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TEMA 04 - Crimes Patrimoniais II - Aula 02 Estelionato

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Aula 02 – Estelionato 
A palavra estelionato vem do Latim Stellio, que significa Camaleão. É um crime 
patrimonial praticado mediante fraude. O criminoso se vale de sua inteligência para que, 
enganando a vítima, faça com que ela, vítima, entregue voluntariamente seu dinheiro para 
o estelionatário. O que move a vítima a fazê-lo é a fraude, o engodo, a versão inventa-
da pelo estelionatário que convence a vítima a renunciar a seu dinheiro para beneficiar o 
criminoso.
Há centenas de golpes famosos envolvendo o estelionato. As vítimas são enga-
nadas de múltiplas formas e só percebem depois do golpe que foram lesadas em seu 
patrimônio.
A conduta de estelionato é descrita no Código Penal nos seguintes termos:
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, 
induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qual-
quer outro meio fraudulento.
As elementares típicas do crime de estelionato devem ser analisadas 
individualmente:
- Obter: conseguir
- Para si ou para outrem: é possível valer-se de alguém para a obtenção da vanta-
gem indevida para si, ou aplicar um golpe para beneficiar terceiro.
- Vantagem ilícita: é a vantagem obtida fora das hipóteses permitidas por lei.
- Em prejuízo alheio: elementar indispensável para a caracterização do delito 
consumado.
- Induzindo ou mantendo alguém em erro: a vítima precisa acreditar, estar envolvi-
da em uma situação que não existe.
- Mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: é o meio utilizado 
pelo estelionatário para ludibriar a vítima. É o engodo em si.
Em resumo, trata-se de alcançar um valor indevido em decorrência do dano pa-
trimonial provocado na vítima, que contribui ativamente para a finalidade do criminoso 
sem notar que está sendo lesada em seu patrimônio, por fraude, pois o responsável cria a 
situação enganosa ou dela se aproveita.
Trata-se, portanto, de crime de duplo resultado, pois depende de dois requisitos 
cumulativos:
a) obtenção de vantagem ilícita;
b) prejuízo alheio
A fraude deve ser anterior e diretamente responsável pela lesão patrimonial. O 
criminoso usa da fraude, da mentira, para que a vítima, voluntariamente, lhe entregue os 
valores indevidos.
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5 Crimes em Espécie
Nesse contexto, cumpre classificar e diferenciar seus modos de execução, quais 
sejam: artifício, ardil e outro meio fraudulento:
O artifício pode ser compreendido como fraude material. Ex: “A” se veste de mecâ-
nico para que “B” lhe entregue o automóvel.
O ardil, por seu turno, conforma-se enquanto fraude moral. Ex: “A” alega ser espe-
cialista em joias para convencer “B” a lhe entregar para limpeza.
Por fim, outro meio fraudulento é qualquer atitude que provoque ou mantenha 
alguém em erro do qual advirão a vantagem ilícita e o dano patrimonial. Tem-se como 
exemplo ficar em silêncio ao receber o troco a mais e perceber isso.
O bem jurídico tutelado é o patrimônio alheio. O dispositivo penal visa, em espe-
cial, reprimir a fraude causadora de dano ao patrimônio do indivíduo.
Há alguns pontos que merecem atenção no plano acadêmico da pesquisa:
1) Há estelionato de advogado que cobra honorários de assistido gratuitamente? 
Não, conforme: STF – HC 95.058/ES – rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1.ª T. j. 04.09.2012 
– Informativo 678.
2) O pagamento, em caso de emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, 
extingue a punibilidade? Não, conforme súmula 554 do STF: o pagamento de cheque emi-
tido sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta ao prossegui-
mento da ação penal.
3) Se a vítima, no contexto da fraude, acredita levar vantagem e enganar o crimi-
noso (quando na verdade ela está sendo enganada), haverá crime? Pode a vítima que age 
com maldade se beneficiar do delito e pedir, futuramente, a indenização contra o crimino-
so? Sim, pois a torpeza bilateral (criminoso e vítima agem de má-fé) não afasta o crime. 
