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APOSTILA_AULA_01_JORNADA

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Prévia do material em texto

O maior erro no 
inventário: Como 
fazer o Plano de
parti lha na prática.
Essa apostila foi preparada cuidadosamente para que 
você absorva ao máximo o conteúdo explorado na aula.
É de extrema importância que você baixe esse material, 
imprima se possível, risque e rabisque tudo que você
 achar necessário, este material é seu a parti de agora!
MARIA JÚLIA CARDOSO
Na aula de hoje analisaremos nada mais nada menos do que SETE 
casos práticos! Mas antes de entrarmos nos casos, preciso que 
f ique bem claro na sua cabeça:
Muitos advogados confundem o que é meação e o que é herança 
porque não entendem de onde vem esses institutos.
 Quando eu falo que alguém é meeiro, estou fazendo referência a 
um patrimônio que essa pessoa era dona independente da morte 
do marido/companheiro.
A meação é um instituto do direito de famíl ia. É a efetivação do 
direito à metade do patrimônio comparti lhado com alguém.
 No regime de comunhão universal todo o patrimônio adquir ido é 
dos dois (salve exceções expressas). Cada um dos cônjuges tem 
direito à metade do patrimônio total (a meação de cada cônjuge 
corresponde a 50% do patrimônio total do casal) .
No regime da comunhão parcial os bens comuns do casal serão 
apenas aqueles adquir idos após o casamento (salvo exceções 
expressas). Assim, caberá a cada um dos cônjuges a metade dos 
bens adquir idos durante o casamento/união (a meação 
corresponde a 50% do patrimônio adquir ido na constância do 
casamento).
 No regime da separação convencional não tem meação.
 No regime de separação obrigatória via de regra não tem 
meação, mas pode vir a exist ir por força da súmula 377. Mas tem 
que f icar atento ao informativo 628 do STJ porque esse 
reconhecimento não é automático. Precisa comprovar o esforço 
comum.
Vou deixar aqui a tabelinha que traz a regra geral pra você 
consultar sempre que precisar:
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
O MAIOR ERRO NO INVENTÁRIO:
O PLANO DE PARTILHA NA PRÁTICA
NÃO é especial ista
Não Conhece a regras de sucessão
Confunde e se embanana todo com impostos
 
De posse dessas informações, vamos ao conteúdo da aula:
 Porque a maioria dos advogados não ganha dinheiro? 
Fora o r isco né, porque você sabia que nós advogados 
respondemos civi lmente por erros no inventário?
 Dá dinheiro, dá! Mas você tem que se atentar para as regrinhas 
do inventário para não sair apl icando regra de direito de famíl ia 
aqui e errar . 
Você consegue me responder com certeza absoluta essas 
perguntas:
Tudo o que tá no nome do falecido vai pro inventário?
Como f icam as dívidas?
Tem muito advogado amador por aí esquecendo de excluir 
meação, e esquecendo inclusive de INCLUIR a meação do 
falecido.
Você já parou pra pensar que pode exist ir bens só em nome do 
cônjuge companheiro sobrevivente e metade desse bem tem que 
ir pro inventário? Que metade da conta poupança do 
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
CASO 1 : Vamos supor que a Anita chegou porque precisa fazer
cônjuge/companheiro que está vivo. . . .Metade dela vai pra 
inventário!!
Tenho certeza que só com essa aula você já consegue faturar 
bons honorários.
Borá lá então?
o inventario do pai . O pai dela era o seu Matias. 
Seu Matias era casado com Sofia em comunhão parcial de bens. 
E les t iveram 2 f i lhos, Anita e Fernando.
Matias faleceu e deixou uma casa no valor de 600 mil e um 
apartamento no valor de 400 mil , ambos que recebeu de herança 
do pai , seu Pedro. Como eu sei qual é o monte parti lhável? Como 
eu sei se dona Sofia vai ser herdeira ou meeira ou se vai ser os 
dois? O imposto incide sobre que tanto? Porque nem sempre é 
sobre tudo. Presta atenção nisso!
Eu sei que você lembra das aulas de direito de famíl ia da 
faculdade. Você enxergava sua própria famíl ia nas histórias né?
Eu tb lembro!
Mas você não pode trazer a lógica do direito de famíl ia pra cá. 
Direito sucessório é outra coisa. É igual civi l e penal , como se 
fosse dois códigos diferentes!
Seu cérebro vai querer aplicar a lógica do direito de famíl ia no 
inventário, mas o inventário não segue a lógica. Ele segue regras.
