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MECÂNICA E RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS – LISTA 1 QUESTÃO 1 Dentre as propriedades geométricas estão a determinação do centroide e o momento de inércia de uma determinada figura. Essas figuras representam as seções transversais de elementos estruturais e são utilizadas nos cálculos de tensões das mais diversas naturezas (BEER; JOHNSTON, 2011). Com base neste contexto e considerando as dimensões (em centímetros) detalhadas na figura, faça o que se pede. QUESTÃO 1: Determine o centroide da figura acima, a partir do eixo sugerido. Utilize a tabela da página 28 do livro didático da disciplina para demonstrar os cálculos. Passo 1: dividir a figura em várias para fazer os cálculos (figura 2): 9 0 160 3 0 40 8 0 2 0 0 FIG.1 FIG.2 FIG.3 Figura 2 – Figura 1 dividida em 3 áreas. Passo 2: calcular a área de cada figura. 𝐴1 = 160 𝑥 90 = 14.400 𝑐𝑚 2 𝐴2 = 40 𝑥 80 = 3.200 𝑐𝑚 2 𝐴3 = 160 𝑥 30 = 4.800 𝑐𝑚 2 ∑ 𝐴1 + 𝐴2 + 𝐴3 = 22.400 𝑐𝑚 2 Passo 3: calcular �̅� ∗ Á𝑟𝑒𝑎 (𝑐𝑚3) A1= 80 x 14.400 = 1.152.000 A2= 20 x 3.200 = 64.000 A3= 80 x 4.800 = 384.000 ∑ 𝐴1 + 𝐴2 + 𝐴3 = 1.600.000 𝑐𝑚 3 Passo 4: calcular o centroide da coordenada X: 𝑐𝑥 = 1.600.000 22.400 = 71,43 Passo 5: calcular �̅� ∗ Á𝑟𝑒𝑎 (𝑐𝑚3) A1= 155 x 14.400 = 2.232.000 A2= 70 x 3.200 = 224.000 A3= 15 x 4.800 = 72.000 ∑ 𝐴1 + 𝐴2 + 𝐴3 = 2.528.000 𝑐𝑚 3 Passo 6: calcular o centroide da coordenada Y: 𝑐𝑦 = 2.528.000 22.400 = 112,86 Passo 7: montar a tabela 1. Tabela 1 – Determinação dos centroides �̅� e �̅�. Fig. Área (𝒄𝒎𝟐) �̅� �̅� �̅� ∗ Á𝒓𝒆𝒂 𝒄𝒎𝟑 �̅� ∗ Á𝒓𝒆𝒂 𝒄𝒎𝟑 �̅� �̅� 1 14.400 80 155 1.152.000 2.232.000 71,43 112,86 2 3.200 20 70 64.000 224.000 3 4.800 80 15 384.000 72.000 ∑ = 𝟐𝟐. 𝟒𝟎𝟎 ∑ = 1.600.000 ∑ = 2.480.000 Portanto, as coordenadas do centroide C são (71,43; 112,86), conforme mostra a figura 3. 9 0 8 0 3 0 40 160 C Figura 3 – Localização do centroide da figura. RESPOSTA: O centroide da figura tem as coordenadas C = (71,43; 112,86). QUESTÃO 2: Calcule os momentos de inércia Ix e Iy da superfície representada na figura, em relação ao eixo com origem no centroide da figura. Para calcular os momentos de inércia de Ix e Iy, vamos precisar dos dados da tabela 2. Tabela 