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INSTRUMENTAÇÃO Prof.: Jordy Luiz C. Spacca Email: jordy.spacca@docente.unip.br INTRODUÇÃO CONCEITO: ➔ Instrumentação é qualquer dispositivo (instrumento), ou conjunto de dispositivos, utilizado com a finalidade de se medir, indicar, registrar ou controlar as variáveis de um processo. ➔ Pode-se dizer que o papel da Instrumentação é transformar grandezas físicas em informações que possam ser utilizadas no controle do processo. VARIÁVEL DE PROCESSO: ➔ É uma grandeza física ou química, cuja variação afeta na operação de um processo. Ex: Nível, Temperatura, Vazão, Pressão, pH, Velocidade, etc. Fonte de Calor Instrumento Transformação do calor em tensão elétrica INTRODUÇÃO MALHAS DE CONTROLE: Conjunto de equipamentos e instrumentos utilizados para controlar uma determinada variável de processo (saída). Pode ser aberta ou fechada. ➔ MALHA ABERTA: É aquele em que a saída ou resposta não possui nenhuma influência sobre a entrada INTRODUÇÃO MALHA FECHADA: É aquele em que a saída ou a resposta influência a entrada do sistema. O sistema de controle regula a variável controlada (PV) fazendo correções na variável manipulada (MV). INTRODUÇÃO ➔ INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO INDICADOR: ➔ INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO REGISTRADOR: ➔ INSTRUMENTO CEGO: ➔ ELEMENTOS PRIMÁRIOS – SENSORES: CLASSES DE INSTRUMENTOS ➔ INSTRUMENTO CONTROLADOR: ➔ INSTRUMENTO CONVERSOR: ➔ INSTRUMENTO TRANSMISSOR: ➔ ELEMENTO FINAL DE CONTROLE: CLASSES DE INSTRUMENTOS MALHA FECHADA: SISTEMA DE CONTROLE 1) Seja um sistema de controle em malha fechada, mostrado na Figura abaixo: Sobre o referido sistema, coloque V para verdadeiro e F para falso: (F) Os elementos primários do controle são representados pelo sensor de temperatura e pela válvula de controle. (F) A variável manipulada é a posição da válvula de controle; (V) A variável controlada é a temperatura da água de saída; (V) O setpoint da malha de controle é a temperatura desejada da água aquecida; SISTEMA DE CONTROLE RANGE: ➔ É o conjunto de valores limitados pelas indicações extremas; ➔ Valores máximos e mínimos possíveis para serem medidos com determinado instrumento; SPAN: ➔ É a diferença algébrica entre o limite superior e inferior da faixa de medida do instrumento; ➔ Ex: Range: 0 a 10 bar Span: 10 – 0 = 10 bar TERMINOLOGIA EXATIDÃO: ➔ É o grau de concordância que o equipamento fornece em relação a um valor real da medição; ➔ Geralmente é dado em percentual do fundo de escala (FE); ➔ Ex: Voltímetro com fundo de escala de 10V e uma exatidão de +/- 1% ➔ Erro Máximo = 10V*1%; ➔ Erro Máximo = 0,1V; ➔ Para um valor real de medição igual a 5V, o instrumento poderá apresentar informações entre 4,9V e 5,1V; TERMINOLOGIA REPETIBILIDADE: ➔ É o grau de concordância entre o resultado de medições sucessivas de um mesmo valor, efetuadas sobre as mesmas condições de medição; ➔ Antigamente era conhecido como precisão; TERMINOLOGIA SENSIBILIDADE: ➔ É a resposta de um instrumento de medição dividida pela correspondente variação no estímulo; ➔ Pode ser contabilizada como a inclinação da reta que define a relação entre a leitura e a grandeza medida; TERMINOLOGIA NORMAS: ➔ Instrument Society of America (ISA): ISA (5.1) – Instrumentation Symbols and Identification (1984, revisão em 1992); ➔ Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT): NBR 8190 – Simbologia de Instrumentação (1983); TAG – Código alfanumérico ➔ Identificar equipamentos e instrumentos, dentro de uma planta de processos. ➔ Identificação física do instrumento. SIMBOLOGIA ➔ Identificação funcional: Feita de acordo com a função e refere-se a variável controlada. Ex: Uma válvula de controle que varia a vazão para controlar o nível, é identificada por LV e não FV. ➔ Letras Subsequentes: Identificam as funções dos instrumentos. ➔ Ex: TE – A primeira letra T identifica a variável temperatura, e a segunda letra E identifica um elemento primário que pode ser um sensor de temperatura (PT – 100, termopar, etc.) SIMBOLOGIA ● P – Variável medida: Pressão; ● R – Função passiva ou de informação: Registrador; ● C – Função ativa : Controlador; ➔ Ex: PRC - 00102A SIMBOLOGIA ● T – Variável medida: Temperatura; ● I – Função passiva ou de informação: Indicador; ● C – Função ativa : Controlador; ● 210 - Área de atividade ou fábrica; ● 02 - Número sequencial da malha; ● A - Sufixo ➔ Ex: TIC - 21002A SIMBOLOGIA Símbolos gerais para instrumentos SIMBOLOGIA Símbolos utilizados para representar linhas para instrumento ou função programada SIMBOLOGIA Símbolos válvulas de controle e atuadores. SIMBOLOGIA SIMBOLOGIA SIMBOLOGIA Co nsidere um diagrama P&ID construído seguindo a norma ISA 5.1,apresentado na figura abaixo. A partir deste diagrama, responda: a) O diagrama descreve uma malha de controle de qual variável? R: pressão. b) Indique onde está localizado o controlador. R: Na sala de controle, acessível ao operador (frente do painel). c) Identifique os instrumentos utilizados. R: PT – Transmissor de pressão; PIC – Indicador Controlador de pressão; PY – Solenoide, Relés. SIMBOLOGIA MEDIÇÃO DE PRESSÃO MÉTODOS DE MEDIÇÃO DE PRESSÃO: 1. Medição por coluna de líquido (Medição direta); 2. Medição de pressão por deformação, por tensão resultante ou por elemento elástico. 1. MEDIÇÃO POR COLUNA DE LÍQUIDO: São dispositivos nos quais a pressão é medida, comparando-a com a pressão exercida por uma coluna de líquido com densidade e altura conhecidas (manômetro de tubo em “U”, manômetro inclinado, etc). ➔ Neste tipo de instrumento, o líquido a ser utilizado é escolhido considerando-se o seu peso específico (γ = ρg) – Normalmente, utilizam-se água, álcool e mercúrio. ➔ O manômetro de tubo em “U” é o mais simples e mais barato dos instrumentos de medição direta de baixas pressões. MEDIÇÃO DE PRESSÃO MÉTODOS DE MEDIÇÃO DE PRESSÃO: MANÔMETRO DE TUBO EM “U”: ➔ É formado por um tubo de material transparente dobrado em forma de “U”; ➔ O tubo é fixado sobre uma placa graduada a partir do seu ponto médio; ➔ O tubo é cheio, até seu ponto médio, com um líquido com peso específico conhecido. ➔ As leituras são feitas medindo-se a diferença de nível estabelecida entre os dois braços do manômetro. Essa medição pode ser feita em mm de coluna d’água, mmHg, psi, etc. MEDIÇÃO DE PRESSÃO MANÔMETRO DE TUBO EM “U” MEDIÇÃO DE PRESSÃO 2. MEDIÇÃO POR DEFORMAÇÃO, POR TENSÃO RESULTANTE OU POR ELEMENTO ELÁSTICO: São dispositivos (diafragma, fole, tubo bourdon, etc.) que se deformam em função da pressão exercida sobre eles pelo fluido medido. ➔ Baseiam seu funcionamento na Lei de Hooke: “Dentro de um limite definido de elasticidade, a deformação provocada em um corpo sólido é proporcional ao esforço aplicado sobre ele”. ➔ TUBO DE BOURDON: O tubo sofre uma deformação, originada da pressão de um fluido em seu interior, causando-lhe uma deformação proporcional que é acusada por um ponteiro movendo-se sobre uma escala. MEDIÇÃO DE PRESSÃO ➔ TUBO DE BOURDON: MEDIÇÃO DE PRESSÃO ➔ TUBO DE BOURDON: O tubo em espiral é indicado para baixas pressões, e o modelo em hélice e em “C” são mais indicados a altas pressões. MEDIÇÃO DE PRESSÃO ➔ DIAFRAGMA: Os diafragmas são elementos flexíveis que devido a diferença de pressão se deformam, movendo um sistema mecânico que indica a pressão; MEDIÇÃO DE PRESSÃO ➔ FOLES: Os foles são elementos elásticos que sofrem expansão e retração quando submetidos a pressões, sendo o movimento resultante utilizado para indicar/medir/controlar pressão; ➔ Quando uma pressão é aplicada no interior do fole, provoca sua distensão, sendo o deslocamento do ponteiro proporcional à pressão aplicada. MEDIÇÃO DE PRESSÃO MEDIÇÃO DE PRESSÃO ➔ DEFINIÇÕES: ➔ Conversor: Dispositivo querecebe uma forma de sinal de um instrumento e converte para um sinal de saída em outra forma padronizada (Ex: conversor eletro-pneumático); ➔ Um instrumento que altera a saída de o sinal de saída de um sensor para um sinal padronizado é designado como um transmissor. Ex: um elemento primário de temperatura (TE) deve ser conectado a um transmissor (TT), e não um conversor (TY); ➔ Transdutor: Termo geral de um dispositivo que recebe a informação na forma de uma variável física e produz um sinal de saída resultante de saída. Como transdutor é um termo geral, não é recomendado seu uso em aplicações específicas. ➔ Transmissor: Instrumento que determina o valor de uma variável no processo através de um elemento primário, tendo o mesmo sinal de saída (pneumático ou eletrônico) cujo valor varia apenas em função da variável do processo. O elemento primário pode ou não estar acoplado ao transmissor. MEDIÇÃO DE PRESSÃO ➔ TRANSMISSORES DE PRESSÃO: Um instrumento que altera o sinal de saída do elemento primário para um sinal padronizado é designado como um transmissor. Podem ser pneumáticos (0,2 a 1 kgf/cm2) ou eletrônicos (4 a 20 mAcc). ➔ Os dois tipos baseiam seu funcionamento no movimento/deformação que os elementos mecânicos elásticos sofrem quando submetidos a uma pressão/esforço; ➔ Este movimento/deformação, que é proporcional à pressão aplicada (lei de Hooke), é convertido através de um transdutor em um sinal pneumático ou eletrônico padronizado, que é enviado/transmitido para indicação e/ou controle à distância. Zero vivo MEDIÇÃO DE PRESSÃO MEDIÇÃO DE PRESSÃO ➔ TRANSMISSORES ELETRÔNICOS DE PRESSÃO: Em função do seu princípio de funcionamento, os transmissores podem ser classificados em: equilíbrio de forças, resistivos, magnéticos, capacitivos, extensométricos e piezoelétricos. ➔ Sendo os mais utilizados em aplicações industriais de medição de pressão, os tipos equilíbrio de forças, extensométricos e capacitivos. MEDIÇÃO DE PRESSÃO ➔ TRANSMISSORES ELETRÔNICOS DE PRESSÃO DO TIPO EXTENSOMÉTRICO (STRAIN GAGE): Tem seu funcionamento baseado na variação do comprimento e diâmetro, e portanto na variação da resistência, que ocorre quando um fio de resistência sofre uma deformação elástica proveniente de uma tensão mecânica gerada por uma pressão ➔ A pressão do processo atua no diafragma que se deforma e movimenta a alavanca onde estão os sensores strain gage, esticando-os ou comprimindo-os. MEDIÇÃO DE PRESSÃO ➔ TRANSMISSORES ELETRÔNICOS DE PRESSÃO DO TIPO EXTENSOMÉTRICO (STRAIN GAGE): ➔ Os strain gage fazem parte de uma ponte de Wheatstone, na qual aplica uma tensão, na forma que a corrente que circula entre as resistências ocasione uma queda de tensão e a ponte se equilibre para essas condições. ➔ Neste sistema, qualquer variação de pressão no processo moverá o diafragma metálico, que variará a posição da alavanca e consequentemente a resistência dos resistores strain gage, desequilibrando a ponte e fazendo variar o sinal de saída do instrumento (4 a 20 mAcc). MEDIÇÃO DE PRESSÃO ➔ TRANSMISSORES ELETRÔNICOS DE PRESSÃO DO TIPO CAPACITIVO: Tem seu funcionamento baseado na variação de capacitância que se introduz em um capacitor quando se desloca uma de suas placas em consequência de aplicação de pressão. ➔ A pressão do processo é transmitida através do movimento/deslocamento do diafragma isolador, cujo interior é cheio de óleo ou silicone, para o diafragma sensor localizado no centro da célula; MEDIÇÃO DE PRESSÃO ➔ TRANSMISSORES ELETRÔNICOS DE PRESSÃO DO TIPO CAPACITIVO: ➔ A pressão atmosférica de referência é transmitida da mesma maneira pelo segundo diafragma isolador para o