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16/03/2024, 21:57 Aula 2
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/abc/acs/re/u1/aula-2.htm 1/6
Aula 2
A história do seguro no Brasil
A versão oficial é que, em 1808, com a abertura dos portos brasileiros ao comércio
internacional, foi iniciada a atividade seguradora no Brasil, porém, desde o descobrimento, a
atividade existia regulada pelas leis portuguesas.
Pinto (2002, p. 29) dividiu em três etapas a história do seguro no Brasil:
Colônia.
Império.
República.
No período que o Brasil era colônia portuguesa, compreendido entre 1500 e 1822, o seguro era
utilizado no comércio de escravos e havia, na província da Bahia, a previdência dos traficantes
de escravos, pois os traficantes se juntaram para enfrentar os riscos da atividade em viagens
sempre perigosas. O seguro, no entanto, se restringia às atividades marítimas e seus contratos
eram regulamentados pela corte, através da expedição de alvarás.
Alguns historiadores mostram que, através dos jesuítas, houve registros de atividades de
previdência e seguros. Sua mais remota regulamentação data de agosto de 1791, quando foram
promulgadas as regulações da Casa de Seguros de Lisboa, que foram mantidas até a
independência do Brasil (1822).
A partir dessa data, iniciou-se a segunda etapa mostrada por Pinto, a etapa do Brasil
império. As atividades de seguros foram regulamentadas a partir do Código Comercial
Brasileiro em 1850, criado em função da grande expansão do comércio com países
estrangeiros e tomou por base os estudos do Visconde de Cairu e da comissão nomeada
pelo regente, em 1834. Eles tiveram como referência principal, tal qual a maioria dos
códigos adotados por outros países, o “code de commerce” francês, elaborado em 1808.
O Código Comercial Brasileiro, promulgado através da
Lei nº 556/1850, disciplinou especificamente os
seguros marítimos em seus artigos 666 a 730.
A terceira etapa se inicia com a proclamação da
república, em 1889, e, nela, procurou-se o
aperfeiçoamento das regulamentações específicas para
a fiscalização e o controle das companhias seguradoras
Seguro: Perspectivas históricas
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A primeira companhia seguradora no Brasil
instaladas no território nacional, com forte viés
nacionalista.
Em 1891, foi promulgado o Decreto nº 434, que obrigava as sociedades mútuas de seguros e as
seguradoras estrangeiras a terem autorização prévia para seu funcionamento em território
nacional. Aumentando o rigor do controle e fiscalização dessas companhias, foi regulamentada a
Lei no 294, de 5 de setembro de 1895, através do Decreto nº 2153, de 01 de novembro de 1895,
que obrigava as companhias estrangeiras de seguro de vida a apresentarem, em detalhes, lista
de todos os seguros em vigor e a publicação, a cada semestre, do relatório das operações de
cada seguradora, com declaração de prêmios arrecadados e das provisões constituídas.
O maior objetivo dessas últimas medidas era obrigar as seguradoras estrangeiras a manterem
divisas no Brasil e incentivar o surgimento de novas companhias genuinamente brasileiras.
Por decorrência dessas medidas, diversas seguradoras estrangeiras optaram pelo encerramento
de suas atividades no Brasil.
A primeira regulamentação geral das operações de seguros no Brasil foi materializada através do
Decreto nº 4270, de 10 de dezembro de 1901, e ficou conhecida como o “Regulamento
Murtinho”, que era o Ministro da Fazenda, naquele ano, do governo de Campos Salles. Esse
decreto, em função das contrárias manifestações a ele apresentadas pelas seguradoras
estrangeiras, foi substituído pelo Decreto nº 5072, de 12 de dezembro de 1903.
A promulgação do Código Civil Brasileiro, através da Lei nº 3071, trouxe grande avanço em
relação aos contratos de seguros no Brasil com o tratamento a eles dispensado em alguns de
seus artigos.
A partir da chegada da família real ao Brasil,
em 1808, começou a haver um novo olhar para
o futuro do Brasil, esse olhar era, em termos
de desenvolvimento econômico, para a
colônia.
Atos como a criação do Banco do Brasil, a
abertura dos portos brasileiros às nações
amigas, entre outros, começam a mudar as
condições econômicas do Brasil.
Sob as oportunidades criadas pelo novo
ambiente econômico, foi criada, no mesmo
ano, a primeira companhia seguradora
Seguro: Perspectivas históricas
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O surgimento do seguro de vida no Brasil
A abertura do mercado às seguradoras estrangeiras
A criação do instituto de resseguros do Brasil
brasileira, a Companhia de Seguros Boa-Fé,
que era regulada pela Casa de Seguros de
Lisboa.
Em pouco tempo, outras seguradoras
receberam autorização para funcionamento
em território brasileiro. Ressalte-se que essas
seguradoras somente atuavam no ramo do
seguro marítimo.
O Código Comercial, ao tratar do ramo de seguros, tinha foco exclusivo no seguro marítimo,
mesmo assim, ocorreu o surgimento de seguradoras que operavam com o seguro terrestre.
Por razões religiosas e morais, era expressamente proibido, nesse código, o seguro de vida,
porém, sob a alegação de que era somente proibido o seguro de vida quando feito em conjunto
com o seguro marítimo, a partir de 1855, foi autorizada a atividade no Brasil.
