Buscar

Slide de Aula - Comércio Exterior Legislação Aduaneira e Câmbio combinadas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 115 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 115 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 115 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prof. Esp. Amauri Godoy
UNIDADE I
Comércio Exterior –
Legislação Aduaneira
e Câmbio
I. Direito Tributário
1. Introdução 
 Tributo – origem remota – acompanhou a evolução do homem e a criação das primeiras 
sociedades. Estudos indicam ter sido manifestação voluntária – presentes ou ofertas 
destinadas aos líderes ou chefes pelos serviços ou atuação em favor da comunidade. 
 Compulsórias – quando os vencidos de guerra entregavam parte ou totalidade de seus bens 
aos vencedores. Os chefes de Estado estabeleceram uma contribuição pecuniária a ser paga 
pelos seus súditos sob a forma de tributos.
 Direito Tributário – conjunto de princípios e normas que rege 
a arrecadação, a gestão patrimonial e os dispêndios efetuados 
pelo Estado no desempenho de suas funções. Estuda as 
relações jurídicas entre o Estado (fisco) e os particulares 
(contribuintes), no que concerne ao âmbito da instituição, 
arrecadação, fiscalização e extinção do tributo.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
I. Direito Tributário
2. Conceito e finalidade do tributo
 Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada.
 Finalidade do tributo: a finalidade primordial da tributação é o financiamento do Estado, 
pois sem recursos o Estado não pode exercer suas atribuições mínimas.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/1709083/
I. Direito Tributário
 De acordo com o art. 5º, do CTN, os tributos são impostos, taxas e contribuições de 
melhoria. Usualmente atribuem-se duas finalidades ao tributo: “(1) fiscal, arrecadar recursos
e (2) extrafiscal, intervir na economia, incentivando ou restringindo atividades nas diversas 
modalidades indicadas nas citações acima” (BRASIL, 1966b).
 O tributo é dito parafiscal quando beneficia entidades como órgão de classe, por exemplo, 
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conselho Federal de Medicina (CFM) etc.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
Fonte: 
https://marello.legal/novidades/conselho-
federal-regional-inadimplencia-
suspensao-ilegal-advogado
I. Direito Tributário
3. Princípios e garantias constitucionais
 As garantias constitucionais encontram-se principalmente nos artigos 150 a 152, “Seção II –
Das Limitações do Poder de Tributar”. São regras que limitam o avanço do Poder Público 
sobre o bolso do contribuinte (BRASIL, 1966b).
 Pelo princípio da legalidade tributária, o Estado só pode exigir tributo que tenha sido 
estabelecido por lei em sentido estrito, ou seja, por meio de Constituição Federal, lei 
complementar ou lei ordinária. Se o tributo não for fixado por lei, carecerá de 
compulsoriedade (legalidade estrita).
 Exceções parciais: é possível ao Poder Executivo alterar as 
alíquotas do Imposto de Importação (II), Imposto de 
Exportação (IE), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) 
e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
I. Direito Tributário
 A cobrança de tributos é compulsória, 
independe da vontade do contribuinte. 
 A figura ao lado acentua quais 
princípios devem ser observados 
quando se fala de cobrança
de tributos.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
Princípios
Princípio da
capacidade
contributiva
Princípio da 
isonomia ou 
princípio da
igualdade tributária
Princípio da
irretroatividade
tributária
Princípio da
anterioridade
tributária
Princípio da
anterioridade
nanogesimal
Princípio da
liberdade de
tráfego
Fonte: Adaptado de: livro-texto.
I. Direito Tributário
 Para um melhor entendimento, vamos analisar cada um destes princípios à luz da 
Constituição Federal.
 Princípio da capacidade contributiva, destaca-se: os impostos terão caráter pessoal e serão 
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte.
 Princípio da isonomia ou princípio da igualdade tributária veda a concessão de privilégios 
para alguns contribuintes, em prejuízo dos demais. 
 Este princípio não impede o estabelecimento de isenções, suspensões e mesmo anistias. Os 
critérios têm que ser neutros e justificáveis.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
I. Direito Tributário
 Princípio da irretroatividade tributária, a lei não pode tributar fatos ocorridos no passado; do 
contrário, os contribuintes não poderiam planejar suas ações e estariam sujeitos a cobranças 
para as quais poderiam não ter separado os recursos necessários. 
 Entretanto, a lei pode afetar os fatos passados, por exemplo, modificando os critérios
de fiscalização.
 Princípio da anterioridade tributária, também denominado 
princípio da não surpresa tributária, a lei não pode tributar os 
fatos que ocorram no mesmo exercício financeiro em que for 
publicada, para dar tempo à sociedade de planejar suas 
ações, tendo em vista os efeitos tributários que essas ações 
podem acarretar.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
I. Direito Tributário
 Princípio da anterioridade nonagesimal. Pode acontecer que uma lei que aumente ou institua 
tributo venha a ser publicada no último dia do ano. Pelo princípio da anterioridade tributária, 
o tributo poderia vir a ser cobrado no dia seguinte, o primeiro do ano. Para garantir um 
intervalo mínimo, é exigido o transcurso de noventa dias entre a publicação e o início
da cobrança.
 Princípio da liberdade de tráfego. Os tributos também não devem ser meios de impedir ou 
restringir a liberdade de circulação de pessoas e mercadorias entre os diversos pontos
do País.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
I. Direito Tributário
4. Classificação dos tributos
 Os tributos são classificados em impostos, taxas e contribuições.
 Imposto (%) – o fato gerador independe de qualquer atividade estatal específica relativa ao 
contribuinte, ou seja, o contribuinte deve pagá-lo, mas não deve esperar nada em troca, 
senão a utilização criteriosa dos recursos arrecadados nas atividades governamentais
em geral.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
Fonte: Adaptado de: livro-texto.
Direto Progressivo
É aquele em que a pessoa que paga 
(contribuinte de fato) é a mesma que faz o 
recolhimento aos cofres públicos (contribuinte 
de direito). Exemplos: IRPJ, IRPF,
IPVA e IPTU.
O contribuinte de fato é a mesma pessoa que faz o recolhimento aos 
cofres públicos (contribuinte de direito). Exemplos: IRPJ, IRPF,
IPVA e IPTU.
O percentual do tributo aumenta de acordo com a capacidade 
econômica do contribuinte, por meio de: alíquotas diferenciadas. 
Exemplos: IRPF, IRPJ e IPTU.
Indireto Regressivo
É aquele em que o contribuinte de fato não é 
o mesmo que o de direito. O exemplo clássico 
é o ICMS. É falsa a ideia de que é sempre o 
comerciante quem paga esse imposto; em 
geral, ele simplesmente recebe do consumidor 
e recolhe ao Estado o imposto que está 
embutido no preço da mercadoria vendida. 
Exemplos: ICMS, IPI e ISS.
O tributo é regressivo em relação à renda do contribuinte quando a 
proporção entre o imposto a pagar e a renda decresce com o 
aumento do nível de renda, ou seja, não considera o poder aquisitivo 
nem a capacidade econômica do contribuinte. A regressividade é 
uma característica dos impostos indiretos, como aqueles que incidem 
sobre o consumo, em que as alíquotas dos impostos são as mesmas 
para todos os indivíduos, independentemente dos níveis de renda 
individuais. Exemplo: ICMS.
I. Direito Tributário
 Taxa (fixo) – o fato gerador deve ser o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, 
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou 
posto à sua disposição (emissão de documentos – passaporte, RG; permissão – alvará; 
serviços – coleta de lixo, iluminação pública).
 Contribuição situa-se num meio-termo: a arrecadaçãotem destinação certa, mas o Poder 
Público não tem nenhuma obrigação direta com relação ao contribuinte. As contribuições são 
pautadas sobre duas características: requisito finalístico e afetação de recursos. 
 Ou seja, por requisito finalístico, a contribuição deve ser paga 
sobre algum benefício imediato, indireto, da atuação do Poder 
Público ao contribuinte (Cofins – Contribuição para o 
Financiamento da Seguridade Social). 
 Já a afetação de recursos diz respeito ao fato de que todos os 
recursos arrecadados pelas contribuições devem ser 
destinados à atuação pela qual ela se fundamentou
(INSS, PIS/Pasep).
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
Qual o conceito de tributo?
a) Todo e qualquer valor pago como contrapartida para a aquisição de um produto ou serviço 
em qualquer tipo de estabelecimento.
b) Termo jurídico utilizado para identificar todo e qualquer valor que acrescenta ao preço de 
um produto ou serviço um valor a mais. 
c) Toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, 
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada.
d) Valor imposto por uma autoridade governamental a todo e 
qualquer produto ou serviço como forma de arrecadação de 
receita para suprir as despesas do Estado. 
e) Toda prestação obrigatória paga em dinheiro, que exprime 
sanção lícita, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
comercial plenamente vinculada.
Interatividade
Qual o conceito de tributo?
a) Todo e qualquer valor pago como contrapartida para a aquisição de um produto ou serviço 
em qualquer tipo de estabelecimento.
b) Termo jurídico utilizado para identificar todo e qualquer valor que acrescenta ao preço de 
um produto ou serviço um valor a mais. 
c) Toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, 
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada.
d) Valor imposto por uma autoridade governamental a todo e 
qualquer produto ou serviço como forma de arrecadação de 
receita para suprir as despesas do Estado. 
e) Toda prestação obrigatória paga em dinheiro, que exprime 
sanção lícita, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
comercial plenamente vinculada.