outro lado do diafragma sensor; ➔ O deslocamento do diafragma sensor é proporcional ao diferencial de pressão aplicado sobre ele; ➔ A posição do diafragma sensor é detectado pelas placas do capacitor colocadas nos dois lados do diafragma sensor. MEDIÇÃO DE PRESSÃO Considere o transmissor de pressão com as seguintes características. Para a indicação de 0,23 bar (23 kPa) qual o valor do sinal de saída em mA? ➔ Utiliza como elemento primário de medição de pressão um sensor capacitivo. ➔ Sinal de Saída: 4-20 mA a dois fios; ➔ Faixas de trabalho: entre 0,75 mbar (0,075 kPa) até 1,86 bar (186,8 kPa); MEDIÇÃO DE PRESSÃO Utiliza-se a interpolação: I−4 20−4 = 23−0,075 186,8−0,075 I−4 16 = 22,925 186,72 I−4=1,964 I=5,964mA Sinal de saídaValor medido 186,8 kPa 0,075 kPa 23 kPa 20 mA 4 mA I MEDIÇÃO DE PRESSÃO ➔ TRANSMISSORES PNEUMÁTICOS DE PRESSÃO: Os transmissores pneumáticos utilizam como transdutores o sistema bocal-obturador ou bico-palheta; ➔ É composto de um tubo pneumático alimentado por uma pressão constante (Ps = 1,4 kgf/cm2); ➔ A quantidade de ar que sai pelo bocal Rv depende da posição do obturador, ou seja, depende da distância “x” existente entre o bocal e o obturador; Devido ao escape de ar, o volume V e o bocal ficam a uma pressão P1. MEDIÇÃO DE PRESSÃO ➔ TRANSMISSORES PNEUMÁTICOS DE PRESSÃO: . MEDIÇÃO DE PRESSÃO TRANSMISSORES PNEUMÁTICOS DE PRESSÃO: ➔ Vantagens: A única vantagem em se utilizar os instrumentos pneumáticos está no fato de se poder operá-los com segurança em áreas onde existe grande risco de explosão. ➔ Desvantagens: 1. Necessita de tubulação de ar comprimido para seu suprimento e funcionamento; 2. Necessita de equipamentos auxiliares tais como compressor, filtro, desumidificador, para fornecer aos instrumentos ar seco e sem partículas sólidas; 3. Transmissão limitada a 100 m (normalmente) devido ao atraso na transmissão; 4. Vazamentos ao longo da linha de transmissão são difíceis de serem detectados; 5. Não permite conexão direta aos computadores. MEDIÇÃO DE PRESSÃO MEDIÇÃO DE NÍVEL ➔ A medição do nível em processos industriais objetiva avaliar e controlar volumes de estocagens em tanques ou recipientes de armazenamento; ➔ Os instrumentos de medição de nível podem ser classificados, pela forma como medem o nível, em instrumentos de medida direta e inferencial; ➔ MEDIDA DIRETA: Medem diretamente a distância entre o nível do produto que se quer medir e um referencial previamente definido. Pode ser feita pela observação visual direta, comparação com uma escala graduada, determinação da posição de um detector (flutuador), ou pela reflexão de ondas ulta sônicas ou eletromagnéticas pela superfície do produto. ➔ MEDIDA INFERENCIAL: Determinam a posição da superfície livre do produto cujo nível se quer medir, através da medida de outra grandeza física a ela relacionada. Nesta classe, incluem-se os instrumentos que medem o nível através da medida da pressão da coluna hidrostática, ou variação do peso do equipamento que o contém o produto cujo nível se quer medir; MEDIÇÃO DE NÍVEL ➔ MOSTRADOR POR VISORES DE NÍVEL: Devido ao seu baixo custo, quando comparados com outros tipos de instrumentos, os visores são aplicados na quase totalidade dos casos de monitoração local de nível, não sendo empregados somente nos casos onde a pressão e/ou temperatura sejam excessivas e impeçam a sua utilização; MEDIÇÃO DE NÍVEL NÍVEL ➔ Visores de vidro bicolores: Objetivam melhorar a visibilidade utilizando a diferença no índice de refração da luz na água e no vapor; ➔ O índice de refração do vapor é muito pequeno, consequentemente a luz percorre uma linha reta ao atravessá-lo; ➔ Lâmpadas emitem luz que passam através de filtros coloridos (verde e vermelho); ➔ O trajeto percorrido pelos raios de luz até atingirem o observador dependem do índice de refração do vapor ou água; ➔ Quando a luz atravessa as seções com água, os raios verdes posicionam-se na linha de visão do operador, enquanto que os raios vermelhos são redirecionados (pela refração) e não atingem o operador; ➔ Para as seções com vapor, a situação é inversae o operador vê somente a luz vermelha; MEDIÇÃO DE NÍVEL ➔ Visores de vidro bicolores: ➔ Este efeito é mais pronunciado em baixas temperaturas devido a ampla diferença de densidades, e consequentemente do índice de refração, entre o vapor e a água; ➔ O campo visual do visor pode ser transmitido a distância, através da combinação de espelhos ou pela utilização de fibra ótica ou câmeras de TV. MEDIÇÃO DE NÍVEL MEDIÇÃO DE NÍVEL DISPOSITIVOS DO TIPO FLUTUADOR (OU BOIA): ➔ Existem dois tipos se sensores de nível cuja operação é baseada no Princípio do Empuxo: flutuador e deslocador; ➔ O princípio do empuxo é formulado a partir do conceito de volume de líquido deslocado por um corpo imerso; ➔ Quando um corpo sólido é mergulhado sobre um líquido, parte (ou 100%) de seu volume ficará submerso, deslocando um volume igual de líquido; ➔ O líquido deslocado reage à imersão do corpo, desenvolvendo sobre ele, uma força para cima denominada empuxo, cujo valor é igual ao peso do líquido deslocado; ➔ Quanto maior a densidade do líquido, maior o empuxo; MEDIÇÃO DE NÍVEL DISPOSITIVOS DO TIPO FLUTUADOR (OU BOIA): ➔ A condição de flutuação resulta da comparação do peso do corpo com o máximo empuxo desenvolvido sobre ele: se o peso do corpo for maior que o empuxo ele submergirá ; se for menor flutuará; ➔ O corpo do flutuador deve possuir peso menor que o empuxo; ➔ O corpo do deslocador deve possuir peso maior que o empuxo; ➔ Flutuador designa qualquer elemento que acompanhe a altura (nível) do líquido, independente da sua formação geométrica (esférica, cilíndrica) e do material utilizado (aço, latão, etc); ➔ Os flutuadores mais utilizados são os esféricos de aço inoxidável; MEDIÇÃO DE NÍVEL DISPOSITIVOS DO TIPO FLUTUADOR (OU BOIA): ➔ Considera-se: 1. O volume do flutuador é padronizado pelos fabricantes em função das densidades do meios; 2. A densidade do flutuador deve ser igual a densidade média (γ 2 + γ 1 )/2 entre os dois meios, em cuja interface o nível está sendo medido. ➔ Os medidores de nível que utilizam flutuadores como elemento sensor podem ser classificados em dois grupos básicos: 1. medidores flutuador-haste; 2. medidores flutuador-cabo. MEDIÇÃO DE NÍVEL DISPOSITIVOS DO TIPO FLUTUADOR (OU BOIA): MEDIDORES FLUTUADOR-HASTE ➔ Caracteriza-se pelo conjunto flutuador e haste que acompanha o nível do líquido e transmite um movimento giratório a um grupo de engrenagens que fazem girar um eixo acoplado a um ponteiro; ➔ O ângulo α deve ser limitado a 30° em relação a horizontal, para que o medidor forneça resposta rápida às variações do nível e adequada precisão na medida. MEDIÇÃO DE NÍVEL DISPOSITIVOS DO TIPO FLUTUADOR (OU BOIA): MEDIDORES FLUTUADOR-CABO ➔ Têm como princípio de funcionamento o deslocamento linear de um cabo, que tem uma das extremidades fixada ao flutuador e a outra fixada a um dispositivo de indicação. O tipo de cabo e o dispositivo de indicação mais utilizados são : régua externa graduada e mostrador mecânico. ➔ Régua externa graduada: Uma das extremidades do cabo é fixada ao flutuador e a outra extremidade é fixada em um cursor que desliza sobre uma régua, graduada na unidade de comprimento desejada (centímetro, metro, etc.), e que permite a leitura local do nível; ➔ Os contatos para alarme remoto de nível alto ou baixo, podem ser fornecidos por chaves fim de curso instaladas na régua e acionadas pela passagem do cursor; MEDIÇÃO DE NÍVEL DISPOSITIVOS DO TIPO FLUTUADOR (OU BOIA): MEDIDORES FLUTUADOR-CABO ➔ Régua externa graduada: ➔ O flutuador é guiado por cabos-guia que evitam medições incorretas devido ao deslocamento horizontal do flutuador; ➔ Os cabos-guia são presos no fundo do tanque e tensionados por molas no topo do tanque. MEDIÇÃO DE NÍVEL MEDIÇÃO DE NÍVEL DISPOSITIVOS DO TIPO FLUTUADOR (OU BOIA): MEDIDORES FLUTUADOR-CABO ➔ Mostrador mecânico: Uma das extremidades do cabo é presa ao flutuador e a outra é presa a uma mola que o mantém tensionado; ➔ Neste tipo de aplicação, em lugar do cabo utiliza-se uma fita perfurada que atua sobre uma engrenagem, acionando um mecanismo de indicação, que pode ser um ponteiro ou um indicador mecânico. MEDIÇÃO DE NÍVEL DISPOSITIVOS DO TIPO DESLOCADOR: ➔ Tem a forma de um cilindro fabricado de aço inox 304 ou 316, monel, etc. O deslocador necessita de um mecanismo de sustentação, caso contrário ele afundará. Por isso, o deslocador opera sempre em conjunto com uma mola; ➔ O funcionamento do conjunto é como segue: ➔ 1. Quando o nível está baixo, o deslocador está “seco”, de forma que a mola se encontra distendida ao máximo, suportando o peso total do conjunto; ➔ 2. Quando o nível sobe, o deslocador vai imergindo e deslocando o líquido progressivamente, o resultado é um aumento contínuo do empuxo, que proporciona um correspondente alívio na tensão da mola; A redução na tensão da mola é convertida em sinal de saída do instrumento; MEDIÇÃO DE NÍVEL TRANSMISSOR DESLOCADOR: ➔ O deslocador é o componente sobre o qual o nível age, que representa a variável primária de medição – desempenha a função de sensor; ➔ A comunicação entre o deslocador e o transdutor é chamado de acoplamento; ➔ Um transdutor de posição converte a movimentação do acoplamento em pressão ou corrente, que deve ser amplificado para produzir o sinal de saída; ➔ O amplificador acrescenta amplitude e capacidade ao sinal gerado pelo detector; ➔ Na versão eletrônica, o transformador diferencial desempenha o papel de transdutor de posição e o amplificação é realizada por circuitos integrados e amplificadores operacionais, ou microprocessadores; ➔ Na versão pneumática, o conjunto bico/palheta funciona como transdutor ao passo que o relé promove a amplificação; MEDIÇÃO DE NÍVEL INSTRUMENTOS DISPLACER: São construídos com o tubo de torque, que constitui-se de um tubo oco, fechado em uma das extremidades, ➔ Quando o nível desce, o deslocador tende a movimentar-se para baixo (acréscimo no peso aparente = peso – empuxo); ➔ Como a extremidade B está fixa, desenvolve- se uma contorção ao longo do tubo de torque; ➔ A variação do peso aparente é proporcional à variação de nível – Empuxo é proporcional ao volume deslocado que é proporcional ao percentual submerso do deslocador; MEDIÇÃO DE NÍVEL ➔ Portanto, a rotação da extremidade livre do tubo de torque é proporcional á variação de nível; ➔ Esta rotação, transmitida integralmente ao conversor através do eixo de transmissão de rotação e convertida em sinal elétrico proporcional pelo conjunto rotor/estator; ➔ Situa-se entre quatro e cinco graus para uma excursão completa de nível, ao longo do comprimento do deslocador; ➔ De forma análoga a mola torsional, o tubo de torque reage a contração com um momento T = K TT θ; onde θ é o ângulo de contorção e K TT é a constante de elasticidade do tubo; MEDIÇÃO DE NÍVEL ➔ Na figura, ρ1 e ρ2 representam as densidades dos fluidos; Se o fluido mais leve é um gás (ou vapor), teremos uma medição de nível de superfície, onde ρ 1 << ρ 2 , o que justifica ρ 1 = 0; ➔ Devido ao elevado coeficiente de elasticidade K TT , a movimentação do deslocador é insignificante (da ordem de 1 mm) MEDIÇÃO DE NÍVEL MEDIÇÃO DE NÍVEL DISPOSITIVOS DO TIPO PRESSÃO DIFERENCIAL: Mede-se a pressão da coluna líquida, desenvolvida pelo líquido confinado dentro do equipamento cujo nível se deseja medir; ➔ A medição da coluna líquida (hidrostática) é feita utilizando-se transmissor de pressão diferencial; MEDIÇÃO DE NÍVEL DISPOSITIVOS DO TIPO PRESSÃO DIFERENCIAL: ➔ O valor da pressão exercida pela coluna líquida é dada por: P = ρ.g.h P = γ.h ➔ Onde ρ = massa específica e γ = peso específico do líquido; ➔ Assim, se a densidade do líquido for conhecida e não variar de forma substancial,o nível (altura da coluna líquida) pode ser medido de forma inferencial, utilizando-se dispositivos de pressão diferencial; ➔ INSTALAÇÃO: Na maioria dos casos, o transmissor é instalado no campo e as tomadas do instrumento são conectadas diretamente ao instrumento. MEDIÇÃO DE NÍVEL DISPOSITIVOS DO TIPO PRESSÃO DIFERENCIAL: ➔ Por se tratar de um transmissor de pressão diferencial, a equação de medição da pressão é dada por: ΔP = P H – P L MEDIÇÃO DE NÍVEL DISPOSITIVOS DO TIPO PRESSÃO DIFERENCIAL: ➔ A medição de nível pode ser realizada em diversas situações: 1. Tanque aberto para a atmosfera com o transmissor de pressão diferencial instalado no mesmo nível da tomada de alta pressão: ΔP = P H – P L ΔP = γ L .h + P atm – P atm ΔP = γ L .h h MEDIÇÃO DE NÍVEL Qual deve ser a indicação de pressão diferencial no transmissor em Pa para o nível máximo e mínimo de água (γ = 10000 N/m3), sendo o nível medido em mm. ΔP = γ H2O .h ● Para o nível máximo: ΔP = 10000 Pa; ● Para o nível mínimo: ΔP = 0; MEDIÇÃO DE NÍVEL DISPOSITIVOS DO TIPO PRESSÃO DIFERENCIAL: 2. Tanque aberto para a atmosfera com o transmissor de pressão diferencial instalado abaixo do nível da tomada de alta pressão: Existe a necessidade de compensação da coluna de líquido formada acima do instrumento, conhecida como supressão do zero. ΔP = P H – P L ΔP = γ L .h 1 + γ L .h 2 + P atm – P atm ΔP = γL.h1 + γL.h2 Para o nível mínimo: ΔP = γ L .h 2 h 1 h 2 MEDIÇÃO DE NÍVEL DISPOSITIVOS DO TIPO PRESSÃO DIFERENCIAL: 3. Tanque aberto para a atmosfera com o transmissor de pressão diferencial instalado abaixo do nível da tomada de alta pressão e o nível zero considerado esteja acima da tomada de alta pressão do instrumento: Também necessita supressão do zero. ΔP = P H – P L ΔP = γ L .h 1 + γ L .h 2 + γ L .h 3 + P atm – P atm ΔP = γL.h1 + γL.h2 + γL.h3 Para o nível mínimo: ΔP = γ L .h 2 + γ L .h 3 h 1 h 2 h 3 MEDIÇÃO DE NÍVEL DISPOSITIVOS DO TIPO PRESSÃO DIFERENCIAL: 4. Tanque pressurizado (fechado para a atmosfera): É necessário compensar a pressão interna do vaso conectando a tomada de baixa pressão no topo do tanque. Caso o transmissor esteja instalado abaixo do nível da tomada de pressão, necessita-se da supressão do zero. ΔP = P H – P L ΔP = γ L .h 1 + γ L .h 2 + γ L .h 3 + P L – P L ΔP = γL.h1 + γL.h2 + γL.h3 Para o nível mínimo: ΔP =γ L .h 2 + γ L .h 3 MEDIÇÃO DE NÍVEL DISPOSITIVOS DO TIPO PRESSÃO DIFERENCIAL: 5. Tanque pressurizado (fechado para a atmosfera) com o transmissor de pressão diferencial selado instalado abaixo do nível da sua tomada: necessita-se da supressão do zero. ΔP = P H – P L ΔP = γ L .h 1 + γ L .h 2 + γ S .h 3 – γ S .h 4 Para o nível mínimo: ΔP =γL.h2 + γS.h3 – γS.h4 Nível da tomada L Nível da tomada H Nível mínimo Nível máximo Nível do instrumento h 1 h 2 h 3 h 4 γS MEDIÇÃO DE NÍVEL Qual deve ser a indicação de pressão diferencial no transmissor em Pa para o nível máximo e mínimo de água (γ H2O = 10000 N/m3) e o fluido de selagem (γ S = 12000 N/m3), sendo o nível medido em mm. ΔP = γ H2O .h 1 + γ H2O .h 2 + γ S .h 3 – γ S .h 3 ● Para o nível máximo: ΔP = γ H2O .(h 1 + h 2 ) + γ S . (h 3 – h 4 ) ΔP = 10000.(1) + 12000 (-1,1) ΔP = - 3200 Pa ● Para o nível mínimo: ΔP = γ H2O .h 2 + γ S .(h 3 – h 4 ) ΔP = 10000.0,2 + 12000.(-1,1) = -11200 Pa MEDIÇÃO DE NÍVEL MEDIÇÃO DE NÍVEL ➔ DISPOSITIVOS DO TIPO ULTRASSÔNICO: ➔ Os transmissores do tipo ultrassônico utilizam o som em alta frequência (acima de 20kHz) para fazer a medição do nível; ➔ A propagação da velocidade do som depende do meio em que a onda sonora está se propagando, porém é constante neste meio determinado; ➔ Conhecendo a velocidade de propagação da onda no meio e medindo-se o tempo por ela percorrida, é possível determinar a distância equivalente ao nível do produto; MEDIÇÃO DE NÍVEL NÍVEL ➔ DISPOSITIVOS DO TIPO ULTRASSÔNICO: ➔ O funcionamento do instrumento ultrassônico depende da reflexão da onda na superfície do produto. ➔ Como o som se propaga com velocidade constante, o tempo entre a emissão e recepção da onda refletida (ECO) será proporcional a distância entre o sensor e a superfície que ocasionou a reflexão; Distância=Velocidade⋅ Tempo 2 NÍVEL ➔ DISPOSITIVOS DO TIPO ULTRASSÔNICO: ➔ A maioria dos instrumentos ultrassônicos utiliza como base a propagação da velocidade da onda no ar (343m/ s); ➔ Desta forma, se o meio não for o ar, a velocidade deverá ser compensada considerando o meio onde ela se propaga; ➔ Variações de temperatura também afetam a velocidade de propagação, por isso a maioria dos instrumentos incorpora um sensor de temperatura que corrige a velocidade do som; NÍVEL ➔ DISPOSITIVOS DO TIPO ULTRASSÔNICO: ➔ As ondas de ultrassom são geradas pela excitação elétrica de materiais piezelétricos (normalmente quartzo ou cerâmicas piezelétricas); ➔ Quando aplicada uma tensão, eles produzem um deslocamento físico gerando o ultrassom (transmissores de ultrassom); ➔ Inversamente, ao serem deslocados por uma onda, produzem uma tensão no terminal elétrico (receptores de ultrassom). NÍVEL ➔ DISPOSITIVOS DO TIPO ULTRASSÔNICO: ➔ Como a reflexão da onda ocorre na interface de duas substâncias de densidades diferentes, se um reservatório possuir substâncias de diferentes densidades, a onda incidente irá gerar mais de uma onda refletida; ➔ A presença de espuma no processo tem efeitos imprevisíveis, pois a onda pode ser refletida no topo da espuma, refletida por algo existente dentro da espuma, absorvida totalmente pela espuma, ou não ser afetado pela espuma; NÍVEL ➔ DISPOSITIVOS DO TIPO ULTRASSÔNICO: ➔ As ondas ultrassônicas são refletidas com o mesmo ângulo de incidência, por isso é importante que o instrumento seja montado perpendicularmente a superfície do produto; ➔ Um desalinhamento pode causar significativa degradação na performance do instrumento; ➔ Neste caso, a medição de sólidos pode ser problemática, pois como a superfície é irregular, ela tende a dissipar a reflexão do som; NÍVEL ➔ DISPOSITIVOS DO TIPO ULTRASSÔNICO: ➔ As principais vantagens da medição ultrassônica é a inexistência de partes móveis no sistema, além da capacidade de medição sem contato com o produto; ➔ A medição de nível com este instrumento não depende do conhecimento de diversas propriedades do processo (densidade, condutividade, capacitância, etc.); ➔ Dispositivos ultrassônicos não devem ser instalados em áreas onde existam fortes campos elétricos (motores, geradores, etc.); NÍVEL ➔ DISPOSITIVOS DO TIPO ULTRASSÔNICO: ➔ Montagem do instrumento: ➔ A: Dois transdutores (emissão e recepção) montados em posições distintas – Pouco usual; ➔ B: Unidades de emissão/recepção montados no mesmo instrumento; ➔ C: Unidades de emissão/recepção montados imerso no próprio material do processo cujo nível se deseja medir; ➔ D: Unidades de emissão/recepção montados externamente ao vaso; NÍVEL ➔ DISPOSITIVOS DO TIPO RADAR: ➔ Os transmissores do tipo Radar emitem ondas eletromagnéticas curtas com frequência na faixa de 5 a 25Ghz e se propagam na velocidade da luz (300.000 km/s); ➔ O sinal eletromagnético emitido (ECO) é refletido ao incidir sobre a superfície do produto (líquido ou sólido) com constante dielétrica diferente do meio gasoso (usualmente ar). O sinal refletido é captado e utilizado na medição do nível do produto; ➔ Os instrumentos do tipo radar podem operar com base no tempo decorrido entre a emissão e recepção da onda refletida, ou podem operar com base na diferença de frequência entre a onda emitida e refletida (FMCW – Modulação Contínua de Frequência de Onda); NÍVEL ➔ DISPOSITIVOS DO TIPO RADAR: ➔ Os dispositivos que operam com base no tempo decorrido funcionam de maneira semelhanteaos dispositivos ultrassônicos; ➔ No método da diferença de frequência (FMCW), a frequência transmitida é modulada (aumentada e diminuída) entre dois valores conhecidos (f1 e f2); ➔ A diferença de frequência (Δf) que é medida entre o valor transmitido (vermelho) e o valor recebido (azul), é proporcional a diferença do tempo decorrido (Δt) entre a transmissão e recepção do sinal; NÍVEL ➔ DISPOSITIVOS DO TIPO RADAR: ➔ Os medidores do tipo radar podem utilizar antenas do tipo parabólica ou do tipo cônica, podendo medir níveis de até 40m; ➔ Quanto maior o diâmetro da antena maior o ganho do sinal, pois a potência do sinal recebido é proporcional ao diâmetro da antena; ➔ Uma antena mais comprida fornece um feixe mais estreito e com maior foco. É ideal para produtos com baixa constante dielétrica (baixa reflexão), distâncias maiores e aplicações com poeiras; NÍVEL ➔ DISPOSITIVOS DO TIPO RADAR: ➔ Os dispositivo do tipo radar podem utilizar também hastes ou cabos no lugar da antena. ➔ Conhecidos como radar com onda guiada ou TDR (Reflectometria no Domínio do Tempo), estes medidores enviam pulsos de sinais eletromagnéticos guiados através de condutores (haste, coax ou cabo), diminuindo a perda do sinal no meio; ➔ Indicados para produtos com baixa constante dielétrica. NÍVEL ➔ DISPOSITIVOS DO TIPO RADAR: ➔ Quanto maior a distância percorrida pela onda, menor será a potência do sinal refletido e consequentemente, mais difícil é a medição do nível; ➔ A constante dielétrica é o único parâmetro relativo às propriedades do produto que influencia na qualidade da medição. Quanto maior esta constante, mais fácil é a medição, devendo ser superior ao mínimo admitido pelo instrumento utilizado; ➔ Variações na pressão e temperatura não influenciam a medição, sendo pouco influenciado também pela presença de vapores, espumas e poeiras; ➔ A presença de pó depositado na antena, pode afetar a qualidade da medição. Nos dispositivos TDR (onda guiada), não existe este problema; ➔ A presença de ondulações pode dissipar as reflexões da onda para o sensor. Neste caso é indicado uma antena com maior diâmetro ou dispositivo TDR, que não é afetado pela turbulência; NÍVEL NÍVEL ➔ DISPOSITIVOS DO TIPO CAPACITIVO: ➔ Para capacitores cilíndricos (mais utilizado para nível), o valor da capacitância é dado por: C=0,614⋅ K⋅L log10D /d Onde: C = capacitância em picofarad (10-12 farad); K = constante dielétrica; L = comprimento do capacitor (mm); D, d = diâmetros (mm) D d NÍVEL ➔ DISPOSITIVOS DO TIPO CAPACITIVO: ➔ Consiste de uma sonda cilíndrica, inserida verticalmente no vaso em que se deseja medir o nível; ➔ A sonda (S) serve como uma das placas do capacitor e as paredes do vaso (V) formam a outra placa. O fluido comporta-se como dielétrico; ➔ Quando varia o nível no interior do vaso, alteram-se as proporções entre o líquido e o vapor; ➔ Com a diferença entre as constantes dielétricas do líquido e do vapor (ou de dois líquidos), as variações de nível são traduzidas em variações da capacitância; NÍVEL ➔ DISPOSITIVOS DO TIPO CAPACITIVO: ➔ C1 – Capacitância constante devido ao isolador; ➔ C2 e C3 – Capacitância do meio vapor e líquido; ➔ Ka e Kp – Constantes dielétricas da fase vapor e líquida; ➔ L = altura do vaso; ➔ l = altura do produto cujo nível se deseja medir; ➔ D = diâmetro do vaso; ➔ d = diâmetro da sonda; NÍVEL ➔ DISPOSITIVOS