótona de certas formulações, fala inexpressiva e pouca mudança no som da voz ●Comportamentos compulsivos e ritualizados (por exemplo, organiza objetos meticulosamente) (tudo de acordo com (AWMF, 2015). O papel dos testes na suspeição do TEA É importante reconhecer a importância do diagnóstico do TEA o quanto antes, dando possibilidade de habilitação de comportamentos em tempo útil (VISMARA e ROGERS, 2010). Existem vários testes, os chamados "instrumentos de rastreio", que melhoram a detecção precoce. A maioria dos testes é uma espécie de questionário que os pais respondem sozinhos ou em conjunto com um especialista pediatra (AWMF, 2015). Os questionários são recomendados para verificar a suspeita do TEA, mas apenas para grupos especiais de risco. Esses incluem: ●Irmãos de pacientes com espectro do autismo ●Crianças com problemas de desenvolvimento ●Crianças com pelo menos um sintoma do TEA e pelo menos um dos seguintes fatores de risco: ○descobertas genéticas em que uma taxa aumentada de distúrbios do espectro do autismo foi descrita (por exemplo, mutação, microdeleção ou microduplicação, aberração cromossômica) ○aumento do uso de medicamentos pela mãe durante a gravidez ○Infecções virais durante a gravidez ○um peso de nascimento abaixo de 1500g e/ou nascimento antes da 32ª semana ○Convulsões após o parto Os respectivos testes de detecção precoce são realizados apenas por pessoal especializado que possua conhecimentos e competências no domínio dos transtornos mentais e do desenvolvimento, bem como os instrumentos de rastreio utilizados e a sua avaliação e diagnóstico. 3.3. Tipologia dos testes Não existem exames para detecção do TEA, por isso os especialistas contam com instrumentos de testes para avaliar e verificar a necessidade de uma investigação mais profunda. Em geral os testes avaliam situações como: fala e linguagem, comunicação não verbal, atenção conjunta, sensibilidade sensorial, comportamento restritos e/ou repetitivos e interesse e capacidade de se envolver em atividades sociais com colegas, entre outras. Existem os seguintes testes: M-CHAT (lista de verificação modificada para autismo em crianças), dois estágios ●Este teste pode ser usado para crianças a partir dos dois anos de idade. O M-CHAT registra mudanças ou desvios no comportamento de uma criança de forma muito fácil e confiável (ou seja, a sensibilidade do teste é alta). No entanto, a precisão com a qual um TEA real é detectado (isto é, especificidade) tende a ser baixa. Os resultados do teste devem, portanto, ser interpretados com muito cuidado (AWMF, 2015). por isso, geralmente os avaliadores utilizam outros testes em conjunto como a Entrevista de Diagnóstico de Autismo Revisada (ADI-R) e a Programação de Observação Diagnóstica para Autismo (ADOS). a) ADI-R. Entrevista com os pais que enfoca comportamentos em três áreas: qualidade da interação social; comunicação e linguagem; interesses e comportamentos repetitivos, restritos e estereotipados. As pontuações são geradas a partir desses três fatores e uma pontuação mais alta indica um potencial de atraso de desenvolvimento. Assim, a classificação para o TEA é dada quando a pontuação atende os excedentes nas três áreas. b) ADOS. Este é um teste semiestruturado incluindo desde a entrevista com a pessoa a atividades lúdicas e jogos. Pode ser usado em crianças e adolescentes. Cada módulo da avaliação dura aproximadamente 30 minutos de acordo com a idade e desenvolvimento da linguagem da criança. Caberá ao avaliador analisar suas habilidades linguísticas para saber quais tarefas são adequadas para avaliar seu comportamento social e suas habilidades de comunicação. PARTE 2 - ASPECTOS ESPECÍFICOS - ENFOQUE DO TEA PELAANÁLISE DO COMPORTAMENTO 4. O TEA conforme a Análise do Comportamento Antes de iniciarmos as associações dos estudos da Análise do Comportamento ao Transtorno de Espectro Autista, é necessário