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Aula 2 - Controle na administração pública

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TRILHA DO CONHECIMENTO – CONTROLE NA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Imagem: Pedro Hikaru Oishi
 Trilha do conhecimento – Controle na Administração Pública
DESCRIÇÃO
Apresentação das formas de controle da Administração Pública, dos órgãos de controle, dos sistemas
de gestão e das particularidades da auditoria no setor público.
PROPÓSITO
Compreender as formas de controle da Administração Pública, realizada por órgãos de controle interno e
externo, que atuam de forma sistêmica nas áreas orçamentária, financeira e contábil, e como os
respectivos princípios de auditoria no setor público contribuem para a construção do conhecimento em
controle de gestão pública.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever a organização da Administração Pública, seus princípios e prestação de contas
MÓDULO 2
Identificar as formas de controle da Administração Pública e as funções dos Tribunais de Contas
MÓDULO 3
Reconhecer a organização sistêmica proposta pela Lei 10.180/2001
MÓDULO 4
Esclarecer a forma de estruturação das Normas Brasileiras de Auditoria do Setor Público
INTRODUÇÃO
Iniciaremos nossos estudos conhecendo de que forma a Administração Pública é organizada para
atender as necessidades e expectativas da sociedade. Nesse contexto, saberemos identificar se uma
organização faz parte da administração direta ou indireta.
Adicionalmente a essas informações, teremos oportunidade de compreender os princípios
constitucionais e complementares que regem a atuação da Administração Pública. Em relação à sua
atuação, são apresentados aspectos relevantes quanto à transparência e prestação de contas à
sociedade.
Neste tema, identificaremos as formas de controle quanto à sua origem e quanto ao seu momento de
atuação. Vislumbraremos, também, as funções de controle exercidas pelos Tribunais de Contas.
Para que haja uma melhor compreensão do objeto das atividades de controle, serão apresentados os
sistemas da Administração Pública, com seus integrantes, finalidades e competências, estruturados de
forma sistêmica, nos termos da Lei 10.180/2001.
Ao final, conheceremos, de forma simplificada, as bases das Normas Brasileiras de Auditoria do Setor
Público, que regem a atividade de auditoria no setor público e são editadas e atualizadas pelo Instituto
Rui Barbosa, associação criada pelos Tribunais de Contas para promover melhorias nos processos de
auditoria.
MÓDULO 1
 Descrever a organização da Administração Pública, seus princípios e prestação de contas
LIGANDO OS PONTOS
A prestação de contas, a transparência e os dados abertos contribuem para que a sociedade tome
conhecimento das ações desenvolvidas pela Administração Pública. Vamos conhecer o Portal Brasileiro
de Dados Abertos para assimilarmos uma das formas de prestação de contas do Governo Federal.
Imagem: Captura de tela do site dados.gov
O Portal Brasileiro de Dados Abertos foi concebido para permitir o compartilhamento de informações em
formatos universais de dados que sejam acessíveis por qualquer usuário, sem a necessidade de
utilização de programas proprietários de informática que possam demandar licenciamento ou
autorização especial para uso.
Assim, quando há informações em formato de dados abertos, o acesso pode ser realizado por qualquer
tipo de programa genérico. Esses dados também devem ser legíveis por máquinas (robôs) para facilitar
a consulta de informações e garantir acesso irrestrito às bases de dados do Poder Executivo, que são
de livre utilização pela sociedade.
Cada órgão da Administração Pública Federal é responsável pela catalogação de seus dados no Portal.
Em outras palavras, os dados são gravados preliminarmente em cada organização, que passa a
alimentar o Portal com dados de referência que facilitam a busca e a recuperação de informações no
órgão cadastrante. Nessa forma de operacionalização, o Portal não armazena os dados de cada órgão
participante.
A estruturação dos dados abertos encontra-se alinhada à Lei de Acesso à Informação, que define a
publicidade como regra padrão na Administração Pública e o sigilo como exceção.
A construção das informações no Portal Brasileiro de Dados Aberto vem sendo realizada a partir das
orientações constantes no instrumento Plano de Dados Abertos (PDA), que apresenta a forma de
planejamento e publicação dos dados abertos de cada órgão, de acordo com a Política de Dados
Abertos, definida no âmbito do Poder Executivo Federal.
Nesse Portal, encontram-se dispostas informações relativas à Política de Dados Abertos, ao PDA, bem
como às orientações e aos manuais para os órgãos da Administração Pública promoverem a
disponibilização de suas informações em formato de dados abertos.
APÓS A LEITURA DO CASE, É HORA DE APLICAR
SEUS CONHECIMENTOS! VAMOS LIGAR ESSES
PONTOS?
1. O PORTAL BRASILEIRO DE DADOS ABERTOS FOI
CRIADO PARA DISPONIBILIZAR INFORMAÇÕES DO PODER
EXECUTIVO FEDERAL. DE ACORDO COM SEUS
CONHECIMENTOS SOBRE A CONSTITUIÇÃO FEDERAL, A
INICIATIVA DE DESENVOLVER UM PORTAL COM ESSE
OBJETIVO ESTÁ ALINHADA COM QUAL DOS PRINCÍPIOS
QUE REGEM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA?
RESPOSTA
Espelho de resposta
A iniciativa de desenvolver o Portal Brasileiro de Dados Abertos está alinhada com o princípio da publicidade,
que preconiza a atuação da Administração Pública com transparência em relação a seus atos.
2. PARA VOCÊ, QUAL É A CONTRIBUIÇÃO DA POLÍTICA DE DADOS ABERTOS
EM RELAÇÃO ÀS DIRETRIZES DE ATUAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA?
A) Divulgação de informações de interesse público.
javascript:void(0)
B) Guarda de informações com sigilo.
C) Construção de mecanismos de proteção de dados.
D) Acesso restrito de usuários externos.
E) Pedido de informações restrito aos servidores do órgão.
3. QUAL DAS SEGUINTES ALTERNATIVAS VOCÊ DIRIA QUE ESTÁ ALINHADA À
POLÍTICA DE DISPONIBILIZAÇÃO DE DADOS EM FORMATOS ABERTOS?
A) Gravação de dados em formato compatível com a Microsoft.
B) Alinhamento ao princípio do sigilo de informações.
C) Assimetria de informações como forma de controle.
D) Controle social.
E) Dados governamentais protegidos por criptografia.
GABARITO
2. Para você, qual é a contribuição da Política de Dados Abertos em relação às diretrizes de
atuação da Administração Pública?
A alternativa "A " está correta.
A divulgação de informações de interesse público encontra-se alinhada aos dispositivos da Lei nº
12.527/2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação, que ressalta a relevância da publicidade dos
atos, tendo o sigilo como uma exceção.
3. Qual das seguintes alternativas você diria que está alinhada à política de disponibilização de
dados em formatos abertos?
A alternativa "D " está correta.
A disponibilização de dados em formatos abertos contribui para que a sociedade possa exercer seu
direito de controle de atuação dos agentes públicos, nos termos da Constituição Federal, sem depender
de fornecedores de Tecnologia da Informação exclusivos.
TRILHA DO CONHECIMENTO – CONTROLE NA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Imagem: Pedro Hikaru Oishi
 Trilha do conhecimento – Controle na Administração Pública
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Administração Pública pode ser conceituada de diversas formas, todavia, o entendimento
predominante a trata em dois sentidos distintos:
Sentido amplo
A Administração Pública é composta das atividades de formulação e execução de políticas públicas, com
seus respectivos agentes públicos

Sentido estrito
As atividades de execução de políticas públicas referem-se à atuação da Administração Pública,
também desempenhada por agentes públicos
Na atual concepção jurídica, a Administração Pública é vista sob a ótica do sentido estrito. Desse modo,
somente os agentes públicos que executam as políticas públicas é que fazem parte de sua estrutura.
A terminologia agente público é utilizada para referenciar todas as pessoas físicas que exercem
uma função ou atividade na Administração Pública, permanentemente ou temporariamente, com
ou sem remuneração.