DO TIPO CAPACITIVO: ➔ Quando as constantes dielétricas dos materiais que constituem a fase vapor e líquida são constantes, a capacitância do sistema é função apenas de I; Ce=C1+C2+C3 Ce=C1+ 0,614⋅K a⋅(L−l) log10D /d + 0,614⋅K p⋅(l ) log10D /d NÍVEL ➔ CHAVES DE NÍVEL: ➔ São dispositivos utilizados para atuar em determinados pontos fixos de nível; ➔ Quando estes pontos são alcançados desencadeiam em alguma ação necessária à boa operação ou segurança, podendo ligar uma bomba, acionar um alarme, etc.; ➔ Fornecem como saída dois estados: energizado/desenergizado ou pressurizado/despressurizado; ➔ As chaves de nível mais comuns são do tipo flutuador, do tipo deslocador com mola balanceadora, do tipo ultrassônico e do tipo pás rotativas; ➔ A chave de nível do tipo pá rotativa é um instrumento eletromecânico aplicados basicamente na medição de níveis de silos contendo materiais como granulados, minérios, etc; NÍVEL ➔ CHAVES DE NÍVEL – Pás rotativas: ➔ São constituídas de um eixo vertical dotado de palhetas que giram continuamente (acionadas por um motor) em baixa velocidade; ➔ Quando o movimento é submetido à resistência do material do silo, a caixa (ou invólucro) do motor tenderá a girar em sentido contrário, e esta reação produzirá uma força que acionará duas microchaves; ➔ A primeira atua como dispositivo de alarme e a segunda desenergiza o motor, prolongando a vida útil do componente; NÍVEL NÍVEL ➔ DISPOSITIVOS DO TIPO PESAGEM: ➔ O nível de um produto sólido, em um tanque ou silo, pode ser obtido através da subtração do peso total do silo (peso total = peso do silo vazio + peso do produto) pelo peso do silo vazio; ➔ Esses dispositivos são construídos tendo como elemento de medição as células de carga ; ➔ As células de carga utilizam strain gages para produzir sinais elétricos proporcionais à carga depositada sobre elas; NÍVEL MEDIÇÃO DE VAZÃO VAZÃO ➔ Os medidores podem ser classificados pelo princípio de medição em grupos. O grupo dos deprimogênios (causam ΔP) é o mais utilizado na indústria; ➔ Cada princípio de funcionamento corresponde a características que limitam as aplicações a faixas de diâmetros, pressões, temperatura, viscosidade e teores de impureza. Além disso, devem ser considerados a perda de carga na tubulação, os trechos retos disponíveis e os custos de implantação e manutenção; VAZÃO ➔ MEDIDORES DEPRIMOGÊNIOS: ➔ PLACA DE ORIFÍCIO: Consiste basicamente de uma chapa metálica, perfurada de forma precisa e calculada, a qual é instalada perpendicularmente ao eixo da tubulação, normalmente entre flanges. VAZÃO ➔ MEDIDORES DEPRIMOGÊNIOS: ➔ PLACA DE ORIFÍCIO: Os Tipos de orifícios são: a) Orifício concêntrico: Utilizado para líquidos, gases e vapor que não contenham sólidos em suspensão; b) Orifício excêntrico: Utilizado quando o fluído contiver sólidos em suspensão, os quais possam ser retidos e acumulados na base da placa, sendo o orifício posicionado na parte de baixo do tubo; c) Orifício segmental: Possui uma abertura para passagem de fluido, disposta em forma de segmento de círculo. É destinada para uso em fluídos com alta porcentagem de sólidos em suspensão; VAZÃO ➔ MEDIDORES DEPRIMOGÊNIOS: ➔ PLACA DE ORIFÍCIO: Ao encontrar o elemento primário, ocorre um pequeno aumento da pressão. ➔ Ao passar pelo elemento primário, o fluido aumenta a velocidade diminuindo a pressão. Posteriormente o fluido volta a desacelerar e normalizar a velocidade, aumentando a pressão. VAZÃO ➔ MEDIDORES DEPRIMOGÊNIOS - PLACA DE ORIFÍCIO: ➔ Parâmetros (norma NBR ISO 5167): ➔ O coeficiente de descarga C (C = vazão real/vazão teórica); ➔ β = d/D; ➔ Com fluidos compressíveis, a massa específica se altera pela mudança de pressão quando o fluido passa pelo orifício, corrigido pela introdução um fator de expansão isentrópica ε; VAZÃO ➔ MEDIDORES DEPRIMOGÊNIOS - PLACA DE ORIFÍCIO: ➔ Os computadores de vazão calculam o coeficiente de descarga correto em função de β e do número de Reynolds; ➔ Além disso, os computadores de vazão são empregados para calcular e atualizar outras variáveis, como a massa específica (ρ) e o fator de expansão ε (para fluidos compressíveis), através da medição constante da pressão e da temperatura do fluido; ➔ O computador de vazão adquire dados primários diretamente dos medidores de vazão, sensores de temperatura , pressão e transmissores de pressão diferencial, densidade e analisadores de gás para monitorar e controlara planta de processo local, associado ao sistema de medição de vazão. VAZÃO ➔ MEDIDORES DEPRIMOGÊNIOS: ➔ BOCAIS DE VAZÃO: No caso de medição de vapor, em que a velocidade atinge 30 m/s ou mais, poderá ser preferível usar um bocal de vazão; ➔ O bocal de vazão provoca uma pressão diferencial menor que uma placa de orifício, nas mesmas condições (vazão, pressão, temperatura) e, em consequência, menos perda de carga; ➔ A aplicação principal dos Bocais é a medição de vapor em regime severo de pressão, temperatura e velocidade; pela sua rigidez é dimensionalmente mais estável que as placas de orifício em velocidade e temperatura elevadas; VAZÃO ➔ MEDIDORES DEPRIMOGÊNIOS: ➔ BOCAIS DE VAZÃO: O perfil de entrada é projetado de forma à guiar a veia fluída até atingir a seção mais estrangulada do elemento de medição; VAZÃO ➔ MEDIDORES DEPRIMOGÊNIOS: ➔ TUBO DE VENTURI: Pertencem, também, à categoria dos elementos primários geradores de pressão diferencial e pode operar com líquidos, gases e vapor; são instalados em série com a tubulação e a passagem do fluído pela garganta gera aumento da velocidade e redução da pressão estática do fluído. VAZÃO ➔ MEDIDORES DEPRIMOGÊNIOS: ➔ TUBO VENTURI: ➔ O tubo Venturi combina, dentro de uma unidade simples, uma curta “garganta” estreitada entre duas seções cônicas e está usualmente instalada entre dois flanges em uma tubulação; ➔ Seu propósito é acelerar o fluido e temporariamente baixar sua pressão estática; ➔ Possuem boa resistência a abrasão e ao acúmulo de poeira ou sedimentos e alta capacidade de medição com baixa perda de carga (permite medição de vazão 60% superiores à placa de orifício com o mesmo ΔP); ➔ Utilizado quando é importante limitar a queda de pressão e o alto custo restringe sua utilização; VAZÃO ➔ MEDIDORES DEPRIMOGÊNIOS: ➔ TUBO DE VENTURI: ➔ A recuperação de pressão em um tubo de Venturi é bastante eficiente; ➔ Uso recomendado quando se deseja um maior restabelecimento de pressão e quando o fluido medido carrega sólidos em suspensão; ➔ O Venturi produz um diferencial menor que uma placa de orifício para uma mesma vazão e diâmetro igual à sua garganta; VAZÃO ➔ MEDIDORES DEPRIMOGÊNIOS: ➔ VÍDEO1 VAZÃO ➔ MEDIDORES DEPRIMOGÊNIOS – MEDIDORES DE INSERÇÃO: ➔ Tubo de Pitot clássico: O tubo de Pitot clássico é um tubo com uma abertura em sua extremidade, colocada na direção contrária da corrente de fluxo de um duto; ➔ O Pitot industrial, de forma reta, foi desenvolvida para permitir sua inserção e remoção em carga; VAZÃO Δ P= ρ⋅V 2 2 A diferença entre a pressão total e a pressão estática fornecerá a pressão dinâmica, a qual é proporcional ao quadrado da velocidade. Onde: ΔP = Pressão dinâmica (Pa); ρ = massa específica do fluido; V = velocidade do fluido (m/s); MEDIDORES DEPRIMOGÊNIOS – MEDIDORES DE INSERÇÃO (Tubo de Pitot): VAZÃO MEDIDORES DEPRIMOGÊNIOS – MEDIDORES DE INSERÇÃO (Tubo de Pitot): VAZÃO MEDIDORES DEPRIMOGÊNIOS – MEDIDORES DE INSERÇÃO (Tubo de Pitot): VAZÃO ➔ O tubo de Pitot mede apenas a velocidade do ponto de impacto e não a velocidade média do fluxo; ➔ Assim sendo, a indicação da vazão não será correta se o tubo de impacto não for colocado no ponto onde se encontra a velocidade média do fluxo; ➔ Para escoamentos turbulentos, a velocidade média seria aproximadamente: ➔ V m = 0,8 . V c MEDIDORES DEPRIMOGÊNIOS – MEDIDORES DE INSERÇÃO (Tubo de Pitot): VAZÃO ➔ Quando o tubo de Pitot é utilizado para fazer uma medição de vazão por varredura ao longo do diâmetro, os pontos de tomada de velocidades são definidos de acordo com a distribuição estatística de Chebyshef, ou do centroide de áreas iguais, onde r é a distância do ponto ao centro, dividida pelo raio da tubulação; ➔ Estudos sobre os métodos mostram que os resultados práticos sobre o cálculo de vazão são equivalentes; ➔ Recomenda-se realizar a tomada de velocidade em pelo menos dois pontos da tubulação, e calcular a velocidade média fazendo a média aritmética das velocidades assim levantadas; MEDIDORES DEPRIMOGÊNIOS – MEDIDORES DE INSERÇÃO (Tubo de Pitot): VAZÃO VAZÃO EXEMPLO: Medição de vazão de ar por meio do tubo de pitot clássico, fazendo uma varredura com o método dos centroides de áreas iguais, com n =3, numa tubulação com 800 mm de diâmetro. As pressões diferenciais medidas foram as seguintes: ρ ar = 1,308 kg/m3 ; Q=V⋅S Q=10,71⋅( π⋅0,82 4 ) Q=5,383m3/s VAZÃO ➔ MEDIDORES DEPRIMOGÊNIOS – MEDIDORES DE INSERÇÃO: ➔ Tubo de Pitot de média (Annubar): Muito semelhante ao funcionamento do pitot, o annubar é formado por uma barra que ocupa todo o diâmetro do tubo; ➔ A barra possui vários orifícios, localizados criteriosamente, de tal forma que cada um detecta a pressão de uma determinada região; ➔ A vazão total é calculada em função da média das pressões detectadas; VAZÃO Vídeo 2 VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES: ➔ Produzem um sinal de saída diretamente proporcional à vazão; ➔ Medidores de área variável: Os medidores de área variável oferecem um área de passagem que é uma função da vazão; ➔ A variação da área resulta do deslocamento de um flutuador em um tubo cônico; ➔ O mais conhecido dos medidores de vazão de área variável é o rotâmetro; ➔ O rotâmetro consiste em um tubo de vidro ou plástico vertical com um bocal largo e um elemento flutuante que está livre para se mover dentro do tubo, cuja altura é a indicação do fluxo. VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES - Rotâmetro: ➔ O tubo pode ser calibrado e graduado de forma apropriada em unidade de fluxo; ➔ Tem que ser instalados na posição vertical pois utiliza a força da gravidade; ➔ O fluido entra pela parte inferior do tubo cônico no sentido vertical ascendente; ➔ O flutuador assume uma posição de equilíbrio quando as forças para as quais é submetido para cima (empuxo e arraste) e para baixo (peso) são iguais; ➔ Ao encontrar o flutuador, uma força é produzida para cima (arraste) e o flutuador é suspenso até estabilizar em uma área anular suficiente para a passagem do fluido; VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES - Rotâmetro: VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES - Rotâmetro: ➔ São mais utilizados para leituras locais, sendo rara a aplicação como elemento primário em conjunto com transmissores; ➔ Diâmetros podem variar de 2 a 300mm; ➔ É um dos poucos medidores que não exige trecho reto na tubulação; ➔ Podem ser utilizados para medição de vazão em líquidos e gases; VAZÃO VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES – MEDIDORES A EFEITO CORIOLIS: ➔ O efeito Coriolis pode ser aplicado a um medidor, constituído por um tubo em forma de U submetido a um movimento oscilatório, percorrido por um fluido a uma vazão constante; Vídeo 3 Vídeo 4 VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES – MEDIDORES A EFEITO CORIOLIS: ➔ Quando um elemento de fluído qualquer é introduzido no tubo em constante oscilação (gerado por uma bobina de vibração), o efeito da força de Coriolis se manifesta, em sentido