situarmos a linha histórica da ABA. A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) surgiu entre as décadas de 50 e 60. Os primeiros estudos voltados para o autismo, tiveram início em 1960 e o estudo de maior relevância na temática foi publicado por Ole Ivar Lovaas em 1987, o primeiro psicólogo a usar a ABA e o ensino por tentativa de forma discreta com crianças autistas. Diferentemente de muitas outras abordagens da psicologia, tem uma relação muito estreita e completamente relacional com a pesquisa e a psicologia como ciência. De acordo Guilhardi, Romano, Bagaiolo e Skinner 1953 apud CAMARGO, RISPOLI, 2013, p. 641) a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é a ciência que tem por objetivo, avaliar, explicar e modificar comportamentos e tem a partir de um embasamento teórico os princípios do condicionamento operante, criado por Burrhus Frederic Skinner. E é a partir do olhar do condicionamento operante, que os comportamentos são aprendidos no processo de interação entre o indivíduo e o seu ambiente físico ou social. Este ambiente, conforme citado pelos autores acima, deve ser um ambiente que facilite a aplicação da ABA. Dentro do viés da Análise do Comportamento, a ABA, Análise do Comportamento aplicada investiga e verifica as variáveis que podem afetar o comportamento humano, sendo capaz de alterá-los através da modificação de seus antecedentes e de suas consequências. O princípio fundamental da ABA, é valorizar as consequências reforçadoras, de modo que é a partir dela que ocorre o aumento da frequência do comportamento e o profissional pode estimular o seu desenvolvimento de forma natural (ALBERTO; TROUTMAN, 2009; SUGAI, LEWIS-PALMER; HAGANBURKE, 2000, CAMARGO E RISPOLI, 2013; BANDIM, 2011 apud SOUZA, 2015) A Análise do Comportamento Aplicada (Applied Behavior Analysis - ABA) estabeleceu-se, há algum tempo, como uma abordagem eficaz para o tratamento de indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A ênfase da ABA na abordagem científica do tratamento de problemas socialmente significativos alinha-se com um movimento, relativamente recente, para aumentar o rigor nas intervenções educacionais e psicológicas para os indivíduos com TEA (STELLA e RIBEIRO, 2018). 4.1. Intervenção na Análise do Comportamento Aplicada no Transtorno do Espectro Autista (TEA) A Análise do Comportamento Aplicada como abordagem de intervenção de indivíduos com Transtorno do Espectro do Autismo, é aplicada de forma sistemática para ampliar o repertório de comportamentos e as habilidades adaptativas sociais e enfraquecer ou diminuir as frequências de comportamentos desajustados. Outra possibilidade de intervenção ao tratamento de Transtornos do Espectro Autista para aumentar a tolerância do paciente a alterações de ambientes e atividades executadas, auxiliando nas atividades do dia a dia, objetivando ensinar a este sujeito comportamentos que possibilitem uma melhor interação e independência perante sua vida em comunidade. 4.2. As Dificuldades de Aprendizagem em indivíduos com o Transtorno do Espectro do Autismo e as Contribuições da Análise do Comportamento Aplicada (ABA) De acordo o que Leo Kanner evidenciava no início da descoberta do Autismo em 1943, quando foi realizada uma amostra com várias crianças e as mesma apresentavam o que Kanner chamou de “distúrbio autístico do contato afetivo” ou seja a incapacidade de interagir com outros indivíduos. Hoje, percebe-seque que tem aumentado o número de indivíduos com TEA, e com isso desperta um questionamento, como introduzir este indivíduo dentro do viés da aprendizagem? Existe uma forma menos aversiva de realizar a mesma? No viés da aprendizagem em indivíduos com TEA, está incorporado o preceito da Análise do Comportamento Aplicada (ABA) ao autismo requer uma intervenção buscando o aprendizado principalmente nos grupos de sintomas característicos da TEA, como por exemplo: comunicação social e comportamentos restritos e repetitivos, além de outros comportamentos como birra, agressão, auto lesão, ou comportamentos similares. Uma prioridade na educação de crianças com autismo são as intervenções com a finalidade de desenvolver uma comunicação funcional, tendo como meta dos profissionais desenvolver um planejamento que contemple a necessidade de cada paciente (COLL; MARCHESI; PALACIOS apud BLANCO, 2004). 