Os agentes públicos podem ser classificados em:
Servidores públicos Empregados públicos
Os servidorestêm uma relação com o Estado
pelo regime estatutário, seguindo as regras
do direito público
Os empregados públicos são contratados pelo
regime celetista e estão sujeitos às regras
do direito privado
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
De acordo com o disposto na Constituição Federal, fazem parte da Administração Pública os órgãos da
administração direta e as entidades da administração indireta, conforme a figura.
Imagem: Pedro Hikaru Oishi
 Organização da Administração Pública.
Elaborado por: Pedro Hikaru Oishi
Administração direta
É composta pelos órgãos que integram a União, Estados, Distrito Federal e municípios. Esses órgãos
não possuem personalidade jurídica própria.

Administração indireta
As autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista integram a
Administração indireta. Caracterizam-se pela personalidade jurídica própria.
Autarquias
São pessoas jurídicas de direito público, que desenvolvem ações
típicas da Administração Pública Exemplos: IBAMA, BACEN,
ANCINE
Fundações
públicas
São organizações instituídas a partir de um patrimônio público,
que deve ser gerenciado sem fins lucrativos, para fins sociais
Empresas públicas
São pessoas jurídicas de direito privado, que atuam em atividade
de cunho econômico. Exemplo: Caixa Econômica Federal
Sociedades de
economia mista
São pessoas jurídicas de direito privado que atuam em atividades
econômicas ou na prestação de serviços públicos Exemplos:
Petrobras
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro: Como se compõe a administração indireta.
Elaborado por Pedro Hikaru Oishi
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A atuação da Administração Pública é pautada pelos princípios definidos no art. 37 da Constituição
Federal, conforme a figura.
Imagem: Pedro Hikaru Oishi 
 Princípios da Administração Pública.
Legalidade
A Administração Pública, por meio de seus agentes, só pode atuar nas
situações em que a lei expressamente determina. De forma diversa,
uma pessoa da iniciativa privada pode atuar em qualquer tipo de situação,
desde que a lei não proíba. A origem do princípio da legalidade está
vinculada à situação em que a Administração Pública deve seguir o que
ela mesma define
Impessoalidade
Refere-se ao tratamento que os agentes públicos devem ter, sem
discriminação ou opção por razões pessoais. Todos são iguais perante
a lei. O interesse particular não pode prevalecer em detrimento do interesse
coletivo
Moralidade
Esse princípio está vinculado ao agente público, que deve acatar as leis e
seguir as questões éticas vigentes
Publicidade
A Administração Pública é cada vez mais instada a atuar com transparência
em relação aos seus atos e às informações que armazena. Dessa forma,
garante-se a legalidade e a eficácia dos atos administrativos. O sigilo
passou a ser exceção à regra
Eficiência
A eficiência é uma forma de mensurar a menor aplicação de recursos,
com qualidade na entrega de produtos e serviços. Procura-se maior
produtividade e economicidade, todavia, sem prejuízo às necessidades e
expectativa dos clientes da Administração Pública
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro: Princípios da Administração Pública.
Elaborado por Pedro Hikaru Oishi
PRINCÍPIOS COMPLEMENTARES DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Além dos princípios constitucionais citados, temos outros princípios éticos que delineiam a atuação dos
agentes públicos. Vamos ver cada um deles:
Supremacia do
interesse público
sobre o privado
A Administração Pública deve atuar primando pelo interesse público,
que deve sobrepujar-se em relação ao interesse privado. Em todas
as situações conflituosas, o interesse público não é uma opção, mas
um compromisso de atuação.
Motivação
Todos os atos dos agentes públicos devem ter motivação, para que
tenham efeitos. A fundamentação é requisito basilar para que um ato
administrativo seja realizado, sem que haja questionamentos quanto
à sua legalidade
Probidade
É considerada uma particularidade da moralidade. Trata da atuação
com retidão e fidelidade ao Estado, no exercício das funções de um
agente público
Continuidade dos
serviços públicos
A Administração Pública atua em nome da coletividade quando
assume a prestação de determinados serviços. A partir dessa
iniciativa, o Estado não pode se eximir de sua continuidade, ainda
que seja feita de forma terceirizada
Autotutela
De acordo com este princípio, a Administração Pública pode
controlar seus próprios atos, isto é, anular um ato que contenha
vícios que o torne ilegal ou revogá-lo por motivo de conveniência e
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro: Princípios complementares da Administração Pública.
Elaborado por Pedro Hikaru Oishi
SISTEMA DE GOVERNANÇA PÚBLICA
A atuação da Administração Pública é realizada de acordo com as demandas da sociedade, que devem
ser atendidas por políticas públicas. Essas políticas são materializadas por meio do planejamento,
execução, controle e monitoramento de projetos e processos organizacionais.
A governança pública, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), é o conjunto de
mecanismos que possibilitam a avaliação, direcionamento e monitoramento de ações para que a
sociedade receba produtos e serviços de qualidade, com percepção de valor pela sociedade, em
contrapartida aos tributos que cada cidadão recolhe.
TRANSPARÊNCIA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E
DADOS ABERTOS
O especialista Pedro Hikaru Oishi fala sobre a importância a importância da transparência, prestação de
contas e dados abertos:
Uma das formas de operacionalização dessa transparência é a prestação de contas, formalizada por
meio de um relatório de gestão, editado anualmente, que contém informações relativas à gestão
orçamentária, financeira, operacional e patrimonial de cada exercício.
Nesse instrumento são vislumbradas informações qualitativas e quantitativas de forma transparente, que
subsidiam a avaliação pela sociedade das ações desenvolvidas pelas organizações públicas e pelos
órgãos de controle externo, como o Tribunal de Contas da União.
A transparência nas ações é um princípio de governança que contribui para redução da assimetria de
informações entre as organizações públicas e a sociedade.
Nesse contexto, as organizações públicas devem seguir os dispositivos constantes na Lei 12.527/2011,
conhecida como Lei de Acesso à Informação (LAI), que tem como principal objetivo assegurar o direito
fundamental de acesso à informação das organizações públicas.
Para amplo acesso a essas informações, as organizações públicas devem seguir as seguintes
diretrizes:
1. Publicidade dos atos como regra
geral e o sigilo como exceção.
2. Desenvolvimento da cultura de transparência.
3. Divulgação de informações de
interesse público.
4. Desenvolvimento do controle social.
5. Utilização de meios de comunicação
proporcionados pela tecnologia da
informação.
6. O acesso à informação deve ser efetivado de
forma rápida, objetiva, transparente e em linguagem
de fácil compreensão.
7. As informações devem ser disponibilizadas por um serviço de informação ao cidadão que deve
atender aos seguintes requisitos:
I. Atendimento e orientação ao público,
quanto ao acesso às informações;
II. Registro de entrada de documentos e pedidos de
acesso às informações;
III. Informação sobre os documentos
em tramitação;
IV. Realização de audiências, consultas públicas e
participação popular, para fins de divulgação.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro: Diretrizes de amplo acesso as informações.
Elaborado por Viviane dos Santos
No atual cenário de engajamento digital, os sistemas de informação trazem contribuições para o controle
da Administração Pública ao facilitaro lançamento e disponibilização de informações nos portais das
organizações em formatos que não são vinculados a um fornecedor de tecnologia da informação
específico, como, por exemplo, a Microsoft, com o formato Word de gravação de textos.
A disponibilização em formatos de dados abertos vem sendo, paulatinamente, requerida pelos órgãos de
controle externo para universalizar o acesso às informações e possibilitar o acesso por máquinas
(robôs/computadores especializados na prospecção de informações).
Para que os dados sejam considerados abertos, de acordo com David Eaves, ativista atuante em
inovações governamentais, devem ser seguidas três leis, que são, na realidade, diretrizes de dados
abertos, conforme disposto a seguir:
O dado é inexistente se não é localizável e indexado na internet.
O dado não é utilizável se seu acesso estiver fechado e não for possível a uma máquina lê-lo.
Se não for possível a replicação de dados, em função de dispositivo legal, ele não é útil.
A proposta preliminar de dados abertos foi elaborada para organizações públicas, todavia, pode
ser amplamente adotada em outras organizações.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA É REGIDA POR PRINCÍPIOS DEFINIDOS NO ART.