contrário ao do movimento angular; ➔ Quando inicia o segundo ramo do U, esta velocidade angular produz uma força em sentido contrário à primeira; ➔ Em se tratando de um escoamento contínuo, a cada elemento de fluido que se desloca na primeira parte do U, corresponde simetricamente, a outro que se desloca na segunda parte, causando uma torção no tubo; VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES – MEDIDORES A EFEITO CORIOLIS: ➔ A frequência com que ocorre esta torção é captada por meio de dois sensores magnéticos que geram um sinal senoidal; ➔ A diferença de fase entre estes dois sinais determina o tempo de escoamento. Em função do tempo, densidade, diâmetro e comprimento do tubo, obtém-se a vazão mássica; Q m = ρ.A.v (Q m = ρ.Q v ) Onde: Q m = vazão mássica; ρ = massa específica; v = velocidade do fluido no tubo; VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES – MEDIDORES A EFEITO CORIOLIS: ➔ Sem vazão: cada tubo oscila180° em relação ao outro, quando um tubo move-se para baixo, o outro move-se para cima; ➔ Ambos os sensores magnéticos (lado de entrada e saída) geram uma onda senoidal de corrente continuamente quando os tubos estão vibrando; ➔ Quando não há vazão, as ondas senoidais estão em fase; VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES – MEDIDORES A EFEITO CORIOLIS: ➔ Sem vazão – Sem efeito Coriolis! VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES – MEDIDORES A EFEITO CORIOLIS: ➔ Com vazão: Quando o fluido passa pelos tubos, as forças Coriolis são induzidas, causando uma torção no tubo; ➔ Com o resultado da torção, as ondas senoidais geradas pelos sensores agora estão defasadas; ➔ A diferença de tempo entre essas ondas senoidais é chamada de ΔT, que é proporcional à taxa de fluxo de massa; VAZÃO VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES – MEDIDORES ELETROMAGNÉTICOS: ➔ O princípio de medição é baseado na lei de Faraday que diz que: “Quando um condutor móvel se desloca dentro de um campo magnético, é produzida em suas extremidades, uma força eletromotriz (f.e.m.) proporcional à intensidade do campo magnético, ao seu comprimento e à sua velocidade de deslocamento.” ➔ O medidor eletromagnético consiste basicamente em duas partes: - Um gerador de campo magnético - Um par de eletrodos. VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES – MEDIDORES ELETROMAGNÉTICOS: ➔ A bobina do gerador, percorrida por uma corrente I, produz um campo magnético, com densidade de fluxo magnético igual a B, que é aplicado a uma seção de uma tubulação com diâmetro D; ➔ Se a velocidade média do fluido que passa pela tubulação é igual a V, quando medida por um par de eletrodos instalados perpendicularmente ao fluxo magnético, produzirá uma força eletromotriz E induzida nestes eletrodos; Video 5 VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES – MEDIDORES ELETROMAGNÉTICOS: ➔ A amplitude da força eletromotriz (E) é dada por: E (volt) = B (weber/m2) .D (m) . V (m/s) ➔ B - Campo magnético [ weber/m2] ➔ D - Distância entre os eletrodos [m] ➔ V - Velocidade do fluxo [m/s] ➔ E - Tensão induzida [Volts] VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES – MEDIDORES ELETROMAGNÉTICOS: ➔ Como a vazão (Q) é dada por: Q=S .V Q=V⋅ π⋅D2 4 Q(m 3/ s )= E(volt )⋅D(m ) B(weber/m2 ) ⋅( π 4 ) VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES – MEDIDORES ELETROMAGNÉTICOS: ➔ É fundamental que o fluido a ser medido seja condutor de eletricidade, o que reduz sua aplicação aos líquidos que tenham alguma condutibilidade; ➔ As medições por meio de instrumentos magnéticos independem de propriedades do fluido, tais como a densidade, a viscosidade, a pressão, a temperatura ou mesmo o teor de sólidos; ➔ O campo magnético pode ser gerado por ímã permanente, por bobinas excitadas por corrente alternada (alto consumo) ou corrente contínua pulsante em baixa frequência (mais aplicada na indústria); ➔ A fem gerada é da ordem de microvolt, necessitando um condicionamento do sinal, principalmente para evitar ruídos; ➔ A parede interna do medidor deve ser revestida com material isolante para não conduzir eletricidade; VAZÃO VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES – TURBINAS: ➔ Consiste basicamente em um rotor provido de palhetas, suspenso numa corrente de fluido com seu eixo de rotação paralelo a direção do fluxo; ➔ Quando há vazão, o rotor é posto a girar devido a incidência da velocidade do fluxo nas palhetas; ➔ Um sistema mecânico ou eletrônico detecta a rotação da turbina; ➔ São usadas para líquidos e gases; VAZÃO VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES – ULTRASSÔNICO: ➔ O medidor de vazão ultrassônico se fundamenta no princípio da propagação do som no líquido; ➔ Os pulsos sonoros são gerados, em geral, por um transdutor piezoelétrico que transforma um sinal elétrico em vibração, que é transmitido no líquido como um trem de pulsos; ➔ Utilizam-se transdutores reversíveis, que transformam uma frequência elétrica em vibração mecânica na mesma frequência e vice-versa; VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES – ULTRASSÔNICO: ➔ Entre as várias técnicas de medição de vazão por meio de ultrassom, duas tem aplicações difundidas na instrumentação industrial; ● Efeito Doppler; ● Tempo de transito; ➔ A técnica do efeito Doppler pressupõe a presença de partículas ou bolhas sobre os quais o feixe ultrassônico irá refletir-se; ➔ O feixe é orientado segundo uma direção formando um ângulo com o eixo da tubulação, com certa frequência; VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES – ULTRASSÔNICO: ➔ Ao encontrar as partículas que se deslocam à mesma velocidade do fluxo, o feixe é refletido com outra frequência; ➔ A frequência será mais elevada se a direção do feixe for em sentido contrário ao fluxo de partículas, e mais baixa caso contrário; ➔ A vazão é calculada a partir da diferença entre a frequência emitida e refletida; ➔ Este princípio é preferido quando se trata de fluidos com concentração elevada de impurezas, porém a precisão não é confiável; VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES – ULTRASSÔNICO: ➔ Na técnica do tempo de transito analisa-se a diferença de tempo de percurso de um feixe ultrassônico inclinado em relação as linhas de velocidade do fluxo; ➔ Quando um pulso ultrassônico é dirigido a favor do fluxo, sua velocidade é adicionada à velocidade da corrente. Quando um pulso é dirigido contrário ao fluxo, a velocidade do impulso no líquido é desacelerada pela velocidade da corrente; ➔ Com a diferença de tempo de trânsito, na ida e na volta do feixe ultrassônico, determina-se a velocidade do fluido, da qual infere-se a vazão volumétrica; ➔ A medição por tempo de transito é mais aconselhada, por sua maior precisão, quando o fluido não é uniformemente sujo ou quando é limpo; VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES – ULTRASSÔNICO: ➔ Considerando: T AB – tempo de A até B; T BA – tempo de B até A; L - distância entre os dois condutores; d – distância entre as secções retas entre os transdutores; V - velocidade média do fluido; VAB e VBA - velocidades médias ao longo do percurso L; α - angulo entre os transdutores e a tubulação; C S - velocidade do som no meio; VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES – ULTRASSÔNICO: VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES – ULTRASSÔNICO: ➔ Como L e d são conhecidos é necessário apenas determinar o tempo de transito entre os transdutores; ➔ O primeiro passo para isso é a emissão de um sinal do transdutor A para B e a medida do tempo de passagem T AB . Posteriormente ocorre a emissão de um sinal no sentido contrário para a medição do tempo T BA . Desta forma, determina-se a velocidade do fluxo e consequentemente a vazão associada; ➔ Devido ao perfil de velocidades do fluxo, existem medidores multicordas, que apresentam diversos pares de transdutores, dispostos em planos paralelos; ➔ Alguns medidores contam com até 8 cordas, entretanto os mais comuns utilizam de duas a quatro cordas; VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES – ULTRASSÔNICO: ➔ Podem também fazer a medição de forma não intrusiva, ou seja conseguem fazer a medição externamente à tubulação. Vídeo 6 https://www.youtube.com/watch?v=JUA3o5MgEmk VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES – MEDIDORES DE VÓRTICE: ➔ Baseado no fenômeno físico que ocorre quando uma corrente fluida encontra um obstáculo de perfil não aerodinâmico; ➔ Quando a velocidade da corrente for baixa, as linhas fluidas acompanham o formato do objeto; ➔ Quando a velocidade aumentar as linhas não conseguirão acompanhar a forma do obstáculo, separando-se do seu contorno; ➔ Esta separação provoca o aparecimento de zonas com baixas pressões formando turbilhões ou vórtices; ➔ Os medidores tipo vórtex apresentam um anteparo colocado perpendicularmente ao eixo para gerar os vórtices; VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES – MEDIDORES DE VÓRTICE: ➔ A partir de um número de Reynolds mínimo (definido pelo fabricante), a frequência dos vórtices gerados são proporcionais a velocidade do fluido e por conseguinte a vazão; ➔ Os medidores modernos, conforme as faixas de aplicação (temperatura e pressão) utilizam sensores extensométricos,piezoelétricos, por células de pressão diferencial, etc; VAZÃO ➔ MEDIDORES LINEARES – MEDIDORES DE VÓRTICE: Vídeo 7 VAZÃO ➔ MEDIDORES VOLUMÉTRICOS: ➔ Os medidores volumétricos (medidores de deslocamento positivo) são destinados a medição de volumes, em litros ou m3, sendo a vazão calculada, de forma contínua, derivando matematicamente o volume no tempo; ➔ Existem diferentes tipos de realização construtiva de medidores volumétricos, dependendo do fluido a ser medido, se liquido ou gás, se muito ou pouco viscoso, etc.; ➔ Porém, o princípio geral de funcionamento consiste em forçar o líquido medido a passar por câmaras de volume perfeitamente determinado; ➔ É possível caracterizar três fases, que ocorrem de forma contínua durante a medição: 1. Admissão: O fluido passa por uma abertura e preenche a câmara de medição; 2. Isolamento: A câmara de medição é isolada; 3. Escape: O fluido sai da câmara de medição para a saída; VAZÃO ➔ MEDIDORES VOLUMÉTRICOS – DISCO DE NUTAÇÃO: ➔ O movimento de nutação é aquele movimento que adquire um disco ou uma moeda, depois de caírem de uma certa altura; ➔ No medidor de disco de nutação, a peça móvel é um disco com um rasgo radial que tem no seu centro uma esfera e um pino axial; ➔ Quando o líquido entra no medidor, a pressão diferencial entre a entrada e a saída faz o disco adquirir o movimento de nutação; ➔ O líquido entra no medidor indo ao topo da carcaça principal, posteriormente se movimenta para baixo, passando pela câmara de medição e saindo na base do medidor; VAZÃO ➔ MEDIDORES VOLUMÉTRICOS – DISCO DE NUTAÇÃO: ➔ O pino solidário da esfera descreve um movimento cônico e sua extremidade é acoplada a um conjunto de engrenagens ou acoplamento magnético de um indicador; ➔ Para cada ciclo de nutação um certo volume de fluído passou pelo medidor; Vídeo 8 TEMPERATURA ➔ CONCEITOS: ➔ Os principais fatores a serem considerados para a escolha do sensor mais apropriado são: ➔ Faixa de temperatura: Na prática industrial a medição é efetuada numa gama intensa, desde temperaturas criogênicas abaixo de -200°C até alguns milhares de graus; ➔ Nenhum sensor individual cobre toda esta gama, e o primeiro critério de escolha será o atendimento à faixa requerida para cada aplicação específica; ➔ Exatidão e repetibilidade: Variam bastante em função do sensor, devendo atender às necessidades da aplicação; ➔ Proteção: Mecanicamente, os sensores de temperatura são incapazes de resistir quando expostos diretamente às condições agressivas de muitos processos; ➔ Problemas envolvendo altas temperaturas e meios agressivos podem ser resolvidos pela medição da radiação emitida, sem contato físico direto; TEMPERATURA ➔ CONCEITOS: ➔ Tempo de resposta (Tr): É o tempo que o sensor leva para reagir a uma variação da temperatura do meio que está sendo medido, entrando em equilíbrio com a nova temperatura deste; ➔ Para fins práticos, é preciso definir o tempo decorrido até que se possa considerar que as temperaturas do meio e do sensor se igualaram; ➔ Define-se a constante de tempo (τ) do sensor como sendo o tempo que leva para atingir 63,2% da variação total, quando submetido a um degrau de variação de temperatura; ➔ Na prática considera-se Tr = 3.