5. Terapias para o TEA a partir da Análise do Comportamento A estrutura ou organização do comportamento também pode ser estudada como uma função da época ou da idade, como no desenvolvimento do comportamento verbal de uma criança, ou de suas estratégias para a solução de problemas, ou na sequência de estágios pelos quais uma pessoa passa em sua evolução da infância à maturidade, ou nos estágios mediante a aos quais uma cultura evolui (SKINNER, 2011). Pautada na filosofia do Behaviorismo Radical,na Análise experimental do comportamento , que estuda os processos básicos do comportamento , a exemplo : como o organismo se comporta e a Análise do comportamento Aplicada, que é o campo de pesquisa de como esses conhecimentos experimentais,podem ser utilizados para melhorar a qualidade de vida humana. O método ABA então é a linha de atuação dentro da abordagem comportamental. Existem várias terapias que podem ser utilizadas na demanda de TEA, mas as mais utilizadas são: 1-Terapia ABA – Análise do Comportamento Aplicado (Applied Behavior Analysis) - Análise do Comportamento Aplicado. Consiste em uma intervenção mais focal, ou seja, utilizada para manejar ou mudar o comportamento, de s divididos com TEA. Podendo selecionar comportamentos que terão intervenções, sejam eles interação e habilidade social, comportamento agressivo. Trata-se de rearranjar as contingências, para mudar o comportamento. Se estabelece da seguinte maneira: 1- Avaliação que consiste em: ouvir os pais e o indivíduo que está sendo assistido, essa avaliação consistirá em observar: - Quais comportamentos são mais presentes e excessivos: comportamentos que trazem prejuízo ao indivíduo. - Quais comportamentos estão em déficit ou ausentes: comportamentos que deveriam ser presentes com regularidade. Pode-se dizer que existem parâmetros para mensurar se o comportamento está totalmente ausente ou, se apenas não há regularidade em seu aparecimento. Marcos do desenvolvimento pode nos servir de exemplo de modo simplista Ex: de uma criança de 2 anos, é esperado comunicação verbal, com a formulação de palavras e frases curtas. Se a mesma pronúncia é apenas palavra, é correto mensurar que: está abaixo do Marco do desenvolvimento de sua idade, se há ausência de palavras ela está ainda mais abaixo. O que é avaliado? A distância do comportamento deste indivíduo em relação aos comportamentos esperados para sua idade. Que poderá demonstrar em alguns momentos superioridade e domínio do comportamento, ou abaixo do que era de se esperar para a idade. Sendo muito abaixo, causa prejuízo e desequilíbrio na vida deste indivíduo. Definição de Objetivos: - Ensinar novas habilidades, de maneira hierárquica que, possibilitem ao indivíduo, acessar novos contextos e contingências. Ex: sustentar o olhar por mais de 2 segundos, quando chamado pelo nome, imitação, alfabetização, formulação de palavras, formulação de frases e leitura. Ressaltamos que, os objetivos não podem ser vagos, ou seja, não somente podemos pensar em desenvolver as habilidades sociais, preservar e valorizar o cognitivo. Programação: Como alcançar os objetivos, que serão estabelecidos de curto, médio e longo prazo. Ex: Curto prazo o indivíduo grita sempre que quer se comunicar , será estabelecido um programa de ensino onde , o objetivo é que ele não grite nenhuma vez ,por três dias consecutivos , mesmo em situações que normalmente se expressa com gritos.Ele deverá realizar esse pedido , através de cartão com a figura que sugere sua demanda ou vocalmente . Médio prazo , zerar o comportamento de gritos para solicitar algo e manter as solicitações por meio vocal ou de cartões . Longo Prazo Manter o comportamento de comunicação apenas vocal . E assim por diante , para cada comportamento a ser trabalhado , será criado um programa de ensino seguindo os critérios já citados . 