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LICENÇA AMBIENTAL

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LEGISLAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTALLEGISLAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
AVALIAÇÃO, LICENÇAS,AVALIAÇÃO, LICENÇAS,
PROJETOS E CERTIFICAÇÃOPROJETOS E CERTIFICAÇÃO
AMBIENTALAMBIENTAL
Autor: Esp. Carolina Braz Pimentel
Revisor : Suely Medeiros de Onofr io Gama
IN IC IAR
introdução
Introdução
A necessidade de práticas voltadas para a preservação do meio ambiente é
  indispensável, sendo assim, nossa legislação traz uma série de normas de
natureza obrigatória. Contudo, elas não são su�cientes para garantir a
sustentabilidade de nosso país, de modo que a educação é essencial, bem
como outras formas de incentivo a adoção de boas práticas para produção e
consumo.
Nesta unidade, estudaremos várias ferramentas que traçam diretrizes para
garantir a e�ciência na preservação ambiental, começaremos com aquelas
que são obrigatórias por força de lei: O Estudo de Impacto Ambiental e o
Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) e o Licenciamento Ambiental, e
passaremos para as iniciativas com caráter voluntário: Educação Ambiental e
as Certi�cações Ambientais, que fomentam boas práticas para a população,
empresas e permitem uma produção e consumo consciente.
O Programa Nacional de Meio Ambiente (PNMA) de 1981 estabeleceu diversos
instrumentos para sua ampla implementação e e�ciência, que podem ser
observado no quadro à seguir:
Avaliação de ImpactoAvaliação de Impacto
Ambiental e EIA/RIMAAmbiental e EIA/RIMA
Quadro 1.1 - Instrumentos da PNMA.
Fonte: Política Nacional do Meio Ambiente de 1981.
Neste Capítulo, vamos tratar mais especi�camente sobre a Avaliação de
Impacto Ambiental, seus critérios, implicações e os empreendimentos sujeitos
I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;
II - o zoneamento ambiental;
III - a avaliação de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou
potencialmente poluidoras;
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação
ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade
ambiental;
VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo
Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de
proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas
extrativistas;
VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de
Defesa Ambiental;
IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não
cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da
degradação ambiental;
X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser
divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA;
XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio
Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzí-las, quando
inexistentes;
XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente
poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais;
XIII - instrumentos econômicos, como concessão �orestal, servidão
ambiental, seguro ambiental e outros.
à ela e como elaborar um Estudo de Impacto Ambiental, EIA, e Relatório de
Impacto Ambiental, RIMA.
A Avaliação de Impacto Ambiental como
Instrumento da PNMA
Para ampla e assertiva interpretação, o CONAMA, por meio da Resolução
CONAMA 001/86, de�ne impacto ambiental como:
“ (...) qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e
biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de
matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta
ou indiretamente, afetam:
I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
II - as atividades sociais e econômicas;
III - a biota;
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V - a qualidade dos recursos ambientais.” (CONAMA, 1986, on-line)
A de�nição dos impactos ambientais se faz importante, uma vez que para
avaliar se ele está ocorrendo, é preciso que hajam critérios estabelecidos para
sua identi�cação.
Considerando o contexto histórico em torno da criação da PNMA de 1981,
onde o Brasil estava começando a participar ativamente dos movimentos
ambientalistas mundiais e se mostrando pioneiro na legislação ambiental com
a criação de um artigo especí�co sobre meio ambiente em sua Constituição
Federal de 1988, o Artigo 225, proteger os territórios do crescimento
econômico desenfreado, se mostrou uma necessidade e um desa�o
compatibilizar desenvolvimento sustentável e econômico.
Nesse âmbito, a Avaliação de Impacto Ambiental se mostrou um dos mais
importantes instrumentos da PNMA, ao estabelecer critérios para a
elaboração de projetos e empreendimentos potencialmente poluidores, que
poderiam causar danos à natura devido sua operação ou devido a construção
das instalações.
Desse modo, a Resolução CONAMA 001/86 de�ne os empreendimentos
sujeitos à Avaliação de Impacto Ambiental, conforme o quadro abaixo:
Quadro 1.2 - Empreendimentos sujeitos à Avaliação de Impacto Ambiental.
Fonte: Resolução CONAMA 001/1986.
I - Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;
II - Ferrovias;
III - Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos;
IV - Aeroportos;
V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários
de esgotos sanitários;
VI - Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV;
VII - Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como:
barragem para �ns hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou
de irrigação, abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação,
reti�cação de cursos d'água, abertura de barras e embocaduras,
transposição de bacias, diques;
VIII - Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão);
IX - Extração de minério, inclusive os da classe II, de�nidas no Código
de Mineração;
X - Aterros sanitários, processamento e destino �nal de resíduos
tóxicos ou perigosos;
Xl - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de
energia primária, acima de 10MW;
XII - Complexo e unidades industriais e agro-industriais
(petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool,
hulha, extração e cultivo de recursos hídricos);
XIII - Distritos industriais e zonas estritamente industriais - ZEI;
XIV - Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima
de 100 hectares ou menores, quando atingir áreas signi�cativas em
termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental;
XV - Projetos urbanísticos, acima de 100ha. ou em áreas consideradas
de relevante interesse ambiental a critério da SEMA e dos órgãos
municipais e estaduais competentes;
XVI - Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade
superior a dez toneladas por dia.
