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Atuário e Planos Previdenciários Privados

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6ºAula
O Atuário e os Planos 
Previdenciários Privados
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
• compreender a forma de atuação do Atuário nos Planos Previdenciários Privados;
• compreender as especificidades da avaliação atuarial de regime previdenciário privado; 
• distinguir Coberturas de Riscos e Coberturas por Sobrevivência.
Olá, alunos(as)! Depois de estudarmos na aula anterior, as 
tábuas de mortalidade ou sobrevivência, agora vamos estudar 
sobre o Atuário e os Planos previdenciários Privados, no qual 
faremos uma discussão das várias áreas de intervenção e os 
caminhos por onde os serviços atuariais são normalmente 
organizados no setor público.
Reforço que durante a leitura desta aula é importante que 
tenham sempre à mão um dicionário e/ou materiais de pesquisa 
para eliminação de eventuais dúvidas pontuais sobre o assunto 
discutido.
Boa Aula!!!!
Bons estudos!
Fonte: Arquivo Pessoal. Acesso em: 02 out. 2019.
Contabilidade Atuarial 36
1 - Atuação do Atuário nos Planos Previdenciários 
Privados 
2 - Avaliação Atuarial de Regime Previdenciário Privado 
3 - Coberturas de riscos e coberturas por sobrevivência
1 - Atuação do Atuário nos Planos 
Previdenciários Privados
Como vimos nas aulas anteriores, o atuário é o 
profi ssional especializado em diversas áreas, entre outras, 
estatística, matemática, contabilidade, direito, com atuação no 
mercado securitário, promovendo pesquisas e estabelecendo 
planos e políticas de investimentos e amortizações e, em 
seguro privado e social, calculando probabilidades de eventos, 
avaliando riscos e fi xando prêmios, indenizações, benefícios e 
reservas matemáticas.
No âmbito dos planos previdenciários, desde o 
início da operação o trabalho do atuário inclui avaliar as 
implicações fi nanceiras do estabelecimento de um novo 
plano, acompanhando regularmente sua situação fi nanceira e 
estimando o efeito das várias modifi cações que possam ter 
uma incidência sobre o plano durante sua existência.
Nesta aula, faremos uma discussão dessas várias áreas de 
intervenção e os caminhos nos quais os serviços atuariais são 
normalmente organizados no setor público.
1.1 - Avaliação de um novo Plano 
Previdenciário 
Fonte: Arquivo Pessoal.
As incertezas associadas à introdução de um plano 
previdenciário exigem a intervenção de, entre outros 
especialistas, um atuário, que normalmente inicia o processo 
de consultoria, que serve para defi nir as bases legais do plano. 
Esse processo pode ser longo, conforme as negociações 
aconteçam entre os vários grupos de interesse, ou seja, 
governo, trabalhadores e empregadores. Normalmente, 
cada grupo de interesse apresenta uma série de solicitações 
relativas à extensão da proteção de benefícios que devem ser 
oferecidos e à quantidade de recursos fi nanceiros que devem 
ser alocados para cobrir os riscos. 
É aí que o trabalho do atuário se torna crucial, uma vez que consiste 
de estimar as implicações fi nanceiras das propostas em longo prazo, 
em última análise fornecendo uma estrutura sólida quantitativa que 
guiará as futuras decisões políticas.
Seções de estudo
A avaliação atuarial, realizada no início de um plano deve 
responder uma das duas questões:
• Quanta proteção pode ser fornecida com um 
determinado nível de recursos fi nanceiros? 
• Quais recursos fi nanceiros são necessários para 
fornecer um determinado nível de proteção?
1.2 - Pressupostos dos Planos 
Previdenciários 
Fonte: Arquivo Pessoal.
A difi culdade de avaliar um novo plano relata o alto nível 
de incerteza associado ao desenvolvimento de pressupostos 
que não podem ser baseados na experiência específi ca do 
plano.
Exemplifi cando:
Pressupostos são necessários para estimular a conformidade de 
trabalhadores e empregadores com o pagamento de contribuições 
ou para projetar o comportamento de benefícios.
Esses pressupostos são altamente relevantes para a 
situação fi nanceira futura do plano, e seu desenvolvimento no 
contexto de uma avaliação inicial continua.
De acordo com Plamondon e Pierre et al. (2011), existem 
várias abordagens para defi nir esses pressupostos, tais como:
• Extrapolação do passado econômico geral/
estatísticas demográfi cas ou
• Utilização da experiência do plano em outros países 
com características semelhantes. Mas, no fi nal, é o 
julgamento do atuário que é essencial.
Em síntese: 
Na avaliação atuaria de um novo plano deverá saber quanta proteção 
poderá ser oferecida com um nível de recursos fi nanceiros, também 
ter defi nido quanto de recurso fi nanceiro será necessário para 
determinado nível de proteção.