2 - Intervenção Intensiva Precoce Abrange várias áreas do desenvolvimento, é pautada no Marcos do desenvolvimento onde os domínios e habilidades do indivíduo serão, comparados com os comportamentos, domínios e habilidades típicos para sua idade de acordo seguindo os critérios do Marcos do desenvolvimento. Considera-se como “Intervenção Comportamental Intensiva” os modelos de intervenção compostos por estimulação individualizada (um educador para uma criança com autismo), realizados por 15 a 40 horas semanais, por pelo menos dois anos consecutivos, que abrangendo as áreas do desenvolvimento simultaneamente e que são fundamentados em princípios de Análise do Comportamento (GREEN, 1996 apud GOMES et. al. 2019), caracterizados como Análise do Comportamento Aplicada (BAER; WOLF; RISLEY, 1987 apud GOMES et. al. 2019). Este indivíduo será então ,assistido por um educador dentro dessa carga horária de maneira intensiva e ampla. Os cuidadores são treinados a manejar os comportamentos do indivíduo, juntamente com os profissionais que se utilizam de testes para mensurar os progressos dos indivíduos assistidos . Geralmente são usados os testes PEP-R que avalia atrasos no desenvolvimento e comportamentos típicos do Espectro Autista (TEA), com ele é possível mapear as áreas de desenvolvimento: imitação, coordenações motoras fina/grossa, integração olho e mão,desenvolvimento cognitivo, cognição verbal. Área de comportamento: linguagem, relacionamento e afeto, respostas sensoriais bem como o interesse por objetos e materiais. IPO - Este teste está voltado para o padrão de desenvolvimento infantil, nos campos de linguagem, socialização, desenvolvimento motor, cognição e autocuidado. É considerado um teste global para mapear o desenvolvimento de toda e qualquer criança, ou seja com ou sem dificuldade intelectual. Ambos foram adaptados com a finalidade de atender a população brasileira . 3 - Método (DTT ) O Ensino por Tentativas Discretas (DTT) é descrito como um método de ensino utilizado pela Análise Aplicada do Comportamento para o tratamento do Autismo. (GARGANTINI, DAMAS, ASSIS, AOYAMA, 2015). Este procedimento metodológico consiste em aplicar as sequências complicadas ou de dificuldades de aprendizagem para o indivíduo com TEA, por meio de passo a passo, estabelecendo contingências por meio de uma série de tentativas, juntamente do reforço positivo e de alguma ajuda, caso seja necessário. Neste dispositivo de aprendizagem, o autor traz também uma aprendizagem sem erros, ou seja atuando fortemente por meio de dicas inicialmente e diminuindo esta frequência. Incorporado a este sistema é necessário sempre diminuir as dicas, até que seja possível retirar totalmente. Por meio dessa sistemática de intervenção, é possível realizar as dicas de resposta que podem ser por meio de estímulos, modelagem ou gestual. 4 - Intervenção de Estratégia de ensino Naturalística - Modelo Denver Está baseada na relação de troca onde essa relação consiste na proximidade entre educador e educando, de maneira inclusiva nos vários espaços onde o assistido está inserido. Segundo Rogers e Dawson (2014), terapeuta e assistido são parceiros que buscam estimular as interaçõessociais, tornando-as positivas, fazendo com que, a motivação e o engajamento do assistido sejam estimulados e aumentados. Entre os elementos característicos desse modelo destacam-se: a) o envolvimento de parceiros sociais significativos (familiares, pessoas próximas, amigos); b) o uso de reforçadores indicados