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07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 Módulo: Crimes em Espécie 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 4 Aula 04 – Quadrilha na Lei de Drogas Lei nº 11.343, de 23 de Agosto de 2006, art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e §1º, e 34 desta Lei: Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa. Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a prática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, diversas vezes ou não, qualquer dos seguintes crimes: Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabri- car, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratui- tamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar; ou fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Segundo a jurisprudência do Tribunal de Justiça do estado de Minas Gerais, o en- quadramento do auxílio e participação no tráfico entre o delito do art. 37 e do art. 35 estaria envolto ao elemento volitivo dos agentes envolvidos, nesse sentido: A conduta de gerenciar, auxiliar e participar no tráfico de entorpecentes tipifica somente o Delito de Tráfico ou também a Associação? A solução estaria no elemento volitivo dos agentes envolvidos. Se existe um víncu- lo associativo prévio, uma estrutura organizada, com divisão de tarefas e existência de diversos membros, dedicada à prática permanente e estável do tráfico de drogas, configuraria a Associação para o Tráfico, artigo 35. Caso contrário se tal vínculo de pessoas fosse eventual, esporádico no au- xílio à mercancia, não restaria configurada a Associação, mas tão somente um concurso eventual, restando configurando o tráfico de drogas. Não se pode deixar de consignar também a figura do colaborador do artigo 37 des- de que não tenha ele qualquer envolvimento ou relação com as atividades do grupo, organização criminosa ou associação para as quais atua como informante. Se a prova indica que o agente mantém vínculo ou envolvimen- to com esses grupos, conhecendo e participando de sua rotina, bem como cumprindo sua tarefa na empreitada comum, a conduta não se subsume ao tipo do art. 37 da Lei de Tóxicos, mas sim pode configurar outras figuras penais, como o tráfico ou a associação, nas modalidades autoria e partici- pação, ainda que a função interna do agente seja a de sentinela, fogueteiro ou informante1. A maior preocupação das autoridades ao repreender pessoas que praticam qual- quer uma das ações elencadas nos arts. 33, caput e §1º, e 34, da Lei de Drogas, é a pre- servação da saúde pública. Antes mesmo de se preocupar com a saúde individual de cada usuário, o legislador entendeu que o dano à saúde pública é de maior importância, por 1 Disponível em: https://bd.tjmg.jus.br/jspui/handle/tjmg/7423. Acesse 06 de ago. de 2020. 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 https://bd.tjmg.jus.br/jspui/handle/tjmg/7423 5 Crimes em Espécie conta do risco oferecido à sociedade pelos entorpecentes. O sujeito ativo neste tipo pode ser qualquer pessoa, enquanto o passivo é primei- ramente o Estado, seguido do usuário de drogas. O elemento subjetivo presente neste crime é o dolo, exigindo-se o dolo específico, ou seja, uma finalidade especial de agir. Sendo assim, não é suficiente o mero dolo de agir conjuntamente, e sim o dolo específico de associar-se de forma estável. No crime de associação para o tráfico, é necessário que o agente possua estabi- lidade na prática criminal para que haja a configuração, pois este se trata de um crime de natureza permanente. Associação para o consumo de drogas não configura o ilícito do art. 35, que tipifica apenas a associação para a prática dos crimes previstos nos arts. 33, caput e §1º, 34 e 36 da Lei n. 11.343/2006. Todavia, dependendo da hi- pótese e, consequentemente, da interpretação que se queira dar, na “asso- ciação para consumo” um dos “associados”, ou mesmo mais de um, poderá́ estar praticando o crime previsto no art. 33, caput, da Lei n. 11.343/2006, que pune, inclusive, o fornecimento gratuito de droga ao consumo de ter- ceiro”, conforme Renato Marcão (Tóxicos: Lei 11.343, de 23 de agosto de 2006: Lei de Drogas, pág. 197). A consumação se dá com a efetiva associação, independente da prática dos de- litos supracitados. Essa associação, entretanto, deve ter um mínimo de estabilidade para