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E D I T O R A A U T O G R A F I A
R i o d e Ja n e i ro, 2 0 1 7
D O U G L A S C A V A L C A N T I 
E L E U Z A C R I S T I N A
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E D I T O R A A U T O G R A F I A
Editora Autografia Edição e Comunicação Ltda.
Rua Buenos Aires, 168, 4º Andar – Centro
Cep: 20070-022
Rio de Janeiro
Entre o Céu e a Terra
CAVALCANTI, Douglas
CRISTINA, Eleuza
1ª Edição
Fevereiro de 2017
ISBN: 978-85-518-0046-1
Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução deste livro com fins comerciais sem
prévia autorização do autor e da Editora Autografia.
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A história de superação de um casal cristão que viveu uma 
experiência sobrenatural
Douglas Cavalcanti e Eleuza Cristina
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Para os nossos filhos, nossa maior herança, que nos propor-
cionaram motivação, abrindo nossa visão espiritual para 
criar este livro e mostrar às pessoas que a vida continua, 
tanto conosco na Terra, como com eles nos céus.
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A G R A D E C I M E N T O S
E m primeiro lugar a Deus e a Jesus, pois só Eles conseguem fazer de um “fim” um novo começo em nossas vidas.
A todos os amigos e parentes, que de uma forma direta ou 
indireta contribuíram para que essa obra fosse feita.
Em especial ao pastor Alexandre Duarte e sua família, 
que não mediram esforços para nos abençoar nas horas mais 
difíceis.
Ao pastor Jeyson do Espírito Santo e família, que sempre 
nos ouvem e instruem em conhecimento.
Ao pastor Bruno Alves, que sempre nos ajuda com esclare-
cimentos e orações.
Às amigas de Vitória, que sempre estão conosco ajudando 
no projeto e nos dando muito carinho.
Aos meus amigos e famílias moradores do Condomínio Pia-
cenza Life, Conjunto Santa Maria, Condomínio da Palhada, 
Conjunto do IAPI de Del Castilho que também foram essen-
ciais no apoio, em vários aspectos.
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Í N D I C E
PRÓLOGO 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
PRÓLOGO 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
PRÓLOGO 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
AFLIÇÕES TERRENAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
SONHOS REAIS E RELATOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
FAMÍLIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
ARREBATAMENTOS EM ESPÍRITO/EXPERIÊNCIAS 
FORA DO CORPO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
A EXPERIÊNCIA DE QUASE MORTE (EQM) . . . . . . . . . . . . 85
PRESSENTIMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
O CÉU É REAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
PLANETA TERRA: SOMOS VISITANTES DA TERRA, 
NÃO HABITANTES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
A MORTE É UMA ILUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
SUPERAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
RELIGIÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113
TERRA: A ESCOLA DA VIDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
VAI SUPORTANDO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121
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VIDA ETERNA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
PROJETO VITÓRIA CRISTINA: EXPERIÊNCIAS 
VIVENCIADAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
JESUS ESTÁ VOLTANDO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132
ESPERANÇA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141
DEPOIMENTOS DE AMIGOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143
CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149
RESUMINDO TUDO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152
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E u, Douglas Cavalcanti, nascido em 15 de fe-vereiro do ano de 1972, criado no Evangelho desde 1979, fui obreiro, evangelista e atualmente sou pastor. 
Fundei igrejas, rádios comunitárias e instituições filantrópicas. 
Atuo em vários ministérios: infantil, adolescentes, jovens. Sou 
professor de escola dominical, entre outras atividades. Mante-
nho quatro canais no Youtube, com mais de 500 mil acessos. 
Sou casado com Eleuza Cristina, minha esposa desde 1998. 
Capelão, conselheiro em dependência química, com conheci-
mento básico de teologia, jamais esperava que acontecesse co-
migo aquilo que eu só conhecia de ouvir.
Existem coisas que não pedimos para acontecer, elas sim-
plesmente acontecem. No ano de 2002 eu estava trabalhando 
como frentista, no turno da manhã, em um posto de gasolina 
de uma empresa multinacional, situado em frente a um sho-
pping na praia de Botafogo, no bairro de mesmo nome, na ci-
dade do Rio de janeiro. Houve um dia em que, durante o meu 
almoço, como já era de costume, eu almoçava e descansava 
do almoço deitado em um papelão no chão do vestiário dos 
frentistas para cochilar. Durante o sono, percebi algo diferente, 
me levantei e observei algo sobrenatural, sem nunca ter lido a 
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passagem bíblica em 2 Coríntios 12, onde o apóstolo Paulo re-
lata que foi ao terceiro céu sem saber se fora ou dentro do cor-
po. Eu observei e me impressionei ao ver que estava em pé e 
meu corpo deitado no chão sobre o papelão com que eu sem-
pre cobria o chão antes de deitar. Essa foi a primeira vez em 
que percebi algo sobrenatural que aconteceu comigo.
Depois de alguns dias se repetiu novamente a mesma situ-
ação, sendo que desta vez havia um ser iluminado a meu lado. 
Ele pegava em minha mão e me levava ao Universo. Ao olhar 
para baixo, pude ver o planeta Terra pequeno e distante, e dian-
te dos meus olhos, de cabeça erguida, olhando para a frente, 
pude ver uma cidade celestial a aproximadamente 5 km de dis-
tância. Essa cidade tinha um muro com aparência medieval. 
Sua altura equivalia a uns 30 metros, e sua extensão era incal-
culável. O ser de luz me falou que estava realizando um pedi-
do que eu fizera em oração, há muitos anos atrás, onde eu disse 
a Deus que gostaria muito de conhecer os seus mistérios ce-
lestiais. E realmente pedira isso, me lembrei desta oração com 
que pedi a Deus. Eu sempre me dirijo a Deus o chamando de 
meu Criador, Papai e Amigo. Logo após ele ter me mostrado a 
cidade, eu lhe disse que gostaria de entrar nela. Ele respondeu: 
você não está autorizado.
Pude perceber que aquela cidade não era a nova Jerusalém 
citada na Bíblia, então concluí que um Deus infinito não se-
ria egoísta de criar somente uma população humana na Terra e 
entendi também que, quando Jesus fala que para a casa de seu 
pai há muitas moradas, as moradas de Deus não se comparam 
às nossasmoradas, que são simples casas. Para Deus as moradas 
são planetas, estrelas etc. e, como nós somos espíritos dentro de 
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corpos, não sabemos ou não lembramos nossos limites fora des-
tes corpos. Indo além em meus pensamentos, eu creio que, na-
quela cidade, exista uma população diferenciada da nossa. En-
tão, o anjo me trouxe de volta até o vestiário do meu trabalho 
e senti ser puxado pelo meu corpo e entrei novamente nele e 
me levantei normalmente, lavei o rosto e fui trabalhar. Pensava 
que sair do corpo tinha acontecido só com os apóstolos Paulo 
e João. Mas eu até descobri, tanto na internet, como em vários 
documentários famosos, na TV, inúmeros casos iguais ao meu.
Passaram-se alguns anos. Em 2008 tive uma crise de pso-
ríase. Meu corpo ficou todo em carne viva, minha imunidade 
baixou, então adquiri uma crise de ácido úrico, apareceram 
seis nódulos em mim, pensei que ia morrer e todos que me vi-
ram, também. Peguei artrite psoriática, minha saúde, cada vez 
pior; para muitos eu não passaria de 2008. Então, ao passar pela 
cama da minha filha Vitória, olhei para ela, que tinha oito anos 
de idade, dobrei meu joelho e pedi a Deus que me desse pelo 
menos mais alguns anos para continuar criando ela segundo 
o Evangelho. Daquele dia em diante comecei a melhorar, até 
ficar totalmente curado. Claro que também fiz minha parte, 
me medicando e mudando minha alimentação. Mas um ami-
go meu chamado Wilton Fonseca me falou umas palavras que 
hoje entendo. Ele me falou: “Douglas, hoje você não entende, 
mas amanhã, no futuro, você verá que o mundo espiritual da 
Luz decidiu te dar mais uma oportunidade. Decidiu prolongar 
seu tempo na Terra”. 
Após o Wilton ter falado aquilo refleti e hoje eu entendo 
que você pode ter o melhor médico, o melhor remédio, mas 
se estiver programada sua partida daqui, nada vai impedir esta 
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partida, a não ser que tenha um propósito de Deus e Jesus para 
você e aí então eles prolonguem seu tempo na Terra, mas isso 
é sempre com o propósito de ajudar alguém.
Há casos e casos. Tenho um amigo, fuzileiro naval, que me 
contou que, no seu quartel, o melhor atleta de lá, jovem, ali-
mentação de primeira, academia, fazia constantes checapes, 
exames etc. Um belo dia, correndo, ele, do nada, cai e tem in-
farto fulminante, na pista de corrida do quartel. O levaram cor-
rendo para os médicos do quartel e nem os médicos entende-
ram a causa. Resposta, simples: quando está programado lá em 
cima, nada vai impedir aqui em baixo a não ser que haja um 
propósito. (Eclesiastes 3). 
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E u, Eleuza Cristina R. R. Cavalcanti, fui ado-tada, recém-nascida, por uma família que me amou incondicionalmente: pai Olímpio, mãe Neuza e mais 
três irmãos, Fernando, Jorge Luis e Nérea Cristina, me criaram 
com todo o amor e com tudo que precisava para ser uma mu-
lher de caráter.
Fiquei órfã aos 17 anos. Com 22 anos casei com Douglas 
Cavalcanti. Dois anos depois nasceu Vitória, trazendo uma 
grande alegria a todos por ser a primeira filha, primeira neta, 
primeira sobrinha. Conheci a Igreja Evangélica através do meu 
esposo Douglas e comecei junto com ele a me dedicar a Deus. 
Vitória foi crescendo e convivendo no meio evangélico, onde 
sempre fomos prestativos e presentes. Até que aconteceu, por 
permissão e propósito de Deus, o inesperado. Em 2013, após 
uma gestação boa, nasceu Vítor Miguel, que, com três dias de 
vida, voltou a seu verdadeiro lar, os céus. Esse acontecido foi 
um grande abalo para mim e Douglas, mas conseguimos reto-
mar as nossas vidas dando forças um para o outro. E tínhamos 
a Vitória. Por ela nos reerguemos. Claro: esquecer é impossí-
vel, mas a vida continuava.