A Companhia Seguradora Tranquilidade foi a primeira seguradora fundada no Brasil para
operar com seguros de vida.
Para nossa vergonha, nos dias de hoje, um senhor podia, naquela época, fazer o seguro de vida
de seus escravos, pois estes não eram considerados pessoas, e sim coisas.
A partir de 1862, em face ao aquecimento da atividade econômica do Brasil, por decorrência da
cultura cafeeira e seus impactos econômicos internos, o interesse de várias seguradoras
estrangeiras em atuarem aqui foi consolidado com a autorização de operação em território
brasileiro concedida à Companhia de Seguros Garantia, de origem portuguesa. A partir dessa
autorização, outras foram concedidas a diversas seguradoras de vários países, como Portugal,
Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos e Suíça.
Seguro: Perspectivas históricas
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A instituição do Sistema Nacional de Seguros Privados e a criação da
SUSEP
Teve grande importância a regulamentação feita através do
Decreto nº 24.782, de 14 de julho de 1934, que criounova
estrutura para o órgão fiscalizador de seguros, além de ter
extinguido a Inspetoria de Seguros e criado o Departamento
Nacional de Seguros Privados e Capitalização – DNSPC.
A Constituição de 1937 estabeleceu o “Princípio da
Nacionalização do Seguro” já contido na Constituição de 1934.
Uma das primeiras consequências dessa determinação foi a
promulgação do Decreto nº 5901, de 20 de junho de 1940, que
instituiu os seguros obrigatórios para comerciantes, industriais
e concessionários de serviços públicos, sendo pessoas físicas ou
jurídicas, contra os riscos de incêndio e transportes em
qualquer modalidade.
Em 1939, ocorreu um fato marcante para o segmento de seguros no Brasil. Foi criado o Instituto
de Resseguros do Brasil – IRB, com o objetivo de, em atendimento ao previsto nas constituições
de 1934 e 1937, nacionalizar o seguro e a regulação das atividades de seguros, evitando, dessa
forma, a remessa de divisas, feitas pelas seguradoras, para outros países.
O resseguro é o seguro feito pelas seguradoras para sua própria proteção no caso de ocorrência
dos riscos por ela contratados, ou seja, é o seguro do seguro.
Em 1966, mais um passo importante foi dado com a criação da Superintendência de Seguros
Privados – SUSEP, feita através da promulgação do Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de
1966, em substituição ao DNSPC. Esse decreto, também, regula todas as operações de seguros e
resseguros, além de instituir o Sistema Nacional de Seguros Privados, constituído pelo Conselho
Nacional de Seguros Provados – CNSP, Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, Instituto de
Resseguros do Brasil, sociedades autorizadas a operar em seguros privados e corretores
habilitados.
Em 1967, o Decreto-Lei nº 261 revogou o Decreto nº 22.456/33, que normatizava as atividades
de capitalização, submetendo essa atividade aos ditames do Decreto nº 73/66 e criando o
Sistema Nacional de Capitalização, constituído pelo CNSP, SUSEP e pelas sociedades autorizadas
a operar em capitalização.
Em 1996, duas medidas marcaram a história do seguro
no Brasil: a quebra do monopólio do IRB e a reabertura
do mercado para empresas estrangeiras do ramo de
seguros, desde então, ocorreu um fantástico
crescimento do volume de seguros no Brasil.
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Em 2000, a Lei no 9961 criou a Agência Nacional
de Saúde Suplementar – ANS, vinculada ao
Ministério da Saúde, e com a finalidade
institucional de promover a defesa do interesse
público na assistência suplementar à saúde,
regular as operadoras do setor e contribuir para o
desenvolvimento de ações de saúde no Brasil.
É importante notar que, ao longo do histórico visto, falamos em seguros de coisas, de pessoas,
de saúde, de previdência e de capitalização todos englobados no segmento de seguros.
Atividade 1
O desenvolvimento da atividade de seguros no Brasil pode ser dividido em três etapas:
Brasil Colônia, Império e República. Identifique, nas alternativas abaixo, um fato
relacionado ao desenvolvimento durante a fase da República.
a A iniciativa dos traficantes de escravos que se uniram para enfrentar os riscos da
atividade em viagens perigosas.
b A abertura do mercado às seguradoras estrangeiras, em função da grande expansão
do comércio com países estrangeiros.
c A criação da Companhia de Seguros Boa-Fé, que era regulada por instituição
nacional.
d A obrigatoriedade das sociedades mútuas de seguros e as seguradoras estrangeiras
a terem autorização prévia para seu funcionamento em território nacional.
e A promulgação das regulações da Casa de Seguros de Lisboa.
Atividade 2
Na década de 1990, um fato alavancou o crescimento do volume de seguros no Brasil.
Identifique-o.
a A quebra do monopólio do IRB e a reabertura do mercado para empresas
estrangeiras do ramo de seguros.
b Criação do Instituto de Resseguros do Brasil – IRB, em função do “Princípio da
Nacionalização do Seguro”.
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c A extinção da Inspetoria de Seguros e a criação do Departamento Nacional de
Seguros Privados e Capitalização.
d A criação da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP.
e A instituição do Sistema Nacional de Seguros Privados.
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