pelo educando; c) o uso de contingências do meio natural como mecanismo de aumentar a frequência de emissões de comportamentos desejadas; d) o ensino realizado durante atividades cotidianas em contextos e ambientes naturais. O aprendizado, é desenvolvido no ambiente natural do indivíduo que , aprende comportamentos, tanto no seu ambiente familiar quanto no ambiente escolar. Esta intervenção está aplicada ao conceito ABA, porém tem foco nas lições aprendidas pelo indivíduo , sendo uma abordagem personalizável onde as rotinas sensoriais sociais que, demandam como o terapeuta irá trabalhar e conduzir a sessão. - Objetivos individualizados: pois cada indivíduo com TEA é único e por tanto ,não há como seguir padrão - Metas : Não são baseadas na idade do indivíduo ou no padrão nacional , são focadas no desenvolvimento do indivíduo. O terapeuta torna-se instrumento do indivíduo auxiliando o mesmo a comunicar o seu desejo . Ex: as sessões são elaboradas acerca de um comportamento alvo , onde o indivíduo poderá se utilizar de figuras , brinquedos e atividades por ele escolhida como reforço , tornando suas habilidades funcionais ao ambiente. Não se trata de brincadeiras com objetos, mas sim com pessoas, chamadas de brincadeiras face a face (ROGERS e DAWSON, 2014). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, S. S. A.; MAZETE, B. P. G. S.; BRITO, A. R.; VASCONCELOS, M. M. Transtorno do Espectro Autista. Residência Pediátrica. 8(supl 1):72-78, 2018. Disponível em: https://doi:10.25060/residpediatr-2018.v8s1-12. Acesso em: 16 de out. de 2021. ASHWOOD P.; KRAKOWIAK, P.; HERTZ-PICCIOTTO, I.; HANSEN, R.; PESSAH, I.; VAN DE WATER, J. Associations of impaired behaviors with elevated plasma chemokines in autism spectrum disorders. Journal of neuroimmunology, 232, 196–199, 2011. Disponível em https://doi:10.1016/j.jneuroim.2010.10.025. Acesso em 08 de out de 2021. AWMF Leitlinie. Autismus-Spektrum-Störungen im Kindes-, Jugend- und Erwachsenenalte, Teil 1: Diagnostik. Interdisziplinäre S3-Leitlinie der DGKJP und der DGPPN. 2015 Disponível em: https://www.uniklinik-ulm.de/fileadmin/default/Kliniken/Kinder-Jugendpsychiatrie/Le hre/ASS_Schoenke.pdf. Acesso em 09 nov. 2021. AUTISMO. Guia Minha Saúde. 5ª Ed. São Paulo: Online, 2016. COLL, C.; MARCHESI, A.; PALACIOS, J. e COLS. Desenvolvimento psicológico e educação: transtornos de desenvolvimento e necessidades educativas especiais. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004 CAREAGA, M.; MURAI, T.; BAUMAN, M. D. Maternal immune activation and autism spectrum disorder: From rodents to nonhuman and human primates. Biological Psychiatry, 81(5), 391–401, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1016/ j.biopsych.2016.10.020. Acesso em 15 de out. de 2021. ENTRELINHAS. Organização Mundial de Saúde lança nova Classificação Internacional de Doenças. Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Ed. 80, 2018. Disponível em: <https://www.crprs.org.br/entrelinhas/23/psicologia-e-pesquisa-organizacao-mundia l-da-saude-lanca-nova-classificacao-internacional-de-doencas> . Acesso em: 01 de out de 2021. GARGANTINI, A. P.; DAMAS, N. C. H.; ASSIS, T. A. S.; AOYAMA, P. C. N. Intervenção analítico comportamental frente ao transtorno autista. Akrópolis Umuarama, v. 23, n. 1, p. 75-86, 2015. Disponível em: https://revistas.unipar.br/index.php/akropolis/article/view/5593/3242. Acesso em 02 de dez. de 2021. GOMES, C.G.S.; SOUZA, D.G.; SILVEIRA, A.D.; RATES, A.C.; PAIVA, G.C.C.; CASTRO, N.P. Efeitos de Intervenção Comportamental Intensiva Realizada por Meio da Capacitação de Cuidadores de Crianças com Autismo. Revista Psicologia: Teoria e Pesquisa, v.35, e35, 2019. Disponível em: DOI: https://dx.doi.org/10.1590/0102.3772e3523 2019. Acesso em 02 de dez. de 2021. LANDA, R.; GARRETT-MAYER, E. Development in infants with autism spectrum disorders: A prospective study. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 47, 629–638, 2006. Disponível em: http://doi:10.1111/j.1469-7610.2006.01531.x Acesso em: 18 de out. de 2021. LEMCKE, S.; JUUL, S.; PARNER, E. T.; LAURITSEN, M. B.; THORSEN, P. Early Signs of Autism in Toddlers: A Follow-Up Study in the Danish National Birth Cohort. 43(10), 2366–2375, 2013. Disponível em: http://doi:10.1007/s10803-013-1785-z. Acesso em: 22 de out de 2021. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014. MEAD, J.; ASHWOOD, P. Evidence supporting an altered immune response in ASD, Immunol. Lett. 163, P. 49-55, 2015. Disponível em: https://doi: 10.1016/j.imlet.2014.11.006. Acesso em 15 de out de 2021. NORDAHL, C. W.; BRAUSCHWEIG, D.; LOSIF, A. M.; LEE, A.; ROGERS, S.; ASHWOOD, P.; AMARAL, D.; WATER, J. D. Maternal autoantibodies are associated with abnormal brain enlargement in a subgroup of children with autism spectrum disorder. Brain, Behavior, and Immunity. Volume 30, p. 61-65, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.bbi.2013.01.084. Acesso em 05 de out de 2021. SKINNER, B. F. Sobre behaviorismo. São Paulo: Cultrix, 2011 STELLA, A. C.; RIBEIRO, D. M. Análise do Comportamento Aplicada ao Transtorno do Espectro Autista. Curitiba: Appris, 2018. SOUZA, C. S. Método de Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e Portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA). In: CONGRESSO NACIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 15, 2015, São Paulo. Anais Eletrônicos. São Paulo: UNAERP, 2015, p. 02-11. Disponível em: <https://www.conic-semesp.org.br/anais/anais-conic.php?ano=2015&idautor=37266 054877&act=pesquisar> VISMARA, L. A.; ROGERS, S. J. Behavioral Treatments in Autism Spectrum Disorder: What Do We Know? Annu. Rev. Clin. Psychol. 6:447–68, 2010. Disponível em: http://doi:10.1146/annurev.clinpsy.121208.131151 Acesso em 01 de nov de 2021. ANEXO I PODCAST COM ORIENTAÇÕES PARA FAMÍLIAS COM PESSOAS DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA PODCAST 1 Ajudando seu filho com autismo a prosperar Há muitas coisas que você pode fazer para ajudar uma criança com Transtorno do Espectro do Autismo a superar seus desafios. Esta é uma série de 04 podcast que desenvolvemos para ajudar. Se você descobriu recentemente que seu filho tem ou pode ter transtorno do espectro do autismo, provavelmente está se perguntando e se preocupando com o que virá a seguir. Nenhum pai está preparado para ouvir que uma criança é outra coisa senão feliz e saudável, e um diagnóstico de TEA pode ser particularmente assustador. Quando você está cuidando de uma criança com TEA, também é importante cuidar de si mesma. Ser emocionalmente forte permite que você seja o melhor pai ou mãe que pode ser para seu filho. Você pode não ter certeza sobre a melhor forma de ajudar seu filho, mas trazemos dicas que ajudam a tornar a vida com uma criança autista mais fácil. Há muitas coisas que você pode fazer para ajudar uma criança com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) a superar seus desafios. Essas dicas de tratamentos e serviços para os pais podem ajudar. Como pais de uma criança com TEA, a melhor coisa que você pode fazer é iniciar o tratamento imediatamente. Procure ajuda assim que suspeitar que algo está errado. Não espere para ver se seu filho vai recuperar o atraso ou superar o problema. Nem espere por um diagnóstico oficial. Quanto mais cedo as crianças com transtorno do espectro do autismo receberem ajuda, maior será a chance de sucesso no tratamento. A intervenção precoce é a maneira mais eficaz de acelerar o desenvolvimento de seu filho e reduzir os sintomas de autismo ao longo da vida. Aprenda sobre o autismo. Quanto mais você souber sobre o transtorno do espectro do autismo, mais bem equipado estará para tomar decisões informadas por seu filho. Eduque-sesobre as opções de tratamento, faça perguntas e participe de todas as