2 - Avaliação Atuarial de Regime 
Previdenciário Privado 
De acordo com a Portaria MPS nº 403/2008, na nova 
redação dada pela Portaria MPS nº 21, de 16/01/2013, os 
regimes próprios de previdência deverão ser organizados, 
baseados em normas gerais de contabilidade e atuária, de 
modo a garantir o seu equilíbrio fi nanceiro e atuarial.
Para isso, são obrigadas a realização de avaliação atuarial 
inicial e novas reavaliações a cada balanço, utilizando-se 
parâmetros gerais, para a organização e revisão do plano de 
37
custeio e benefícios.
Mas o que vem a ser Avaliação Atuarial?
 
 
Fonte: Arquivo Pessoal. Acesso em: 05 out. 2019.
Avaliação Atuarial é o estudo técnico desenvolvido pelo 
atuário, baseado nas características biométricas, demográfi cas 
e econômicas da população analisada, com o objetivo principal 
de estabelecer, de forma sufi ciente e adequada, os recursos 
necessários para a garantia dos pagamentos dos benefícios 
previstos pelo plano.
A Portaria MPS nº 403/2008 dispõe sobre as normas 
aplicáveis às avaliações e reavaliações atuariais dos Regimes 
Próprios de Previdência Social – RPPS, da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios, defi ne parâmetros para 
a segregação da massa e dá outras providências.
Nesse contexto, o Guia de Melhores Práticas Atuariais 
para Entidades Fechadas de Previdência Complementar - 
EFPC dispõe que é importante que o atuário tenha pleno 
conhecimento das regras dispostas no regulamento do 
plano de benefícios e de sua execução no âmbito da EFPC, 
considerando-as integralmente nas avaliações atuariais. 
Assim, o atuário responsável pela avaliação atuarial 
deve ter amplo conhecimento da base normativa aplicável, 
envolvendo as normas referentes ao regime de previdência 
complementar, o convênio de adesão, o estatuto da entidade, 
o regulamento do plano de benefícios e as regras específi cas 
para a concessão dos benefícios e custeio do plano.
3 - Coberturas de riscos e coberturas 
por sobrevivência 
Uma preocupação do atuário diz respeito à defi nição da 
população coberta e o modo como a cobertura é aplicada. A 
cobertura pode variar de acordo com o risco coberto. 
No Brasil, existem coberturas específi cas para as 
necessidades previdenciárias mencionadas anteriormente, 
denominadas coberturas de riscos e coberturas por 
sobrevivência, que são oferecidas em dois segmentos 
distintos, ambos sob a égide da Lei Complementar nº 109, de 
2001, a saber:
• o da previdência complementar fechada, 
composto pelos fundos de pensão ou entidades 
fechadas de previdência complementar, por meio 
dos planos fechados de previdência complementar; 
e
• o da previdência complementar aberta, 
composto pelas sociedades seguradoras autorizadas 
a operar seguros de pessoas e pelas entidades abertas 
de previdência complementar, por meio dos planos 
abertos de previdência complementar.
Diante do exposto, podemos entender que:
A principal diferença entre os dois segmentos, fechado e aberto, 
reside no público alvo a quem se destinam os planos de benefícios 
operacionalizados. 
• No caso do segmento fechado, os planos são 
estruturados de forma a atender a participantes 
pertencentes a uma única empresa e também, 
sindicatos, associações de classe, profi ssionais, etc. 
e, ou a um grupo de empresas pré-determinado.
• No segmento aberto tais planos, destinam-se a atender 
às mesma situações,podendo, adicionalmente, ser 
ofertados a, e contratados, por quaisquer pessoas 
naturais, independente de manutenção de vinculo 
com empresa, inclusive em favor de menores.
3.1 - Coberturas de risco
Na hipótese de ocorrência do falecimento do titular do 
plano, o objetivo da cobertura é prover proteção fi nanceira, 
mesmo que temporariamente, aos seus remanescentes – 
fi lhos, cônjuge, genitores, outros dependentes econômicos, 
na qualidade de benefi ciários, familiares ou não.
Na hipótese de ocorrência da invalidez permanente, total 
ou parcial, do titular do plano, a fi nalidade da cobertura é a 
autoproteção (e dos respectivos dependentes econômicos, se 
for o caso), relativamente aos impactos fi nanceiros negativos 
decorrentes da incapacidade permanente.
Para lidar com as situações (infortúnios) acima descritas, 
o segmento privado de previdência complementar aberta 
oferece aos consumidores as denominadas coberturas de 
risco (morte e invalidez permanente), que consistem em 
benefícios pagos de uma única vez (pecúlios), ou em forma 
de renda mensal programada (pensões). 