37 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. QUAL DESTES PRINCÍPIOS É RELACIONADO
COM O ALINHAMENTO DE AÇÕES QUE O AGENTE PÚBLICO PODE EXECUTAR,
DE ACORDO COM O QUE É DETERMINADO PELA LEI?
A) Princípio da moralidade
B) Princípio da equidade
C) Princípio da legalidade
D) Princípio da proporcionalidade
E) Princípio da impessoalidade
2. A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA É COMPOSTA PELOS ÓRGÃOS DA
ADMINISTRAÇÃO DIRETA E PELAS ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA.
ASSINALE A ALTERNATIVA QUE NÃO REPRESENTA UMA ORGANIZAÇÃO QUE
FAÇA PARTE DELA.
A) União
B) Autarquias
C) Sociedade de economia mista
D) Distrito Federal
E) Cooperativa de crédito financeiro
GABARITO
1. A Administração Pública é regida por princípios definidos no art. 37 da Constituição Federal.
Qual destes princípios é relacionado com o alinhamento de ações que o agente público pode
executar, de acordo com o que é determinado pela lei?
A alternativa "C " está correta.
O agente público só pode atuar de acordo com o que é definido na Constituição Federal e nas
legislações e normativas que regulamentam sua atuação. A ausência de dispositivo legal impede que se
exerça determinada atividade.
2. A Administração Pública é composta pelos órgãos da administração direta e pelas entidades
da administração indireta. Assinale a alternativa que NÃO representa uma organização que faça
parte dela.
A alternativa "E " está correta.
Uma cooperativa de crédito financeiro não faz parte da Administração Pública pelo fato de cooperativas
serem constituídas por pessoas físicas e atuarem na iniciativa privada.
MÓDULO 2
 Identificar as formas de controle da Administração Pública e as funções dos Tribunais de
Contas
LIGANDO OS PONTOS
A Administração Pública é monitorada por diversas formas de controle administrativo. Para
compreendermos melhor o assunto, vamos conhecer o caso da Controladoria-Geral da União (CGU).
Imagem: Captura de tela do site portaldatransparencia.gov
A Controladoria-Geral da União (CGU) atua como órgão de controle interno na esfera federal, nos
termos do art. 74 da Constituição de 1988. Tem como atribuições proteger o patrimônio público e
promover a transparência de ações desenvolvidas no âmbito do Poder Executivo, por meio de atividades
de auditoria, correição e de ouvidoria, em complemento à sua atuação de órgão controlador do sistema
de controle interno, definido na Carta Magna.
Para maior efetividade do controle social, a CGU implementou o Portal da Transparência, que possibilita
o acesso às informações do Poder Executivo e respectivas aplicações de recursos orçamentários. Esse
Portal contribui para uma efetiva prestação de contas à sociedade.
Os órgãos públicos encaminham suas informações para que a CGU realize a publicação em formato de
painéis, gráficos e dados abertos. Essas informações complementam os dados disponibilizados pelo
Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) e o Sistema Integrado de
Administração de Recursos Humanos (Siape).
Nessa linha de atuação, a CGU disponibiliza informações relativas ao orçamento anual, a receitas,
despesas, iniciativas e programas orçamentários, emendas parlamentares, contratações e aquisições,
dentre outras ações desenvolvidas pelo Poder Executivo.
O acesso ao Portal da Transparência é amplo e sem restrições para qualquer usuário que tenha
interesse em navegar pelas páginas do site.
APÓS A LEITURA DO CASE, É HORA DE APLICAR
SEUS CONHECIMENTOS! VAMOS LIGAR ESSES
PONTOS?
1. A CGU ATUA NO CONTROLE ADMINISTRATIVO DO
PODER EXECUTIVO FEDERAL. DESCREVA COM SUAS
PALAVRAS, QUANTO À ORIGEM, AS FORMAS DE
CONTROLE EXERCIDAS POR ESSE ÓRGÃO FEDERAL.
RESPOSTA
Espelho de resposta
javascript:void(0)
A CGU efetua o controle interno, nos termos do art. 74 da Constituição Federal, que determina a existência
de sistema de controle interno em todos os três Poderes.
2. IMAGINE QUE SEJA INTEGRANTE DA CGU. QUAL SERIA SEU PAPEL DENTRO
DESSE ÓRGÃO DE CONTROLE INTERNO DO PODER EXECUTIVO?
A) Implementação de iniciativas de melhorias de processos organizacionais.
B) Avaliação de resultados.
C) Definição da programação orçamentária anual.
D) Definição do Plano Anual de Contratações.
E) Controle de atividades de outros Poderes.
3. SE VOCÊ FOSSE RESPONSÁVEL PELO PORTAL DA TRANSPARÊNCIA, QUE
CONTRIBUIÇÃO CONSIDERARIA IMPORTANTE QUANTO ÀS FORMAS DE
CONTROLE ADMINISTRATIVO EXISTENTES NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA?
A) Garantir o controle social.
B) Apresentar estimativa orçamentária.
C) Definir gestores orçamentários e financeiros.
D) Realizar análise de crédito financeiro.
E) Aprovar prestação de contas.
GABARITO
2. Imagine que seja integrante da CGU. Qual seria seu papel dentro desse órgão de controle
interno do Poder Executivo?
A alternativa "B " está correta.
A CGU, como órgão de controle interno do Poder Executivo, deve avaliar os resultados alcançados
quanto aos princípios de eficácia e eficiência nos termos do art. 74 da Constituição Federal.
3. Se você fosse responsável pelo Portal da Transparência, que contribuição consideraria
importante quanto às formas de controle administrativo existentes na Administração Pública?
A alternativa "A " está correta.
A Constituição Federal garante ao cidadão atuar no controle da regularidade dos atos da Administração
Pública. Nesse sentido, o Portal da Transparência é um instrumento que permite amplo acesso às
informações para maior eficácia do controle dos agentes públicos.
TRILHA DO CONHECIMENTO – CONTROLE NA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Imagem: Pedro Hikaru Oishi
 Trilha do conhecimento – Controle na Administração Pública
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O especialista Pedro Hikaru Oishi fala sobre o controle da Administração Pública:
O controle da Administração Pública não é de fácil sistematização, considerando-se a existência de
diversas normativas legais, boas práticas de governança e gestão e diversos órgãos atuantes que
cooperam para sua regulamentação, com o objetivo de atender as demandas da sociedade. A própria
Constituição Federal trata, de forma difusa, das atividades de controle sem que tenha criado destinado a
isto uma parte específica.
 ATENÇÃO
Ressalta-se que o controle deve ser estabelecido de forma a conferir à sociedade amplo e irrestrito
monitoramento, pelo fato de o povo ser o único titular do patrimônio público. A Administração Pública
posiciona-se como instrumento de operacionalização dessa titularidade. Nesse sentido é que se insere a
necessidade de transparência e prestação de contas de todas as ações realizadas pelos agentes
públicos.
Um dos marcos normativos de controle foi a edição do Decreto-Lei 200/1967, que definiu o controle
como uma das diretrizes de atuação da Administração Pública.
O controle da Administração Pública é aplicável aos três Poderesda União. Com relação ao Poder
Judiciário, foi criado o Conselho Nacional de Justiça, nos termos do art. 103 da Constituição Federal.
O controle administrativo pode ser definido, de acordo com Alexandrino e Paulo (2020), como um
conjunto de instrumentos disponíveis para a sociedade e para a Administração Pública, nos três Poderes
e nas esferas federal, estadual e municipal, que contribui para a fiscalização e direcionamento da
atuação dos órgãos, entidades e agentes públicos.
Essa atuação deve ser realizada de acordo com o princípio da legalidade, constante no art. 37 da
Constituição Federal, que pontua uma ação estrita, na forma definida pela lei, com o objetivo de
melhoria no bem-estar social e desenvolvimento, baseada na adoção de boas práticas de gestão, que
beneficiam a entrega de valor aos cidadãos. Essa condição é alcançada quando o desenvolvimento
de produtos e serviços é efetivado de acordo com os princípios de eficiência, eficácia,
efetividade e economicidade.