Posição unânime dos Tribunais Superiores - STF e STJ.
Estelionato contra idoso:
Ao contrário do que é propagado, não foi o Estatuto do Idoso que segmentou esse 
tipo penal específico, e sim a Lei 13.228, de 2015. Percebeu-se, no plano da estatística cri-
minal, que os idosos são o principal alvo dos estelionatários, devido a sua dificuldade de 
lidar com novidades tecnológicas.
Golpes pelo telefone, por e-mail, envolvendo a digitação de senhas em caixas ele-
trônicos etc. comprovam esse dado estatístico.
Por essa razão de criminologia, optou-se, na política criminal, por dobrar a pena do 
fraudador que engane idoso.
Trata-se de normal penal em branco homogênea que demanda, para a sua correta 
compreensão, do conceito de idoso. Esse conceito encontra-se no Estatuto do Idoso, nos 
seguintes termos: art. 1º É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos 
assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
Estelionato alterado pelo pacote anticrime (Lei 13.964, de 2019):
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Tema 04 - Aula 02 6
O crime de estelionato sempre se processou mediante ação penal pública incondi-
cionada. Porém, em 2019, alterou-se a regra e a ação penal pública passou a ser incondi-
cionada apenas em situações excepcionais e taxativas previstas no §5º do art. 171:
§5º Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for: 
I - a Administração Pública, direta ou indireta;
II - criança ou adolescente;
III - pessoa com deficiência mental; ou 
IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz.
A qualidade da vítima, portanto, vai ditar se a ação penal será pública condiciona-
da à representação do ofendido ou pública incondicionada. Quando a vítima do estelio-
nato é a Administração Pública, criança ou adolescente, pessoa com deficiência, incapaz 
ou maior de 70 anos de idade, o interesse público e a vulnerabilidade saltam aos olhos 
e demanda, efetivamente, a atuação pronta e eficaz da Polícia Judiciária e do Ministério 
Público.
Porém, fora dessas hipóteses, o interesse da pessoa enganada ganha relevância e 
a sua vontade precisa ser decisiva em relação ao início da persecução penal.
Como o crime de estelionato possui pena de um a cinco anos de reclusão, está 
fora da competência do JECRIM, o que viabilizaria uma composição civil dos danos (art. 
74 da Lei 9.099) acarretando a renúncia ao direito de representação, essa alteração ganha 
relevância no início da persecução penal.
Quanto ao inquérito policial para a regra geral dos crimes de estelionato, deve-se 
observar o que reza o art. 5º, §4º do CPP: o inquérito, nos crimes em que a ação pública 
depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.
Já no plano do início do processo com o oferecimento da denúncia pelo represen-
tante do Parquet, vale a regra do art. 24 do CPP:
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do 
Ministério Público, mas dependerá,quando a lei o exigir, de requisição do 
Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qua-
lidade para representá-lo.
Em resumo, na ausência da manifestação de vontade específica da vítima: “quero 
representar”, o Estado não poderá mais agir contra o estelionatário, salvo se estiver diante 
das exceções previstas no §5º do art. 171 do Código Penal.
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7 Crimes em Espécie
 Atenção para alteração legislativa!  
Foi publicada a Lei nº 14.155, de 27 de maio de 2021. A mencionada legislação foi 
responsável por alterar o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), 
para tornar mais graves os crimes de violação de dispositivo informático, furto e este-
lionato cometidos de forma eletrônica ou pela internet; e o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de 
outubro de 1941 (Código de Processo Penal), para definir a competência em modalidades 
de estelionato.  