que seja configurada. Trata-se de delito apenado com reclusão de 3 a 10 anos, e pagamento de 700 a 1200 dias-multa. Este artigo contém o resultado de uma pesquisa bibliográfica e jurispru- dencial sobre problemas na definição e na aplicação da pena do crime de associação para o tráfico de drogas (art. 35, Lei 11.343/2006). Iniciou-se pela comparação do tipo penal de associação para o tráfico com outras duas modalidades de associação – uma voltada para prática de crimes he- diondos, e a segunda, para a consecução de genocídio – a fim de evidenciar a discrepância existente quanto ao rigor da criminalização das modalida- des citadas. Posteriormente foi feita uma busca dos argumentos utilizados pelo TJDFT para tornar a aplicação desse tipo penal condizente com os de- mais. Para tanto, a metodologia adotada consistiu na análise dos acórdãos em que se discutiu a dosimetria da pena de julgados envolvendo o artigo 35 da Lei 11.343/06, prolatados no segundo semestre de 2015. Apesar de ter sido constatada a preocupação do Judiciário em formular uma interpre- tação desse dispositivo legal em harmonia com as demais reprimendas, essa atuação encontra limites no princípio da legalidade. Assim, concluiu- -se que, por mais engenhosas que sejam as construções argumentativas utilizadas, há uma dissonância sistêmica que se observa na prática judicial e requer soluções no plano legislativo. Leitura Complementar PARA LEITURA DO TEXTO NA ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI: 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6185702 Tema 06 - Aula 04 6 HABEAS CORPUS IMPETRADO EM SUBSTITUIÇÃO AO RECURSO PREVISTO NO ORDENAMENTO JURÍDICO. 1. NÃO CABIMENTO. MODIFICAÇÃO DE ENTENDIMENTO JU- RISPRUDENCIAL. RESTRIÇÃO DO REMÉDIO CONSTITUCIONAL. EXAME EXCEPCIONAL QUE VISA PRIVILEGIAR A AMPLA DEFESA E O DEVIDO PROCESSO LEGAL. 2. DELITO DE COLABORAÇÃO COMO INFORMANTE. ART. 37 DA LEI Nº 11.343/2006. PRESSUPOSIÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE QUALQUER OUTRO ENVOLVIMENTO COM O GRUPO, ASSOCIA- ÇÃO OU ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA.MANUTENÇÃO DE VÍNCULO. DIVISÃO DE TAREFAS. FUNÇÃO INTERNA DE SENTINELA, FOGUETEIRO OU INFORMANTE. CONFIGURAÇÃO DE TIPO PENAL MAIS ABRANGENTE. TRÁFICO OU ASSOCIAÇÃO. 3. CRIME DE ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO E DE COLABORAÇÃO COM A ASSOCIAÇÃO. ARTS. 35 E 37 DA LEI N° 11.343/2006. AGENTE QUE EXERCE FUNÇÃO DE INFORMANTE DENTRO DA ASSOCIA- ÇÃO DA QUAL PARTICIPA. CONCURSO MATERIAL. IMPOSSIBILIDADE. DUPLA APENAÇÃO INDEVIDA. PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE. 4. REGIME FECHADO. IMPOSIÇÃO LEGAL. INCONSTITUCIONALIDADE. CRIME NÃO EQUIPARADO A HEDIONDO. CONSTRANGIMEN- TO ILEGAL EVIDENCIADO. 5. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO PARA CASSAR A CONDENAÇÃO PELO DELITO DO ART. 37 DA LEI Nº 11.343/2006 E ALTERAR O REGIME DE CUMPRIMENTO DA PENA PARA O ABERTO. 1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, buscando a racionalidade do ordenamento jurídico e a fun- cionalidade do sistema recursal, vinha se firmando, mais recentemente, no sentido de ser imperiosa a restrição do cabimento do remédio constitucional às hipóteses previstas na Constituição Federal e no Código de Processo Penal. Nessa linha de evolução hermenêu- tica, o Supremo Tribunal Federal passou a não mais admitir habeas corpus que tenha por objetivo substituir o recurso ordinariamente cabível para a espécie. Precedentes. Contudo, devem ser analisadas as questões suscitadas na inicial no intuito de verificar a existência de constrangimento ilegal evidente a ser sanado mediante a concessão de habeas corpus de ofício, evitando-se prejuízos à ampla defesa e ao devido processo legal. 2. A norma in- criminadora do art. 37 da Lei nº 11.343/2006 tem como destinatário o agente que colabora como informante com grupo (concurso eventual de pessoas), organização criminosa (art. 2º da Lei nº 12.694/2012) ou associação (art. 35 da Lei nº 11/343/2006), desde que não tenha ele qualquer envolvimento ou relação com as atividades daquele grupo, organiza- ção criminosa ou associação para as quais atua como informante. Se a prova indica que o agente mantém vínculo ou envolvimento com esses grupos, conhecendo e participan- do de sua rotina, bem como cumprindo sua tarefa na empreitada comum, a conduta não se subsume ao tipo do art. 37 da Lei de Tóxicos, mas sim pode configurar outras figuras penais, como o tráfico ou a associação, nas modalidades autoria e participação, ainda que Jurisprudência 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 7 Crimes em Espécie a função interna do agente seja a de sentinela, fogueteiro ou informante. 