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AULA 05 - APOSTILA MORFOLOGIA EXTERNA - APARELHO BUCAL (1)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: PRINCÍPIOS DE ENTOMOLOGIA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 25 
Professor: Nome do Professor – E-mail do Professor 
CAPÍTULO 2: MORFOLOGIA EXTERNA DOS INSETOS 
 
2.4. APARELHO BUCAL 
 
Os insetos são mandibulados ectógnatos, ou seja, as peças bucais encontram-
se fora do orifício oral ou boca. A boca é um orifício que representa a porta de entrada 
do aparelho digestivo e situa-se acima e entre as peças bucais. A cavidade que ante-
cede a boca denomina-se cibário ou cavidade pré-oral. 
 
2.4.1 Tipos de Aparelho bucal 
2.4.1.1 Aparelho bucal mastigador 
 
O tipo mais primitivo de aparelho bucal é o mastigador. O aparelho mastigador 
compõe-se das seguintes peças (Figura 1): 
• LABRO 
• EPIFARINGE 
• 2 MANDÍBULAS 
• 2 MAXILAS 
• LÁBIO 
• HIPOFARINGE 
 
 Figura 1. Aparelho Bucal Mastigador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Gallo et al., 2002 
O labro é uma placa (esclerito) mais ou menos móvel e ampla que fica abaixo 
do clípeo. Em sua face interna é de consistência membranosa e pode ser formado por 
 
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UNEC / EAD DISCIPLINA: PRINCÍPIOS DE ENTOMOLOGIA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 26 
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um lobo mediano denominado epifaringe, de função sensorial; esse conjunto é por 
vezes referido como labro-epifaringe. 
As mandíbulas são peças que têm a função de cortar, perfurar, triturar, moldar, 
transportar alimentos e outros materiais e em muitos casos defender o inseto. Pode-
se reconhecer facilmente duas regiões na mandíbula: a área molar, situada basal-
mente e que tem a função principal de triturar os alimentos, e a área incisora, de loca-
lização distal, com funções de corte e perfuração (Figura 2). Cada mandíbula articula-
se com a cápsula cefálica em dois pontos ou côndilos; a movimentação é proporcio-
nada mediante músculos poderosos. 
 
Figura 2. Mandíbula de um inseto com hábito mastigador 
 
Fonte: Gallo et al., 2002 
 
As maxilas têm função sensorial e auxiliam as mandíbulas na manipulação dos 
alimentos. Ocupam posição lateral, uma de cada lado da cabeça e atrás das mandí-
bulas. A base da maxila denomina-se cardo e articula-se com a cabeça em um único 
ponto. Uma segunda peça mais ou menos achatada, o estipe, é unida com o cardo. A 
parte distal do estipe termina em dois lobos: um mais quitinizado, pontiagudo e de 
localização interna, a lacínia, e outro mais arredondado, colocado externamente, a 
gálea. Tanto a gálea como a lacínia podem faltar em certos insetos (Figura 3). O estipe 
apresenta ainda uma estrutura sensorial alongada e multissegmentada, o palpo ma-
xilar, que se insere lateralmente; em Orthoptera, o palpo maxilar apresenta 5 segmen-
tos. 
 
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UNEC / EAD DISCIPLINA: PRINCÍPIOS DE ENTOMOLOGIA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 27 
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Figura 3. Maxila de um inseto com hábito mastigador 
 
Fonte: Gallo et al., 2002 
O lábio é estruturalmente semelhante às maxilas, mas compõe-se de uma peça 
única resultante da fusão dos apêndices na sua linha mediana. Sua função é táctil, 
servindo além disso para fechar a cavidade pré-oral na parte posterior, retendo assim 
os alimentos. A placa basal do lábio denomina-se pós-mento, que pode ser subdivi-
dido em um submento proximal e um mento distal. A parte distal do lábio é uma placa 
denominada pré-mento, que pode apresentar quatro lobos terminais: os dois maiores 
e externos são as paraglossas e os dois menores e internos são as glossas; esses 
quatro lobos são em conjunto denominados de lígula (Figura 4). Um palpo labial com 
função sensorial surge de cada lado do pré-mento; os palpos labiais são em geral 
trissegmentados. 
Figura 4. Lábio de um inseto com hábito mastigador 
 