E eu estou aqui pra te mostrar que regras são essas para que 
você possa t irar de letra, ter segurança para atuar e faturar altos 
honorários!!
Então seu cl iente chegou, quais perguntas você precisa fazer pra 
ele? 
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
Qual o regime de bens
qual a época de aquisição dos bens
deixou fi lhos? Se não, deixou os pais vivos?
Tem dívidas?
Existe algum bem só no nome do cônjuge/companheiro 
sobrevivente mas que foi adquirido após a união?
1 .
2 .
3 .
4.
5.
De posse da resposta dessas perguntas, você vai mapear o 
monte parti lhável .
Mesmo sendo bem particular , que Matias recebeu de herança do 
pai (seu Pedro), dona Sofia recebe? Sim!! E a resposta pra isso tá 
lá no art igo 1 .829, inciso I do Código civi l :
Art . 1 .829. A sucessão legít ima defere-se na ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge 
sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da 
comunhão universal , ou no da separação obrigatória de bens; ou 
se, no regime da comunhão parcial , o autor da herança não 
houver deixado bens particulares;
I I - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
I I I - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.
 Esse art igo parece que fala grego né?
Mas o que ele quer dizer é simplesmente que quando houver bem 
comum o cônjuge/companheiro não concorre com os 
descendentes.
Ele só vai concorrer quando tiver bens particulares.
E é exatamente por isso que o cônjuge não vai concorrer com os 
descendentes na comunhão universal . Porque nesse regime via 
de regra tudo é bem comum.
 
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
Já quando temos separação convencional o cônjuge é herdeiro 
de tudo , porque tudo é bem particular .
Ademais, é por causa desse art igo que o cônjuge concorre com 
os f i lhos na herança que o marido recebeu do pai quando o 
regime é comunhão parcial . Porque ele concorre com os 
descendentes nos bens particulares.
Nem parece que esse art igo fala tanta coisa quando a gente lê 
ele né?
Ele diz inclusive que quando t iver descendentes vivos, o cônjuge 
casado na separação obrigatória de bens não vai concorrer com 
os descendentes nem nos bens comuns nem nos particulares.
 Eu sei que parece confuso, mas pra você nunca mais errar é 
assim:
Tenho um bem particular
Tenho um bem comum
cônjuge concorre com descendente.
cônjuge não concorre com os descendentes.
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
Grava essas duas frases que elas resumem o artigo 1829, inciso 
I .
A única exceção a ela é o regime de separação obrigatória.
Conforme fr isado acima, na separação obrigatória o cônjuge 
companheiro não concorre com os descendentes nem nos bens 
comuns nem nos particulares.
 Mas atenção! Porque a regra de cônjuge concorrendo com 
descendentes é DIFERENTE de quando concorre com 
ascendentes!!
Quando o cônjuge concorre com os pais, avós e bisavós do 
falecido, ele tem direito sim, INDEPENDENTE DO REGIME DE BENS!!
 E se não t iver nenhum descendente nem ascendente, ele vai f icar 
com tudo INDEPENDENTE DO REGIME DE BENS! 
 Sim, mesmo no regime de separação obrigatório ele vai ser 
herdeiro sim nesse caso.
 Então grava essas 4 frases que elas resumem o art igo.
Então grava essas4 frases que elas resumem o artigo.
 Se eu tenho um bem particular no inventário, estamos falando de
herança e o cônjuge concorre com os descendentes
 Se eu tenho um bem comum no inventário, estamos falando de 
meação e o cônjuge não concorre com os descendentes.
 Cônjuge concorrendo com ascendentes ele tem direito sobre os 
bens comuns e particulares independente do regime de bens.
 Se não t iver nenhum descendente nem ascendente, ele vai f icar 
com tudo INDEPENDENTE DO REGIME DE BENS! 
Então nesse exemplo como fica a partilha?
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
Se era comunhão parcial e os bens eram todos particulares, dona 
Sofia f ica com ⅓ , Anita com ⅓ e Fernando com ⅓ :
O imposto incide sobre o que? 
Sobre o 1 milhão de patrimônio que Matias deixou.
Mas a situação seria totalmente diferente se ao invés de 2 f i lhos, 
seu Matias t ivesse deixado 4 fi lhos com dona Sofia.
Tem uma outra regrinha que está lá no art igo 1 .832 do código civi l 
que fala que ao cônjuge é resguardado ¼ da herança:
Art. 1 .832. Em concorrência com os descendentes (art . 1 .829, 
inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem 
por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte 
da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer .
Ai você acha que a regra da sucessão do cônjuge concorrendo 
com o descendente está no art . 1829, inciso I , e erra.
Porque mesmo que o art . 1 .829 traga que o cônjuge vai concorrer 
em igualdade de condições com os descendentes, quando tem 4 
f i lhos ou mais ele tem reservado para si ¼ da herança.
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
Entao nesse caso nosso aqui de 1 milhão de patrimônio, 250 mil 
f ica reservado pra viúva Sofia e os outros ¾ vao ser divididos 
entre os 4 f i lhos:
Fica 187.500 pra cada:
Importante fr isar que essa regra do art igo 1 .832 só vale só para 
f i lhos comuns. Se seu Matias t ivesse f i lhos de fora do casamento 
ou de outro casamento ai essa regra já não val ia mais.
 Isso foi tema de muita controvérsia, mas temos hoje o enunciado 
527 da V jornada de direito civi l que pacif icou o entendimento 
trazendo que:
Enunciado 527: “Na concorrência entre o cônjuge e os herdeiros 
do de cujus, não será reservada a quarta parte da herança para 
o sobrevivente no caso de f i l iação híbrida”.
Além disso, caso você precise fundamentar em sua petição, no 
RESP 1 .617.650 do STJ ele traz uma aplicação prática desse 
entendimento:
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL. SUCESSÃO. INVENTÁRIO. UNIÃO ESTÁVEL.
CONCORRÊNCIA HÍBRIDA. FILHOS COMUNS E EXCLUSIVOS. ART. 1790, INCISOS I E I I ,
DO CC/2002. INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA PELO STF. APLICAÇÃO AO
CÔNJUGE OU CONVIVENTE SUPÉRSTITE DO ART. 1829, INCISO I , DO CC/2002.
DOAÇÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INEXISTÊNCIA DE RECONHECIMENTO
DA VIOLAÇÃO DA METADE DISPONÍVEL. SÚMULAS 282/STF E 7/STJ. 1 . Controvérsia
em torno da f ixação do quinhão hereditário a que faz jus a companheira,
quando concorre com um fi lho comum e, ainda, outros seis f i lhos exclusivos do
autor da herança. 2. O Supremo Tribunal Federal , sob a relatoria do e. Min. Luís
Roberto Barroso, quando do julgamento do RE 878.694/MG, reconheceu a
inconstitucionalidade do art . 1 .790 do CCB tendo em vista a marcante e
inconstitucional diferenciação entre os regimes sucessórios do casamento e da
união estável . 3 . Insubsistência da discussão do quanto disposto nos incisos I e I I
do art . 1 .790, do CCB, acerca do quinhão da convivente - se o mesmo que o dos
fi lhos (desimportando se comuns ou exclusivos do falecido) -, pois declarado
inconstitucional , reconhecendo-se a incidência do art . 1 .829 do CCB. 4. "Nos
termos do art . 1 .829, I , do Código Civi l de 2002, o cônjuge sobrevivente, casado
no regime de comunhão parcial de bens, concorrerá com os descendentes do
cônjuge falecido somente quando este t iver deixado bens particulares. A
referida concorrência dar-se-á exclusivamente quanto aos bens particulares
constantes do acervo hereditário do de cujus. " (REsp 1368123/SP, Rel . Ministro
SIDNEI BENETI , Rel . p/ Acórdão Ministro RAUL ARAÚJO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em
22/04/2015, DJe 08/06/2015) 5. Necessária aplicação do direito à espécie, pois ,
reconhecida a incidência do art . 1 .829, I , do CCB e em face da aplicação das
normas sucessórias relativas ao casamento, apl icável o art . 1 .832 do CCB, cuja
análise deve ser , de pronto, real izada por esta Corte Superior , notadamente em
face da quota mínima estabelecida ao f inal do referido disposit ivo em favor do
cônjuge (e agora companheiro), de 1/4 da herança, quando concorre com seus
descendentes. 6. A interpretação mais razoável do enunciado normativo do art .