Resposta
II. Direito Aduaneiro
1. Introdução
 Ramo do Direito Público – estuda o controle e a fiscalização exercidos sobre a entrada e a 
saída de mercadorias, veículos ou pessoas de determinado território aduaneiro, colocando 
em prática a política aduaneira definida pelo país. 
 Formado por três elementos principais: (a) entrada/saída (ou seja, importação ou 
exportação), de uma (b) mercadoria (objeto com ou sem valor econômico que pode ser 
classificado e importado ou exportado) de um (c) território aduaneiro (espaço delimitado com 
entrada e saída controlada por um ou mais Estados).
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
Fonte: 
https://www.comexdobrasil.co
m/comercio-exterior-tem-
janeiro-negativo-e-ameaca-
de-queda-ainda-maior-com-
avanco-do-coronavirus/
II. Direito Aduaneiro
 Constituição – demarca áreas e pontos estratégicos do território brasileiro, preocupa-se com 
o controle sobre o fluxo de entrada e saída de bens e mercadorias, determina que esses 
locais possuam vigilância contínua e ordenamento jurídico próprio, regula os procedimentos 
de importação e de exportação. Tais atividades estão a cargo, no País, das unidades 
aduaneiras, que pertencem à estrutura da Receita Federal do Brasil (CAPARROZ, 2016).
 Atuações da Receita Federal – Administração Aduaneira, consiste em exercer o controle 
sobre o fluxo de mercadorias, bens e veículos que entram no território nacional ou que dele 
saem, garantindo a regularidade da operação, o cumprimento da legislação aduaneira e 
recolhimento dos direitos e tributos incidentes sobre a importação ou a exportação.
 Direitos aduaneiros são tributos que o Estado faz incidir sobre 
as mercadorias que transpõem as fronteiras do território 
nacional, de entrada ou de saída.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
II. Direito Aduaneiro
2. Jurisdição dos serviços aduaneiros
 Jurisdição aduaneira.
 Competência para prestar os serviços aduaneiros e exigir o cumprimento da legislação que 
regula o comércio exterior, ou seja, para aplicar administrativamente essas normas e exigir 
os tributos cabíveis.
 Exercida pela União, por meio da Secretaria da Receita 
Federal, em especial pelo seu sistema aduaneiro, sobre as 
operações de comércio exterior, ingresso ou saída de 
mercadorias do território aduaneiro, e tem caráter 
administrativo, sujeita, portanto, ao controle judicial.
 A jurisdição “administrativa” aduaneira se estende por todo o 
território aduaneiro, que, por sua vez, compreende todo o 
território nacional (BRASIL, 2009c, arts. 2º e 3º).
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
II. Direito Aduaneiro
 Legislação aduaneira – disciplinada por meio do Decreto n. 6.759/2009 (BRASIL, 2009c), 
conhecido como Regulamento Aduaneiro, que se afigura como norma infralegal, cuja 
expedição cabe privativamente ao presidente da República, por força do art. 84, IV, da CF 
(BRASIL, 1988a). 
 Regulamento aduaneiro.
 Possui status de norma nacional, objetiva disciplinar a matéria relativa ao comércio exterior, 
ou seja, operações realizadas com outros entes na ordem internacional.
 Art. 2º define que: “o território aduaneiro compreende todo o território nacional”.
 Art. 3º – “o território nacional não é composto apenas
da porção terrestre, mas também do espaço aéreo
e das águas territoriais”.
 Toda essa extensão está sujeita ao controle da aduana 
brasileira, não havendo no Brasil regiões imunes
à fiscalização.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
II. Direito Aduaneiro
 Luz (2015) – controle aduaneiro – fiscalização de bens, pessoas e de veículos que entram no 
Brasil ou dele saem. O controle da Aduana deve ser muito mais intenso nos portos, 
aeroportos e fronteiras brasileiras.
 Caparroz (2016) afirma que a administração aduaneira pressupõe o controle das operações 
de comércio exterior em três níveis – Tributário, Cambial e Administrativo.
 Administração das atividades aduaneiras – controle tarifário e 
não tarifário das operações de comércio exterior, bem como a 
produção de normas para execução dessas atividades.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
Fonte: Adaptado de: livro-texto.
Níveis Finalidade
Tributário
Envolve a fiscalização e os fenômenos relativos às diversas incidências 
decorrentes das operações de importação e de exportação, tudo a cargo da 
Receita Federal do Brasil, órgão integrante do Ministério da Fazenda.
Cambial
Tem por finalidade verificar a contrapartida financeira das transações 
comerciais e é exercido pelo Banco Central do Brasil.
Administrativo
Exercido pelos demais órgãos públicos no âmbito das respectivas 
competências, tem por objetivo assegurar que os bens procedentes do exterior 
respeitem as normas regulamentares internas, especialmente no que tange a 
questões tributárias.
II. Direito Aduaneiro
3. Território aduaneiro
 Caparroz (2016) – território nacional – conceito veiculado por lei, que corresponde aos limites 
geográficos de determinado país. Indica, acima de tudo, um dos elementos fundamentais do 
Estado, área politicamente definida em relação à qual este exerce soberania.
 Território aduaneiro.
 Área juridicamente definida, dentro da qual subsiste uma única ordem aduaneira, 
independentemente de quaisquer indagações sobre os limites geográficos do país.
 Área definida pela fronteira aduaneira de um país ou bloco de 
integração econômica, dentro da qual se apresenta um único 
sistema administrativo-tributário, que compreende os direitos 
relativos à importação e à exportação, bem como os demais 
controlesprevistos diretamente pela legislação interna ou em 
virtude de celebração de tratados internacionais.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
II. Direito Aduaneiro
Território aduaneiro – divide-se em diferentes áreas, de acordo com o interesse estatal e a 
necessidade de controle e proteção às fronteiras do país. A divisão consiste em:
 Zonas Primárias.
 Caparroz (2016), únicos locais, de todo o território aduaneiro, nos quais são permitidos o 
ingresso e a saída de pessoas, bens, veículos, oriundos do exterior ou dele procedentes, 
bem como a carga, a descarga e a armazenagem de mercadorias.
 Parte do território aduaneiro formada por áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local 
nos portos alfandegados, aeroportos alfandegados e pontos de fronteira alfandegados.
 Possibilita a realização de todos os procedimentos de controle 
e fiscalização, tanto nas importações como nas exportações, 
tendentes a verificar o fiel cumprimento das obrigações 
aduaneiras e tributárias (CAPARROZ, 2016).
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
II. Direito Aduaneiro
 Zonas Secundárias.
 Abrangem o restante do território aduaneiro, incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo. 
Demarcada pelo Ministro de Estado da Fazenda, a zona de vigilância aduaneira, na orla 
marítima ou na faixa de fronteira, nas quais a permanência de mercadorias ou a sua 
circulação e a de veículos, pessoas ou animais ficarão sujeitas às exigências fiscais, 
proibições e restrições que forem estipuladas.
 Para maior controle, o território aduaneiro está dividido em 
duas partes, a zona primária, onde se situam os locais de 
entrada e saída do País, e a zona secundária, o restante
do território.
 Portos e aeroportos alfandegados são aqueles que recebem 
embarcações e aeronaves provenientes do exterior e a ele
se destinam.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
Portos 
alfandegados
Aeroportos 
alfandegados
Pontos de fronteira 
alfandegados
II. Direito Aduaneiro
4. Recintos Alfandegados
 Um recinto é alfandegado para que nele ocorra a fiscalização aduaneira sobre
a mercadoria procedente do exterior (ou a ele destinada), trazida como carga,
bagagem ou remessa postal.
 Regulamento Aduaneiro.
 Art. 5º – dispõe sobre o alfandegamento dos portos, aeroportos e pontos de fronteira.
 Art. 6º – alfandegamento de portos, aeroportos ou pontos de 
fronteira será precedido da respectiva habilitação ao tráfego 
internacional pelas autoridades competentes em matéria
de transporte.
 Art. 9º – trata do alfandegamento dos recintos dentro das 
unidades alfandegadas.
 Cada espécie de transporte enseja um modal diferente – daí 
falar-se em modais aéreos, aquaviários (marítimo, fluvial e 
lacustre) e terrestres (rodoviário e ferroviário).
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
II. Direito Aduaneiro
 Portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados.
 Caparroz (2016) – portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados são os locais onde, 
sob controle aduaneiro, são processadas as operações de importação e exportação, 
somente nesses locais poderão ser realizadas a entrada e a saída de mercadorias 
procedentes do exterior ou a ele destinadas.
 Portos alfandegados – áreas pertencentes à União, exploradas diretamente ou mediante 
concessão, e autorizadas a operar no comércio exterior. Por exemplo: Porto de Santos, Porto 
de Vitória etc. Lei n. 12.815/2013, de 5 de junho de 2013 – Lei dos Portos.
 Aeroportos alfandegados – demoraram a ser privatizados, 
recentemente foram parcialmente transferidos à iniciativa 
privada. Muitas vezes isso ocorreu em parceria administrativa 
com a Infraero, empresa pública pertencente à União e 
responsável pelo gerenciamento dos terminais de passageiros 
e cargas.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
II. Direito Aduaneiro
 Pontos de fronteira alfandegados – locais de fronteira terrestre aptos a controlar o fluxo de 
veículos e pessoas que ingressam ou deixam de ingressar no País. Sob fiscalização da 
administração aduaneira (exemplo: a entrada e saída de veículos, pessoas e mercadorias 
por Uruguaiana, em Paso de Los Libres, na fronteira com a Argentina).