EFICIÊNCIA
A eficiência pode ser mensurada pela relação existente entre as entregas de produtos e serviços,
atendendo determinados requisitos de qualidade, e os recursos consumidos em sua produção, em
um determinado espaço temporal.
EFICÁCIA
A eficácia trata do alcance de um determinado objetivo ou resultado almejado, em conformidade
com o que foi planejado, dentro de um determinado período, independentemente dos recursos
necessários para a sua produção.
EFETIVIDADE
O conceito de efetividade está relacionado com o impacto da entrega de produtos e serviços, em
um cenário de médio e longo prazos. Verifica-se se os resultados alcançados perduram ao longo
do tempo. Maior o tempo de vida útil, maior a efetividade do resultado apresentado.
ECONOMICIDADE
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
A economicidade refere-se a menor aplicação de recursos financeiros, técnicos ou materiais,
dentre outros, na execução de uma determinada atividade, dentro de padrões estabelecidos de
qualidade.
Nessa empreitada, os agentes públicos desempenham papel preponderante na definição de
mecanismos de governança e implementação de boas práticas de gestão, oriundas das diversas áreas
de conhecimento. Todavia, enfatiza-se a necessidade de alinhar a adoção das citadas práticas à
estratégia da organização, do contrário, os esforços empreendidos podem não corresponder às
necessidades e expectativas da sociedade.
CLASSIFICAÇÃO DO CONTROLE
ADMINISTRATIVO
O controle administrativo pode ser classificado, quanto à sua origem e quanto ao momento do controle
efetivo.
CLASSIFICAÇÃO DO CONTROLE QUANTO À ORIGEM
O controle administrativo pode ser classificado quanto à sua origem de três formas, conforme a figura.
Imagem: Pedro Hikaru Oishi
 Controle da Administração Pública – origem.
CONTROLE INTERNO
O controle interno na Administração Pública refere-se ao controle exercido pelas chefias funcionais e
pelos órgãos de cada Poder, que efetuam avaliação dos resultados alcançados pelos projetos e
processos organizacionais.
Nos termos do art. 74 da Constituição Federal, todos os três Poderes devem ter sistemas de controle
interno, que devem atender aos seguintes requisitos:
Avaliação do cumprimento de metas do plano plurianual, programas e orçamentos da União.
Avaliação da legalidade e alcance dos resultados quanto aos princípios de eficácia e eficiência.
Controle de operações de crédito, avais e garantias, direitos e haveres da União.
Apoio ao controle externo no exercício de sua missão.
Um dos reflexos da necessidade crescente de maior controle de atuação, transparência e prestação de
contas das organizações públicas é a utilização de referenciais de mercado de gerenciamento de
controles internos, como o COSO 2013, que é um referencial de gerenciamento de controles internos
criado para reduzir a incidência de fraudes em relatórios financeiros. Originou-se a partir dos escândalos
contábeis e financeiros ocorridos na década de 1980 no mercado americano.
CONTROLE EXTERNO
O controle externo na Administração Pública trata-se do controle exercido por um Poder em relação ao
desempenho de outro.
O Poder Judiciário efetua o controle dos demais Poderes, por meio de decisões judiciais. O Poder
Legislativo atua, por meio do Tribunal de Contas da União, em auditorias no Poder Executivo e no Poder
Judiciário. O Poder Legislativo, por sua vez, atua no controle do Poder Executivo, na apreciação de
propostas e vetos aos seus atos normativos. O Poder Executivo, no exercício de suas atribuições,
coopera para a definição e alteração da programação orçamentária, todavia, suas ações não compõem
as atividades convencionadas como de controle externo.
O controle externo, na esfera federal, exercido pelo Tribunal de Contas da União, deve avaliar os
resultados quanto à eficácia e à eficiência, de acordo com o art. 71 da Constituição Federal.
Em sua atuação como órgão de controle externo, o TCU determina a apresentação de Relatórios de
Gestão ao TCU, com periodicidade anual, atendendo as disposições legais que tratam “da fiscalização
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração
direta e indireta”, de acordo com o art. 70 da Constituição Federal.
CONTROLE SOCIAL
A Constituição Federal garante à sociedade que atue no controle da Administração Pública quanto à
regularidade de seus atos e impeça aqueles que lhe sejam nocivos.
O cidadão tem legitimidade, por exemplo, para denunciar irregularidades relacionadas à atuação de
organizações públicas ou agentes públicos ao Tribunal de Contas da União. De forma complementar,
tem o poder de propor ação popular no Poder Judiciário para questionar atos que sejam lesivos ao
patrimônio público.
CLASSIFICAÇÃO DO CONTROLE QUANTO AO
MOMENTO DE CONTROLE EFETIVO
O controle administrativo pode ser classificado quanto ao momento de controle efetivo de três formas,
conforme a figura.
Imagem: Pedro Hikaru Oishi.
 Controle da Administração Pública – momento.
Vejamos, a seguir, a explicação de cada um deles:
Controle prévio
Trata-se daquele realizado em etapa anterior à realização da ação
administrativa.
Controle
concomitante
Atua durante a execução de uma ação, para fins de avaliação e adoção
de correções de rumo.
Controle
posterior
Ocorre após a realização de uma ação administrativa. Podem se
enquadrar processos organizacionais como conferência, homologação,
revogação ou aprovação, dentre outros.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro: Classificação do controle quanto ao momento de controle efetivo.
Elaborado por Pedro Hikaru Oishi.
OS TRIBUNAIS DE CONTAS
As funções dos tribunais de contas são oriundas das competências constitucionais do Tribunal de
Contas da União, aplicadas, pelo princípio da simetria, aos seus congêneres nas demais esferas
(estadual e municipal).
No desenvolvimento de suas atividades, correlatas à fiscalização orçamentária, financeira e patrimonial,
os tribunais de contas atuam de acordo com as funções representadas na Figura a seguir. Vamos
conhecer cada uma delas:
Imagem: Pedro Hikaru Oishi.
 Funções dos tribunais de contas.
FUNÇÃO FISCALIZADORA
Trata-se da comparação de uma determinada situação existente em relação a padrões definidos
anteriormente pela gestão da organização pública. Verifica-se a discrepância entre o planejado e o
realizado.
FUNÇÃO JUDICANTE
É uma função exercida no julgamento de contas dos principais gestores de uma organização pública.
Nesse julgamento decide-se se elas são regulares, regulares com ressalva ou irregulares.
FUNÇÃO SANCIONADORA
Consiste na aplicação de sanções, previstas em lei, decorrentes de irregularidades constatadas.
FUNÇÃO CONSULTIVA
Esta função é realizada a partir de parecer prévio, referente às contas dos chefes do Poder Executivo,
em todas as esferas da Administração Pública (federal, estadual e municipal).
FUNÇÃO INFORMATIVA
Origina-se da necessidadede informações referentes aos processos de controle executados pelos
tribunais de contas. Contempla, também, a representação de irregularidades e possíveis abusos
apurados nestes processos.
FUNÇÃO CORRETIVA
É exercida para emitir determinações, fixação de prazos legais e sustação de atos impugnados.
FUNÇÃO NORMATIVA
Consiste na edição de normativas que visam dar fiel cumprimento ao ordenamento jurídico, referente às
suas competências de atuação e aos processos organizacionais sob sua análise.
FUNÇÃO DE OUVIDORIA
Os tribunais de contas, ao receberem denúncias e representações da sociedade ou dos responsáveis
pelos controles internos, exercem a função de ouvidoria.
FUNÇÃO PEDAGÓGICA
A função pedagógica é exercida por meio de ações de divulgação de procedimentos e boas práticas de
gestão, realizadas por reuniões, seminários, materiais impressos e virtuais.
Todas as funções apresentadas não são exercidas de forma isolada, mas de forma combinada. Elas não
representam, necessariamente, todo o universo de funções exercidas pelos tribunais de contas, mas as
principais funções desenvolvidas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. O CONTROLE ADMINISTRATIVO PODE SER CLASSIFICADO QUANTO À SUA
ORIGEM E QUANTO AO MOMENTO DO CONTROLE EFETIVO. NESSE SENTIDO,
INDIQUE A ALTERNATIVA QUE CORRESPONDE A UM TIPO DE CLASSIFICAÇÃO
QUANTO AO MOMENTO DO CONTROLE EFETIVO.
