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SISTEMA DE ENSINO
LEGISLAÇÃO
Lei n°. 5.810/94 - Regime Jurídico Único 
dos Servidores Públicos Civis do Estado 
do Pará - Parte I
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Gustavo Deitos
Lei n°. 5.810/94 - Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado 
do Pará - Parte I
LEGISLAÇÃO
Apresentação ................................................................................................................................................... 3
Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Pará – Lei Estadual n. 
5.810/1994 – Primeira Aula .......................................................................................................................5
Exercícios......................................................................................................................................................... 34
Gabarito............................................................................................................................................................. 51
Gabarito Comentado .................................................................................................................................. 52
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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do Pará - Parte I
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ApresentAção
Olá querido(a) aluno(a)! A partir de agora, teremos seis aulas para estudarmos o Regime 
Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, instituído por meio da Lei 
Estadual n. 5.810/1994 e cobrado pelo seu edital.
Apesar de este Estatuto ter muitas particularidades, nele estão presentes diversos institu-
tos jurídicos já consagrados e muito aprofundados no direito administrativo brasileiro.
Portanto, as aulas serão destinadas a dar destaque aos pontos mais particulares e, tam-
bém, a proporcionar aprofundamento teórico sobre os institutos jurídicos envolvidos no grau 
necessário e indispensável para a compreensão do conteúdo.
Além de dar destaque a pontos dogmáticos, visaremos apresentar o conteúdo de maneira 
reflexiva, de modo que torne mais claro o fundamento de cada segmento deste Estatuto. É 
claro, sempre teremos por principal objetivo o oferecimento de substrato suficiente para que 
você esteja à altura de acertar qualquer questão avaliativa deste tema em nosso concurso.
A fim de que a abordagem pretendida seja feita de forma mais clara e organizada para 
você, trabalharemos com sistema de comentários individualizados a cada artigo da lei, fazen-
do-se menções e associações com outros artigos sempre que for conveniente para o melhor 
entendimento da matéria.
Considerando que as questões do seu concurso serão da modalidade “múltipla escolha” e 
terão cinco alternativas cada uma, apresentarei uma série de questões inéditas, com idêntico 
formato, para ajudá-lo a adaptar-se ao estilo da banca. Além dessas, apresentarei algumas 
questões de “certo e errado” para ajudá-lo a fixar pontos que mereçam atenção centralizada.
Em razão da escassez de questões válidas e atualizadas de outros concursos sobre este 
Estatuto, tenho o dever de ajudá-lo a preparar-se para o perfil da banca examinadora com 
questões inéditas. A corrida contra o tempo, entretanto, vigora para todos nós: assumo a mis-
são de lhe disponibilizar material sobre todo o conteúdo em tempo hábil. Dessa forma, mes-
mo que seja inviável a apresentação de um número tão expressivo de questões, apresentarei 
questões em número que, certamente, envolva todos os pontos importantes da aula, mesmo 
que em número menor.
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LEGISLAÇÃO
Cordialmente, torço para que as aulas que tivemos sobre este tema sejam de profunda 
valia para você e sua prova, pois foram preparadas com muita atenção, zelo e consideração 
ao seu esforço, que, para nós, é sagrado.
Nosso curso possibilita a avaliação de cada aula em PDF de forma fácil e rápida. Consi-
dero o resultado das avaliações extremamente importante para a continuidade da produção 
e edição de aulas, como fonte fidedigna e transparente de informações quanto à qualidade 
do material. Peço-lhe que, por favor, fique à vontade para avaliar as aulas do curso, de-
monstrando seu grau de satisfação relativamente aos materiais. Seu feedback é importan-
tíssimo para nós.
Caso fique com alguma dúvida após a leitura das aulas, por favor, envie-a a mim por meio 
do Fórum de Dúvidas, e eu a responderei o mais rápido possível. Será um grande prazer veri-
ficar sua dúvida com atenção, zelo e profundidade, e com o grande respeito que você merece.
Bons estudos!
Seja imparável!
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REGIME JURÍDICO ÚNICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS 
CIVIS DO PARÁ – LEI ESTADUAL N. 5.810/1994 – 
PRIMEIRA AULA
TÍTULO I 
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta lei institui o Regime Jurídico Único e define os direitos, deveres, garantias e vantagens 
dos Servidores Públicos Civis do Estado, das Autarquias e das Fundações Públicas.
Parágrafo único. As suas disposições aplicam-se aos servidores dos Poderes Executivo, Legislati-
vo e Judiciário, do Ministério Público e dos Tribunais de Contas.
De início, perceba que a abrangência institucional deste Estatuto recai sobre a Adminis-
tração Pública Direta do Estado (todos os seus órgãos) e sobre as Autarquias e as Fundações 
Públicas estaduais. Dessa maneira, NÃO são abrangidos por este estatuto os empregados de 
empresas públicas e sociedades de economia mista, nem mesmo os empregados de empre-
sas vinculadas contratualmente ao Poder Público.
No que tange às fundações, é importante que tenhamos claro em nossa menta que este 
Estatuto abrange somente as FUNDAÇÕES PÚBLICAS DE DIREITO PÚBLICO, não as funda-
ções públicas de direito privado.
O motivo é simples: as fundações públicas de direito público têm regime jurídico idêntico 
ao das autarquias, e seus agentes ocupam CARGOS públicos criados por lei. Já as de direito 
privado possuem funcionários ocupantes de EMPREGOS públicos, regidos – como todo o 
setor privado – pela CLT e demais normas de direito do trabalho.
Art. 2º Para os fins desta lei:
I – servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público;
O conceito de “servidor” deve sempre ser tratado com cuidado, a depender do contexto. 
Muitas vezes, fala-se do “servidor” com objetivo de fazer menção a todos os agentes públi-
cos, dentre eles agentes políticos, empregados públicos, particulares em colaboração com o 
Poder Público, agentes credenciados e, inclusive, os próprios servidores públicos.
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Afinal de contas, quais são as classificações de agentes públicos, e quando se deve falar 
especificamente do “Servidor Público”?
Antes de concluirmos sobre isso, saibamos qual é o conceito de “agente público”, e quais 
são as características essenciais para nele se enquadrar determinado sujeito. Segundo Maria 
Sylvia Zanella Di Pietro (2015), agente público “é toda pessoa física que presta serviços ao 
Estado e às pessoas jurídicas da Administração Indireta”.
Observando este conceito, você pode, em um primeiro momento, estranhar sua simpli-
cidade, pois nele poderiam se enquadrar pessoas que não têm nenhum vínculo com o Po-
der Público, como por exemplo os voluntários em situações de calamidade pública. Segundo 
José dos Santos Carvalho Filho (2015), agentes públicos são “conjunto de pessoas que, a 
qualquer título, exercem uma função pública como prepostos do Estado”. Para complementar, 
Carvalho Filho ainda sustenta que “o que é certo é que, quando atuam no mundo jurídico, tais 
agentes estão de alguma forma vinculados ao Poder Público.”.
Contudo, tudo é melhor explicado a partir do seguinte raciocínio: nem todos os agentes 
públicos têm vínculo contratual ou legal com o Estado, mas todos eles exercem atividades de 
interesse do Estado e podem agir em nome dele.
Com algumas variações de nome (e sem exclusão de outras classificações existentes na 
doutrina), a maioria da doutrina classifica os agentes públicos pelas seguintes espécies, que 
são abordadas por José dos Santos Carvalho Filho (2015):
AGENTES POLÍTICOS: são aqueles aos quais incumbe a execução das diretrizes traçadas 
pelo Poder Público. Desenham os destinos fundamentais do Estado e criam as estratégias 
políticas por eles consideradas necessárias e convenientes para que o Estado atinja seus 
fins. Têm funções de direção e orientação estabelecidas pela Constituição. Exemplos clássi-
cos: deputados, senadores, Presidente da República, vereadores e, segundo parcela da dou-
trina (com discordância de Carvalho Filho), juízes e membros do Ministério Público.