Algumas considerações:  
- Altera a redação do crime de invasão de dispositivo informático (art. 154-A), re-
tirando a necessidade de violação do mecanismo de segurança na invasão do dispositivo;  
- As penas do art. 154-A serão aumentadas consideravelmente: (i) antes 3 meses 
a 1 ano, agora 1 a 4 anos; (ii) se resultar prejuízo econômico, agora a pena também é maior, 
aumentando a pena de 1/3 a 2/3; e (iii) se resultar na obtenção de conteúdo de comuni-
cações privadas, segredos comerciais ou industriais, informações sigilosas ou o controle 
remoto do dispositivo, agora a pena é de 2 a 5 anos.  
- Cria o aumento de pena no caso de furto mediante fraude cometido por meio 
eletrônico ou informático para 4 a 8 anos.  
- Se a fraude do crime do estelionato (art. 171) é cometida com a utilização de in-
formações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio de redes sociais, 
contatos telefônicos ou envio de correio eletrônico fraudulento, ou por qualquer outro meio 
fraudulento análogo a pena também passa ser de 4 a 8 anos.  
- Se o estelionato for praticado contra idoso ou vulnerável, também se aumenta a 
pena de 1/3 ao dobro.  
Fonte: Professor Doutor Maurício Tamer (Instagram: @mauriciotamer).  
1 - O presente artigo aborda a prescrição no crime de estelionato previden-
ciário. O artigo 171 do Código Penal tipifica o crime de estelionato, tendo 
o § 3º do citado artigo uma qualificadora quando figure como vítima enti-
dade autárquica da Previdência Social. São apresentados entendimentos 
doutrinários e jurisprudenciais para configuração da natureza jurídica do 
delito, abordando a natureza binária da prescrição do crime de estelionato 
previdenciário. Do estudo resulta que a depender da espécie de fraudador, 
se aquele que comete a fraude contra a Previdência Social e não se torna 
beneficiário, o crime é instantâneo, entretanto, para o beneficiário o delito 
continua sendo permanente, consumando-se com a cessação da perma-
nência, com isso, temos duas formas de contagem da prescrição. Destarte, 
o estudo e análise do tema possibilitam o aprimoramento do profissional e 
acadêmico no âmbito do Direito Penal.
Leitura Complementar
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Tema 04 - Aula 02 8
2 - Estelionato judicial é um crime impossível, já que enquadrar pessoas 
por esse pressuposto faz com que a população se sinta ameaçada de bus-
car a Justiça. Esse foi um dos entendimentos que fizeram o juiz Silvo Luis 
Ferreira da Rocha, da 10ª Vara Federal Criminal de São Paulo, absolver Luiz 
Augusto do Valle de Lima. Trata-se da operação reluz, na qual uma série 
de empresários foram acusados de formar um esquema de contrabando 
de cigarros. Dez anos após a operação, Valle de Lima foi absolvido dos cri-
mes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e estelionato judicial. 
As investigações começaram em Porto Alegre e configurariam uma deri-
vação da operação chamada de bola de fogo, que investigava os crimes de 
contrabando, descaminho de cigarros e lavagem de dinheiro. A investiga-
ção derivada foi chamada de operação reluz e incidiu sobre grupo sediado 
na região Sudeste, representada pela empresa Fenton, localizada no Rio 
de Janeiro, que era acusada de fraudar o Fisco estadual com o subfatura-
mento do valor das notas fiscais do fumo que era remetido para a fábrica. 
Defensor de Valle Lima no caso, o advogado Carlos Alberto Pires Mendes, 
do escritório Maronna, Stein & Mendes Advogados, afirmou que seu cliente 
passou por enorme sofrimento devido ao julgamento moral pelo que pas-
sou na última década. [...]
3 - O projeto altera o Código Penal e cria um agravante, com pena de reclu-
são de quatro a oito anos, para o crime de furto realizado com o uso des-
ses aparelhos, estejam ou não conectados à internet, seja com violação de 
senhas, mecanismos de segurança ou com o uso de programas invasores.