Em resumo, qualquer empreendimento que promova grande modi�cação no
meio ambiente está sujeita à avaliação e aos critérios estabelecidos tanto na
PNMA quanto na Resolução CONAMA 001/86. A seguir, veremos como o
Estudo de Impacto Ambiental deve ser conduzido, bem como seu Relatório de
Impacto Ambiental.
Aplicação do EIA/RIMA de Acordo com a
CONAMA 001/86
Ao ser inserida na Política Nacional do Meio Ambiente como um de seus
instrumentos, a Avaliação de Impacto Ambiental precisou de novas resoluções
para ser, de fato, implementada. É o caso da Resolução CONAMA 001 de 1986,
que tem como objetivo principal, estabelecer “de�nições, responsabilidades,
critérios básicos e diretrizes gerais para sua implementação.” (CONAMA, 1986,
online)
Estudo de Impacto Ambiental, EIA
Após conhecer quais empreendimentos modi�cadores do meio ambiente
estão sujeitos à Avaliação de Impacto Ambiental, é necessário conhecer quais
as diretrizes do Estudo de Impacto Ambiental, EIA, apresentadas pela
Resolução CONAMA 001/86 da seguinte maneira:
Quadro 1.3 - Diretrizes do Estudo de Impacto Ambiental.
Fonte: Resolução CONAMA 001/1986.
Pode ocorrer também alguns critérios especí�cos de acordo com a região.
Nesses casos, é responsabilidade do IBAMA ou do respectivo município
de�nir e divulgar as diretrizes adicionais.
O EIA será realizado por uma equipe compostapor pessoas com múltiplos
conhecimentos e com habilitação para se responsabilizar tecnicamente pelo
estudo. Esta equipe é independente dos idealizadores do projeto do
empreendimento, porém os custos provenientes do estudo são de
responsabilidade dos mesmos. Os técnicos deverão desenvolver as seguintes
atividades, de acordo com o CONAMA (1986):
Diagnóstico ambiental da área de in�uência do projeto, completa
descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, tal
como existem, de modo a caracterizar a situação ambiental da área,
antes da implantação do projeto, considerando:
● o meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os
recursos minerais, a topogra�a, os tipos e aptidões do solo, os corpos
d'água, o regime hidrológico, as correntes marinhas, as correntes
atmosféricas;
I - Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização de
projeto, confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto;
II - Identi�car e avaliar sistematicamente os impactos ambientais
gerados nas fases de implantação e operação da atividade ;
III - De�nir os limites da área geográ�ca a ser direta ou indiretamente
afetada pelos impactos, denominada área de in�uência do projeto,
considerando, em todos os casos, a bacia hidrográ�ca na qual se
localiza;
lV - Considerar os planos e programas governamentais, propostos e
em implantação na área de in�uência do projeto, e sua
compatibilidade.
● o meio biológico e os ecossistemas naturais - a fauna e a �ora,
destacando as espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor
cientí�co e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas de
preservação permanente;
● o meio socioeconômico – o uso e ocupação do solo, os usos da
água e a sócio-economia, destacando os sítios e monumentos
arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as relações de
dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a
potencial utilização futura desses recursos.
Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas,
através de identi�cação, previsão da magnitude e interpretação da
importância dos prováveis impactos relevantes, discriminando: os
impactos positivos e negativos (bené�cos e adversos), diretos e
indiretos, imediatos e a médio e longo prazos, temporários e
permanentes; seu grau de reversibilidade; suas propriedades
cumulativas e sinérgicas; a distribuição dos ônus e benefícios sociais.
De�nição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre
elas os equipamentos de controle e sistemas de tratamento de
despejos, avaliando a e�ciência de cada uma delas.
Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento dos
impactos positivos e negativos, indicando os fatores e parâmetros a
serem considerados. (CONAMA, 1986, online)
Ao �nal do estudo, um relatório deverá ser elaborado e divulgado para os
órgãos responsáveis, IBama, SISNAMA, Municípios, entre outros, como será
visto à seguir.
Relatório de Impacto Ambiental, RIMA
Para demonstrar o planejamento, execução, resultados e evidências do
Estudo de Impacto Ambiental, EIA, os empreendimentos sujeitos à ele devem
confeccionar o Relatório de Impacto Ambiental, RIMA. O CONAMA, em sua
resolução de 1986, de�ne o que deve constar no RIMA, como visto abaixo:
Quadro 1.4 - Conteúdo do Relatório de Impacto Ambiental.
Fonte: Resolução CONAMA 001/1986.