1 . 832 do Código Civi l é a de que a reserva de 1/4 da herança restr inge-se à
hipótese em que o cônjuge ou companheiro concorrem com os descendentes
comuns. Enunciado 527 da Jornada de Direito Civi l . 7 . A interpretação restr it iva
dessa disposição legal assegura a igualdade entre os f i lhos, que dimana do
Código Civi l (art . 1 .834 do CCB) e da própria Constituição Federal (art . 227, § 6º ,
da CF), bem como o direito dos descendentes exclusivos não verem seu
patrimônio injustif icadamente reduzido mediante interpretação extensiva de
norma. 8. Não haverá falar em reserva quando a concorrência se estabelece
entre o cônjuge/companheiro e os descendentes apenas do autor da herança
ou, ainda, na hipótese de concorrência híbrida, ou seja, quando concorrem
descendentes comuns e exclusivos do falecido. 9. Especif icamente na hipótese
de concorrência híbrida o quinhão hereditário do consorte há de ser igual ao
dos descendentes. 10. RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE PROVIDO.
(STJ - REsp: 1617650 RS 2016/0201740-6, Relator: Ministro PAULO DE TARSO
SANSEVERINO, Data de Julgamento: 1 1/06/2019, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de
Publicação: DJe 01/07/2019).
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
 CASO 2: Seu Matias era casado com Sofia em comunhão
parcial de bens. E les t iveram 2 f i lhos, Anita e Fernando. Matias
falece e deixa uma casa que ele comprou com dona Sofia
depois do casamento no valor de 600 mil , MAS QUE ESTÁ SÓ NO
NOME DE MATIAS e um apartamento que recebeu de herança
do pai no valor de 400 mil .
E isso aqui separa muito advogado amador de especialista:
Como eu sei qual é o monte parti lhável?
Se ele era casado em comunhão parcial , a casa que ele comprou
com dona Sofia é bem comum.
Dona Sofia tem direito a metade dela por força de meação.
Se a casa vale 600 mil , 300 f ica pra dona Sofia. .
Mas meação vem do direito de famíl ia. Sofia já era dona de
metade dessa casa antes do seu Matias morrer . E la não está
recebendo isso porque ele morreu.
E é exatamente por isso que a meação f ica de fora do inventário.
Porque ela é um instituto do direito de famíl ia. E se ela f ica de
fora, Sobre ela não incide imposto.
Então dessa casa de 600 mil que é um bem como a gente subtrai
a meação da dona Sofia: f ica 300 mil que vai pro inventário.
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
 CASO 3: seu Matias deixou uma casa de 600 mil e um
E sobre essa outra metade que vale 300 mil dona Sofia tb vai ter 
direito? Não. Porque concorrendo com os descendentes, não dá 
pra meiar e herdar sobre omesmo bem.
 Então só pra gente fechar esse exemplo, como f ica o monte 
parti lhável no inventário?
Outro ponto importante l igado à meação é você se atentar para o 
patrimônio que está no nome do cônjuge sobrevivente.
O advogado amador vai só atrás do patrimônio do falecido, mas 
você tem que olhar o que tá no nome do que f icou vivo.
Se esse patrimônio no nome do cônjuge/companheiro 
sobrevivente for comum, tem a meação do falecido e vai pro 
inventário sim!
Inclusive a conta poupança do cônjuge sobrevivente vai pro 
inventário. Investimentos e tudo que for bem comum, 
independente do nome de quem esteja.
Então recapitulando, no exemplo um a dona Sofia era só herdeira 
de Matias. No exemplo dois ela foi herdeira e meeira e agora vou 
falar caso em que ela vai ser só meeira.
apartamento de 400 mil , ambos comprados pelos dois após o 
casamento.
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
4° CASO: Mas agora Seu Matias era casado com Sofia em
Quem herda são só os dois f i lhos, Anita e Fernando:
comunhão universal de bens. E les t iveram 2 f i lhos, Anita e 
Fernando. 
Matias falece e deixa uma casa que ele comprou com dona Sofia 
depois do casamento no valor de 600 mil , MAS QUE TÁ SÓ NO 
NOME DE Matias e apartamento que recebeu de herança do pai no 
valor de 400 mil .
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
Independente de ser bem de herança, dona Sofia tem direito `a 
metade de tudo por força de meação.
Entao no inventario vou ter :
Exclusão da Meação da Sofia: metade da casa (300 mil) e metade 
do apto (200 mil) . E la no concorre com os f i lhos na outra parte, 
falei isso no inicio da aula, lembra? Art . 1 .829, I , CC.
E o monte partilhável é:
Anita f ica com:
¼ da casa
¼ do apto
Fernando fica com:
¼ da casa
¼ do apto
O Imposto aqui é sobre o monte parti lhavel , nao esquece que tem 
que EXCLUIR A MEAÇÃO ANTES! Assim o imposto é sobre o 
patrimônio de 500 mil (metade da casa + metade do apto), Anita 
Como f ica a parti lha? 