4 - A era digital tem revolucionado a forma de vida do ser humano na Terra. 
Compras, salas de estudos, reuniões, profissionalizações, relacionamentos, 
enfim, tudo pode ser praticado pelos canais digitais. Hoje não se imagina a 
vida do homem moderno sem, ao menos, um smartphone.
5 - O art. 154-A do Código Penal quatro o crime de invasão de dispositivo 
informático. O delito foi inserido no Código Penal pela Lei nº 12.737, de 30 
de novembro de 2012, chamada pela imprensa de “Lei Carolina Dieckmann”, 
tendo em vista que a atriz havia sido vítima dessa conduta poucos meses 
antes (em maio de 2012), quando ainda não havia uma figura típica espe-
cífica.
PARA LEITURA DO TEXTO
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https://periodicos.set.edu.br/index.php/ideiaseinovacao/article/viewFile/2993/1596
https://www.conjur.com.br/2017-mai-03/estelionato-judicial-crime-impossivel-decide-juiz-federal-sp
https://www.migalhas.com.br/quentes/346274/lei-que-torna-crimes-cometidos-pela-internet-mais-graves-e-sancionada
https://canalcienciascriminais.com.br/o-combate-aos-cybercrimes-e-a-nova-lei-n-o-14-155-de-2021/
https://www.dizerodireito.com.br/2021/05/lei-141552021-promove-alteracoes-nos.html#:~:text=maio%20de%202021-,Lei%2014.155%2F2021%3A%20promove%20altera%C3%A7%C3%B5es%20nos%20crimes%20de%20viola%C3%A7%C3%A3o%20de,dispositivo%20inform%C3%A1tico%2C%20furto%20e%20estelionato.
9 Crimes em Espécie
Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940 (Código Penal)
CAPÍTULO VI - DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES
Estelionato
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, in-
duzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio 
fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos 
de réis. (Vide Lei nº 7.209, de 1984)
§1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar 
a pena conforme o disposto no art. 155, §2º.
§2º - Nas mesmas penas incorre quem:
Disposição de coisa alheia como própria
I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia 
como própria;
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria
II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, 
gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante paga-
mento em prestações, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias;
Defraudaçãode penhor
III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, 
a garantia pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado;
Fraude na entrega de coisa
IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a 
alguém;
Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro
V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo 
ou a saúde, ou agrava as consequências da lesão ou doença, com o intuito de haver inde-
nização ou valor de seguro;
Fraude no pagamento por meio de cheque
VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe 
frustra o pagamento.
Fraude eletrônica
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Tema 04 - Aula 02 10
§ 2º-A. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se a fraude é 
cometida com a utilização de informações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido 
a erro por meio de redes sociais, contatos telefônicos ou envio de correio eletrônico frau-
dulento, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo.      (Incluído pela Lei nº 14.155, 
de 2021)
§ 2º-B. A pena prevista no § 2º-A deste artigo, considerada a relevância do re-
sultado gravoso, aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado 
mediante a utilização de servidor mantido fora do território nacional.     (Incluído pela Lei 
nº 14.155, de 2021)
§3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de 
entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou 
beneficência.
Estelionato contra idoso
§4º Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso. (Incluído pela 
Lei nº 13.228, de 2015)
§5º Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for: (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019)
I - a Administração Pública, direta ou indireta; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
II - criança ou adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
III - pessoa com deficiência mental; ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz. (Incluído pela Lei nº 13.964, 
de 2019)
Informativo nº 0576. Período: 5 a 19 de fevereiro de 2016. SEXTA TURMA 
DIREITO PENAL. AUMENTO DE PENA-BASE FUNDADO NA CONFIANÇA DA VÍTIMA 
NO AUTOR DE ESTELIONATO. O cometimento de estelionato em detrimento de vítima que 
conhecia o autor do delito e lhe depositava total confiança justifica a exasperação da pena-
-base. De fato, tendo sido apontados argumentos idôneos e diversos do tipo penal violado 
que evidenciam como desfavoráveis as circunstâncias do crime, não há constrangimento 
ilegal na valoração negativa dessa circunstância judicial (HC 86.409-MS, Sexta Turma, 
DJe 23/10/2014). HC 332.676-PE, Rel. Min. Ericson Maranho (Desembargador convocado 
do TJ/SP), julgado em 17/12/2015, DJe 3/2/2016.
