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DESCRIÇÃO A legislação brasileira de combate a incêndio; a correlação entre sistemas elétricos de baixa tensão e suas proteções contra incêndio; a relação entre a legislação das saídas de emergência e as portas corta- fogo; a identificação da legislação de segurança do trabalhador e dos sistemas de iluminação de emergência. PROPÓSITO A legislação aplicada contra incêndio é essencial para que os profissionais entendam as concepções e análises da legislação brasileira no combate a esse evento, as proteções contra incêndio em sistemas elétricos de baixa tensão, a legislação das saídas de emergência e as portas corta-fogo e a legislação de segurança do trabalhador e dos sistemas de iluminação de emergência. PREPARAÇÃO Antes de iniciar este conteúdo, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora, ou use a calculadora de seu smartphone/computador. OBJETIVOS MÓDULO 1 Analisar a legislação brasileira de combate a incêndio MÓDULO 2 Identificar as proteções contra incêndio em sistemas elétricos de baixa tensão MÓDULO 3 Descrever a legislação das saídas de emergência e das portas corta-fogo MÓDULO 4 Identificar a legislação de segurança do trabalhador e dos sistemas de iluminação de emergência DESVENDANDO A LEGISLAÇÃO CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO MÓDULO 1 Analisar a legislação brasileira de combate a incêndio LIGANDO OS PONTOS Foto: Shutterstock.com Você sabe qual é o assunto tratado na NBR 12693? Conseguiria identificar o comitê responsável pela segurança contra incêndio? Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o case da empresa HM Construções. O engenheiro da HM Construções começou a analisar a legislação brasileira de combate a incêndio para realizar um projeto. Ele consultou as normas NR 10 (instalações elétricas), NR 6 (equipamentos de proteção individual) e NR 23 (combate a incêndio), que são aplicadas em conjunto no combate a incêndio. O engenheiro também consultou o comitê responsável pela área de segurança contra incêndio (CB – 24). Em sua análise no local, o projetista classificou a ocupação na divisão A-2 com uma carga de incêndio de 300MJ/m², pois a ocupação é residencial. Após o processo de classificação, o engenheiro analisou o sistema de proteção e combate a incêndio por meio de extintores, consultando a norma NBR 12693, que lhe fez perceber que a classe de risco de incêndio de sua empresa é a classe A Após a implementação do programa de combate a incêndio e uso do espaço da HM Construções, foi realizada uma manutenção programada de primeiro nível nos extintores, seguindo os requisitos da NBR 12962. Essa manutenção foi executada por um profissional habilitado no local onde foi instalado o dispositivo, ou seja, não foi preciso retirar o extintor do local de instalação. A manutenção em extintores pode ser realizada em três níveis, todavia, somente se passa para o próximo nível, caso o nível mais baixo apresente problemas. Veja a seguir a descrição dos três níveis de manutenção em extintores, segundo a NBR 12962: Primeiro nível – Realizada no ato da inspeção por pessoal habilitado, que pode ser executada no local onde o extintor está instalado. Segundo nível – Realizada com equipamento e local apropriados e por pessoal habilitado. Terceiro nível – Manutenção revisional total do extintor, incluindo laboratório com ensaios hidrostáticos. Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar os pontos! 1. O ENGENHEIRO, AO FAZER SUA CONSULTA NA LEGISLAÇÃO PARA REALIZAR UM NOVO PROJETO NA PLANTA INDUSTRIAL, PERCEBE A NECESSIDADE DE CONSULTAR O COMITÊ ESPECÍFICO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO. EM SUA TOMADA DE DECISÃO, QUAL COMITÊ SERÁ ESCOLHIDO PELO ENGENHEIRO? A) CB 002 B) CB 24 C) CB 001 D) CB 003 E) CB 004 2. O ENGENHEIRO CONSTATOU QUE OS EXTINTORES DO PRIMEIRO PAVIMENTO PRECISAVAM DE MANUTENÇÃO. ELE PRECISAVA DE UM PROFISSIONAL HABILITADO E QUE A MANUTENÇÃO FOSSE REALIZADA NO MESMO LOCAL ONDE O EXTINTOR ESTÁ INSTALADO. EM SUA TOMADA DE DECISÃO, QUAL O PROCESSO DE MANUTENÇÃO O ENGENHEIRO DEVE ESCOLHER? A) Manutenção de primeiro nível B) Manutenção de segundo nível C) Manutenção de terceiro nível D) Manutenção de quarto nível E) Manutenção mista GABARITO 1. O engenheiro, ao fazer sua consulta na legislação para realizar um novo projeto na planta industrial, percebe a necessidade de consultar o comitê específico de segurança contra incêndio. Em sua tomada de decisão, qual comitê será escolhido pelo engenheiro? A alternativa "B " está correta. a) Errada, comitê construção civil. b) Correta. c) Errada, comitê mineração e metalurgia. d) Errada, comitê eletricidade. a) Errada, comitê máquinas e equipamentos. 2. O engenheiro constatou que os extintores do primeiro pavimento precisavam de manutenção. Ele precisava de um profissional habilitado e que a manutenção fosse realizada no mesmo local onde o extintor está instalado. Em sua tomada de decisão, qual o processo de manutenção o engenheiro deve escolher? A alternativa "A " está correta. Segundo a NBR 12962, a alternativa correta é A, pois apresenta conformidade com o subitem normativo (3.3 Manutenção de primeiro nível, geralmente efetuada no ato da inspeção por pessoal habilitado, que pode ser executada no local onde o extintor está instalado, não havendo necessidade de removê-lo para oficina especializada.) 3. O ENGENHEIRO, NO ACOMPANHAMENTO DAS PLANILHAS, CONSTATOU DUAS SITUAÇÕES DIFERENTES: NA PRIMEIRA, OS EXTINTORES, APÓS AS AVALIAÇÕES, APRESENTARAM A NECESSIDADE DA REALIZAÇÃO DE UM ENSAIO HIDROSTÁTICO; NA SEGUNDA SITUAÇÃO, APÓS A AVALIAÇÃO DO PROFISSIONAL, FOI CONSTATADO QUE O EXTINTOR NECESSITAVA DE UMA MANUTENÇÃO QUE EXIGIA FERRAMENTA E EQUIPAMENTO APROPRIADO. EM SUA TOMADA DE DECISÃO, QUAL É A NORMA PARA CONSULTA E QUAIS MANUTENÇÕES DEVEM SER ESCOLHIDAS PELO ENGENHEIRO? RESPOSTA Norma para consulta será a NBR 12962, que aborda a inspeção, a manutenção e a recarga em extintores de incêndio. Com relação à primeira situação, trata-se de uma manutenção de terceiro nível conforme subitem 3.5 Manutenção de terceiro nível ou vistoria. Processo de revisão total do extintor, incluindo a execução de ensaios hidrostáticos. Na segunda situação, trata-se de uma manutenção de primeiro nível conforme subitem 3.3 Manutenção de primeiro nível. Manutenção geralmente efetuada no ato da inspeção por pessoal habilitado, que pode ser executada no local onde o extintor está instalado, não havendo necessidade de removê-lo para oficina especializada. CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO javascript:void(0) javascript:void(0) LEGISLAÇÃO CONTEXTUALIZADA Foto: Shutterstock.com NESTE MÓDULO, VEREMOS AS PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES EM VIGOR NO BRASIL EM RELAÇÃO AOS SISTEMAS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E EXPLOSÕES. Abordaremos as legislações aplicadas aos códigos de incêndio e pânico existentes no Brasil, pois não temos um único código nacional. Também apresentaremos os dispositivos legais definidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e, evidentemente, as próprias Normas Regulamentadoras de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, em especial a NR 23, que trata especificamente desse importante tema. NOSSA CONCEITUAÇÃO INICIAL PARA ESTE MÓDULO TEM ENFOQUE NA PREVENÇÃO E NO COMBATE A INCÊNDIOS, APRESENTANDO AS PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES PARA QUE UM AMBIENTE ESTEJA EM CONDIÇÕES DE USO, NA MELHOR FORMA POSSÍVEL NO CAMPO DA PREVENÇÃO, OU, NO PIOR DOS CENÁRIOS, COMO PROCEDER NAS METODOLOGIAS DE COMBATE A UM INCÊNDIO, ESTABELECIDAS PELAS NORMAS QUE SERÃO AQUI APRESENTADAS. Isso porque, os profissionais precisam passar à alta diretoria o entendimento de que as medidas que as empresas são obrigadas, por lei, a adotarem para prevenir ou combater um incêndio não devem ser vistas como um custo a mais pelos empresários e/ou por todos aqueles que respondem de alguma forma pela direção da empresa. Tais medidas devem ser encaradas como umdesafio a ser atingido para resguardar a vida dos trabalhadores e salvaguardar o patrimônio físico da empresa ou de qualquer outro tipo de edificação. LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE COMBATE A INCÊNDIOS Neste ponto, vamos abordar a legislação e as normas brasileiras de proteção e combate a incêndio na íntegra, mostrando a evolução normativa no Brasil ao longo dos anos e apresentando a relação direta com grandes acidentes, pois tais eventos apontaram significativos desvios na condução das questões referentes aos riscos de incêndios e explosões. Assim, a evolução da legislação nacional ocorreu em função das grandes perdas ao longo de todos esses anos, e, com isso, foram se aprimorando e reduzindo o número de perdas humanas e materiais. Foto: Shutterstock.com COM ISSO, O BRASIL ENTRA EM UM GRUPO DE PAÍSES QUE POSSUEM NORMAS TRABALHISTAS ATUANTES E ATUALIZADAS ÀS NOVAS TENDÊNCIAS. SAIBA MAIS Temos no Brasil uma visão com base na Portaria 3.214, de 8 de junho de 1978, publicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (atual Secretaria do Trabalho integrada ao Ministério da Economia) que aborda as Normas Regulamentadoras, especialmente (e não exclusivamente) a NR 23, que trata de prevenção e combate a incêndios, a NR 10, que trata das instalações elétricas, e a NR 5, que fala sobre a comissão interna de prevenção de acidentes. Além dessa importante portaria, temos a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que publica e revisa periodicamente diversas orientações técnicas a serem seguidas, inclusive no campo de prevenção de incêndios e explosões, que veremos mais adiante. A ABNT possui atualmente um Comitê Técnico de Gestão, o CB24, que regula a matéria nesse campo, bem como a norma ABNT NBR 10897, que estabelece os requisitos mínimos para o projeto e a instalação