A) Controle prévio
B) Controle social
C) Controle interno
D) Controle lateral
E) Controle externo
2. O CONTROLE INTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA REFERE-SE AO
CONTROLE EXERCIDO PELAS CHEFIAS FUNCIONAIS E PELOS ÓRGÃOS DE
CADA PODER, QUE EFETUAM AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS ALCANÇADOS
PELOS PROJETOS E PROCESSOS ORGANIZACIONAIS. NESSE SENTIDO,
ASSINALE UMA ALTERNATIVA INCORRETA DE REQUISITOS DE UTILIZAÇÃO DO
CONTROLE INTERNO.
A) Avaliação do cumprimento de metas do plano plurianual, programas e orçamentos da União.
B) Avaliação da legalidade e alcance dos resultados quanto aos princípios de eficácia e eficiência.
C) Controle de operações de crédito, avais e garantias, direitos e haveres da União.
D) Apoio ao controle externo no exercício de sua missão.
E) Gerenciamento de riscos estratégicos.
GABARITO
1. O controle administrativo pode ser classificado quanto à sua origem e quanto ao momento do
controle efetivo. Nesse sentido, indique a alternativa que corresponde a um tipo de classificação
quanto ao momento do controle efetivo.
A alternativa "A " está correta.
Os controles social, interno e externo referem-se à classificação quanto à origem. O controle prévio é
uma classificação realizada quanto ao momento. Não existe controle lateral na Administração Pública.
2. O controle interno na Administração Pública refere-se ao controle exercido pelas chefias
funcionais e pelos órgãos de cada Poder, que efetuam avaliação dos resultados alcançados
pelos projetos e processos organizacionais. Nesse sentido, assinale uma alternativa INCORRETA
de requisitos de utilização do controle interno.
A alternativa "E " está correta.
O sistema de controles internos não contempla questões vinculadas à estratégia.
MÓDULO 3
 Reconhecer a organização sistêmica proposta pela Lei 10.180/2001
LIGANDO OS PONTOS
No cerne da Lei nº 10.180/2001, encontra-se o Sistema de Planejamento e Orçamento Federal. Para
compreender sua forma de atuação, vamos estudar o caso da Secretaria de Orçamento Federal (SOF).
Imagem: Captura de tela do site da Secretaria de Orçamento Federal (SOF)
A Secretaria de Orçamento de Federal (SOF) é unidade integrante da Secretaria Especial de Fazenda,
que é subordinada, por sua vez, ao Ministério da Economia, pertencente ao Poder Executivo Federal. A
SOF tem como missão racionalizar o processo de alocação de recursos, zelando pelo equilíbrio das
contas públicas, com foco em resultados para a sociedade.
Essa unidade organizacional trabalha na consolidação e formulação da Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) e da Lei Orçamentária Anual da União (LOA), a partir das informações geradas por todos as
organizações que integram a Administração Pública nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
No exercício de suas competências, a SOF atua na elaboração dos orçamentos fiscal e da seguridade
social, que devem estar alinhados ao plano plurianual. De forma complementar, desenvolve estudos e
pesquisas para aprimoramento do planejamento e execução orçamentária. Atua, também, no
acompanhamento e na avaliação da execução orçamentária e financeira.
A SOF foi criada em 25 de fevereiro de 1967, por meio do Decreto-Lei nº 200, subordinada ao Ministério
do Planejamento e Coordenação Geral, tendo como principal atribuição atuar como órgão central do
sistema orçamentário. Nesse sentido, define normas, procedimentos e formas de classificação
orçamentária para atuação sistêmica nas diversas esferas da Administração Pública. Em 2019, passou a
integrar o Ministério da Economia, nos termos do Decreto nº 9.679/2019.
APÓS A LEITURA DO CASE, É HORA DE APLICAR
SEUS CONHECIMENTOS! VAMOS LIGAR ESSES
PONTOS?
1. A SECRETARIA DE ORÇAMENTO FEDERAL (SOF)
INTEGRA O SISTEMA DE PLANEJAMENTO E DE
ORÇAMENTO FEDERAL. NESSE CONTEXTO E
CONSIDERANDO O EXPOSTO NO CASE, PARA VOCÊ, QUAL
É A PRINCIPAL FINALIDADE DESSA UNIDADE
ORGANIZACIONAL.
RESPOSTA
Espelho de resposta
No Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal, a SOF atua na formulação do plano plurianual,
diretrizes orçamentárias e orçamentos anuais.
2. SE VOCÊ DESENVOLVESSE ATIVIDADES DENTRO DA SOF NO SISTEMA DE
PLANEJAMENTO E DE ORÇAMENTO FEDERAL, QUAL DAS LISTADAS A SEGUIR
ESTARIA DENTRO DE SEU ROL DE RESPONSABILIDADES?
A) Formulação do planejamento financeiro e contábil.
B) Consolidação e supervisão das leis orçamentárias.
C) Suporte às atividades de controle externo, exercidas pelos tribunais de contas.
D) Realização de auditoria contábil e financeira.
javascript:void(0)
E) Execução orçamentária dos entes públicos.
3. O SISTEMA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO FEDERAL CONTEMPLA A
EXECUÇÃO DE DIVERSAS ATIVIDADES, DESENVOLVIDAS POR ÓRGÃOS E
UNIDADES ORGANIZACIONAIS. CONSIDERANDO AINDA QUE VOCÊ
DESENVOLVA AS ATIVIDADES ORÇAMENTÁRIAS NO ÂMBITO DA SOF,
ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA UMA ATIVIDADE DESSE TIPO COM
REFLEXOS NOS TRÊS PODERES DA UNIÃO:
A) Gestão dos bens financeiros e mobiliários do Tesouro Nacional.
B) Zelo pelo equilíbrio financeiro do Tesouro Nacional.
C) Controle de compromissos financeiros que onerem a União.
D) Padronização, controle e monitoramento da execução da despesa pública.
E) Definição de classificações orçamentárias.
GABARITO
2. Se você desenvolvesse atividades dentro da SOF no Sistema de Planejamento e de Orçamento
Federal, qual das listadas a seguir estaria dentro de seu rol de responsabilidades?
A alternativa "B " está correta.
A consolidação e a supervisão das leis orçamentárias, referentes aos orçamentos fiscal, da seguridade
social e de investimento em empresas estatais, é uma das atividades que compõem o Sistema de
Orçamento e Planejamento Federal. Nesse escopo, dentre outras atividades desenvolvidas, as diretrizes
orçamentárias são definidas, e o processo orçamentário é aprimorado.
3. O Sistema de Planejamento e Orçamento Federal contempla a execução de diversas
atividades, desenvolvidas por órgãos e unidades organizacionais. Considerando ainda que você
desenvolva as atividades orçamentárias no âmbito da SOF, assinale a alternativa que apresenta
uma atividade desse tipo com reflexos nos três Poderes da União:
A alternativa "E " está correta.
Por ser o órgão central do sistema orçamentário, a SOF deve definir as classificações orçamentárias,
utilizadas pelos órgãos dos três Poderes que compõem a Administração Pública Federal. As demais
alternativas apresentadas nesta questão referem-se às competências do Sistema de Administração
Financeira Federal.
TRILHA DO CONHECIMENTO – CONTROLE NA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Imagem: Pedro Hikaru Oishi
 Trilha do conhecimento – Controle na Administração Pública
SISTEMAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAO especialista Pedro Hikaru Oishi faz um panorama dos sistemas da Administração Pública.
A Administração Pública, de forma similar à iniciativa privada, deve empreender esforços para que o
planejamento, execução e controle de atividades, para fins de entrega de produtos e serviços, sejam
efetivados com eficiência, eficácia, efetividade e economicidade.