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Quando foi em 2015, Vitória começou a se sentir mal, de-
vido a uma pontada na lateral da barriga, então a levamos aos 
médicos, fez-se uma bateria de exames e foram constatados pro-
blemas no fígado. Após três dias de internada, Vitória voltou 
para o seu lar, os céus. Nosso mundo virou de cabeça para bai-
xo. Eu já não sabia mais, quase, quem eu era. Daí para a frente 
nada foi mais como antes. Começou a acontecer uma série de 
coisas com as quais nunca tivemos experiências, coisas sobre-
naturais, os sonhos, as experiências fora do corpo.
Observação: só pessoas com muita espiritualidade e inti-
midade com Deus para entender, como algumas pessoas para 
quem já contamos algumas experiências e elas nem se abala-
ram, por conhecerem casos iguais, há muitos anos.
Começamos a pesquisar e a aprender que o que estava 
acontecendo conosco, na verdade, é natural para várias pesso-
as. Esses acontecimentos nos deram forças para novamente nos 
levantarmos e, hoje, não digo que estamos recuperados, pois a 
perda de dois filhos é algo que se leva até a hora de nossa par-
tida, mas posso dizer que estamos conscientizados de que um 
dia vamos estar juntos novamente e de que a vida que vivemos 
aqui na Terra é passageira, é nos céus nossa eternidade, é nos 
céus a verdadeira vida e felicidade.
Agora só nos resta esperar nossa hora de voltar ao lar. En-
quanto isso não acontece, decidimos ajudar as pessoas, através 
de nossos livros e palestras, a enxergarem que a Terra é uma 
grande passagem e ilusão, mas que essa ilusão tem uma expli-
cação. Jesus nos alertou que no mundo teríamos aflições, mas 
que devemos ter ânimo porque ele venceu o mundo. Quer di-
zer, Jesus só venceu quando completou sua missão até o fim e 
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depois recebeu sua recompensa fora daqui. Aqui não há recom-
pensas, aqui é guerra. Conforto, justiça, igualdade e descanso, 
só com Jesus na Eternidade.
Espero, querido leitor, que você não sofra pelas perdas de 
seus entes queridos. Sentir saudades é natural, mas não sofra, 
entenda que estamos aqui mas não somos daqui. Como Vitória 
dizia. E tenha a certeza de que todos os nossos entes queridos e 
amigos nos aguardam no retorno ao nosso verdadeiro lar. Pen-
se assim e será mais fácil. Não adiante sua hora, como muitos 
que não aguentam e cometem suicídio, pois há um preço a pa-
gar por isso. Siga em frente pedindo forças a Deus e conseguirá.
O que são cem anos na Terra perto de uma eternidade 
nos céus? 
Fique com Deus, querido, não importa sua religião e sim 
que esteja verdadeiramente com Deus. Grande abraço e mui-
ta força.
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P R Ó L O G O 3
V itória Cristina Ribeiro Cavalcanti, nascida em 25 de julho de 2000, foi criada segundo o Evange-lho até o seu último dia de missão na Terra. Era uma 
menina obediente, prestativa, estudiosa, temente a Deus, pro-
fessora da escola bíblica infantil, simpática, alegre e muito con-
selheira, tanto dos pequenos como dos adultos. Professora de 
coreografias da igreja, louvava a Deus e sempre fazia tudo ao 
seu alcance para ajudar pessoas. Até os dias de hoje, a atitude 
de Vitória é lembrada, elogiada e comentada por amigos, vizi-
nhos e parentes.
Com três anos de idade conhecemos uma produtora de 
eventos, a Renira, da agência Renny Carran, em Nova Iguaçu, 
RJ, que gostou muito do carisma e simpatia da Vitória. Logo 
formamos uma grande amizade, que existe até os dias de hoje, 
com ela e sua família e assim Vitória participou de vários even-
tos e desfiles de moda, ficando sempre entre as três primei-
ras classificadas. Somente com seu sorriso Vitória conquista-
va a todos.
Uma certa vez, conhecemos uma senhora que nos inter-
rogou perguntando seéramos os pais da Vitória. Então disse-
mos que sim e perguntamos: “Por quê?”. Ela respondeu: “Sua 
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filha e minha neta são amigas, foi na minha casa de praia que 
passaram o Carnaval”. Então lembramos que tínhamos deixa-
do Vitória ir viajar com uma coleguinha da escola e sua mãe. 
A senhora falou: “Logo percebi que ela era diferente. Enquan-
to as meninas se preocupavam com o passeio e a diversão, ela 
se preocupava com as amigas. Houve um dia em que todas as 
colegas foram para a praia e nós ficamos em casa. Sua filha Vi-
tória passou o tempo todo me aconselhando sobre um proble-
ma que eu estava passando. Ela abriu mão de ir à praia, naque-
le momento, para me orientar”. Nós os pais ficamos pensativos 
e percebemos que Vitória se preocupava muito com o bem-es-
tar do ser humano. Principalmente nos momentos de tristeza. 
Ela sempre estava pronta para servir.
Sua infância foi voltada para a Obra de Deus, porque eu, 
seu pai Douglas, fui criado segundo o Evangelho desde os sete 
anos de idade e com 14 anos me batizei. Então decidi, junto 
com minha esposa Eleuza, criar a Vitória da mesma forma. E, 
durante nossa caminhada constante, no dia a dia, ela sempre es-
tava presente: nas vigílias da igreja, montes, evangelismo, cru-
zadas, acampamentos etc.
Vitória sempre gostou de esportes e fez natação, karatê, 
balé, hip-hop etc. Vitória também foi sempre organizada, em 
todos os aspectos; tanto na escola, com seus afazeres escolares, 
quanto em casa e no seu quarto, porque sua mãe é rigorosa, bas-
ta visitar nossa casa e verás como é limpa e organizada. Minha 
esposa sempre foi assim.
Me lembro quando Vitória me acompanhava nos evange-
lismos dentro de comunidades como Complexo do Alemão, 
morro do Adeus etc. Evangelizávamos levando ela no carrinho. 
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Quantas vezes dormimos na Igreja, porque a comunidade es-
tava em guerra!
Nos unimos a uma amiga e criamos um grupo de fantoches 
e passamos a evangelizar com o grupo no Rio de Janeiro todo, 
inúmeras igrejas nos convidavam porque sempre fomos atração 
para crianças em todo lugar e Vitória, sempre presente, nos aju-
dando a desempenhar o papel dos fantoches.
Vitória foi crescendo ouvindo dos céus o tempo todo. Todas 
as noites, antes de dormir, nós liamos um trecho da Bíblia para 
ela. E, quando ela participava de gincana, nas igrejas, sobre ver-
sículos bíblicos, ela quase sempre tirava primeiro lugar. Assis-
tíamos a muitos filmes sobre o céu. Sempre falei a Vitória que 
não me sinto da Terra. Até mesmo porque várias pessoas sem-
pre falam isso para mim, o seu pai, até os dias de hoje. Amigos 
meus, às vezes, diziam a ela: “Seu pai não é daqui, ele é muito 
diferente, pensa mais nas pessoas do que nele mesmo”. Eu tira-
va proveito disto para ensinar a ela como lição de vida que aqui 
é só uma passagem da nossa vida, e é por isso que temos que 
nos dedicar sempre a fazer o bem a Deus e ao próximo. Sem-
pre disse a ela que este mundo é uma escola e a moral e o cará-
ter são o que mais agradam a Deus. 
Vitória sempre foi obediente em todos os aspectos, tanto é 
que até hoje muitas mães nos falam: “Sua filha foi um exemplo, 
enquanto esteve aqui”. Me lembro que, em uma certa ocasião, 
eu vim da rua com cinco DVDs piratas e, quando cheguei em 
casa e a chamei para ver comigo, ela perguntou: “Onde o se-
nhor comprou?”. Eu respondi: “No camelô”. Ela me repreen-
deu e disse: “O senhor me ensina a ser honesta e o senhor age 
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desonestamente!”. Aquilo ali mexeu comigo e, na mesma hora, 
decidi jogar aqueles DVDs fora.
Sempre se preocupava com tudo em relação à obra de 
Deus, se dedicava ao máximo aos ensaios de coreografia, en-
saiava cânticos, estava sempre estudando a Bíblia, fazia tudo 
com muito amor e sem medir esforços. Vitória nunca teve 
medo de nada a não ser de uma coisa: um animal chamado 
boi ou vaca. Quando Vitória olhava um boi ou uma vaca ela 
entrava em pânico e, se eu estivesse perto, ela gritava: “Pai!”.
Vitória era tão ousada que houve uma certa ocasião em 
que eu programei um passeio com as famílias aqui próximo da 
minha casa e decidimos ir, no dia seguinte, para a Praia Gran-
de, na Costa Verde do Rio de Janeiro. Neste dia o passeio esta-
va muito animado, chegando à praia foi uma euforia tremen-
da. Tinha muitos meios de se divertir, digo, opções. Mas existia 
uma atração, no meio do mar, chamada banana, um bote in-
flável em formato de banana que levava as pessoas ao meio do 
mar como diversão. Então a Vitória queria passear neste bote, 
junto com seus amigos, e, como responsável por eles, eu, Dou-
glas, fui junto. Chegando a um determinado local, no meio do 
mar, onde a profundidade é para passar navio, o homem res-
ponsável pela banana parou e disse que quem quisesse dar um 
mergulho poderia. Então eu, Douglas, pulei porque sei nadar e 
boiar, mas jamais imaginei que a Vitória fosse pular, por ser tão 
pequena, e ela pulou e estimulou outros adolescentes a pular. 
Quando vi aquilo fiquei preocupado, mesmo sabendo que eles 
estavam com salva-vidas no corpo. Teve um amigo dela chama-
do Alexandre que pulou e nem sabia nadar. Seu salva-vidas co-
meçou a soltar e ele pediu socorro, mas graças a Deus deu tudo 
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certo, meus amigos e meu cunhado Wanderlei me ajudaram e 
colocamos todos no bote.