Para assegurar o amplo entendimento do relatório, o mesmo deve ser
apresentado com linguagem acessível e com elementos que contribuam para
sua correta interpretação, como grá�cos, mapas, desenhos, entre outros
I - Os objetivos e justi�cativas do projeto, sua relação e
compatibilidade com as políticas setoriais, planos e programas
governamentais;
II - A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e
locacionais, especi�cando para cada um deles, nas fases de
construção e operação a área de in�uência, as matérias primas, e
mão-de-obra, as fontes de energia, os processos e técnica
operacionais, os prováveis e�uentes, emissões, resíduos de energia, os
empregos diretos e indiretos a serem gerados;
III - A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambiental da
área de in�uência do projeto;
IV - A descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e
operação da atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os
horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os
métodos, técnicas e critérios adotados para sua identi�cação,
quanti�cação e interpretação;
V - A caracterização da qualidade ambiental futura da área de
in�uência, comparando as diferentes situações da adoção do projeto e
suas alternativas, bem como com a hipótese de sua não realização;
VI - A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas
em relação aos impactos negativos, mencionando aqueles que não
puderam ser evitados, e o grau de alteração esperado;
VII - O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;
VIII - Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e
comentários de ordem geral).
complementos visuais. É imprescindível que �que explícito as consequências
ambientais decorrentes da implementação do projeto.
Cabe aos órgãos responsáveis pela avaliação do RIMA estabelecer os prazos
para fornecer um parecer em relação ao relatório, que deverá ser
disponibilizado para a sociedade e entregue especi�camente para as partes
diretamente interessadas. A versão pública do relatório deve respeitar o
segredo industrial da proponente do projeto.
praticar
Vamos Praticar
saiba mais
Saiba mais
A Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo, CETESB, com base na Política Nacional
do Meio Ambiente, PNMA, e na Resolução do
CONAMA 001/86, elaborou um manual para
auxiliar quem deseja elaborar Estudos
Ambientais e Licenciamento com Avaliação
de Impacto Ambiental.
Con�ra o manual da CTESB para saber mais
sobre o procedimento.
Fonte: Elaborado pelo autor.
ACESSAR
https://www.cetesb.sp.gov.br/licenciamento/dd/DD-217-14.pdf
A Avaliação de Impacto Ambiental se mostrou um dos mais importantes
instrumentos da PNMA, ao estabelecer critérios para a elaboração de projetos e
empreendimentos potencialmente poluidores, que poderiam causar danos à natura
devido sua operação ou devido a construção das instalações. Em relação aos
empreendimentos sujeitos à avaliação, assinale a alternativa correta:
a) Todos empreendimentos devem realizar Avaliação de Impacto Ambiental.
b) Para construir uma casa é necessário fazer a Avaliação de Impacto
Ambiental.
c) No Brasil, os empreendimentos não precisam de Avaliação de Impacto
Ambiental.
d) Empreendimentos tendenciosamente poluidores e que modi�cam o
ambiente devem fazer a avaliação.
e) Para obter licença ambiental é necessário apenas pagar uma taxa.
Dando sequência ao estudo, neste tópico estudaremos outra ferramenta
pertencente a Política Nacional do Meio Ambiente, prevista em seu Art. 9: “o
licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras”
(BRASIL, 1981), ele acontece após a conclusão do EIA/RIMA.
Conceitos e Objetivos
O Art.10 da Lei nº 6.938 destaca a necessidade do licenciamento para a
realização de atividades que impactem ou que se relacionem com o Meio
Ambiente, como vemos no quadro abaixo:
Licenciamento AmbientalLicenciamento Ambiental
Art. 10.  A construção, instalação, ampliação e funcionamento de
estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais,
efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma,
de causar degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento
ambiental.
§ 1 Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva
concessão serão publicados no jornal o�cial, bem como em periódico
regional ou local de grande circulação, ou em meio eletrônico de
comunicação mantido pelo órgão ambiental competente.
Quadro 1.5 - Necessidade de Licenciamento da Lei 6.938 (31/08/1981).
Fonte: BRASIL. Lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981: Política Nacional do Meio
Ambiente. Disponível em: < http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?
codlegi=313 > Acessoem: 09 jan 2020.
Podemos entender o licenciamento ambiental como o mecanismo utilizado
para que o Poder Público por meio dos órgãos especí�cos concede a
localização, instalação, implantação e a operação de organizações e atividades
que utilizem recursos naturais   e que podem causar potenciais danos
ambientais. No processo de licenciamento ambiental é realizado análises do
cumprimento de normas estabelecidas na legislação. Já a licença ambiental é
documento emitido que pelo órgão público que autoriza a atividade e/ou
funcionamento da organização. O registro, licença ambiental, é um
documento que possui prazo de validade e dá a oportunidade de livre
atuação para o empreendimento, desde que sejam atendidas e respeitadas as
normas técnicas e a legislação ambiental. A licença pode ser cassada a
qualquer maneira, desde que identi�cadas o descuprimento dos elementos
pré determinados (STEIN, 2017).
Tipos de Licenciamento Ambiental
O Poder Executivo é o responsável pela concessão do licenciamento
ambiental, que possuem vários tipos, conforme exposto na Resolução do
CONAMA nº237/1997, art 8º - precedida pelo Decreto nº 99.274, de 6 junho de
o 
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=313
1990, art. 19 e que aborda o sistema de licenciamento ambiental (BRASIL,
1997).