Neste entendimento, instituiu-se uma organização sistêmica, por meio da Lei 10.180/2001, que
contemplasse as atividades de planejamento e de orçamento federal, administração financeira federal,
contabilidade federal e controle interno do Poder Executivo Federal, conforme representado na figura a
seguir.
Imagem: Pedro Hikaru Oishi
 Sistemas da Administração Pública.
Com base nessa organização sistêmica, os tribunais de contas podem exercer suas funções nas
atividades de gestão orçamentária, financeira e contábil, conforme disposto na Constituição
Federal.
SISTEMA DE PLANEJAMENTO E DE
ORÇAMENTO FEDERAL (SPOF)
Esse sistema visa apoiar o desenvolvimento de ações que colaboram para as bases do planejamento da
Administração Pública, com respectivo desdobramento no aspecto orçamentário.
INTEGRANTES DO SPOF
O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal é composto pelos seguintes integrantes:
Órgão central Órgãos setoriais Órgãos específicos
Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão
Unidades de
planejamento e
orçamento
Aqueles vinculados ou
subordinados ao órgão central
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
FINALIDADE DO SPOF
Este sistema foi idealizado para atender às seguintes finalidades:
Finalidades do SPOF
Formulação do plano estratégico nacional
Formulação de planos de desenvolvimento econômico e social
Formulação do plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamentos anuais
Gerenciamento do sistema orçamentário
Articulação com Estados, Distrito Federal e municípios, para fins de alinhamento de normas e
tarefas aos diversos sistemas
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro: Finalidade do SPOF.
Elaborado por Pedro Hikaru Oishi.
COMPETÊNCIAS DO SPOF
O sistema de Planejamento e de Orçamento Federal é composto de atividades de planejamento e de
orçamento, conforme disposto a seguir:
Atividades de planejamento
Elaboração e supervisão de iniciativas de desenvolvimento econômico e social
Coordenação da elaboração de leis orçamentárias, alinhadas aos objetivos e recursos disponíveis
Monitoramento de iniciativas de desenvolvimento econômico e social, bem como da elaboração
das leis orçamentárias, quanto à eficácia e efetividade
Manutenção de rotinas de acompanhamento e avaliação de programas, projetos e atividades
Manutenção de sistemas de informações de indicadores econômicos e sociais
Previsão de cenários no âmbito nacional e internacional
Avaliação de investimentos estratégicos
Estudos e pesquisas socioeconômicas
Avaliação de políticas públicas
Definição de diretrizes de atuação de empresas estatais
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro: Atividades de planejamento.
Elaborado por Pedro Hikaru Oishi.
Atividades de orçamento
Consolidação e supervisão das leis orçamentárias, que contemplem os orçamentos fiscal, da
seguridade social e de investimento em empresas estatais
Definição de diretrizes para elaboração dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de
investimento em empresas estatais, que fazem parte do orçamento federal
Aprimoramento do processo orçamentário federal
Acompanhamento e avaliação da execução orçamentária e financeira
Definição de classificações orçamentárias
Propostas de medidas de consolidação orçamentária
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro: Atividades de orçamento.
Elaborado por Pedro Hikaru Oishi.
SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
FEDERAL (AFF)
O Sistema de Administração Financeira Federal é uma abordagem de sistematização de atividades que
têm como objetivo principal desenvolver atividade de controle e monitoramento que ajudem na
promoção do equilíbrio entre as receitas e despesas.
INTEGRANTES DO AFF
O Sistema de Administração Financeira Federal é composto dos seguintes integrantes:
Secretaria do Tesouro Nacional
Órgãos setoriais
FINALIDADE DO AFF
O Sistema de Administração Financeira Federal tem a finalidade de promover o equilíbrio entre as
receitas e despesas do Governo Federal.
COMPETÊNCIAS DO SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA FEDERAL
Tendo em vista sua finalidade, o Sistema de Administração Financeira Federal apresenta as seguintes
competências:
Zelo pelo equilíbrio financeiro do Tesouro
Nacional
Gestão dos bens financeiros e mobiliários do
Tesouro Nacional
Elaboração da programação financeira
do Tesouro Nacional
Gerenciamento da conta única do Tesouro
Nacional
Formulação de política de financiamento
da despesa pública
Gerenciamento da dívida pública mobiliária federal
Gerenciamento da dívida externa de
responsabilidade do Tesouro Nacional
Controle da dívida decorrente de operações de
crédito que tenham responsabilidade direta ou
indireta do Tesouro Nacional
Administração de operações de crédito
sob responsabilidade do Tesouro
Controle de compromissos financeiros que onerem
a União
Nacional
Edição de normas sobre programação
financeira e execução orçamentária e
financeira
Padronização, controle e monitoramento da
execução da despesa pública
Integração com demais Poderes e
esferas governamentais, no que tange à
gestão financeira
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro: Competências do Sistema de Administração Financeira Federal.
Elaborado por: Viviane dos Santos
SISTEMA DE CONTABILIDADE FEDERAL (SCF)
O Sistema de Contabilidade Federal tem o objetivo de colher evidências quanto a situação orçamentária,
financeira e patrimonial da União.
FINALIDADE DO SISTEMA DE CONTABILIDADE
FEDERAL
Os registros de atos e fatos relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial
fazem parte do Sistema de Contabilidade Federal a partir das seguintes evidências:
Relações entre a estrutura patrimonial e as operações.
Recursos orçamentários, com respectivas alterações, receitas previstas e arrecadadas, despesas
empenhadas, liquidadas e pagas e disponibilidades.
Receitas, despesas e bens perante a Fazenda Pública.
Situação patrimonial e variações.
Custos dos programas e das unidades organizacionais.
Aplicação de recursos por unidade da Federação.
Renúncia de receitas.
COMPETÊNCIAS DO SISTEMA DE CONTABILIDADE
FEDERAL
O Sistema de Contabilidade Federal abarca as seguintes competências:
Aprimoramento do Plano de Contas Único da União;
Definição de normas e procedimentos de lançamentos contábeis;
Responsabilização de agente responsável por ilícitos ou irregularidades, devidamente registrados;
Instituição e manutenção de sistema de informação de controle efetivo da gestão orçamentária,
financeira e patrimonial, para fins de tomada de decisões;
Realização de tomadas de contas dos ordenadores de despesas;
Elaboração de Balanços Gerais da União;
Consolidação de balanços nas diversas esferas, com vistas à elaboração do Balanço do Setor
Público Nacional;
Integração com demais esferas de governo e poderes, na temática contabilidade.
SISTEMA DE CONTROLE INTERNO DO PODER
EXECUTIVO FEDERAL
Este sistema tem o objetivo de avaliar a atuação governamental e dos agentes públicos nos três
Poderes por meio de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial,
além de apoiar o controle externo.
FINALIDADES DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
DO PODER EXECUTIVO FEDERAL
O Sistema de Controle Interno compõe-se das seguintes finalidades:
Análise do grau de cumprimento de metas estipuladas para os instrumentos de gestão orçamentária
Análise de conformidade às normas e legislação vigentes dos processos organizacionais
Verificação do alinhamentodos resultados quanto aos princípios de eficácia e eficiência
Apoio ao controle de mutações patrimoniais que ocorrem na Administração Pública
Suporte às atividades de controle externo, exercidas pelos tribunais de contas
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. POR QUAL MEIO A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SISTEMATIZOU SUA ATUAÇÃO
E DESEMPENHO NAS ÁREAS ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA, CONTÁBIL E
CONTROLE INTERNO?
A) Contratação de auditoria internacional.
B) Submissão ao controle do Senado Federal.
C) Contratação de servidores.
D) Instituição de uma organização sistêmica, por meio da Lei 10.180/2001.
E) Assessoria nas questões de sustentabilidade.
2. EM RELAÇÃO AO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E DE ORÇAMENTO
FEDERAL, QUAL DAS ALTERNATIVAS APRESENTADAS NÃO CORRESPONDE A
UMA DE SUAS FINALIDADES?
A) Formulação do plano estratégico nacional.
B) Formulação de planos de desenvolvimento econômico e social.
C) Gerenciamento de projetos de infraestrutura.
D) Gerenciamento do sistema orçamentário.