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11 Crimes em Espécie
ALVES, Jamil Chaim. Manual de Direito Penal – Parte Geral e Especial. Salvador: 
Juspodivm, 2019.
BRASIL. Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940. Código Penal. Brasília, 
DF. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.
htm>. Acesso em: 19/05/2020. 
 
BRASIL. Decreto-Lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941. Código de Processo 
Penal. Brasília, DF. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/
del3689.htm>. Acesso em: 19/05/2020. 
BRASIL. Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Bra-
sília, DF. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm>. Acesso 
em: 19/05/2020. 
BRASIL. Lei nº 13.964, de 24 de dezembro de 2019. Aperfeiçoa a legislação penal 
e processual penal. Brasília, DF. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2019-2022/2019/lei/L13964.htm>. Acesso em: 19/05/2020. 
BRASIL. Lei nº 14.155, de 27 de maio de 2021. Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 
7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para tornar mais graves os crimes de violação 
de dispositivo informático, furto e estelionato cometidos de forma eletrônica ou pela in-
ternet; e o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), 
para definir a competência em modalidades de estelionato. Brasília, DF. Disponível em: < 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14155.htm>. Acesso em: 
09/06/2021.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Lei 1455/2021: promove alterações nos crimes 
de violação de dispositivo informático, furto e estelionato. Dizer o Direito, 2021. Disponí-
vel em: < https://www.dizerodireito.com.br/2021/05/lei-141552021-promove-alteraco-
es-nos.html#:~:text=maio%20de%202021-,Lei%2014.155%2F2021%3A%20promove%20
altera%C3%A7%C3%B5es%20nos%20crimes%20de%20viola%C3%A7%C3%A3o%20
de,dispositivo%20inform%C3%A1tico%2C%20furto%20e%20estelionato.> Acesso em: 
09/06/2021.
CONJUR. Estelionato judicial é crime impossível, decide juiz federal de São 
Paulo. <https://www.conjur.com.br/2017-mai-03/estelionato-judicial-crime-impossivel-deci-
de-juiz-federal-sp>. Acesso em: 03/08/2020.
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Tema 04 - Aula 02 12
DAMASCENO, Gabriela Garcia. O combate aos cybercrimes e a nova Lei nº 
14.155 de 2021. Canal Ciências Criminais, 2021. Disponível em: < https://canalciencias-
criminais.com.br/o-combate-aos-cybercrimes-e-a-nova-lei-n-o-14-155-de-2021/>. Acesso 
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DOTTI, Rene Ariel. Curso de Direito Penal - Parte Geral – 5. ed. São Paulo: RT, 2013.
GRECO FILHO, Vicente. Manual de processo penal. 12ª ed. São Paulo: Tirant Brasil, 
2019.
IDEIAS & INOVAÇÃO. A PRESCRIÇÃO NO CRIME DE ESTELIONATO PREVI-
DENCIÁRIO.<https://periodicos.set.edu.br/index.php/ideiaseinovacao/article/viewFi-
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Lei que torna crimes cometidos pela internet mais graves é sancionada. Migalhas, 
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NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de Direito Processo Penal. 17ª. Rio de Janeiro: 
Forense, 2020.
___________. Pacote Anticrime comentado. Rio de Janeiro: Forense, 2020.
PACELLI, Eugenio. Curso de processo penal. 24ª ed. São Paulo: Atlas, 2020.
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo penal. 34ª ed. São Paulo: Saraiva, 
2012.
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