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TEMA 07 -CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA - Aula II Falsidade Documental

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MÓDULO 9: CRIMES EM ESPÉCIE 
 
TEMA 7 – CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESUMO 
 
As modalidades de falsidade documental inauguram os crimes contra a fé pública, tendo o 
legislador empregado uma tipologia bastante exaustiva na previsão de suas modalidades, 
distinguindo a falsidade material (artigos 297 e 298) da ideológica (artigo 299). Com razão, ainda, 
houve por bem distinguir a falsidade que tenha por objeto material o documento público, daquela 
que se produza em documento particular. Explica-se: o documento público traz, em si, a 
presunção de veracidade, militando seu favor a chamada fé pública. 
 
Falsificação de documento de público 
 
1. Tipo Penal objetivo 
 
 O artigo 2971 estabelece o crime de falsidade de documento público. Trata-se, in casu, do crime 
de falsidade material, visto que o crime de falsidade ideológica vem previsto no artigo 299. 
 
O tipo penal prevê dois núcleos Falsificar  imitar, reproduzir, contrafazer e Alterar  modificar 
ou adulterar. Na primeira hipótese, o documento ainda não existe. Na segunda, o documento 
existe e é verdadeiro, sendo modificado pela conduta do agente. 
 
Trata-se, em síntese, de tipo penal voltado à falsificação material, ou seja, nos aspectos 
extrínsecos do documento. Por outras palavras, a falsidade recai sobre o documento em seu 
aspecto físico e não em seu conteúdo. 
 
A falsificação pressupõe o potencial de ludibriar a terceiros, colocando, assim, em risco a fé 
pública. Dessa forma, não haverá o delito se a falsificação for grosseira. 
 
 
1 Falsificação de documento público 
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. 
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por 
endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular. 
§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua 
a qualidade de segurado obrigatório;(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração 
falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração 
falsa ou diversa da que deveria ter constado. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
§ 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, 
a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
 
Aula II – Falsidade Documental 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9983.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9983.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9983.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9983.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9983.htm#art2
 
O documento público sempre tem relevância jurídica e para que assim possa ser considerado 
deve: i) proceder de funcionário público; ii) proceder de funcionário público com competência e 
atribuição sobre o documento iii) ser exigível pelo interessado. São exemplos: certidões, 
atestados, traslados, cópias autenticadas, telegramas emitidos por funcionários públicos. 
 
Considerando que a falsidade material é crime que deixa vestígios, é necessário o exame de 
corpo delito (in casu, perícia documental). 
 
A falsidade documental, no mais das vezes, não se exaure em si mesma, sendo recorrente a 
hipótese de concurso de crimes notadamente com o crime de estelionato. Nesse caso, se o falso 
se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, haverá punição apenas por este, 
conforme estabelece a Súmula 17 do STJ: “Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais 
potencialidade lesiva, é por este absorvido.”. 
 
Em havendo falsificação e uso de documento falso estar-se-á diante de crime progressivo, sendo 
punível somente pelo segundo. 
 
No § 1° o legislador estabeleceu uma causa de aumento de pena em função da condição pessoal 
do agente como funcionário público, somente tendo incidência quando a emissão do documento 
falsificado estiver entre as atribuições do funcionário. 
 
No § 2° tem-se um tipo penal explicativo fixando um grupo de documentos que, embora de 
natureza particular, dadas as suas características, foram, para fins penais equiparados aos 
públicos. Assim são considerados como públicos os documentos emanados de entidades 
paraestatais (autarquia, sociedades de economia mista, empresas públicas e fundações 
instituídas pelo poder público), título ao portador ou transmissível por endosso (cheque, 
duplicata, letra de câmbio etc.), ações de sociedade comercial (S.A.s e comandita por ações), 
livros mercantis e o testamento particular. 
 
Os § 3° e 4.° não pertencem à redação original do Código Penal, tendo sido introduzidos pela 
Lei n° 9983/2000. 
 
Genericamente trazem a previsão específica de certas hipóteses de falsidade documental 
ligadas a inserção de informações falsas em documentos aptos a produzirem efeitos em relação 
ao programa de seguridade social (v.g. Carteira de Previdência e Carteira de Trabalho). 
 
Em verdade as previsões destes dois últimos parágrafos descrevem condutas de falsidade 
ideológica e não de falsidade material. 
 