AGENTES PARTICULARES COLABORADORES: embora sejam particulares, exercem certas 
funções especiais que podem se qualificar como públicas. Sujeitam-se a encargo em favor 
da coletividade a que pertencem, de maneira normalmente transitória. Exemplos clássicos: 
jurados, mesários, concessionários e permissionários de serviços públicos.
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SERVIDORES PÚBLICOS: pessoas que se vinculam ao Estado por uma relação permanen-
te de trabalho e que recebem, por período de trabalho ou por produção, uma correspondente 
remuneração. São regidos em regra por Estatutos próprios.
Obs.: � muitos diferenciam os Servidores Públicos Estatutários dos Empregados Públicos, 
por terem regimes jurídicos diferentes. Os primeiros (seu caso), são regidos por Esta-
tutos e ocupam CARGOS PÚBLICOS. Os segundos, por sua vez, são regidos pela Con-
solidação das Leis do Trabalho e pelas demais legislações trabalhistas aplicáveis ao 
setor privado, e ocupam EMPREGOS PÚBLICOS.
 � Nosso Estatuto abrange, somente, os Servidores Públicos Estatutários, por óbvio. Os 
empregados públicos, que se vinculam a empresas públicas e sociedades de econo-
mia mista (regime jurídico de direito privado), não são abrangidos pela nossa lei e não 
serão objeto do nosso estudo.
Outros doutrinadores podem apresentar diversas categorias, como Hely Lopes Meirelles, 
que traz os “agentes credenciados”.
Nosso edital prevê a cobrança da conceituação de cargo, emprego e função pública. A 
diferença entre tais conceitos é muito bem elucidada por Maria Sylvia Zanella Di Pietro, cujo 
posicionamento é grandemente predominante em provas. Vejamos:
CARGO PÚBLICO e EMPREGO PÚBLICO são, cada um, uma unidade de atribuições desti-
nadas a um servidor ou empregado. A diferença basilar entre ambos é o tipo de vínculo que 
liga o servidor ao Estado:
• O ocupante de emprego público tem vínculo contratual, sob a regência da CLT.
• O ocupante de cargo público tem um vínculo legal, baseado em um Estatuto de Regime 
Jurídico Único, que, em nosso caso, é instituído pela Lei Estadual n. 5.810/1994.
FUNÇÃO PÚBLICA, por sua vez, com base na atual Constituição Federal, abrange dois 
tipos de situações:
• A função exercida por agentes públicos contratados temporariamente com base no 
art. 37, inciso IX, da Constituição Federal, para a qual não se exige, necessariamente, 
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concurso público, em razão da urgência da contratação, que se funda em necessidade 
temporária de excepcional interesse público. As hipóteses enquadradas nesse requisi-
to são elencadas na Lei Federal n. 8.745/93.
• As funções de natureza permanente, que normalmente são gratificadas, corresponden-
tes a Chefia, Direção, Assessoramento ou outro tipo de atividade para a qual o legisla-
dor não crie o cargo respectivo; em geral, são funções de confiança, de livre designação 
e dispensa. A previsão constitucional dessas funções está no art. 37, inciso V, que as 
aponta nos seguintes termos: “as funções de confiança, exercidas exclusivamente por 
servidores ocupantes de cargo efetivo, (...), destinam-se apenas às atribuições de dire-
ção, chefia e assessoramento”.
A diferença básica entre essas duas espécies de função é simples: a primeira espécie de 
função (temporária) pode ser ocupada independentemente de concurso público, por pessoa 
que seja titular tão somente da função; já a segunda espécie pode ser ocupada apenas, e tão 
somente (redundância proposital), por servidores efetivos, já concursados, que serão titula-
res do cargo efetivo e da função. Exemplos práticos dessa segunda espécie são as funções 
de Assistente de Promotoria, Assistente Chefe de Apoio Administrativo, Chefe de Departa-
mento, dentre outros.
II – cargo público é o criado por lei, com denominação própria, quantitativo e vencimento certos, 
com o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que de-
vem ser cometidas a um servidor;
III – categoria funcional é o conjunto de cargos da mesma natureza de trabalho;
IV – grupo ocupacional é o conjunto de categorias funcionais da mesma natureza, escalonadas 
segundo a escolaridade, o nível de complexidade e o grau de responsabilidade;
Apenas por questão didática, julgo importante alertar que o conceito de cargo anterior-
mente repassado é o teórico/doutrinário; no caso do artigo ora em comento, o conceito de 
cargo é específico e aplicado ao contexto do Estatuto.
Para entendermos melhor essa separação conceitual, vamos direto aos exemplos concre-
tos, que elaboramos com vistas a dar enfoque ao contexto do nosso certame:
GRUPO OCUPACIONAL: Servidores de nível superior do quadro do TJ-PA; Servidores de 
nível médio do quadro do TJ-PA.
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CATEGORIA FUNCIONAL: Analista Judiciário, Auxiliar Judiciário.
CARGO: Analista Judiciário – Especialidade Administração; Analista Judiciário – Especia-
lidade Direito.
Parágrafo único. Os cargos públicos serão acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos 
do art. 17, desta lei.
Perceba: é possível que qualquer BRASILEIRO seja nomeado para assumir cargo público 
no Estado do Pará. Ademais, esta é a regra seguida inclusive no Estatuto do Servidor Público 
Federal e em praticamente todos os Estatutos Estaduais. Isso significa que os cargos públi-
cos NÃO SÃO privativos de brasileiros natos.
Tanto Brasileiros NATOS quanto NATURALIZADOS podem prover cargos públicos. É sufi-
ciente o preenchimento dos requisitos do art. 17 do Estatuto que estamos estudando.
Art. 3º É vedado cometer ao servidor atribuições e responsabilidades diversas das inerentes ao seu 
cargo, exceto participação assentida em órgão colegiado e em comissões legais.
Este artigo estabelece uma vedação ao desvio de função, como regra geral. É justo que 
haja tal vedação, uma vez que a utilização da mão de obra de um servidor em tarefas ineren-
tes a um cargo diverso configura, diretamente, burla à exigência de concurso público e enri-
quecimento ilícito por parte da Administração Pública, que está deixando de remunerar outra 
pessoa para realizar o trabalho de que necessita.
As exceções, por sua vez, existem justamente porque são situações em que tal burla e tal 
enriquecimento não existem. O artigo ora em comento fala em “órgão colegiado” e “comis-
sões legais” justamente porque, normalmente, a participação nesses ambientes decorre de 
uma incumbência institucional. Por exemplo, podemos citar as Comissões de Concurso a os 
Conselhos de Ética (órgãos colegiados).
Para participar em algumas comissões ou conselhos, os servidores podem receber adi-
cionais previstos em lei. Já para participar em outras comissões ou conselhos, é possível que 
não exista previsão de adicional, mas tão somente de diárias e ajudas de custo, que estuda-
remos nas próximas aulas.
Por fim, ressalta-se que a participação nessas comissões ou órgãos colegiados deve ser 
ASSENTIDA, isto é, com o assentimento do próprio servidor. Caso o servidor tenha a obrigação 
de participar dessas comissões ou órgãos colegiados, não será hipótese de exceção do art. 
3º, mas sim de responsabilidade inerente a seu cargo.
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Art. 4º Os cargos referentes a profissões regulamentadas serão providos unicamente por quem 
satisfizer os requisitos legais respectivos.
Como exemplo prático, podemos citar o caso do contador. Determinado cargo público de 
Especialista em Contabilidade (como o Analista Ministerial – Especialidade Ciências Contá-
beis, do MPC-PA) deve ter como requisito para posse o diploma de formação no curso supe-
rior pertinente a essa área, além de regular inscrição do respectivo Conselho de Fiscalização 
Profissional. No caso do Procurador do Estado, outrossim, deve haver comprovação de for-
mação em Direito ou outro curso equivalente, e, ainda, aprovação no Exame da Ordem dos 
Advogados do Brasil e inscrição no órgão competente da OAB. O mesmo raciocínio vale para 
todas as demais profissões.