de sistemas de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos. Outra questão fundamental que devemos abordar tem relação com os diversos códigos contra incêndio e pânico, os chamados COSIP, que são regulados pelo corpo de bombeiros de cada estado. Infelizmente, não há uma padronização dos códigos estaduais para a criação de código nacional, apesar de todos os esforços dos profissionais da área de prevenção nesse processo, o que permite que ocorram enormes diferenças entre um e outro procedimento no âmbito de prevenção contra incêndios. Essa situação ocorre muito em função da autonomia que cada estado tem para implementar militarmente suas composições, ou seja, num estado há o corpo de bombeiros como instituição militar independente, como no caso do Rio de Janeiro e, em outros estados, como em São Paulo, o corpo de bombeiros está vinculado à polícia militar. A Lei Brasileira de Prevenção e Combate a Incêndios é a Lei nº 13.425, conforme apresentaremos a seguir. LEI Nº 13.425, DE 30 DE MARÇO DE 2017 Estabelece diretrizes gerais sobre medidas de prevenção e combate a incêndio e a desastres em estabelecimentos, edificações e áreas de reunião de público; altera as Leis nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, e 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil; e dá outras providências. Essa lei apresenta as seguintes diretrizes e orientações a seguir. ESTABELECER DIRETRIZES GERAIS E AÇÕES COMPLEMENTARES SOBRE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS E A DESASTRES EM ESTABELECIMENTOS, EDIFICAÇÃO E EM ÁREAS DE REUNIÕES DE PÚBLICOS. DEFINIR ATOS SUJEITOS À APLICAÇÃO DA LEI Nº 8.429 DE 2 DE JUNHO DE 1992, QUE DISPÕE SOBRE AS SANÇÕES APLICÁVEIS AOS AGENTES PÚBLICOS NO CASO DE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO NO EXERCÍCIO DO MANDATO DO CARGO, EMPREGO OU FUNÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA OU INDIRETA. CARACTERIZAR A PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS E DESASTRES COMO CONDIÇÃO PARA A ELABORAÇÃO DE PROJETOS ARTÍSTICOS, CULTURAIS, ESPORTIVOS, CIENTÍFICOS E OUTROS QUE ENVOLVAM INCENTIVOS FISCAIS DA UNIÃO. PREVER RESPONSABILIDADES PARA OS ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO DE EXERCÍCIOS DAS PROFISSÕES DAS ÁREAS DE ENGENHARIA E ARQUITETURA, NA FORMA QUE ESPECIFICA. ATENÇÃO Observem o texto da lei e sua abrangência, incluindo recursos e responsabilizações quanto à prevenção de incêndios e explosões. Agora, vamos ampliar as abordagens da própria Legislação Nacional de prevenção contra incêndios, considerando as classificações a seguir. CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES (QUANTO À CARGA DE INCÊNDIO) Foto: Shutterstock.com Para a classificação das edificações quanto aos riscos de incêndio (pequeno, médio e grande), são adotados critérios e parâmetros fundamentados em requisitos ou fatores de natureza estrutural, de natureza ocupacional e de natureza humana. Confira no quadro a seguir: Risco Carga de incêndio em MJ/m² Baixo Até 300 MJ/m² Médio Acima de 300 até 1.200 MJ/m² Alto Acima de 1.200 MJ/m² Ocupação/Uso Descrição Divisão Carga de incêndio (qn) em MJ/m² Residencial Alojamentos estudantis A-3 300 Apartamentos A-2 300 Casas térreas ou sobrados A-1 300 Pensionatos A-3 300 Serviço de hospedagem Hotéis B-1 500 Motéis B-1 500 Apart-hotéis B-2 300 Locais de reunião de público Bibliotecas F-1 2000 Cinemas, teatros e similares F-5 600 Circos e assemelhados F-7 500 Centros esportivos e de exibição F-3 150 Clubes sociais, boates e similares F-6 600 Estações e terminais de passageiros F-4 200 Exposições F-10 Adotar anexo B Igrejas e templos F-2 200 Museus F-1 300 Restaurantes F-8 300 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Quadro: Classificação das edificações (quanto à carga de incêndio). Extraído de: Instrução Técnica 014/2010 – Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo – Anexo A. EDIFICAÇÕES DE PEQUENO RISCO Unifamiliares Mistas Garagens EDIFICAÇÕES DE MÉDIO RISCO Hotéis Fábricas javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Shoppings Mercados Bibliotecas EDIFICAÇÕES DE GRANDE RISCO Hangares Locais de torrefação de café́ Moinhos de cereais LOGO, DEVEREMOS SEGUIR A LEGISLAÇÃO, CONSIDERANDO AS CLASSIFICAÇÕES VISTAS ANTERIORMENTE EM NOSSOS PROJETOS E ALINHAMENTOS PREVENTIVOS QUANTO AOS RISCOS DE INCÊNDIOS E DEMAIS DESASTRES. AO SER SEGUIDA, ESSA CLASSIFICAÇÃO RESTRINGE ERROS DE PROJETO E, CONSEQUENTEMENTE, EVITA PERDAS HUMANAS. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) Foto: Shutterstock.com javascript:void(0) javascript:void(0) ABNT É A SIGLA DE ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, UM ÓRGÃO PRIVADO E SEM FINS LUCRATIVOS QUE SE DESTINA A PADRONIZAR AS TÉCNICAS DE PRODUÇÃO FEITAS NO PAÍS. A normalização técnica dos produtos científicos e tecnológicos documentais é fundamental para a total e ampla compreensão e identificação deles. Logo, também no segmento de proteção e combate a incêndios e explosões, a ABNT tem um importante papel, especialmente no campo preventivo. Poderemos observar que as abordagens da ABNT e seus diversos comitês técnicos de gestão seguem a premissa das medidas preditivas e preventivas, mas nos orientam quanto às ações corretivas no combate a um possível evento que contenha fogo e fumaça tóxica. VOCÊ SABIA A ABNT é o único foro nacional de normalização, por reconhecimento da sociedade brasileira desde a sua fundação, em 28 de setembro de 1940, e confirmado pelo governo federal por meio de diversos instrumentos legais. É responsável pela elaboração das Normas Brasileiras (NBR), destinadas aos mais diversos setores. A ABNT participa da normalização regional na Associação Mercosul de Normalização (AMN), na Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas (Copant) e da normalização internacional na International Organization for Standardization (ISO) e na International Electrotechnical Commission (IEC). O sistema de combate a incêndio (SCI) no Brasil possui um total de 74 normas técnicas da ABNT. Temos ainda o Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio (CB24), que é o órgão da ABNT responsável pela elaboração das normas técnicas na área de segurança contra incêndio. ASSIM, O CB24 DA ABNT DEFINE A NORMALIZAÇÃO NA ÁREA DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS PARA FABRICAÇÃO DEPRODUTOS, ELABORAÇÃO DE PROJETOS, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO AO FOGO DE MATERIAIS, MEDIÇÃO, QUANDO SUBMETIDOS A FONTES DE CALOR E CHAMA, SOB CONDIÇÕES CONTROLADAS, NO QUE CONCERNE À TERMINOLOGIA E AOS REQUISITOS. Também estão incluídas as normas relativas à formação para profissionais na área de segurança contra incêndio. Duas dessas normas tratam da manutenção de forma específica. Vejamos a seguir: NBR 12962 ABORDA A INSPEÇÃO, MANUTENÇÃO E RECARGA EM EXTINTORES DE INCÊNDIO ESSA NORMA ABORDA O PROCESSO DE INSPEÇÃO, MANUTENÇÃO (PRIMEIRO, SEGUNDO E TERCEIRO NÍVEL) E RECARGA, MOSTRANDO AS DOCUMENTAÇÕES COMPLEMENTARES E AS ORIENTAÇÕES DAS MANUTENÇÕES PARA AUXÍLIOS DO PROJETISTA. ESSES CONCEITOS VÃO AJUDAR MUITO NA SUA FORMAÇÃO PROFISSIONAL. Confira mais detalhes sobre ela a seguir! OBJETIVO Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis para inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES NBR 7195 - Cor na segurança do trabalho - Procedimento. NBR 9654 - Indicador de pressão para extintores de incêndio - Especificação. NBR 9695 - Pó químico para extinção de incêndio - Especificação. NBR 10721 - Extintores de incêndio com carga de pó químico - Especificação. NBR 11715 - Extintores de incêndio do tipo carga d’água - Especificação. NBR 11716 - Extintores de incêndio com carga de gás carbônico - Especificação. NBR 11751 - Extintores de incêndio - Tipo espuma mecânica - Especificação. NBR 11762 - Extintores de incêndio portáteis de hidrocarbonetos halogenados – Especificação. NBR 11863 - Carga para extintor de incêndio à base de espuma química e carga líquida - Especificação. DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma, são adotadas as seguintes definições: INSPEÇÃO Exame periódico, efetuado por pessoal habilitado, que se realiza no extintor de incêndio, com a finalidade de verificar se este permanece em condições originais de operação. MANUTENÇÃO Serviço efetuado no extintor de incêndio, com a finalidade de manter suas condições originais de operação, após sua utilização ou quando requerido por uma inspeção. MANUTENÇÃO DE PRIMEIRO NÍVEL Manutenção geralmente efetuada no ato da inspeção por pessoal habilitado, que pode ser executada no local onde o extintor está instalado, não havendo necessidade de removê-lo para oficina especializada. MANUTENÇÃO DE SEGUNDO NÍVEL Manutenção que requer execução de serviços com equipamento e local apropriados e por pessoal habilitado. MANUTENÇÃO DE TERCEIRO NÍVEL OU VISTORIA Processo de revisão total do extintor, incluindo a execução de ensaios hidrostáticos. RECARGA Reposição ou substituição da carga nominal de agente extintor e/ou expelente. COMPONENTES ORIGINAIS Aqueles que formam o extintor como originalmente fabricado ou que são reconhecidamente fabricados pelo fabricante do extintor. Exceção para o quadro de instruções, desde que contenha as informações originais do fabricante e a identificação da empresa de manutenção. ENSAIO HIDROSTÁTICO Aquele executado em alguns componentes do extintor de incêndio sujeitos à pressão permanente ou momentânea, utilizando-se normalmente a água como fluido, que tem como principal objetivo avaliar a resistência do componente a pressões superiores à pressão normal de carregamento ou de funcionamento do extintor, definidas em suas respectivas normas de fabricação. CONDIÇÕES GERAIS INSPEÇÃO A frequência de inspeção é de 6 meses para extintores de incêndio com carga de gás carbônico e cilindros para o gás expelente, e de 12 meses para os demais extintores. Nota: Recomenda-se maior frequência de inspeção aos extintores que estejam sujeitos a intempéries e/ou condições especialmente agressivas. O relatório de inspeção deve conter no mínimo as seguintes informações: • Data da inspeção e identificação do executante. • Identificação do extintor. • Localização do extintor. • Nível de manutenção executado, discriminado de forma clara e objetiva. Todo extintor deve possuir um controle para registro das inspeções. MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO DE PRIMEIRO NÍVEL A manutenção de primeiro nível consiste em: • Limpeza dos componentes aparentes. • Reaperto de componentes roscados que não estejam submetidos à pressão. • Colocação do quadro de instruções. • Substituição ou colocação de componentes que não estejam submetidos à pressão por componentes originais. • Conferência, por pesagem, da carga de cilindros carregados com dióxido de carbono. MANUTENÇÃO DE SEGUNDO NÍVEL A manutenção de segundo nível consiste em: •Desmontagem completa do extintor. •Verificação da carga. •Limpeza de todos os componentes. •Controle de rosca visual, sendo rejeitadas as que apresentarem um dos eventos: crista danificada; falhas de filetes; e francos desgastados. •Verificação das partes internas e externas quanto à existência de danos ou corrosão. •Substituição de componentes, quando necessária, por outros originais. NBR 12693 SISTEMAS DE PROTEÇÃO POR EXTINTORES DE INCÊNDIO ESSA NORMA TÉCNICA ABORDA OS SISTEMAS DE PROTEÇÃO POR EXTINTORES, OS DOCUMENTOS COMPLEMENTARES, AS DEFINIÇÕES, AS CLASSES DE RISCOS DE ACORDO COM A NATUREZA DA EDIFICAÇÃO E AS CONCEPÇÕES PARA OS PROJETOS ENVOLVENDO OS EXTINTORES PORTÁTEIS. ESSES CONCEITOS VÃO AJUDAR MUITO NA SUA FORMAÇÃO PROFISSIONAL. OBJETIVO Esta Norma fixa as condições exigíveis para projeto e instalação de sistemas de proteção por extintores portáteis e/ou sobre rodas. Esta Norma se aplica a riscos isolados que necessitem de sistema de proteção por extintores portáteis e/ou sobre rodas, para a salvaguarda de pessoas e bens materiais. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES Na aplicação desta Norma é necessário consultar: Portarias nos 3 e 4 (de 1º de setembro de 1952 e 30 de setembro de 1952) e subsequentes, do Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização. NBR 7195 - Cor na segurança do trabalho - Procedimento. NBR 7532 - Identificação de extintores de incêndio - Dimensões e cores - Padronização. NBR 9443 - Extintor de incêndio classe A - Ensaio de fogo em engradado de madeira - Método de ensaio. NBR 9444 - Extintor de incêndio classe B - Ensaio de fogo em líquido inflamável - Método de ensaio. DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma, são adotadas as seguintes definições: Área protegida Área medida em metros quadrados de piso, protegida por uma unidade extintora, em função do risco. Agente extintor Substância utilizada para a extinção de fogo. Carga Quantidade de agente extintor contida no extintor de incêndio, medida em litro ou quilograma. Capacidade extintora Medida do poder de extinção de fogo de um extintor, obtida em ensaio prático normalizado. Distância máxima a ser percorrida Distância máxima real, em metros, a ser percorrida por um operador, do ponto de fixação do extintor a qualquer ponto da área protegida pelo extintor. DOS RISCOS Para fins da proteção contra incêndio por extintores de que trata esta Norma, enquanto não houver norma brasileira para o assunto, são considerados os riscos isolados (1) constantes da Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil - T.S.I.B. (2), em três classes, de acordo com a natureza de suas ocupações: Classe A (risco pequeno) - Classes de ocupação pela T.S.I.B., 01 e 02, excluídos os depósitos, que devem ser considerados como classe B; Classe B (risco médio) - Classes de ocupação pela T.S.I.B., de 03 a 06, inclusive os depósitos de classe de ocupação 01 e 02; Classe C (risco grande) - Classes de ocupação pela T.S.I.B., de 07 a 13. PROJETO DO SISTEMA O sistema de proteção contra incêndio por extintores, portáteis e/ou sobre rodas, deve ser projetado considerando-se: A classe de risco a ser protegida e respectiva área. A natureza do fogo a ser extinto. O agente extintor a ser utilizado. A capacidade extintora do extintor. A distância máxima a ser percorrida. ATENÇÃO Observem a importância das orientações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas em relação aos diversos aspectos preventivos. No caso das NBR acima, as orientaçõesquanto aos extintores de incêndio são fundamentais para seu uso correto, manuseio, recarga, testes hidrostáticos e conceitos sobre os riscos das edificações, capacidade do extintor e das distâncias a serem percorridas por um operador. Passe o cursor na imagem. Objeto com interação. É muito comum verificarmos que, em casos de necessidades de uso dos extintores, eles apresentam defeitos e inconsistências, além de estarem colocados em locais indevidos, com obstáculos e de difícil acesso, o que gera não conformidades e o fazem perder sua função exatamente nos momentos mais importantes. Logo, ampliando as orientações do próprio Comitê Técnico da ABNT – CB24, que apresenta em primeiro plano o objetivo da proteção das pessoas, temos as seguintes publicações complementares no âmbito da prevenção: Clique nos itens a seguir. Clique nos itens a seguir. ABNT NBR 11785:2018 Barra antipânico – Requisitos ABNT NBR 16640:2018 Segurança contra incêndio para sistemas de transporte sobre trilhos – Cálculo de escape de estações metro-ferroviárias em emergência. ABNT NBR 11742:2018 Porta corta-fogo para saída de emergência. ABNT NBR 16400:2018 Chuveiros automáticos para controle e supressão de incêndios – Especificações e métodos de ensaio. Assim, podemos afirmar que a Associação Brasileira de Normas Técnicas é uma instituição não governamental, paritária, que estabelece todas as orientações técnicas necessárias para implementarmos procedimentos seguros, em todos os níveis e seguimentos econômicos, garantindo padrões e processos de qualidade, como no caso de segurança na área de proteção contra incêndios e explosões. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Imagem: Shutterstock.com VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. A LEGISLAÇÃO NACIONAL ESTABELECE PARÂMETROS DE ENQUADRAMENTOS PARA AS EDIFICAÇÕES, CONFORME SUAS CARACTERÍSTICAS E RISCOS QUANTO ÀS PERDAS DECORRENTES DE POSSÍVEIS INCÊNDIOS OU OUTROS SINISTROS. MARQUE O CORRETO ENQUADRAMENTO DE UM SHOPPING CENTER. A) Edificação de médio risco B) Edificação de pequeno risco C) Edificação de grande risco D) Edificação de enorme risco E) Edificação de risco desprezível 2. CB 24 DA ABNT DEFINE A NORMALIZAÇÃO NA ÁREA DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS, DESDE A FABRICAÇÃO DE PRODUTOS, ELABORAÇÃO DE PROJETOS, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO AO FOGO DE MATERIAIS, MEDIÇÃO, QUANDO SUBMETIDOS A FONTES DE CALOR E CHAMA, SOB CONDIÇÕES CONTROLADAS, NO QUE CONCERNE À TERMINOLOGIA E AOS REQUISITOS. ASSIM, O CB24 TRATA DE TRÊS NORMAS ESPECÍFICAS, DENTRE ELAS A QUE ABORDA “MANUTENÇÃO DE TERCEIRO NÍVEL (VISTORIA) EM EXTINTORES DE INCÊNDIO”. MARQUE ABAIXO A NBR REFERENTE A ESSE CAMPO DE ATUAÇÃO. A) NBR 12779 B) NBR 12962 C) NBR 12485 D) NBR 13485 E) NBR 13779 GABARITO 1. A Legislação Nacional estabelece parâmetros de enquadramentos para as edificações, conforme suas características e riscos quanto às perdas decorrentes de possíveis incêndios ou outros sinistros. Marque o correto enquadramento de um shopping center. A alternativa "A " está correta. De acordo com a legislação nacional, os empreendimentos como os shopping centers são classificados como “edificações de médio risco”. Esse enquadramento decorre de uma série de variáveis, como possibilidades de saídas de emergência, rotas de fugas, áreas livres de escapes, características da própria construção etc. 2. CB 24 da ABNT define a normalização na área de segurança contra incêndios, desde a fabricação de produtos, elaboração de projetos, análise e avaliação de desempenho ao fogo de materiais, medição, quando submetidos a fontes de calor e chama, sob condições controladas, no que concerne à terminologia e aos requisitos. Assim, o CB24 trata de três normas específicas, dentre elas a que aborda “Manutenção de Terceiro Nível (vistoria) em extintores de incêndio”. Marque abaixo a NBR referente a esse campo de atuação. A alternativa "B " está correta. A Norma Brasileira NBR 13485, emitida pelo Comitê Técnico de Gestão – CB24 da Associação Brasileira de Normas Técnicas, estabelece as medidas corretas para manutenção, manuseio, recarga, testes hidrostáticos e demais procedimentos preventivos para os extintores. MÓDULO 2 Identificar as proteções contra incêndio em sistemas elétricos de baixa tensão LIGANDO OS PONTOS Foto: Shutterstock.com Você sabe qual é o assunto tratado na NBR 5410? Conseguiria identificar as principais classificações referente às condições dos ocupantes nas rotas de fuga? Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o case da empresa HM Equatorial. A empresa HM Equatorial tem sua principal atividade na construção civil, ou seja, possui atuação industrial. A empresa contratou um engenheiro para realizar o projeto de combate a incêndio nas instalações elétricas, o engenheiro usou como base de consulta a NBR 5410 (instalações elétricas de baixa tensão) e a NR 10 (saúde e segurança do trabalho – SST). Em sua primeira ação, o engenheiro classificou um setor da edificação como BE1. Nesse caso, a edificação tem risco de incêndio desprezível. Lembrando que essas classificações podem variar em BE2 – risco de incêndio, BE3 – risco de explosão e BE4 – risco de contaminação. Essas classificações estão presentes na NBR 5410 em sua tabela 22, localizada na página 33. O engenheiro também parametrizou a edificação em relação à baixa densidade de ocupação e rotas de fugas fáceis, cuja sigla é somente BD, que faz referência ao conceito da mobilidade do ocupante em uma rota de fuga. Nessa classificação, o projetista escolheu BD2, que caracteriza um percurso longo até a saída para a evacuação. Lembrando que essa classificação fica subdividida em: BD2 (baixa taxa de densidade de ocupação, percurso de fuga longo); BD3 (alta taxa de densidade de ocupação, percurso de fuga breve); BD4 (alta taxa de densidade de ocupação, percurso de fuga longo). O profissional, então, fechou seus relatórios antes de iniciar as concepções do projeto, fazendo uma última classificação na edificação, cuja sigla é a CA2, que indica que a edificação foi construída com madeira, ou outros materiais que servem de combustível ao fogo. Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos? 1. NA CONCEPÇÃO DE PROJETO CONTRA INCÊNDIO PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS, O ENGENHEIRO QUER CLASSIFICAR A EDIFICAÇÃO DE ACORDO COM A NATUREZA DOS MATERIAIS ENVOLVIDOS NA MONTAGEM DE SUAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO. DIANTE DISSO, PARA FAZER UMA CORRETA CLASSIFICAÇÃO, QUAL DEVE SER A NORMA CONSULTADA? A) NBR 12962 B) NBR 12693 C) NBR 9077 D) NBR 5410 E) NBR 6118 2. UM ENGENHEIRO FOI CHAMADO PARA A VISTORIA DO PROJETO DE INCÊNDIO COM ÊNFASE NAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO. LOGO PERCEBEU, EM SUA ANÁLISE TÉCNICA, QUE A EDIFICAÇÃO OFERECE RISCO DE INCÊNDIO DE ACORDO COM A TABELA 22 DA NBR 5410, POIS HÁ A INTERFERÊNCIA DO AMBIENTE EXTERNO NAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS. DIANTE DISSO, EM SUA TOMADA DE DECISÃO, O ENGENHEIRO DEVE CLASSIFICAR A EDIFICAÇÃO EM QUAL CATEGORIA? A) BE1 B) BE2 C) BE3 D) BE4 E) BE5 GABARITO 1. Na concepção de projeto contra incêndio para instalações elétricas, o engenheiro quer classificar a edificação de acordo com a natureza dos materiais envolvidos na montagem de suas instalações elétricas de baixa tensão. Diante disso, para fazer uma correta classificação, qual deve ser a norma consultada? A alternativa "D " está correta. Segundo a ABNT, a alternativa correta é a D, pois a seguinte norma NBR 5410 trata das instalações elétricas de baixa tensão e consta em sua tabela 22, na página 33, as classificações de acordo com a natureza dos materiais em processamento ou armazenamento. 2. Um engenheiro foi chamado para a vistoria do projeto de incêndio com ênfase nas instalações elétricas de baixa tensão. Logo percebeu, em sua análise técnica, quea edificação oferece risco de incêndio de acordo com a tabela 22 da NBR 5410, pois há a interferência do ambiente externo nas instalações elétricas. Diante disso, em sua tomada de decisão, o engenheiro deve classificar a edificação em qual categoria? A alternativa "B " está correta. Segundo a NBR 5410, a alternativa correta é a B, pois apresenta conformidade com a tabela 22, página 33, da NBR 5410, que trata das classificações de acordo com a natureza dos materiais processados ou armazenados. Código Classificação Características Aplicações e exemplos BE1 Riscos desprezíveis - - BE2 Riscos de incêndio Presença de substâncias combustíveis, como fibras e líquidos com alto ponto de fulgor Locais de processamento ou armazenagem de papel, feno, palha, aparas ou gravetos de madeira, fibras de algodão ou lã, hidrocarbonetos, plásticos granulados. BE3 Riscos de explosão Presença de substâncias inflamáveis, como líquidos com baixo ponto de fulgor, gases e vapores, pós Locais de processamento e armazenagem de pós combustíveis (amido de milho, açúcar, farinhas, resinas fenólicas, plásticos, enxofres, combustíveis sujeitos a explosão e substâncias explosivas. alumínio, magnésio, etc.); indústrias químicas e de petróleo; usinas e depósitos de gás; fábricas e depósitos de explosivos. BE4 Riscos de contaminação Presença de alimentos, produtos farmacêuticos e análogos, sem proteção Indústrias alimentícias, grandes cozinhas. Certas precauções podem ser necessárias para evitar que os produtos em processamento sejam contaminados, por exemplo, por fragmentos de lâmpadas. Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela 22 - Natureza dos materiais processados ou armazenados Extraído de: ABNT, 2004, p. 33. 3. UM CERTO DIA, A EMPRESA CONTRATOU UM ENGENHEIRO PARA REALIZAR UMA VISTORIA PERIÓDICA NA EDIFICAÇÃO. DURANTE A VISITA, FOI DETECTADO UM RISCO DE EXPLOSÃO NA EDIFICAÇÃO E, NA ANÁLISE DOS CRITÉRIOS DAS SAÍDAS DE EVACUAÇÃO, FOI DIAGNOSTICADO UM PERCURSO DE EVACUAÇÃO BREVE, O QUE RESULTA EM ALTA DENSIDADE DE OCUPAÇÃO NAS PORTAS DE EVACUAÇÃO DA EDIFICAÇÃO. ALÉM DISSO, FOI CONSTATADO QUE OS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO DA EDIFICAÇÃO SÃO PROPÍCIOS À PERMISSÃO DE PROPAGAÇÃO DO FOGO. COM BASE NESSAS INFORMAÇÕES E CONSIDERANDO TODAS AS SITUAÇÕES ACIMA, QUAL DECISÃO O ENGENHEIRO DEVE TOMAR EM RELAÇÃO À CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO? EM SUA TOMADA DE DECISÃO, QUAL É A NORMA PARA CONSULTA E QUAIS MANUTENÇÕES DEVEM SER ESCOLHIDAS PELO ENGENHEIRO? RESPOSTA Segundo a NBR 5410, a primeira classificação será BE3, de acordo com a tabela 22 da norma. Na segunda classificação, será BD3, pois está de acordo com o subitem BD3: alta densidade de ocupação, percurso de fuga breve, previsto na tabela 21 da norma. A terceira classificação será CB2, pois são aquelas cujas estruturas facilitam a propagação de incêndio. PONTOS IMPORTANTES DOS SISTEMAS ELÉTRICOS javascript:void(0) javascript:void(0) NORMA TÉCNICA 5410 EM UMA VISÃO GERAL Foto: Shutterstock.com Este módulo trata em especial da norma ABNT NBR 5410:2004 – Instalações elétricas de baixa tensão, tendo suas aplicações nas instalações elétricas das edificações com as seguintes classificações: Residencial Comercial Pública Industrial Prestação de serviços Produção agropecuária Áreas externas sem cobertura Entre outros Dentro do quesito de aplicação, temos também as restrições, tais como: instalações de tração elétrica, carros, embarcações em modo geral, aeronaves em modo geral, redes públicas de iluminação, redes de energia elétrica pública, as instalações em minas (carvão, ouro etc.) e cercas eletrificadas, pois todas essas restrições possuem suas legislações especificas. SAIBA MAIS A Norma Técnica 5410 possui suas aplicações em instalações novas e nas reformas, tendo sua atuação técnica nos circuitos elétricos que são abastecidos em baixa tensão nominal que possui a medição do voltímetro com as seguintes características: menor ou igual a 1.000V em corrente alternada com frequências que marcam valores menores que 400Hz, ou, para efeito de norma, será também de baixa tensão medições de 1500V, só que agora em corrente contínua. A norma técnica é composta também por bases fundamentais, sendo essas bases voltadas para a proteção contra incêndios e queimaduras, contra sobretensões e contra sobrecorrente. Esses conceitos vão contribuir em consultas técnicas na hora da concepção dos projetos elétricos. APLICAÇÃO NA NBR 5410 Neste tópico, vamos abordar as classificações da norma 5410 associadas à segurança contra incêndio, levando em consideração as condições de interferência externa voltadas para a natureza dos materiais em processamento ou armazenamento (BE). Suas divisões são: BE1 Desprezíveis – locais normais, sem risco visível ou iminente. BE2 Incêndio – locais com substâncias combustíveis, líquidos com ponto de fulgor elevado. BE3 Explosão – locais com substâncias inflamáveis e explosivas, como líquidos com baixo ponto de fulgor, gases e vapores (lembrado que a diferença entre gás e vapor no ponto crítico). BE4 Contaminação – locais com alimentos, produtos farmacêuticos e análogos, sem proteção. Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Algumas siglas e interpretações da NBR 5410 ajudam na hora da interpretação de normativas e projetos. São elas: AA TEMPERATURA AMBIENTE. AD PRESENÇA DE ÁGUA. AM INFLUÊNCIAS ELETROMAGNÉTICAS; ELETROSTÁTICAS OU IONIZANTES. AQ DESCARGAS ATMOSFÉRICAS. BD CONDIÇÕES DE FUGA DAS PESSOAS EM EMERGÊNCIA. CA MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO. CB ESTRUTURA DAS EDIFICAÇÕES. NBR 5410 E SUAS REGRAS GERAIS Passe o cursor na imagem. Objeto com interação. Para a concepção do projeto de instalações elétricas, devem ser observadas as normas e os manuais dos fabricantes. Com isso, devemos ter o entendimento que os componentes da instalação não devem representar perigo de incêndio para os materiais adjacentes. Caso o projeto de instalação possua componentes fixos cujas superfícies externas possam provocar incêndio nos materiais periféricos por conta do aumento de temperatura, eles devem respeitar algumas características. Veja quais são elas: I. Na montagem, devem ser envolvidos por materiais com baixa condução térmica. II. Na execução em obra, devem ser separados dos elementos construtivos materiais com baixa condução térmica. III. Na montagem, devem obedecer ao distanciamento de matérias sensíveis ao calor, como também cabe ao engenheiro traçar um plano de dissipação de calor. O engenheiro e o corpo técnico de operação devem ficar atentos aos casos de equipamentos que, em sua operação, produzam arcos ou centelhamento. Esses equipamentos devem ser: I. Revestidos por um material que tenha resistência a arcos. II. Separados por um material que tenha resistência a arcos. III. Montados respeitando as distancias dos dispositivos que sofrem interferências dos arcos, como também é importante cuidar do processo de extinção do arco. Outra orientação importante está relacionada aos componentes fixos que possuem efeito de concentração de calor. Logo, devem obedecer ao distanciamento dos elementos construtivos para que não haja alteração na temperatura devido à transferência de calor causada pela aproximação das peças. O engenheiro também deve estar atento aos componentes que possuem substâncias inflamáveis em quantidade considerável, para que, em caso de incêndio, não haja transferência para os componentes adjacentes. O projetista da instalação deve tomar os seguintes cuidados: Construir um fosso com função de drenagem. Instalar componentes em uma câmara com resistência ao fogo com ventilação externa. VOCÊ SABIA Segundo a Norma Técnica 5410, materiais com a função de envolver (invólucros) os componentes das instalações no período de operação e execução em obra devem suportar altas temperaturas e devem possuir as seguintes características: incombustível e baixacondutibilidade térmica. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO EM LOCAIS BD2, BD3 E BD4 COM BASE NA NBR 5410 Abordaremos subtópico 5.2.2.2 da NBR 5410, que fala sobre BD: ELA É UMA CLASSIFICAÇÃO REFERENTE ÀS CONDIÇÕES DOS OCUPANTES NAS ROTAS DE FUGA, EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA. As condições BD2, BD3 e BD4 são assim conceituadas: Clique nos itens a seguir. Clique nos itens a seguir. BD2 Baixa taxa de densidade de ocupação, percurso de fuga longo. BD3 Alta taxa de densidade de ocupação, percurso de fuga breve. BD4 Alta taxa de densidade de ocupação, percurso de fuga longo. Esses conceitos têm fundamental importância na hora da concepção e interpretação do projeto de combate a incêndio. É importante lembrar que as linhas elétricas não devem ser dispostas em rota de fuga (vias de escape), a menos que sejam obedecidas as seguintes orientações presentes no subitem 5.2.2.2 da NBR 5410: A LINHA ELÉTRICA NÃO DEVE PROPAGAR NEM CONTRIBUIR PARA A PROPAGAÇÃO DE UM INCÊNDIO. A LINHA ELÉTRICA NÃO DEVE ATINGIR TEMPERATURA ALTA O SUFICIENTE PARA INFLAMAR MATERIAIS ADJACENTES. ATENÇÃO Caso esteja aparente, a linha deve ser posicionada fora da zona de alcance normal ou possuir proteção contra os danos mecânicos que possam ocorrer durante uma fuga. Segundo a NBR 5410, em seu subitem 5.2.2.2.3, as linhas elétricas presentes em áreas comuns de circulação com público com classificação BD2, BD3, BD4 devem ser revestidas por completo em material incombustível. O engenheiro deve ficar atento às linhas aparentes e às linhas presentes dentro de paredes ocas, pois a norma 5410 recomenda alguns cuidados. Foto: Shutterstock.com São eles: CUIDADO I Caso as linhas sejam constituídas por cabos fixados em paredes ou em tetos, os cabos não devem propagar chamas, devem ser livres de halogênio e apresentar baixa emissão de fumaça e gases tóxicos. CUIDADO II No caso de linhas constituídas por condutos abertos, os cabos não devem propagar chamas, devem ser livres de halogênio e apresentar baixa emissão de fumaça e gases tóxicos. Já os condutos, caso não sejam metálicos ou de outro material incombustível, devem ser propagadores de chamas, livres de halogênio e possuir baixa emissão de fumaça e gases tóxicos. CUIDADO III No caso de linhas em condutos fechados, os condutos que não sejam metálicos ou de outro material incombustível não devem propagar chamas, devem ser livres de halogênios e apresentar baixa emissão de fumaça e gases tóxicos. Na primeira hipótese (condutos metálicos ou de outro material incombustível), podem ser usados condutores e cabos apenas que não sejam propagadores de chamas; na segunda, devem ser usados cabos que não propaguem as chamas, que sejam livres de halogênio e com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos. Nos locais BD3 e BD4, os dispositivos de manobra e de proteção, exceto certos dispositivos destinados a facilitar a fuga nas emergências, devem ser acessíveis apenas às pessoas autorizadas. Se situados em áreas de circulação, os dispositivos devem ser alojados em gabinetes ou caixas de material incombustível ou de difícil combustão. Não se admite, nas instalações elétricas de locais BD3 ou BD4 e em saídas de emergência, o uso de componentes contendo líquidos inflamáveis. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO EM LOCAIS BE2 COM BASE NA NBR 5410 Vamos estudar agora a classificação BE, que está baseada na natureza dos materiais processados no local. LOCAIS BE2 SÃO AQUELES COM ALTO RISCO DE INCÊNDIO POR CONTA DE SUBSTÂNCIAS COMBUSTÍVEIS EM SEU INTERIOR. LOGO, PARA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE QUANTIDADE DE MATERIAL COMBUSTÍVEL, A ÁREA OU O VOLUME DE LOCAIS BE2, O PROFISSIONAL PODE CONSULTAR AS LEGISLAÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIO E LEGISLAÇÕES DE SEGURANÇA DO TRABALHO. De acordo com subitem 5.2.2.3.10 da NBR 5410, dentro dos locais BE2, quando o engenheiro ou outro profissional habilitado constatar que é necessária a limitação dos riscos de incêndio suscitados pela circulação de correntes de falta, o circuito deve respeitar as orientações a seguir: Protegido por dispositivo a corrente diferencial-residual (dispositivo DR) com corrente diferencial- residual nominal de atuação de, no máximo, 500mA. Supervisionado por um DSI (dispositivo supervisor de isolamento) ou por um dispositivo supervisor à corrente diferencial-residual, ajustados para sinalizar a ocorrência de falta em bases no máximo equivalentes àquelas da alínea a). PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO EM LOCAIS CA2 COM BASE NA NBR 5410 Com base no subitem 5.2.2.4.1, vamos estudar os locais CA2 que possuem como principal diferencial seu método construtivo composto por materiais combustíveis. O ENGENHEIRO DEVE TOMAR CUIDADO A FIM DE PROTEGER AS INSTALAÇÕES PARA NÃO PROVOCAR COMBUSTÃO NOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS, COMO PAREDES, PISOS E TETO. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO EM LOCAIS CB2 COM BASE NA NBR 5410 Neste tópico, abordaremos a proteção nos locais CB2, que têm por principal característica a facilitação do processo de propagação de incêndio. O engenheiro deve tomar cuidado com as instalações de modo a não propagar incêndios para os ambientes adjacentes. Medidas como detectores de incêndio podem ser aplicadas nesses locais. Foto: Shutterstock.com PROTEÇÃO CONTRA QUEIMADURAS COM BASE NA NBR 5410 Vamos estudar sobre a proteção contra queimaduras em pessoas. Para nosso melhor entendimento, os componentes das instalações devem trabalhar dentro de uma zona normal, pois, dentro do raio dessa zona, as temperaturas não provocam queimaduras nas pessoas (colaboradores). Tenha como parametrização o quadro a seguir, que foi extraído da Norma Técnica 5410. Partes acessíveis Material das partes acessíveis Temperaturas máximas (°C) Alavancas, volantes ou punhos de dispositivos de manobra Metálico 55 Não Metálico 65 Previstas para serem tocadas, mas não empunhadas Metálico 70 Não Metálico 80 Não destinadas a serem tocadas em serviço normal Metálico 80 Não Metálico 90 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Quadro: Temperaturas máximas, em serviço normal, das partes acessíveis de componentes da instalação posicionados dentro da zona de alcance normal. Extraído de: ABNT, 2004, p. 60. TÓPICOS ESPECIAIS DA NR 10 Imagem: Shutterstock.com Os tópicos seguintes, extraídos da Norma Regulamentadora 10, apresentam as orientações em caso de emergências provocadas por incêndios e explosões, além de mostrar as proteções para os equipamentos e a necessidade das ordens de serviço para áreas classificadas. 10.9.1 As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser dotadas de proteção contra incêndio e explosão, conforme dispõe a NR 23 - Proteção contra incêndios. 10.9.2 Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) 10.9.3 Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletricidade estática devem dispor de proteção específica e dispositivos de descarga elétrica. 10.9.4 Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de incêndio ou explosões, devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação. 10.9.5 Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente poderão ser realizados mediante permissão para o trabalho com liberação formalizada, conforme estabelece a supressão do agente de risco que determina a classificação da área. EMERGÊNCIA – NR 10 Os seguintes tópicos extraídos na Norma Regulamentadora 10 mostram as orientações em caso de emergência, relacionando os trabalhadores treinados na prestação dos primeiros socorros e as padronizações das empresasnos métodos de resgate. Em outras palavras, trata da associação de ações entre os trabalhadores e as empresas. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Foto: Shutterstock.com 10.12.1 As ações de emergência que envolvam as instalações ou serviços com eletricidade devem constar do plano de emergência da empresa. 10.12.2 Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate e prestar primeiros socorros a acidentados, especialmente por meio de reanimação cardiorrespiratória. 10.12.3 A empresa deve possuir métodos de resgate padronizados e adequados às suas atividades, disponibilizando os meios para a sua aplicação. 10.12.4 Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a manusear e operar equipamentos de prevenção e combate a incêndio existentes nas instalações elétricas. Veja a seguir as particularidades a serem analisadas na escolha da derivação da energia destinada aos sistemas de detecção e combate a incêndio: Características físicas da edificação. Condições de apoio ao combate em situação de risco. Sistemas disponíveis na edificação, para prevenção, combate a incêndio e sinalização e orientação de segurança. A escolha do tipo de sistema de detecção, proteção e combate a incêndio, além de atender às exigências mínimas das autoridades locais, afeta de forma aguda a equação de custo-benefício, enquanto corresponde a um poderoso recurso adicional de valorização de um empreendimento. Atenção aos detalhes acima citados, além de atender às recomendações da norma ABNT NBR 5410. Analisar inclusive as exigências da NR 10 na instalação e operação desses sistemas. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. A CLASSIFICAÇÃO BD DE UM LOCAL REFERE-SE ÀS CONDIÇÕES QUE ELE APRESENTA SOB O PONTO DE VISTA DA FUGA DAS PESSOAS EM EMERGÊNCIAS. A CONDIÇÃO BD2 É DEFINIDA POR A) baixa densidade de ocupação, percurso de fuga longo. B) baixa densidade de ocupação, percurso de fuga curto. C) alta densidade de ocupação, percurso de fuga breve. D) baixa densidade de ocupação, percurso de fuga breve. E) alta densidade de ocupação, percurso de fuga longo. 2. QUAL É A NBR RESPONSÁVEL PELO ESTUDO DOS SISTEMAS ELÉTRICOS DE BAIXA TENSÃO? A) 5410 B) 6118 C) 5419 D) 6022 E) 4578 GABARITO 1. A classificação BD de um local refere-se às condições que ele apresenta sob o ponto de vista da fuga das pessoas em emergências. A condição BD2 é definida por A alternativa "A " está correta. Segundo a NBR 5410, a alternativa correta é A, pois apresenta conformidade com subitem 5.2.2.2 Proteção contra incêndio em locais BD2, BD3 e BD4. 2. Qual é a NBR responsável pelo estudo dos sistemas elétricos de baixa tensão? A alternativa "A " está correta. Segundo a ABNT, a alternativa correta é A, pois está em conformidade com a NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa tensão, com sua segunda edição, de 30 de setembro de 2004. MÓDULO 3 Descrever a legislação das saídas de emergência e das portas corta-fogo LIGANDO OS PONTOS Foto: Shutterstock.com Você sabe qual é o assunto tratado na NBR 9.077? Conseguiria identificar qual o pé-direito mínimo da saída de emergência? Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o case da empresa Shopping HM Center. O Shopping HM Center contratou um engenheiro para realizar uma vistoria no projeto de saídas de emergência e das portas corta-fogo. Para dar início à vistoria, o profissional consulta a NBR 9.077, pois a norma trata de assuntos relacionados às saídas de emergência, mostrando essas saídas como rotas de fuga e seus dimensionamentos. A norma apresenta uma fórmula para o número de saídas que a edificação deve apresentar de modo que ela possa ser rapidamente evadida em caso de incêndio. Tal fórmula é: Onde: N = número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro; P = população; C = capacidade da unidade de passagem. Essa fórmula ajuda o projetista na hora de dimensionar a quantidade de saídas para o Shopping HM Center. Ao dar início à vistoria, o engenheiro constatou que, no prédio do shopping, as saídas de emergências possuem 1,10m de largura. Consequentemente, ele percebeu que há conformidade e que não precisaria alterar nada em relação à largura das portas. No segundo passo da inspeção, mediu um pé-direito de 2,50m e notou novamente que as medidas estavam em conformidade com a norma NBR 9.077, de acordo com os itens 4.5 e 4.5.1 sobre as condições dos acessos. Após essas análises iniciais, o projetista observou as sinalizações e constatou que todas as saídas de emergência estavam sinalizadas e iluminadas de forma clara e nítida para os ocupantes. O engenheiro também parametrizou o shopping de acordo com a NR 23 e constatou conformidade na abertura das saídas, medindo 1,20m. O projetista agora se direcionou para as portas corta-fogo e observou que a edificação tinha portas P-90, que possui um tempo mínimo de 90 minutos no fogo. Após o término da vistoria, ficou constatado que o Shopping HM Center estava dentro dos padrões normativos relacionados à saída de emergência e às portas corta-fogo. Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos? 1. NA ATUALIZAÇÃO DO PROJETO DE INCÊNDIO, O PROJETISTA ESTAVA COM UMA DÚVIDA EM RELAÇÃO AO DIMENSIONAMENTO DAS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA, LOGO, COMEÇOU A PROCURAR NO CATÁLOGO DA ABNT UMA NORMA APLICADA A ESSA TEMÁTICA. EM SUA TOMADA DE DECISÃO, QUAL NORMA O PROJETISTA DEVE ESCOLHER? A) NBR 9077 N = P C B) NBR 6118 C) NBR 5410 D) NBR 6122 E) NBR 12693 2. NOS CÁLCULOS DE SAÍDA DE EMERGÊNCIA, SURGIU UMA DÚVIDA COM RELAÇÃO AO PÉ-DIREITO DA SAÍDA DE EMERGÊNCIA. A FIM DE AVERIGUAR O PÉ-DIREITO, PROJETISTA CONSULTOU A NBR 9.077, QUE LHE INFORMOU QUE O PÉ-DIREITO DA SAÍDA DEVE SER IGUAL A A) 3 metros B) 2,5 metros C) 4 metros D) 6 metros E) 7 metros GABARITO 1. Na atualização do projeto de incêndio, o projetista estava com uma dúvida em relação ao dimensionamento das saídas de emergência, logo, começou a procurar no catálogo da ABNT uma norma aplicada a essa temática. Em sua tomada de decisão, qual norma o projetista deve escolher? A alternativa "A " está correta. a) Correta - NBR 9077 - Saídas de emergência em edifícios b) Errada - NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento c) Errada - NBR - Instalações elétricas de baixa tensão d) Errada - NBR - Fundações e) Errada - Sistemas de proteção por extintores de incêndio 2. Nos cálculos de saída de emergência, surgiu uma dúvida com relação ao pé-direito da saída de emergência. A fim de averiguar o pé-direito, projetista consultou a NBR 9.077, que lhe informou que o pé-direito da saída deve ser igual a A alternativa "B " está correta. Segundo a NBR 9077, a alternativa correta é a B, pois está em conformidade com o item 4.5 Acessos e 4.5.1 Generalidades - d) ter pé-direito mínimo de 2,50m. 3. NA CONCEPÇÃO DE UM PROJETO DE INCÊNDIO, O ENGENHEIRO CONSULTOU AS NORMAS NBR 9.077 E 11.742 PARA RESPONDER AOS SEGUINTES QUESTIONAMENTOS: QUAIS SÃO AS VARIÁVEIS QUE COMPÕEM A FÓRMULA QUE DETERMINA O NÚMERO DE PASSAGEM RELATADA NA NORMA TÉCNICA 9.077? QUAL É A LARGURA E O PÉ-DIREITO MÍNIMO PARA UMA SAÍDA DE INCÊNDIO? QUAL É O MODELO DE PORTA CORTA-FOGO PARA SUPORTAR, NO MÍNIMO, 90 MINUTOS DE FOGO? EM SUA TOMADA DE DECISÃO, QUAIS SERÃO AS RESPOSTAS DO ENGENHEIRO PARA A REALIZAÇÃO DA CONCEPÇÃO DO PROJETO DE INCÊNDIO? RESPOSTA 1 – Segundo a Norma Técnica 9.077, a variável é população, conforme coeficiente da Tabela 5 do Anexo da norma. 2 – Segundo a Norma Técnica 9077, conforme o subitem conformidade 4.5 Acessos e 4.5.1 Generalidades, “d) ter pé-direito mínimo de 2,50m já referente à largura mínima em conformidade”, e conforme 4.4.2 Larguras mínimas a serem adotadas, “a) 1,10 m, correspondendo a duas unidades de passagem de 55cm, para as ocupações em geral”. 3 – Segundo a norma 11742, subitens 4.9 Recomendações de utilizaçãoe 4.9.1 Seleção de classe, “e) P-90: - fechamento de aberturas em paredes corta-fogo de resistência 3h (CF-180)”. SAÍDAS DE EMERGÊNCIA PARA A NR 23 CONCEITUANDO AS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA javascript:void(0) javascript:void(0) Foto: Shutterstock.com Neste módulo, abordaremos as saídas de emergências baseadas na NBR 9077. Para darmos início, essa norma tem alguns objetivos para as saídas de emergência. ELAS DEVEM SERVIR DE ROTA DE FUGA PROJETADA PARA A POPULAÇÃO, TENDO EM VISTA QUE ESSA EVACUAÇÃO DA POPULAÇÃO DEVE SER FEITA EM SEGURANÇA. AS SAÍDAS TAMBÉM SERVEM PARA O AUXÍLIO DO CORPO DE BOMBEIROS NA HORA DO APOIO EXTERNO. DOCUMENTAÇÃO PARA AUXILIAR O PROJETO DE SAÍDAS DE EMERGÊNCIAS Com base na NBR 9077, o projetista precisa de algumas normas para dar auxílio à concepção dos projetos de saídas de emergência. Tais normas vão tratar de assunto como: iluminâncias de interiores, execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio, materiais de construção, paredes e divisórias sem função estrutural, proteção por chuveiros automáticos, portas corta-fogo entre outros pontos importantes. Tais normatizações são aplicadas para complementar. São elas Lei Federal nº 4591, de 16 de dezembro de 1964. NBR 5413 – Iluminâncias de interiores – Procedimento. NBR 5627 – Exigências particulares das obras de concreto armado e protendido em relação à resistência ao fogo – Procedimento. NBR 8132 – Chaminés para tiragem dos gases de combustão de aquecedores a gás – Procedimento. NBR 9050 – Adequação das edificações e do mobiliário urbano à pessoa deficiente – Procedimento. NBR 9441 – Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio – Procedimento. NBR 9442 – Materiais de construção – Determinação do índice de propagação superficial de chama pelo método do painel radiante – Método de ensaio. NBR 10636 – Paredes e divisórias sem função estrutural – Determinação da resistência ao fogo – Método de ensaio. NBR 10897 – Proteção contra incêndio por chuveiro automático – Procedimento. NBR 10898 – Sistema de iluminação de emergência – Procedimento. NBR 11742 – Porta corta-fogo para saídas de emergência – Especificação. NBR 11785 – Barra antipânico – Especificação BS-5588/4 – Code of practice for fire precautions in the design of buildings – Smoke control in protected escape routes using pressurization. Do ponto de vista do engenheiro projetista, essas normas vão complementar tanto o seu trabalho como também do profissional de execução de serviços em saídas de emergências. ALGUMAS DEFINIÇÕES COM BASE NA NBR 9077 Foto: Shutterstock.com Vamos abordar as definições que facilitam a interpretação e a execução de projetos de saídas de emergências. Essas definições são extraídas da norma técnica 9077 e possuem os seguintes termos: abertura desprotegida, acesso, alçapão de alívio de fumaça (AAF), altura ascendente, carga-incêndio, carga térmica ou carga combustível de uma edificação, compartimentar, corrimão ou mainel, entre outros termos. I. Abertura desprotegida Porta, janela ou qualquer outra abertura não dotada de vedação com o exigido índice de proteção ao fogo, ou qualquer parte da parede externa da edificação com índice de resistência ao fogo menor que o exigido para a face exposta da edificação. II. Acesso Caminho a ser percorrido pelos usuários do pavimento, constituindo a rota de saída horizontal, para alcançar a escada ou rampa, área de refúgio ou descarga. Os acessos podem ser constituídos por corredores, passagens, vestíbulos, balcões, varandas e terraços. III. Alçapão de alívio de fumaça (AAF) Abertura horizontal localizada na parte mais elevada da cobertura de uma edificação ou de parte desta, que, em caso de incêndio, pode ser aberta manual ou automaticamente, para