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1www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Introdução e Classificação de Risco CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS BIOSSEGURANÇA – INTRODUÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO É o “conjunto de procedimentos, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos voltados para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de prestação de serviços (laboratório de análises clínicas), pesquisas, produção e ensino, visando à saúde humana, à preservação do meio ambiente e à qualidade dos resultados”. Diferença entre perigo, risco e acidente • Perigo: possibilidade de causar danos. Exemplo: presença, em um laboratório de análises clínicas, de amostra biológica ou potencialmente contaminada com bactérias, vírus etc. • Risco: probabilidade de concretização do perigo. Exemplo: probabilidade de, ao coletar uma amostra potencialmente contaminada, o pro- fissional furar seu dedo com a agulha que utilizou no procedimento. • Acidente: concretização desse risco. Exemplo: o profissional furou seu dedo com a agulha que utilizou para coletar uma amos- tra potencialmente contaminada. Riscos ergonômicos ou psicossociais Engloba a organização e gestão do trabalho. Exemplos: utilização de equipamentos, máquinas e mobiliário inadequados que levam à postura e a posições inadequadas, locais adaptados com más condições de iluminação e ventilação, ao ritmo de trabalho excessivo, a relações de trabalho autoritárias, entre outros. Riscos físicos São as diversas formas de energia a que possam estar expostas os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperatura externas, radiações etc. 5m 2www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Introdução e Classificação de Risco CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Riscos químicos São as substâncias, os compostos ou produtos químicos a que o trabalhador é exposto e que podem penetrar no organismo pela via respiratória serem absorvidos pela pele ou mesmo por ingestão. Exemplos: poeiras, névoas, vapores, gases etc. Risco ocupacional Probabilidade de ocorrerem acidentes ou agravos à saúde ou à vida do trabalhador, decorrentes de condições inadequadas durante suas atividades no trabalho. Exemplo: trabalhar com material insuficiente. Risco de acidentes Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de perigo e possa afetar sua inte- gridade, seu bem-estar físico e moral. Exemplo: operar máquinas e equipamentos sem proteção ou de forma errada, reenca- par agulhas. Risco biológico A probabilidade de ocorrerem danos ou agravos à saúde humana, animal ou ao meio ambiente decorrentes da exposição a agentes ou materiais considerados perigosos do ponto de vista biológico, como bactérias, fungos, vírus, parasitas e todos os agentes infecciosos potenciais manuseados nos laboratórios. Os agentes biológicos são classificados conforme o risco que oferecem em Classes de Risco de 1 a 4. ATENÇÃO É importante lembrar que o risco biológico afeta o ser humano, os animais e o meio ambiente. 10m 15m 3www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Introdução e Classificação de Risco CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Classificação de Risco Biológico As classes aumentam de acordo com a periculosidade ou de acordo com a capacidade que o agente biológico tem de oferecer risco individual, risco para a comunidade e assim por diante. Classificação Definição Exemplos Classe de risco 1 Baixo risco individual para o trabalhador e para a coleti- vidade, com baixa probabi- lidade de causar doença ao ser humano. Muitos deles já estão presentes em nossa microbiota natural: Bacillus subtilis, Bacillus polimyxa, Lactobacillus sp., Lactococcus spp., Saccharomyces e cepas não patogênicas de E. coli. Classe de risco 2 Risco individual moderado para o trabalhador e com baixa probabilidade de disse- minação para a coletividade. Podem causar doenças ao ser humano, para as quais existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. Bactérias: Clostridium tetani (tétano), Helicobacter pylori (gas- trite), Klebsiella pneumoniae (sem mutações, não entra a KPC), Lep- tospira Interrogans, Mycobacterium leprae (lepra), Neisseria gonorrho- eae (gonorreia), Neisseria menin- gitidis (meningite), Salmonella spp (infecções intestinais), Staphylo- coccus aureus, Streptococcus spp, Treponema pallidum (bactéria cau- sadora da sífilis) e Vibrio cholerae. Vírus: hepatite virais (A a E), Dengue tipos 1-4, Chikungunya, Zika, Herpes simplex (vírus tipos 1 e 2), Epstein Barr, Influenza tipos A, B e C, Papiloma humano, Sarampo, Rubéola, Caxumba, Citomegalovírus e Rotavírus. Parasitas: Ascaris lumbricoides, Entamoeba histolytica, Giardia spp, Leishmania spp (de todas as clas- ses), Plasmodium spp (de todas as classes), Schistosoma mansoni, Taenia saginata, Taenia solium, Toxoplasma gondii, Trypanosoma cruzi etc. Quase todos os fungos. 20m 25m 4www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Biossegurança – Introdução e Classificação de Risco CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Classe de risco 3 Risco individual elevado para o trabalhador e com proba- bilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças e infecções graves ao ser humano, para as quais nem sempre exis- tem meios eficazes de profi- laxia, tratamento ou cura. Bacillus anthracis, Clostridium botulinum (botulismo), Mycobacte- rium tuberculosis, Yersinia pestis, HIV — Vírus da Imunodeficiência Humana, Vírus Linfotrópicos das células T humana (HTLV-1 e HTLV- 2), Vírus da Raiva e Vírus da Febre Amarela. Obs.: o vírus SARS-CoV-2 e toda a família coronaviridae se encai- xam nessa classe. Anteriormente, no início da pan- demia de Covid-19, esse vírus foi enquadrado na classe de risco 2, com base na NR-32. Ela esta- belece que qualquer vírus identi- ficado, que ainda não se possui conhecimento suficiente acerca do potencial de disseminação dele, deve ser inicialmente classificado como classe de risco 2. A partir do momento em que haja mais estudos sobre seu potencial de infecção e são observadas suas consequências, ele recebe uma classificação mais apropriada. ATENÇÃO A bactéria E. coli faz parte da microbiota natural do intestino do ser humano. Devido ao uso desenfreado de antibióticos, muitas mutações genéticas ocorreram fazendo com que a E. coli se tornasse resistente à maior parte das classes de antibióticos usados para tratá-la. As cepas que já sofreram mutações são chamadas de cepas patogênicas. A E. coli não patogênica faz parte da classe de risco 1 e a E. coli patogênica da classe de risco 2. 30m ��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Adriana Luiza Pessoa Marangon. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. 1www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Classificação de Risco e Niveis de Biossegurança CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS BIOSSEGURANÇA – CLASSIFICAÇÃO DE RISCO E NIVEIS DE BIOSSEGURANÇA RELEMBRANDO A Classe de risco se refere a determinado microrganismo e ao seu risco de contaminação individual e disseminação para a coletividade, chance de causar doenças na pessoa que foi contaminada e ao manejo e tratamento da doença causada por ele. • Classe de risco 1: classe dos microorganismos que não são capazes de causar doenças graves no ser humano. Não há risco elevado de infecção do trabalhador e a probabi- lidadede disseminação para a coletividade é baixa. As doenças causadas por esses microorganismos são de fácil tratamento. Muitos desses microrganismos fazem parte da microbiota natural do ser humano (lactobacillus e E. coli não patogênicas, que não sofreram mutações genéticas e não têm resistência à grande parte dos antibióticos). • Classe de risco 2: classe de microorganismos com risco individual de contaminação do trabalhador e baixa probabilidade de disseminação para a coletividade. As doen- ças causadas por esses microrganismos apresentam profilaxia e tratamento eficaz. Nessa classe estão enquadradas várias classes de bactérias, a maioria das classes de parasitas causadores de doenças em seres humanos e várias classes de vírus (cito- megalovírus, rotavírus, dengue de todos os tipos, chikungunya, zika etc.) • Classe de risco 3: classe de microorganismos com risco individual elevado para o tra- balhador e risco moderado de disseminação para a coletividade. As doenças causadas por esses microorganismos são infecções relativamente graves e nem todas apresen- tam profilaxia e tratamento eficaz. Essa classe engloba o vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, e todos os vírus pertencentes à família coronaviridae. Outros exemplos são HIV tipos 1 e 2, HTLV tipos 1 e 2, Bacillus anthracis, Clostridium botulinum, Vírus da Raiva, Vírus