Fonte: Gallo et al., 2002 
 
 
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NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 28 
Professor: Nome do Professor – E-mail do Professor 
A hipofaringe é um lobo mediano que fica logo atrás da boca, com função táctil 
e gustativa. O duto salivar abre-se geralmente entre a hipofaringe e o lábio. A hipofa-
ringe é membranosa em sua maior parte, com a porção terminal da face superior qui-
tinizada. Musculatura especial permite que a hipofaringe seja dotada de movimenta-
ção para a frente e para trás. 
Existe uma grande variação entre os insetos quanto à forma do aparelho bucal. 
As peças básicas do aparelho mastigador primitivo são muitas vezes modificadas para 
adaptar-se a um determinado regime alimentar. Alguns insetos (por exemplo, as efê-
meras - ordem Ephemeroptera) nunca se alimentam na fase adulta e suas peças bu-
cais são atrofiadas ou vestigiais. As mandíbulas dos insetos carnívoros (predadores) 
são dotadas de fortes pontas cortantes. Em gafanhotos que se alimentam de gramí-
neas, as mandíbulas possuem pontas em forma de cinzel na região incisora e cristas 
achatadas para trituração na região molar. As modificações mais drásticas, contudo, 
ocorrem quando o alimento a ser ingerido está na forma líquida (néctar, seiva, sangue, 
etc.). 
Exemplos de insetos que possuem aparelho bucal do tipo mastigador: larvas e 
adultos de besouros (Coleoptera), gafanhotos, paquinhas, esperanças, taquarinhas e 
grilos (Orthoptera), louva-a-deus (Mantodea), baratas (Blattodea), cupins (Isoptera), 
tesourinhas (Dermaptera), larvas (lagartas) de mariposas e borboletas (Lepidoptera), 
bichos-pau (Phasmatodea), náiades e adultos de libélulas (Odonata), larvas e adultos 
de formigas e vespas (Hymenoptera), larvas de moscas (Diptera) e pulgas (Siphonap-
tera), etc. 
 
2.4.1.2 Aparelho bucal sugador Labial 
 
O aparelho bucal do tipo sugador surge como resultado da transformação de 
certas peças bucais. Em geral as modificações ocorrem no lábio, que se transforma 
em uma bainha envolvente ou um tubo alongado e oco, denominado rostro ou haus-
telo. As outras peças bucais são modificadas em longos e finos estiletes quitinizados, 
semelhantes a agulhas perfurantes; os estiletes de alguns insetos podem ser largos, 
assemelhando-se mais a lâminas cortantes. O lábio não é usado para picar; ele sim-
plesmente encosta ou apoia-se no substrato, sendo a função perfurante ou cortante 
realizada pelos estiletes. Algumas peças bucais podem ser atrofiadas ou reduzidas. 
 
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UNEC / EAD DISCIPLINA: PRINCÍPIOS DE ENTOMOLOGIA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 29 
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Dependendo do número de estiletes funcionais presentes no interior do lábio ou por 
ele envolvidos, o aparelho bucal sugador labial pode ser ainda classificado em: 
 
 - Hexaqueta - 6 estiletes (labro-epifaringe, 2 mandíbulas,2 maxilas e hi-
pofaringe). É encontrado nos mosquitos, mutucas e borrachudos (Figura 5). 
 
Figura 5. Aparelho Bucal Sugador Labial Hexaqueta. 
 
Fonte: Gallo et al., 2002 
 
- Tetraqueta - 4 estiletes (2 mandíbulas e 2 maxilas). É encontrado nos per-
cevejos, cigarras, cigarrinhas, pulgões, etc. (Hemiptera). O rostro ou bico é segmen-
tado e pode dobrar-se para cima durante a penetração dos estiletes. Na parte interna 
do lábio, as maxilas justapostas formam um canal alimentar e um canal salivar (Figura 
6). 
Figura 6. Aparelho Bucal Sugador Labial Tetraqueta 
 
Fonte: Gallo et al., 2002 
 
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- Triqueta - 3 estiletes. Ocorre em pulgas, onde os estiletes perfurantes são 
representados pela pifaringe prolongada e pelas lacínias das maxilas. Nos piolhos 
sugadores (hematófagos - ordem Phthiraptera: Anoplura) também há três estiletes, 
mas a sua homologia com as peças bucais de outros insetos sugadores é difícil de 
estabelecer; o estilete dorsal é provavelmente o resultado da fusão das maxilas; o 
estilete intermediário é afilado e contém o canal salivar, possivelmente representado 
pela hipofaringe; o estilete ventral é a principal peça perfurante e é provavelmente o 
lábio, em forma de canalete. Nos tripes (ordem Thysanoptera) também ocorrem três 
estiletes: uma mandíbula raspadora (esquerda) e as lacínias do par de maxilas; a 
mandíbula direita é apenas vestigial; essas três peças alojam-se em uma robusta 
tromba cônica e assimétrica formada pelo lábio, clípeo e labro, possibilitando a sucção 
(Figura 7). 
 