τ TEMPERATURA ➔ CONCEITOS: ➔ Se considerarmos apenas o princípio físico de operação do sensor, este deveria, na maior parte dos casos, apresentar resposta praticamente imediata. Ocorre, porém, que o sistema sofre influência da massa do sensor e do poço de proteção; ➔ Quanto maior a massa do sensor, maior o tempo decorrente, até que ele entre em equilíbrio térmico com o meio; ➔ Pequenos sensores são extremamente rápidos, mas geralmente de grande fragilidade; ➔ A proteção exerce uma grande influência sobre o tempo de resposta, devido à massa e condutibilidade térmica da mesma e à resistência térmica do contato entre o sensor e à proteção; TEMPERATURA ➔ INDICADORES DE TEMPERATURA: ➔ Indicadores Cromáticos: São produtos químicos que sofrem alterações na sua coloração devido a variação da temperatura; ➔ Geralmente estes produtos são incorporados a tintas; ➔ Uma aplicação interessante é a pintura de reatores que apresentam periculosidade no caso de uma elevação excessiva da temperatura; ➔ A alteração de cor deve ocorrer a uma temperatura bem abaixo da temperatura de risco, para que seja possível tomar providências; TEMPERATURA ➔ INDICADORES DE TEMPERATURA: ➔ Indicadores Pirométricos: São pequenos dispositivos termomecânicos descartáveis que indicam a temperatura pela sua deformação. A leitura é efetuada quando o vértice do cone atinge o nível da base; ➔ Empregados principalmente na indústria cerâmica e em alguns processos de tratamento térmico; TEMPERATURA ➔ MEDIDORES TRADICIONAIS: ➔ Termômetros Bimetálicos: Quando uma lâmina de metal é aquecida, a dilatação provoca o aumento do seu comprimento; ➔ Ligando-se duas lâminas com diferentes coeficientes de dilatação, o conjunto sofrerá uma deformação; ➔ A maior sensibilidade é conseguida com lâminas de coeficientes de dilatação bem diversas. Ex: invar (liga ferro/níquel de baixo coeficiente) em conjunto com uma liga de alto coeficiente de dilatação; TEMPERATURA ➔ MEDIDORES TRADICIONAIS: ➔ Termômetros Bimetálicos: A lâmina bimetálica é enrolada na forma de espiral e acondicionada em um tubo protetor; ➔ O movimento provocado pela dilatação desigual é transmitido a um ponteiro que se desloca sobre uma escala; ➔ Estes termômetros são apenas indicadores locais, desprovidos de facilidades para transmissão de sinal; ➔ Os elementos bimetálicos também são muito aplicados na construção de termostatos, dispositivos que ligam ou desligam um circuito elétrico em função da temperatura. Aplicados, por exemplo, no controle de temperatura de painéis (ventilação, aquecimento, sinalização) e na proteção de motores; TEMPERATURA TEMPERATURA ➔ MEDIDORES TRADICIONAIS: ➔ Termômetros de Haste de Vidro: Nestes termômetros o líquido contido em um bulbo sobe em um tubo capilar graduado, ao se dilatar com o calor; ➔ Nos termômetros industriais o bulbo é protegido por um poço, usualmente em inox, e preenchido com mercúrio ou álcoois; ➔ São apenas indicadores locais, não permitindo leitura remota e nem fornecem sinal para sistemas de controle; TEMPERATURA ➔ MEDIDORES TRADICIONAIS: ➔ Termômetros Bulbo-Capilar: Consistem de um pequeno reservatório metálico (bulbo) conectado por meio de um capilar a um tubo Bourdon (similar ao dos manômetros); ➔ A indicação é resultado da dilatação do fluido contido no bulbo e no capilar, aumentando a pressão no tubo Bourdon. O fluido de preenchimento pode ser líquido, vapor ou gás; ➔ O bulbo-capilar também é utilizado em termostatos, para o acionamento de sistemas de aquecimento e refrigeração; TEMPERATURA ➔ TERMÔMETROS DE RESISTÊNCIA: ➔ Quase todos os materiais condutores elétricos apresentam uma dependência entre a resistência e a temperatura. Esse fenômeno permite seu emprego como sensores; ➔ Bulbos de Resistência de Fio Metálico: São também conhecidos como RTD (Resistance Temperature Detectors), os termorresistores são formados por um fio (platina, níquel, cobre, balco – 70% Ni/ 30% Fe) disposto sobre um suporte isolante de vidro ou cerâmica e encapsulado com os mesmos materiais; ➔ Posteriormente o sensor é acondicionado em um tubo ou poço de proteção; ➔ O termorresistor mais empregado no mundo é o Pt-100. É assim chamado por possuir elemento de platina e resistência de 100Ω a 0°C; TEMPERATURA TEMPERATURA ➔ TERMÔMETROS DE RESISTÊNCIA: ➔ Bulbos de Resistência de Fio Metálico: O Pt-100 trabalha associado a circuitos que convertem a sua variação de resistência em um sinal padronizado; ➔ O circuito também deve garantir que a corrente no sensor seja suficientemente pequena para que seu autoaquecimento seja desprezível; ➔ Estes circuitos encontram-se em transdutores detemperatura fornecidos por muitos fabricantes. Desta forma, é importante conhecer as opções de conexão entre o sensor e o instrumento; TEMPERATURA Conexão a dois fios: O transmissor deverá ser calibrado para compensar a resistência do cabo (RC1+RC2); Alterações no cabo (material, comprimento) ou variações na temperatura ambiente podem comprometer a medição; R T =R C1 +R C2 +R S Conexão a três fios: Como a resistência dos condutores são iguais (R C1 =R C2 =R C3 ) elas se cancelam, resultando como resistência total a resistência aparente do sensor Pt-100; R T =R 1 -R 2 R T =R C2 + R S + R C3 - R C1 - R C2 R T =R S Vídeo 9 TEMPERATURA ➔ TERMÔMETROS DE RESISTÊNCIA: Bulbos de Resistência de Fio Metálico: ➔ A conexão a três fios é a mais aplicada na indústria, estando sujeita apenas a pequenos erros devido à desigualdade dos condutores do cabo; ➔ Um método utilizado nas medições em laboratórios é a conexão a quatro fios; ➔ A conexão a quatro fios torna a medição independente do cabo, mesmo que seus condutores sejam desiguais. TEMPERATURA ➔ TERMÔMETROS DE RESISTÊNCIA: Bulbos de Resistência de Fio Metálico: O Pt-100 é alimentado pelos terminais A e B, conectados a um circuito que mantém a corrente constante (qualquer que seja a resistência dos condutores dentro de certos limites); ➔ A tensão no sensor é medida entre os terminais C e D por um circuito de alta impedância, tornando a resistência dos condutores totalmente desprezível; ➔ Conhecida a corrente e a tensão, o transmissor calcula, pela lei de ohm, a resistência do sensor. TEMPERATURA TERMÔMETROS DE RESISTÊNCIA: – TRANSMISSORES CABEÇOTE/ BLOCO DE LIGAÇÃO: TEMPERATURA TERMÔMETROS DE RESISTÊNCIA: – TRANSMISSORES TEMPERATURA ➔ TERMÔMETROS DE RESISTÊNCIA: ➔ Termistor: Os termistores se caracterizam por possuir grande variação da resistência elétrica em função da temperatura (faixas de -100°C a 300°C); ➔ Embora empreguem materiais semicondutores, os termistores não possuem junções P-N e por isso não possuem polaridade; ➔ Existem dois tipos de termistores: os NTC (Negative Thermal Coefficient), cuja resistência decresce com o aumento da temperatura e os PTC (Positive Thermal Coefficient), no qual a resistência aumenta com a temperatura; ➔ O PTC possui em especial um ponto de transição, a partir do qual iniciará a variação da resistência em função da temperatura; TEMPERATURA ➔ TERMÔMETROS DE RESISTÊNCIA: ➔ Termistor: Possuem grande sensibilidade a variação de temperatura, porém sua curva é não linear; ➔ A relação entre a resistência e a temperatura é obtida das curvas fornecidas pelos fabricantes, e os termistores são especificados através de sua resistência na temperatura de 25°C; TEMPERATURA ➔ TERMÔMETROS DE RESISTÊNCIA: ➔ Termistor: Exemplo: NTC Modelo 103AT-II, 10KΩ para 25°C, faixa de medição -50 a 105°C TEMPERATURA ➔ TERMÔMETROS DE RESISTÊNCIA: ➔ Termistor: O fato das resistências dos termistores serem elevadas (na ordem de KΩ), torna pouco significativa a resistência dos condutores; ➔ Por isso, as medições podem ser feitas a 2 fios sem grande prejuízo. Para aplicações que exigem alta exatidão podem ser utilizadas conexões de 3 e 4 fios; TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: ➔ O funcionamento dos termopares é caracterizado pelos efeitos Seebeck, Peltier e Thomson; ➔ Efeito Seebeck: T.J.Seebeck descobriu que em um circuito fechado formado por dois fios de metais diferentes, circula uma corrente se as duas junções J1 e J2 forem mantidas à temperaturas diferentes, T1 e T2; ➔ Esta corrente corrente será diretamente proporcional à diferença entre as temperaturas; TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: ➔ A corrente é provocada por uma diferença de potencial, da ordem de milivolts, que também pode ser medida; ➔ Se uma das junções for mantida em uma temperatura constante e conhecida, através da diferença de potencial é possível determinar a temperatura da outra junção; ➔ A junção mantida a temperatura constante é chamada de junção de referência ou junta fria. A outra junção responsável pela medição é chamada de junta quente; ➔ Essa nomenclatura se deve ao fato da maioria das aplicações envolverem medições feitas à temperaturas superiores à ambiente; TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: ➔ Efeito Peltier: Quando um circuito contendo duas junções, inicialmente à mesma temperatura, é percorrido por uma corrente, em decorrência da conexão de uma fonte externa, ocorre o aquecimento de uma junção e o resfriamento de outra; ➔ Efeito Thomson: Thomson deduziu que, ao circular corrente pelo termopar, a temperatura em diferentes pontos dos condutores assume valores não justificáveis pelo efeito Joule, e estabeleceu as equações que regem o fenômeno, que é dependente da natureza dos metais; TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: ➔ Os termopares padronizados são divididos em dois grupos: 1. Termopares Básicos (T,J,E,K): São assim chamados os termopares de maior uso industrial, em que os fios são de custo relativamente baixo e sua aplicação admite um limite de erro maior; 2. Termopares Nobres (S,R,B): São aqueles em que os pares dos fios são constituídos de platina. Tem custo elevado e exigem instrumentos receptores de alta sensibilidade, porém apresentam uma altíssima precisão, dada a homogeneidade e pureza dos fios; ➔ Ex: TIPO “T” ➔ Liga: ( + ) Cobre / ( - ) Constantan (composta de níquel, cobre e zinco); ➔ Identificação da polaridade: o positivo (cobre) é avermelhado; ➔ Faixa de Utilização: - 184 a 370°C (Com certas precauções pode ser utilizado até -262°C); ➔ FEM produzida: -5,333 a 19,027 mV; ➔ Em temperaturas acima de 310°C o cobre começa a se oxidar e próximo de 400°C, oxida-se