 
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2. Tipo penal subjetivo 
 
Exige-se apenas o dolo genérico, não sendo necessário nenhuma finalidade específica. 
 
3. Classificação 
 
Trata-se de crime comum (próprio na forma do §1°) formal, comissivo, de perigo abstrato e 
instantâneo. 
 
Falsificação de documento particular 
 
1. Tipo Penal objetivo 
 
O tipo penal do artigo 2982, repete os termos e a dinâmica do caput do artigo 297 (falsificação 
de documento público). 
 
Os dois delitos variam, contudo, quanto ao objeto material, o que traz reflexos nos limites em 
abstrato cominados aos crimes. Evidentemente as penas, em se tratando de documento público, 
são superiores às previstas no artigo em comento, dada a repercussão potencial que se tem 
numa e noutra situação. 
 
O tipo penal prevê dois núcleos Falsificar  imitar, reproduzir,contrafazer e Alterar  modificar 
ou adulterar. Na primeira hipótese o documento ainda não existe. Na segunda o documento 
existe e é verdadeiro, sendo modificado pela conduta do agente. 
 
Trata-se, em síntese, de tipo penal voltado à falsificação material, ou seja, nos aspectos 
extrínsecos do documento. 
 
Por documento particular deve-se entender como aquele que não emana de autoridade pública, 
nem segue formalidades legais. É necessário que o documento falsificado tenha relevância 
jurídica ou seja, potencialidade de dano em sendo falso. 
 
2. Tipo penal subjetivo 
 
Exige-se apenas o dolo genérico, não sendo necessário nenhuma finalidade específica. 
 
 
2 Art. 298. Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro: 
Pena – reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. 
 
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3. Classificação 
 
Trata-se de crime comum (próprio na forma do §1°) formal, comissivo, de perigo abstrato e 
instantâneo. 
 
Falsidade ideológica 
 
1. Tipo penal objetivo 
 
Estabelecidas as formas fundamentais da falsidade material, o legislador estabeleceu no artigo 
2993 a figura da falsidade ideológica, se distinguindo da falsidade material por que neste caso o 
que se falsifica é o teor ideativo do documento (seu conteúdo propriamente dito). Enquanto o 
documento é físico e extrinsecamente genuíno, a informação nele contida é inverídica. 
 
O tipo penal estabelece três condutas nucleares: Omitir  deixar de inserir ou não mencionar 
quando deveria e fosse da essência do documento; Inserir  colocar, introduzir (agente age 
diretamente, forma imediata); Fazer inserir  proporcionar para que se introduza (agente 
proporciona meios para que terceiro insira os dados falsos, forma mediata). 
 
Diferentemente da técnica adotada em relação à falsidade material, o legislador houve por bem 
concentrar a falsidade que recaia sobre o documento público ou particular no mesmo tipo penal, 
fazendo a distinção apenas na pena. 
 
Na conduta omissiva, o agente deliberadamente deixa de inserir no documento informação que 
lhe seria essencial. Nas condutas comissivas, faz-se a inserção do dado inverídico. 
 
Observe-se que para que haja o aperfeiçoamento do delito, é necessário que a informação seja 
relevante e substancial, de sorte que a mera irregularidade ou mentira irrelevante não configura 
o delito. 
 
O parágrafo único prevê, ainda, a causa de aumento de pena caso o agente seja funcionário 
público e a falsidade seja praticada em razão da função. A mesma causa incide quando o objeto 
do delito recair sobre assentamento de registro civil (nascimentos, casamentos, óbitos, 
 
3 Art. 299. Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa 
da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante: 
Pena – reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa, se o documento é público, e reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa, se o documento é 
particular. 
Parágrafo único. Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação é de assentamento de registro 
civil, aumenta-se a pena de sexta parte. 
 
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nacionalidade). 
 
2. Tipo penal subjetivo 
 
O crime de falsidade ideológica somente existe na forma dolosa. Exige-se, ainda, o dolo 
específico consistente na vontade de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade 
sobre fato juridicamente relevante. 
 
3. Classificação 
 
Trata-se de crime comum (próprio na forma da primeira parte do parágrafo único), formal, 
omissivo e comissivo, de perigo abstrato e instantâneo. 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
1 - “Com o advento dos modernos computadores, dos avançados softwares de gráfica, dos 
scanners e das impressoras de qualidade (jato de tinta e laser), e, mais em geral, das elevadas 
capacidades gráficas que estes conjuntos proporcionam, iniciaram a aparecer também as 
falsificações de documentos feitas através do aproveitamento dos meios digitais que, hoje, são 
poderosos, amplamente disponíveis e de uso econômico. 
 