Vitória tinha algo de muito bom, não era apegada a nada, 
nem a nós, sempre foi muito independente. Tinha no seu ca-
derno músicas, versículos, conselhos às amigas, tinha intimida-
de com Deus.
Vitória também foi boa aluna e nunca repetiu de série, era 
adiantada um ano, pois a diretora da escola a pulou de série, 
por ela estar mais adiantada que o resto da turma, e então ela 
pulou do CA para a primeira série.
Sempre falava que queria ser veterinária nas Forças Arma-
das, pois em nossa família existem vários militares. Ficou mui-
to entusiasmada quando viu seu primo Lorran se formar na Ma-
rinha e decidiu que esse seria o seu caminho.
Com 11 anos, na sétima série, houve uma mostra de poesia 
na escola, ocasião em que a professora pediu que todos os alu-
nos fizessem poesias para lerem ao público no dia da festa. Vi-
tória ficou muito animada e, entre vários temas que ela poderia 
escolher falar, ela escolheu falar de Jesus.
Não é porque é nossa filha, mas Vitória sempre foi diferen-
te e especial. Talvez seja um dos motivos de Deus a ter permi-
tido voltar logo para nosso lar.
Eis a poesia apresentada por Vitória na escola:
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Jesus Cristo
Jesus é meu amigo
E sempre está comigo
Jesus é minha paixão
E está dentro do meu coração
Jesus que está comigo
Também está contigo
Ele é meu provedor
E também meu protetor
E a todos eu apresento
O Rei libertador
Jesus é pai de todos
E de todas as nações
O mundo precisa de Deus
O mundo precisa de amor
Em seus corações.
Vitória Cristina Ribeiro Cavalcanti
 
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A F L I Ç Õ E S T E R R E N A S
C om dois meses de idade Vitória nos deu um susto ao reclamar de dores através dos choros. Então decidimos levá-la ela ao hospital PAM de Del Cas-
tilho. Na época, morávamos lá no bairro de Del Castilho. Ao 
chegarmos ao hospital, a médica preferiu fazer um exame mais 
detalhado, em que constatou infecção urinária, e recomendou 
que a transferissem para um hospital de atendimento infantil 
no Rio Comprido, porque lá ela teria toda a assistência neces-
sária. Assim foi feito e sua mãe Eleuza a acompanhou, dentrode uma ambulância, até o destino. Chegando lá, Vitória entrou 
na agulha e era agulha por todo o corpo, pois as veias de uma 
criança com dois meses são tão finas que estouravam com faci-
lidade. O médico disse a Eleuza, depois de três dias consecuti-
vos com Vitória internada, que não existia mais lugar para colo-
car o soro na Vitória, a não ser na cabeça. Eleuza ficou nervosa 
e me ligou chorando: “Douglas, o médico falou que vai colo-
car uma agulha na cabeça da Vitória, e agora?”. Respondi: vou 
orar aqui constantemente e pedir às igrejas pelo rádio (na época 
eu era programador e locutor) para que todos façam uma cor-
rente de oração em prol de uma solução divina, fique calma e 
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confie em Deus”. Eleuza também foi ao banheiro do hospital 
e fez sua oração.
Quando foi no outro dia, de manhã, Eleuza me ligou e 
me deu uma notícia, chorando. Então pensei: “Pronto, o pior 
aconteceu!”. Na verdade, o melhor tinha acontecido. Eleuza 
me deu a notícia de que o médico dera alta para Vitória, sem sa-
ber como sumiram todos os seus sintomas da infecção urinária.
Outro caso foi uma tuberculose que a Vitória adquiriu pelo 
ar. Vitória tinha cinco anos de idade, em 2005. Ela não pare-
cia ter nada, só descobrimos mediante o surgimento de um ca-
rocinho, atrás de sua orelha. Foi uma imensa luta medicar em 
casa uma criança que não conseguia ingerir o remédio, por 
ser de cápsula. Então só existia uma forma, que era perigosa: 
abrir a cápsula e colocar seu conteúdo em uma colher e dar na 
boca dela, seguido de um copo de água, e usamos vários me-
dicamentos naturais para não prejudicar e comprometer o es-
tômago dela. Depois chegaram os remédios líquidos, o que foi 
um grande alívio. Assim, conseguimos concluir sua medica-
ção com muito sucesso.
Mais um caso: após passar alguns anos, meu cunhado Wan-
derley, minha irmã Fanny, minha cunhada Valesca, meu irmão 
Willians, meus sobrinhos Lucas e Lorran, junto com a Eleu-
za, foram a uma praia chamada Urca, no Rio de Janeiro. Após 
muita diversão, Vitória sentou na prancha em cima da água e, 
quando a família deu por si, Vitória já estava indo para o mar 
pelo lado das pedras, num lugar aonde só surfista tem coragem 
de ir. Suas tias e mãe ficaram nervosas e gritando, um desco-
nhecido que passava na passarela em cima começou a tirar a 
roupa para pular e salvar a Vitória. Nisto o tio Wanderley pediu 
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ao homem para não pular, deu a volta pela areia e pegou ela de-
pois das pedras. E aí tudo voltou ao seu devido lugar.
E tem mais... Certa vez fui convidado a participar de uma 
festa de aniversário na casa de meu primo pastor Carlos Vaz, 
Luciana, João e Janaina. Chegando lá, foi uma benção o culto 
de Ação de Graças! Após termos comemorado aquele momen-
to marcante para a família, fomos para a frente da casa, que era 
dentro de um sítio.
As crianças, todas elas brincando na frente da casa, não per-
ceberam que, entre os galhos no chão, havia uma cobra camu-
flada. Havia muitas crianças e justamente a Vitória pisou na co-
bra pensando que fosse o galho da árvore e, quando deu por si, 
a cobra se manifestou e todos que estavam em volta tentavam 
matar a cobra, até que o seu primo João matou a cobra. Então 
a sua mãe Eleuza percebeu dois pontos na sua perna sangran-
do. O nosso primo Carlos Vaz nos colocou dentro do seu veí-
culo e nos levou para o Hospital Rocha Faria. Chegando lá foi 
avaliado o ferimento e aproveitei para apresentar a cobra morta.
O Hospital Rocha Faria nos encaminhou de ambulância 
para um hospital da Barra da Tijuca que, segundo eles, era o 
único hospital da cidade do Rio de Janeiro que atendia a esses 
casos. Examinaram e perceberam que a cobra era da espécie 
cipó, não venenosa, e deram uma medicação para Vitória pas-
sar no ferimento. Mais uma vez deu tudo certo!
Um outro caso... Vitória ia, junto com suas amigas, para o 
ensaio de coreografia na igreja à qual ela pertencia quando, no 
meio do caminho, parou um carro estranho. Alguém abriu a 
porta e as mandou entrar no carro. Vitória, então, sempre co-
rajosa, correu primeiro e começou a gritar pedindo socorro e 
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estimulando as amigas a fazer o mesmo. Os dois homens que 
estavam no carro se assustaram com a atitude das meninas e, 
vendo que a estrada estava movimentada, fecharam a porta do 
carro e pisaram fundo no acelerador, fugindo sem deixar pis-
tas. Com certeza foi tentativa de sequestro. Agradecemos mui-
to a Deus por esse livramento!
Mais um caso de que me lembro foi que, com o passar dos 
anos da Vitória, observamos que sua coluna estava torta, afe-
tando seu ombro. Então solicitei a Eleuza para levar Vitória ao 
hospital. Após a consulta no hospital – a médica falou que era 
questão de mudar de hábito e tudo ficaria resolvido –, coloca-
mos Vitória na fisioterapia e, em menos de um ano, sua colu-
na estava normal.
Há mais a contar. Depois de um tempo, percebemos que 
suas mãos e pés estavam inchados e a levamos novamente ao 
médico, que fez vários exames e constatou excesso de ácido úri-
co. Então Vitória entrou em um novo tratamento.
Vitória, com 14 anos de idade, teve zika, uma doença peri-
gosa, levamos ao médico e depois de bastante repouso e líqui-
dos, ficou bem e forte novamente.
Outro ocorrido: Vitória começou a demonstrar problemas 
em sua face, que paralisou em um lado. Então a levamos ao 
médico e foi constatado que poderia ser consequência do sis-
tema nervoso, e que voltaria ao normal em uma semana. Se 
não voltasse teríamos que retornar ao hospital. Então foi aí que 
começamos a luta, em oração. Em cinco dias sua face voltou 
ao normal!
Com 15 anos de idade, cinco meses após sua festa de ani-
versário, Vitória começou a apresentar manchinhas em seu 
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rosto e pés. Tínhamos recentemente contratado um plano de 
saúde, então fomos com ela para um hospital particular na Es-
trada do Mendanha, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Che-
gando lá o médico viu que era grave e pediu uma internação 
para investigação. Fomos então para o hospital central do pla-
no, também na Zona Oeste do Rio de Janeiro, em Santa Cruz. 
Chegando lá Vitória foi medicada e a doutora perguntou se tí-
nhamos carência para internar ela. Fui à administração e me 
disseram que faltavam quatro meses para entrar na carência do 
plano de saúde e ter direito a um quarto com leito. Liguei ime-
diatamente para um amigo advogado e ele me disse que em 
caso de emergência não precisa de carência, a lei diz que qual-
quer um pode ser atendido, mas nos foi negado. Então fomos 
correndo para um hospital próximo chamado Pedro II, um hos-
pital municipal, mas com referência. Durante este tempo eu, o 
pai, estava esgotado, pois estava trabalhando no período notur-
no e não podendo dormir.
Demos entrada no dia 19 de dezembro no hospital, e du-
rante esse período ficamos em oração e pedimos a vários pas-
tores, líderes cristãos, membros e amigos de igreja para orarem 
pela Vitória. Foi tudo muito rápido e inesperado.
O pastor Alexandre Duarte, da primeira Igreja Batista de 
Jardim Paulista, junto a sua esposa Helen Brum e sua cunha-
da Márcia Brum, deram toda a assistência necessária a mim e 
a minha esposa Eleuza, nos acompanhando no hospital. Foi 
constatado que Vitória precisaria de um transplante de fígado e 
que ali não seria possível realizar este procedimento. Consegui-
mos, através da Justiça, uma transferência rápida para um hos-
pital-referência em tratamentos de fígado, onde nós faríamos 
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exames parasaber qual de nós dois poderia doar uma parte do 
fígado a ela.
