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grupo de estudos efeitos fisiologicos

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tea e a relação com o sono
· Apesar de ser relativamente comum que crianças e adolescentes apresentem dificuldade de sono em alguma fase da infância, esse risco sobe consideravelmente na população com autismo, podendo ultrapassar 80%, segundo a Academia Americana de Neurologia. O risco de insônia é especialmente elevado nas pessoas que apresentam deficiência intelectual e sintomas graves de autismo.
· Diferentemente do que ocorre com outras crianças, há maior chance do problema persistir ao longo dos anos entre aquelas que apresentam o autismo. Como resultado, podem surgir problemas de saúde e redução da qualidade de vida
· Em pessoas com transtorno do espectro autista é comum haver um desequilíbrio do ritmo circadiano. A atividade de dormir e ficar acordado nas 24 horas do dia é regulada por um relógio biológico, que é o mecanismo que avisa ao cérebro se é noite ou dia, e se devemos ter sono ou ficar acordados.
· Uma das ferramentas que regula o ciclo circadiano é a melatonina – um hormônio produzido naturalmente pelo organismo que é liberado à noite, avisando ao cérebro quando chegou a hora de adormecer.
· Justamente a produção e a liberação de melatonina tende a ocorrer de forma irregular nos pacientes com autismo devido a uma alteração genética.
· Outra ferramenta que desregula o sono é o aumento cortisol, hormônio que deixa o corpo em alerta e aumenta a vigília durante as noites.
ATIVIDADE FISICA E SONO 
· Este estudo examinou a atividade física como uma variável que pode influenciar a qualidade do sono em crianças com TEA. Dez crianças, com idades entre 9 e 16 anos, foram solicitadas a usar dispositivos acelerômetros por 7 dias para rastrear medidas objetivas de atividade e qualidade do sono. Os pais das crianças também preencheram o Questionário de Hábitos de Sono da Criança e mantiveram um registro diário do sono enquanto seus filhos usavam o dispositivo. Este estudo demonstrou que, embora mais da metade das crianças tenham sido identificadas como tendo pelo menos um problema relacionado ao sono, seus níveis de atividade foram significativamente relacionados aos seus padrões de sono. Especificamente, as crianças mais fisicamente ativas tiveram uma qualidade geral de sono mais alta.
Atividade física X Medicamentos 
·  Critérios de inclusão
· Diagnósticos clinico de TEA 
· Idade de 8 a 11 anos 
Intervenção 
· Grupo 1 Corrida matinal / programa de corrida de 10 semanas composto por 50 sessões (5 sessões por semana, 30 min por sessão)
· Grupo 2 Suplemento de melatonina / 10 semanas, onde o suplemento de melatonina (Natrol®, Chatsworth CA) será fornecido 30 minutos antes de dormir 
· Grupo 3 Grupo de controle / Placebo 
· Alterações na qualidade do sono serão monitoradas por meio de avaliação actigráfica e registros de sono dos pais. Os níveis de melatonina representados por 6-sulfoximelatonina serão medidos a partir das amostras de urina de 24 horas e da primeira micção matinal dos participantes.
· Resultados: Mostrou que tanto o suplemento de melatonina quanto a intervenção com exercícios físicos podem melhorar a qualidade do sono em crianças com transtornos do espectro do autismo (TEA) com o aumento do nível de melatonina endógena
TEA E OBESIDADE: Existe uma relação?
· Ao menos uma em cada três crianças e adolescentes com autismo está acima do peso ou obeso, segundo levantamento com 3 mil indivíduos. O relatório, publicado na edição de julho/agosto da Academic Pediatrics alerta para a necessidade de programas de dieta e exercícios adaptados a pessoas com autismo.
· A falta de sociabilidade é um dos fatores que contribuem para a incidência da obesidade entre crianças e jovens autistas, uma vez que eles tendem a se exercitar menos.
· No estudo, os pesquisadores extraíram os registros médicos de 2.976 crianças e jovens com idades entre 2 e 20 anos que possuíam diagnóstico de autismo ou da síndrome de Asperger. Compararam com os dados de um grupo controle, composto por crianças da mesma altura, peso e faixa etária.
Foram considerados Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 85 como sobrepeso e acima de 95 como obesidade. O estudo constatou que 23% das crianças com autismo e 25% das crianças com síndrome de Asperger eram obesas, em comparação com 16,9% dos controles. Outros 15% das pessoas com autismo e 11% das pessoas com síndrome de Asperger tinham excesso de peso.  Em comparação com o grupo controle, as crianças com autismo eram 2,2 vezes mais propensas a desenvolverem excesso de peso e tinham 4,8 vezes mais chances de serem obesas; as crianças com síndrome de Asperger eram 1,5 vezes mais propensas a ter excesso de peso e 5,7 vezes mais chances de serem obesas
· Criado et al. (2018), em uma base com 276 crianças com TEA, compararam os níveis de obesidade e sobrepeso em crianças neurotípicas, e constataram o seguinte: prevalência de 42,4% para sobrepeso e 21,4% para obesidade, em comparação com 26,1% para sobrepeso e 12,0% para obesidade entre os neurotípicos. Os autores correlacionaram esse resultado com as habilidades de vida diária, pois os indivíduos com TEA pontuaram baixo nesse quesito.
· Liu et al. (2019) correlacionam as questões de atrasos no desenvolvimento motor com sobrepeso e obesidade. Pode-se verificar no artigo que foram realizados testes motores específicos alinhados com a verificação do IMC e da qualidade de vida dos participantes. Os resultados demonstraram que, entre as crianças de 7 a 12 anos, 20% eram obesas, 17% tinham sobrepeso e 12% apresentavam baixo peso; a causa levantada no artigo foi a falta de conhecimento sobre nutrição e problemas nas competências motoras dos indivíduos com TEA.
· “Pan” realizou um estudo com 16 crianças entre 6 e 9 anos, todas do sexo masculino. Eles participaram de um programa de natação duas vezes por semana, em sessões de 90 minutos. Após 10 semanas, houve melhora significativa nas habilidades de natação e diminuição dos problemas comportamentais, entre os quais movimentos estereotipados. Também, essas crianças apresentaram melhor equilíbrio, velocidade, agilidade, potência muscular, força muscular, flexibilidade e função cardiorrespiratória. Também com exercícios aquáticos, fragala, haley e o’neil estudaram 12 crianças com diagnóstico de tea. 
· O programa foi de duas vezes por semana, em sessões de 40 minutos. Os exercícios eram divididos entre atividades aeróbias, treinamento de força, resistência muscular e alongamento. Em todos os itens avaliados houve melhora, sendo a principal a habilidade de natação, e algumas crianças apresentaram melhora mais significativa que outras.
Conclusão
·  O exercício físico promove a liberação de um hormônio conhecido como endorfina, que auxilia nas funções do sistema nervoso como a autorregulação e melhora do sono. Esses podem ser alguns dos problemas encontrados em pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
· Diversas pesquisas mostram que o exercício físico regular melhora as habilidades motoras e as habilidades sociais de crianças e adultos com autismo. E também contribui para diminuições de estereotipia, comportamentos agressivos e hiperatividade.
· Além disso, quando as crianças com TEA se envolvem com atividades esportivas, elas constroem relações sociais com os colegas de equipe, pois trabalham com outras pessoas para atingir objetivos e constroem uma relação de confiança.
· Realizar movimentos frequentes também ajuda no conhecimento de postura corporal,  aumenta a noção entre espaço e tempo e do ambiente em que vive.  Outro benefício da prática de atividade física é diminuir as chances de obesidade.

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