da Febre Amarela, Mycobacterium tuberculosis etc. 5m 2www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Classificação de Risco e Niveis de Biossegurança CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Classe de risco 2 Caxumba, Citomegalovírus e Rotavírus. Parasitas: Ascaris lumbricoides, Entamoeba histolytica, Giardia spp, Leishmania spp, Plasmo- dium spp, Schistosoma mansoni, Taenia saginata, Taenia solium, Toxoplasma gondii, Trypanosoma cruzi etc. Quase todos os fungos. Classe de risco 3 Risco individual elevado para o trabalhador e com probabi- lidade de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças e infecções graves ao ser humano, para as quais nem sempre existem meios eficazes de profilaxia, trata- mento ou cura. Bacillus anthracis, Clostridium botulinum, Mycobacterium tuberculosis, Yersinia pestis, HIV — Vírus da Imunodeficiên- cia Humana, Vírus Linfotrópicos das células T humana (HTLV-1 e HTLV-2), Vírus da Raiva e Vírus da Febre Amarela. Classe de risco 4 Risco individual elevado para o trabalhador e com proba- bilidade elevada de dissemi- nação para a coletividade. Apresentam grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro. Podem causar doenças graves ao ser humano, para as quais não existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. Vírus Ebola, Vírus da Febre Hemorrágica, Vírus da Aftosa com seus diversos tipos e varian- tes e Vírus da Varíola. Resumo das classes de risco Classe de risco Risco individual para o trabalhador Risco de disseminação para a coletividade Meios eficazes de profila- xia ou tratamento 1 Baixo Baixo Existem, mas nem sempre são necessários. 2 Moderado Limitado Existem. 3 Elevado Moderado Nem sempre existem. 4 Elevado Elevado Não existem. 10m 3www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Classificação de Risco e Niveis de Biossegurança CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Níveis de Biossegurança Baseado nas classes de risco, temos os níveis de biossegurança. Eles: • consistem na combinação de práticas e técnicas de laboratório, equipamentos de pro- teção de segurança e instalações laboratoriais; • definem a contenção necessária (bancadas, piso, cabine biológica, EPIs e EPCs, ambiente paramentado etc.) ao trabalho com agentes biológicos, de forma segura para os seres humanos, os animais e o ambiente. Geralmente o NB é proporcional à classe de risco do agente; • o NB de um laboratório é definido a partir de uma avaliação dos riscos em função dos agentes que são manipulados e das atividades que são realizadas, podendo ser clas- sificado em NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4. Nível de Biossegurança 1 • O nível de biossegurança 1 representa um nível básico de contenção que se baseia nas práticas padrões de microbiologia sem uma indicação de barreiras primárias ou secundárias específicas, com exceção de uma pia para a higienização das mãos e dos EPIs e EPCs. • As práticas, o equipamento de segurança e o projeto das instalações são apropria- dos para o treinamento educacional secundário ou para o treinamento de técnicos e de professores de técnicas laboratoriais. Este conjunto também é utilizado em outros laboratórios onde o trabalho com cepas definidas e caracterizadas de microrganismos viáveis e conhecidos por não causarem doenças em homens adultos e sadios é rea- lizado. O Bacillus subtilis, o Naegieria gruberi, o vírus da hepatite canina infecciosa e organismos livres sob as Diretrizes do NIH de DNA Recombinantes são exemplos de microrganismos que preenchem todos estes requisitos descritos acima. • Muitos agentes que geralmente não estão associados a processos patológicos em homens são, entretanto, patógenos oportunos e que podem causar uma infecção em jovens, idosos e indivíduos imunossupressivos ou imunodeprimidos. As cepas de vacina que tenham passado por múltiplas passagens in vivo não deverão ser conside- radas não virulentas simplesmente por serem cepas de vacinas. 15m 4www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Classificação de Risco e Niveis de Biossegurança CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Nível de Biossegurança 2 • Nível de segurança onde a maioria dos laboratórios está inserida. • As práticas, os equipamentos, o projeto e a construção são aplicáveis aos laboratórios clínicos, de diagnóstico, laboratórios-escolas e outros laboratórios onde o trabalho é realizado com um maior espectro de agentes nativos de risco moderado presentes na comunidade e que estejam associados a uma patologia humana de gravidade variável. Com boas técnicas de microbiologia, esses agentes podem ser usados de maneira segura em atividades conduzidas sobre uma bancada aberta, uma vez que o potencial para a produção de borrifos e aerossóis é baixo. O vírus da hepatite B, o HIV, a Salmo- nella spp. e Toxoplasma spp. são exemplos de microrganismos designados para este nível de contenção. O nível de biossegurança 2 é adequado para qualquer trabalho que envolva sangue humano, líquidos corporais, tecidos ou linhas de células humanas primárias onde a presença de um agente infeccioso pode ser desconhecida. ATENÇÃO É importante lembrar que um microorganismo de classe de risco 3, não necessariamente deve ser manipulado apenas em um laboratório de nível de biossegurança 3. A maioria é manipulada em um laboratório de nível de biossegurança 2. • Embora os organismos rotineiramente manipulados em um nível de biossegurança 2 não sejam transmitidos por meio de aerossóis, os procedimentos envolvendo um alto potencial para a produção de salpicos ou aerossóis que possam aumentar o risco de exposição destes funcionários devem ser conduzidos com um equipamento de conten- ção primária ou com dispositivos como a Cabine de Segurança Biológica (CSB) ou os copos de segurança da centrífuga. Outras barreiras primárias, como os escudos para borrifos, a proteção facial, os aventais e as luvas, devem ser utilizadas. • As barreiras secundárias, como pias para higienização das mãos e instalações para descontaminação de lixo, devem existir com o objetivo de reduzir a contaminação potencial do meio ambiente. 20m 5www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Classificação de Risco e Niveis de Biossegurança CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Obs.: barreiras primárias são todos os EPIs (equipamentos de proteção individual)e EPCs (equipamentos de proteção coletiva) que podem ser utilizados no serviço em labora- tório ou de saúde. As barreiras secundárias estão relacionadas ao local e à estrutura (bancada, piso e instalações). Nível de Biossegurança 3 • As práticas, o equipamento de segurança, o planejamento e a construção das depen- dências são aplicáveis para laboratórios clínicos, de diagnóstico, laboratório-escola, de pesquisa ou de produções. Nesses locais realiza-se o trabalho com agentes nativos ou exóticos que possuam um potencial de transmissão via respiratória e que possam causar infecções sérias e potencialmente fatais. O Mycobacterium tuberculosis, o vírus da encefalite de St. Louis, Coxiella burnetii e a SARS-CoV-2 são exemplos de microrganismos determinados para este nível. Os riscos primários causados aos tra- balhadores que lidam com estes agentes incluem a auto inoculação, a ingestão e a exposição aos aerossóis infecciosos. • No nível de biossegurança 3, enfatizam-se mais as barreiras primárias e secundárias para protegerem os funcionários de áreas contíguas, a comunidade e o meio ambiente contra a exposição aos aerossóis potencialmente infecciosos. Por exemplo, todas as manipulações laboratoriais deverão ser realizadas em uma cabine de segurança bio- lógica (CSB) ou em outro equipamento de contenção, como uma câmara hermética de geração de aerossóis. As barreiras secundárias para este nível incluem o acesso con- trolado ao laboratório e sistemas de ventilação que minimizam a liberação de aerossóis infecciosos do laboratório. 25m ��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Adriana Luiza Pessoa Marangon. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. 