E) Articulação com Estados, Distrito Federal e municípios, para fins de alinhamento de normas e tarefas
aos diversos sistemas.
GABARITO
1. Por qual meio a Administração Pública sistematizou sua atuação e desempenho nas áreas
orçamentária, financeira, contábil e controle interno?
A alternativa "D " está correta.
A Lei 10.180/2001 foi um marco na visão sistêmica de questões relativas às áreas orçamentária,
financeira, contábil e controle interno.
2. Em relação ao Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal, qual das alternativas
apresentadas NÃO corresponde a uma de suas finalidades?
A alternativa "C " está correta.
O gerenciamento de projetos de infraestrutura não apresenta nenhuma relação com as áreas de
conhecimento abordadas pelo Sistema de Planejamento e Orçamento Federal.
MÓDULO 4
 Esclarecer a forma de estruturação das Normas Brasileiras de Auditoria do Setor Público
LIGANDO OS PONTOS
Para compreender melhor a estrutura das Normas Brasileiras de Auditoria do Setor Público e sua forma
de aplicação, vamos conhecer o caso do Tribunal de Contas da União (TCU).
Imagem: Captura de tela do site da Secretaria de Orçamento Federal (SOF)
O Tribunal de Contas da União (TCU) é o órgão de controle externo responsável pela fiscalização
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos órgãos e das entidades públicas do
Brasil quanto à legalidade, legitimidade e economicidade, nos termos da Constituição Federal.
Essa organização é composta por nove ministros, escolhidos pelo Congresso Nacional e pelo
Presidente da República, dentre representantes da sociedade, ministros-substitutos e integrantes do
Ministério Público.
O controle social exercido pela sociedade vem, progressivamente, demandando maior transparência e
efetividade das ações desenvolvidas pela Administração Pública.
Nesse contexto, o TCU, como órgão de controle externo, definiu como sua missão aprimorar a
Administração Pública, e como visão tornar-se referência para que seja efetiva, ética, ágil e responsável.
Nessa linha de trabalho, vem desempenhando função relevante na prevenção e correção de
irregularidades que possam impactar no alcance dos objetivos organizacionais.
Em suas atividades de auditoria nas organizações públicas, o TCU adotou as recomendações das
Normas Profissionais da The International Organization of Supreme Audit Institutions (INTOSAI) –
Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores –, materializadas nas Normas
Brasileiras de Auditoria do Setor Público (NBASP), desenvolvidas pelo Instituto Rui Barbosa –
organização da qual o TCU é membro integrante.
Nas auditorias operacionais realizadas, o TCU vem seguindo a norma NBASP 3000, que trata do
alinhamento de iniciativas e operações aos princípios da economicidade, eficiência, eficácia e
efetividade, com atuação independente e ética dos auditores. Quanto às auditorias de conformidade,
adota a NBASP 4000, que trata desse objeto.
APÓS A LEITURA DO CASE, É HORA DE APLICAR
SEUS CONHECIMENTOS! VAMOS LIGAR ESSES
PONTOS?
1. DE QUE FORMA VOCÊ PODE CONSTATAR QUE O TCU
VEM ADOTANDO AS NORMAS BRASILEIRAS DE AUDITORIA
DO SETOR PÚBLICO EM SUAS ATIVIDADES DE CONTROLE
EXTERNO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA?
RESPOSTA
Espelho de resposta
O TCU vem adotando as Normas Brasileiras de Auditoria do Setor Público, criadas pelo Instituto Rui Barbosa,
porque esse órgão é um de seus membros fundadores.
2. PARA VOCÊ, QUE OBJETIVO DA INTOSAI CONTRIBUI PARA A MAIOR
EFICÁCIA E EFICIÊNCIA DE ATIVIDADES DE AUDITORIA DO TCU?
A) Fomentar o desenvolvimento permanente.
B) Aprimorar o processo orçamentário federal.
C) Realizar a gestão do conhecimento.
D) Promover melhorias no processo de auditoria governamental.
javascript:void(0)
E) Nortear as ações das Entidades Fiscalizadoras Superiores para maior eficiência na aplicação de
recursos.
3. O TCU ADOTA AS NORMAS DA INTOSAI PARA MAIOR EFETIVIDADE DO
CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. DE ACORDO COM SEUS
CONHECIMENTOS, ASSINALE A ALTERNATIVA QUE CORRESPONDA A UMA
DESSAS NORMAS QUE COOPERA PARA O CONTROLE SOCIAL:
A) NBASP 3000.
B) NBASP 300.
C) NBASP 200.
D) NBASP 100.
E) NBASP 20.
GABARITO
2. Para você, que objetivo da INTOSAI contribui para a maior eficácia e eficiência de atividades de
auditoria do TCU?
A alternativa "D " está correta.
A promoção de melhorias no processo de auditoria governamental coopera para maior eficácia e
eficiência de atividades de auditoria, além de proporcionar um cenário mais propício para atender aos
princípios de legalidade, legitimidade e economicidade de iniciativas de organizações públicas nas
esferas contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial.
3. O TCU adota as normas da INTOSAI para maior efetividade do controle externo na
Administração Pública. De acordo com seus conhecimentos, assinale a alternativa que
corresponda a uma dessas normas que coopera para o controle social:
A alternativa "E " está correta.
A norma NBASP 20 trata da transparência e de accountability (prestação de contas), que colabora para
um amplo acesso às informações da Administração Pública e, consequentemente, para o controle
social.
TRILHA DO CONHECIMENTO – CONTROLE NA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Imagem: Pedro Hikaru Oishi
 Trilha do conhecimento – Controle na Administração Pública
NORMAS BRASILEIRAS DE AUDITORIA DO
SETOR PÚBLICO
NORMAS BRASILEIRAS DE AUDITORIA DO
SETOR PÚBLICO 
O especialista Pedro Hikaru Oishi faz um panorama das Normas Brasileiras de Auditoria do Setor
Público.
As atividades de auditoria na Administração Pública seguem as normas definidas pelo Instituto Rui
Barbosa (IRB), associação criada em 1973 pelos Tribunais de Contas para promover melhorias nos
processos de trabalho de auditoria.
O conjunto dessas normas foi denominado Normas Brasileiras de Auditoria do Setor Público, tendo
como objetivo apoiar a atuação dos tribunais de contas no exercício de suas atividades e a realização de
auditorias independentes e eficazes.
A construção dessas normas foi baseada nas normas profissionais da organização The International
Organization of Supreme Audit Institutions (INTOSAI), cuja tradução livre para a língua portuguesa é
“Organização internacional de entidades fiscalizadoras superiores”.
Essas entidades fiscalizadoras são representadas, em todos os países, por organizações públicas que
são responsáveis pelas atividades de auditoria, realizadas de forma sistêmica, em cada um deles.
 ATENÇÃO
No Brasil, temos o Tribunal de Contas da União como um dos integrantes ativos da referida organização,
que atua de forma independente e sem vínculos governamentais, tratando de questões centrais que
impactam a atuação de entidades fiscalizadoras superiores, além de cooperar consultivamente no
Conselho Econômico e Social da ONU.
Suas normas são concebidas com a finalidade de promover melhorias na atuação da auditoria
externa realizada nas organizações públicas em todo o mundo.
Dentre os principais objetivos da INTOSAI, destacam-se:Promoção do desenvolvimento permanente;
Gestão do conhecimento;
Melhorias no processo de auditoria governamental;
Nortear as ações das Entidades Fiscalizadoras Superiores para maior eficiência na aplicação de
recursos.
Para maior eficácia de ações, a organização promove a divisão dos países-membros de acordo com as
áreas de conhecimento de maior domínio de cada um deles, com respectivos comitês, subcomitês e
grupos de trabalho, que compartilham o conhecimento construído com os demais membros.
As Normas Brasileiras de Auditoria do Setor Público (NBASP) foram divididas em três níveis, conforme a
figura.
Imagem: Pedro Hikaru Oishi
 Normas Brasileiras de Auditoria do Setor Público.
Vamos conhecer cada um deles a seguir.