Segundo a resolução, são tipos de Licenças Ambientais:
Licença Prévia (LP): É o tipo de licença atribuída para quando a
organização está em fase de planejamento e concepção de
funcionamento e operação. A LP declara a viabilidade do projeto
mediante o cumprimento das normas, inclusive nas fases posteriores
para implementação da atividade.
Licença de Instalação (LI): É o tipo de licença concedida que permite
que uma empresa ou organização se instale em um determinado
local de acordo com normas estabelecidas, como: aprovação de
projetos e programadas, medidas de controle ambiental entre
outros.
Licença de Operação (LO): É o tipo de licença concedida como
consequência do cumprimento dos requisitos das licenças
anteriores. Declara que a organização está autorizada a funcionar e
operar.
saiba mais
Saiba mais
O CONAMA é o Conselho Nacional do Meio
Ambiente e é um órgão que possui
característica consultiva e deliberativa. O
CONAMA faz parte do SISNAMA (Sistema
Nacional do Meio Ambiente). O Conselho é
composto por representantes do Poder
Público (União, Estados e Municípios), Setor
Empresarial e Sociedade Civil.
Conheça mais sobre o conselho na página do
CONAMA.
ACESSAR
http://www2.mma.gov.br/port/conama/
Quadro 1.6 - Prazos das Licenças Ambientais.
Fonte: Elaborado pelo autor.
Etapas do Processo de Licenciamento
Ambiental
As fases e etapas do processo de licenciamento ambiental estão previstas na
Resolução nº 237/1997 do Conselho Nacional do Meio Ambiente e estão
descritas no quadro abaixo:
Prazos das Licenças Ambientais
Licença Prévia
(LP)
Licença de
Instalação (LI)
Licença de Operação
Não superior a 5
anos
Não superior a 6 anos
Mínimo 4 e Máximo 10
anos
Quadro 1.7 - Etapas do Processo de Licenciamento Ambiental.
Fonte: CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução CONAMA Nº 237
de 19 de dezembro de 1997 . Disponível em <
Etapas do processo de Licenciamento Ambiental
I - O órgão especí�co responsável pela concessão da licença de�nirá os
documentos, projetos e estudos ambientais que serão necessários
para dar início ao procedimento
II - O Empreendedor/Empresário deverá fazer a solicitação da licença
ambiental, em posse dos documentos, projetos e estudos ambientais
que forem necessários.
III - O órgão pertencente ao SISNAMA e responsável pela concessão da
licença fará a análise dos documentos entregues e realizará visita
técnica, quando for o caso
IV - O órgão ambiental fará a solicitação de mais informações ou
complementações do projeto
V -  Realização de audiência pública caso for pertinente e estar previsto
em regulamentação
VI - Solicitações de informações e esclarecimentos por parte do órgão
ambiental após a ocorrência de audiências públicas, quando for o
caso.
VII - O órgão ambiental emitirá um parecer técnico concluindo o
procedimento de licenciamento ambiental e se for necessário também
o parecer jurídico.
VIII - O órgão ambiental declarará o pedido de licença ambiental como
deferido ou indeferido.
http://www.icmbio.gov.br/cecav/images/download/CONAMA%20237_191297.pdf
>. Acesso em 18 jan. 2020.
Stein (2017) destaca que os principais documentos solicitados durante o
processo de licenciamento ambiental são: Requerimento ambiental, registro
pessoa física ou jurídica, cópia da última licença (se houver), formulários
especí�cos e   comprovante de pagamento da taxa de licenciamento
ambiental.
praticar
Vamos Praticar
“(...) A licença, portanto, é o procedimento que tramita no Poder Executivo (dentro
dos órgãos ambientais com jurisdição sobre a área de impacto da obra ou
empreendimento), que deve seguir os requisitos constitucionais de todo
procedimento: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade e Publicidade”.
FELIPE, Julis Orácio. Prática do Licenciamento Ambiental. 2017
De acordo com os conceitos de licenciamento ambiental, assinale a alternativa
correta:
a) A Licença de Operação (LP) é a última dos tipos de licença e seu prazo é de
tempo indeterminado.
b) O órgão responsável pelo julgamento de capacidade de concessão das
licenças ambientais é o Poder Judiciário.
c) O documento que regulamentou o processo e sistema de licenciamento
ambiental foi a Resolução nº 237/1997 do CONAMA (Conselho Nacional do
Meio Ambiente)
http://www.icmbio.gov.br/cecav/images/download/CONAMA%20237_191297.pdf
d) O processo de licenciamento ambiental não prevê uma etapa onde o
Poder Público, por meio dos órgãos competentes possam tirar dúvidas ou
solicitar esclarecimentos com o solicitante da licença.
e) Uma vez que for concedida a licença ambiental ela não poderá mais ser
suspensa ou negada ao proprietário do empreendimento ou organização.
Vivemos um período em que a informação é compartilhada constantemente,
seja em redes sociais, através de mídias virtuais ou físicas, e de qualquer
forma podemos ter acesso a uma imensidão de conteúdo que contribua com
a aquisição de conhecimentos que nos ajudem a compreender o meio
ambiente, mesmo que de forma super�cial, ou seja, sabemos de sua
existência e do que pode ser feito para contribuir com sua melhoria ou
manutenção para evitar que o prejudiquemos.