rapidamente; TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: ➔ LEIS BÁSICAS: ➔ 1. Lei do Circuito Homogêneo: Se houver algum ponto em um dos condutores sujeito a uma terceira temperatura T3, esta não irá interferir na tensão gerada no circuito pelas temperaturas nas junções T1 e T2; ➔ Esta lei garante que, na medição, não há influência da temperatura ao longo dos fios dos termopares; TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: ➔ LEIS BÁSICAS: ➔ 2. Lei dos Condutores Intermediários: Se um terceiro metal é inserido no circuito, basta que as novas junções T3 e T4 estejam à mesma temperatura para que não haja qualquer modificação na saída do termopar; Termopares com junta aterrada no poço apresentam excelentes tempo de resposta. TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: ➔ LEIS BÁSICAS: ➔ 3. Lei da Som das F.E.M: A tensão de um termopar submetido as temperaturas T1-T3 deve ser igual a soma das tensões entre as temperaturas intermediárias T1-T2 e T2-T3. TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: ➔ ASSOCIAÇÃO DE TERMOPARES: Para uma melhor adaptação de termopares aos processos industriais e para atender os objetivos de diversos tipos de medição, costuma-se utilizar de associação de termopares (normalmente termopares do mesmo tipo). As principais associações são: série, paralelo e oposição; ➔ A associação em série é utilizada quando se deseja ampliar o sinal elétrico (maior sensibilidade) gerado pelo termopar (E TOTAL = E 1 + E 2 + E 3 ); TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: ➔ ASSOCIAÇÃO DE TERMOPARES: A associação em paralelo é utilizada para medir a temperatura média (A média das F.E.M corresponde a média das temperaturas T1, T2 e T3) tendo como entrada diversos pontos; ➔ Assim, sendo os termopares iguais, temos ETOTAL = (E1 + E2 + E3)/3; TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: ➔ ASSOCIAÇÃO DE TERMOPARES: A associação em oposição faz a medição diferencial da temperatura em dois pontos (conectados em oposição de polaridade E TOTAL = E 1 - E 2 ; ➔ Esta ligação é útil para medir a diferença de temperatura entre dois pontos, ou, quando associada a um sistema de controle, manter duas temperaturas iguais ou com um diferencial constante (T1 = T2, mantidas as juntas frias a mesma temperatura E = 0); TEMPERATURA ➔ TERMOPARES:➔ CONSTRUÇÃO DE TERMOPARES: O tipo mais simples de termopar consiste em unir dois fios de diferentes naturezas por uma de suas extremidades. A união pode ser feita simplesmente por torção, porém tendem a apresentar maior erro, além da indefinição do ponto exato da medição; ➔ Usualmente sua confecção é feita através da soldagem direta dos fios. A forma de contato vai depender do tipo do termopar; TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: ➔ CONSTRUÇÃO DE TERMOPARES: ➔ Proteção: Quando o meio permite, o termopar pode operar sem proteção, o que proporciona melhor tempo de resposta. Porém, a agressividade dos processos normalmente impossibilitam sua montagem exposta; ➔ Podem ser utilizados tubos de proteção metálicos (aço carbono ate 500°C, aço cromo até 1100°C) ou poços cerâmicos (maiores temperatura, porém maiores tempos de resposta) e os poços metálicos usinados a partir de barras maciças (mais resistentes que os tubos) https://www.youtube.com/watch?v=3ielaf5gbrY TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: ➔ CONSTRUÇÃO DE TERMOPARES: Para isolar os fios do termopar é possível utilizar um tubo isolante ou miçangas, geralmente de cerâmica ou alumina, de um a seis furos onde se introduz os pares termelétricos; ➔ Para proteção mecânica, o termopar com isolante térmico é introduzido dentro de um tubo de proteção ou poço; TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: ➔ CONSTRUÇÃO DE TERMOPARES: Outra forma para isolar os fios é a isolação mineral. Tem como principal vantagem maior estabilidade e resistência mecânica; ➔ A isolação mineral consiste de 3 partes básicas: - Um ou mais pares de fios isolados entre si; - Um material cerâmico compactado (pó de óxido de magnésio que serve como isolante elétrico e é bom condutor térmico); - Uma bainha metálica externa; ➔ A escolha do material da bainha é fundamental para a vida útil do termopar isolação mineral, pois se a bainha resistir às condições do ambiente agressivo, o termoelemento também resistirá; TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: ➔ CONSTRUÇÃO DE TERMOPARES: Com relação ao tipos de junções de medição, é possível classificar os termopares em três tipos: ➔ a) Junção Exposta: Neste tipo de montagem, parte da bainha e da isolação são removidos, expondo o termoelemento ao ambiente; ➔ Apresenta um tempo de resposta pequeno e grande sensibilidade a pequenas variações na temperatura; ➔ Tem a desvantagem do rápido envelhecimento do termoelemento devido ao contato direto com o ambiente; TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: ➔ CONSTRUÇÃO DE TERMOPARES: ➔ b) Junção Aterrada: Nesta montagem o termoelemento e a bainha (ou poço) são soldados juntos para formar a junção de medição. Assim os fios são aterrados na bainha. ➔ Este tipo de montagem apresenta um tempo de resposta um pouco maior que a junção exposta, no entanto, pode ser utilizado em ambientes agressivos devido a isolação dos termoelementos; ➔ Não é recomendável para ambientes sujeitos a ruídos devido captação dos mesmos, podendo transmiti-los para o instrumento indicador gerando erros e instabilidade na leitura; TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: ➔ CONSTRUÇÃO DE TERMOPARES: ➔ c) Junção Isolada: É quando a junção de medição é isolada eletricamente da bainha. Este tipo de montagem é o mais utilizado; ➔ Possui um tempo de resposta maior que as montagens anteriores; ➔ Os termoelemento fica totalmente protegido do meio externo garantindo maior vida útil; ➔ Pode ser utilizado em ambientes sujeitos a campos elétricos, pois sendo isolado da bainha, fica menos suscetível a interferências. TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: ➔ CONSTRUÇÃO DE TERMOPARES: ➔ Junção de Referência: Conforme já exposto, na medição de temperatura utilizando sensores tipo termopares obtém-se uma tensão causada pela diferença de temperatura entre suas junções; ➔ Para que não haja erro na leitura dos valores medidos, a junção que é conectada ao instrumento receptor (transmissor, indicador registrador, controlador, etc.) deve estar referenciada a um valor fixo de temperatura ou compensada automaticamente; TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: ➔ CONSTRUÇÃO DE TERMOPARES: Para tanto, três métodos são normalmente utilizados: 1. Manter esses pontos em 0°C pela utilização de uma garrafa térmica contendo gelo triturado; 2. Manter esse pontos em uma temperatura controlada, normalmente 50°C, por meio de aquecimento resistivo controlado, onde instrumento receptor deve acrescentar o valor em milivolt correspondente à essa temperatura; 3. Compensar automaticamente, utilizado na grande maioria dos transmissores de temperatura, no qual a temperatura da junção de referência é medida por sensores apropriados e compensada automaticamente através de um circuito eletrônico. ➔ Em instalações industriais, os dois primeiros são impraticáveis; TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: ➔ CONSTRUÇÃO DE TERMOPARES - Interligação de Termopares: A interligação dos termopares com os transmissores instalados remotamente deve obedecer critérios específicos já que esta interligação não pode gerar o “aparecimento” de novos termopares; ➔ Para isto, ou se usa cabos do mesmo material, ou por questões de custo se utiliza cabos que substituem os de mesmo material sem que haja interferência na medição (comportamento termoelétrico igual); ➔ Cabeçote: Protege os terminais através dos quais os fios do termopar são ligados ao cabo que os conecta com o instrumento; TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: ➔ CONSTRUÇÃO DE TERMOPARES - Interligação de Termopares: ➔ a) Cabos de extensão: São aqueles fabricados com o mesmo material do termopar. Para os termopares tipo T, J, K e E são utilizados cabos do mesmo material (devido ao seu baixo custo) para interligação com o instrumento receptor; ➔ b) Cabos de compensação: Para os cabos dos termopares nobres (R, S e B) não seria viável economicamente a utilização de cabos de extensão; ➔ Assim, para tornar possível a utilização desses sensores, desenvolveu-se cabos de natureza diferente, porém com a característica de produzirem a mesma curva de força eletromotriz (FEM) desses termopares; TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: ➔ CONSTRUÇÃO DE TERMOPARES: ➔ Codificação dos fios e cabos: A cor da capa (proteção dos cabos) identifica o termopar aplicável e indica se é de extensão ou compensação, As cores das isolações individuais dos condutores indicam a polaridade; TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: ➔ CONSTRUÇÃO DE TERMOPARES: ➔ EX: Ligação de um termopar com cabo de extensão; TEMPERATURA ➔ TERMOPARES: ➔ CONSTRUÇÃO DE TERMOPARES: ➔ EX: Ligação de um termopar com cabo de cobre comum; TRANSMISSORES ➔ CONCEITOS: ➔ Com o surgimento dos controladores, e a adoção da supervisão e do controle centralizados em uma sala própria (sala de controle) tornou-se necessário o envio à distância de um sinal proporcional à variável medida, ou seja a transmissão do sinal; ➔ Na instrumentação pneumática, o sinal padronizado é a variação de pressão do ar: ● 3 a 15 psi; ● 0,2 a 1 kgf/cm2; ● 0,2 a 1 bar; ➔ Com o advento da instrumentação eletrônica, analógica, foi padronizada a transmissão de sinais na forma de corrente contínua, na faixa de 4 a 20 mA; ➔ A alimentação dos transmissores pode ser a quatro, dois ou três fios, sendo a alimentação a três fio pouco empregada; ➔ CONCEITOS: ➔ Alimentação a quatro fios: É efetuado com 110/115/127 ou 220/240 volts em corrente alternada, e um par independente de terminais fornece o sinal de 4 a 20 mA; ➔ Utilizados principalmente nos instrumentos que requerem potência relativamente elevada; ➔ Alimentação a dois fios: A alimentação é proporcionada pelo próprio sinal de 4 a 20 mA. A tensão nominal é de 24 V, corrente contínua; ➔ Os instrumentos podem ser cegos (sem indicação local), ou dotados de indicação analógica ou digital; TRANSMISSORES ➔ CONCEITOS: ➔ Conexão ao sensor: O sensor pode estar localizada a uma certa distância (geralmente pequena) do transmissor, ou pode estar acoplado diretamente no mesmo; ➔ Por exemplo, um termoparem poço acoplado diretamente a um transmissor de temperatura, ou um transmissor de pressão em que o sensor se encontra no interior do corpo; ➔ Muitos transmissores apresentam comunicação digital por meio de pulsos que são sobrepostos ao sinal de 4 a 20 mA; ➔ Os principais protocolos de comunicação digital são o H.A.R.T, o Fundation Fieldbus e o Profibus; TRANSMISSORES VÁLVULAS DE CONTROLE ➔ VÁLVULAS DE CONTROLE: A válvula de controle desempenha um papel importante nos processos que dependem do controle de líquidos, gases e vapores; ➔ Os elementos finais de controle, que têm na válvula seu principal representante, são os responsáveis pela manipulação do fluxo de matéria ou energia; ➔ A finalidade é atuar no processo de modo a corrigir o valor da variável controlada sempre que houver algum desvio em relação ao valor desejado; ➔ Na maioria dos casos a válvula de controle é o