Quando foi no dia 22 de dezembro de 2015, o dia da trans-
ferência, Vitória partiu para o seu verdadeiro lar, os céus. No 
ano de 2016, vários lugares em que as pessoas conheceram Vi-
tória prestaram homenagens a ela. Naquele mesmo dia 22 de 
dezembro de 2015, no entanto, começou uma série de vários 
eventos sobrenaturais em nossa vida e na vida de muitas pesso-
as tanto próximas de nós como de longe. Tudo referente a Vi-
tória. Por isso, nossa missão é anunciar que a morte não exis-
te. Não demos ADEUS a Vitória, demos apenas ATÉ LOGO.
As últimas frases da Vitória na rede social foram:
Estamos aqui, mas não somos daqui.
Somos visitantes e não habitantes da Terra.
Foi depois deste acontecimento do dia 22 de dezembro de 
2015 que começou a se manifestar diante de nós um inespera-
do mundo espiritual e sobrenatural...
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S O N H O S R E A I S E R E L AT O S
L eitor, não podemos omitir a verdade que vi-venciamos.
Heresia é tudo aquilo que contraria a Bíblia. Aqui iremos 
relatar, com bases bíblicas, experiências e outros assuntos de 
um contexto sobrenatural, sonhos e arrebatamentos espiritu-
ais e experiências fora do corpo (2 Coríntios: 12). Lembrando 
que inúmeras pessoas, segundo a Bíblia, tiveram avisos e reve-
lações através dos sonhos e de experiências fora do corpo, e é 
assim até os dias de hoje. Uma coisa é ouvir falar uma história, 
outra coisa é vivê-la.
Tudo começou após a partida, deste mundo, da nossa fi-
lha Vitória Cristina Ribeiro Cavalcanti, no dia 22 de dezem-
bro de 2015.
Relato de 5 de outubro de 2015
Vitória escreveu em seu facebook: “Estou aqui, mas não 
sou daqui. 
Vocês são habitantes ou visitantes da Terra?”.
Com essas frases Vitória nos deixou bem claro que estamos 
aqui, mas não somos daqui.
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Relato de 21 de dezembro de 2015
Rita, uma vizinha, na véspera do falecimento de Vitória, 
orava por ela. Ela viu o momento em que Vitória subia para os 
céus, sendo levada por Deus e vendo as mansões celestiais, e 
Rita clamava a Deus para Ele trazer ela (Vitória) de volta, mas 
não houve resposta.
Outro relato de 21 de dezembro de 2015
Bia Candido, uma amiga, do trabalho, que não conhecia 
minha filha Vitória, eu, Douglas, a pedi que orasse por ela jun-
to à igreja que ela frequentava e, na mesma noite, ela teve um 
sonho revelador: sonhou com uma placa e nela estava escri-
to o nome de Vitória. A placa encontrava-se afixada num local 
muito bonito: um campo todo gramado. Ela entrou em deses-
pero ao acordar, não quis me contar o sonho para não nos de-
sesperar e ficou em oração. Somente depois do fato ocorrido 
da partida de Vitória, que ela me revelou que assim era da von-
tade do Senhor.
Relato de 22 de dezembro de 2015
Este fato se deu com Willians Elmo, tio e padrinho de 
Vitória. Esse dia foi marcante, foi onde tudo começou refe-
rente a sonhos e experiências sobrenaturais. Vitória partiu às 
15h15min da tarde. Willians largava do trabalho às 16h. Mi-
nha família decidiu dar a notícia somente quando ele chegas-
se em casa. Então ele pegou o ônibus por volta de 16h30min 
e adormeceu. Durante o grande trajeto até sua casa Vitória o 
visitou, enquanto dormia dentro do veículo, e disse baixinho 
em seu ouvido: “Tio, avisa a meu pai que estou bem”. Então 
Willians nos disse: “Acordei olhando para o ônibus, pensando 
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que Vitória estivesse por ali”. Quando ele chegou em casa eu, 
Douglas, lhe dei a notícia de que a Vitória tinha partido. Foi aí 
então que ele me pediu, com calma, para eu me sentar no sofá 
e me contou o que tinha ocorrido durante sua viagem de volta 
para casa. Ele não expressou nenhum choro na hora, devido a 
esta experiência. Deste dia em diante foi um tremendo reboli-
ço de fenômenos, em nossas vidas. Cheguei a pensar que tudo 
era um sonho, até ver que era realidade.
Relato de 23 de dezembro de 2015
Conta o Pr. Cláudio Tapajós: “Entrei em meu quarto para 
orar durante a madrugada e perguntei a Deus: ‘Por que a Vitó-
ria, filha do Pr. Douglas, meu grande amigo?’. Ele, indepen-
dente de ser pastor, é seu servo, um homem honesto, bom ca-
ráter, pessoa de bem”. Ali o pastor, em sua oração, começou 
a questionar Deus, até que ele ouviu uma voz dizer: “Eu a 
escolhi!”.
Ele ligou para mim, Douglas, e ficamos conversando du-
rante um bom tempo, ele me confortou muito. Logo depois 
veio outra notícia que foi a confirmação do que o pastor Cláu-
dio falara a mim.
Outro relato de 23 de dezembro de 2015
O presbítero Salomão entrou em seu quarto para conver-
sar com Deus, questionando a situação: “Conta tanta gente que 
faz maldade no mundo e nunca vemos acontecer nada de tão 
forte, digo impacto emocional, tanto ladrão, assassino, trafican-
te etc. vivem, sem nada acontecer. Foi logo acontecer com um 
homem que nunca abandonou e nem mesmo deixou de adorar 
a Deus. Sempre fez Tua obra, inaugurou igrejas, rádios gospel, 
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liderou grupos...”. Então, naquele momento de choro e triste-
za do presbítero, ele ouviu uma voz dizer: “São meus planos”.
Observação: um detalhe. Os dois relatos deste dia 23 pro-
vêm de duas pessoas que não se conhecem: Salomão e Cláu-
dio. Outro detalhe, pois tudo tem um propósito: deste dia em 
diante começamos a escrever quase tudo quanto aqui está escri-
to neste livro. Existem experiências sobrenaturais mais profun-
das que sentimos de não escrever aqui. Nem todos estão prepa-
rados para ouvir sobre certos momentos e fenômenos.
Relato de 24 de dezembro de 2015
Tia de Vitória, Fanny, ao preparar a ceia de Natal, teve uma 
visão, em sua cozinha: se deparou com Vitória flutuando com 
uma roupagem toda branca, incomparável. Vitória então sor-
riu e desapareceu.
Relato de janeiro de 2016
Eu, Douglas, pedi a Deus, em uma oração feita na madru-
gada, que me confortasse, porque não tive tempo para me des-
pedir de Vitória, então naquela mesma noite sonhei, em uma 
experiência de arrebatamento em espírito, fora do corpo, que 
Jesus vinha até mim, abraçado com Vitória, e dizia: “Todas as 
vezes em que estiver angustiado, sentindo a falta de Vitória, eu 
a trarei em seus sonhos”. Naquele momento o rosto de Jesus 
era só luz. Então conversei com Vitória em uma sala com dois 
sofás, parecida com a nossa. Conversamos por horas. Acordei 
aliviado e feliz! 
Observação: me lembro que esta sala do sonho era toda ilu-
minada. Lembro também que, antes deste encontro com Je-
sus, eu clamara muito, naquela madrugada, que precisava me 
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despedir da minha filha. Lembro que falei com Jesus: “Tenho 
o direito de me despedir dela!”. Foi aí então que tive o arreba-
tamento em espírito até o lugar do sonho. Até hoje sonhamos 
com Vitória.
Outro relato de janeiro de 2016
Eu, Douglas, sonhei que eu e minha esposa Eleuza está-
vamos, junto com Vitória, em um prédio que parecia ser de 
três andares, mais exatamente em um corredor imenso. Está-
vamos nos direcionando para o elevador do prédio quando en-
tão eu falei com minha esposa: “Vamos avisar Vitória que ela 
não é mais daqui e sim de outro reino”. Então minha esposa pe-
diu que não falasse. Percebi que parecia que ela ainda não sa-
bia que tinha partido da Terra, então nós a estávamos acompa-
nhando como se nada tivesse acontecido, até o momento em 
que ela saberia do ocorrido. No início parecia estranho. Hoje 
entendemos, porque nos informamos com pessoas que já pas-
saram pela mesma experiência e dizem que existem livros, des-
de 1840, que explicam isso.
Mais um relatode janeiro de 2016
Karol, uma amiga de Vitória, sonhou que Vitória estava 
sentada ao seu lado no banco da igreja e Karol, ao vê-la, lhe per-
guntou: “Vitória, o que você está fazendo aqui, você já não par-
tiu?”. Vitória respondeu: “Eu sei, mas quando eu quero visitar 
a igreja eu venho. Tenho autorização para vir a hora que quero 
à Terra”. Então Karol se levantou e foi ao banheiro e chamou 
Vitória para ir e foram conversando.
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Observação: por que uma adolescente teria um sonho des-
se tipo? Por que Vitória diria ter autorização divina para vir 
à Terra?
Ainda em janeiro de 2016
Elizabeth, outra amiga de Vitória, sonhou que conversava 
com Vitória sobre vários assuntos, mas só conseguiu lembrar-
-se de uma frase que Vitória lhe falou: “Jesus está voltando!”.
Outro relato de janeiro de 2016
Eu, Douglas, sonhei (com arrebatamento e experiência 
fora do corpo) que Vitória estava em um hospital, sendo que, 
sem filas. Estava esperando no corredor, em pé. Falei com ela: 
“O que está fazendo aqui, minha filha?”. E ela me respondeu: 
“Eu vou tratar o meu fígado” (que foi a causa de sua partida).
Observação: depois de tanto pesquisar e perguntar, encon-
trei a resposta no filme Nosso lar. Um detalhe: nunca tínhamos 
visto o filme ou lido o livro Nosso lar.