Projetos de EducaçãoProjetos de Educação
AmbientalAmbiental
Figura 4.1 - Meio ambiente
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/conceito-de-eco-com-as-maos-
segurando-plantas-
pequenas_2176688.htm#page=1&query=ambiental&position=3
Ainda assim, é possível observar ações que depredam o meio ambiente,
jogando um papel de bala enquanto caminha ao trabalho, uma folha de papel
onde o rabisco não deu certo que é arremessada para fora da janela do carro,
alguns minutos (ou horas!) varrendo a calçada usando água da mangueira,
são apenas alguns exemplos que nos mostram o quanto contribuímos em
prejudicar o meio ambiente, mesmo já informados inúmeras vezes para evitar
esse tipo de ação.
A educação ambiental tem o importante papel de contribuir com a construção
de uma conscientização ambiental nas pessoas, incluindo nas escolas
conteúdos que orientem os jovens sobre o papel e responsabilidade que cada
ser humano tem com seus atos, criando conteúdos que possam ser
disseminados na sociedade, incentivando pro�ssionais para que se capacitem
sobre o assunto, dentre muitas outras, incluindo-se a realização de ações e
projetos ambientais.
Quando pensamos em ações ambientais que contribuam com educação
ambiental, podemos citar uma ação de re�orestamento de determinada área,
uma campanha para evitar o desperdício de água, um mutirão para a
separação de lixo reciclável, onde todas são ações pontuais que contribuem
https://br.freepik.com/fotos-gratis/conceito-de-eco-com-as-maos-segurando-plantas-pequenas_2176688.htm#page=1&query=ambiental&position=3
com a educação ambientalde forma especí�ca, ou seja, para alguma ação
que contribua, mas que se �nda no momento em que a ação se encerra. É um
movimento de importante contribuição com o meio ambiente, mas que por
ser pontual precisa de um incentivo maior.
Quando falamos sobre projetos de educação ambiental precisamos re�etir
um pouco mais sobre o que um projeto aborda, ou pretende contribuir com
este tipo de temática educacional. Retirar lixo de rios e praias para contribuir
com a limpeza das águas é uma ação de educação ambiental, não um projeto
de educação ambiental, por ser especí�co e resolvido com a ação de limpeza,
mas que conforme passar o tempo outras pessoas passarão por esses rios e
praias e deixarão seu lixo, cada um "contribuindo" com uma bituca de cigarro,
uma embalagem de alimento, uma tampa de garrafa, um pedaço de vidro, e
muitos outros dejetos que irá tornar este rio ou esta praia ao estado que
motivou a realização da ação de limpeza, ou seja, imundo.
Um projeto de educação ambiental requer a abordagem, em seu contexto, de
uma sensibilização, conscientização e preocupação para que as pessoas
possam compreender os motivos em ter que se auto alertarem sobre a
degradação e exploração do meio ambiente, as tornando agentes de
transformação, preocupadas com o meio onde vivem, assumindo seu papel
na transformação do mundo.
Projetos
Conforme Carvalho (2015), o projeto pode ser entendido como um processo
único, que contém atividades e operações coordenadas e controladas, com
datas de início e término, visando alcançar um único objetivo. Para o alcance
deste objetivo é necessário que se de�na o que será, como vai ser, restrições
de custo, tempo e recursos materiais e recursos humanos.
Diante do conceito de projetos, atrelado aos projetos voltados à Educação
Ambiental, salienta-se que para sua construção devem ser elaborados, não
obrigatoriamente, seguindo algumas vertentes, conforme orientações do
roteiro para elaboração de projetos ambientais, do Estado de São Paulo
(2013):
Incentivo à participação comunitária ativa;
Fortalecimento da cidadania;
Compreensão do meio ambiente e suas relações histórica, legais,
políticos, sociais, econômicos, culturais, cientí�cos, tecnológicos e
éticos;
Desenvolvimento de programas integrados ao ecoturismo, mudanças
climáticas, zoneamento ambiental;
Incentivo a adoção de práticas sustentáveis;
Promoção da comunicação e cooperação às redes de educação
ambiental;
Compartilhamento de informações acerca da educação ambiental;
Fortalecimento do apoio às áreas de preservação
Mobilização de comunidades em áreas de risco ambiental para seu
desenvolvimento;
Dentre outros.
A seguir é possível encontrar algumas informações sobre projetos
relacionados à Educação Ambiental, sendo por iniciativa pública ou privada,
compostos pela temática ambiental garantindo sua contribuição efetiva com a
conscientização e sensibilização da sociedade a quem alcança e se direciona.
Projeto Salas Verdes: é um projeto do Ministério do Meio Ambiente,
cujo objetivo é de inserir nas escolas espaços que contribuam com o
desenvolvimento de atividades educacionais voltada ao tema
socioambiental e cultural, estimulando a discussão sobre o assunto
para levar informação às pessoas.
saiba mais
Saiba mais
O projeto Salas Verdes, do Ministério do Meio
Ambiente, tem uma página onde é possível
mapear todas as Salas Verdes existentes,
assim como outras informações relevantes
que contribuem para a compreensão e
execução do projeto.
