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07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 Módulo: Crimes em Espécie 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 4 Aula 02 – Estelionato A palavra estelionato vem do Latim Stellio, que significa Camaleão. É um crime patrimonial praticado mediante fraude. O criminoso se vale de sua inteligência para que, enganando a vítima, faça com que ela, vítima, entregue voluntariamente seu dinheiro para o estelionatário. O que move a vítima a fazê-lo é a fraude, o engodo, a versão inventa- da pelo estelionatário que convence a vítima a renunciar a seu dinheiro para beneficiar o criminoso. Há centenas de golpes famosos envolvendo o estelionato. As vítimas são enga- nadas de múltiplas formas e só percebem depois do golpe que foram lesadas em seu patrimônio. A conduta de estelionato é descrita no Código Penal nos seguintes termos: Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qual- quer outro meio fraudulento. As elementares típicas do crime de estelionato devem ser analisadas individualmente: - Obter: conseguir - Para si ou para outrem: é possível valer-se de alguém para a obtenção da vanta- gem indevida para si, ou aplicar um golpe para beneficiar terceiro. - Vantagem ilícita: é a vantagem obtida fora das hipóteses permitidas por lei. - Em prejuízo alheio: elementar indispensável para a caracterização do delito consumado. - Induzindo ou mantendo alguém em erro: a vítima precisa acreditar, estar envolvi- da em uma situação que não existe. - Mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: é o meio utilizado pelo estelionatário para ludibriar a vítima. É o engodo em si. Em resumo, trata-se de alcançar um valor indevido em decorrência do dano pa- trimonial provocado na vítima, que contribui ativamente para a finalidade do criminoso sem notar que está sendo lesada em seu patrimônio, por fraude, pois o responsável cria a situação enganosa ou dela se aproveita. Trata-se, portanto, de crime de duplo resultado, pois depende de dois requisitos cumulativos: a) obtenção de vantagem ilícita; b) prejuízo alheio A fraude deve ser anterior e diretamente responsável pela lesão patrimonial. O criminoso usa da fraude, da mentira, para que a vítima, voluntariamente, lhe entregue os valores indevidos. 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 5 Crimes em Espécie Nesse contexto, cumpre classificar e diferenciar seus modos de execução, quais sejam: artifício, ardil e outro meio fraudulento: O artifício pode ser compreendido como fraude material. Ex: “A” se veste de mecâ- nico para que “B” lhe entregue o automóvel. O ardil, por seu turno, conforma-se enquanto fraude moral. Ex: “A” alega ser espe- cialista em joias para convencer “B” a lhe entregar para limpeza. Por fim, outro meio fraudulento é qualquer atitude que provoque ou mantenha alguém em erro do qual advirão a vantagem ilícita e o dano patrimonial. Tem-se como exemplo ficar em silêncio ao receber o troco a mais e perceber isso. O bem jurídico tutelado é o patrimônio alheio. O dispositivo penal visa, em espe- cial, reprimir a fraude causadora de dano ao patrimônio do indivíduo. Há alguns pontos que merecem atenção no plano acadêmico da pesquisa: 1) Há estelionato de advogado que cobra honorários de assistido gratuitamente? Não, conforme: STF – HC 95.058/ES – rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1.ª T. j. 04.09.2012 – Informativo 678. 2) O pagamento, em caso de emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, extingue a punibilidade? Não, conforme súmula 554 do STF: o pagamento de cheque emi- tido sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta ao prossegui- mento da ação penal. 3) Se a vítima, no contexto da fraude, acredita levar vantagem e enganar o crimi- noso (quando na verdade ela está sendo enganada), haverá crime? Pode a vítima que age com maldade se beneficiar do delito e pedir, futuramente, a indenização contra o crimino- so? Sim, pois a torpeza bilateral (criminoso e vítima agem de má-fé) não afasta o crime. Posição unânime dos Tribunais Superiores - STF e STJ. Estelionato contra idoso: Ao contrário do que é propagado, não foi o Estatuto do Idoso que segmentou esse tipo penal específico, e sim a Lei 13.228, de 2015. Percebeu-se, no plano da estatística cri- minal, que os idosos são o principal alvo dos estelionatários, devido a sua dificuldade de lidar com novidades tecnológicas. Golpes pelo telefone, por e-mail, envolvendo a digitação de senhas em