1www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Boas Práticas, EPIS e EPCS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS BIOSSEGURANÇA – BOAS PRÁTICAS, EPIS E EPCS Nível de Biossegurança 4 • As práticas, o equipamento de segurança, o planejamento e a construção das depen- dências são aplicáveis para trabalhos que envolvam agentes exóticos perigosos que representam um alto risco por provocarem doenças fatais em indivíduos. Estes agen- tes podem ser transmitidos via aerossóis e, até o momento, não há nenhuma vacina ou terapia disponível. Os agentes que possuem uma relação antigênica próxima ou idêntica a dos agentes do nível de biossegurança 4 também deverão ser manuseados neste nível. Quando possuímos dados suficientes, o trabalho com esses agentes deve continuar neste nível ou em um nível inferior. Os vírus como Marburg ou vírus da febre hemorrágica Crimeia — Congo são manipulados no nível de biossegurança 4. • Os riscos primários aos trabalhadores que manuseiam agentes do nível de biosse- gurança 4 incluem a exposição respiratória aos aerossóis infecciosos; exposição da membrana mucosa e/ou da pele lesionada às gotículas infecciosas e a auto inoculação. Todas as manipulações de materiais de diagnóstico potencialmente infeccioso, subs- tâncias isoladas e animais naturalmente ou experimentalmente infectados apresentam um alto risco de exposição e infecção aos funcionários de laboratório, à comunidade e ao meio ambiente. • O completo isolamento dos trabalhadores de laboratórios em relação aos materiais infecciosos aerossolizados é realizado primariamente em cabines de segurança bio- lógica Classe 3 ou com um macacão individual suprido com pressão de ar positivo (isolamento total e completo). A instalação do nível de biossegurança 4 é geralmente construída em um prédio separado ou em uma zona completamente isolada, com uma complexa e especializada ventilação e sistemas de gerenciamento de lixo que evitem uma liberação de agentes viáveis no meio ambiente. 5m 2www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Boas Práticas, EPIS e EPCS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Boas Práticas de Laboratório • Boas Práticas de Laboratório (BPL) tem como objetivo instituir normas e medidas que reduzam ao máximo a exposição a riscos que afetam a saúde de todos os trabalha- dores que estão em contato com equipamentos, substâncias químicas e espécimes biológicos. É o conjunto de regras e procedimentos de segurança que visa eliminar ou minimizar os acidentes e agravos de saúde relacionados ao trabalho em laboratórios e em outros serviços de saúde. • O trabalho em laboratório exige ordem, método, bem como o respeito às normas de segurança na utilização de materiais e produtos químicos e biológicos. • Devido aos fatores de risco inerentes aos laboratórios, alguns cuidados especiais devem ser tomados por toda a equipe em todos os procedimentos, incluindo até mesmo o descarte de materiais. Alguns comportamentos e regras devem ser seguidos e fazem parte do que chamamos de Boas práticas de Laboratório – BPL. Um exemplo de BPL é o Procedimento Operacional Padrão (POP), um conjunto de normas que orienta a forma correta de se realizar cada procedimento, adotado por todo laboratório e servi- ços de saúde. Elementos de Contenção Reduzir ou eliminar a exposição da equipe de um laboratório. Ou seja, a utilização correta das barreiras primárias e secundárias. 10m 3www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Boas Práticas, EPIS e EPCS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Barreira Primária Barreira Secundária • Boa técnica nos procedimentos e uso ade- quado dos equipamentos; • EPIs e EPCs; • A imunização da equipe também é barreira primária; • Relacionada à forma como o trabalhador desenvolve seu trabalho. • Planejamento e construção das instalações do laboratório, de forma a contribuir para a proteção da equipe de trabalho, das pessoas que se encontram fora do laboratório e da comunidade e meio ambiente contra agentes infecciosos que podem ser liberados aciden- talmente do laboratório. • Instalação correta do laboratório, iluminação adequada, filtragem de ar correta, ar condi- cionado na temperatura adequada e separa- ção do lixo são alguns exemplos de barreiras secundárias. ATENÇÃO Tudo o que é relacionado ao trabalhador, em si, é compreendido como barreira primária e tudo o que é relacionado à estrutura e construção do laboratório é compreendido como barreira secundária. EPIs (Equipamento de Proteção Individual) e EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva) • EPIs e EPCs constituem barreiras primárias. • A realização de atividades em ambiente laboratorial exige o uso de equipamentos de proteção para preservar a saúde e segurança dos trabalhadores. Os equipamentos de proteção podem ser de uso individual ou coletivo. • EPIs (equipamentos para proteção individual do contato com agentes infecciosos, substâncias irritantes e tóxicas, materiais perfurocortantes e materiais submetidos a aquecimento ou congelamento) e, quando eles são coletivos, EPCs. • Equipamento de Proteção Individual (EPI) é “todo o equipamento ou produto de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado a proteger a sua saúde dos riscos ine- rentes às atividades laboratoriais“. São exemplos de EPIs: luvas, máscaras (e seus diversos tipos), jaleco, óculos de proteção, face shields etc. 15m 20m 4www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Boas Práticas, EPIS e EPCS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS • Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) é “todo o equipamento de uso coletivo desti- nado a proteger a saúde do trabalhador, a comunidade e o meio ambiente, dos riscos inerentes às atividades laboratoriais“. São exemplosde EPCs: cabines de segurança biológica (CSB), capela de segurança química, capela de exaustão, chuveiro de emer- gência e lava-olhos etc. • Usar EPI é um direito do profissional da saúde e a instituição em que esse profissional trabalha é obrigada a fornecê-los em quantidade e qualidade adequadas. • É fundamental que o profissional da saúde utilize os EPIs de forma correta. O uso inde- vido desses equipamentos também pode provocar acidentes. • Os EPIs, descartáveis ou não, deverão estar à disposição em número suficiente nos postos de trabalho, de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição. EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) Obs.: o escudo facial também é chamado de face shield. 25m 5www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Biossegurança – Boas Práticas, EPIS e EPCS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Obs.: a máscara N95 também é chamada de PFF-2. Os respiradores são usados no manu- seio de substâncias tóxicas e químicas que liberam gases ou vapores, mas não no caso de material biológico. EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva) Destinados à proteção do trabalhador, a comunidade e o meio ambiente. Obs.: o lava olhos é de utilização comunitária. 30m ��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Adriana Luiza Pessoa Marangon. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. 1www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Boas Práticas, EPIS e EPCS II CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS BIOSSEGURANÇA – BOAS PRÁTICAS, EPIS E EPCS II Boas Práticas de Laboratório • Boas práticas de Laboratório – BPL consiste em um conjunto de regras e procedi- mentos de segurança que visam a eliminar ou minimizar os acidentes e agravos de saúde relacionados ao trabalho; • Profissionais que atuam em laboratório devem ser treinados para interromper ativi- dade de risco, identificar e registrar o risco, providenciar e implementar ação corretiva! Obs.: assim é possível minimizar as chances de acontecer um acidente de trabalho. Procedimentos Operacionais Padrão – POP • São protocolos que descrevem de forma bem detalhada todas as atividades realizadas no laboratório, conforme já falei acima. Fazem parte das BPL. Obs.: cada POP descreve um procedimento, ex.: POP de recebimento, POP de coleta de amostras, POP de limpeza e desinfecção de superfície etc. • Padroniza todos os procedimentos para que diferentes pessoas possam compreen- der e executar da mesma maneira uma determinada tarefa. Ex.: as dez pessoas que trabalham naquele mesmo lugar devem fazer o procedimento de formas iguais, pois cada vez mais se elimina os riscos, os agravos e as chances de ocorrerem acidentes de trabalho. Riscos – manipulação de agente biológico, liberar um resultado errado por um reagente ou manipulações erradas. • Os POPs devem estar escritos de forma clara e completa, sendo atualizados regular- mente e devem estar disponíveis em local de fácil acesso e conhecido por todos os profissionais do laboratório. Todos os laboratórios precisam ter as boas práticas de laboratório que estão intimamente ligadas aos POPs. 5m www.grancursosonline.com.br 2www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Boas Práticas, EPIS e EPCS II CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A utilização dos EPIs e dos EPCs devem ser de maneira correta devido às boas práticas de laboratório. Desse modo, dentro de cada POP deve conter o EPI e EPC corretos, a forma a serem utilizados e qual é obrigatório. • Equipamento de Proteção Individual (EPI) é “todo o equipamento ou produto de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado a proteger a sua saúde dos riscos inerentes às atividades