Me lembro que, neste hospital do sonho, havia várias pes-
soas, todas de branco e azul-claro, era um hospital moderno e 
simples. Não havia filas e tudo era perfeito.
Relato de fevereiro de 2016
Eu, Douglas, sonhei (com arrebatamento e experiência 
fora do corpo) que ia até Vitória, de novo, para dizer que não 
tive tempo para me despedir dela aqui na Terra, enquanto viva. 
Então, ao olhar para ela, percebi que ela estava triste pelo sim-
ples fato de eu estar ainda sofrendo de saudades. Então en-
tendi que, mesmo com a partida dela ou de alguém que ama-
mos, devemos continuar lutando e confiando, sem tristezas, em 
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Deus, e pedir a Jesus muita força para suportar. Ter saudades 
é normal, até um dia nos reencontrarmos. O reencontro não 
é uma esperança, mas sim um fato, senão, de que adianta crer 
em Deus e viver conforme sua vontade? Sirvo a um Deus justo 
e fiel, e em um belo dia estaremos todos juntos novamente no 
céu. E, se analisarmos bem, já existem famílias se reencontran-
do nos céus, a diferença é que lá somos todos irmãos, mas tere-
mos lembranças do que fomos na Terra, porque a Terra é um 
lugar de provas, tentações, aflições. Aqui é uma passagem e to-
dos sabem disso: ninguém vive para sempre neste lugar. Vitória 
demonstrou, somente com o olhar, o que ela me dizia: “Pai, es-
tou muito bem, com exceção da tristeza do senhor, confie em 
Deus e um dia todos estaremos juntos, como uma família no-
vamente”.
Então começamos a encontrar respostas em alguns livros 
que explicam e nos confortam. Entendemos que, se Deus não 
quisesse, nada disto aconteceria. Quando Deus não quer que 
algo aconteça, ele age a nosso favor.
Outro relato de fevereiro de 2016
Lana Leão, uma amiga da família, nos ligou para relatar 
que estava deitada em sua cama, lendo um livro, e ouviu a voz 
de Vitória, em seus ouvidos, lhe dizer: “Tia, estou estudando 
muito aqui no céu”.
Ficamos pensando: “Como pode isso? O que está aconte-
cendo?”. Descobrimos então, com alguns amigos que estudam 
casos iguais a este, que isso é normal e, com pesquisas, enten-
deríamos. O que observamos é que isto nos trouxe um confor-
to, em parte.
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Relato de 15 de fevereiro de 2016
Eu, Douglas, tive uma forma de arrebatamento e experiên-
cia fora do corpo ao sonhar que atravessei o Universo para um 
lugar desconhecido que só se vê em filmes com temas interga-
lácticos. Lembrando que, no ano de 2002, tivera a mesma ex-
periência enquanto descansava no vestiário do trabalho. E foi 
num lugar muito distante que me encontrei com ela, Vitória, 
e conversamos. Eu dizia para mim mesmo que não imagina-
va que amasse tanto Vitória de tal forma que sentisse muito a 
sua falta e ali conversamos sobre assuntos referentes à sauda-
de. Depois me transportei para um trem muito antigo, em um 
lugar precário, e conheci uma mulher dentro desse trem. Não 
lembro o que conversamos. No final, ao chegar numa estação, 
eu acordei.
Relato de 18 de fevereiro de 2016
Eu, Douglas, sonhei que dava vários beijos em Vitória, en-
quanto ela descansava, em seu quarto. Esses beijos eram iguais 
aos que eu lhe dava quando eu a colocava na cama para dor-
mir. Voltei a dormir por volta das 7h30min da manhã, então 
voltei a sonhar e foi incrível! Sonhei que estava em casa sozi-
nho e pegava o telefone e ligava para ela, que estava também 
em uma casa, e eu senti que aquela casa em que ela estava era 
nossa casa nos céus, lá é minha pátria, meu lugar. Vitória, ao 
atender, falou normalmente, como se nada tivesse ocorrido. 
Ela disse: “Alô”. E eu respondi: “Alô, é o papai, estou te ligan-
do para te dizer o quanto te amo muito, muito, muito...”. Ela 
respondeu: “Também amo você e a mamãe”. Eu disse: “Mas 
está tudo bem? Quero te encontrar, Vitória”. Ela disse que sim 
e eu acordei.
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O tempo foi passando e nós pesquisamos e lemos vários li-
vros com histórias parecidas com a nossa.
Eu, Douglas, conversei com um amigo, chamado Sérgio 
Amado, que estuda casos iguais ao nosso, e ele disse: “Vocês 
foram abençoados porque tem algum propósito no que vem 
acontecendo com vocês. Mas para mim isto é normal. Há 30 
anos que estudo sobre isso”. Então ficamos aliviados por ouvir 
isso de uma pessoa culta, educada e conhecedora do assunto. 
O bom dessas experiências é a prova de que não somos daqui e 
de que um dia voltaremos para nosso lar.
Relato de 19 de fevereiro de 2016
Eu, Douglas, sonhei (com arrebatamento e experiência 
fora do corpo) que Vitória me levava a um lugar tipo um lo-
cal de experimentos científicos, no céu, sobre o corpo humano 
antes de nascer na Terra. Orei a Jesus perguntando se poderia 
divulgar este sonho, porque ele foge da alçada de milhões de 
pessoas, só sendo compreensíveis para aquelas mesmas que já 
estudam o assunto e já viram ou ouviram coisas parecidas. Não 
senti em meu coração a concordância de divulgar.
Agora entendo por que as pessoas, como exemplo, uma 
criança de sete anos de idade, com uma alimentação saudável, 
obediente, um padrão de vida perfeito, de repente tem um in-
farto, na frente dos pais, e vem a óbito. Levam para os médicos 
e eles não têm uma explicação convincente. 
Agora entendo por que uns vivem até os oitenta anos en-
quanto outros vivem até os três, 15, 27, outros não chegam nem 
a nascer etc.
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Agora entendo por que uma senhora que fuma desde a ado-
lescência, come de tudo que aparece, faz e desfaz besteira e 
nada acontece com ela a não ser viver sofrendo e reclamando 
da vida, pedindo a Deus para levar ela, que vive com aquele so-
frimento como uma maldição.
Agora entendo por que algumas crianças nascem com algu-
ma deficiência, em uma família saudável, enquanto outras nas-
cem perfeitas, em uma família deficiente. 
Posso dizer que agora estou entendendo muita coisa e já te-
nho a resposta para elas.
Relato de 25 de fevereiro de 2016
Eu, Eleuza, experimentei um arrebatamento, fora do cor-
po, em que entrava na sala de nossa casa e via Vitória sentada 
no sofá. Ela estava vendo TV. Quando a vi, eu abracei e bei-
jei muito ela. Ela perguntou sobre um filme e eu respondi que 
não sabia se estava passando naquele momento. Quando veio 
o meu estado de consciência de queela já havia partido, pedi 
a ela que ficasse comigo. Ela respondeu: “Também tenho sau-
dades”. Aí acordei.
Observação: ao voltar para o corpo percebi que era como 
se eu estivesse com ela, sendo que eu, em uma dimensão, e ela, 
em outra, por estarmos separadas momentaneamente mas, ao 
mesmo tempo, juntas, sendo que em estágios diferentes, ela 
agora mais evoluída do que eu.
Relato de março de 2016
Uma amiga nos fez uma ligação para nos relatar um fato 
que aconteceu com ela e nos impressionou muito, nos emo-
cionou demais.
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Eu, Douglas, atendi o telefone, que estava tocando. A irmã 
da igreja, que ligou, ela mora em um bairro distante de nós. En-
tão atendi: “Alô”. Ela respondeu: “Alô, Douglas, estou ligando 
para narrar um fato que aconteceu comigo hoje e isso nunca 
tinha acontecido nesta proporção, em minha vida”. Eu disse: 
“Ok, pode falar”. Quando ela começou a falar, não aguentei 
ouvir, comecei a chorar, minha esposa pensou que tinha acon-
tecido alguma coisa grave demais com alguém da família ou 
conhecido, pegou o telefone da minha mão e conversou com 
a nossa amiga. Ela contou a minha esposa que estava passando 
muito mal em seu trabalho, começou a ter diarreia e vomitar e 
estava com muitas dores por todo o corpo, foi dispensada pela 
patroa, indo para casa. Chegando em casa, ainda muito mal, 
pensou que aquele seria seu último dia na Terra, chegou a se 
despedir de sua família de uma forma indireta, para não assus-
tar, caiu sobre a cama, até o momento em que o inacreditável 
aconteceu: Vitória apareceu à sua frente, vestida de branco, e 
lhe disse: “D’aonde eu vim não existe dor e nem discórdia”. Vi-
tória abriu a mão e tinha pedaços de maná, e disse a esta irmã: 
“Abra a boca e coma destes manás”. E assim a irmã fez e ador-
meceu. Quando acordou, procurou Vitória, que já tinha desa-
parecido. Então ela pensou que não havia sido um sonho, fora 
real. Quando ela se deu conta, percebeu que sua dor sumira e 
seu sistema imunológico voltara a funcionar. Em outras pala-
vras, ela estava curada!
Observação: não colocamos o nome da irmã para preser-
vá-la, por ser uma pessoa muito influente no meio evangélico 
e, como muitos ainda estão pesquisando certas situações que 
vêm acontecendo e ainda vão acontecer com a humanidade, 
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preferimos preservar seu nome, ao contrário de nós, que não 
iremos mais negar, como muitos também estão parando de ne-
gar, os fatos que vivenciamos.
Outro relato de março de 2016
Recebemos um comunicado do pai de Estefany, amiga de 
colégio de Vitória. Eu, Douglas, encontrei com ele na rua e 
conversamos um pouco. Segundo ele, sua filha estava muito 
abalada com a partida de Vitória. Ela não aceitava isso, a pon-
to de entrar em depressão e não querer mais sair do quarto. En-
tão fomos obrigados, eu e Eleuza, a visitá-la. Ligamos e combi-
namos com seu pai de fazer uma surpresa, e assim o fizemos. 