deixar a fumaça escapar. IV. Altura da edificação Medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível de descarga, sob a projeção do paramento externo da parede do prédio, ao ponto mais alto do piso do último pavimento, não considerando pavimentos superiores destinados exclusivamente a casas de máquinas, caixas d’água e outros. V. Altura ascendente Medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível da descarga, sob a projeção do paramento externo da parede da edificação, ao ponto mais baixo do nível do piso do pavimento mais baixo da edificação (subsolo). VI. Antecâmara Recinto que antecede a caixa da escada, com ventilação natural garantida por janela para o exterior, por dutos de entrada e saída de ar ou por ventilação forçada (pressurização). VII. Carga-incêndio, carga térmica ou carga combustível de uma edificação Conteúdo combustível de uma edificação ou de parte dela, expresso em termos de massa média de materiais combustíveis por unidade de área, pelo qual é calculada a liberação de calor baseada no valor calorífico dos materiais, incluindo móveis e seu conteúdo, divisórias, acabamento de pisos, paredes e forros, tapetes, cortinas e outros. A carga combustível é expressa em MJ/m², ou kg/m², correspondendo à quantidade de madeira (kg de madeira por m²) que emite a mesma quantidade de calor que a combustão total dos materiais considerados nas dependências. VIII. Compartimentar Separar um ou mais locais do resto da edificação por intermédio de paredes e portas corta-fogo. IX. Corrimão ou mainel Barra, cano ou peça similar, com superfície lisa, arredondada e contínua, localizada junto a paredes ou guardas de escadas, rampas ou passagens para as pessoas nela se apoiarem ao subir, descer ou se deslocar. X. Degrau Conjunto dos dois elementos, horizontal e vertical, de uma escada: o piso, isto é, o degrau propriamente dito, e o espelho. XI. Descarga Parte da saída de emergência de uma edificação que fica entre a escada e o logradouro público ou área externa com acesso a este. XII. Duto de entrada de ar (DE) Espaço no interior da edificação que conduz ar puro, coletado ao seu nível inferior, às escadas, antecâmaras ou acessos, exclusivamente, mantendo-os, com isso, devidamente ventilados e livres de fumaça em caso de incêndio. Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal CONDIÇÕES GERAIS COM BASE NA NBR 9077 Tendo em vista as condições gerais, a classificação das edificações é fundamental para o projeto de saída de emergência, pois obedece a uma relação entre alguns fatores como ocupação, altura, dimensionamento e as caracterizações construtivas. As saídas possuem portas corta-fogo e, no seu interior, possuem rampas ou estacas que servem como pontos ligantes entre os pavimentos. Foto: Shutterstock.com Segundo a NBR 9077, em seu subitem 4.3, as saídas possuem cálculos para a população, sendo levados em consideração alguns fatores tais como população do edifício e população seccionada por pavimentos com base de cálculo em cima dos coeficientes (basificado na ocupação do edifício). Exclusivamente segundo o subitem 4.3.3 Cálculo da população, devem ser incluídas nas áreas de pavimento: As áreas de terraços, sacadas e assemelhados, excetuadas aquelas pertencentes às edificações dos grupos de ocupação A, B e H; As áreas totais cobertas das edificações F-3 e F-6, inclusive canchas e assemelhados; As áreas de escadas, rampas e assemelhados, no caso de edificações dos grupos F-3, F-6 e F-7, quando, em razão de sua disposição em planta, estes lugares puderem, eventualmente, ser utilizados como arquibancadas. DIMENSIONAMENTO DAS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA Foto: Shutterstock.com Vamos abordar o dimensionamento das saídas iniciando pela largura, tendo em vista que essa primeira dimensão abordada tem por base de cálculo a população que pode trafegar por ela nas emergências. A largura das saídas tem alguns critérios mostrados na NBR 9077, em seu subitem 4.4.1.1. São eles: Os acessos são dimensionados em função dos pavimentos que servirem à população. As escadas, rampas e descargas são dimensionadas em função do pavimento de maior população, o qual determina as larguras mínimas paraos lanços correspondentes aos demais pavimentos, considerando-se o sentido da saída. Após a observação normativa, em seu subitem 4.4.1.2, fica evidenciado que a largura das saídas é dada pela seguinte formula: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Onde: N = P C N = número de unidades de passagem,arredondado para número inteiro; P = população; C = capacidade da unidade de passagem. O engenheiro, na hora de projetar as saídas de emergência, deve se atentar à norma técnica 9077 e ao seu subitem 4.4.2, que mostra que as larguras devem obedecer aos seguintes critérios: 1,10m, correspondendo a duas unidades de passagem de 55cm, para as ocupações em geral, ressalvado o disposto a seguir; 2,20m, para permitir a passagem de macas, camas, e outros, nas ocupações do grupo H, divisão H-3. ACESSOS DAS SAÍDAS DE EMERGÊNCIAS Foto: Shutterstock.com Neste ponto da abordagem, falaremos dos acessos às saídas de emergências, que devem conter escoamento fácil, passagem desobstruídas, larguras mínimas, pé-direito mínimo e ser bem-sinalizados. Segundo a NBR 9077 e seu subitem 4.5.1.1, o estudo dos acessos tem por base as seguintes condições: Permitir o escoamento fácil de todos os ocupantes do prédio. Permanecer desobstruídos em todos os pavimentos. Ter larguras de acordo com o estabelecido em 4.4. Ter pé-direito mínimo de 2,50m, com exceção de obstáculos representados por vigas, vergas de portas, e outros, cuja altura mínima livre deve ser de 2,00m; Apresentar sinalização e iluminação com indicação clara do sentido da saída, de acordo com o estabelecido nesta Norma. OS ACESSOS DEVEM PERMANECER LIVRES DE QUAISQUER OBSTÁCULOS, TAIS COMO MÓVEIS, DIVISÓRIAS MÓVEIS, LOCAIS PARA EXPOSIÇÃO DE MERCADORIAS, E OUTROS, DE FORMA PERMANENTE, MESMO QUANDO O PRÉDIO ESTEJA SUPOSTAMENTE FORA DE USO. Código Tipo de edificação Alturas contadas da soleita de entrada ao piso do último pavimento, não consideradas edículas no ático destinadas a casas de máquinas e terraços descobertos (H)Denominação K Edificações térreas Altura contada entre o terreno circundante e o piso da entrada igual ou inferior a 1,00 m L Edificações baixas H ≤ 6,00 m M Edificações de média altura 6,00 < H ≤ 12,00 m N Edificações medianamente altas 12,00 m < H - 30,00 m O Edificações 0 - 1 H > 30,00 m ou altas 0 - 2 Edificações dotadas de pavimentos recuados em relação aos pavimentos inferiores, de tal forma que as escadas dos bombeiros não possam atingi-las, ou situadas em locais onde é impossível o acesso de viaturas de bombeiros, desde que sua altura seja H > 12,00 m Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela 2 - Classificação das edificações quanto à altura. Extraído de: ABNT, 2001, p. 27. SAÍDAS DE EMERGÊNCIA NA NR 23 Foto: Shutterstock.com ESTA PARTE DA NORMA REGULAMENTADORA 23 (NR 23) MOSTRA AS CARACTERÍSTICAS DOS LOCAIS DE TRABALHO, LARGURA MÍNIMA DAS SAÍDAS DE EMERGÊNCIAS, SENTIDO DE ABERTURA DA PORTA, SINALIZAÇÃO DAS SAÍDAS, DETALHES SOBRE AS ESCADAS EM ESPIRAL. Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas, de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência. A largura mínima das aberturas de saída deverá ser de 1,20m. O sentido de abertura da porta não poderá ser para o interior do local de trabalho. Onde não for possível o acesso imediato às saídas, deverão existir, em caráter permanente e completamente desobstruídos, circulações internas ou corredores de acesso contínuos e seguros, com largura mínima de 1,20m. Quando não for possível atingir, diretamente, as portas de saída, deverão existir, em caráter permanente, vias de passagem ou corredores, com largura mínima de 1,20m sempre rigorosamente desobstruídos. As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída. As saídas devem ser dispostas de tal forma que, entre elas e qualquer local de trabalho, não se tenha de percorrer distância maior que 15m nos locais de risco grande e 30m nos ambientes de risco médio ou pequeno. Estas distâncias poderão ser modificadas, para mais ou menos, a critério da autoridade competente em segurança do trabalho, se houver instalações de chuveiros sprinklers, automáticos, e segundo a natureza do risco. As saídas e as vias de circulação não devem comportar escadas nem degraus; as passagens deverão ser bem iluminadas. Os pisos, de níveis diferentes, deverão ter rampas que os contornem suavemente e, neste caso, deverá ser colocado um "aviso" no início da rampa, no sentido da descida. Escadas em espiral, de mãos ou externas de madeira não serão consideradas partes de uma saída. PORTAS CORTA-FOGO PARA AS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA COM BASE NA NBR 11742 Este tópico trata das condições exigíveis de construção, instalação e funcionamento de porta corta-fogo do tipo de abrir com eixo vertical, para saída de emergência. As portas corta-fogo para saídas de emergências são indicadas para instalação nos seguintes locais: Foto: Shutterstock.com antecâmaras e escadas de edifícios; entrada de escritórios e apartamentos; áreas de refúgio; paredes utilizadas na separação de riscos industriais e comerciais e compartimentos de áreas, desde que utilizadas exclusivamente para passagem de pessoal; locais de acesso restrito que se comunicam diretamente com rotas de fuga; acesso às passarelas e intercomunicação entre edifícios; portas em corredores integrantes de rotas de fuga; acesso a recintos de medição, proteção e transformação de energia elétrica. DEFINIÇÕES COM BASE NA NBR 11742 Foto: Shutterstock.com Vamos abordar as definições desse texto normativo, que vai auxiliar o engenheiro e sua equipe técnica na elaboração e execução das portas corta-fogo. Os termos em destaques são: porta corta-fogo