Figura 7. Aparelho Bucal Sugador Labial Triqueta 
 
Fonte: Gallo et al., 2002 
 
- Diqueta - 2 estiletes. É encontrado nos dípteros superiores com peças per-
furadoras, como a mosca-dos-estábulos, Stomoxys calcitrans, mosca tsé-tsé (Glos-
sina spp.), mosca do berne e moscas hipoboscídeas. Nesses insetos, a principal peça 
pungitiva é o lábio; os estiletes delgados são representados pelo labro e pela hipofa-
ringe, que se alojam em um sulco dorsal do lábio; este possui a extremidade formada 
por duas pequenas placas duras, as labelas, guarnecidas com dentes. Na mosca do-
méstica, que não pica, os dois estiletes (o labro e a hipofaringe) situam-se em um 
sulco anterior do lábio, constituindo o haustelo; a extremidade distal do lábio apresenta 
 
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dois grandes lobos ovais macios, as labelas, percorridas por sulcos transversais ou 
canais alimentares, formando uma estrutura esponjosa para sorver (Figura 8). 
 
 Figura 8. Aparelho Bucal Sugador Labial Diqueta 
 
 Fonte: Gallo et al., 2002 
 
2.4.1.3 Aparelho Bucal Sugador Maxilar 
 
Borboletas e mariposas desenvolveram um aparelho bucal adaptado para su-
gar, por meio de prolongamentos das maxilas, formando um tubo flexível que perma-
nece enrolado quando em repouso, denominado probóscida ou espirotromba. Cada 
gálea é um tubo oco e flexível que contém músculos e traquéias; a distensão ocorre 
por pressão da hemolinfa e o enrolamento é devido à ação de mola elástica auxiliada 
por músculos. As duas gáleas adaptam-se uma à outra por meio de um arranjo de 
sulco e crista na superfície interna, formando um canal alimentar por onde flui o néctar 
(Figura 9). Não existe canal salivar, embora os adultos de Lepidoptera possuam glân-
dulas salivares. 
 Figura 9. Aparelho Bucal Sugador Maxilar 
 
 Fonte: Gallo et al., 2002 
 
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2.4.1.4 Aparelho Lambedor 
 
As abelhas e mamangavas adultas possuem peças bucais modificadas para a 
utilização de alimento líquido, no caso, néctar e mel. Esse tipo de aparelho bucal re-
cebe o nome de lambedor ou mastigador-lambedor. É um complexo formado pelas 
maxilas e lábio; a "língua" central representada pelo lábio termina em uma dilatação 
(flabelo) formada pelas glossas; as longas gáleas das maxilas envolvem o lábio for-
mando um tubo alimentar (Figura 10). O néctar é ingerido pela ação combinada da 
sucção e da "língua" que se move para cima e para baixo. As mandíbulas servem para 
cortar flores de corola longa, e também para defesa, moldagem de cera para confec-
cionar alvéolos nas colméias, etc. 
 
 Figura 10. Aparelho Bucal Lambedor 
 
 Fonte: Gallo et al., 2002 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências 
 
BUZZI, Z.J. Entomologia didática. 4. ed. Curitiba: UFPR, 2002. 348p. 
CHAPMAN, R. F. The insects: structure and function. 4th ed. Cambridge: Cam-
bridge University Press, 1998. 788 p. 
GALLO, D.; NAKANO, O.; SILVEIRA-NETO, S.; CARVALHO, R. P. L.; BA-
TISTA, G. C. de; BERTI-FILHO, E.; PARRA, J. R. P.; ZUCCHI, R. A.; ALVES, S. B.; 
VENDRAMIM, J. Entomologia agrícola. Piracicaba: FEALQ, 2002. 920 p. 
GILLOT, C. Entomology. 3rd ed. Dordrecht: Springer, 2005. 820 p. 
GULLAN, P. J.; CRASTON, P. S. The insects: an outline of entomology. Lon-
don: Chapman & Hall, 1994. 491 p.

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