Chegando lá, fomos muito bem recebidos pelo seu pai, pastor 
Roberto. Ele preparou uma mesa de café de primeira qualida-
de, começamos a conversar e chamamos Estefany, que estava 
dentro do quarto. Ela saiu e veio nos cumprimentar. Então ali 
no meio da conversa a Estefany falou que não ficaria mais no 
quarto a partir daquele dia. Ficamos felizes de ouvir isto dela 
e seu pai, também, mas ele queria saber o que a fizera tomar 
aquela decisão. Então ela nos contou, o sobrenatural mais uma 
vez agindo.
Ela disse: “Tive um sonho real com a Vitória. Ela vinha 
até mim e conversava comigo o seguinte: ‘Estefany, saia deste 
quarto e volte à sua vida normal, vai para a escola, não salte no 
shopping, salte na escola, todas as vezes que você for estudar te 
acompanharei junto de Jesus. Viva a vida!’”.
Estefany nos contou este relato com muita felicidade, e dis-
se: “Vitória, mais uma vez, me ajudou, agora tenho certeza de 
que minha amiga está bem”. 
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Relato de 7 de março de 2016
Eu, Douglas, sonhei que estava em uma casa com Vitória. 
Estávamos brincando, correndo de um lado para o outro. E mi-
nha mãe Darci estava na cozinha. Vitória olhava pra nós e es-
tava muito feliz. Mais uma vez percebi que ela está feliz com 
Jesus, nos céus.
Relato de março de 2016
Eu, Douglas, ao ir trabalhar, peguei a condução (um ôni-
bus). Então conheci uma senhora e contei a ela o meu caso, so-
bre a partida de Vitória etc. Após eu terminar o assunto, aquela 
senhora me disse: “Sua filha foi abençoada por sair deste mun-
do cruel e difícil. Pior a minha filha, que apanha quase todos 
os dias do marido e tem medo de denunciar porque ele amea-
çou ela”. Então deduzi: cada um tem seu sofrimento. Talvez 
se Vitória passasse por isso, pelo que me conheço eu seria pre-
so pelo que faria com um marido desses, batendo em minha fi-
lha! Deus sabe de tudo.
Então me lembrei da passagem de Jesus: no mundo te-
reis aflições, mas tenhas bom ânimo porque eu venci o mun-
do (João 16: 33).
Observação: este mundo é de aflição, por isso sofremos, 
aqui, em todos os aspectos.
Outro relato de março de 2016
Dona Graça, amiga da família, ligou para mim, Douglas, 
para saber sobre mim e minha esposa, então disse a ela que 
Deus estava derramando sua unção sobre nós. Só não disse da 
forma que era, pois, como ela aceitaria algo que para ela era 
desconhecido? Por isso que estamos de pé!
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Existem coisas que não pedimos para acontecer, elas sim-
plesmente acontecem, e com a autorização divina. Ficamos fe-
lizes em saber que existem pessoas que nos amam de verdade. 
Ela falou: “Vitória nem conheceu o que é pecar neste mundo, 
com certeza Deus viu algo nela que lhe chamou a atenção, ela 
está junto do Pai e ao lado de Jesus”.
Mais um relato de março de 2016
Eu, Douglas, liguei para um amigo chamado Jeyson, do Es-
pírito Santo, que é pastor. Combinamos de almoçar juntos, em 
família, na sua residência, em Nova Iguaçu. Fui junto com mi-
nha esposa Eleuza. Pegamos uma condução direta para aque-
le município. Chegando lá, fomos bem recepcionados pela fa-
mília de Jeyson. Nos confraternizamos e conversamos muito. 
Houve um momento em que a mesa ficou vazia, somente co-
migo, Eleuza e Jeyson. Ele então nos disse: “Tive um lindo so-
nho com Vitória e tenho certeza de que ela foi honrada por 
Jesus nos céus. A filha de vocês está linda e muito bem e Ele 
ainda nos repreendeu dizendo: ‘Se santifiquem muito para es-
tar onde ela está agora, junto de Jesus, ao lado do Mestre’”.
Relato de 19 de março de 2016
Darci, vó de Vitória, mostrou a foto da neta para uma se-
nhora, sua amiga. Essa senhora disse: “Deus a recolheu por al-
gum propósito maior. Tanto para ela, nos céus, como com seus 
pais aqui na Terra”.
Outro relato de 19 de março de 2016
Eu, Douglas, fui viajar com minha esposa Eleuza para a ci-
dade de Araruama, na casa da minha tia Luíza. No meio do ca-
minho, dentro do ônibus, senti uma mão passando sobre todo 
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meu abdômen, onde alguns dias antes, estava sentindo dores. 
Depois deste ocorrido, incrivelmente, onde senti uma mão pas-
sando a dor sumiu e pude voltar a ir normalmente ao banheiro. 
Com o correr dos dias, percebi que as dores sumiram e nunca 
mais voltaram. Vai explicar isso!
Relato de 20 de março de 2016
Eu, Douglas, tive um sonho (um arrebatamento/experiên-
cia fora do corpo) com Vitória, em que ela me mostrava uma 
porta no céu e, nisso que eu andava com ela, percebia que exis-
tem muitos lugares parecidos com a Terra, o planeta em que 
moramos. Na verdade, a Terra parece ser uma cópia do céu, 
sendo que lá tudo é perfeito e evoluído.No sonho, Vitória me 
dizia: “Muitas vezes você e a mamãe estão dormindo e eu fico 
no meio de vocês. Às vezes vocês se arrepiam nas cabeças e nos 
braços. Isso são as vibrações emitidas por meus carinhos”.
Então eu entrei em uma igreja para apresentar o proje-
to que eu e minha esposa criamos, com o nome dela, e ela es-
tava na igreja, junto de nós. Quer dizer que em muitos luga-
res que vamos ela está também. E ela disse que todo espírito 
tem um arquivo, em forma circular, envolvido com um poder 
que ele carrega e que ali consta toda a sua vida, enquanto es-
teve na Terra.
Observação: encontramos essa resposta no filme Nosso lar. 
Um detalhe: sem nunca ter lido o livro ou visto o filme. A não 
ser depois.
Relato de 22 de março de 2016
Neste dia fazia três meses que Vitória partira deste mun-
do. Eu, Douglas, deitei-me por volta das 13h30min e tive um 
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sonho com ela: sonhei que estava em um ônibus, passando por 
uma estrada, e Vitória e as meninas amigas dela também esta-
vam dentro do ônibus. Chegou uma hora em que Vitória pe-
diu para saltar do ônibus, se despediu e falou: “Lá na frente a 
gente se encontra”. E, logo mais à frente eu desci, então as me-
ninas prosseguiram e eu fiquei aguardando Vitória chegar e 
me receber.
Observação: entendi que ela tinha que ir primeiro para o 
céu e eu, o pai, depois.
Relato de 26 de março de 2016
Fomos visitar Cintia, sobrinha de Eleuza. A irmã de Eleuza 
tinha falecido de câncer havia alguns dias. No bate–papo, troca-
mos várias experiências e nos impressionamos quando ela citou 
que sua mãe, após partir, voltara em sonho para mostrar que es-
tava bem e pediu a sua filha que ela não cobrasse e não rece-
besse o dinheiro que a vizinha lhe devia. A sobrinha de Eleu-
za nem sabia do assunto, então não deu importância, porém, 
ao retornar à casa de sua mãe falecida, a vizinha veio lhe pagar, 
então ela lembrou-se do sonho e não recebeu aquele dinheiro.
Como pode isso? Ou será que não queremos aceitar a rea-
lidade? E agora, explique isso!
Relato de 30 de março de 2016
Eu, Douglas, saí do meu corpo e vi Vitória. Ela abriu uma 
porta que passava do céu para a Terra e junto dela havia quatro 
adolescentes, todos de branco. Eles saíam em um lugar públi-
co e movimentado, no Parque Madureira, no bairro de Madu-
reira. Corriam de um lado para o outro brincando, sorrindo, era 
muita alegria e ninguém os via, somente eu. Ela olhava para 
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mim me dando um sorriso e nem se importava. Mais uma vez 
ela me disse, sorrindo: “Tenho autorização dos céus para vir à 
Terra a hora que eu quiser”.
Observação: o mundo espiritual permitia que eu e minha 
esposa acompanhássemos parte da trajetória de Vitória. Aí vem 
uma pergunta: por que Jesus permitiu esses acontecimentos? 
E isso cada vez nos confortava mais, embora muitos amigos fa-
lassem: “Como vocês estão suportando?”. Agora, através do li-
vro, que estamos revelando o que aconteceu e nos ajudou a su-
portar tudo durante esse tempo.
Relato de 2 de abril de 2016
Eu, Douglas, acordei por volta das 5h30min da manhã, vi 
alguns vídeos na internet e, por volta das 8h, deitei na cama de 
Vitória com meu celular, escutando um vídeo que falava sobre 
os céus, então dormi. Sonhei que Vitória estava aqui em casa, 
sentada na cama e conversando, ao celular, com sua tia Fan-
ny, e nisso eu tinha chegado da rua com minha esposa Eleuza, 
quando a vi. Também estavam presentes sua vó Darci, que esta-
va sentada, de frente para ela, e um amigo meu. Eu tomei um 
susto, junto com Eleuza, e perguntei a Vitória o que ela esta-
va fazendo ali. Ela respondeu, com a maior naturalidade: “Eu 
às vezes venho para a Terra para falar ao celular”, e nisso eu co-
mecei a rir e disparei de tanto rir com ela. Minha mãe falou: 
“Para de rir, você vai passar mal!”, então parei e brinquei com 
Vitória e todos começaram a rir.
Observação: acordei rindo, e Eleuza tomou um susto.
Dizem que, quando uma pessoa acorda de um sonho rin-
do ou chorando, é como se ele tivesse sido real.
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Relato de 5 de abril de 2016
Eu, Douglas, fui visitar minha mãe. Saí do trabalho às 7h 
e fui direto para lá. Minha mãe sempre pergunta sobre Vitó-
ria, embora ela saiba que sua neta partiu desta para melhor, eu 
sempre a confortando, mostrando a minha mãe que somos eter-
nos e que Vitória agora já está no verdadeiro lar. Disse a ela que 
a terra é como o filme Avatar, o ator do filme vivia num corpo, 
que não era o dele, e numa cidade, que não era a sua. Disse a 
minha mãe que aqui é a Matrix. Após a conversa, fui dormir.