TÍTULO II 
DO PROVIMENTO, DO EXERCÍCIO, DA CARREIRA E DA VACÂNCIA
CAPÍTULO I 
DO PROVIMENTO
Art. 5º Os cargos públicos serão providos por:
I – nomeação;
II – promoção;
III – reintegração;
IV – transferência;
V – reversão;
VI – aproveitamento;
VII – readaptação;
VIII – recondução.
A banca costuma cobrar o conhecimento da conceituação doutrinária de Provimento. O 
provimento em cargo público pode ocorrer de modo ORIGINÁRIO ou DERIVADO.
PROVIMENTO ORIGINÁRIO: o servidor público, antes de prover o cargo, não tinha nenhu-
ma relação com a Administração Pública. O grande exemplo é a Nomeação.
PROVIMENTO DERIVADO: antes do provimento do cargo, o servidor público já teve relação 
com o Poder Público antes, a qual não foi cessada, mas apenas passou a ter um status dife-
rente. Exemplos: reversão, reintegração e readaptação.
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A seguir, estudaremos de forma individualizada cada uma dessas formas de provimento.
CAPÍTULO II 
DA NOMEAÇÃO
Seção I 
Das Formas de Nomeação
Art. 6º A nomeação será feita:
I – em caráter efetivo, quando exigida a prévia habilitação em concurso público, para essa forma 
de provimento;
II – em comissão, para cargo de livre nomeação e exoneração, declarado em lei.
Parágrafo único. A designação para o exercício de função gratificada recairá, exclusivamente, em 
servidor efetivo.
O parágrafo único deste artigo deixa clara uma regra insculpida, também, na Constituição 
Federal. O art. 37, inciso V, da CF já estabelece que a designação das “funções de confiança” 
deve recair somente sobre os ocupantes de cargo efetivo.
Assim como os cargos em comissão, as funções de confiança (às vezes referidas como 
“funções gratificadas”, em razão de conferirem remuneração maior ao ocupante) são desti-
nadas a atribuições de direção, chefia e assessoramento (art. 37, inciso V, da Constituição). 
Logo, como o cargo em comissão tem a mesma destinação, o que se buscou foi evitar que um 
servidor público recebesse duas vezes pela mesma tarefa, ou que tarefas de dois cargos dife-
rentes (um efetivo e um em comissão) fossem reunidas em um só de comissão, burlando-se 
a exigência de concurso público.
Para maiores esclarecimentos doutrinários sobre tal diferenciação, remetemos ao co-
mentário feito ao art. 2º do nosso Estatuto.
No mais, não há maiores mistérios nesse artigo. Quem nomeia o comissionado é o agente 
titular do órgão ou entidade, que também tem a atribuição de exonerá-lo, independentemente 
de qualquer motivação específica.
Art. 7º Compete aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e aos Tribu-
nais de Contas na área de sua competência, prover, por ato singular, os cargos públicos.
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Primeiramente, cabe a consideração do que é um ato administrativo singular.
Maria Sylvia Di Pietro aborda o ato singular com o nome de “ato individual”, que, segundo 
ela, “é o que produz efeitos jurídicos no caso concreto”. A autora ainda cita como exemplos a 
nomeação e a demissão. Nesta lei, veremos outros grandes exemplos: todos os atos de pro-
vimento, quer originários, querderivados, pois incidem sobre um caso concreto e interferem 
numa estreita relação jurídica, ao contrário dos “atos gerais”, que abrangem um conjunto de 
pessoas em idêntica situação (exemplos: regimentos e decretos). José dos Santos Carvalho 
Filho usa o mesmo nome (“atos individuais”), dando significado praticamente idêntico.
Ademais, o Tribunal de Contas tem tido reconhecida sua autonomia administrativa para 
prover seus próprios cargos públicos. Esta autonomia é expressamente prevista na Constitui-
ção Federal para os tribunais do Poder Judiciário, no art. 96, inciso I, alínea “e”, e foi estendida 
aos Tribunais de Contas.
Art. 8º O ato de provimento conterá, necessariamente, as seguintes indicações, sob pena de nuli-
dade e responsabilidade de quem der a posse:
I – modalidade de provimento e nome completo do interessado;
II – denominação de cargo e forma de nomeação;
III – fundamento legal.
Os requisitos apontados neste artigo são mínimos, isto é, sem eles, o ato singular que der 
provimento será eivado de nulidade por vício de forma. Todavia, a lei não fala que esse vício 
e insanável. Inclusive, a doutrina administrativista majoritária e pacificada preceitua que os 
vício de forma são suscetíveis de convalidação, com a correção do ato mediante reforma ou 
ratificação. Portanto, no silêncio da lei, é possível entender que a ausência de algum desses 
requisitos no ato administrativo singular de provimento pode ser suprida por posterior corre-
ção, com inclusão do requisito faltante.
No mais, cabe destacar que a segunda parte do inciso II (forma de nomeação) só se aplica 
aos casos de Nomeação Propriamente Dita (provimento originário), e não às demais modali-
dades de provimento. Isso porque, no caso de nomeação, é necessário indicar se a nomeação 
é em caráter efetivo ou em comissão.
Veja, abaixo, um exemplo de utilização de todos os requisitos deste artigo:
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Exemplo:
O Exmo. Secretário de Estado de Administração, no uso de suas atribuições, e tendo em vista 
o edital n. 01 do Concurso Público realizado no ano de 2019, resolve:
NOMEAR João da Silva, aprovado no concurso público realizado, em caráter efetivo, para o 
cargo de Analista Judiciário – Especialidade Direito, integrante da categoria funcional Ana-
lista Judiciário, do Quadro Permanente de Pessoal do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, 
com fulcro nos art. 6º, inciso I, e 10 da Lei Estadual n. 5.810/1994.
Seção II 
Do Concurso
Art. 9º A investidura em cargo de provimento efetivo depende de aprovação prévia em concurso 
público de provas ou de provas e títulos, observado o disposto no art. 4º. desta lei.
Mesmo que esse ponto já esteja dominado, lembre-se:
Cargo de Provimento Efetivo: CONCURSO PÚBLICO
Cargo em Comissão: LIVRE NOMEAÇÃO E EXONERAÇÃO
Art. 10. A aprovação em concurso público gera o direito à nomeação, respeitada a ordem de clas-
sificação dos candidatos habilitados.
Cuidado: esse “direito à nomeação” deve ser interpretado à luz do entendimento pacifi-
cado pelo Supremo Tribunal Federal. Esse direito pertence, na maioria dos casos, à pessoa 
aprovada dentro do número de vagas ofertadas no edital. O STF firmou, em sede de Reper-
cussão Geral, nos autos do Recurso Extraordinário n. 837.311, as hipóteses em que o candi-
dato tem direito subjetivo à nomeação, sendo uma delas – e mais corriqueira – aquela que 
acabamos de mencionar (aprovação dentro do número de vagas do edital). Dessa decisão, 
colhe-se o seguinte:
(…) o direito subjetivo à nomeação do candidato aprovado em concurso público exsurge nas se-
guintes hipóteses:
I – Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital;
II – Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação;
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III – Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame 
anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por parte da adminis-
tração nos termos acima.
Obs.: � o segundo critério dessa listagem já tinha aplicabilidade em razão da Súmula n. 15 
do STF: “Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem direito à 
nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação.”.
§ 1º Terá preferência para a ordem de classificação o candidato já pertencente ao serviço público 
estadual e, persistindo a igualdade, aquele que contar com maior tempo de serviço público ao Estado.
§ 2º Se ocorrer empate de candidatos não pertencentes ao serviço público do Estado, decidir-se-á 
em favor do mais idoso.
Esses critérios de preferência entram em jogo quando dois ou mais candidatos, na lista de 
classificação, empatam nos critérios do edital, que geralmente se apoiam em maior número 
de acertos em determinada disciplina cobrada na prova (como Português e Conhecimentos 
Específicos, por exemplo).
Para visualizarmos na prática, vamos criar uma situação fictícia:
Exemplo:
João, Pedro, Raimundo e André estão empatados nas primeiras colocações do concurso pelos 
critérios do edital. Portanto, devem ser analisados os critérios deste artigo.