Normalmente, essas coberturas são estruturadas 
tecnicamente em regime fi nanceiro de repartição, ou seja, de 
mutualismo, segundo o qual todos os participantes pagam de 
forma a propiciar o benefício apenas àqueles acometidos pelo 
infortúnio, tornando os custos, portanto, mais baixos do que 
se cada participante se protegesse individual e exclusivamente 
por sua conta.
Assim, uma vez contratada a cobertura, na ocorrência 
do infortúnio para o qual se contratou a proteção, bastará 
ao titular (participante) ou a seus benefi ciários, se for o 
caso, comunicarem o fato à operadora (entidade aberta 
de previdência complementar ou sociedade seguradora), 
apresentando os documentos comprobatórios descritos no 
regulamento do plano. A companhia operadora pagará o 
benefício contratado (na forma contratada - pagamento único 
ou renda), no prazo máximo de 30 (trinta) dias.
3.2 - Coberturas por sobrevivência
Prevenir com vistas a minimizar o impacto e a enfrentar, 
Contabilidade Atuarial 38
com dignidade, futuras exigências de ordem fi nanceira, 
especialmente nas situações, a seguir:
• Acometimento por doenças não esperadas, 
mitigando o impacto das despesas com esse tipo de 
evento, particularmente nos casos e situações onde 
se revelam mais onerosos;
• Perda de rendimento, ainda que temporária, para 
auxiliar na travessia de um período de afastamento 
não voluntário do trabalho; e
• Redução dos vencimentos, na terceira idade, após o 
período laboral, particularmente para aqueles que, 
durante a vida economicamente ativa, usufruíram 
rendimentos superiores ao valor da aposentadoria 
que suas contribuições à previdência social puderam 
proporcionar;
Exige das pessoas previdentes adotar solução de, no 
longo prazo, durante o transcorrer da vida laboral, ir formando 
um patrimônio cujo valor possa, no momento oportuno, 
ser voltado para atender tais necessidades. Deve-se destacar 
como já mencionado, incluir-se no caso o recebimento de 
uma renda programada, temporária ou vitalícia, visando 
complementar o valor da aposentadoria proporcionada pela 
previdência pública, de sorte a garantir uma melhor idade, 
pós-período laboral, com melhor qualidade de vida.
Importante saber
A legislação e regulamentação vigentes facultam ao titular do plano 
por sobrevivência, a qualquer tempo, e sob certas condições de 
carência e de intervalo entre dois pedidos, a portabilidade, parcial 
ou total, dos recursos acumulados para qualquer outro plano, da 
mesma espécie, da mesma ou de outra operadora, sem incidência de 
ônus adicionais de qualquer natureza, inclusive tributários.
Retomando a aula
Pessoal, fi nalizamos mais uma aula. A matéria está 
fi cando cada vez mais interessante, não acham?
É, e vai fi car ainda mais à medida que vamos 
aumentando nossos conhecimentos.
Para consolidar nosso aprendizado, vamos relembrar alguns pontos 
que merecem destaque.
1 - Atuação do Atuário nos Planos Previdenciários 
Privados
Na seção 1, pudemos compreender que, no âmbito 
dos planos previdenciários, desde o início da operação, o 
trabalho do atuário inclui avaliar as implicações fi nanceiras 
do estabelecimento de um novo plano, acompanhando 
regularmente sua situação fi nanceira e estimando o efeito das 
várias modifi cações que possam ter uma incidência sobre o 
plano durante sua existência.
2 - Avaliação Atuarial de Regime Previdenciário 
Privado
Na seção 2, vimos que a avaliação atuarial tem 
como objetivo principal dimensionar o valor das reservas 
matemáticas, dos fundos previdenciários e de outros 
compromissos do plano de benefícios, de forma a estabelecer 
o adequado plano de custeio. Deve ser entendida como 
um instrumento fundamental para o fornecimento de 
informações estratégicas sobre o plano de benefícios, que 
permita o planejamento de longo prazo das suas obrigações 
de natureza previdenciárias.
 
3 - Coberturas de Riscos e Coberturas por 
Sobrevivência
Na seção 3, vimos que no Brasil existem coberturas 
específi cas para as necessidades previdenciárias 
mencionadas anteriormente, denominadas coberturas de 
riscos e coberturas por sobrevivência, que são oferecidas 
em dois segmentos distintos, ambos sob a égide da Lei 
Complementar nº 109, de 2001. 
Prática Atuarial. Disponível em: http://sa.previdencia.
gov.br/site/arquivos/office/3_111109-095309-043.pdf. 
Acesso em: 25 nov. 2019.
Entenda o que faz o atuário Disponível em: https://
familyinsurance.com.br/entenda-o-que-faz-o-atuario/. 
Acesso em: 25 nov. 2019.
Revista de atuária, Disponível em: http://atuarios.org.
br/uploads/documentos/RevistaBrasileiraAtuaria_WEB.
pdf. Acesso em: 25 nov. 2019.
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