laboratoriais”. São exemplos de EPIs luvas, máscaras, jaleco, óculos de proteção, face shield etc. • Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) são equipamento de uso coletivo desti- nados a proteger a saúde do trabalhador, a comunidade e o meio ambiente dos riscos inerentes às atividades laboratoriais. São exemplos de EPCs cabines de segurança biológica (CSB), capela de segurança química, chuveiro de emergência, extintor de incêndio e lava-olhos. EPIs (Equipamento de Proteção Individual) 10m www.grancursosonline.com.br 3www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Boas Práticas, EPIS e EPCS II CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Os respiradores são usados em caso de manipulação de produtos químicos e gerado- res de gases. EPC (Equipamento de Proteção Coletiva) Cabines de Segurança Biológica Obs.: as cabines de segurança biológica são as boas práticas de laboratório mais explora- das em prova. • A CSB é o principal equipamento de contenção física para agentes infecciosos e, dependendo do tipo, protege o material e/ou o profissional e os ambientes interno e externo por filtração do ar com filtros de alta eficiência do tipo HEPA (High Efficiency Particulate Air, ou seja, alta eficiência para partículas de ar). • Os sistemas de filtração das CSB são mais ou menos complexos, de acordo com o tipo de microrganismo ou produto que vai ser manipulado em cada cabine. • A CSB de Classe I protege o profissional e o ambiente. É mais simples e não possui sistema complexo de filtragem. • Existem quatro subtipos de CSB Classe II que protegem o profissional, o produto e o ambiente. A classe II é mais complexa e mais eficiente para contenção de toda e qual- quer partícula. www.grancursosonline.com.br 4www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Boas Práticas, EPIS e EPCS II CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS – Cabines A1 e A2: 70% do ar recircula na câmara e 30% são expelidos após passa- gem pelo filtro HEPA. A diferença entre elas está na velocidade de circulação do ar. – Cabine B1: apenas 30% do ar recircula e 70% são expelidos depois de passar pelo filtro HEPA; – Cabine B2 100% do ar é expelido para o exterior. Lembrando que, quanto mais o ar recircula e menos é expelido, mais a cabine é segura e eficiente. Cabine de segurança biológica: CLASSE I – É a forma mais simples de cabine. É recomendada para trabalho com agente de risco biológico baixo e moderado. PROTEGE O OPERADOR E O MEIO AMBIENTE. CLASSE II – Utilizam fluxo de ar com aber- tura frontal para o acesso à área de trabalho e para introdução e remoção de materiais. PROTEGE O OPERADOR, O PRO- DUTO (o que está sendo manipulado) E O MEIO AMBIENTE. Possui um sistema de filtragem de ar mais complexo e mais eficiente. Possui o filtro HEPA. Além disso, o produto é protegido, ex.: microrganismo que possui um produto químico ou facilidade de ser volátil é protegido. 15m 20m www.grancursosonline.com.br 5www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Boas Práticas, EPIS e EPCS II CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS • A CSB Classe III fornece o mais alto nível de proteção ao profissional, produto e ambiente, pois são cabines fechadas com acesso à área de trabalho por grandes luvas e caixa de passagem para entrada do material antes do início das atividades. CLASSE III – Totalmente hermética, usada para agentes biológicos Classe IV, opera com pressão negativa. PROTEÇÃO MÁXIMA PARA O OPERA- DOR, O PRODUTO E O MEIO MABIENTE. O material é inserido por meio dos orifícios da máquina que possui o tamanho certo para a passagem do braço, assim não há eliminação nenhuma parao ambiente externo. O ar é totalmente filtrado. Agente biológicos classe IV: ebola, febre maculosa etc. Vírus com alta taxa de letalidade. O sistema de filtragem é muito mais eficiente, pois além de ser hermética e de pressão negativa, nenhum ar é expelido para o ambiente. O uso das cabines biológicas foi ainda mais difundido com a pandemia da Covid-19. Ainda, antes do contexto da pandemia, havia a obrigatoriedade de EPIs para cada procedi- mento, contexto esse que mudou após a pandemia, ex.: NR 32 (antes da pandemia), para a punção venosa só era preciso luvas, jaleco, cabelo preso e sapato fechado, não precisando de máscara. Ocorre que a máscara só era obrigatória em procedimentos com potencial de gerar aerossóis e gotículas. Logo, muitas mudanças ocorreram no contexto de antes da pan- demia e pós-pandemia. Gerenciamento e Disposição dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) • As recomendações sobre gerenciamento de resíduos têm por base a RDC n. 222/2018, da ANVISA, que regulamenta o gerenciamento e disposição dos RSS; 25m www.grancursosonline.com.br 6www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Boas Práticas, EPIS e EPCS II CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS • São considerados como geradores de resíduos de serviços de saúde (RSS) todos os estabelecimentos e os serviços cujas atividades estejam relacionadas com a atenção à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar; laborató- rios; unidades móveis de atendimento à saúde; necrotérios e funerárias; serviços de medicina legal; drogarias e farmácias; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; importadores e distribuidores de produtos farmacêuticos e de materiais e controles para diagnóstico in vitro; serviços de acupuntura etc. ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Adriana Luiza Pessoa Marangon. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. www.grancursosonline.com.br 1www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Níveis de Biossegurança CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS BIOSSEGURANÇA – NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA Biossegurança – É o “conjunto de procedimentos, técnicas, metodologias, equipamen- tos e dispositivos voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos ineren- tes às atividades de prestação de serviços, pesquisas, produção e ensino, visando à saúde humana, à preservação do meio ambiente e à qualidade dos resultados”. Dentro da biossegurança, é necessário diferenciar os conceitos de risco, perigo e acidente: Perigo – é a possibilidade de algum agente biológico ou contaminante causar algum dano. Risco – é a probabilidade de concretização do perigo. Acidente – é a concretização do risco envolvido no trabalho com agentes biológicos. Os níveis de biossegurança estão divididos entre NB 1 a NB 4, de acordo com a pericu- losidade daquele agente biológico ou contaminante. O potencial de periculosidade é propor- cional ao nível de segurança destinado ao seu manuseio. NB 1 – agentes que não são conhecidos por causarem doenças a adultos sadios, como bactérias parte da microbiota natural do ser humano. Seu manuseio se dá através de práticas padrões da microbiologia, sem a necessidade de equipamentos de segurança além dos EPIs básicos (barreiras primárias). Suas instalações (barreiras secundárias) necessitam apenas de bancadas abertas e pias próximas. NB 2 – agentes associados a doenças humanas, que oferecem risco de lesão percutâ- nea, ingestão ou exposição da membrana mucosa, porém possuem profilaxia conhecida, a maior parte dos laboratórios é classificado como NB 2. Seu manuseio envolve acesso limi- tado, aviso de risco biológico na porta do laboratório, precauções com objetos perfurocor- tantes e manual de biossegurança que defina a descontaminação de objetos ou normas de vigilância médica. Como barreiras primárias, são necessárias cabines de contenção nível I ou II, ou outros dispositivos de contenção física ou ventilação para agentes que provoquem aerossóis ou vazamento de materiais infecciosos. Também pode ser necessários uso de aventais, luvas e proteção para o rosto. Como barreira secundária, além das exigidas para os agentes de nível NB 1, é necessária a disponibilização de uma autoclave. Cabe lembrar que agentes de risco de diferentes classes de risco podem ser manipulados em laboratórios com variados níveis de biossegurança, bastando apenas que se atendam todos os critérios exigidos para aquele agente biológico específico. O nível de biossegurança e classe de risco do agente infeccioso são categorias diferentes e exigem atenção. Dessa 5m 10m 15m www.grancursosonline.com.br 2www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Níveis de Biossegurança CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS forma, grande parte de agentes da classe de risco 3 podem ser manuseados em laboratórios de nível de biossegurança 3. NB 3 – agentes exóticos com potencial maior de contaminação, ou transmissão via aeros- sol, sem profilaxia conhecida. A doença pode ter consequências sérias ou até fatais, como HIV I e II, e SarsCOV-2. Os