 Aduana – controla portos e aeroportos internacionais, além de terminais, portuários ou 
aeroportuários, dentro dessas áreas, e ainda portos secos, na zona secundária.
 Terminais alfandegados – armazenagem, sob controle aduaneiro, de mercadorias 
importadas ou para exportar, ou mesmo submetidas a regimes aduaneiros especiais.
 Desalfandegamento ocorre na hipótese de descumprimento 
dos requisitos para o alfandegamento ou no vencimento do 
prazo concedido. Receita Federal do Brasil expedirá Ato 
Declaratório Executivo para o desalfandegamento de porto, 
aeroporto, ponto de fronteira, instalação portuária, recinto ou 
qualquer outro local de zona primária ou secundária.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
II. Direito Aduaneiro
5. Administração aduaneira
 Caparroz (2016) – administração está intimamente ligada aos procedimentos de fiscalização, 
conforme os artigos 15 a 25 do Regulamento Aduaneiro. A administração engloba a 
fiscalização e o controle sobre o comércio exterior essenciais à defesa dos interesses 
fazendários nacionais, em todo o território aduaneiro. 
 O controle é usado no sentido genérico de prevenção contra irregularidades, a fiscalização 
tem o sentido de investigação de eventual irregularidade.
 A fiscalização de tributos incidentes sobre as operações de 
comércio exterior é supervisionada e executada por auditor 
fiscal da RFB, e o controle das operações de comércio exterior 
pela Aduana – autoridade máxima nos locais de 
carga/descarga de mercadorias e/ou embarque/desembarque 
de viajante. Possui precedência sobre todas as demais 
autoridades (Polícia Federal, Ministério da Saúde e Ministério 
da Agricultura).
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
II. Direito Aduaneiro
 Regulamento Aduaneiro.
 Importadores, exportadores e adquirentes de mercadorias importadas por sua conta e ordem 
têm a obrigação de manter os documentos relativos às respectivas operações de comércio 
exterior e de apresentá-los à fiscalização aduaneira quando exigido. 
 Pessoas físicas e jurídicas devem relatar aos auditores fiscais mercadorias, livros e 
documentos julgados necessários à fiscalização, permitir o acesso a seus estabelecimentos, 
depósitos, dependências, veículos, cofres e outros móveis, em horário de funcionamento.
 O volume de comércio exterior nacional é operacionalizado por 
meio das declarações aduaneiras, Declarações de Importação 
e Declarações de Exportação, processadas pela RFB. 
 A capacidade de conferência no despacho e a gestão de risco 
evoluíram nos últimos anos, permitindo a fluidez ao comércio e 
o aumento do grau de eficácia na seleção e a efetividade da 
atuação da RFB no combate às irregularidades nas operações 
de importação e exportação.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
De acordo com o conteúdo apresentado sobre a Administração Aduaneira, qual a diferença 
entre fiscalização e controle aduaneiro?
a) A fiscalização é usada no sentido genérico de prevenção contra irregularidades, o controle 
tem o sentido de investigação de eventual irregularidade.
b) Não há diferença entre os dois, pois eles são sinônimos entre si.
c) O processo de fiscalização é realizado antes da operação de comércio exterior e o controle 
após a operação de comércio exterior.
d) A fiscalização é regida pelos princípios do Direito Tributário e 
o controle pelos princípios do Direito Penal.
e) O controle é usado no sentido genérico de prevenção contra 
irregularidades, a fiscalização tem o sentido de investigação 
de eventual irregularidade.
Interatividade
De acordo com o conteúdo apresentado sobre a Administração Aduaneira, qual a diferença 
entre fiscalização e controle aduaneiro?
a) A fiscalização é usadano sentido genérico de prevenção contra irregularidades, o controle 
tem o sentido de investigação de eventual irregularidade.
b) Não há diferença entre os dois, pois eles são sinônimos entre si.
c) O processo de fiscalização é realizado antes da operação de comércio exterior e o controle 
após a operação de comércio exterior.
d) A fiscalização é regida pelos princípios do Direito Tributário e 
o controle pelos princípios do Direito Penal.
e) O controle é usado no sentido genérico de prevenção contra 
irregularidades, a fiscalização tem o sentido de investigação 
de eventual irregularidade.
Resposta
III. Valoração Aduaneira
1. Breve histórico
 Primeira Guerra Mundial.
 Principais concorrentes norte-americanos na produção industrial (Alemanha, Inglaterra e 
França) estavam na frente de batalha. Isso possibilitou para que os EUA se tornassem o 
grande fornecedor de alimentos, armas e capital para os países europeus.
 Países europeus começaram a se reerguer, recuperando-se dos efeitos da guerra. As 
importações europeias de produtos norte-americanos foram diminuindo e os europeus 
começaram a brigar com os EUA pelos mercados antes monopolizados pelos americanos.
 EUA mergulhado na crise, os países europeus passaram a 
buscar atividades que gerassem divisas, que já não vinham 
mais na qualidade de capitais autônomos. Recorreram então 
às medidas protecionistas. Estimular exportações e 
desestimular importações.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
III. Valoração Aduaneira
 Segunda Guerra Mundial.
 Foi realizada a Conferência de Bretton Woods (1944), objetivando a definição de uma nova 
ordem econômica, com o intuito de desfazer o protecionismo da década de 1930 e trazer de 
volta a prática do liberalismo.
 Nova ordem econômica idealizada, haveria três instituições: Organização Internacional do 
Comércio (OIC), Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Internacional de 
Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).
 Dezembro de 1945, foram criados o FMI e o Bird. A OIC teve a 
sua ideação barrada pelos EUA, e só muito tempo depois (em 
1994) surgiu a organização, mas com o nome de OMC –
Organização Mundial do Comércio.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
III. Valoração Aduaneira
 1947 – enquanto escreviam os estatutos da OIC, os países-membros concordaram em fazer 
uma “antecipação” da redução das tarifas alfandegárias e celebrar regras comerciais para a 
manutenção desta política de redução tarifária. As regras foram firmadas em Genebra, 
Suíça, no Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio (General Agreement on Tariffs
and Trade – Gatt-1947). O acordo com as regras comerciais, que seria a base da 
fiscalização por parte da OIC, foi criado, mas a instituição não.
 Cada artigo do Gatt atacou uma determinada medida protecionista.
 Valoração Aduaneira – pautada na definição da base de 
cálculo dos tributos aduaneiros quando a alíquota do Imposto 
de Importação é ad valorem, ou seja, percentual. No caso de 
alíquota específica, fixada em unidades monetárias, a base de 
cálculo é a quantidade de mercadorias.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
III. Valoração Aduaneira
 Valor real dos produtos – 1950 – Definição do Valor de Bruxelas (DVB). Cada país definiu 
listas com os valores teóricos de cada espécie de mercadoria. Valor declarado superior ao 
preço da lista, tributava-se sobre o declarado. Valor inferior, a Aduana aceitava reduções de 
até 10% (dez por cento) do valor definido na lista. Sofreu muitas críticas, não levavam em 
conta variações de preço nem eventuais vantagens competitivas das firmas. Os produtos 
novos e os artigos raros não apareciam na lista.
 DVB – sistema ineficiente, rígido e sujeito à manipulação 
relativa aos preços teóricos, provocou discussões acerca da 
criação de um sistema mais flexível e uniforme, que 
encontrasse o valor real da transação, excluindo o alto poder 
discricionário que possuíam os países. A flexibilidade era 
necessária, pois bens idênticos podem ter valores diferentes, 
dependendo de variados fatores. A uniformização dos 
métodos evitaria que os países dessem tratamentos diferentes 
a situações idênticas.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
III. Valoração Aduaneira
 Rodada Tóquio – promovida pelos países signatários do Gatt (1973 a 1979), relevante 
alteração no conceito de valor aduaneiro. O valor de transação foi definido como o preço 
efetivamente pago ou a pagar. Não se usariam mais tabelas de preços “normais” ou preços 
mínimos. Passou a ser aplicado o conceito positivo de valor. O novo acordo foi concluído em 
1979 e passou a ser conhecido por vários nomes: Código de Valoração da Rodada Tóquio, 
Acordo de Valoração Aduaneira (AVA).
 Organização Mundial do Comércio (OMC) – Rodada Uruguai 
1986-1994, acordos comerciais multilaterais, novos e vigentes, 
postos sob a administração da organização e publicados como 
anexos do seu acordo constitutivo. Acordos criados 
anteriormente a 1994 acabaram sendo republicados.
Nasceu a denominação Gatt-1994, texto compilado
do Gatt-1947 com todas as alterações e inclusões havidas
de 1947 a 1994 (LUZ, 2015).
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
III. Valoração Aduaneira
 Valor aduaneiro – valor de transação. Caso este valor não exista ou haja motivos para 
duvidar de sua veracidade, existem métodos alternativos para a apuração. Resumindo os 
cinco métodos, do primeiro ao quinto.
 Primeiro – é o valor de transação da mercadoria importada;
 Segundo – é o valor de transação de mercadoria idêntica importada aproximadamente no 
mesmo tempo da mercadoria que se quer valorar;
 Terceiro – é o valor de transação de mercadoria similar;
 Quarto – parte do preço de revenda;
 Quinto – parte dos custos de produção.