Fonte: Elaborado pelo autor.
ACESSAR
Unidade Móvel de Educação Ambiental: a Unidade Móvel realiza
atividades com o objetivo de sensibilizar os cidadãos sobre questões
ambientais, levando informação e orientações sobre a preservação e
o não desperdício de água, assim como a importância da segregação
e redução dos resíduos no dia a dia (PREFEITURA DE MARINGÁ, Portal
do Meio Ambiente. SEMA - Unidade Móvel de Educação Ambiental,
2020, on-line).
Horta Orgânica nas Escolas: uma forma de incentivar a educação
ambiental em escolas é com a construção de uma horta orgânica,
para que as crianças possam ter contato com a natureza realizando o
plantio e aprendendo sobre adubo com restos e cascas de alimentos,
para reaproveitando do que seria lixo. Este incentivo contribui com a
educação ambiental, além de que os alimentos cultivados podem ser
consumidos nas refeições das crianças, que poderão ver os
resultados de seu trabalho.
Outras iniciativas podem, e devem, ser incentivadas para a construção de um
mundo melhor, mas somente com a contribuição na elaboração de projetos é
que se torna possível a sensibilização com a preocupação com o meio
ambiente, disseminando conhecimento e incentivando que cada vez mais as
http://salasverdes.mma.gov.br/
pessoas se comprometam com o meio ambiente, se tornando agentes de
transformação capazes de melhorar e cuidar de nosso planeta.
praticar
Vamos Praticar
"O Projeto Escola: Ambiente Sustentável tem como objetivo estar na escola uma vez
no mês, realizando atividades com diferentes turmas sem ferir o projeto político-
pedagógico[...] no início do ano letivo é feita uma reunião entre escola e
universidade com a �nalidade de estabelecer quais serão as atividades
desenvolvidas. Toda atividade é relacionada a um tema importante para a escola
naquele mês [...]"
EFÍSIO, Lucas Alves Emanoel. Projeto Escola Ambiente Sustentável:
Trabalhando Educação Ambiental em uma escola de Juiz de Fora.
Disponível em <
http://www.ufjf.br/engsanitariaeambiental/�les/2014/02/TCC-11-12-
2018.pdf >. Acesso em 14 jan. 2020
De acordo com projetos de educação ambiental estudadas neste tópico, assinale a
alternativa correta.
a) Um projeto é quando se realiza uma ação especí�ca para contribuir com a
conscientização da comunidade.
b) Os projetos, não exclusivamente, mas podem contribuir com o incentivo à
adoção de práticas sustentáveis.
c) Retirar lixos de um rio com uma equipe de voluntários é um projeto
relevante para apoio ao meio ambiente.
d) Projetos de educação ambiental só podem ser criados e executados pelo
Poder Público, com apoio da comunidade onde será aplicado.
http://www.ufjf.br/engsanitariaeambiental/files/2014/02/TCC-11-12-2018.pdf
e) A comunicação dos projetos de educação ambiental é de responsabilidade
do poder público, cujo objetivo é a divulgação de tudo que envolve o meio
ambiente.
Certi�cação pode ser de�nido como a atividade em que uma parte
independente, ou seja um terceiro não relacionado a entidade que será
certi�cada, avalia se o alvo atende aos requisitos pré-determinados em
normas técnicas (ABNT, on-line).
As certi�cações são vantajosas tanto para as empresas que querem melhorar
seus processos e precisam de um direcionamento, como para os
consumidores que através das certi�cações podem optar por empresas que
atuam de forma considerada importantes para eles.
ISO 14.001
O termo ISO signi�ca, na língua portuguesa: Organização Internacional de
Normalização, ela é responsável por criar normas técnicas fundamentadas
em princípios aceitos mundialmente com o objetivo de ser uma ferramenta
que possa servir de referência, para: Segurança, Proteção de dados, Controle
de Variedade, Proteção Ambiental, Comunicação, Qualidade, entre outros
temas (ABNT, on-line).
Certi�cação AmbientalCerti�cação Ambiental
A ISO 14000 refere-se a um conjunto de normas, com foco principal em
direcionar a implementação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Neste
tópico estudaremos de forma mais aprofundada a ISO 14.001 que é a mais
utilizada, contudo é importante conhecer também as demais da série, por
isso a listamos abaixo:
ISO 14.001: normas referentes à implementação do SGA.
ISO 14.004: normas sobre o SGA, porém destinadas à parte interna
da empresa.
ISO 14.010: normas relacionadas à auditoria ambiental e sua
credibilidade.
ISO 14.031: normas sobre o desempenho do SGA.
ISO 14.020: normas relacionadas aos rótulos e declarações
ambientais.
O Sistema da Gestão Ambiental (SGA) ajuda as empresas a identi�car,
gerenciar,monitorar e controlar questões ambientais de maneira holística. A
ABNT NBR ISO 14.001 adequa-se a todos os tipos e tamanhos da empresa,
sejam elas, sem �ns lucrativos ou governamentais. Ela exige que as empresas
considerem todas as questões ambientais relativas às suas operações, como a
poluição do ar, questões referentes à água e ao esgoto, a gestão de resíduos,
a contaminação do solo, a mitigação e adaptação às alterações climáticas e a
utilização e e�ciência dos recursos (ABNT, 2015, on-line).