para saída de emergência, resistência ao fogo, resistência mecânica ao fogo, dispositivo de fechamento automático, entre outros: PORTA CORTA-FOGO PARA SAÍDA DE EMERGÊNCIA Porta do tipo de abrir com eixo vertical, constituída por folha(s), batente ou marco, ferragens e, eventualmente, matajuntas e bandeira, que atende às características da Norma, impedindo ou retardando a propagação do fogo, calor e gases, de um ambiente para o outro. RESISTÊNCIA AO FOGO Propriedade da porta corta-fogo de suportar o fogo e proteger ambientes contíguos durante sua ação caracterizada pela capacidade de confinar o fogo (estanqueidade, gases quentes e isolamento térmico) e de manter a estabilidade ou resistência mecânica, por determinado período. Esta propriedade é determinada mediante ensaio realizado conforme a NBR 6479. RESISTÊNCIA MECÂNICA AO FOGO Característica da porta corta-fogo de manter a estabilidade estrutural, sob ação do fogo. ESTANQUEIDADE Característica da porta corta-fogo de vedação das chamas e aos gases quentes. PROVA DE FUMAÇA Característica adicional da porta corta-fogo de impedir a passagem de gases ou fumaças, em temperaturas ambientais normais. DISPOSITIVO DE FECHAMENTO AUTOMÁTICO Equipamento mecânico, hidráulico ou pneumático, que propicia o fechamento da(s) folha(s) da porta, sem intervenção humana, a partir de qualquer ângulo de abertura, e o trancamento a partir de aberturas com frestas superiores a 250mm. CLASSIFICAÇÃO DAS PORTA CORTA-FOGO AS PORTAS CORTA-FOGO PARA SAÍDAS DE EMERGÊNCIA SÃO CLASSIFICADAS EM QUATRO CLASSES, SEGUNDO O SEU TEMPO DE RESISTÊNCIA AO FOGO, NO ENSAIO A QUE SÃO SUBMETIDAS, DE ACORDO COM A NBR 6479. A saber: CLASSE P-30 Porta corta-fogo cujo tempo de resistência mínima ao fogo é de 30 minutos. CLASSE P-60 Porta corta-fogo cujo tempo de resistência mínima ao fogo é de 60 minutos. CLASSE P-90 Porta corta-fogo cujo tempo de resistência mínima ao fogo é de 90 minutos. CLASSE P-120 Porta corta-fogo cujo tempo de resistência mínima ao fogo é de 120 minutos. PORTASCORTA-FOGO NA NORMA REGULAMENTADORA 23 (NR 23) Poderão ser exigidos, para certos tipos de indústria ou de atividade em que seja grande o risco de incêndio, requisitos especiais de construção, tais como portas e paredes corta-fogo ou diques ao redor de reservatórios elevados de inflamáveis. VERIFICANDO O APRENDIZADO javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) 1. AS PORTAS CORTA-FOGO DO EDIFÍCIO HM CENTER ESTÃO DENTRO DA CLASSE P-30: PORTA CORTA-FOGO CUJO TEMPO DE RESISTÊNCIA MÍNIMA AO FOGO É DE A) 45 minutos B) 30 minutos C) 90 minutos D) 120 minutos E) 35 minutos 2. COM BASE NA NORMA REGULAMENTADORA 23, QUAL É A LARGURA MÍNIMA DA ABERTURA DA SAÍDA DE EMERGÊNCIA? A) 1,20m B) 1,50m C) 1,80m D) 2,00m E) 1,90m GABARITO 1. As portas corta-fogo do edifício HM Center estão dentro da classe P-30: porta corta-fogo cujo tempo de resistência mínima ao fogo é de A alternativa "B " está correta. Segundo a norma ABNT NBR 11742, a alternativa correta é B, pois está em conformidade com seu subitem 4.1 – a. 2. Com base na norma regulamentadora 23, qual é a largura mínima da abertura da saída de emergência? A alternativa "A " está correta. Segundo a Norma Regulamentadora 23 (NR 23), a alternativa correta é A, pois está em conformidade com o subitem referente às saídas de emergência. MÓDULO 4 Identificar a legislação de segurança do trabalhador e dos sistemas de iluminação de emergência LIGANDO OS PONTOS Foto: Shutterstock.com Você sabe qual é o assunto tratado nas NR 4, 5, 23 e 26 e na NBR 10898? Conseguiria identificar tipos de combates contra incêndio? Para entendermos os conceitos envolvidos, tomando por base uma situação prática, vamos analisar o case da empresa HM Insumos. A empresa HM Insumos contratou uma empresa de consultoria para ministrar um treinamento de combate a incêndio com a seguinte ementa: • Conceitos e aplicações da NR 23 – esta norma fala sobre combate a incêndio. • Conceitos e aplicações da NR 4 – esta norma fala sobre o serviço especializado de engenharia e medicina do trabalho tendo como anexos os seguintes temas: Classificação Nacional de Atividades Econômicas. Dimensionamento dos SESMT. Acidentes com vítima. Doenças ocupacionais. Insalubridade. Acidentes sem vítima. • O instrutor, engenheiro de segurança, também abordou a NR 5, a Portaria nº 3214/1978 e a NBR 10898 – referente a sistema de iluminação de emergência: pautando dois tópicos importantes: I. Para proteção de baterias de acumuladores elétricos, os circuitos de iluminação devem conter seccionadores automáticos de proteção que interrompam o fornecimento de energia, quando esta atingir a tensão mínima de descarga especificada pelo fabricante. II. Tempo de comutação é o intervalo de tempo entre a interrupção da alimentação da rede elétrica da concessionária e a entrada em funcionamento do sistema de iluminação de emergência. No primeiro dia de treinamento, a pauta foi a NR 23, que mostrou as ações do empregador na conscientização no que diz respeito ao uso dos equipamentos contra incêndio, procedimentos de evacuação e alarmes. Em seguida, tratou sobre as saídas de emergência, orientando que elas não podem ficar fechadas e que as passagens devem sempre estar bem-sinalizadas, conforme prescrito na NR 23. Após a pausa para o café, o palestrante abordou a Norma Regulamentadora 5, mostrando a atuação da comissão na prevenção de acidentes, e citou o treinamento de 20 horas sobre noções de combate a incêndio. O penúltimo assunto do dia foi sobre a NR 26, mostrando a relação de cores de sinalização das áreas dos extintores. Por fim, tratou dos sistemas de iluminação de emergência, abordando a NBR 10898. Com relação a essa norma, tratou dos tipos de sistemas de iluminação — conjunto de blocos, sistemas centralizados com bateria, entre outros. Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos? 1. APÓS O TREINAMENTO, O ENGENHEIRO DE PROJETO DA EMPRESA HM ESTAVA ANALISANDO O SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA PARA IDENTIFICAR SE O SISTEMA INSTALADO NA EDIFICAÇÃO DA EMPRESA ATENDE À NORMA EM VIGOR. PARA TANTO, QUAL NORMA NECESSITA PESQUISAR NO CATÁLOGO DE NORMAS TÉCNICAS DA ABNT PARA ANÁLISE DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DA EMPRESA HM? A) NBR 10898 B) NBR 6118 C) NBR 5410 D) NBR 6122 E) NBR 12693 2. NO PROJETO DE COMBATE A INCÊNDIO, A IDENTIFICAÇÃO E A SINALIZAÇÃO SÃO CONCEITOS NECESSÁRIOS PARA A DEMARCAÇÃO DAS ÁREAS DOS EXTINTORES, NA TOMADA DE DECISÃO. QUAL NORMA REGULAMENTADORA DEVE SER A OPÇÃO EFICAZ DO ENGENHEIRO? A) NR 26 B) NR 10 C) NR 11 D) NR 5 E) NR 4 GABARITO 1. Após o treinamento, o engenheiro de projeto da empresa HM estava analisando o sistema de iluminação de emergência para identificar se o sistema instalado na edificação da empresa atende à norma em vigor. Para tanto, qual norma necessita pesquisar no catálogo de normas técnicas da ABNT para análise do sistema de iluminação da empresa HM? A alternativa "A " está correta. Correta –10898 – Sistema de iluminação de emergência. NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão NBR 6122 – Fundações NBR 93 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio 2. No projeto de combate a incêndio, a identificação e a sinalização são conceitos necessários para a demarcação das áreas dos extintores, na tomada de decisão. Qual norma regulamentadora deve ser a opção eficaz do engenheiro? A alternativa "A " está correta. Correta: NR 26 – Sinalizações de segurança NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade NR 11 – Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA NR 4 – Serviços especializados em Engenharia de Segurança em Medicina do Trabalho 3. NA EMPRESA HM INSUMOS, O PROJETO DE SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA SEGUE AS ORIENTAÇÕES DA NBR 10898. EM SEU ACOMPANHAMENTO DA PLANTA, O ENGENHEIRO DETECTOU UM PROBLEMA NA PROTEÇÃO DE BATERIAS DOS ACUMULADORES ELÉTRICOS. EM SUA TOMADA DE DECISÃO, QUAL DEVE SER O PROCEDIMENTO MAIS EFICAZ ADOTADO PELO ENGENHEIRO? RESPOSTA Ação do engenheiro deve ser a seguinte: O engenheiro em sua tomada de decisão vai instalar circuitos de iluminação contendo seccionadores automáticos de proteção. Esses equipamentos vão interromper o fornecimento de energia à medida que atingir a tensão mínima de descarga especificada pelo fabricante. javascript:void(0) javascript:void(0) APLICAÇÃO DAS NORMAS REGULAMENTADORES DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO A LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHADOR Foto: Shutterstock.com Vamos tratar neste módulo de um aspecto em nossa legislação muito importante: a Norma Regulamentadora 23, que trata da proteção contra incêndios. SAIBA MAIS As Normas Regulamentadoras são parte integrante da Portaria 3.214, de 8 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho e Emprego, em que estão publicados todos os procedimentos de segurança para os trabalhadores, sempre com o objetivo de deixarmos os ambientes de trabalho cada vez mais seguros. A proteção e o combate a incêndios estão vinculados especificamente à Norma Regulamentadora 23, mas isso não signifca que esteja “limitada” às suas ações. Algumas outras normas regulamentadoras são fundamentais para que a NR 23 seja bem aplicada. Nos itens a seguir, apresentamos essas NR. NORMA REGULAMENTADORA 4 (NR 4) NR 4 – SESMT: Determina o grau de risco de uma empresa, conforme seu segmento econômico, que pode variar de 01 a 04, bem como determina a composição dos profissionais especializados em Segurança e Medicina do Trabalho. Com isso, engenheiros de Segurança do Trabalho e técnicos em Segurança do Trabalho são profissionais do SESMT responsáveis por implementar procedimentos preventivos, como o rastreamento dos riscos, incluindo treinamentos contra incêndios, planos de abandono e demais orientações
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