 Caparroz (2016) – valor aduaneiro – montante que servirá 
como referência para fixação da base de cálculo do Imposto 
de Importação. Fundamental no comércio internacional, o 
tributo funciona como elemento equalizador entre o preço dos 
produtos importados e o preço dos produtos idênticos ou 
similares fabricados no mercado doméstico.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
III. Valoração Aduaneira
2. Princípios do Acordo de Valoração Aduaneira
Acordo de Valoração Aduaneira (AVA-Gatt) tem por escopo verificar se as mercadorias 
submetidas a despacho de importação atendem às regras para a determinação do seu valor 
aduaneiro, isto é, se o valor declarado pelo importador obedece aos princípios norteadores do 
Acordo, sendo:
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
Fonte: Adaptado de: livro-texto.
Princípios
Neutralidade
Equidade
Precisão
Não distinção
Uniformidade
Simplicidade
Publicidade
Valor da
transação
III. Valoração Aduaneira
 Mais importante dos princípios – valor da transação. Base de cálculo do imposto deve ser o 
valor de transação da mercadoria. Ela deve ser tributada pelo que ela custou. Afasta-se a 
subjetividade e simplifica-se a valoração, o valor da transação é conhecido pelos 
contratantes, sendo um conceito praticamente universal. Constitui base real da operação de 
importação, com prevalência sobre os demais métodos.
 Princípio da uniformidade – critérios aplicados na valoração das mercadorias não podem ser 
diferentes nem discriminatórios em relação aos importadores, aos locais ou ao tempo
da importação.
 Princípio da precisão – prevê métodos objetivos para apuração 
do preço. Por este motivo, nunca se poderá chegar a dois ou 
mais valores para a mesma importação. O valor é único, 
apurável precisamente.
 Princípio da equidade – tratar com justiça no seu sentido mais 
nobre. Não beneficiar A, B ou C. O valor justo e correto deve 
ser empregado, independentemente dos seus efeitos.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
III. Valoração Aduaneira
 Princípio da neutralidade – o AVA somente será executado para fins aduaneiros, nãopodendo ser usado para qualquer outro fim. Ratifica-se este princípio quando se afirma no 
preâmbulo que “[...] os procedimentos de valoração não devem ser utilizados para combater 
o dumping”.
 Princípio da simplicidade – a valoração aduaneira deve ser realizada não somente pelos 
auditores fiscais da RFB, mas principalmente pelos importadores, os métodos devem ser 
simples, de fácil entendimento e assimilação.
 Princípio da harmonia com as práticas comerciais – a Aduana 
não pode influenciar as negociações comerciais. Devem 
transcorrer de forma livre, desde que licitamente, para,
em seguida, serem analisadas pela Aduana para se extrair
o valor aduaneiro.
 Princípio da não distinção entre fontes de suprimento –
na valoração aduaneira, não pode haver discriminação
em relação aos países exportadores.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
III. Valoração Aduaneira
 Distorções na base de cálculo do Imposto de Importação
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
Fonte: Adaptado de: livro-texto.
Situação Risco Providência
Superfaturamento
(valor declarado pelo 
contribuinte é superior à 
realidade do mercado).
Possibilidade de remessa 
disfarçada de lucros no 
exterior.
Submeter as transações 
entre partes relacionadas 
ao controle de preços de 
transferência.
Valor adequado
(contribuinte apresenta 
valores compatíveis com 
o mercado e a 
transação).
Nenhum, sob o ponto de 
vista tributário, sem 
prejuízo de outras 
verificações, de natureza 
aduaneira.
Aceitar o valor, desde que 
devidamente 
comprovado.
Subfaturamento
(valor declarado pelo
contribuinte é inferior ao 
valor de mercado).
Possibilidade de 
sonegação do Imposto de 
Importação e demais 
tributos incidentes.
Submeter as transações 
aos procedimentos de 
valoração aduaneira.
III. Valoração Aduaneira
 Tipos de tarifa aduaneira
Segundo Ratti (2006), no que se refere à maneira pela qual são fixados os montantes de 
direitos, a tarifa aduaneira poderá ser:
 Específica – determinada pelas características físicas do produto, sua quantidade, peso, 
medida etc., não se levando em conta o valor declarado da mercadoria.
 Ad valorem – fixada pelo valor declarado das mercadorias importadas, em geral sob a forma 
de percentagem desse valor.
 Composta, mista ou combinada – uma combinação de tarifas específicas e ad valorem.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
Específica Ad valorem
Composta, mista
ou combinada
Fonte: Adaptado de: livro-texto.
De acordo com Caparroz, qual o conceito de valor aduaneiro? 
a) Montante que servirá como referência para fixação da base de cálculo do Imposto
de Importação.
b) Base de cálculo dos tributos aduaneiros quando a alíquota do Imposto de Importação é 
específica, ou seja, determinada.
c) Listas com os valores teóricos de cada espécie de mercadoria.
d) Valor determinado pela autoridade aduaneira para base de calculo de tributação, de acordo 
com os parâmetros de ingerência.
e) Cálculo determinado para precificar a mercadoria, 
influenciado pelo tipo de incoterms adotado.
Interatividade
De acordo com Caparroz, qual o conceito de valor aduaneiro? 
a) Montante que servirá como referência para fixação da base de cálculo do Imposto
de Importação.
b) Base de cálculo dos tributos aduaneiros quando a alíquota do Imposto de Importação é 
específica, ou seja, determinada.
c) Listas com os valores teóricos de cada espécie de mercadoria.
d) Valor determinado pela autoridade aduaneira para base de calculo de tributação, de acordo 
com os parâmetros de ingerência.
e) Cálculo determinado para precificar a mercadoria, 
influenciado pelo tipo de incoterms adotado.
Resposta
IV. Tributos Incidentes no Comércio Exterior
1. Conceito
 Impostos, taxas e contribuições – incidem sobre produtos, mercadorias e bens nas 
operações de importação ou exportação. CF e o CTN utilizam a terminologia produto, o RA 
utiliza a terminologia mercadoria.
 Produto – algo novo, extraído ou confeccionado a partir de outros bens.
 Mercadorias – bens tangíveis, objetos de negociações comerciais, de compra e venda.
São objetos da tributação do comércio exterior.
 Tarifas aduaneiras (II e IE) – função extrafiscal – estimular ou 
desestimular importações e exportações de produtos. 
Alíquotas podem ser alteradas para corrigir distorções 
econômico-financeiras, de forma a permitir a fixação das 
diretrizes de política econômica e cambial do país.
 Influencia o comportamento do contribuinte, incentivando ou 
inibindo determinadas condutas, instrumento de implantação 
das políticas públicas.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
IV. Tributos Incidentes no Comércio Exterior
2. Imposto de Importação – II
 Tributo federal – incide sobre a entrada de produtos estrangeiros em território aduaneiro,
tem leve função protecionista.
 Incidência e não incidência – incide sobre mercadoria estrangeira importada, nacional ou 
nacionalizada exportada que retorne ao país. Não incide sobre mercadoria que chegar ao 
país por erro inequívoco; idêntica em igual quantidade e valor; tenha sido objeto da pena de 
perdimento; devolvida para o exterior antes do registro da DI; destruída, sob controle 
aduaneiro; em trânsito aduaneiro de passagem.
 Fato gerador – Legislação – entrada da mercadoria 
estrangeira no território brasileiro (critério espacial), RA –
diversos momentos (critério temporal) – data do registo da DI; 
do lançamento do crédito tributário; do vencimento do prazo de 
permanência da mercadoria em recinto alfandegado; registro 
da declaração de admissão temporária.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
IV. Tributos Incidentes no Comércio Exterior
 Base de cálculo – alíquota fixada do valor a ser pago – Regime de Tributação Simplificada, 
Regime de Tributação Especial, Regime de Importação Comum e Regime de
Tributação Unificada. 
 Pagamento do imposto – data do registro da DI, o Ministro de Estado da Fazenda pode fixar, 
em casos especiais, outros momentos para seu pagamento.
 Contribuintes e responsáveis – contribuintes – importador, destinatário da remessa postal, 
adquirente de mercadoria entrepostada; responsáveis – expressamente designados e os 
responsáveis solidários. Sujeito passivo – devedor, quem deve pagar o tributo.
 Isenções e reduções – benefícios fiscais – “a isenção ou 
redução do imposto reconhecida quando decorrente de lei ou 
de ato internacional” – classificação: Subjetiva – em razão do 
sujeito, não da mercadoria – “isenção ou redução vinculada à 
qualidade do importador”; Objetiva – em virtude da 
mercadoria, do objeto, não do importador – “isenção ou 
redução vinculada à destinação dos bens”.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
IV. Tributos Incidentes no Comércio Exterior
3. Imposto de Exportação – IE
 Tributo extrafiscal, utilizado como instrumento da política de comércio exterior brasileira, 
adotado para corrigir distorções de natureza econômica ou comercial, normalmente à luz de 
crises ou problemas internacionais.
 Incidência – sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior, aplicação 
bem mais restrita que o de Importação.
 Fato gerador – saída da mercadoria do território aduaneiro, outra ocasião, de maior 
segurança jurídica, considera-se ocorrido o fato gerador na data do RE no Siscomex.
 Base de cálculo e alíquota – base de cálculo – preço normal 
(preço à vista – FOB) que a mercadoria, ou similar, alcançaria, 
ao tempo da exportação, CTN – atribuição de um valor fixo 
considerado por unidade de medida adotada pela lei.