decisões de tratamento. Torne-se um especialista em seu filho. Descubra o que desencadeia os comportamentos desafiadores ou perturbadores de seu filho e o que provoca uma resposta positiva. O que seu filho acha estressante ou assustador? Calmante? Desconfortável? Agradável? Se você entende o que afeta seu filho, será melhor para solucionar problemas e prevenir ou modificar situações que causam dificuldades. Aceite seu filho, com peculiaridades e tudo. Em vez de focar em como seu filho autista é diferente de outras crianças e no que ele está “perdendo”, pratique a aceitação. Aproveite as peculiaridades especiais do seu filho, comemore os pequenos sucessos e pare de compará-lo com os outros. Sentir-se amado e aceito incondicionalmente ajudará seu filho mais do que qualquer outra coisa. Não desista. É impossível prever o curso do transtorno do espectro autismo. Não tire conclusões precipitadas sobre como será a vida de seu filho. Como todas as outras pessoas, as pessoas com autismo têm uma vida inteira para crescer e desenvolver suas habilidades. PODCAST 2 Ajudando seu filho com autismo a prosperar - forneça estrutura e segurança Há muitas coisas que você pode fazer para ajudar uma criança com Transtorno do Espectro do Autismo a superar seus desafios. Esta é uma série de XXX podcast que desenvolvemos para ajudar. Seja consistente. Crianças com TEA têm dificuldade em aplicar o que aprenderam seja no consultório do terapeuta, na escola e até mesmo em casa. Por exemplo, seu filho pode usar a linguagem de sinais na escola para se comunicar, mas nunca pense em fazê-lo em casa. Criar consistência no ambiente de seu filho é a melhor maneira de reforçar o aprendizado. Descubra o que os terapeutas de seu filho estão fazendo e continue suas técnicas em casa. Explore a possibilidade de fazer terapia em mais de um lugar, a fim de incentivar seu filho a transferir o que aprendeu de um ambiente para outro. Também é importante ser consistente na maneira como você interage com seu filho para lidar com comportamentos desafiadores. Siga um cronograma. Crianças com TEA tendem a se sair melhor quando têm uma rotina ou programação altamente estruturada. Novamente, isso remete à consistência que eles precisam e desejam. Estabeleça uma programação para seu filho, com horários regulares para as refeições, terapia, escola e hora de dormir. Tente reduzir ao mínimo as interrupções nessa rotina. Se houver uma mudança de horário inevitável, prepare seu filho com antecedência. Recompense o bom comportamento. O reforço positivo pode ajudar muito a criança com TEA, então faça um esforço para "pegá-los fazendo algo bom". Elogie-os quando eles agirem de maneira adequada ou aprenderem uma nova habilidade, sendo muito específico sobre o comportamento pelo qual estão sendo elogiados. Procure também outras maneiras de recompensá-los pelo bom comportamento, como dar a eles um adesivo ou deixá-los brincar com um brinquedo favorito. Crie uma zona de segurança doméstica. Crie um espaço privado em sua casa onde seu filho possa relaxar, se sentir seguro e protegido. Organize o espaço e estabeleça limites de maneiras que seu filho possa entender. As dicas visuais podem ser úteis (fita colorida marcando áreas que estão fora dos limites, etiquetando itens da casa com fotos). Você também pode precisar proteger a casa com segurança, especialmente se seu filho tiver tendência a ataques de raiva ou outros comportamentos autolesivos. PODCAST 3 Ajudando seu filho com autismo a prosperar - encontre maneiras não-verbais de se conectar Conectar-se a uma criança com TEA pode ser desafiador, mas você não precisa falar - ou mesmo tocar - para se comunicar e se relacionar. Você se comunica pela maneira como olha para seu filho, pelo tom de sua voz, sua linguagem corporal e possivelmente pela maneira como você toca seu filho. Seu filho também está se comunicando com você, mesmo que