Sonhei que eu, Vitória e minha esposa Eleuza estávamos 
na sala de casa e eu chamei Vitória para filmar um vídeo. Na 
hora da filmagem eu disse: “Eu te amo!”. Filmamos e nos foto-
grafamos juntos e o mais incrível foi que Vitória sumiu e depois 
apareceu na foto, e nisso ela ficou séria, que é o jeito dela mes-
mo, o clima estava alegre e ela, linda, como sempre.
Relato de 12 de abril de 2016
Eu, Douglas, tive um sonho (com arrebatamento e expe-
riência fora do corpo) interessante: sonhei que Vitória estava 
em uma casa e nessa casa estava Jesus e havia uma multidão 
de pessoas, do lado de fora, gritando, querendo falar com Je-
sus, e outras observando um tanque do tamanho de uma pis-
cina grande. Esse tanque parecia também com uma cisterna, 
estava cheio de água. Olhando Vitória percebi que ela estava 
dentro do tanque, percebi que ela estava sendo purificada para 
receber um corpo glorificado, devido a ela ter saído do plane-
ta Terra, porque quando o nosso espírito se envolve com o cor-
po na Terra ele se contamina. Quando saiu da água, suas ves-
tes eram branquinhas e brilhosas, como se vê nos filmes. Havia 
outros adolescentes debaixo da água. Fui conversar com uma 
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moça que estava próxima a Jesus e ela não permitiu que eu 
chegasse perto, então fui para um canto e percebi que ela não 
me deixou chegar próximo de vários que estavam ali para se-
rem limpos por eu estar impuro. Então Vitória se levantou e 
fomos para casa, suas roupas já estavam secas e muito bran-
cas. Eu a chamei, ela olhou para trás e saiu correndo e sorrin-
do, como quem me dissesse: “Você não me pega, ha ha ha...”. 
Com o jeito dela, todinho. Acordei aliviado e confortado. Meu 
dia foi uma benção.
Observação: Interessante, este sonho ou arrebatamento me 
levou a entender que devido a nossas impurezas espirituais nes-
te mundo, temos que passar por uma purificação, quando che-
gamos aos céus.
Outro relato de 12 de abril de 2016
Uma amiga nossa chamada Alessandra, esposa de um evan-
gelista da igreja,
após a perda de seu pai, nos relatou o seguinte: sonhou que 
estava em casa quando bateram na porta. Ao atender, era seu já 
falecido pai, então ela perguntou: “Pai o senhor já não partiu?”. 
Então ele disse: “Vim me despedir”. Disse ela que os olhos de 
seu pai brilhavam como estrelas do céu, suas vestes eram bran-
cas e luminosas e havia um cheiro muito forte de rosas, que per-
fumou toda a sua casa, e uma paz imensa. Ao acordar, ela sen-
tiu que o cheiro de rosas continuou na casa... Mas como? Não 
fora só um sonho? E agora?
Observação: ela nos relatou: “Vou à igreja, sou evangélica, 
mas não posso negar o que vivi, e a partir daquele dia acredito 
que existe muito mais do que conhecemos”. Disse ela também 
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que sentiu uma mudança espiritual, levando-a a uma sensação 
maravilhosa, sem explicação.
Relato de 13 de abril de 2016
Eu, Eleuza, vivi o seguinte arrebatamento/experiênciafora 
do corpo: eu estava com minha filha não lembro onde, mas en-
tendia que era o céu. Vitória me disse que ia para escola e fa-
lou: “Vamos nos encontrar na frente da escola”. Ela ia por um 
caminho e eu por outro. Chegando lá, encontrava com ela na 
porta da escola. Tinha várias pessoas na entrada, esperando o 
portão se abrir, e enquanto ele não se abria fiquei conversando 
com Vitória. Perguntei como ela estava, ela me respondeu que 
estava em um quarto e que tinha doces e ela sorria. Ainda falou 
que seu primo Lucas iria gostar. Ela me disse: “Venho à Terra 
porque vocês me chamam”, nisso o portão da escola se abriu, 
eu a abraçava e beijava muito e dizia para ela que estava espe-
rando do lado de fora, mas seu olhar me dizia que ela é quem 
estava me esperando, do outro lado.
Observação: isso aconteceu antes de termos lido o livro 
Nosso lar. Descobrimos depois que muitas destas experiências 
que vivenciamos, através dos arrebatamentos em espírito, cons-
tam neste livro e no filme de mesmo nome. Quando crianças, 
ouvimos muito sobre não ficarmos chorando de tristeza por al-
guém que partiu ou ficarmos nos lamentando, porque isto in-
comoda o espírito. Mas nunca imaginamos, como evangélicos, 
que teríamos esta experiência.
Relato impactante de 18 de abril de 2016
Eu, Douglas, em um arrebatamento/experiência fora do 
corpo, conversava com Deus e Lhe dizia o quanto sentia falta 
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da minha filha. Então, de repente, senti algo diferente acon-
tecer: o quarto onde durmo esfriou e eu acordei em espírito. 
Abrindo os olhos, vi meu corpo ao lado do de minha esposa. 
Vitória estava ao meu lado, em espírito. Ela me deu um abra-
ço muito apertado. Engraçado que esse abraço eu sempre pe-
dia a ela quando estava aqui no seu corpo físico e ela sempre 
brincava dizendo: “Para de bobeira, pai!”, porque ela era desa-
pegada das coisas. Mas aquele abraço valeu por toda a eterni-
dade! Suas roupas eram cor de creme bem claro. Sentei-me na 
beira da cama com ela e começamos a conversar. Ela me disse 
estar trabalhando e ajudando no mundo espiritual. Estava sor-
ridente e demonstrou muita felicidade. Era como se ela tivesse 
conquistado algo grande. Pedi a ela que identificasse o seu ir-
mão Vítor Miguel, que partira em 2013, e ela fez sinal, com a 
cabeça, de que faria isso. Disse a ela que tudo que ela aprende-
ra comigo sobre moral e caráter aqui na Terra, sobre a Bíblia, 
era real, a diferença é que agora ela conhecia o que era ocul-
to para ela, o outro lado da vida, e tinha que aprender a total e 
pura verdade de onde ela está agora, nos céus. Dei a entender 
que ela tem que buscar a verdade atual que ela vive, se atualizar 
no novo mundo onde está, mostrei a ela que agora o seu mun-
do é de luz. Ela me mostrou algo sobrenatural, que eu jamais 
imaginei, sendo que não poderei relatar neste livro. Então vol-
tei para o corpo e quando acordei, sonolento, agradeci a Deus 
e Jesus, por terem me dado essa oportunidade.
Observação: as pessoas falam o que não sabem. Uma per-
gunta é: que vantagem tem um espírito das trevas de vir conso-
lar quem é da luz, principalmente em nome de Jesus? Fiquei 
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feliz em vê-la, como ela é. Um detalhe: eu estava em jejum 
constante, durante essas experiências.
Uma outra lembrança: em um dado momento Vitória le-
vantou a mão e fez aparecer uma tela parecida com a de uma 
televisão, me mostrando coisas incríveis, que fogem ao alcan-
ce da compreensão da humanidade, mas ali entendi o senti-
do da vida e por que passamos por aqui, nesse planeta chama-
do Terra.
Disse a um amigo: “Por que Deus permitiu acontecer isso 
conosco e também com milhões de pessoas?”. Perguntei a ele: 
“Então quer dizer que as trevas estão vencendo a luz? Ou você 
não quer aceitar a realidade, como eu não aceitava quando ou-
via algo semelhante? Nunca imaginei acreditar, até o momen-
to em que experimentei.
Sou criado segundo o Evangelho desde os sete anos de ida-
de. Se eu for fazer um livro de minha vida no Evangelho, se-
rão livros...”
Após alguns meses, este amigo passou a ler vários livros com 
histórias como a nossa.
Eu disse a ele: Parabéns, você é mais um entre milhares que 
estão pesquisando os fatos. “Chegou o momento que não há 
nada em oculto que não venha a ser revelado” (Marcos 4:22).
Um detalhe muito importante, ainda sobre essa experiên-
cia: percebi que, quando eu estava fora do corpo e conversei 
com Vitória, eu não era o mesmo Douglas que está relatando 
este acontecimento. Me senti livre e com a mente aberta.
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Relato de 19 de abril de 2016
Fanny, tia de Vitória, sonhou (com experiência fora do cor-
po) que tinha sido arrebatada ao céu em espírito e que, che-
gando lá, viu muita beleza, grama por todo o lugar, lindas flo-
res, árvores e um rio de águas cristalinas. Viu muitas crianças e 
adolescentes, todas de roupas claras. Ela sentiu uma paz imen-
sa, a ponto de não querer voltar mais à terra, viu animais fero-
zes, que estavam mansos, brincando com as crianças e, nisso, 
ela viu Vitória na beira das águas, e muito feliz! Lá não faltam 
amor, paz e união.
Relato de 21 de abril de 2016
Eu, Douglas, experimentei uma vivência de arrebatamen-
to fora do corpo em que eu e Vitória estávamos juntos em uma 
praça cheia de pessoas e de crianças brincando. Enquanto via 
Vitória brincando com sua mãe, eu perguntava a uma pessoa, 
que estava ao meu lado, sobre a partida do mundo terreno. Du-
rante a conversa eu falei sobre o que faltou eu fazer para ten-
tar salvar minha filha e a pessoa me respondeu: “Qualquer coi-
sa que você fizesse, poderia até conseguir se desviar, mas por 
tempo determinado. Porque muitos acham que driblam o seu 
destino, mas na verdade o fazem pois não era a hora, porque, 
quando chega a hora, ela já vem com autorização celestial e 
não tem como fugir”. Então eu entendi que livramentos acon-
tecem quando não está programado para você partir deste mun-
do. Por isso uns tomam vários tiros e não morrem e outros, um 
simples escorregão lhes custa a vida. Temos que estar a todo o 
tempo de bem com Deus, porque, quando chegar a hora, deve-
mos estar preparados para sair bem deste mundo para um mun-
do melhor e não um mundo pior. Já ouviu aquele ditado? O 
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que plantamos, colhemos! Por isso Jesus é o caminho, o amor, 
a verdade, a vida...