 Regra geral – não incidência do IE – compete à Camex 
relacionar as mercadorias sujeitas ao imposto.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
IV. Tributos Incidentes no Comércio Exterior
 Alíquota – 30%, cabe à Camex reduzir ou aumentar para atender aos objetivos da política 
cambial e do comércio exterior, limite máximo de 150%. A maioriados produtos tributáveis 
possui alíquota zero.
 Pagamento do imposto – prazo de 15 dias, do registro no Siscomex, exportador apresenta o 
comprovante de pagamento com os documentos que instruem o despacho de exportação, o 
não pagamento poderá impedir o embarque ou a transposição de fronteira da mercadoria 
sujeita ao IE.
4. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
vinculado à importação
 Incidência e fato gerador – incidência – importação; fato 
gerador – desembaraço aduaneiro, produto de procedência 
estrangeira. Não incide sobre produtos que chegarem ao país 
por erro de expedição, desde que devolvidos ao exterior,
nem destinados à reposição de outros, idênticos,
que apresentaram defeitos.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
IV. Tributos Incidentes no Comércio Exterior
 Base de cálculo – valor aduaneiro apurado como base de cálculo do II, acrescido deste e dos 
encargos cambiais pagos ou exigidos. Alíquota será fixada na Tabela de Incidência do 
Imposto sobre Produtos Industrializados.
 Isenções, imunidades e suspensão do imposto – isenções do IPI referem-se ao produto, e 
não ao contribuinte ou adquirente; suspensão – insumos: partes e peças utilizadas na 
produção ou montagem de veículos; matérias-primas: produtos intermediários e embalagens 
destinados a empresas exportadoras – montadoras de veículos, empresas de informática e 
automação e fabricantes de aeronaves.
5. Imposto sobre Circulação de Mercadorias
e Serviços (ICMS)
 Estadual e de abrangência nacional – seletivo, alíquotas 
maiores para os produtos supérfluos e menores para
os essenciais.
 Fato gerador – o montante do custo da mercadoria (mais frete 
e seguro internacionais), mais o II, mais o IPI, têm percentuais 
diferentes nos estados brasileiros.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
IV. Tributos Incidentes no Comércio Exterior
 Base de cálculo – corresponde à soma das seguintes parcelas: VA da mercadoria, incluindo 
seguro e frete internacionais; II; IPI; IOF; quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e 
despesas aduaneiras; juros e demais importâncias pagas, bem como os descontos 
concedidos sob condição; e o próprio ICMS (art. 13, da Lei Kandir). 
 Imunidades e isenções – imunidades – fator subjetivo (entes da Federação, templos, partidos 
políticos, sindicatos de trabalhadores, instituições de educação e de assistência social), fator 
objetivo (livros, jornais, periódicos e papel destinado à impressão e o ouro ativo financeiro ou 
instrumento cambial); isenção – concedida por acordos internacionais.
6. Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha 
Mercante (AFRMM)
 Contribuição de intervenção no domínio econômico –
objetiva gerar fundos para apoio à Marinha Mercante
e à indústria naval.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
IV. Tributos Incidentes no Comércio Exterior
 Fato gerador e base de cálculo – fato gerador – início efetivo da operação de 
descarregamento da embarcação em porto brasileiro; alíquota varia de acordo com a 
modalidade de transporte aquaviário. Internacional ou de longo curso, 25%; cabotagem, 
10%; fluvial e lacustre, 40% sobre o valor do frete.
7. PIS/Pasep e Cofins vinculados à importação
 Programas de Integração Social (PIS), Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) 
incidem na importação de produtos ou serviços, Contribuição Social para o Financiamento da 
Seguridade Social (Cofins), devida pelo Importador de Bens Estrangeiros ou Serviços.
 Base de cálculo – valor aduaneiro.
 Fato gerador – idêntico ao do II, tanto no tocante ao elemento 
espacial quanto em relação ao elemento temporal – não são 
cobradas as contribuições quando não se cobra o II.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
IV. Tributos Incidentes no Comércio Exterior
 Alíquotas sobre as bases de cálculo: 1,65% para o PIS/Pasep Importação e 7,6% para a 
Cofins-Importação. As contribuições são debitadas automaticamente no registro da DI, como 
ocorre com o II e o IPI.
 Redução ou Suspensão – Redução, Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da 
Indústria de Semicondutores (Padis) e Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico 
da Indústria de Equipamentos para TV Digital (PATVD); Suspensão – bens despachados 
para regime aduaneiro especial; Zona Franca de Manaus; RET para Plataforma de 
Exportação de Serviços de Tecnologia da Informação (Repes); Regime Especial de 
Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras (Recap); importação de 
máquinas e equipamentos para a produção de papéis para 
impressão – jornais ou periódicos; Regime Especial de 
Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi); 
Acetona para elaboração de Defensivos Agropecuários; alguns 
tipos de óleo combustível, desde que destinados à navegação 
de cabotagem ou de apoio portuário e marítimo.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
IV. Tributos Incidentes no Comércio Exterior
8. Taxas de armazenagem e de capatazia
 Portuárias – Capatazia – gastos com movimentação de mercadorias pelo pessoal do porto; 
Armazenagem – custos da mercadoria nos armazéns, pátios, depósitos etc., de propriedade 
dos administradores dos portos. Pode haver uma armazenagem interna ou externa, em 
armazéns gerais ou local especial.
 Aeroportuárias – movimentação de cargas em dependência dos aeroportos, despesas de 
capatazia nos Terminais de Carga Aérea (Teca) e as de armazenagem.
 Consultar um agente de cargas ou despachante aduaneiro 
para orçar os preços cobrados nos aeroportos e portos 
nacionais, os custos variam de um local de 
descarga/desembaraço para outro.
9. Outros tributos
 Em uma operação de comércio exterior, tem-se que quantificar 
o montante dos demais tributos que vão onerar a operação em 
decorrência de outros fatos conexos.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
IV. Tributos Incidentes no Comércio Exterior
 ISS (Imposto sobre Serviços) – prestação de serviços, frete e seguro, atividades como feiras 
e exposições, propaganda, locação de cofres de carga, armazenagens e serviços 
advocatícios etc.
 Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza – lucro das atividades comerciais, 
cobrado no ato da remessa de um pagamento para o exterior.
10. Medidas de defesa comercial
 Práticas desleais ocorrem com frequência, muitas vezes 
estimuladas pelos próprios governantes, que têm todo o 
interesse em aumentar as exportações. Faz-se necessária a 
existência de leis que protejam os setores da concorrência de 
produtos estrangeiros que possam entrar no país a preços 
considerados irreais.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
IV. Tributos Incidentes no Comércio Exterior
 Direito antidumping – Dumping é uma prática de comércio desleal – Direitos antidumping 
constituem um montante em dinheiro, exigido com o fim de neutralizar os efeitos danosos 
das importações objeto de dumping, isto é, a importação de um bem a preço inferior ao 
efetivamente praticado para o produto nas operações mercantis normais, que o destinem a 
consumo interno no próprio país exportador.
 Direito compensatório – exigido para contrabalançar subsídios 
concedidos direta ou indiretamente à fabricação, produção ou 
exportação da mercadoria importada, permanecerão em vigor 
enquanto perdurar a necessidade de neutralizar o subsídio 
causador do dano e serão extintos no máximo em cinco anos. 
Esse prazo pode ser prorrogado se ficar demonstrado que a 
extinção dos direitos levaria à continuação ou retomada do 
subsídio e do dano dele decorrente.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
IV. Tributos Incidentes no Comércio Exterior
 Medidas de salvaguardas – elevação do II nos casos em que a importação de determinado 
produto aumente de modo a causar, ou ameaçar causar, prejuízo grave à indústria 
doméstica de bens similares ou diretamente concorrentes.
 O cumprimento das obrigações resultantes da aplicação dedireitos antidumping ou 
compensatórios, definitivos ou provisórios, será condição para o desembaraço das 
importações de produtos, objeto de dumping ou de subsídios.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
Qual o tipo de regime tributário deve ser aplicado na operação de importação de mercadorias 
com destinação comercial?
a) Regime de Tributação Especial.
b) Regime de Importação Comum.
c) Regime de Tributação Simplificada.
d) Regime de Importação Especial.
e) Regime de Tributação Unificada.
Interatividade
Qual o tipo de regime tributário deve ser aplicado na operação de importação de mercadorias 
com destinação comercial?
a) Regime de Tributação Especial.
b) Regime de Importação Comum.
c) Regime de Tributação Simplificada.
d) Regime de Importação Especial.
e) Regime de Tributação Unificada.
Resposta
 ACORDO SOBRE A IMPLEMENTAÇÃO DO ARTIGO VII DO ACORDO GERAL SOBRE 
TARIFAS E COMÉRCIO 1994 [GATT-1994], 1994, Genebra, Ata... Genebra, Rodada 
Uruguai, 1994.
 BRASIL. Estudos tributários e aduaneiros [recurso eletrônico]. Revista da Receita Federal, 
ano 3, n.1-2, jan./dez. 2016. Brasília: Secretaria da Receita Federal do Brasil, 2016. 
Disponível em: https://idg.receita.fazenda.gov.br/publicacoes/revista-da-receita-
federal/revistarfbv3.pdf. Acesso em: 27 set. 2017.
 CAPARROZ, R. Comércio internacional e legislação aduaneira esquematizado. 3. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2016.
 CAPARROZ, R. Regulamento aduaneiro. 7. ed. São Paulo: 
Aduaneiras, 2004.
 CAMEX. Câmara de Comércio Exterior. Disponível em: 
http://www.camex.gov.br. 