caixas ele- trônicos etc. comprovam esse dado estatístico. Por essa razão de criminologia, optou-se, na política criminal, por dobrar a pena do fraudador que engane idoso. Trata-se de normal penal em branco homogênea que demanda, para a sua correta compreensão, do conceito de idoso. Esse conceito encontra-se no Estatuto do Idoso, nos seguintes termos: art. 1º É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. Estelionato alterado pelo pacote anticrime (Lei 13.964, de 2019): 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 Tema 04 - Aula 02 6 O crime de estelionato sempre se processou mediante ação penal pública incondi- cionada. Porém, em 2019, alterou-se a regra e a ação penal pública passou a ser incondi- cionada apenas em situações excepcionais e taxativas previstas no §5º do art. 171: §5º Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for: I - a Administração Pública, direta ou indireta; II - criança ou adolescente; III - pessoa com deficiência mental; ou IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz. A qualidade da vítima, portanto, vai ditar se a ação penal será pública condiciona- da à representação do ofendido ou pública incondicionada. Quando a vítima do estelio- nato é a Administração Pública, criança ou adolescente, pessoa com deficiência, incapaz ou maior de 70 anos de idade, o interesse público e a vulnerabilidade saltam aos olhos e demanda, efetivamente, a atuação pronta e eficaz da Polícia Judiciária e do Ministério Público. Porém, fora dessas hipóteses, o interesse da pessoa enganada ganha relevância e a sua vontade precisa ser decisiva em relação ao início da persecução penal. Como o crime de estelionato possui pena de um a cinco anos de reclusão, está fora da competência do JECRIM, o que viabilizaria uma composição civil dos danos (art. 74 da Lei 9.099) acarretando a renúncia ao direito de representação, essa alteração ganha relevância no início da persecução penal. Quanto ao inquérito policial para a regra geral dos crimes de estelionato, deve-se observar o que reza o art. 5º, §4º do CPP: o inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado. Já no plano do início do processo com o oferecimento da denúncia pelo represen- tante do Parquet, vale a regra do art. 24 do CPP: Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá,quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qua- lidade para representá-lo. Em resumo, na ausência da manifestação de vontade específica da vítima: “quero representar”, o Estado não poderá mais agir contra o estelionatário, salvo se estiver diante das exceções previstas no §5º do art. 171 do Código Penal. 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 7 Crimes em Espécie Atenção para alteração legislativa! Foi publicada a Lei nº 14.155, de 27 de maio de 2021. A mencionada legislação foi responsável por alterar o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para tornar mais graves os crimes de violação de dispositivo informático, furto e este- lionato cometidos de forma eletrônica ou pela internet; e o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), para definir a competência em modalidades de estelionato. Algumas considerações: - Altera a redação do crime de invasão de dispositivo informático (art. 154-A), re- tirando a necessidade de violação do mecanismo de segurança na invasão do dispositivo; - As penas do art. 154-A serão aumentadas consideravelmente: (i) antes 3 meses a 1 ano, agora 1 a 4 anos; (ii) se resultar prejuízo econômico, agora a pena também é maior, aumentando a pena de 1/3 a 2/3; e (iii) se resultar na obtenção de conteúdo de comuni- cações privadas, segredos comerciais ou industriais, informações sigilosas ou o controle remoto do dispositivo, agora a pena é de 2 a 5 anos. - Cria o aumento de pena no caso de furto mediante fraude cometido por meio eletrônico ou informático para 4 a 8 anos. - Se a fraude do crime do estelionato (art. 171) é cometida com a utilização de in- formações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio de redes sociais, contatos telefônicos ou envio de correio eletrônico fraudulento, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo a pena também passa ser de 4 a 8 anos. - Se o estelionato for praticado contra idoso ou vulnerável, também se aumenta a pena de 1/3 ao dobro. Fonte: Professor Doutor Maurício Tamer (Instagram: @mauriciotamer). 