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
5º CASO: E se fosse separação convencional?
e Fernando que arcam com esse valor , cada um pagando sobre o 
percentual que está recebendo. 
Como a casa de 600 mil ele comprou depois do casamento e que 
TÁ SÓ NO NOME DE Matias e o apartamento ele recebeu de 
herança do pai no valor de 400 mil , tudo isso configura bem
particular do seu Matias e será parti lhado em partes iguais no 
inventario, f icando:
⅓ para Sofia
⅓ para Anita 
⅓ para Fernando
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
6º CASO: E ainda vou além!! E se fosse separação obrigatória?
Imposto sobre o patrimônio de 1 milhão, cada um pagando sobre 
o percentual que está recebendo. 
Como a casa de 600 mil ele comprou depois do casamento e que 
TÁ SÓ NO NOME DE Matias e o apartamento ele recebeu de 
herança do pai no valor de 400 mil , tudo isso configura bem
particular do seu Matias e será parti lhado no inventario apenas 
entre seus descendentes!! Dona Sofia f ica sem nada!! 
Ela poderia vir a ter direito caso comprovasse esforço comum na 
casa, mas isso nao é automático.
Entao no inventario f icaria como?
½ de tudo para Fernando e a outra metade para Anita.
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
7º CASO: Por f im e não menos importante, se esse mesmo caso
O Imposto aqui é sobre o monte parti lhável de 1 milhão, Anita e 
Fernando que arcam com esse valor , cada um pagando sobre o 
percentual que está recebendo. 
chegasse pra você e o seu Matias e Dona Sofia fossem casados 
no regime de participação final nos aquestos, como f icaria?
Ai a resposta é a mesma do regime de comunhão parcial . Vc ia 
apurar o que é patrimônio comum e o que é particular e aplicar a 
mesma coisa que ensinei pra comunhão parcial .
Ela poderia vir a ter direito caso comprovasse esforço comum na 
casa, mas isso nao é automático.
Entao no inventario f icaria como?
½ de tudo para Fernando e a outra metade para Anita.
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
Muita coisa ne?
Eu falei que era sem miseria de conteúdo!! Mas vc viu que 
mudando o regime o “mesmo caso” pode ter desfecho totalmente 
diferente?!
A boa notícia é que depois desse aulão quando chegar um caso 
pra você, você conseguirá decifrar o que é meação e o que é 
herança e atuar com segurança! E se f icar alguma dúvida, volte 
sempre que precisar nesse material .
A gente viu que inventários é um dos atos mais rentáveis da 
advocacia pelo fato de os honorários estarem l igados ao 
patrimônio do falecido.
 Vimos que somente no ano passado t ivemos mais 226 mil atos 
real izados no país, e que se cada ato desse rendesse apenas 10 
mil em 
honorários para advogados, estaríamos falando de mais de 2 
bi lhões de honorários circulando apenas nessa área e que 
provavelmente advogado amador não vai conseguir alcançar 
altos honorários. Mas você que está aqui está comprometido com 
a sua carreira e vai fazer diferente ne?
Imagine que você tenha 3 cl ientes.
E to jogando baixo hein. Você pode ter mais. E desses 3 cl ientes, 
cada um deles te paga 10 mil reais.
Você resolve esse inventario extrajudicial (que você vai aprender 
o passo a passo na aula 2) e ganha esses honorários em 2 meses.
Só não faz dinheiro quem não sabe como resolver as coisas.
Hoje mesmo nós vimos a diferença de herdeira, meeira, falamos 
sobre diferenças de famíl ia e sucessões e pode parecer algo
simples aqui , mas você ja está na frente de muito advogado que 
erra isso e pode estar a beira de receber uma ação de 
responsabil idade civi l .
E você não pode perder a nossa 2ª aula que vai ao ar na quarta 
feira, onde eu vou te mostrar o que ninguém te contou sobre o A 
PARTILHA NA PRATICA!
É papo de especial ista mesmo e como você viu pela aula de 
hoje. . . . sem miséria de conteúdo!
 E para f inal izar quero te chamar para me acompanhar lá no 
instagram, porque durante toda essa semana eu estarei fazendo 
l ives para t irar dúvidas de nossas aulas, meu instagram é 
@mariajul iacardoso.__
 Um abraço e nos vemos na próxima aula!
MARIA JÚLIA CARDOSO
Conforme a Lei 9.610/98, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem a autorização prévia e expressa do autor{artigo 29}
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