Referências
 LUZ, R. Comércio internacional e legislação aduaneira. 6. ed. Editora Método, 2015.
 RATTI, B. Comércio internacional e câmbio. 11. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2006.
 WERNEK, P. Comércio exterior: política aduaneira e fiscal. 3. ed. Rio de Janeiro: [s.n.], 2008.
Referências
ATÉ A PRÓXIMA!
Prof. Esp. Amauri Godoy
UNIDADE II
Comércio Exterior –
Legislação Aduaneira
e Câmbio
V. Regimes Aduaneiros
1. Regimes Aduaneiros Especiais
 Proporcionam benefícios à atividade econômica, incentivam as exportações, permitem maior 
participação dos empresários nacionais no cenário globalizado. São aqueles em que o 
crédito tributário tem sua exigibilidade suspensa.
 O crédito tributário ficará suspenso até o advento de uma condição resolutiva (evento futuro 
que extingue o regime), cuja consequência será a transformação da suspensão em isenção, 
obedecidos prazos e condições, ou o pagamento dos tributos devidos, acrescidos de juros e 
multa, quando qualquer dos requisitos do regime escolhido for descumprido pelo beneficiário.
Têm três características principais:
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
Fonte: adaptado de: livro-texto.
Características
dos regimes
especiais
 Suspensão da exigibilidade dos tributos
 Constituição dos tributos suspensos em um termo de 
responsabilidade para possibilitar a execução em 
caso de inadimplemento das condições do regime
 Prazo máximo de suspensão
V. Regimes Aduaneiros
 Trânsito aduaneiro – permite o transporte de mercadorias, sob controle fiscal, de um ponto a 
outro do território aduaneiro por empresas transportadoras, habilitadas, com suspensão de 
tributos, possui sete modalidades definidas, resumidas em quatro etapas.
 Trânsito de importação – a mercadoria entra pela zona primária, o beneficiário solicita que 
ela seja levada para outro ponto no território nacional para que lá sofra o despacho 
aduaneiro.
 Trânsito de exportação – antecipação do despacho aduaneiro.
 Trânsito interno – mercadoria é transferida de um recinto alfandegado para outro.
 Trânsito internacional – mercadoria vem do exterior e se 
destina também ao exterior.
 O regime subsiste do local de origem ao local de destino e 
desde o momento do desembaraço para trânsito aduaneiro 
pela repartição de origem até o momento em que a repartição 
de destino certifica a chegada da mercadoria.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
V. Regimes Aduaneiros
 Admissão temporária – permanência de bens procedentes do exterior, por prazo 
determinado, com suspensão total dos tributos, ou ainda com suspensão parcial, no caso de 
utilização econômica.
 Permanecerá por prazo fixado, com suspensão de tributos, retornando ao exterior, sem 
sofrer modificações. Objetiva favorecer a importação de bens para atender a interesses 
nacionais de ordens econômica, científica, técnica, social, cultural etc.
 Prazo de até um ano de permanência dos bens, da data do desembaraço aduaneiro, 
prorrogável, por período não superior a cinco anos.
 Extingue-se com a reexportação; entrega à RFB; destruição; 
transferência para outro regime; despacho para consumo.
 Admissão temporária para aperfeiçoamento ativo – aplicável 
aos bens que são importados para serem usados na 
industrialização própria ou de bens estrangeiros.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
V. Regimes Aduaneiros
 Industrialização: beneficiamento (melhoramento sem mudar sua classificação fiscal); 
montagem (reunião de produtos para formar um novo); recondicionamento (incluindo 
renovação, conserto, reparo ou restauração) e acondicionamento (embalagem de 
apresentação e de transporte).
 Drawback – aquisição de insumos (nacionais e estrangeiros) para produção e exportação de 
bens – suspensão (mercadoria utilizada em industrialização de produto a ser exportado), 
isenção (quantidade e qualidade equivalentes para reposição de mercadoria importada) ou 
restituição (tributos pagos na importação ou utilizada na fabricação, complementação ou 
acondicionamento de outra exportada) de tributos (II, IPI, ICMS e AFRMM) no prazo de um 
ano, admitida uma única prorrogação por igual período. 
Modalidades: embarcação, fornecimento no mercado interno, 
genérico, sem expectativa de pagamento e intermediário.
 Entreposto aduaneiro – permite, na importação e na 
exportação, o depósito de mercadoria, em local determinado, 
com suspensão do pagamento de tributos e sob controle fiscal.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
V. Regimes Aduaneiros
 Entreposto aduaneiro na importação – mercadorias que não serão usadas de imediato no 
Brasil – importações em consignação, produtos que necessitam de rápida reposição – base 
operacional do entreposto aduaneiro na importação são os recintos alfandegados (públicos
ou privados) – extinção – despacho para consumo, reexportação, exportação ou
transferência para outro regime aduaneiro especial.
 Entreposto aduaneiro na exportação – armazenamento de mercadorias consignadas para 
exportação; Modalidades – comum (com suspensão dos impostos federais) ou extraordinária 
(para empresas comerciais exportadoras, antes do embarque para o exterior). Regimes –
comum – um ano, prorrogável por até três; Extraordinário – cento e oitenta dias para exportar.
 Extinção – registro da DE; Não Exportação – regime comum –
mercadoria exportada nem reintegrada ao estoque, serão 
cobrados os tributos suspensos; regime extraordinário, deverão 
ser ressarcidos pela empresa comercial exportadora os 
benefícios fiscais fruídos pelo vendedor do bem.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
V. Regimes Aduaneiros
 Entreposto industrial sob controle informatizado (Recof) – importação (com ou sem cobertura 
cambial) ou aquisição no mercado interno, com suspensão dos tributos, mercadorias a 
serem submetidas a operações de industrialização de produtos destinados à exportação ou 
ao mercado interno; suspensão dos tributos incidentes na importação será de até um ano, 
prorrogável por mais um.
 Regime Especial de Importação de Insumos (Recom) – produtos classificados nas posições 
8701 a 8705, da NCM (tratores, automóveis, caminhões e assemelhados). Importação,
sem cobertura cambial, de chassis, carrocerias, peças, partes, componentes e acessórios, 
com suspensão do pagamento do IPI, PIS e Cofins. Prazo improrrogável deum ano,
contado do desembaraço aduaneiro.
 Exportação temporária – saída, com suspensão do pagamento 
do IE, de mercadoria nacional ou nacionalizada, condicionada 
à reimportação em prazo determinado, no mesmo estado em 
que foi exportada.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
V. Regimes Aduaneiros
 Hipóteses naturais de aplicação do regime: mercadoria destinada a feiras; competições 
esportivas ou exposições no exterior; produtos manufaturados e acabados, inclusive para 
conserto, reparo ou restauração para seu uso ou funcionamento; animais reprodutores para 
cobertura em estação de monta, com retorno cheia, no caso de fêmea, ou com cria no pé, bem 
como animais para outras finalidades; veículos para uso de seu proprietário ou possuidor. 
Vigência do regime será de um ano, prorrogável por período não superior no total a dois anos.
 Exportação temporária para aperfeiçoamento passivo – saída, do país, por tempo determinado, 
de mercadoria nacional ou nacionalizada, a ser submetida à operação de transformação, 
elaboração, beneficiamento ou montagem, no exterior, e posterior reimportação, sob a forma 
do produto resultante, com pagamento dos tributos sobre o valor 
agregado. Extinção: reimportação da mercadoria, inclusive sob a 
forma de produto resultante da operação autorizada; importação 
de produto equivalente, como contrapartida dos materiais 
enviados ao exterior em razão de garantia e conversão em 
exportação definitiva.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
V. Regimes Aduaneiros
 Regime especial de importação de bens destinados às atividades de pesquisa e de lavra das 
jazidas de petróleo e gás natural (Repetro) – destinados às atividades de pesquisa e de lavra 
das jazidas de petróleo e de gás, bem como às máquinas e aos equipamentos 
sobressalentes, às ferramentas e aos aparelhos e a outras partes e peças destinados a 
garantir a sua operacionalidade.
 Regime especial de importação de petróleo bruto e seus derivados (Repex) – importação de 
petróleo e derivados com suspensão de tributos, para posterior exportação, no mesmo estado 
em que foram introduzidos, com ou sem cobertura cambial; vigência do regime será de 
noventa dias, prorrogável por uma única vez por igual período, contados a partir da data do 
desembaraço aduaneiro de admissão das mercadorias; extinção 
na data de embarque do produto destinado à exportação.
 Regime tributário para incentivo à modernização e à ampliação 
da estrutura portuária (Reporto) – importação de máquinas, 
equipamentos, peças de reposição e outros bens, com 
suspensão do pagamento dos tributos.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
V. Regimes Aduaneiros
 Loja franca (free shop) – pode ser instalada em portos e aeroportos alfandegados. São 
vendidas mercadorias nacionais e estrangeiras, no total de US$ 500,00 (quinhentos dólares 
norte-americanos) com isenção de tributos. Compra feita em moeda nacional ou estrangeira, 
em espécie, cheque de viagem ou cartão de crédito. Importação de bens para a loja franca é 
em consignação, pagamento ao exterior depois de vendidos internamente. Tais bens entram 
no regime com suspensão no pagamento dos tributos, mantendo-se essa condição até a 
venda ao consumidor, quando a suspensão se resolve em isenção.