2 – Dados para a obtenção dos momentos de inércia de Ix e Iy. Figura Área (cm2) 𝒙 (cm) �̅� (cm) �̅� (cm) 𝒀 ̅ (cm) 1 14.400 80 155 71,43 112,86 2 3.200 20 70 3 4.800 80 15 A equação geral do momento de inércia Ix é: 𝐼𝑥 = 𝐼𝑥𝑐1 + 𝐼𝑥𝑐2 + 𝐼𝑥𝑐3 Para cada figura será calculado o momento de inércia centroidal: 𝐼𝑥𝑐1 = 𝑏ℎ3 12 = 160 ∗ 903 12 = 9.720.000 𝑐𝑚4 𝐼𝑥𝑐2 = 𝑏ℎ3 12 = 40 ∗ 803 12 = 1.706.666,67 𝑐𝑚4 𝐼𝑥𝑐3 = 𝑏ℎ3 12 = 160 ∗ 303 12 = 360.000 𝑐𝑚4 Cálculo do momento de inércia em relação ao eixo x: 𝐼𝑥 = 𝐼𝑥1 + 𝐼𝑥2 + 𝐼𝑥3 Será calculado o Ix1, Ix2 e Ix3 para depois somá-los ao final, se utilizando da seguinte equação: 𝐼𝑥𝑛 = 𝐼𝑥𝑐𝑛 + 𝐴𝑛𝑑 2 = 𝑏𝑛ℎ 3 12 + (𝑏𝑛ℎ𝑛) ∗ (𝑌 − 𝑦𝑛) 2 𝐼𝑥1 = 9.720.000 + 14.400 ∗ (112,86 − 155) 2 = 35.291.226,24 𝑐𝑚4 𝐼𝑥2 = 1.706.666,67 + 3.200 ∗ (112,86 − 70) 2 = 7.585.001,39 𝑐𝑚4 𝐼𝑥3 = 360.000 + 4.800 ∗ (112,86 − 15) 2 = 46.327.582,08 𝑐𝑚4 Logo, temos que: 𝐼𝑥 = 𝐼𝑥1 + 𝐼𝑥2 + 𝐼𝑥3 𝐼𝑥 = 35.291.226,24 + 7.585.001,39 + 46.327.58,08 𝑰𝒙 = 𝟖𝟗. 𝟐𝟎𝟑. 𝟖𝟎𝟗, 𝟕𝟏 𝒄𝒎 𝟒 Cálculo do momento de inércia em relação ao eixo y: 𝐼𝑦 = 𝐼𝑦1 + 𝐼𝑦2 + 𝐼𝑦3 Para cada figura será calculado o momento de inércia centroidal: 𝐼𝑦𝑐1 = 𝑏3ℎ 12 = 1603 ∗ 90 12 = 30.720.000 𝑐𝑚4 𝐼𝑦𝑐2 = 𝑏3ℎ 12 = 403 ∗ 80 12 = 426.666,67 𝑐𝑚4 𝐼𝑦𝑐3 = 𝑏3ℎ 12 = 1603 ∗ 30 12 = 10.240.000 𝑐𝑚4 Será calculado o Iy1, Iy2 e Iy3 para depois somá-los ao final, se utilizando da seguinte equação: 𝐼𝑦𝑛 = 𝐼𝑦𝑐𝑛 + 𝐴𝑛𝑑 2 = 𝑏3ℎ 12 ∗ (𝑋 − 𝑥𝑛) 2 𝐼𝑦1 = 30.720.000 + 14.400 ∗ (71,43 − 80) 2 = 31.777.606,57 𝑐𝑚4 𝐼𝑦2 = 426.666,67 + 3.200 ∗ (71,43 − 20) 2 = 8.890.810,35 𝑐𝑚4 𝐼𝑦3 = 10.240.000 + 4.800 ∗ (71,43 − 80) 2 = 10.592.535,52 𝑐𝑚4 𝐼𝑦1 = 𝐼𝑦𝑐1 + 𝐼𝑦𝑐2 + 𝐼𝑦𝑐3 𝐼𝑦 = 31.777.606,57 + 8.890.810,35 + 10.592.535,52 𝑰𝒚 = 𝟓𝟏. 𝟐𝟔𝟎. 𝟗𝟓𝟐, 𝟒𝟑 𝒄𝒎 𝟒 RESPOSTA: Os momentos de inércia são: 𝑰𝒙 = 𝟖𝟗. 𝟐𝟎𝟑. 𝟖𝟎𝟗, 𝟕𝟏 𝒄𝒎 𝟒 𝑰𝒚 = 𝟓𝟏. 𝟐𝟔𝟎. 𝟗𝟓𝟐, 𝟒𝟑 𝒄𝒎 𝟒 QUESTÃO 3 “O estudo do estado plano de tensões em um corpo auxiliará no entendimento da análise do comportamento dos elementos estruturais e da distribuição de tensões para cada tipo de carregamento. As forças quando aplicadas a um corpo provocam tensões que solicitam o material de diversas maneiras (figura1) que afetam o equilíbrio e a estabilidade de um elemento estrutural” (EDMUNDO, 2016). Uma determinada barra está submetida a esforços, cujo