A norma objetiva que sua adoção resulte em sucesso a longo prazo, por meio
de alternativas que contribuam para o desenvolvimento sustentável, proteção
ao meio ambiente, diminuição de impactos negativos, aumento de
desempenho ambiental, observância a normas legais, controle e in�uência no
modo de produção e consumo, obtenção de benefícios �nanceiros
operacionais e comunicação de informações a partes interessadas (ABNT,
2015, p. viii).
As principais determinações trazidas na ISO 14.001 (ABNT, 2015) são:
Entender o contexto organizacional: analisar questões internas e
externas importantes para a organização, incluindo interesse de
partes interessadas, com o intuito de respaldar o escopo de seu
sistema de gestão ambiental e implementá-lo;
Envolvimento de lideranças: demonstrando seu comprometimento,
ao de�nir a política ambiental, além de papéis, responsabilidades e
autoridades organizacionais, para assegurar o sistema  e relatar seu
desempenho;
Planejamento: identi�car riscos e oportunidades, aspectos
ambientais que pode controlar e in�uenciar, inclusive em relação à
produção, consumo e todo o ciclo de vida, legislação e outros
requisitos. De�nir e planejar como alcançar os objetivos ambientais
estabelecidos pela empresa (que deverão ser: coerentes,
mensuráveis, monitorados, comunicados e atualizados).
Apoio: determinando recursos, competências, promovendo
conscientização, comunicação, documentação, “para o
estabelecimento, implementação, manutenção e melhoria contínua
do sistema de gestão ambiental” (ABNT, 2015).
Operação: Planejamento e controle operacionais através do
estabelecimento de processos necessários para o atendimento dos
requisitos do sistema e respostas a potenciais emergências.
Avaliação de desempenho: Monitoramento, medição, análise e
avaliação de seu desempenho ambiental. Para isso deverá de�nir o
que será medido, qual a metodologia, os critérios e indicadores, a
tempestividade de realização, análise e avaliação. Condução de
auditorias para testar a conformidade do sistema com os requisitos
da norma e os de�nidos pela própria organização.
Melhoria Contínua: buscar e implementar oportunidades de
melhoria, tratando e identi�cando causas das não conformidades,
buscando aumento da adequação, su�ciência e e�cácia do sistema
de gestão para aumento do desempenho ambiental da organização.
A ISO 14.001 atesta que a empresa criou um sistema para lidar com suas
questões ambientais, buscando o desenvolvimento sustentável e melhorar
continuamente, assim é um diferencial competitivo que vale a pena ser
perseguido pelas empresas e exigido pelos consumidores.
LEED
A Certi�cação LEED  (Leadership  in  Energy  and  Environmental  Design), em
tradução livre: Liderança em Energia e Design Ambiental, tem âmbito
internacional, ou seja, assim como a ISO 14.001 suas normas são as mesmas
em qualquer lugar do mundo. No Brasil, quem é responsável por creditar as
empresas é o Green Building Council (GBC). Seu objetivo é fornecer bases
para, e reconhecer   construções com,   sustentabilidade, saúde e e�ciência
econômica (GBC, on-line).
O modelo exigido pela certi�cação traz benefícios nos três pilares da
sustentabilidade. Entre eles, segundo o Green Building Council (on-line) estão:
Econômicos: diminuição dos custos operacionais, dos riscos
regulatórios, valorização do imóvel para revenda ou arrendamento,
aumento na velocidade de ocupação e da retenção, modernização e
menor obsolescência da edi�cação;
Sociais: Melhora na segurança e priorização da saúde dos
trabalhadores e ocupantes, na recuperação de pacientes (em
Hospitais), no desempenho de alunos (em Escolas), inclusão social,
aumento do senso de comunidade, na produtividade do funcionário,
reflita
Re�ita
Green Building, conhecido no Brasil como construção
sustentável, é uma prática considerada inovadora porque tem
resultados positivos do ponto ambiental e econômico, visando
a e�ciência do ciclo de vida da edi�cação e a racionalização de
materiais, visando diminuir os impactos negativos ao meio
ambiente e aqueles que utilizarão a construção.
Fonte: Elaborado pelo autor.
no ímpeto de compra de consumidores (em Comércios), satisfação e
bem estar dos usuários, capacitação pro�ssional, conscientização de
trabalhadores e usuários, incentivo a fornecedores com maiores
responsabilidades socioambientais e estímulo a políticas públicas de
fomento a Construção Sustentável.
Ambientais: Uso racional e redução da extração dos recursos
naturais, Redução do consumo de água e energia, Implantação
consciente e ordenada, Mitigação dos efeitos das mudanças
climáticas, uso de materiais e tecnologias de baixo impacto
ambiental, redução, tratamento e reuso dos resíduos da construção
e operação.