1 - O presente artigo aborda a prescrição no crime de estelionato previden- ciário. O artigo 171 do Código Penal tipifica o crime de estelionato, tendo o § 3º do citado artigo uma qualificadora quando figure como vítima enti- dade autárquica da Previdência Social. São apresentados entendimentos doutrinários e jurisprudenciais para configuração da natureza jurídica do delito, abordando a natureza binária da prescrição do crime de estelionato previdenciário. Do estudo resulta que a depender da espécie de fraudador, se aquele que comete a fraude contra a Previdência Social e não se torna beneficiário, o crime é instantâneo, entretanto, para o beneficiário o delito continua sendo permanente, consumando-se com a cessação da perma- nência, com isso, temos duas formas de contagem da prescrição. Destarte, o estudo e análise do tema possibilitam o aprimoramento do profissional e acadêmico no âmbito do Direito Penal. Leitura Complementar 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 Tema 04 - Aula 02 8 2 - Estelionato judicial é um crime impossível, já que enquadrar pessoas por esse pressuposto faz com que a população se sinta ameaçada de bus- car a Justiça. Esse foi um dos entendimentos que fizeram o juiz Silvo Luis Ferreira da Rocha, da 10ª Vara Federal Criminal de São Paulo, absolver Luiz Augusto do Valle de Lima. Trata-se da operação reluz, na qual uma série de empresários foram acusados de formar um esquema de contrabando de cigarros. Dez anos após a operação, Valle de Lima foi absolvido dos cri- mes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e estelionato judicial. As investigações começaram em Porto Alegre e configurariam uma deri- vação da operação chamada de bola de fogo, que investigava os crimes de contrabando, descaminho de cigarros e lavagem de dinheiro. A investiga- ção derivada foi chamada de operação reluz e incidiu sobre grupo sediado na região Sudeste, representada pela empresa Fenton, localizada no Rio de Janeiro, que era acusada de fraudar o Fisco estadual com o subfatura- mento do valor das notas fiscais do fumo que era remetido para a fábrica. Defensor de Valle Lima no caso, o advogado Carlos Alberto Pires Mendes, do escritório Maronna, Stein & Mendes Advogados, afirmou que seu cliente passou por enorme sofrimento devido ao julgamento moral pelo que pas- sou na última década. [...] 3 - O projeto altera o Código Penal e cria um agravante, com pena de reclu- são de quatro a oito anos, para o crime de furto realizado com o uso des- ses aparelhos, estejam ou não conectados à internet, seja com violação de senhas, mecanismos de segurança ou com o uso de programas invasores. 4 - A era digital tem revolucionado a forma de vida do ser humano na Terra. Compras, salas de estudos, reuniões, profissionalizações, relacionamentos, enfim, tudo pode ser praticado pelos canais digitais. Hoje não se imagina a vida do homem moderno sem, ao menos, um smartphone. 5 - O art. 154-A do Código Penal quatro o crime de invasão de dispositivo informático. O delito foi inserido no Código Penal pela Lei nº 12.737, de 30 de novembro de 2012, chamada pela imprensa de “Lei Carolina Dieckmann”, tendo em vista que a atriz havia sido vítima dessa conduta poucos meses antes (em maio de 2012), quando ainda não havia uma figura típica espe- cífica. PARA LEITURA DO TEXTO NA ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI: 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 https://periodicos.set.edu.br/index.php/ideiaseinovacao/article/viewFile/2993/1596 https://www.conjur.com.br/2017-mai-03/estelionato-judicial-crime-impossivel-decide-juiz-federal-sp https://www.migalhas.com.br/quentes/346274/lei-que-torna-crimes-cometidos-pela-internet-mais-graves-e-sancionada https://canalcienciascriminais.com.br/o-combate-aos-cybercrimes-e-a-nova-lei-n-o-14-155-de-2021/ https://www.dizerodireito.com.br/2021/05/lei-141552021-promove-alteracoes-nos.html#:~:text=maio%20de%202021-,Lei%2014.155%2F2021%3A%20promove%20altera%C3%A7%C3%B5es%20nos%20crimes%20de%20viola%C3%A7%C3%A3o%20de,dispositivo%20inform%C3%A1tico%2C%20furto%20e%20estelionato. 