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A3 - Saúde coletiva

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Introdução
Lidar com a Atenção Integral à Saúde, condição de atenção ao ser de forma integral, requer superar os ideários tradicionais de uma mera assistência e buscar dar espaço à uma atenção que veja o ser como um todo, em todas as suas possibilidades e necessidades. E para que a proposta de atenção Integral à Saúde seja enfatizada, se faz necessário o rompimento com concepções muito enraizadas nos profissionais de saúde e na população. Deve-se contrariar o modelo médico assistencial privatista para fortalecer a concepção de um modelo que coloca as necessidades do indivíduo, família ou comunidade como prioridade, de forma integral, como um todo indivisível e complexo. 
A crise do modelo da medicina científica, ao lado da possibilidade de compreender o processo saúde-doença e as práticas de saúde de uma nova forma é que subsidiaram a formulação de novas propostas para a organização dos serviços de saúde. 
Desenvolvimento
Pautar-se pelo princípio da integralidade é se comprometer na busca da organização dos serviços, ações e práticas de saúde, de forma a garantir à população o atendimento mais abrangente de suas necessidades. Essa atitude implica uma compreensão ampliada do sofrimento e dos problemas de saúde que se apresentam aos serviços, assim como precisa acionar um conjunto de práticas e saberes que devem ser articulados para dar conta dessas questões.
Vale destacar que o termo ‘integralidade’ este se inscreve na Constituição Brasileira, no artigo 198, como uma das diretrizes do sistema de saúde, que deve estar organizado com ‘atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais’ (Brasil, 1988). Ainda, a integralidade é ressaltada na Lei 8080 de 1990, como um ‘conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema’ (Brasil, 1990a).
Com o objetivo de corrigir diversas distorções que os modelos de assistência à saúde apresentaram ao decorrer dos anos, muitos programas, como o Programa Saúde da Família (PSF), incorporam, com base nos princípios do SUS e nas concepções da atenção primária à saúde, as noções de ‘integralidade’ e ‘universalidade’ da assistência, ‘eqüidade’, ‘resolutividade’ e ‘humanização’ do atendimento e estímulo à ‘participação comunitária’. 
Conclusão
Em uma atenção integral, deve-se partir das reais necessidades de saúde do indivíduo ou coletivo, tendo consciência de que essas necessidades são complexas e devem ser tratadas, já que além de demandas biológicas, também existem demandas sociais, culturais, psicológicas e demais situações intersubjetivas. Na mesma medida, esse compromisso implica também estreitar a relação entre a atenção básica e os demais níveis de atenção à saúde, que precisam atuar de forma complementar e contínua. Da mesma forma, devem ser contínuos e integrados os componentes preventivo e curativo das práticas desenvolvidas nos diversos momentos e contextos em que se objetiva a atenção à saúde.

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