João, com 72 pontos, tem 40 anos de idade e é Assistente Ministerial do MP de Contas do 
Estado do Pará há 3 anos.
Pedro, com 72 pontos, tem 35 anos de idade e é Técnico de Controle Externo do Tribunal de 
Contas do Estado do Pará há 8 anos.
Raimundo, com 72 pontos, tem 29 anos de idade e está desempregado e nunca foi servidor 
público antes.
André, com 72 pontos, tem 23 anos de idade e está desempregado e nunca foi servidor 
público antes.
Logo, a lista de classificação, com base nos critérios desse artigo, ficará da seguinte forma:
1º: Pedro (Servidor Público Estadual com maior tempo de serviço ao Estado do Pará)
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2º: João (Servidor Público Estadual com tempo de serviço menor, mesmo que seja mais idoso 
que Pedro, pois o critério de ser servidor estadual prepondera)
3º: Raimundo (dos que não são servidores estaduais, é o mais idoso)
4º: André (mais jovem dentre os que não são servidores estaduais)
Obs.: � Por interpretação lógica e sistemática, o “servidor público estadual” que tem preferên-
cia na classificação final é o Servidor Público do Estado do Pará, seja civil ou militar.
Art. 11. A instrumentação e execução dos concursos serão centralizadas na Secretaria de Estado 
de Administração, no âmbito do Poder Executivo, e nos órgãos competentes dos Poderes Legisla-
tivo e Judiciário, do Ministério Público, e dos Tribunais de Contas.
No Estado do Pará, por força deste artigo, existe a necessidade de que a contratação das 
bancas e a elaboração dos editais (instrumentação)e a execução dos concursos públicos 
(impulso de suas fases) sejam incumbidas a um único órgão. O objetivo, de modo patente, é 
evitar ao máximo a ocorrência de fraudes com seleções arbitrárias e corrompidas de bancas 
e superfaturamentos nos respectivos contratos.
Portanto, a lei já tratou de designar o órgão que, no âmbito do Poder Executivo, é respon-
sável por essas incumbências: Secretaria de Estado de Administração.
Todavia, no caso dos demais poderes (Legislativo e Judiciário), o próprio órgão desses 
Poderes deverá indicar um órgão em sua estrutura para ter, de modo centralizado, essas atri-
buições, sem distribuí-las para qualquer outro órgão. Um clássico exemplo disso é a Comis-
são de Concurso do Tribunal de Justiça, ou a Comissão de Concurso da Assembleia Legislati-
va. O mesmo raciocínio vale para o Ministério Público de Contas e para o Tribunal de Contas, 
que, em ato normativo de efeitos internos, escolherão um órgão, assim como os outros.
§ 1º O conteúdo programático, para preenchimento de cargo técnico de nível superior poderá ser 
elaborado pelo órgão solicitante do concurso.
Para o referido cargo (Técnico de Nível Superior), que abrange vários cargos de Técnico, 
pode o órgão solicitante elaborar o conteúdo a ser cobrado em prova, considerando suas 
necessidades operacionais e os atributos cognitivos desejados de seus servidores. Contudo, 
a instrumentação e a execução do certame continuam sob o poder do órgão centralizada-
mente competente.
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§ 2º O concurso público será realizado, preferencialmente, na sede do Município, ou na região onde 
o cargo será provido.
Neste ponto, o que se tem a destacar é que a realização do concurso da sede do Município 
ou na região de provimento NÃO É obrigatória, mas apenas preferencial.
§ 3º Fica assegurada a fiscalização do concurso público, em todas as suas fases, pelas entidades 
sindicais representativas de servidores públicos.
No caso de um concurso público para Técnico Judiciário do Tribunal de Justiça do Pará, 
por exemplo, o sindicato representativo desses servidores poderá fiscalizar a lisura do cer-
tame em todas as suas fases. Isso, todavia, é um direito da entidade, e não uma condição 
de validade do concurso. Logo, se a entidade se recusar a exercer tal encargo, não haverá 
nenhum prejuízo para a integridade do concurso, desde que a fiscalização de suas fases seja 
devidamente OPORTUNIZADA à entidade representativa.
Art. 12. As provas serão avaliadas na escala de zero a dez pontos, e aos títulos, quando afins, serão 
atribuídos, no máximo, cinco pontos.
Parágrafo único. As provas de título, quando constantes do Edital, terão caráter meramente clas-
sificatório.
Antes de abordarmos o caráter classificatório, é importante que destinemos um pouco de 
atenção a um ponto extremamente objetivo, popularmente conhecido como “decoreba”. Para 
ajudá-lo, criei a seguinte ilustração:
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Se seu perfil de estudos tolerar trocadilhos para memorização, aproveite para considerar 
as seguintes frases:
DICA
Numa PROVA, a avaliação costuma variar de 0 a 10!
Um TÍTULO representa uma estrela no seu currículo, e uma 
estrela clássica possui 5 pontas.
A determinação de que a prova de títulos tem caráter somente classificatório já tem sido 
imposta pelo Supremo Tribunal Federal aos órgãos que não adotam essa regra, a exemplo 
das decisões tomadas nos processos MS n. 31176/DF e MS n. 32074/DF. Ademais, a Resolu-
ção n. 75/2009 do CNJ já determina o caráter unicamente classificatório da prova de títulos 
para os órgãos do Poder Judiciário.
Caráter classificatório é a possibilidade de os Títulos somente melhorarem a pontuação 
do candidato. A ausência de determinado título NUNCA poderá causar a eliminação do candi-
dato. O pior que pode acontecer é alguém passar à sua frente na lista.
Art. 13. O Edital do concurso disciplinará os requisitos para a inscrição, o processo de realização, 
os critérios de classificação, o número de vagas, os recursos e a homologação.
Aqui reside o popular dogma de que o edital é “a lei do concurso”. Todos os balizamentos 
para suas fazes estão previstos no edital. Portanto, nenhuma das regras nele previstas pode 
ser desobedecida, sob pena de anulabilidade/nulidade da fase respectiva.
Art. 14. Na realização dos concursos, serão adotadas as seguintes normas gerais:
Essas normas são genéricas para todos os concursos públicos do Estado do Pará, e os 
editais não poderão contrariá-las. Vejamos:
I – não se publicará Edital, na vigência do prazo de validade de concurso anterior, para o mesmo 
cargo, se ainda houver candidato aprovado e não convocado para a investidura, ou enquanto hou-
ver servidor de igual categoria em disponibilidade;
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Primeiramente, cabe mencionar que a Constituição Federal NÃO proíbe a realização de 
novo concurso enquanto houver outro em vigor, ou enquanto houver servidor em disponibili-
dade. Na verdade, o que a Constituição faz (art. 37, inciso IV) é assegurar prioridade de con-
vocação àqueles aprovados no primeiro concurso.
Todavia, o Estatuto ora em estudo tratou de dar uma garantia ainda mais sólida, impedin-
do a realização de novo concurso enquanto houver candidato habilitado ainda não convoca-
do, bem como enquanto houver servidor em disponibilidade, que é uma situação em que o 
servidor não está lotado em nenhuma repartição, mas está sendo remunerado normalmente 
(estudaremos esse instituto nas próximas aulas com maior aprofundamento).
II – poderão inscrever-se candidatos até 69 anos de idade;
A constitucionalidade desse limite de idade é duvidosa. A Súmula n. 683 do STF preceitua: 
“O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, 
da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser 
preenchido.”.
Em várias oportunidades, o STF já declarou a inconstitucionalidade de limitações etárias im-
postas por editais de concursos, mesmo que com fundamento legal. Até hoje, parece não ter ha-
vido impugnação direta do artigo ora em comento. Todavia, a lógica de aplicabilidade é a mesma.
O inciso XXX do art. 7º assegura: “proibição de diferença de salários, de exercício de fun-
ções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil”. O art. 39, § 3º, da 
Constituição assegura, ainda, a aplicação desse inciso aos servidores públicos estatutários.