 Depósito especial – permite a estocagem de partes, peças, componentes e materiais de 
reposição ou manutenção, com suspensão do pagamento dos impostos, para veículos, 
máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, 
estrangeiros, nacionalizados ou não, e nacionais em que tenham 
sido empregadas partes, peças e componentes estrangeiros. 
Vantagem nos depósitos especiais é que os bens trazidos em 
consignação podem ficar armazenados em recintos não 
alfandegados, inclusive no estabelecimento da própria
empresa importadora.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
V. Regimes Aduaneiros
 Depósito afiançado – destinado à utilização exclusivamente por empresas de transporte 
comercial internacional; permite a estocagem com suspensão do pagamento dos impostos 
de materiais importados sem cobertura cambial, destinados à manutenção e ao reparo de 
embarcação ou de aeronave pertencentes à empresa autorizada a operar no transporte 
comercial internacional e utilizadas nessa atividade.
 Depósito alfandegado certificado (DAC) – considera exportada, para todos os efeitos fiscais, 
creditícios e cambiais, a mercadoria nacional depositada em recinto alfandegado, vendida à 
pessoa sediada no exterior, mediante contrato de entrega no território nacional e à ordem do 
adquirente. Provavelmente será extinto com o efetivo embarque do bem.
 Depósito franco – permite, em recinto alfandegado, a 
armazenagem de mercadoria estrangeira para atender ao 
fluxo comercial de países limítrofes com terceiros países,
que tenham celebrado acordo internacional com o Brasil,
não tem a definição de um prazo máximo específico.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
Qual o regime aduaneiro especial que possibilita aquisição de insumos (nacionais e 
estrangeiros) para produção e exportação de bens – suspensão (mercadoria utilizada em 
industrialização de produto a ser exportado), isenção (quantidade e qualidade equivalentes, 
para reposição de mercadoria importada) ou restituição (tributos pagos na importação ou 
utilizada na fabricação, complementação ou acondicionamento de outra exportada) de tributos 
(II, IPI, ICMS e AFRMM) no prazo de um ano, admitida uma única prorrogação por igual 
período? Modalidades: embarcação, fornecimento no mercado interno, genérico,
sem expectativa de pagamento e intermediário.
a) Admissão temporária para aperfeiçoamento ativo.
b) Entreposto aduaneiro na importação.
c) Regime especial de importação de insumos.
d) Drawback.
e) Depósito especial.
Interatividade
Qual o regime aduaneiro especial que possibilita aquisição de insumos (nacionais e 
estrangeiros) para produção e exportação de bens – suspensão (mercadoria utilizada em 
industrialização de produto a ser exportado), isenção (quantidade e qualidade equivalentes, 
para reposição de mercadoria importada) ou restituição (tributos pagos na importação ou 
utilizada na fabricação, complementação ou acondicionamento de outra exportada) de tributos 
(II, IPI, ICMS e AFRMM) no prazo de um ano, admitida uma única prorrogação por igual 
período? Modalidades: embarcação, fornecimento no mercado interno, genérico,
sem expectativa de pagamento e intermediário.
a) Admissão temporária para aperfeiçoamento ativo.
b) Entreposto aduaneiro na importação.
c) Regime especial de importação de insumos.
d) Drawback.
e) Depósito especial.
Resposta
VI. Regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais
 Esses regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais são criados para regiões 
específicas do País. São a Zona Franca de Manaus (ZFM), a Amazônia Ocidental,
as áreas de livre-comércio, as zonas de processamento de exportação (ZPE)
e o entreposto internacional da ZFM. Abordaremos apenas os quatro primeiros
por serem os mais relevantes.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
Fonte: adaptado de: https://www.fazcomex.com.br/blog/zona-
franca-de-manaus-o-que-e/
Sede da Suframa
Áreas de livre-comércio
Coordenações regionais
Amazônia Ocidental
VI. Regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais
 Zona Franca de Manaus (ZFM)
 Criada em 1967, objetivando estimular o desenvolvimento da região, pois sofria (e sofre)
de um problema crônico: distância em relação aos grandes centros consumidores
dos seus produtos.
 Área de livre-comércio de importação e de exportação e de 
incentivos fiscais especiais, estabelecida com a finalidade de 
criar no interior da Amazônia um centro industrial, comercial e 
agropecuário, dotado de condições econômicas que permitam 
seu desenvolvimento, em face dos fatores locais e da grande 
distância que se encontram os centros consumidores de seus 
produtos.
 Oregime prevê benefícios nas quatro direções: importações 
de bens para a ZFM; vendas de produtos nacionais para a 
ZFM; exportações de bens pela ZFM; vendas de bens da ZFM 
para o restante do território nacional.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
VI. Regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais
 A entrada de mercadorias estrangeiras, destinadas ao consumo interno, industrialização em 
qualquer grau, inclusive beneficiamento, agropecuária, pesca, instalação e operação de 
indústrias e serviços de qualquer natureza, estocagem para reexportação, será isenta dos 
impostos de importação e sobre produtos industrializados.
 Compras de mercadorias nacionais por empresas localizadas na ZFM são equiparadas a 
exportações. Não há cobrança dos tributos federais (IPI, PIS/Pasep e Cofins). A exportação 
de mercadorias da ZFM para o exterior, qualquer que seja sua origem, está isenta do 
imposto de exportação.
 Mercadorias estrangeiras importadas para a ZFM, quando 
desta saírem para outros pontos do território aduaneiro, ficam 
sujeitas ao pagamento de todos os impostos exigíveis sobre 
importações do exterior.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
VI. Regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais
 A saída temporária, para o restante do território aduaneiro, de bens ingressados na ZFM ou 
ALC, com os benefícios fiscais previstos na legislação específica, far-se-á por meio de 
Declaração de Saída Temporária, com suspensão do pagamento dos tributos, garantidos 
mediante formalização de termo de responsabilidade.
 Em 1968, o governo brasileiro estendeu os mesmos benefícios da ZFM às localidades da 
Amazônia Ocidental, que compreendem os seguintes estados: Amazonas, Acre, Rondônia
e Roraima, somente de mercadorias que passem pela ZFM e se destinem
à Amazônia Ocidental.
 Diferença no tratamento entre a ZFM e a Amazônia Ocidental 
é o conjunto de mercadorias que obtêm o benefício da 
isenção. Na ZFM, a lista é negativa, ou seja, listam-se os 
casos em que não se reconhece a isenção. Na Amazônia 
Ocidental, a lista é positiva.
 Os atuais benefícios da ZFM podem ser usufruídos até 2073, a 
administração está a cargo da Superintendência da Zona 
Franca de Manaus (Suframa).
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
VI. Regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais
 Área de livre-comércio (ALC)
 São formadas nas fronteiras da região Norte do país com os objetivos de melhoria na 
fiscalização de entrada e saída de mercadorias; fortalecimento do setor comercial; abertura 
de novas empresas e a geração de empregos; promover o desenvolvimento das áreas 
fronteiriças e incrementar as relações bilaterais com os países vizinhos, segundo a política 
de integração latino-americana.
 Englobam os perímetros urbanos dos respectivos municípios: 
Tabatinga – estado do Amazonas; Guajará-Mirim – estado de 
Rondônia; Boa Vista (antiga Pacaraima) e Bonfim – estado de 
Roraima; Macapá e Santana – estado do Amapá; Brasileia, 
Cruzeiro do Sul e Epitaciolândia – estado do Acre.
 Quando as mercadorias estrangeiras importadas para as 
áreas de livre-comércio saírem para o restante do território 
nacional, serão cobrados os impostos de importação e sobre 
produtos industrializados.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
VI. Regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais
 As vendas do território nacional para as ALC de Boa Vista e Bonfim são equiparadas
à exportação.
 Comparando-se as áreas de livre-comércio com a ZFM, a principal diferença é a entrada de 
produtos estrangeiros nas ALC que será feita com suspensão de II e IPI, que será convertida 
em isenção quando os produtos forem utilizados conforme a legislação específica. Já na 
ZFM, as mercadorias importadas entram com isenção dos impostos.
 As isenções e os benefícios das atuais áreas de livre-comércio estão vigentes até 31 de 
dezembro de 2050.
 A administração das áreas de livre-comércio está a cargo da 
Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), 
autarquia vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
VI. Regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
Fonte: 
https://www.researchgate.net/figure/Fig
ura-8-Areas-de-Livre-Comercio-ALCs-
da-Amazonia-Ocidental-e-do-Estado-
de-Roraima_fig8_335754187
VI. Regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais
 Zonas de processamento de exportação (ZPE)
 Áreas de livre-comércio com o exterior, destinadas à instalação de empresas voltadas para a 
produção de bens a serem comercializados no exterior, sendo consideradas zonas primárias 
para efeito de controle aduaneiro.
 Regime aduaneiro que consiste na delimitação de uma grande área geográfica, controlada 
pela Aduana, onde se instalam empresas exportadoras. Política de comércio exterior mais 
efetiva ao concentrar muitos exportadores numa mesma região geográfica. Melhor para as 
decisões de governo em relação aos investimentos em estradas, portos e aeroportos. 
 Geram benefícios às próprias empresas em virtude de 
poderem concentrar na região mão de obra especializada e 
troca de conhecimento técnico entre as diversas empresas
e seus funcionários.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
VI. Regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais
 A criação da ZPE somente ocorre em regiões menos desenvolvidas, “com a finalidade de 
reduzir desequilíbrios regionais, bem como fortalecer o balanço de pagamentos e promover a 
difusão tecnológica e o desenvolvimento econômico e social do País”.