nunca fale. Você só precisa aprender o idioma. Procure pistas não-verbais. Se você for observador e atento, pode aprender a captar as pistas não-verbais que as crianças com TEA usam para se comunicar. Preste atenção aos tipos de sons que eles fazem, suas expressões faciais e os gestos que usam quando estão cansados, com fome ou querem algo. Descubra a motivação por trás da birra . É natural ficar chateado quando você é mal compreendido ou ignorado, e não é diferente para crianças com TEA. Quando essas crianças agem, geralmente é porque você não está captando suas pistas não-verbais. Ter um acesso de raiva é a forma de comunicar sua frustração e chamar sua atenção. Arranje tempo para se divertir. Uma criança lidando com TEA ainda é uma criança. Para as crianças com TEA e seus pais, a vida precisa ser mais do que terapia. Programe um horário para brincar quando seu filho estiver mais alerta e acordado. Descubra maneiras de se divertir juntos pensando nas coisas que fazem seu filho sorrir, rir e sair de sua concha. É provável que seu filho goste mais dessas atividades se elas não parecerem terapêuticas ou educacionais. Existem enormes benefícios que resultam do prazer que você tem com a companhia de seu filho e do prazer que ele sente de passar um tempo sem pressão com você. Brincar é uma parte essencial do aprendizado para todas as crianças e não deve ser parecido com um trabalho. Preste atenção às sensibilidades sensoriais de seu filho. Muitas crianças com TEA são hipersensíveis à luz, som, toque, paladar e olfato. Algumas crianças com autismo são “pouco sensíveis” a estímulos sensoriais. Descubra quais visões, sons, cheiros, movimentos e sensações táteis acionam os comportamentos "ruins" ou perturbadores de seu filho e o que provoca uma resposta positiva. O que seu filho acha estressante? Calmante? Desconfortável? Agradável? Se você entende o que afeta seu filho, você será melhor para solucionar problemas, prevenir situações que causam dificuldades e criar experiências bem-sucedidas. PODCAST 4 Ajudando seu filho com autismo a prosperar - encontre maneiras não-verbais de se conectar crie um plano de tratamento de autismo personalizado Com tantos tratamentos diferentes disponíveis , pode ser difícil descobrir qual é o certo para seu filho. Para complicar as coisas, você pode ouvir recomendações diferentes ou mesmo conflitantes de pais, professores e profissionais da sáude Comece focalizando nos sintomas mais graves e as necessidades urgentes de seu filho. Ao elaborar um plano de tratamento para seu filho, lembre-se de que não existe um tratamento único que funcione para todos. Cada pessoa no espectro do autismo é única, com diferentes pontos fortes e fracos. O tratamento do seu filho deve ser adaptado de acordo com as necessidades específicas dele. Você conhece seu filho melhor, então cabe a você garantir que essas necessidades sejam atendidas. Você pode fazer isso perguntando a si mesmo: Quais são os pontos fortes do meu filho - e seus pontos fracos? Quais comportamentos estão causando a maioria dos problemas? Que habilidades importantes meu filho está faltando? Como meu filho aprende melhor - vendo, ouvindo ou fazendo? O que meu filho gosta - e como essas atividades podem ser usadas no tratamento e para estimular o aprendizado? Lembre-se que, independentemente do plano de tratamento escolhido, seu envolvimento é vital para o sucesso. Você pode ajudar seu filho a obter o máximo do tratamento trabalhando lado a lado com o tratamento e dando continuidade à terapia em casa. (É por isso que o seu bem-estar é essencial!) Um bom plano de tratamento irá: ● Desenvolva os interesses de seu filho. ● Ofereça uma programação previsível. ● Ensine as tarefas como uma série de etapas simples. ● Envolva ativamente a atenção de seu filho em atividades altamente estruturadas. ● Fornece reforço regular de comportamento. ● Envolva a família.