componente mais sujeito a condições severas de pressão, temperatura, corrosão, erosão, etc. Mesmo assim, deve operar de modo satisfatório, para não comprometer o controle do processo; ➔ VÁLVULAS DE CONTROLE: ➔ Uma válvula de controle divide-se nas seguintes partes: 1) Atuador 2) Castelo 3) Corpo e internos ➔ Atuador: É a parte da válvula de controle que fornece a força com que a válvula realiza o seu trabalho; ➔ O atuador mais aplicado industrialmente é do tipo diafragma e consiste numa câmara bipartida que contêm um diafragma flexível; ➔ Em uma das partes desta câmara o atuador recebe o sinal de controle pneumático e na outra parte, o diafragma é fixado a um prato, onde se apoiam uma haste e a mola (ou molas); 1 2 3 VÁLVULAS DE CONTROLE ➔ VÁLVULAS DE CONTROLE: ➔ Quando é aplicado o sinal de controle (ar pneumático), a força produzida pela pressão na câmara se opõe à força gerada pela mola, a qual limita o curso e regula a posição da haste; ➔ Assim este tipo de atuador transforma a pressão de ar aplicada num movimento de translação; ➔ A faixa de pressão com que cada atuador trabalha varia conforme modelo e fabricante. A maioria opera numa faixa de 3 a 15 PSI (0,2 a 1,0 Kgf/cm2); ➔ Desta forma, na especificação de uma válvula de controle, um dos valores que se deve especificar é a pressão de ar de acionamento disponível na planta para que sejam definidas as dimensões do atuador em função das forças necessárias a sua operação; VÁLVULAS DE CONTROLE ➔ VÁLVULAS DE CONTROLE: ➔ O sistema de atuação das válvulas de controle, transforma pressão de ar em força aplicada ao diafragma, existindo uma relação praticamente linear entre a pressão de ar de atuação e o deslocamento da haste; ➔ A ação dos atuadores podem ser do tipo direta ou inversa; ➔ Em um atuador de ação direta, a válvula de controle fecha com o aumento da pressão de ar. Assume a posição totalmente aberta em caso de falha de suprimento de ar; VÁLVULAS DE CONTROLE ➔ VÁLVULAS DE CONTROLE: ➔ Em um atuador de ação indireta, a válvula de controle abre com o aumento da pressão de ar. Assume a posição totalmente fechada em caso de falha de suprimento de ar; Ação Direta VÁLVULAS DE CONTROLE ➔ VÁLVULAS DE CONTROLE: ➔ Esses atuadores destinam-se ao acionamento de válvulas com curso linear, normalmente válvulas do tipo globo; ➔ As válvulas do tipo esfera ou borboleta, cujo movimento é rotativo, necessitam atuadores que produzam deslocamentos angulares, cujo movimento é transmitido ao eixo da válvula; ➔ Os atuadores podem ser também do tipo pistão, empregados principalmente para o bloqueio de fluxo (posições aberta e fechada). Podem ser tanto pneumáticos como hidráulicos; ➔ Os atuadores elétricos com moto-redutor são normalmente empregados em casos específicos ou em válvulas de grande diâmetro onde não é possível o emprego de atuadores pneumáticos; VÁLVULAS DE CONTROLE ➔ VÁLVULAS DE CONTROLE: ➔ Destacam-se ainda os atuadores manuais que podem ser do tipo volante com hastes roscadas destinados a regulagem manual do fluxo; ➔ Os atuadores manuais podem ser acionados também por meio de alavanca com ¼” de volta para fechamento rápido; ➔ Em tubulações maiores utiliza-se atuadores por meio de volante com caixa de redução; ➔ Corpo e internos: O fluido de processo passa pelo corpo da válvula, sendo que o obturador é o elemento móvel da válvula, responsável por restringir a vazão; ➔ O formato do obturador determina a relação entre a abertura da válvula e a vazão correspondente, dando origem a característica de vazão da válvula de controle; VÁLVULAS DE CONTROLE ➔ VÁLVULAS DE CONTROLE: ➔ O tipo de corpo mais frequentemente utilizado é o da válvula globo de sede simples; VÁLVULAS DE CONTROLE ➔ VÁLVULAS DE CONTROLE: ➔ Castelo: O castelo é a parte da válvula que conecta o atuador ao corpo da válvula, guiando a haste da mesma e alojando o sistema de selagem do fluido de processo. ➔ No caso das válvulas globo, como a haste é deslizante, há a necessidade de uma selagem desta haste através do sistema de Engaxetamento; ➔ O engaxetamento constitui-se de anéis e acessórios em torno da haste, com a função de fixar o sistema ao castelo, de modo a se evitar o vazamento do fluido de processo. VÁLVULAS DE CONTROLE ➔ VÁLVULAS DE CONTROLE: ➔ Válvulas Globo: São as válvulas de controle mais frequentemente utilizadas; ➔ São aplicadas em fluidos limpos e isentos de sólidos, pois podem danificar os internos comprometendo seu fechamento; ➔ Podem ser de sede simples ou dupla. As válvulas globo de sede simples apresentam menor vazamento, porém requerem maior força para seu fechamento; ➔ As válvulas globo de sede dupla possuem um obturador balanceado e atuadores menores. Apesar de requerem menos força para o fechamento, são sujeitas a maiores vazamentos; VÁLVULAS DE CONTROLE ➔ VÁLVULAS DE CONTROLE: ➔ Válvulas Esfera: Originalmente eram utilizadas para bloqueio; ➔ Atualmente são utilizadas para o controle de “fluidos sujos” (papel e celulose, mineração, siderurgia). Possuem boa característica de controle além de boa vedação; ➔ Quando aplicada em controle, a esfera pode apresentar um perfil diferenciado para determinar a característica de vazão. VÁLVULAS DE CONTROLE ➔ VÁLVULAS DE CONTROLE: ➔ Válvulas Borboleta: Constitui-se num dos mais antigos tipos de válvula de controle; ➔ Na verdade são restritores compostos de um disco basculante num eixo, o qual obstrui uma seção de tubulação; ➔ Possuem baixo custo inicial e baixo custo de manutenção; VÁLVULAS DE CONTROLE ➔ VÁLVULAS DE CONTROLE: ➔ Coeficiente de Vazão (Cv): Trata-se de um índice que traduz a capacidade de uma válvula de controle com base em testes de bancada; ➔ O coeficiente de vazão (Cv) da válvula é definido como a vazão de água que passa pela válvula, em galões por minuto (gpm), quando a queda de pressão através da mesma for de 1 psi, a uma temperatura de 60°F (15,56°C); ➔ Características inerente e instalada: A característica inerente se refere a característica projetada da válvula (fora do processo), considerando um diferencial de pressão constante durante sua operação; ➔ A característica instalada se refere operação real da válvula, com um diferencial de pressão variável ocasionado pelas diversas influências do processo; ➔ É muito difícil prever o comportamento da válvula instalada, sendo normal uma diferença entre a característica real e inerente da válvula; VÁLVULAS DE CONTROLE ➔ VÁLVULAS DE CONTROLE: ➔ Rangeabilidade da válvula: A rangeabilidade é definida como a razão entre a máxima e a mínima vazão controlável (rangeabilidade inerente); ➔ Exemplo: Se uma válvula pode controlar a vazão de 20 l/h até 1000 l/h, então a sua rangeabilidade será de 50:1; ➔ Em condições reais, dificilmente se atinge a rangeabilidade inerente, pois não é possível manter a estabilidade, controlando a vazão próximo aos extremos do curso da válvula; ➔ Nesta condição da válvula instalada, a relação entre a máxima e mínimavazão controlável é conhecida como “turndown”; VÁLVULAS DE CONTROLE ➔ VÁLVULAS DE CONTROLE: ➔ Característica de vazão da válvula: A característica de vazão da válvula de controle é definida como a relação entre a abertura da válvula e a vazão; ➔ A curva característica de vazão de uma válvula é sempre definida em bancada, ou seja de forma inerente; ➔ A característica da válvula depende tipicamente do formato do contorno do obturador; ➔ Na válvula de abertura rápida, existe uma grande variação da vazão para uma pequena abertura no inicio da faixa; ➔ Este tipo de válvula possibilita a passagem de quase a totalidade da vazão nominal com apenas uma abertura de 25% do curso total; VÁLVULAS DE CONTROLE ➔ VÁLVULAS DE CONTROLE: ➔ Não é adequada para controle contínuo, sendo aplicada geralmente em controle do tipo on-off; ➔ A curva característica desta válvula não é definida em norma podendo haver variações entre modelos e fabricantes; ➔ Na válvula linear, a vazão é diretamente proporcional a sua abertura. Possui ganho constante em todas as vazões, independente do ponto de operação. ➔ Utilizada normalmente para controle de nível, controle de pressão de fluidos compressíveis e em sistemas onde a perda de carga na válvula seja elevado (cerca de 40% ou mais da perda de carga total do sistema); ➔ Teoricamente é a melhor curva para controle, porém na prática é muito provável que seu comportamento linear inerente não seja mantido e por isso seu uso é restrito. VÁLVULAS DE CONTROLE ➔ VÁLVULAS DE CONTROLE: ➔ Na válvula igual porcentagem, iguais variações na abertura da válvula correspondem a iguais porcentagens na variação de vazão (vai depender da rangeabilidade da válvula); ➔ Possui uma variação de vazão muito pequena no início de sua abertura e muito alta na próxima da abertura total; ➔ Esta válvula perde sua característica inerente quando instalada no processo, aproximando-se geralmente da linear. ➔ Utilizada normalmente no controle de pressão de líquidos, em processos rápidos e quando não se conhece muito bem a dinâmica do processo; VÁLVULAS DE CONTROLE ➔ VÁLVULAS DE CONTROLE: ➔ Posicionadores: O posicionador é um servo-amplificador (pneumático ou eletropneumático) cuja função é assegurar o correto posicionamento da haste da válvula, de acordo com o sinal de comando correspondente enviado pelo controlador; ➔ Uma válvula operando sem o posicionador, simplesmente recebe o valor da pressão do respectivo posicionamento (ex.: 9 PSI => 50%); ➔ O atrito da haste com o sistema de engaxetamento da válvula pode causar erros no posicionamento; ➔ Desta forma, o objetivo do posicionador é o de comparar o sinal de referência da posição desejada com a posição real da haste da válvula; VÁLVULAS DE CONTROLE ➔ VÁLVULAS DE CONTROLE: ➔ Através de um elo eletromecânico ou magnético é possível verificar se a haste está na posição desejada; ➔ Neste caso, o posicionador irá aumentar ou diminuir a pressão enviada para o diafragma até que a haste atinja a posição de referência determinada pelo controlador; VÁLVULAS DE CONTROLE Vídeo 10 Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90 Slide 91 Slide 92 Slide 93 Slide 94 Slide 95 Slide 96 Slide 97 Slide 98 Slide 99 Slide 100 Slide 101 Slide 102 Slide 103 Slide 104 Slide 105 Slide 106 Slide 107 Slide 108 Slide 109 Slide 110 Slide 111 Slide 112 Slide 113 Slide 114 Slide 115 Slide 116 Slide 117 Slide 118 Slide 119 Slide 120 Slide 121 Slide 122 Slide 123 Slide 124 Slide 125 Slide 126 Slide 127 Slide 128 Slide 129 Slide 130 Slide 131 Slide 132 Slide 133 Slide 134 Slide 135 Slide 136 Slide 137 Slide 138 Slide 139 Slide 140 Slide 141 Slide 142 Slide 143 Slide 144 Slide 145 Slide 146 Slide 147 Slide 148 Slide 149 Slide 150 Slide 151 Slide 152 Slide 153 Slide 154 Slide 155 Slide 156 Slide 157 Slide 158 Slide 159 Slide 160 Slide 161 Slide 162 Slide 163 Slide 164 Slide 165 Slide 166 Slide 167 Slide 168 Slide 169 Slide 170 Slide 171 Slide 172 Slide 173 Slide 174 Slide 175 Slide 176 Slide 177 Slide 178 Slide 179 Slide 180 Slide 181 Slide 182 Slide 183 Slide 184 Slide 185 Slide 186 Slide 187 Slide 188 Slide 189 Slide 190 Slide 191 Slide 192 Slide 193 Slide 194 Slide 195 Slide 196 Slide 197 Slide 198 Slide 199 Slide 200 Slide 201 Slide 202 Slide 203 Slide 204 Slide 205 Slide 206 Slide 207 Slide 208 Slide 209 Slide 210 Slide 211 Slide 212 Slide 213 Slide 214 Slide 215 Slide 216 Slide 217 Slide 218 Slide 219 Slide 220 Slide 221 Slide 222 Slide 223 Slide 224 Slide 225 Slide 226 Slide 227