Por fim, o que se deve considerar é: a limitação de idade para inscrição em concursos pú-
blicos só é legítima quando a natureza das atribuições assim determinar. Portanto, pela nos-
sa análise, a limitaçãoa 69 anos de idade, por si só, sem razão adequada, é inconstitucional 
e encontra óbice na Súmula n. 683 do STF.
De qualquer maneira, se a prova questionar diretamente qual é o limite de idade para ins-
crição, segundo o texto literal deste Estatuto, assinale tranquilamente que é de 69 anos.
III – Os concursos terão a validade de até dois anos, a contar da publicação da homologação do 
resultado, no Diário Oficial, prorrogável expressamente uma única vez por igual período.
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Eis aqui uma reprodução de regra já existente no texto constitucional: art. 37, inciso III, da 
Constituição.
IV – Comprovação, no ato da posse, dos requisitos previstos no edital.
Vamos observar esse requisito com um exemplo: se um candidato é aprovado para Ana-
lista Judiciário – Especialidade Direito sem formação em Direito, mas, quando nomeado, já 
conseguiu o diploma, a situação do candidato está regular e a posse poderá ocorrer com a 
apresentação do diploma. Portanto, os editais NÃO PODEM exigir que o diploma seja apre-
sentado quando da inscrição, nesse contexto.
V – participação de um representante do Sindicato dos Trabalhadores ou de Conselho Regional de 
Classe das categorias afins na comissão organizadora do concurso público ou processo seletivo.
Não confunda esse requisito (participação de representante sindical ou conselheiro na Co-
missão Organizadora) com o disposto no art. 11, § 3º, deste Estatuto. No presente caso, é 
OBRIGATÓRIA a participação do representante na Comissão Organizadora. Todavia, a fiscali-
zação de todas as fases pelo sindicato (art. 11, § 3º) é FACULTATIVA!
§ 1º Será publicada lista geral de classificação contendo todos os candidatos aprovados e, para-
lela e concomitantemente, lista própria para os candidatos que concorreram às vagas reservadas 
aos deficientes.
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§ 2º Os candidatos com deficiência aprovados e incluídos na lista reservada aos deficientes serão 
chamados e convocados alternadamente a cada convocação de um dos candidatos chamados 
da lista geral até preenchimento do percentual reservado às pessoas com deficiência no edital do 
concurso.
§ 3º Equipe multiprofissional avaliará a compatibilidade entre as atribuições do cargo e a deficiên-
cia do candidato durante o estágio probatório.
Vamos entender qual é a consistência dessas regras. Antes disso, tenha em mente uma 
informação do próximo artigo: é possível a reserva de até 20% dos cargos a serem providos 
por concurso a candidatos PcD (Pessoas com Deficiência).
A maioria dos órgãos não chega ao limite máximo: reservam 5%, normalmente. Portanto, 
a partir disso, vamos estudar a regra do § 2º com base em um exemplo prático:
Exemplo:
Se o edital do concurso público fixar a reserva de 5% dos cargos existentes a serem providos 
para Pessoas com Deficiência, e houver 60 cargos vagos, a ordem dos primeiros nomeados 
será a seguinte:
1º - Lista Geral
2º - Lista PcD
3º - Lista Geral
4º - Lista PcD
5º - Lista Geral
6º - Lista PcD
7º Lista Geral
8º- Lista Geral
9º- Lista Geral
10º- Lista Geral (...)
Perceba que foi necessário o preenchimento do percentual mínimo antes de a lista geral correr 
normalmente. No entanto, se o percentual puder ser cumprido com o provimento de apenas 
uma Pessoa com Deficiência, não existirá tal obrigação por parte do órgão público paraense, 
como quando houver 20 cargos vagos e apenas 5% reservados às Pessoas com Deficiência.
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Por fim, a equipe a analisar a compatibilidade entre a deficiência e as atribuições do cargo 
é multiprofissional, uma vez que essa compatibilidade depende de análises médica, ergonô-
mica, psicológica e socioassistencial, por exemplo. Logo, não pode tal exame ser feito por 
profissional de especialidade única.
Art. 15. A administração proporcionará aos portadores de deficiência, condições para a participa-
ção em concurso de provas ou de provas e títulos.
Parágrafo único. Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de inscrever-se em 
concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência 
de que são portadoras, às quais serão reservadas até 20% (vinte por cento), das vagas oferecidas 
no concurso.
O órgão responsável pela execução do concurso (aquele mesmo, com competência cen-
tralizada, que estudamos anteriormente) deve garantir que a pessoa com deficiência tenha 
todos os recursos e todas as concessões técnicas (tecnologia assistiva e acessibilidade) 
necessárias para conseguir resolver a prova do concurso público em igualdade de condições 
com as demais pessoas.
Ademais, cabe mencionar que a reserva de cargos a pessoas com deficiência tem por 
fundamento uma pretensão estatal de incluir socialmente essas pessoas, conferindo-lhes 
estímulos para dar continuidade a projetos de vida já mentalizados ou que possam ser men-
talizados pela pessoa. A ideia, poeticamente, é de não impedir a realização de sonhos em 
razão da condição de pessoa com deficiência.
Apesar desse propósito, há um entrave jurídico justificável, que é a compatibilidade entre 
as atribuições do cargo e a deficiência constatada. Portanto o direito assegurado às pessoas 
com deficiência (inclusive com status constitucional: art. 37, inciso VIII, da Constituição Fe-
deral) não é absoluto.
Quanto ao percentual de 20% mencionado na lei, entendemos oportuno destacar que esse 
percentual não é fixo, mas, sim, variável, pois pode o órgão reservar “até” 20%. É por esta razão 
que muitos órgãos sentem-se legitimados a reservar 5% ou 10%, por exemplo.
O Decreto Federal n. 3.298/1999, adotado expressamente como fonte normativa pelos 
editais dos concursos paraenses, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pes-
soa com Deficiência. Tal decreto fixava um limite mínimo de 5% para pessoas com deficiência. 
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Todavia, o artigo 37 desse decreto, que assegurava esse percentual mínimo, foi revogado pelo 
Decreto Federal n. 9.508/2018. Este decreto, por sua vez, fixou o mesmo limite mínimo (5%).
Todavia, este último decreto, ao contrário do anterior, não dispõe sobre nenhuma política 
de âmbito nacional e limita-se ao âmbito federal, deixando os Estadosde lado. Veja a ementa 
do Decreto Federal n. 9.508/2018: “Reserva às pessoas com deficiência percentual de cargos 
e de empregos públicos ofertados em concursos públicos e em processos seletivos no âmbi-
to da administração pública federal direta e indireta.”.
Dessa maneira, a fixação do limite mínimo parece encontrar-se em um limbo jurídico para 
os Estados e Municípios que não tiverem seus próprios Decretos. Portanto, deve cada Estado 
e Município editar seu próprio decreto fixando tal limite.
Seção III 
Da Posse
Art. 16. Posse é o ato de investidura em cargo público ou função gratificada.
Parágrafo único. Não haverá posse nos casos de promoção e reintegração.
Em nosso contexto, ao contrário de regra muito conhecida da Lei Federal n. 8.112/90 
(regra de que só há posse em caso de nomeação), quem toma posse não é somente o recém-
-nomeado. É também aquele que está sendo designado para função gratificada (que deve ne-
cessariamente ser ocupante de cargo efetivo, como já destacamos), revertido ou reconduzido, 
por exemplo.
Posse é quase sinônimo de investidura. Só não é um absoluto sinônimo porque possui 
exceções: promoção e reintegração. Estes dois, citados pelo parágrafo único, são fenômenos 
distintos, pois um servidor promovido está apenas conseguindo um maior escalão funcional 
no mesmo cargo que ocupa. O mesmo raciocínio vale para o reintegrado, que está apenas 
retomando o exercício de um cargo de que nunca deveria ter sido afastado.
Estudaremos nas próximas aulas esses institutos.