NÍVEL 1 – INSTITUCIONAL DOS TRIBUNAIS DE
CONTAS
As normas desse nível regulamentam a atuação dos tribunais de contas por meio de princípios de
atuação e requisitos organizacionais que devem ser atendidos para os trabalhos de auditoria na
Administração Pública.
Nessa forma de atuação, são abordados os aspectos dos seguintes pontos:
NBASP 10 – INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS
Essa norma visa definir os princípios que devem reger a atuação independente de auditores e dos
tribunais de contas.
NBASP 12 – VALOR E BENEFÍCIOS DOS TRIBUNAIS DE
CONTAS – FAZENDO A DIFERENÇA NA VIDA DOS
CIDADÃOS
Essa norma visa direcionar a atuação dos tribunais de contas no sentido de apresentarem as melhorias
decorrentes da auditoria na Administração Pública atendendo às demandas e expectativas das partes
interessadas.
NBASP 20 – TRANSPARÊNCIA E ACCOUNTABILITY
A atuação dos tribunais de contas deve ser sempre divulgada, com apresentação das contribuições para
a Administração, de forma transparente e posicionando-se sempre em busca de reconhecimento de
suas ações.
NBASP 30 – GESTÃO DA ÉTICA PELOS TRIBUNAIS DE
CONTAS
Os tribunais de contas devem promover ações que melhorem a confiança e a credibilidade das partes
interessadas e atuar de forma a inspirar comportamento ético, a partir de seus exemplos.
NBASP 40 – CONTROLE DE QUALIDADE DAS AUDITORIAS
REALIZADAS PELOS TRIBUNAIS DE CONTAS
O controle de qualidade deve ser implementado de forma a assegurar a alta qualidade da auditoria, por
meio da integração do Tribunal de Contas à estratégia, cultura e política da organização pública.
NÍVEL 2 – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE
AUDITORIA DO SETOR PÚBLICO
O nível 2 da NBASP define os objetivos, marcos e princípios que devem ser seguidos nas fases de
planejamento, execução e elaboração do relatório de auditoria nas organizações públicas, conforme
disposto a seguir:
NBASP 100 – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE AUDITORIA
DO SETOR PÚBLICO
A norma NBASP 100 define os princípios fundamentais que devem reger a atuação de todas as
modalidades de auditoria do setor público, independentemente da situação, forma ou contexto de
realização.
NBASP 200 – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE AUDITORIA
FINANCEIRA
Essa norma estabelece os princípios específicos que norteiam uma auditoria de demonstrações
financeiras que é suportada por uma estrutura previamente definida de relatório financeiro.
NBASP 300 – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE AUDITORIA
OPERACIONAL
Considerando-se que a norma NBASP 100 vale para todas as modalidades de auditoria no setor
público, a NBASP 300 é baseada em seus princípios fundamentais, customizados para a realidade da
auditoria operacional, que tem foco no desempenho da organização pública, sob os princípios de
economicidade, eficiência e efetividade.
NBASP 400 – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE AUDITORIA
DE CONFORMIDADE.
Essa norma contempla princípios, normas e diretrizes para realização de uma auditoria de
conformidade, sob a ótica quantitativa e qualitativa, em relação ao escopo da auditoria que é variável,
ensejando abordagens diversas para maior eficácia.
NÍVEL 3 – REQUISITOS MANDATÓRIOS PARA
AUDITORIAS DO SETOR PÚBLICO
Em um esforço de aprimoramento, foram lançadas normas que incorporam os princípios do nível 2 em
requisitos do nível 3, a serem seguidos nos trabalhos de auditoria operacional e de auditoria de
conformidade, conforme disposto a seguir:
NBASP 3000 – NORMA PARA AUDITORIA OPERACIONAL
Essa norma, que tem foco no desempenho da organização pública, tem o objetivo de direcionar a ação
de fiscalização conduzida pelos auditores para fins de avaliação da economicidade, eficiência e
efetividade das iniciativas, processos organizacionais e dos sistemas da organização, em relação ao que
foi planejado.
NBASP 4000 – NORMA PARA AUDITORIA DE
CONFORMIDADE
A norma NBASP 4000 tem o objetivo de assegurar que as ações da organização pública estejam
alinhadas com as normativas legais, regulamentos, códigos de ética e demais instrumentos
direcionadores de ações.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. AS ATIVIDADES DE AUDITORIA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SEGUEM AS
NORMAS DEFINIDAS PELO INSTITUTO RUI BARBOSA (IRB), ASSOCIAÇÃO
CRIADA EM 1973 PELOS TRIBUNAIS DE CONTAS PARA PROMOVER
MELHORIAS NOS PROCESSOS DE TRABALHO DE AUDITORIA. INDIQUE A
ALTERNATIVA CORRETA QUE CORRESPONDA À ORIGEM DESSAS NORMAS DE
AUDITORIA.
A) Tribunal de Contas da União.
B) Comitê de Normas e Procedimentos de Auditoria do Poder Executivo.
C) Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores (INTOSAI).
D) Presidência da República.
E) Ministério do Planejamento.
2. A INTOSAI ATUA COMO UMA ORGANIZAÇÃO INDEPENDENTE E SEM
VÍNCULOS GOVERNAMENTAIS QUE TRATA DE QUESTÕES CENTRAIS QUE
IMPACTAM A ATUAÇÃO DE ENTIDADES FISCALIZADORAS SUPERIORES.
ASSINALE A ALTERNATIVA QUE NÃO TEM CORRESPONDÊNCIA COM UM DOS
SEUS OBJETIVOS.
A) Promoção do desenvolvimento permanente.
B) Gestão do conhecimento.
C) Melhorias no processo de auditoria governamental.
D) Organização norteadora das ações das entidades fiscalizadoras superiores para maior eficiência na
aplicação de recursos.
E) Definição de plano estratégico governamental.
GABARITO
1. As atividades de auditoria na Administração Pública seguem as normas definidas pelo Instituto
Rui Barbosa (IRB), associação criada em 1973 pelos Tribunais de Contas para promover
melhorias nos processos de trabalho de auditoria. Indique a alternativa correta que corresponda
à origem dessas normas de auditoria.
A alternativa "C " está correta.
A construção dessas normas foi baseada nas normas profissionais da organização INTOSAI, que
colabora para a construção do conhecimento em auditoria pública. Esse conhecimento é compartilhado
com as principais organizações mundiais que atuam na fiscalização das atividades da Administração
Pública.
2. A INTOSAI atua como uma organização independente e sem vínculos governamentais que trata
de questões centrais que impactam a atuação de entidades fiscalizadoras superiores. Assinale a
alternativa que NÃO tem correspondência com um dos seus objetivos.
A alternativa "E " está correta.
A definição de plano estratégico governamental deve ser realizada por cada organização pública.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De nada adianta planejar se não houver controle. Planejamento e controle são dois pilares fundamentais
para sustentar uma boa gestão, tanto no contexto público como no privado.
Compreendemos e discutimos as principais formas de controle da Administração Pública, órgãos de
controle, sistemas de gestão e as particularidades da auditoria no setor público. Tais formas podem ser
realizadas por órgãos de controle interno e externo, atuando nas áreas orçamentária, financeira, contábil
e de controles internos, com respectivos princípios de auditoria que no setor público contribuem para a
construção do conhecimento em controle de gestão pública.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ALEXANDRINO, M.; PAULO, V. Direito administrativo descomplicado. 28. ed. Niterói: Método, 2020.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
Consultado na internet em: 14 abril 2021.
BRASIL. Decreto Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967. Diário Oficial da República Federativa do
Brasil. Poder Executivo. Brasília,DF, 27 mar. 1967. Consultado na internet em: 14 abril 2021.
EAVES, D. The Three Laws of Open Government Data, 2009. Consultado na internet em: 30 mar.
2021.
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. TCU. Normas Brasileiras de Auditoria do Setor Público
(NBASP), s/d. Consultado na internet em: 14 abril 2021.
EXPLORE+
Acesse o site do Tribunal de Contas da União para maior compreensão das normas que regem a
auditoria na Administração Pública.
CONTEUDISTA
Pedro Hikaru Oishi
 CURRÍCULO LATTES
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