 A ZPE não é zona primária para todos os efeitos, por ali não podem entrar veículos, 
mercadorias e viajantes procedentes diretamente do exterior. A equiparação à zona primária 
tem apenas o objetivo de aplicar à ZPE o controle aduaneiro mais rígido, típico da zona 
primária. O montante de renúncia fiscal em relação às aquisições feitas pelas empresas 
justifica a equiparação e a consequente presença ostensiva da Aduana na “porta” da ZPE.
 Ao Conselho Nacional das Zonas de Processamento de 
Exportação (CZPE) cabe a análise de pedido de empresa 
interessada em se instalar na ZPE. Tais empresas certamente 
buscam usufruir o benefício da suspensão da exigibilidade dos 
tributos federais incidentes nas importações e nas aquisições 
internas de bens e serviços.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
VI. Regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais 
 As importações ou as aquisições no mercado interno de bens e serviços por empresa 
autorizada a operar em ZPE terão suspensão da exigência dos seguintes impostos e 
contribuições – II, IPI, Cofins, PIS/Pasep, AFRMM.
 Para se instalar na ZPE e usufruir os benefícios fiscais relativos, exigem-se contrapartidas 
das empresas, sendo o principal “o compromisso de auferir e manter, por ano-calendário, 
receita bruta decorrente de exportação para o exterior de, no mínimo, 80% (oitenta por 
cento) de sua receita bruta total de venda de bens e serviços”.
 Além dos benefícios fiscais, a empresa obtém vantagem no 
sistema administrativo, estando dispensada de licenciamento 
na importação e na exportação.
 Poderão fazer uso de regimes aduaneiros suspensivos, como 
a admissão temporária. Usado na importação de bens por 
empresas submetidas a um regime aduaneiro aplicado em 
áreas especiais (máquinas para teste).
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
VI. Regimes aduaneiros aplicados
em áreas especiais
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
ZPE criadas até 1994
ZPE criadas no âmbito
da Lei n. 11.508/2007
Fonte: adaptado de: livro-texto.
Área de livre-comércio de importação e de exportação e de incentivos fiscais especiais, 
estabelecida com a finalidade de criar no interior da Amazônia um centro industrial, comercial e 
agropecuário, dotado de condições econômicas que permitam seudesenvolvimento, em face 
dos fatores locais e da grande distância a que se encontram os centros consumidores de seus 
produtos. Esse conceito se refere à?
a) Zona Franca de Manaus.
b) Zonas de Processamento de Exportação.
c) Área de Livre-Comércio.
d) Zona de Livre-Comércio.
e) Zona de Processamento de Manaus.
Interatividade
Área de livre-comércio de importação e de exportação e de incentivos fiscais especiais, 
estabelecida com a finalidade de criar no interior da Amazônia um centro industrial, comercial e 
agropecuário, dotado de condições econômicas que permitam seu desenvolvimento, em face 
dos fatores locais e da grande distância a que se encontram os centros consumidores de seus 
produtos. Esse conceito se refere à?
a) Zona Franca de Manaus.
b) Zonas de Processamento de Exportação.
c) Área de Livre-Comércio.
d) Zona de Livre-Comércio.
e) Zona de Processamento de Manaus.
Resposta
VII. A Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
 Sistema Financeiro Nacional – conjunto de instituições e órgãos que regulam, fiscalizam
e executam as operações relativas à circulação da moeda e do crédito; formado por um 
conjunto de entidades e instituições que promovem a intermediação financeira, o encontro 
entre credores e tomadores de recursos. Por meio do sistema financeiro, as pessoas,
as empresas e o governo circulam a maior parte dos seus ativos, pagam suas dívidas
e realizam seus investimentos.
 A Lei n. 4.595 (1964) instituiu a reforma do SFN,
foi promulgada porque a estrutura existente não correspondia 
aos crescentes encargos e à responsabilidade da política 
econômica. Criou o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o 
Banco Central do Brasil (Bacen), estabeleceu normas 
operacionais, rotinas de funcionamento e procedimentos de 
qualificação aos quais as entidades do sistema financeiro 
deveriam subordinar-se.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
VII. A Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
 Estrutura do Sistema Financeiro Nacional – dividido em dois grandes subsistemas: 
subsistema normativo e subsistema de intermediação financeira.
 Subsistema normativo – instituições que vão definir e executar as regras de funcionamento 
do SFN, irão exercer fiscalização e definir diretrizes para o funcionamento de todo o sistema. 
Estão as seguintes instituições: CMN (Conselho Monetário Nacional), Bacen (Banco Central), 
CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e as instituições classificadas como especiais: 
Banco do Brasil, BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e CEF 
(Caixa Econômica Federal).
 Subsistema de intermediação – instituições que têm por 
função promover a transferência de recursos entre os agentes 
do mercado, ou seja, os tomadores e os poupadores. Sendo 
assim, nesse subsistema estão instituições bancárias e não 
bancárias, cooperativas de créditos, empresas que compõem 
o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) e 
outras instituições.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
VII. A Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
Conselho Monetário
Nacional – CMN
Banco Central
do Brasil – Bacen
Comissão de Valores
Mobiliários – CVM
Instituições
Especiais
Instituições Financeiras
Bancárias
Instituições Financeiras
Não Bancárias
Comissões
Consultivas
Subsistema
Normativo
Banco Nacional de
Desenvolvimento
Econômico e
Social – BNDES
Caixa
Econômica
Federal – CEF
Banco do
Brasil – BB
Sistema Brasileiro de
Poupança e Empréstimo – SBPE
Instituições
Auxiliares
Instituições
Não Financeiras
Subsistema de
Intermediação
Sistema Financeiro
Nacional
Fonte: adaptado de: livro-texto.
VII. A Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
 Comércio Exterior no Brasil
 Subordinado ao Ministério de Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a estrutura 
determina que todas as operações sejam devidamente registradas e reguladas por
outros organismos. 
Conselho Monetário Nacional – órgão supremo do sistema financeiro. Possui funções 
normativas. Responsável pelas diretrizes de política monetária, fiscal e cambial.
Competências do CMN: 
 conciliar o volume dos meios de pagamentos à necessidade econômica; regular o valor 
interno da moeda; regular o valor externo da moeda;
 direcionar a aplicação de recursos das instituições públicas
e privadas;
 cuidar da liquidez e solvência das instituições financeiras;
 normatizar a política cambial;
 coordenar as políticas monetária, fiscal, creditícia, 
orçamentária fiscal e da dívida pública interna e externa.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
VII. A Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
 Banco Central do Brasil (Bacen) – autarquia federal, caracterizada pela ausência de 
vinculação a Ministério e que possui autonomia técnica, operacional, administrativa e 
financeira (LC 179, de 2021). 
 Objetivo fundamental – assegurar a estabilidade de preços, zelar pela estabilidade e 
eficiência do sistema financeiro, suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e 
fomentar o pleno emprego. Responsável por autorizar a compra e a venda de moedas 
estrangeiras no Brasil
 Executa a política cambial definida pelo CMN – regulamenta o 
mercado de câmbio e autoriza as instituições que nele 
operam, fiscaliza o referido mercado, podendo punir dirigentes 
e instituições mediante multas, suspensões e outras sanções 
previstas em lei.
 Pode atuar diretamente no mercado, comprando e vendendo 
moeda estrangeira de forma ocasional e limitada, com o 
objetivo de conter movimentos desordenados da taxa
de câmbio.
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
VII. A Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
 Câmara de Comércio Exterior (Camex) – objetiva a formulação, a adoção, a implementação 
e a coordenação de políticas e de atividades relativas ao comércio exterior de bens e 
serviços, aos investimentos estrangeiros diretos, aos investimentos brasileiros no exterior e 
ao financiamento às exportações, com vistas a promover o aumento da produtividade da 
economia brasileira e da competitividade internacional do País.
Principais competências da Camex: 
 diretrizes e procedimentos relativos à implementação da política de comércio exterior;
 coordenar e orientar as ações no âmbito do comércio exterior; especificar normas e 
procedimentos para a atividade importadora e exportadora;
 estabelecer diretrizes para as negociações internacionais; 
orientar a política aduaneira;
 elaborar as diretrizes para a política tarifária; simplificar e 
racionalizar o comércio exterior;
 designar diretrizes e procedimentos para investigações 
relativas às práticas desleais;
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
VII. A Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
 determinar a política de financiamento das exportações; 
 fixar diretrizes e coordenar políticas de promoção de mercadorias e de serviços no exterior e 
de informação comercial; 
 fixar as alíquotas do imposto de importação.
 Secretaria de Comércio Exterior (Secex) – assessorar o MDIC na condução das políticas de 
comércio exterior no Brasil. Órgão do comércio estratégico do Ministério e responsável pela 
gestão do controle comercial. Normatiza, supervisiona, orienta, planeja, controla e avalia as 
atividades de comércio exterior de acordo com as diretrizes da Camex e do MDIC.
Principais responsabilidades:
 formular propostas de diretrizes, implementar e coordenar 
políticas e programas de comércio exterior de bens e serviços 
e estabelecer normas e procedimentos necessários
à sua implementação;
Comércio Exterior – Legislação Aduaneira e Câmbio
VII. A Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
 representar o ME nas negociações e nos foros internacionais relativos a setor automotivo, 
serviços, investimentos, compras governamentais, regime de origem, barreiras técnicas, 
facilitação de comércio, defesa comercial e outros temas tarifários

Continue navegando