Art. 17. São requisitos cumulativos para a posse em cargo público:
I – ser brasileiro, nos termos da Constituição;
II – ter completado 18 (dezoito) anos;
III – estar em pleno exercício dos direitos políticos;
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LEGISLAÇÃO
IV – ser julgado apto em inspeção de saúde realizada em órgão médico oficial do Estado do Pará;
V – possuir a escolaridade exigida para o exercício do cargo;
VI – declarar expressamente o exercício ou não de cargo, emprego ou função pública nos órgãos 
e entidades da Administração Pública Estadual, Federal ou Municipal, para fins de verificação do 
acúmulo de cargos.
Já informei em momento anterior da aula que basta à pessoa ser brasileira (nata ou natu-
ralizada, sem distinções) e preencher os requisitos objetivos deste artigo para assumir cargo 
público. Outras exigências, além dessas, devem necessariamente ser instituídas por lei ou 
por norma de força jurídica equivalente ou superior, sob pena de verificação de cometimento 
de ilegalidade por parte da Administração Pública.
Art. 18. A compatibilidade das pessoas portadoras de deficiência, de que trata o art. 15, parágrafo 
único, será declarada por junta especial, constituída por médicos especializados na área da defici-
ência diagnosticada.
Parágrafo único. Caso o candidato seja considerado inapto para o exercício do cargo, perde o di-
reito à nomeação.
Já cheguei a mencionar, também, que a equipe avaliativa deve ser multidisciplinar, pelo 
fato de a compatibilidade da deficiência com as atribuições depender de análise sob prisma 
de diversos ramos do conhecimento.
Todavia, se, no momento da verificação (antes da posse) ficar constatada a incompatibili-
dade, o candidato não será nomeado, e o próximo candidato PcD será convocado.
Art. 19. São competentes para dar posse:
I – No Poder Executivo:
a) o Governador, aos nomeados para cargos de Direção ou Assessoramento que lhe sejam direta-
mente subordinados;
b) os Secretários de Estado e dirigentes de Autarquias e Fundações, ou a quem seja delegada com-
petência, aos nomeados para os respectivos órgãos, inclusive, colegiados;
II – No Poder Legislativo, no Poder Judiciário, no Ministério Público e nos Tribunais de Contas, 
conforme dispuser a legislação específica de cada Poder ou órgão.
Esta classificação de autoridades que dão posse é extremamente objetiva e, portanto, 
merece memorização direta. Para auxiliá-lo(a), apresento a ilustração abaixo:
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LEGISLAÇÃO
Art. 20. O ato de posse será transcrito em livro especial, assinado pela autoridade competente e 
pelo servidor empossado.
Parágrafo único. Em casos especiais, a critério da autoridade competente, a posse poderá ser to-
mada por procuração específica.
Neste estatuto, pelo que se pode interpretar do dispositivo acima, a posse mediante procu-
ração deve ser devidamente justificada (“casos especiais”), e não pode ocorrer de modo livre 
como com qualquer negócio jurídico. Ademais, deve a autoridade competente concordar, dis-
cricionariamente, com a posse mediante procuração (“a critério da autoridade competente”).
Art. 21. A autoridade que der posse verificará, sob pena de responsabilidade, se foram observados 
os requisitos legais para a investidura no cargo ou função.
As consequências de posterior descoberta de ausência desses requisitos não têm como 
única consequência a perda do cargo pelo servidor. Além disso, a autoridade que dá posse 
responde civil, penal e administrativamente pela falta.
A partir daí, seriam analisados vários fatores, como por exemplo se houve falsidade, dano 
ao servidor ou quebra de dever funcional para permitir a posse indevida.
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LEGISLAÇÃO
Art. 22. A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação do ato de provimento 
no Diário Oficial do Estado.
Este é outro ponto extremamente objetivo que merece atenção. Nunca se esqueça:
§ 1º O prazo para a posse poderá ser prorrogado por mais quinze dias, em existindo necessidade 
comprovada para o preenchimento dos requisitos para posse, conforme juízo da Administração.
Antes de qualquer aprofundamento, é devido um destaque à parte final do parágrafo: a 
juízo da Administração! NÃO EXISTE direito subjetivo do servidor a tal prorrogação, a qual 
ocorrerá somente se o órgão concordar com a pertinência dessa espera (discricionariedade).
Há vários exemplos possíveis para essa “necessidade comprovada para preenchimento 
de requisitos”. Uma delas pode ser uma espera de quinze dias para que o candidato complete 
18 anos. Outra, pode ser uma espera de quinze dias para que o candidato cole grau no nível 
superior exigido para o cargo. Outra, ainda, pode ser uma espera de quinze dias para que o 
candidato obtenha confirmação do órgão competente sobre sua naturalização brasileira.
§ 2º O prazo do servidor em férias, licença, ou afastado por qualquer outro motivo legal, será con-
tado do término do impedimento.
Esse parágrafo se deve ao fato de nosso Estatuto permitir a posse em casos diferentes de 
nomeação, como readaptação e recondução. Portanto, se o servidor estiver em férias, licen-
ciado ou, por exemplo, afastado enquanto responde a processopor improbidade administra-
tiva (motivo legal – art. 20, parágrafo único, Lei Federal n. 8.429/92).
§ 3º Se a posse não se concretizar dentro do prazo, o ato de provimento será tornado sem efeito.
Retomaremos essa parte da lei em momento posterior da aula. Contudo, desde já, grave 
o seguinte:
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do Pará - Parte I
LEGISLAÇÃO
• Se a posse ainda não aconteceu: ATO TORNADO SEM EFEITO
• Se a posse já aconteceu, mas não houve o efetivo exercício no prazo legal: EXONERAÇÃO.
§ 4º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituam seu 
patrimônio, e declaração quanto ao exercício, ou não, de outro cargo, emprego ou função pública.
Na prática, é no dia da posse que o candidato leva alguns termos assinados (com mo-
delos fornecidos pelo órgão) declarando seu acervo patrimonial e se exerce, ou não, outra 
função pública (em sentido amplo).
Art. 22-A. Ao interessado é permitida a renúncia da posse, no prazo legal, sendo-lhe garantida a 
última colocação dentre os classificados no correspondente concurso público.
Se o candidato, dentro do prazo de 30 dias para tomar posse, resolve renunciar a esse 
direito, ele ficará no final da fila dos habilitados.
Contudo, por outro lado, se o candidato perder o prazo legal (30 dias), o ato de provimento 
será tornado sem efeito e o candidato será absolutamente excluído do concurso, não ficando 
nem mesmo na última colocação.
Seção IV 
Do Exercício
Art. 23. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições e responsabilidades do cargo.
Entrar em exercício é pôr as mãos na massa. É começar a cumprir os deveres próprios de 
servidor público e também os inerentes ao cargo em que foi empossado.
Art. 24. Compete ao titular do órgão para onde for nomeado o servidor, dar-lhe o exercício.
Não confunda: a posse é dada pelas altas autoridades mencionadas no art. 19. O exer-
cício, por sua vez, é dado pelo chefe do órgão local, configurado como subdivisão interna do 
órgão promotor do concurso. Como exemplo, pode-se citar o Diretor de determinado Órgão 
Auxiliar vinculado ao Ministério Público ou ao Tribunal de Justiça.
Uma exceção prática a esse caso é quando o órgão oferece ao servidor a opção de tomar 
posse e entrar em exercício no mesmo instante, quando normalmente são ministradas algu-
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do Pará - Parte I
LEGISLAÇÃO
mas palestras ou cursos ao servidor. Nesse caso, é a mesma autoridade que dá posse quem 
dá exercício. Mas não é a regra geral, frise.
Art. 25. O exercício do cargo terá início dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados:
I – da data da posse, no caso de nomeação;
II – da data da publicação oficial do ato, nos demais casos.
§ 1º Os prazos poderão ser prorrogados por mais quinze dias, em existindo necessidade compro-
vada para o preenchimento dos requisitos para posse, conforme juízo da Administração.
O prazo para entrada em exercício (15 dias) foi objeto de alteração legislativa, implementada 
pela Lei Estadual n. 7.071/2007.