Observação: mais um sonho que tive falando que é o des-
tino. Sendo que, com o passar do tempo, tenho observado que 
todos têm seu tempo para voltar para o lar (Filip: 3;20).
Relato de 29 de abril de 2016 
Eu, Douglas, ao sair do meu trabalho, às 7h, peguei uma 
carona com meu amigo Fábio Justino. Durante a viagem, ía-
mos conversando sobre o testemunho que eu e minha esposa 
estamos levando a vários lugares, o Projeto Vitória Cristina. En-
tão ele me disse: “Deus é estranho”. Perguntei: “Por quê?”. E 
ele respondeu: “Deus permitiu que seu filho e depois sua filha, 
com um lindo testemunho de vida enquanto vivos fisicamente, 
partissem desse mundo para o céu, o verdadeiro lar e, ao mes-
mo tempo, te inspirou a criar esse projeto e ajudar várias pesso-
as, através de um testemunho de morte física vocês levam vida 
em todos os aspectos, levando a ideia de valorização, reflexão 
e superação para muita gente que precisa ouvir. Deus poderia 
apenas salvar você e sua família, mas, através deste aconteci-
mento doloroso, Ele está salvando incontáveis almas”.
Observação: lembrei de um médico, nos Estados Unidos, 
que tinha tudo para morrer por causa de uma bactéria no cére-
bro e, segundo os seus amigos médicos, só um milagre o salva-
ria. E o milagre aconteceu porque aquelemédico ateu se tor-
nou um palestrante que hoje divulga o céu e que também teve 
uma experiência em um lugar de trevas.
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Relato de 1º de maio de 2016
Eu, Douglas, em um arrebatamento/experiência fora do 
corpo, estava nos céus com Vitória, em um lugar muito lindo, 
cheio de verdes, plantas, árvores... Havia muitas pessoas e to-
dos estavam de branco. Eu caminhava com Vitória, admiran-
do o lugar, até o momento em que paramos de frente a um 
muro, que era como se fosse uma barreira, e ali ela se despediu 
de mim, dizendo com o olhar: “Obrigada por ter me ajudado a 
chegar aqui, te aguardo, pai”. Este dia foi marcante.
Relato de 2 de maio de 2016
Eu, Douglas, em outro arrebatamento, fora do corpo, esta-
va no céu, em frente ao seio de Abraão, um lugar maravilhoso! 
Eu estava diante de Deus, mas não o via. Eu agradecia a Deus 
por ter me dado a oportunidade de criar Vitória aqui na Terra e 
lhe estendia minha mão e devolvia Vitória, em forma de bebê, 
ao Criador. Ao acordar, eu me lembrei de uma passagem da Bí-
blia que diz que, para entrarmos no Reino do Céu, temos que 
ser puros, como uma criança.
Relato de 14 de maio de 2016
Neste dia eu, Douglas, dobrei meus joelhos, à noite, e pedi 
a Deus, a Cristo e a todo o Reino de Deus que consolassem mi-
nha esposa Eleuza, por se tratar de, no dia seguinte, ser o Dia 
das Mães, o seu primeiro sem Vitória. Então eu fui dormir e 
minha esposa continuou na sala, vendo TV.
Relato de 15 de maio de 2016 (Dia das Mães)
Eu, Eleuza, fui dormir e, quando foi de madrugada, senti o 
quarto ficar climatizado, com um ar fresco, e estava calor nes-
te dia. Acordei e meu coração disparou! Fiquei quieta, deitada, 
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prestando a atenção naquela sensação, até que senti alguém 
sentar na cama, do meu lado, e tive uma sensação da cama 
abaixando. Me virei e não vi ninguém, mas aquela sensação 
era tão boa e algo sobrenatural eu senti quando se levantou e 
deitou no nosso meio, entre mim e Douglas, aí tive certeza que 
era nossa filha Vitória, pois ela tinha o hábito de deitar em nos-
so meio. Senti um abraço e assim adormeci. Quando amanhe-
ceu, era Dia das Mães, mas eu estava mais forte e até feliz, pois 
passei a noite toda confortada.
Observação: as pessoas conhecem há anos os procedimen-
tos de nossa moral e caráter diante da sociedade. Procuramos 
vários pesquisadores do assunto, que comprovaram, com certe-
za, que foi nossa filha que nos visitou. Hoje entendemos parte 
do propósito de Deus, para acontecer isto conosco.
Relato de maio de 2016
Eu, Douglas, vivenciei o arrebatamento de uma experiên-
cia fora do corpo ao sonhar que me encontrava com Vitória em 
frente a um portão grande, sendo que ele era invisível, como se 
fosse um campo de força magnética, e que depois deste portão 
era uma área imensa e horrível. Eu via lavas como se fossem ex-
pelidas de um vulcão, me lembro de ver também que não exis-
tia uma luz a não ser de fogo, e que era um lugar seco e sem 
nenhuma plantação, onde não cheguei a ver pessoas. Então 
perguntei a Vitória que lugar era aquele. Ela respondeu: “Aqui 
é o lugar de tormento, aonde os espíritos que não procederam 
conforme os padrões que regem a lei universal são designados 
para ficarem presos e refletindo sobre tudo quanto viveram e fi-
zeram de errado na Terra”. Então ela me disse: “Vamos embo-
ra, não tenho autorização para entrar neste lugar”.
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E N T R E O C É U E A T E R R A
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 Evangelho de Lucas (16:19-31).
Relato de 30 de maio de 2016
Eu, Eleuza, experimentei um arrebatamento, fora do cor-
po, em que estava andando com Vitória, na rua, em um lugar 
desconhecido. Íamos conversando e eu perguntei: “Você está 
com quem nos céus?, me referindo aos outros entes queridos de 
nossa família que já partiram, e ela respondeu que tinha visto 
alguns, mas que só estava com um dos nossos, então perguntei: 
“Quem?”. Ela respondeu: “Não tenho autorização para falar, e 
também estou com Aire”. Ela me deu uma madeira quadrada, 
com uma planta brotando, continuamos andando e vi minha 
madrinha, falecida há anos, e perguntei: “Ela está te vendo, Vi-
tória?”, e ela respondeu que sim. Acordei com aquele nome na 
cabeça, que Vitória me falou: “Aire”, pois nunca tinha ouvido 
falar. Eu e meu esposo fomos pesquisar na internet o significa-
do desse nome e, para nossa surpresa, Aire quer dizer “príncipe 
herdeiro”. E agora, quem explica isso?
Relato de 1º de junho de 2016
Eu, Douglas, tive uma experiência fora do corpo, com arre-
batamento: estava passeando com Vitória em uma rua em um 
conjunto de apartamentos, onde ocorria uma festa, com uma 
discoteca, e ela falou: “Pai, vamos nos divertir um pouco!”. E 
então eu respondi: “Tá bom, vamos!”. Eu dançava com ela e 
sorríamos um para o outro, nos abraçávamos, depois fomos em-
bora e ela estava muito feliz e eu, também. Então fomos andan-
do e eu comecei a chorar e ela me perguntou: “Por que você 
chora, pai?”, e respondi: “Porque sinto saudade de alguém”. 
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D O U G L A S C A V A L C A N T I - E L E U Z A C R I S T I N A
Estava me referindo a ela, então acordei, chorando de sauda-
des e de alegria por ter estado com ela.
Relato de 12 de junho de 2016
Eu, Douglas, tive um sonho em que estava em uma quadra, 
assistindo a um jogo de basquete entre crianças, minha esposa 
estava a meu lado e ao lado dela estava Vitória e eu pergunta-
va: “Vitória, o que você está fazendo junto de nós?”. Vitória me 
respondeu: “Onde vocês estiverem, eu estarei junto de vocês!”.
Relato de 30 de junho de 2016
Eu, Eleuza, tive um arrebatamento, em experiência fora 
do corpo, em que abraçava Vitória e chorava muito e lhe dizia 
que estava com saudades. Vitória não chorava e dizia que no 
céu não existe tristeza, então eu falava: “Me espere, um dia es-
taremos juntas novamente!” (Apocalipse 21;4).
Relato forte e impactante de 1º de julho de 2016
Eu, Douglas, experimentei um arrebatamento fora do cor-
po: estava no céu com Vitória e ali havia muitas pessoas con-
versando. Essas pessoas eram todas iluminadas junto a Jesus e 
eu conversava com minha filha. Não me lembro o que conver-
sávamos, mas me lembro bem da despedida. Quando eu esta-
va indo embora, já a uma certa distância para voltar à Terra, 
Vitória me chamou e, em voz alta, falou: “Em menos de dois 
dias, um membro de nossa família virá para o céu”. Acordei as-
sustado e falei com minha esposa. Minha esposa me falou para 
não contar a ninguém, para não desesperar a família. No dia se-
guinte, na parte da manhã, o telefone tocou, e era minha mãe 
dizendo: “Filho, não tenho boas notícias. Sua tia Déia acabou 
de falecer”. Passei o telefone, de propósito, para minha esposa, 
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que estava a meu lado, e minha mãe repetiu a notícia para ela. 
Eleuza ficou impactada, olhando para mim. Largou o telefone 
e esqueceu-se de minha mãe na linha. 
Desse dia em diante tivemos certeza: a maioria dos sonhos 
e arrebatamentos que temos são contatos com o mundo espiri-
tual, e nós temos uma ligação incrível com nossa filha. O que 
nos impressionou foi que, ao procurarmos amigos que enten-
dem do assunto, sempre diziam o mesmo: “O que para vocês é 
novo, nós já conhecemos há muitos anos”.
Relato de 13 de julho de 2016
Eu, Eleuza, sonhei, em um arrebatamento fora do corpo, 
que encontrava minha filha na rua e falava: “Que bom te ver, 
filha!”. E ela me respondia: “Estou indo para a escola espiritu-
al”. Foi quando eu vi um portão grande, com vários jovens ves-
tidos de branco, e eles conversavam entre si e eu conversei com 
Vitória, enquanto aguardava abrir o portão. Nisto, ela me cha-
mou a atenção para que