Os pontos avaliados que devem estar de acordo com o previsto nas regras
para obtenção da certi�cação são: “Processo Integrado, Localização e
Transporte, Terrenos Sustentáveis, E�ciência Hídrica, Energia e Atmosfera,
Materiais e Recursos, Qualidade do Ambiente Interno, Inovação e Prioridade
Regional” (GBC, on-line).
A LEED desempenha um papel importante, com diversos impactos positivos.
Ao fornecer parâmetros para a sustentabilidade na construção civil, atua de
forma instrutiva, permite o reconhecimento pelas partes interessadas e
fomenta boas práticas no setor.
Outras Certi�icações
Além das certi�cações ambientais estudadas neste tópico, existem muitas
outras que deveriam ser conhecidas tanto por empresários, pro�ssionais da
área, como por consumidores, tendo em vista a excelência exigida em
práticas de sustentabilidade, listamos a seguir, algumas delas:
FSC: produção e consumo responsável utilizando �orestas;
Empresa B: negócios com  impacto positivo na cadeia de valor;
Selo Procel: uso e�ciente de energia e diminuição de impactos pela
geração de energia;
Produto Orgânico Brasil: Plantação e cultivo sem utilização de
químicos;
praticar
Vamos Praticar
Leia o trecho:
“Para que uma organização tenha seus processos certi�cados é necessário que
antes exista uma norma que estabeleça as prescrições que devem ser seguidas pela
organização. A certi�cação garante que determinada organização segue as
prescrições da norma por meio da realização de uma auditoria independente, ou de
terceira parte”.
MATTOS, João Guterres de. Certi�cação . Porto Alegre: SAGAH, 2018, p.
52.
a) As Certi�cações são normas obrigatórias, sem as quais a empresa não
pode operar.
b) A ISO 14.001 tem como objetivo certi�car as construções sustentáveis.
c) A LEED apresenta estruturas para a implantação de um Sistema de Gestão
Ambiental.
d) As certi�cações podem constituir um diferencial competitivo e guia de
boas práticas.
e) As certi�cações visam resultados positivos apenas no âmbito ambiental.
indicações
Material
Complementar
WEB
Aruana
Ano: 2019
Comentário: A série gira em torno das ativistas da
ONG ambiental Aruanas, a obra é de �cção, mas
inspirada livremente em fatos reais, tem como palco a
Floresta Amazônica e objetiva trazer a pauta da
importância da biodiversidade para a vida e da atuação
das pessoas dedicam-se para a preservação ambiental.
ACESSAR
https://www.youtube.com/watch?v=I_HYzzo9n4A
LIVRO
O Manual da Empresa B – Como usar os
negócios como força para o bem
Ryan Honeyman
Editora: Voo
ISBN: 978-85-67886-14-5
Comentário: O livro traz requisitos e cases de sucesso
alinhados a Certi�cação do Sistema B, que reconhece
as melhores empresas para o mundo, distribuído em
tópicos como: Governança, Meio Ambiente,
Colaboradores, Comunidadee Cliente. Um livro
excelente para conhecer práticas reais de
sustentabilidade utilizadas por empresas com modelos
de negócios pensados para o impacto positivo na
cadeia de valor.
conclusão
Conclusão
A nossa sociedade está organizada de uma forma tão complexa, que muitas
vezes a forma de se proteger o meio ambiente pode �car abstrata,
principalmente em relação a nossa forma de produzir, construir e consumir,
assim orientações de como proceder são necessárias.
O Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental
contribuem para isso, ao estabelecer critérios para caracterizar o impacto
ambiental e levantar os que serão causados pelo empreendimento e a ações
necessárias para sua mitigação.
Também   a Educação Ambiental que está prevista na Constituição Federal
como forma de efetivar o direito de todos a um meio ambiente
ecologicamente equilibrado, mas saber como isso pode ser realizado na
prática, pode ser um desa�o, os projetos de educação ambiental tem como
escopo muitas vezes trazer essa consciência a população.
Por �m, as Certi�cações Ambientais direcionam a forma de construir,
produzir, gerir, atuando de forma tripla ao: estabelecer parâmetros para a
sustentabilidade, fomentar boas práticas e permitir a escolha do consumidor
de produtos melhores para o planeta.
referências
Referências
Bibliográ�cas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 14.001 :
Sistemas de gestão ambiental — Requisitos com orientações para uso. Rio de
Janeiro: ABNT, 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Introdução à ABNT
NBR ISO 14001:2015 . Rio de Janeiro: ABNT, 2015. Disponível em: <
http://www.abnt.org.br/publicacoes2/category/146-abnt-nbr-iso-14001 >.
Acesso em: 09 jan. 2020.
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  nº 001 de 23 de janeiro de 1986 : estabelece as de�nições, as
responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e
implementação da Avaliação de Impacto Ambiental. Disponível em: <
http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html > Acesso em:
09 jan 2020.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução CONAMA Nº 237 de
19 de dezembro de 1997 . Disponível em <
http://www.abnt.org.br/publicacoes2/category/146-abnt-nbr-iso-14001
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=313
http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html
http://www.icmbio.gov.br/cecav/images/download/CONAMA%20237_191297.pdf
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