3. O tipo penal trazido no art. 37 da Lei de Drogas se reveste de verdadeiro caráter de subsidiariedade, só ficando preenchida a tipicidade quando não se comprovar a prática de crime mais grave. De fato, cuidando-se de agente que participa do próprio delito de tráfico ou de associação, a conduta de colaborar com informações para o tráfico já é inerente aos mencionados tipos. Considerar que o informante possa ser punido duplamente, pela associação e pela colabo- ração com a própria associação da qual faz parte, além de contrariar o princípio da subsi- diariedade, revela indevido bis in idem. 4. Além de o §1º do art. 2º da Lei nº 8.072/1990 ter sido considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, o crime de associação nem sequer é equiparado a hediondo, não havendo se falar, portanto, em regime fechado decorrente de imposição legal. Fixada a reprimenda no mínimo legal, ante a inexistência de circunstâncias negativas, mostra-se adequada a aplicação do regime aberto, nos termos do que disciplina o art. 33, §2º, alínea c, do Código Penal. 4. Habeas corpus não conhecido. Ordem concedida de ofício para cassar a condenação pelo delito descrito no art. 37 da Lei nº 11.343/2006, mantendo apenas o édito condenatório pelo crime de associação, alte- rando-se, no mais, o regime de cumprimento da pena para o aberto. (HABEAS CORPUS Nº 224.849 - RJ (2011/0270747-8) RELATOR: MINISTRO MARCO AURÉLIO BELLIZZE). ALVES, Jamil Chaim. Manual de Direito Penal: Parte Geral e Parte Especial, Juspo- divm, 2020. ANDREUCCI, Ricardo Antonio. Legislação penal especial. 10. ed. São Paulo: Sarai- va, 2014, págs. 114-127 BRASIL. Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940. Código Penal. Brasília, DF. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado. htm>. Acesso em: 19/05/2020. BRASIL. Decreto-Lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941. Código de Proces- so Penal. Brasília, DF. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/ del3689.htm>. Acesso em: 19/05/2020. BRASIL. Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Bra- sília, DF. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm>. Acesso em: 19/05/2020. 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 Tema 06 - Aula 04 8 BRASIL. Lei nº 13.964, de 24 de dezembro de 2019. Aperfeiçoa a legislação penal e processual penal. Brasília, DF. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ ato2019-2022/2019/lei/L13964.htm>. Acesso em: 19/05/2020. CAROLLO, João Carlos. O Latrocínio e a Súmula 610 do STF. <http://www.cartafo- rense.com.br/conteudo/artigos/o-latrocinio-e-a-sumula-610-do-stf/6994>. Acesso em: 30/07/2020 GRECO FILHO, Vicente. Manual de processo penal. 12ª ed. São Paulo: Tirant Brasil, 2019. LIMA, Renato Brasileiro de. Legislação criminal especial comentada. 3. ed. Bahia: Editora Jus Podivm, 2015, págs. 618-626. LOPES Junior, Aury. Direito Processual Penal. – 17. ed. – São Paulo: Saraiva Edu- cação, 2020. MARCÃO, Renato. Tóxicos: Lei 11.343, de 23 de agosto de 2016: Lei de Drogas. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2014, págs. 171-177. MENDRONI, Marcelo Batlouni. Crime Organizado. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2016. NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de Direito Processo Penal. 17ª. Rio de Janeiro: Forense, 2020. ___________. Pacote Anticrime comentado. Rio de Janeiro: Forense, 2020. PACELLI, Eugenio. Curso de processo penal. 24ª ed. São Paulo: Atlas, 2020. Revista do Curso de Direito do Centro Universitário Brazcubas. PROCESSO LE- GISLATIVO E OS EFEITOS DO VÍCIO NA REDAÇÃO DA NORMA: um estudo da Lei 13.654/18 e sua (in)constitucionalidade, a partir do posicionamento do TJ/SP. < https:// revistas.brazcubas.br/index.php/revdubc/article/view/841>. Acesso em: 30/07/2020. TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo penal. 34ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012. 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8 07 62 38 92 73 8
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