cuidados com o manuseio devem adicionar aqueles tomados nos laboratórios NB 2: o acesso controlado, a descontaminação de todo o lixo, a descontami- nação da roupa utilizada no laboratório antes de ser lavada e amostras sorológicas de toda a equipe e das pessoas expostas ao risco devem ser coletadas e armazenadas adequada- mente para futura referência. Cabines de classe I ou II, ou outros dispositivos de contenção usados para todas as manipulações abertas de agentes, devido ao seu alto potencial de con- taminação, bem como o uso, quando necessário, de avental, luvas e proteção respiratória, são as barreiras primárias desse NB. Das barreiras secundárias, além daquelas já exigidas nos laboratórios NB 2, somam-se: a separação física de corredores, a necessidade de portas de acesso duplo com fechamento automático, ar de exaustão não recirculante e o fluxo de ar negativo dentro do laboratório. NB 4 – agentes exóticos ou perigosos que impõem um alto risco de doenças que amea- çam a vida, infecções laboratoriais transmitidas via aerossol, ou relacionadas a agentes com risco desconhecido de transmissão. Suas práticas incluem aquelas destinadas aos labora- tórios NB 3, mais: mudança de roupa ao entrar, banho de ducha na saída e todo o material descontaminado na saída das instalações. Como barreiras primárias, todos os procedimen- tos devem ser conduzidos em cabines de classe III, ou naquelas de classe II ou I, acompa- nhadas de macacão de pressão positiva com suprimento de ar. Nos requisitos exigidos como barreiras secundárias, estão: o edifício deve ser separado ou o laboratório deve ficar em área isolada, sistema de abastecimento e escape, à vácuo, e de descontaminação, além de requi- sitos extras necessários de acordo com a periculosidade de cada agente. 20m 25m 30m ��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Adriana Luiza Pessoa Marangon. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. www.grancursosonline.com.br 1www.grancursosonline.com.br Viu algum erro nestematerial? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Procedimentos CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROCEDIMENTOS BIOSSEGURANÇA – PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO E SIMBOLOGIA DE RISCO DIRETO DO CONCURSO 1. (AOCP/EBSERH/UFSCAR/BIOMÉDICO/2015) Selecione a alternativa que NÃO condiz com a biossegurança em um ambiente de laboratório. a. As luvas descartáveis servem para manipulação de materiais potencialmente infectantes. b. Jaleco, luvas, óculos, máscaras e botas de borracha resistentes são todos equipa- mentos de proteção individual. c. O comprimento do jaleco deve ser até o joelho e as mangas até o cotovelo. d. As máscaras descartáveis e os óculos de proteção devem ser utilizados em todas as atividades que envolvam a formação de aerossol ou suspensão de partículas. e. O descarte de material perfurocortante deve ser em recipientes adequados, de prefe- rência, de paredes rígidas. COMENTÁRIO As mangas não podem ser até o cotovelo, devendo ser longas. POP – Procedimentos Operacionais Padrão • Com o intuito de garantir a aplicação dos princípios das BPL, um dos instrumentos utiliza- dos nos laboratórios são os Procedimentos Operacionais Padrão (POP). • Trata-se de um documento que objetiva padronizar e minimizar a ocorrência de desvios na execução das atividades e garantir a qualidade do serviço prestado, assegurando aos usuários serviços ou produtos livres de variáveis indesejáveis, independentemente de quem as realize. A padronização visa à garantia da qualidade dos serviços prestados, toda a execução das atividades laboratoriais. Um procedimento operacional padrão tem como meta garantir que a qualidade dos exa- mes seja a mesma em todas as etapas do processo em qualquer momento. 5m www.grancursosonline.com.br 2www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Procedimentos CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS • Instalação adequada. • Pessoal treinado e capacitado. • Validação. • Calibração. • Manutenção (preventivas e corretivas) – um POP para cada tarefa. • Registro. • Rotulagem dos insumos: origem, identidade, composição, data de produção, validade, condições de estocagem e sinais de periculosidade. Um erro mínimo pode causar efeitos gravíssimos ao paciente. Nos laboratórios de análi- ses clínicas, qualquer erro no procedimento poderia acarretar resultados errôneos de exa- mes, que podem gerar processos derivados dos danos psicológicos causados ao paciente. Esses POPs valem para todas as áreas de laboratório. Simbologia de Risco Os símbolos de risco são pictogramas utilizados em rótulos, informações de produtos quí- micos ou placas. Eles servem para lembrar o risco do manuseio ou exposição a determina- do produto ou agente químico, físico ou biológico. 10m www.grancursosonline.com.br 3www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Procedimentos CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Simbologia de Risco – Utilização • Manter a integridade material. • Reservar e identificar um local para estocagem e armazenamento. • Estabelecer um sistema de identificação e codificação para cada produto. • Fluxo de movimentação dos materiais de grande porte, pesados e que necessitem de cuidados especiais. Há dois tipos de simbologia: de RISCO e de PREVENÇÃO. As simbologias de risco e de prevenção são extremamente importantes no laboratório, porque a sua utilização correta e a observação dessa simbologia por parte dos profissio- nais de saúde, colaboradores e usuários, ajuda a minimizar o risco de acidentes, agravos e intercorrências. 15m www.grancursosonline.com.br 4www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Procedimentos CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Definição dos níveis de Biossegurança (NB) Existem quatro níveis de biossegurança: NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4, que estão em ordem crescente no maior grau de contenção e complexidade do nível de proteção. O NB-1 é o menos complexo, sendo o que exige menos contenção. Os níveis de biossegurança nos laboratórios estão intimamente ligados aos riscos de con- taminação por substâncias biológicas e microrganismos. O nível de biossegurança de um laboratório ou experimento será determinado segundo o organismo de maior classe de risco envolvido ou manipulado no local. Quando não se conhece o potencial patogênico do microrganismo, deverá ser procedida uma análise de- talhada e criteriosa de todas as condições experimentais. 20m www.grancursosonline.com.br 5www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Procedimentos CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Níveis de Biossegurança (NB) O E. Bola é um vírus altamente contagioso e não há registro de ocorrência no Brasil, mas no continente africano não é incomum. Os Lactobacillus são microorganismos que estão presentes no nosso organismo e que não são capazes de causar uma contaminação indi- vidual ou coletiva. Exemplo de situação difícil, mas não impossível: um paciente imunossuprimido pode ser passível de pegar uma infecção por meio de um desses microrganismos classificados como de baixa periculosidade. Um paciente, com o sistema imune debilitado por HIV ou por outras doenças associadas a problemas hematológicos, que quase zeram o sistema imunológico, pode ser infectado por microrganismos que a uma pessoa saudável não cau- sariam o menor dano, a exemplo de E. Coli (trato intestinal). GABARITO 1. c 25m ��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Adriana Luiza. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. www.grancursosonline.com.br 1www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Limpeza, Desinfecção e Esterilização CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS BIOSSEGURANÇA – LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO É necessário ressaltar que os conceitos de limpeza, desinfecção e esterilização são três processos diferentes para se realizar a descontaminação. A descontaminação é o processo global pelo qual agentes de risco são removidos ou eliminados, ou seus efeitos adversos são neutralizados. O processo de descontaminação pode ser realizado de três diferentes formas, cada uma de acordo com a indicação ou complexidade dos agentes infecciosos: Limpeza – é o processo mais básico do laboratório, sistemático e contínuo para a manu- tenção do asseio ou, quando necessário, para a retirada de sujidade de uma superfície. Essa sujidade pode ser visível ou não. É o primeiro passo de um processo de descontaminação mais profundo, ainda que envolva desinfecção ou esterilização posteriores. Desinfecção – um processo físico ou químico que destrói ou inativa a maioria dos micror- ganismos patogênicos de objetos inanimados e superfícies, com exceção de esporos bacte- rianos (bactérias de formas esporuladas). Esterilização – processo físico ou químico que destrói todas as formas de vida micro- biana, ou seja, bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus. É o processo mais efetivo de descontaminação. Para que seja possível entender as indicações de cada processo de descontaminação, é necessário conhecer as diferenças entre os artigos a serem descontaminados. São elas: Artigos críticos – são os que penetram em mucosas ou pele, invadindo sistema vascular e tecidos subepiteliais e expondo os materiais ao contato direto com sangue ou outros flui- dos contaminantes. Fica indicado sempre a esterilização com todas as etapas que incluem este processo. Exemplos: instrumental cirúrgico, seringas e agulhas, espéculosginecológicos etc. Artigos semicríticos – são os que têm contato com pele ou mucosa íntegras. Não há penetração ou ruptura, mas, para garantir seu múltiplo uso, devem passar pelo reprocessa- mento na forma de desinfecção de alto nível ou esterilização. Exemplos: ambús, nebulizadores etc. Artigos não críticos – são de uso externo ao paciente, entrando em contato apenas com pele íntegra, de manipulação pelos profissionais de saúde, o que exige que tenham um pro- cessamento específico na forma de limpeza ou desinfecção de baixo nível (se foi exposto a material biológico). 5m 10m 15m www.grancursosonline.com.br 2www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Limpeza, Desinfecção e Esterilização CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Exemplos: termômetro, botões de equipamentos acionados pelo profissional, mesas auxiliares para procedimentos, comadres, cubas etc. Observa-se que, no contexto da pandemia de COVID-19, quaisquer objetos, mesmo os artigos não críticos, em caso de contato com o paciente, precisam passar, pelo menos, por um processo de desinfecção. Os processos de descontaminação possuem particularidades que devem ser observadas atentamente, conforme discorrido a seguir. Limpeza Remoção da sujidade da superfície de artigos e equipamentos, através da ação mecâ- nica, utilizando água e detergente, com posterior enxágue e secagem. Grande parte da carga microbiana está concentrada na matéria orgânica, que, consequentemente, será removida de uma superfície durante a remoção da sujidade. A limpeza deve ser sempre realizada como primeira etapa de desinfecção ou esterilização, para garantir a qualidade de tais processos. 20m www.grancursosonline.com.br 3www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Limpeza, Desinfecção e Esterilização CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Desinfecção É o processo de destruição de microrganismos como bactérias na forma vegetativa (não esporulada), fungos, vírus e protozoários. Não destrói esporos bacterianos formas esporula- das). A desinfecção pode ser dividida em três níveis de acordo com o espectro de destruição dos microrganismos: • Desinfecção de baixo nível: elimina a maioria das bactérias, alguns vírus como o HIV, o da hepatite B e hepatite C, fungos. Não destrói microrganismos resistentes, como bacilo da tuberculose e esporos bacterianos. São utilizados, por exemplo: compostos fenólicos 0,5-3% (que caíram em desuso, em razão da existência de compostos mais efetivos e menos tóxicos), compostos de iodo e quaternário de amônia. • Desinfecção de médio nível: inativa o bacilo da tuberculose, bactérias na forma vege- tativa, a maioria dos vírus e fungos, exceto esporos bacterianos. Exemplos: compostos clorados de 500 a 5000 ppm (clorexidina), e álcool 70% (o mais utilizado para esse tipo de desinfecção). • Desinfecção de alto nível: destrói todas as formas vegetativas de microganismos, inclusive Mycobacterium tuberculosis, vírus lipídicos e não lipídicos, fungos e uma parte dos esporos. Como exemplo: glutaraldeído 2%, peróxido de hidrogênio 3-6%, formaldeído 1-8%, ácido peracético e composto clorado a 10.000 ppm. 25m 30m ��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Adriana Luiza Pessoa Marangon. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. www.grancursosonline.com.br 1www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Limpeza, Desinfecção e Esterilização II CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS BIOSSEGURANÇA – LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO II Desinfecção É o processo de destruição de microrganismos como bactérias na forma vegetativa (não esporulada), fungos, vírus e protozoários. Não destrói esporos bacterianos formas esporula- das). A desinfecção pode ser dividida em três níveis de acordo com o espectro de destruição dos microrganismos: • Desinfecção de baixo nível: elimina a maioria das bactérias, alguns vírus como o HIV, o da hepatite B e hepatite C, fungos. Não destrói microrganismos resistentes como bacilo da tuberculose e esporos bacterianos. São utilizados, por exemplo: compostos fenólicos 0,5-3% (que caíram em desuso, em razão da existência de compostos mais efetivos e menos tóxicos), compostos de iodo e quaternário de amônia. • Desinfecção de médio nível: inativa o bacilo da tuberculose, bactérias na forma vege- tativa, a maioria dos vírus e fungos, exceto esporos bacterianos. Exemplos: compostos clorados de 500 a 5000 ppm (clorexidina alcoólica) e álcool 70% (o mais utilizado para esse tipo de desinfecção). • Desinfecção de alto nível: destrói todas as formas vegetativas de microganismos, inclusive Mycobacterium tuberculosis, vírus lipídicos e não lipídicos, fungos e uma parte dos esporos. Como exemplo: glutaraldeído 2%, peróxido de hidrogênio 3-6%, formaldeído 1-8% (também caiu em desuso, em razão da existência de compostos mais efetivos e menos tóxicos), ácido peracético e composto clorado a 10.000 ppm (clorexidina degermante. Deve-se observar a concentração do composto nos diferen- tes níveis de desinfecção). Esterilização É o processo de descontaminação mais efetivo, método utilizado para a descontamina- ção de artigos críticos. Pode ser realizada por processos físicos, químicos ou físico-químicos. Os processos físicos são: calor úmido (autoclave), calor seco (estufa) e radiação gama (cobalto). A esterilização por radiação tem sido utilizada em nível industrial, para artigos médi- co-hospitalares. Ela permite uma esterilização a baixa temperatura, mas é um método de alto custo (devido tanto ao maquinário quanto à estrutura do ambiente). 5m www.grancursosonline.com.br 2www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança – Limpeza, Desinfecção e Esterilização II CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Para materiais que resistam a altas temperaturas, a esterilização por calor é o método de escolha, pois não forma produtos tóxicos: é seguro e de baixo custo. Esterilização por Calor Úmido Autoclave é o método de 1ª escolha tratando-se de esterilização por calor. Esta preferên- cia se justifica por preservar a estrutura dos instrumentos metálicos e de corte, por permitir a esterilização de tecidos, vidros e líquidos, desde que observados diferentes tempos de exposição e invólucros (os materiais que passam pela autoclave devem estar dentro de invó- lucros específicos). O mecanismo de ação biocida é feito pela transferência do calor latente do vapor para os artigos, e esse calor age desnaturando proteínas celulares e inativando os microrganismos. Os artigos termossensíveis não devem sofrer autoclavagem, pois a tempe- ratura mínima do processo é de 121º C. Controle de Qualidade do Processo de Esterilização Os artigos que passam por processo de esterilização se sujeitam à controle de qualidade desse processo, que visa a validar a eficácia do processo de esterilização. O controle de qualidade da esterilização pela autoclave se dá através de indicadores químicos internos, que avaliam os parâmetros vapor, temperatura e pressão. A avaliação é realizada pelo uso de fitas que reagem quimicamente, alterando sua cor, que são colocadas no interior de cada pacote e conferidas na abertura do pacote (por isso, há necessidade de embalar os artigos em invólucros específicos). São utilizados para auxiliar no processo indicadores químicos externos, também na forma de fita adesiva. Funcionam apenas para diferenciar os pacotes que passaram pelo processo de esterilização daquelesque ainda não passaram, através da mudança da cor da fita por sensibilidade à temperatura. Esse indicador não avalia a qualidade da esterilização, apenas a passagem pelo processo. 10m 15m 20m ��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Adriana Luiza Pessoa Marangon. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. www.grancursosonline.com.br 1www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Biossegurança - Limpeza, Desinfecção e Esterilização III CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS BIOSSEGURANÇA - LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO III RELEMBRANDO A limpeza é o processo de regirada de sujidades mais superficiais. Antes que qualquer superfície ou objeto passe por um processo de desinfecção, é preciso que passe por um processo de limpeza, pois, além de diminuir a carga microbiana, facilita que os agentes desinfetantes possam agir ou que o processo de esterilização seja mais efetivo. LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO Você sabe qual a diferença entre limpeza, desinfecção e esterilização? São três processos diferentes para se realizar a descontaminação. Descontaminação: processo pelo qual agentes de risco são removidos ou eliminados ou os seus efeitos adversos são neutralizados. • Limpeza: Processo sistemático e contínuo para a manutenção do asseio ou, quando necessário, para a retirada de sujidade de uma superfície • Desinfecção: Processo físico ou químico que destrói ou inativa a maioria dos micror- ganismos patogênicos de objetos inanimados e superfícies, com exceção de esporos bacterianos (ou bactérias esporuladas). • Esterilização: Processo físico ou químico que destrói todas as formas de vida micro- biana, ou seja, bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus. Classificação dos tipos de artigos 5m www.grancursosonline.com.br 2www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança - Limpeza, Desinfecção e Esterilização III CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Importante: para todo artigo crítico, a descontaminação obrigatoriamente deve passar por um processo de esterilização. Já os artigos semicríticos devem passar, no mínimo, por um processo de desinfecção de alto nível ou esterilização. DESINFECÇÃO Desinfecção de baixo nível: é um processo mais básico e elimina a maioria das bacté- rias, alguns vírus como o HIV, o da hepatite B e hepatite C, fungos. Não destrói microrganis- mos resistentes como bacilo da tuberculose e esporos bacterianos. Como exemplo: compos- tos fenólicos 0,5-3%, compostos de iodo, quaternário de amônia. Desinfecção de médio nível: não elimina, mas inativa o bacilo da tuberculose, bacté- rias na forma vegetativa, a maioria dos vírus e fungos, exceto esporos bacterianos. Exemplo: compostos clorados de 500 a 5000 ppm, álcool 70%. Obs.: é importante ter cuidado com questões de provas que podem trazer pegadinhas. A desinfecção de médio nível não é capaz de destruir o bacilo da tuberculose, contudo, é capaz de inativá-lo. Isso é diferente do que acontece na desinfecção de alto nível, que destrói esse bacilo. Desinfecção de alto nível: destrói todas as formas vegetativas de microganismos, inclu- sive Mycobacterium tuberculosis, vírus lipídicos e não lipídicos, fungos e uma parte dos espo- ros. Como exemplo: glutaraldeído 2%, peróxido de hidrogênio 3-6%, formaldeído 1-8%, ácido peracético e composto clorado a 10.000 ppm. Obs.: vale lembrar que o formaldeído está em desuso atualmente para fins de desinfecção. Todavia, ainda pode ser utilizado. Também vale lembrar que o composto clorado a 10.000 ppm nada mais é do que a chamada clorexidina degermante. ESTERILIZAÇÃO Trata-se de um processo que é capaz de destruir todos os tipos de microrganismos exis- tentes em uma superfície ou material. É o processo de maior efetividade. Esterilização: pode ser realizada por processos físicos, químicos ou físicoquímicos. 10m 15m www.grancursosonline.com.br 3www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança - Limpeza, Desinfecção e Esterilização III CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Os processos físicos: calor úmido (autoclave), calor seco (estufa) e radiação gama (cobalto). A esterilização por radiação quase não tem sido utilizada na vivência hospitalar ou labo- ratorial, mas é muito usada em nível industrial, para artigos médicos-hospitalares, pois ela possui um custo muito alto. Ela permite uma esterilização a baixa temperatura, mas é um método de alto custo. Para materiais que resistam a altas temperaturas, a esterilização por calor é o método de escolha, pois não forma produtos tóxicos, é seguro e de baixo custo. Esterilização por Calor Úmido Feita na autoclave. É o método de 1ª escolha tratando-se de esterilização por calor. Esta preferência se justifica por preservar a estrutura dos instrumentos metálicos e de corte, por permitir a esterilização de tecidos, vidros e líquidos, desde que observados diferentes tempos de exposição e invólucros. O mecanismo de ação biocida é feito pela transferência do calor latente do vapor para os artigos, e este calor age desnaturando proteínas celulares e inativando os microrganismos. Os artigos termossensíveis não devem sofrer autoclavagem, pois a temperatura mínima do processo é de 121º C. 20m www.grancursosonline.com.br 4www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança - Limpeza, Desinfecção e Esterilização III CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Obs.: a imagem acima traz um exemplo de autoclave, mas vale lembrar que existem diver- sos tipos, modelos e tamanhos diferentes, que variam conforme a necessidade do ambiente e do serviço. Antes de inserir o material na autoclave, é preciso acondicioná-lo em um invólucro espe- cial, que muda de cor quando a esterilização é efetiva, além de ter outras funções, como proteger o material. Controle de Qualidade do Processo de Esterilização Tem o objetivo de validar a eficácia do processo de esterilização. Os indicadores químicos internos avaliam os parâmetros vapor, temperatura e pressão. São fitas que reagem quimicamente alterando sua cor e são colocadas no interior de cada pacote, e conferidas na abertura do pacote. Os indicadores químicos externos, na forma de fita adesiva, são utilizados apenas para diferenciar os pacotes que passaram pelo processo de esterilização daqueles que ainda não passaram, através da mudança da cor da fita por sensibilidade a temperatura. Este indicador não avalia a qualidade da esterilização, apenas a passagem pelo processo. Os indicadores biológicos são utilizados para testar a eficácia do processo quanto a destruição dos microrganismos, através da utilização de tubetes com fitas impregnadas de Bacillus stearothermophillus, colocados dentro de alguns pacotes-teste (identificados) em locais estratégicos da autoclave conforme seu tamanho. Em autoclaves pequenas, pode-se utilizar apenas em um pacote próximo a área de exaustão. Em autoclaves grandes distribui- -se em três pacotes colocados na porta, no meio e no fundo. Após o ciclo, os tubetes são incubados, e o processo foi eficaz se as colônias de bacillus não apresentarem crescimento. Se o resultado for positivo, com crescimento bacteriano, toda a carga daquele equipamento deverá ser bloqueada e a autoclave deverá ser checada por um técnico. No retorno da manutenção, deverá ser realizado novo teste biológico. A periodi- cidade ideal é de uma vez por semana. Esterilização por Calor Seco O equipamento utilizado é o Forno de Pasteur, usualmente conhecido como estufa.25m 30m www.grancursosonline.com.br 5www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança - Limpeza, Desinfecção e Esterilização III CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS A esterilização é gerada através do aquecimento e irradiação do calor, que é menos penetrante e uniforme que o calor úmido. Desta forma requer um tempo de exposição mais prolongado e maiores temperaturas, sendo inadequado para tecidos, plásticos, borrachas e papel. Este processo é mais indicado para vidros, metais, pós (talco), ceras e líquidos não aquosos (vaselina, parafina e bases de pomadas). Exemplo de estufa: 35m ��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Adriana Luiza Pessoa Marangon. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. www.grancursosonline.com.br 1www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS BIOSSEGURANÇA ESTERILIZAÇÃO A esterilização por processos químicos: Indicada para artigos críticos e termossensíveis, que são aqueles que não resistem às altas temperaturas dos processos físicos. Pode ser realizada por produtos como o glutaraldeído, o formaldeído e o ácido peracético. Obs.: vale lembrar que o glutaraldeído, o formaldeído e o ácido peracético podem ser usa- dos tanto para a desinfecção de alto nível quanto para a esterilização. A diferença entre esses processos está na concentração desses compostos em cada um dos procedimentos. Também é importante lembrar que o formaldeído está em desuso atualmente, pois é muito tóxico e o seu custo é maior. Hoje em dia, o ácido peracético e o glutaraldeído são os mais usados. Ácido peracético: Apresenta como vantagem em relação à sua rápida ação, solubilidade em água, biode- gradabilidade e atoxicidade. Utilizado na concentração de 0,2%. Vale lembrar que o uso desse produto em concentrações abaixo de 0,2% não será efetivo para fins de esterilização, pois não será capaz de inativar os esporos bacterianos. Glutaraldeído: Há 30 anos reconhecido por sua eficácia, baixo custo e baixo poder corrosivo, porém exige tempo de contato maior, não é biodegradável e é irritante para as mucosas das vias aéreas exigindo proteções adicionais. Utilizado na concentração 2,0%. Para que o glutaraldeído atinja o fim de promover uma desinfecção de alto nível, é reque- rido um determinado tempo de exposição. Já para fins de esterilização, esse tempo de expo- sição deve ser ainda maior. Obs.: muito se fala acerca do glutaraldeído na concentração de 1,5%. Nessa concentra- ção, ele pode ser utilizado para desinfecção de médio nível, mas não para esteriliza- ção. Vale lembrar que a concentração de 2% também vale para a desinfecção de alto nível, sendo que o que muda para a esterilização é somente o tempo de exposição. 