estado plano de tensões, representado na Figura 2. Neste contexto, FAÇA UMA ANÁLISE ALGÉBRICA do estado plano de tensões acima e DETERMINE: a) Orientação dos planos principais; b) As tensões principais; c) A tensão de cisalhamento máxima. ANÁLISE INICIAL Análise da figura para extração de informações: 60 MPa 35 MPa 40 MPa Tensão de cisalhamento Tensão de compressão Tensão de compressão. + - • Quando temos a tensão com a flexa apontada para fora, temos a tração 𝜏𝑥,𝑦 > 0 ↔ +→ 𝑇𝑟𝑎çã𝑜 • Quando temos a tensão com a flexa apontada para dentro, temos a compressão 𝜏𝑥,𝑦 < 0 ↔ −→ 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 • A tensão de cisalhamento τx,y>0 • As tensões principais temos σy σx • A tensão normal no eixo x de 40 MPa é de compressão. Logo temos que 𝜎𝑥 = −40𝑀𝑃𝑎 • A tensão normal no eixo y de 60 MPa é de compressão. Logo temos que 𝜎𝑦 = −60𝑀𝑃𝑎 • A tensão de cisalhamento apresenta sentidos positivos dos valores. Logo temos que 𝜏𝑥,𝑦 = 35𝑀𝑃𝑎 Conhecidas essas informações, vamos a resolução das questões. RESOLUÇÃO a) Orientação dos planos principais Temos que determinar o parâmetro Θ𝑝. Assim, utilizando a equação 12 (Violin, 2021), temos: 𝑡𝑔Θ𝑝 = 2𝜏𝑥𝑦 𝜎𝑥−𝜎𝑦 (Eq.12) 𝑡𝑔2Θ𝑝 = 2(+35) −40 − (−60) 𝑡𝑔2Θ𝑝 = 70 20 = 3,5 2Θ𝑝 = 𝑡𝑔 −13,5 = 74,05° Θ𝑝 = 74,05° 2 Θ𝑝 = 37,03° 𝑒 Θ𝑝 = 37,03° + 90° = 127,03° Isto significa que, enquanto um eixo foi rotacionado em 37,03°, o outro foi rotacionado 127,03°. b) As tensões principais Para determinar as tensões principais, utilizaremos a equação 14 (Violin, 2021). Assim teremos: 𝜎𝑚á𝑥,𝑚𝑖𝑛 = 𝜎𝑥+𝜎𝑦 2 ± √( 𝜎𝑥−𝜎𝑦 2 ) 2 + 𝜏𝑥𝑦2 (Eq.14) 𝜎𝑚á𝑥,𝑚𝑖𝑛 = −40 + (−60) 2 ± √( −40 − (−60) 2 ) 2 + 352 𝜎𝑚á𝑥,𝑚𝑖𝑛 = −50 ± √(10)2 + 352 𝜎𝑚á𝑥,𝑚𝑖𝑛 = −50 ± √1325 𝜎𝑚á𝑥,𝑚𝑖𝑛 = −50 ± 36,40 𝜎𝑚𝑎𝑥 = −50 + 36,40 = −13,6𝑀𝑃𝑎 e, para 𝜎𝑚𝑖𝑛 = −50 − 36,40 = −80,40𝑀𝑝𝑎 Os valores determinados nos itens a) e b) são representados a seguir, pela figura abaixo. X C B A σmin= -13,6 MPA σmax= - 80,40 MPA Θp = 37,03° c) A tensão de cisalhamento máxima Para determinar as tensões de cisalhamento máxima, utilizaremos a equação 16 (Violin, 2021). Assim teremos: 𝜏𝑚𝑎𝑥 = √( 𝜎𝑥−𝜎𝑦 2 ) 2 + 𝜏𝑥𝑦2 (Eq. 16) 𝜏𝑚𝑎𝑥 = √( −40 − (−60) 2 ) 2 + 352 = 36,40 𝑀𝑃𝑎
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