Em razão de o site da Assembleia Legislativa não disponibilizar a versão completa e atualiza-
da deste Estatuto, muitos alunos usam a versão disponibilizada pela Procuradoria-Geral do 
Estado. Todavia, existe um grande equívoco material na versão da PGE: ela não alterou o texto 
do caput do art. 25 conforme a modificação da Lei Estadual n. 7.071/2007.
Portanto, o prazo para entrada em exercício é de 15 dias, e não mais de trinta dias, como 
constava da redação anterior, que, estranhamente, não foi modificada na versão da PGE-PA, 
a mais consultada.
Veja o que dispõe o art. 1º da Lei Estadual n. 7.071/2007:
Art. 1º Ficam alterados os artigos 14, incisos III e IV, 17, VI, 22, § 1º, 25, § 1º, 29, § 1º e § 2º, 32, 
caput, 33, 34, parágrafo único, e 240 da Lei n. 5.810, de 24 de janeiro de 1994, passando a vigorar 
com a seguinte redação:
(...)
“Art. 25. O exercício do cargo terá início dentro do prazo de quinze dias, contados:
....................................................................................................................
§ 1º Os prazos poderão ser prorrogados por mais quinze dias, em existindo necessidade compro-
vada para o preenchimento dos requisitos para posse, conforme juízo da Administração.”
Nesse contexto, há necessidade de memorizar um ponto extremamente objetivo:
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Quanto à hipótese de prorrogação por mais 15 dias, entra em jogo o mesmo raciocínio 
apresentado no comentário ao art. 22, § 1º, deste Estatuto, ao qual remetemos.
O vínculo jurídico do candidato com o órgão começa NÃO com o exercício, mas, sim, com a 
Posse.
Sabendo disso, leia o próximo parágrafo do Estatuto.
§ 2º Será exonerado o servidor empossado que não entrar em exercício nos prazos previstos neste 
artigo.
• Se a posse ainda não aconteceu: ATO TORNADO SEM EFEITO
• Se a posse já aconteceu, mas não houve o efetivo exercício no prazo legal: EXONERAÇÃO.
Art. 26. O servidor poderá ausentar-se do Estado, para estudo, ou missão de qualquer natureza, 
com ou sem vencimento, mediante prévia autorização ou designação do titular do órgão em 
que servir.
O critério principal para existir ou não o pagamento dos vencimentos do servidor durante 
esse afastamento é o fato de haver interesse do serviço público para tanto.
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Se existir interesse do serviço: há vencimentos, com certeza. Contudo, a iniciativa para o 
afastamento não precisa necessariamente partir de autoridade superior, podendo, também, 
ser requerida pelo servidor e devidamente autorizada pela referida autoridade. Por fim, haven-
do interesse do serviço público, há vencimentos.
Se NÃO existir interesse do serviço: não há vencimentos, como regra geral. Entretanto, 
essa regra admite exceções, em razão das quais o afastado perceberia seus vencimentos 
normalmente. Essas exceções não estão previstas no nosso Estatuto, mas podem ser traça-
das oportunamente pela autoridade competente.
Estamos tratando de afastamento para estudo ou missão fora do Estado do Pará. Outros 
afastamentos com garantia de vencimentos serão estudados nas próximas aulas.
Art. 27. O servidor autorizado a afastar-se para estudo em área do interesse do serviço público, 
fora do Estado do Pará, com ônus para os cofres do Estado, deverá, sequentemente,prestar serviço, 
por igual período, ao Estado.
Desde já, destaque esse dado importantíssimo, que pode passar batido numa leitura su-
perficial: esse artigo somente se aplica ao Servidor AUTORIZADO a afastar-se, isto é, quando 
o servidor requer seu afastamento. Não se aplica ao servidor designado pelo titular do órgão 
para afastar-se, porque, neste caso, estaria o servidor apenas cumprindo ordens próprias de 
seu cargo.
Para que o servidor tenha o dever de prestar serviço ao Estado do Pará por período igual 
ao do afastamento, existem as seguintes condições:
• Servidor ter sido AUTORIZADO, após requerer o afastamento;
• Haver percepção de vencimentos durante o afastamento.
Dessa forma, se o servidor ficou afastado por um ano em tais condições, deverá prestar 
serviços ao Estado do Pará por um ano, sob pena de ter que devolver os valores que recebeu 
durante o período.
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Art. 28. O afastamento do servidor para participação em congressos e outros eventos culturais, 
esportivos, técnicos e científicos será estabelecido em regulamento.
Art. 29. O servidor preso em flagrante, pronunciado por crime comum, denunciado por crime admi-
nistrativo, ou condenado por crime inafiançável, será afastado do exercício do cargo, até
sentença final transitada em julgado.
§ 1º Durante o afastamento, o servidor perceberá dois terços da remuneração, excluídas as vanta-
gens devidas em razão do efetivo exercício do cargo, tendo direito à diferença, se absolvido.
Nossa banca certamente adoraria cobrar esses parâmetros.
Nas hipóteses do caput, o servidor ficará afastado até a decisão judicial definitiva tran-
sitada em julgado. Em sentido mais prático, podemos considerar não apenas sentença pro-
priamente dita, mas também acórdãos dos tribunais. Portanto, enquanto houver apreciação 
em sede de recurso ou suspensão/pendência do feito, a condição de recebimento de 2/3 da 
remuneração persistirá.
Nesses 2/3, considera-se somente o vencimento básico do cargo, excluindo-se eventuais 
gratificações, adicionais e demais vantagens oferecidas ao servidor por estar em pleno e efetivo 
exercício de suas atribuições. No caso de absolvição, o servidor receberá toda a diferença de 
volta, como se em exercício estivesse (pelo que se depreende, inclusive pagamento das vanta-
gens perdidas, pois se houvesse exclusão das vantagens o Estatuto diria expressamente).
§ 2º Em caso de condenação criminal, transitada em julgado, não determinante da demissão, con-
tinuará o servidor afastado até o cumprimento total da pena, com direito a um terço do vencimento 
ou remuneração, excluídas as vantagens devidas em razão do efetivo exercício do cargo.
Por sua vez, o § 2º fala em condenações “não determinantes da demissão”, que podem 
consistir em prestação de serviços à comunidade, por exemplo. Nesses casos, o servidor po-
derá voltar ao trabalho após o cumprimento da pena que substituiu a privação da liberdade, 
que suspenderia os direitos políticos do servidor, se fosse aplicada. Nesse caso, entretanto, 
NÃO haverá restituição da diferença, pois não houve absolvição.
Art. 30. Ao servidor da administração direta, das Autarquias e das Fundações Públicas ou dos 
Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e dos Tribunais de Contas, diplomado para 
o exercício de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, aplica-se o disposto no Título III, 
Capítulo V, Seção VII, desta lei.
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No momento oportuno, quando tratarmos do referido segmento do nosso Estatuto, eluci-
daremos com profundidade este tópico.
Desde já, reitero que a regra apontada para o Tribunal de Contas aplica-se ao MPC-PA, 
tendo em vista que este integra a estrutura orgânica do TCE-PA.
Art. 31. O servidor no exercício de cargo de provimento efetivo, mediante a sua concordância po-
derá ser colocado à disposição de qualquer órgão da administração direta ou indireta, da União, do 
Estado, do Distrito Federal e dos Municípios, com ou sem ônus para o Estado do Pará, desde que 
observada a reciprocidade.
Um servidor público do Estado do Pará, lotado em qualquer órgão ou entidade paraense, pode 
ser “colocado à disposição” de qualquer órgão público, se necessário. Essa colocação à dispo-
sição pode ser interpretada da forma mais ampla possível, não se restringido a exercício em lo-
tações presencias diversas, podendo, ainda, consistir em trabalhos remotos para outros órgãos.
A condição essencial de validade dessa destinação do servidor é a sua própria concor-
dância, uma vez que tal destinação certamente influencia a rotina do servidor e de sua família.
Não importa se o Estado do Pará será o responsável pelo pagamento da remuneração ou 
não. O que importa, além da vontade do servidor, é a existência de reciprocidade entre o órgão 
paraense cedente e o órgão ao qual se destina o trabalho do servidor. Isso quer dizer que o 
órgão cessionário (que recebe o servidor) só contará com essa “ajuda” se fizer o mesmo pelo 
órgão cedente em diferentes ocasiões.