Tais documentos falsificados são utilizados para as mais variadas finalidades, desde criação de 
empresas, abertura de contas bancárias e realização de operações comerciais ou financeiras 
(fraudulentas ou não), até a produção de provas falsas em processos judiciais. A gama de usos 
de documentos falsificados digitalmente é extremamente ampla e abrange múltiplos e 
fundamentais aspectos de segurança. (...). “ 
 
Para íntegra do texto, segue link abaixo: 
 
Falsificação de documento digital traz desafios para perícia 
 
2 – “Embora acusados não sejam obrigados a produzir provas contra si, a condenação por 
falsificação de documento público independe de exame grafotécnico quando outros elementos 
nos autos comprovam a autoria. Assim entendeu o Tribunal de Justiça de Minas Gerais ao 
condenar uma vereadora de Estrela do Sul (MG) por falsificar um certificado de conclusão 
escolar. A decisão foi mantida pelo Superior Tribunal de Justiça. 
 
Em segundo grau, a ré alegava que a sentença não poderia ter confirmado sua participação, pois 
ela se recusou a ter a escrita analisada. "Não se olvida que a acusada não é obrigada a produzir 
provas contra si. No entanto, em confronto com os demais elementos de provas constantes dos 
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https://www.conjur.com.br/2017-nov-22/parodi-falsificacao-documento-digital-traz-desafios-pericia
autos, já suficientes à convicção deste julgador, a recusa da ré causa, no mínimo, estranheza, 
de sorte que, in casu, se inocente, não teria qualquer problema em provar sua inocência através 
da realização da perícia", diz o acórdão do TJ-MG. (...)” 
 
Para íntegra do texto, segue link abaixo: 
 
Ré que recusa exame grafotécnico não impede processo por falsificação 
 
 
JURISPRUDÊNCIA 
 
PENAL E PROCESSO PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. FALSIFICAÇÃO E USO DE 
DOCUMENTO FALSO. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. INOCORRÊNCIA. VIOLAÇÃO AO 
PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ. INOCORRÊNCIA. IMPROCEDÊNCIA DA 
ACUSAÇÃO. DESCABIMENTO. ATENUANTE PREVISTA NO ART. 65, III, 'a'. 
INAPLICABILIDADE. REVISÃO DO QUANTUM DA REPRIMENDA. POSSIBILIDADE. APELO 
PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. 1. Trata-se de 
apelação criminal interposta contra sentença proferida pelo d. Juiz de Direito da Vara Única da 
Comarca de Umirim, o qual julgou procedente o pedido contido na denúncia e condenou o réu 
como incurso nas sanções previstas nos arts. 304 c/c 297, caput, ambos do Código Penal 
Brasileiro. 2. A lei não exige exaustivo arrazoado na motivação da sentença, porquanto o que 
não se admite, sob pena de violação do disposto no art. 93, IX, da CF, é a falta absoluta de 
fundamentação, sendo que sua forma concisa ou deficiente não tem o condão de anular o 
decisum. 3. O e. Supremo TribunalFederal decidiu que o princípio da identidade física do Juiz 
não é absoluto, devendo ser mitigado sempre que a sentença proferida por Juiz que não presidiu 
a instrução criminal seja correlata com as provas produzidas pelo magistrado que a conduziu. 4. 
Descabido o argumento de improcedência da acusação, vez que os argumentos trazidos pelo 
recorrente quanto à não comprovação da prática da falsificação do documento, bem como da 
ausência de dolo face ao uso do mesmo não subsistem, ante a farta provida trazida aos autos. 
5. A atenuante prevista no art. 65, III, a, do CPB somente é aplicável quando o crime for, de fato, 
cometido por relevante valor social ou moral, o que não se comprovou no caso em deslinde. 6. 
Não haverá concurso de crimes, aplicando-se aqui, o raciocínio relativo ao antefato impunível, 
devendo o uso de documento falso (crime-fim) absorver o crime meio (falsificação de 
documento). Assim, mister se faz decotar a pena fixada pelo d. Juiz de planície, excluindo-se 
aquela cominada ao crime de falsificação. 6. Recurso conhecido e parcialmente provido, no 
sentido de redimensionar a represália aplicada ao réu, que resta fixada em 2 (dois) anos de 
reclusão e no pagamento de 5 (cinco) dias-multa. Determino a substituição da pena privativa de 
liberdade por duas penas restritivas de direito, ex-vi do art. 44, § 2º, do CPB. ACÓRDÃO: Vistos, 
relatados e discutidos estes autos, acorda a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado 
do Ceará, por unanimidade, em conhecer do recurso de apelação interposto, para DAR-LHE 
PARCIAL PROVIMENTO, reformando a sentença vergastada, nos precisos termos alinhados no 
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https://www.conjur.com.br/2017-jan-30/recusa-exame-grafotecnico-nao-impede-processo-falsificacao
voto do Relator. Fortaleza, 31 de outubro de 2017 DES. FRANCISCO LINCOLN ARAÚJO E 
SILVA Presidente do Órgão Julgador DES. JOSÉ TARCÍLIO SOUZA DA SILVA Relator (TJ-CE 
- APL: 00022348120118060177 CE 0002234-81.2011.8.06.0177, Relator: JOSÉ TARCÍLIO 
SOUZA DA SILVA, 3ª Câmara Criminal, Data de Publicação: 31/10/2017). 
 