9 Crimes em Espécie Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940 (Código Penal) CAPÍTULO VI - DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES Estelionato Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, in- duzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis. (Vide Lei nº 7.209, de 1984) §1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, §2º. §2º - Nas mesmas penas incorre quem: Disposição de coisa alheia como própria I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como própria; Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante paga- mento em prestações, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias; Defraudaçãode penhor III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado; Fraude na entrega de coisa IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém; Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as consequências da lesão ou doença, com o intuito de haver inde- nização ou valor de seguro; Fraude no pagamento por meio de cheque VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento. Fraude eletrônica Legislação 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 Tema 04 - Aula 02 10 § 2º-A. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se a fraude é cometida com a utilização de informações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio de redes sociais, contatos telefônicos ou envio de correio eletrônico frau- dulento, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo. (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021) § 2º-B. A pena prevista no § 2º-A deste artigo, considerada a relevância do re- sultado gravoso, aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado mediante a utilização de servidor mantido fora do território nacional. (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021) §3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência. Estelionato contra idoso §4º Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso. (Incluído pela Lei nº 13.228, de 2015) §5º Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) I - a Administração Pública, direta ou indireta; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) II - criança ou adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) III - pessoa com deficiência mental; ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Informativo nº 0576. Período: 5 a 19 de fevereiro de 2016. SEXTA TURMA DIREITO PENAL. AUMENTO DE PENA-BASE FUNDADO NA CONFIANÇA DA VÍTIMA NO AUTOR DE ESTELIONATO. O cometimento de estelionato em detrimento de vítima que conhecia o autor do delito e lhe depositava total confiança justifica a exasperação da pena- -base. De fato, tendo sido apontados argumentos idôneos e diversos do tipo penal violado que evidenciam como desfavoráveis as circunstâncias do crime, não há constrangimento ilegal na valoração negativa dessa circunstância judicial (HC 86.409-MS, Sexta Turma, DJe 23/10/2014). HC 332.676-PE, Rel. Min. Ericson Maranho (Desembargador convocado do TJ/SP), julgado em 17/12/2015, DJe 3/2/2016. Jurisprudência 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 11 Crimes em Espécie ALVES, Jamil Chaim. Manual de Direito Penal – Parte Geral e Especial. Salvador: Juspodivm, 2019. BRASIL. Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940. Código Penal. Brasília, DF. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado. htm>. Acesso em: 19/05/2020. BRASIL. Decreto-Lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941. Código de Processo Penal. Brasília, DF. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/ del3689.htm>. Acesso em: 19/05/2020. BRASIL. Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Bra- sília, DF. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm>. Acesso em: 19/05/2020. BRASIL. Lei nº 13.964, de 24 de dezembro de 2019. Aperfeiçoa a legislação penal e processual penal. Brasília, DF. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ ato2019-2022/2019/lei/L13964.htm>. Acesso em: 19/05/2020. BRASIL. Lei nº 14.155, de 27 de maio de 2021. Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para tornar mais graves os crimes de violação de dispositivo informático, furto e estelionato cometidos de forma eletrônica ou pela in- ternet; e o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), para definir a competência em modalidades de estelionato. Brasília, DF. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14155.htm>. Acesso em: 09/06/2021. CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Lei 1455/2021: promove alterações nos crimes de violação de dispositivo informático, furto e estelionato. Dizer o Direito, 2021. Disponí- vel em: < https://www.dizerodireito.com.br/2021/05/lei-141552021-promove-alteraco- es-nos.html#:~:text=maio%20de%202021-,Lei%2014.155%2F2021%3A%20promove%20 altera%C3%A7%C3%B5es%20nos%20crimes%20de%20viola%C3%A7%C3%A3o%20 de,dispositivo%20inform%C3%A1tico%2C%20furto%20e%20estelionato.> Acesso em: 09/06/2021. CONJUR. 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