Seção V 
Do Estágio Probatório
Art. 32. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para o cargo de provimento efetivo ficará sujei-
to a estágio probatório por período de três anos, durante os quais a sua aptidão e capacidade serão 
objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores:
I – assiduidade;
II – disciplina;
III – capacidade de iniciativa;
IV – produtividade;
V – responsabilidade.
§ 1º Quatro meses antes do findo período do estágio probatório, será submetida à homologação 
da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada de acordo com o que 
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dispuser a lei ou regulamento do sistema de carreira, sem prejuízo da continuidade de apuração 
dos fatores enumerados nos incisos I a V deste artigo.
§ 2º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado, observado o devido pro-
cesso legal.
§ 3º O disposto no caput deste artigo não se aplica aos servidores que já tenham entrado em exer-
cício na data de publicação desta Lei, que se sujeitam ao regime anterior.
Primeiramente, devemos ter em mente os cinco fatores avaliativos para aprovação, ou 
não, no estágio probatório. Tais fatores podem ser memorizados com um básico mnemônico:
P – R – I – D – A
Produtividade – Responsabilidade – (capacidade de) Iniciati-
va – Disciplina – Assiduidade
Pelo texto frio da lei, apesar de na prática isso ser diferente, a avaliação do servidor deverá 
ser submetida a homologação 4 MESES ANTES de o servidor completar três anos de exercício 
e, dessa maneira, adquirir estabilidade, se aprovado. Após a submissão à homologação, os 
fatores PRIDA continuarãosendo avaliados e, caso alguma constatação seja capaz de mudar 
significativamente o resultado da avaliação, poderá haver uma reconsideração dela.
Por fim, cabe destacar que o servidor inabilitado/reprovado será EXONERADO, pois não 
ser aprovado no estágio probatório não é uma falta, mas, sim, um não preenchimento de 
requisitos para o exercício do cargo. É comum as bancas falarem que o servidor reprovado/
inabilitado seria demitido, para causar confusão, mas você, agora, está atento para isso.
Art. 33. O término do estágio probatório importa no reconhecimento da estabilidade de ofício.
Não é justo que o servidor seja prejudicado pelo desleixo de seu superior em efetuar a ava-
liação, ou pelo descaso da autoridade competente em homologá-la. Portanto, se passarem os 
três anos e o servidor não for submetido a nenhuma avaliação apropriada, a estabilidade será 
por ele adquirida, presumindo-se que não houve comportamento suscetível de provocar uma 
reprovação, coisa que, em tese, seria prontamente reportada pela autoridade responsável.
Vamos aproveitar para fazer uma diferenciação importante:
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Efetividade é a qualidade de cargo efetivo, provido por servidor aprovado em concurso 
público. Estabilidade é a impossibilidade de exoneração a qualquer tempo, em decorrência 
de aprovação em estágio probatório, que dura 3 anos, integrado pela avaliação dos quesitos 
estudados no comentário ao artigo anterior. Vitaliciedade, por sua vez, é a garantia ostentada 
por juízes e membros do Ministério Público em decorrência de efetivo exercício por dois anos 
e participação em cursos de qualificação.
Art. 34. O servidor estável aprovado em outro concurso público fica sujeito a estágio probatório no 
novo cargo.
Parágrafo único. Ficará dispensado do estágio probatório o servidor que tiver exercido o mesmo 
cargo público em que já tenha sido avaliado.
Vamos encarar essas duas situações com exemplos:
João, Auxiliar Judiciário do TJ, é estável nesse cargo e acaba sendo aprovado para Analista 
do mesmo órgão. Dessa forma, João só será estável como Analista após três anos de efetivo 
exercício, se for aprovado no estágio probatório.
Lucival, Analista de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Pará, é estável nesse 
cargo e resolve pedir exoneração para atuar como advogado. Após atuar como advogado por 
alguns anos, Lucival resolve fazer concurso para o mesmo cargo que ocupava antes, pois 
sente saudades dos velhos tempos. Ao ser empossado novamente como Analista de Controle 
Externo do Tribunal de Contas do Estado do Pará, Lucival será estável, desde seu ingresso.
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EXERCÍCIOS
Questão 1 (FADESP/IF-PA/PEDAGOGIA/2018/ADAPTADA) Segundo o regime jurídico dos 
servidores públicos do Estado do Pará, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo, 
ao entrar em exercício, ficará sujeito a estágio probatório, quando será observado, entre ou-
tros, o seguinte fator:
a) Temperança.
b) Comunicabilidade.
c) Capacidade de iniciativa.
d) Resiliência.
e) Presteza.
Questão 2 (VUNESP/TJ-PA/AUXILIAR JUDICIÁRIO/2014) Ao entrar em exercício, consta do 
Regime Jurídico Único (Lei n. 5.810/94), que o servidor nomeado para o cargo de provimento 
efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de
a) 6 (seis) meses.
b) 10 (dez) meses.
c) 1 (um) ano.
d) 2 (dois) anos.
e) 3 (três) anos.
Questão 3 (VUNESP/TJ-PA/AUXILIAR JUDICIÁRIO/2014) Na realização dos concursos, 
prevê o Regime Jurídico Único (Lei n. 5.810/94) que, dentre outras, será adotada a seguinte 
norma geral:
a) não se publicará Edital, na vigência do prazo de validade de concurso anterior, para o mes-
mo cargo, se ainda houver candidato aprovado e não convocado para a investidura.
b) poderão inscrever-se candidatos com até 65 (sessenta e cinco) anos de idade.
c) participarão um representante do Sindicato e um da Ordem dos Advogados do Brasil – Se-
ção Pará – na comissão organizadora do concurso público ou pro- cesso seletivo.
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d) será publicada uma lista única geral de classificação contendo todos os candidatos apro-
vados e os candidatos que concorreram às vagas reservadas aos deficientes.
e) os concursos terão a validade de até dois anos, a contar da publicação da homologação do 
resultado, prorrogável expressamente por duas vezes por igual período.
Questão 4 (CESPE/TCE-PA/CONHECIMENTOS BÁSICOS-CARGOS 32 A 36/2016) De acor-
do com as disposições contidas na Lei n. 5.810/1994, que dispõe o regime jurídico único dos 
servidores públicos civis da administração direta, das autarquias e das fundações públicas 
do estado do Pará, julgue o item que se segue.
A condição de brasileiro nato é requisito para a posse em cargo público integrante da estru-
tura do TCE/PA.
Questão 5 (INÉDITA/2020) De acordo com a Lei n. 5.810/1994, que dispõe o Regime Jurí-
dico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, assinale a alternativa cujos itens 
indicam hipóteses de provimento dos cargos públicos:
I – Recondução
II – Readaptação
III – Nomeação
IV – Promoção
V – Exoneração
a) I, II e III
b) III e IV
c) II, IV e V
d) I, II, III e IV
e) I e V
Questão 6 (INÉDITA/2020) Conforme a Lei n. 5.810/1994, que dispõe o Regime Jurídico 
Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, assinale a alternativa correta.
a) servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público, que pode ser criado por ato 
administrativo de efeitos concretos.
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do Pará - Parte I
LEGISLAÇÃO
b) categoria funcional é o conjunto de cargos da mesma natureza de trabalho.
c) grupo ocupacional é o conjunto de cargos e funções da mesma natureza, escalonadas se-
gundo a escolaridade, o nível de complexidade e o grau de responsabilidade.
d) Os cargos públicos serão acessíveis aos brasileiros natos que preencham os demais re-
quisitos previstos nessa lei.
e) É vedado, em qualquer hipótese, cometer ao servidor atribuições e responsabilidades diver-
sas das inerentes ao seu cargo.
Questão 7 (INÉDITA/2020) Conforme a Lei n. 5.810/1994, que dispõe o Regime Jurídico 
Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, assinale a alternativa correta.
a) A designação para o exercício de função gratificada