5m 10m www.grancursosonline.com.br 2www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Antissepsia x assepsia Antissepsia é o conjunto de medidas empregadas para impedir a proliferação micro- biana. Trata-se de um procedimento que visa o controle de infecção a partir do uso de subs- tâncias microbicidas ou microbiostáticas de uso na pele ou mucosa. Um exemplo de situação em que se faz necessária a antissepsia é quando será necessário fazer uma punção em um paciente, pois é importante que o local em que a pele será perfurada esteja limpo para evitar contaminações. Assepsia é o conjunto de medidas utilizadas para impedir a penetração de microrganis- mos (contaminação) em local que não os contenha. É um processo que permite afastar os germes patogênicos de um local ou objeto. GERENCIAMENTO E DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) As recomendações sobre gerenciamento de resíduos têm por base a RDC n. 222/2018, da ANVISA, que regulamenta o gerenciamento e disposição dos RSS. São considerados como geradores de resíduos de serviços de saúde (RSS) todos os estabelecimentos e os serviços cujas atividades estejam relacionadas com a atenção à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar; laboratórios; uni- dades móveis de atendimento à saúde; necrotérios e funerárias; serviços de medicina legal; drogarias e farmácias; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; importado- res e distribuidores de produtos farmacêuticos e de materiais e controles para diagnóstico in vitro; serviços de acupuntura; etc. Obs.: a professora também cita como exemplo de geradores de RSS as tendas e contai- ners que foram montados por vários laboratórios em todo o Brasil para a testagem de Covid-19 ao longo da pandemia. Esses estabelecimentos também entram na regra da RDC n. 222/2018. RDC n. 222/2018 não se aplica a fontes radioativas seladas, que devem seguir as determinações da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN, e às indústrias de pro- dutos sob vigilância sanitária, que devem observar as condições específicas do seu licencia- mento ambiental. 15m 20m www.grancursosonline.com.br 3www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Obs.: em provas, as bancas costumam cobrar quais são esses estabelecimentos citados pela RDC n. 222/2018 e que são geradores de RSS. É importante conhecê-los, visto que os nomes desses estabelecimentos costumam vir em questões do tipo “correla- cione a primeira coluna com a segunda”. Resíduos de Serviços de Saúde: Todos aqueles resultantes de atividades exercidas nos serviços de saúde, que por suas características, necessitam de processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou não tra- tamento prévio à sua disposição final. Plano De Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS): Documento que aponta e descreve todas as ações relativas ao gerenciamento dos resí- duos de serviços de saúde, observadas suas características e riscos, contemplando os aspectos referentes à geração, identificação, segregação, acondicionamento, coleta, arma- zenamento, transporte, destinação e disposição final ambientalmente adequada, bem como as ações de proteção à saúde pública, do trabalhador e do meio ambiente. Todo serviço gerador é responsável pela elaboração, implantação, implementação e monitoramento de seu PGRSS, observando as regulamentações federais, estaduais, muni- cipais ou do Distrito Federal. 25m 30m ��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Adriana Luiza Pessoa Marangon. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. www.grancursosonline.com.br 1www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança - SARS COV 2 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS BIOSSEGURANÇA - SARS COV 2 Primeiramente, vale lembrar que em um contexto de pandemia, toda amostra de caso suspeito de Covid-19 a ser manipulada deve ser considerada potencialmente contaminada. Devido a isso, devem ser manipuladas em laboratórios com nível de biossegurança de no mínimo NB2. Hoje, a grande maioria dos laboratórios de análises clínicas no Brasil já são NB2, pois já manipulavam, antes da pandemia, amostras com outros contaminantes que também reque- rem esse nível de segurança. Nesse sentido, não houve uma grande necessidade de adequação para a estruturadesses laboratórios em si. O que houve foi uma necessidade de adaptação quanto aos EPIs (equipamentos de proteção individual) e cabines de segurança biológica. Em um laboratório em que haverá a manipulação do SARS-CoV-2, o aporte de cabine biológica deve ser pelo menos de classe II, que é uma cabine dotada de filtro HEPA (filtro de alta eficiência). Assim, todo ar que circula dentro dessa cabine é filtrado e cerca de 30% dele é eliminado. Tudo isso minimiza a liberação de aerossóis no ambiente. Cada laboratório deve realizar uma avaliação de risco para assegurar que esteja qualifi- cado para realizar os testes pretendidos. A manipulação e o processamento de amostras de casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo SARS-CoV-2 enviadas para exames laboratoriais adicionais devem cumprir as diretrizes locais de processamento de material potencialmente infeccioso. Vale lembrar que o SARS-CoV-2 é um vírus de classe de risco III. Ou seja, é um microrga- nismo que tem um risco elevado de causar doença na pessoa que teve contato com ele e tem moderado potencial de disseminação para a coletividade. Além disso, esses microrganismos não têm métodos de profilaxia e tratamento eficazes conhecidos. Também são de classe III o HIV, o H1N2, alguns vírus que causam hepatites e bactérias que causam a tuberculose. Todos os procedimentos técnicos devem ser realizados de modo a minimizar a geração de aerossóis e gotículas. É por isso que deve ser feita dentro da cabine biológica de classe II. Os equipamentos de proteção individual (EPIs) apropriados devem ser usados pelos funcionários do laboratório que tenham contato com amostras. São eles: gorro descartá- vel, óculos de proteção ou protetor facial, máscara PFF2 (N95 ou equivalente), avental de mangas compridas, luva de procedimento e calçados fechados. 5m 10m 15m www.grancursosonline.com.br 2www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br A N O TA ÇÕ E S Biossegurança - SARS COV 2 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Todos os resíduos suspeitos ou confirmados de infecção pelo COVID-19 devem ser enquadrados na categoria A1; devem ser acondicionados em sacos vermelhos ou brancos leitosos que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos uma vez a cada 48 horas e identificados pelo símbolo de substância infectante. Vale lembrar que todos os estabelecimentos em que houver a manipulação do SARS- -CoV-2 devem possuir uma área de paramentação para os profissionais e uma área sepa- rada para a desparamentação. Além disso, é importante lembrar que toda a paramentação que foi usada pelos profissio- nais em momentos em que houve contato com casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 deve ser acondicionada em sacos adequados e classificados como resíduo de classe A1. Esses resíduos devem ser desinfetados/tradados antes que sejam levados até o seu des- tino final, visto o risco de contaminação que eles propiciam. Uso de máscaras Antes da pandemia, a máscara só era considerada obrigatória nos casos em que o pro- fissional iria realizar algum procedimento que era gerador de aerossol ou gotículas. Todavia, como atualmente todo paciente pode ser considerado como potencialmente contaminado, o uso de máscara se tornou obrigatório em todos os procedimentos dentro do serviço de saúde. 20m ��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Adriana Luiza Pessoa Marangon. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. www.grancursosonline.com.br _GoBack
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