DECISÃO: Acordam os Desembargadores integrantes da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de 
Justiça do Estado do Apelação Crime nº 1.217.476-0. EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL - 
ABUSO DE INCAPAZES E FALSIDADE IDEOLÓGICA (ARTS. 173 E 299 DO CP)- SENTENÇA 
ABSOLUTÓRIA - RECURSO APRESENTADO PELO ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO - 1. 
INVIABILIDADE DO EMPREGO DA EMENDATIO LIBELLI AO CASO (ART. 383 DO CPP)- 
DESCRIÇÃO DO FATO 1 QUE NÃO COMPORTA A NOVA CAPITULAÇÃO JURÍDICA 
PRETENDIDA - 2. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DE UM DECRETO CONDENATÓRIO - 
INSERÇÃO DE DECLARAÇÃO FALSA EM LAUDO PSICOLÓGICO - DOLO NÃO 
DEMONSTRADO - AUSÊNCIA DE PROVAS DE QUE AS AGENTES ABUSARAM E 
INDUZIRAM OS MENORES A RELATAR SUPOSTA VIOLÊNCIA SEXUAL, COM O INTUITO 
DE AUFERIR VANTAGEM PATRIMONIAL INDEVIDA - ATIPICIDADE DA CONDUTA - 
RECURSO DESPROVIDO. 1. Tendo em vista que a descrição fática trazida no fato 1 não 
comporta a nova capitulação jurídica pretendida, qual seja, a prevista no art. 339 do CP 
(denunciação caluniosa), Apelação Crime nº 1.217.476-02o pleito de aplicação da emendatio 
libelli deve ser afastado. 2. Inexistindo provas suficientes da materialidade delitiva quanto aos 
crimes de abuso de incapaz (art. 173 do CP) e falsidade ideológica (art. 299 do CP), não é 
possível acolher o pleito condenatório. 3. "Para a configuração do crime previsto no art. 299 do 
CP, exigem-se além do dolo genérico, o especial fim de agir que se revela na intenção de 
prejudicar direito, produzir obrigação ou modificar a verdade sobre fato juridicamente relevante. 
A ausência de prova do dolo específico importa na atipicidade da conduta" (TJPR - 3ª C.Criminal 
- AC 0653307-3 - Mandaguari - Rel.: Juiz Subst. 2º G. Jefferson Alberto Johnsson - Unânime - J. 
05.05.2011). 4. O delito do art. 173 do CP exige que o ato praticado deva ser capaz de produzir 
efeito jurídico em relação ao patrimônio da vítima ou de terceira pessoa, no qual o efeito jurídico 
pretendido pelo abusador deve estar relacionado com a esfera patrimonial do abusado, o que 
não ocorre nos presentes autos. (TJPR - 2ª C.Criminal - AC - 1217476-0 - Curitiba - Rel.: Luís 
Carlos Xavier - Unânime - - J. 06.04.2017) (TJ-PR - APL: 12174760 PR 1217476-0 (Acórdão), 
Relator: Luís Carlos Xavier, Data de Julgamento: 06/04/2017, 2ª Câmara Criminal, Data de 
Publicação: DJ: 2017 27/04/2017). 
 
 
 
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