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AS COMPETÊNCIAS DO ENGENHEIRO DE COMPUTAÇÃO EM 2030

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AS COMPETÊNCIAS DO
ENGENHEIRO DE COMPUTAÇÃO
EM 2030
1 - INTRODUÇÃO
O meio acadêmico universitário não pode se acomodar a partir
das certezas já obtidas, é tarefa do docente estimular nos grupos
estudantis as competências necessárias para o correto
desenvolvimento de cada profissão e, obrigação do aluno se
dedicar para alcançar a evolução demandada pelo mercado de
seus “skills” alavancando alta performance solução de
problemáticas decorrentes de sua esfera de trabalho e pesquisa.
O engenheiro tem entre outros, o papel de gestor das incertezas,
de solucionador de problemas, de mentor criativo das atividades
nos mais diversos campos de trabalho que demandam seu
conhecimento e competências e, para desempenhar com êxito
toda estas responsabilidades, é imprescindível que o mesmo
tenha atributos que se destaquem no meio coletivo. O
engenheiro deve possuir e desenvolver competências
comportamentais para gerir pessoas, saber trabalhar em equipe e
flutuar entre seus pares e time influenciando desta forma
positivamente o meio, motivando a todos no sentido do objetivo
profissional ao qual o time se propôs a cada projeto.
Além de precisar notadamente de conhecimentos no tocante ao
trato com os recursos pessoais, o engenheiro tem
necessariamente que possuir e desenvolver competências
técnicas de maneira a garantir efetivamente a administração dos
recursos físicos do projeto/negócio, otimizando os
procedimentos e reduzindo os custos, buscando a partir da
inovação (um dos principais atributos do engenheiro), a
condução dos planos de trabalho de ordem operacional, tático e
estratégico da área/organização que representa.
2 - COMPETÊNCIAS DOS ENGENHEIROS ATUAIS
Este artigo se baseia no material divulgado no VII Fórum de
Gestores das Instituições de Engenharia – 2017, especialmente a
partir da apresentação de Paulo Mol Junior, Diretor de Inovação
da CNI.
Em sua apresentação, Mol traz ao conhecimento do público do
referido fórum, as resultantes de um grupo de trabalho formado
por Governo, Associações de classe e empresas de ramos
variados que tiveram como objetivo o fortalecimento e
modernização dos cursos de Engenharia Brasileiro. No encontro,
realizado em 12 de maio de 2017, discutiu-se também, além do
objeto deste artigo, os desafios tecnológicos que influenciarão a
demanda futura, os “clusters” tecnológicos da indústria em 2027
e as necessidades das empresas e cooperação destas com as
instituições de engenharia e governo de maneira a fomentar o
desenvolvimento coletivo.
Abaixo, a listagem completa para cada tópico:
2.1 - Desafios tecnológicos que influenciarão a demanda futura
· Internet das coisas (IoT);
· Manufatura aditiva;
· Automação industrial;
· Novas energias;
· Inteligência artificial (AI);
· Estruturas inteligentes;
· Sensores inovadores;
· Logística flexível;
· Robótica avançada e transporte autônomo;
· Materiais avançados, bio/nanotecnologia;
· Sistemas inteligentes para produtos sob demanda;
· Monitoramento e otimização de tráfego de dados;
· Soluções de economia colaborativa e;
· Gestão do ciclo de vida do produto / serviço.
2.2 - Principais competências demandadas por engenheiros
Comportamentais
• Mentalidade orientada a resultados / capacidade de criar
soluções;
• Capacidade de trabalhar em equipe;
• Facilidade de comunicação e expressão;
• Habilidades de negociação / empreendedorismo;
• Habilidades de liderança (ex.: mentoria, construção de
consenso);
• Relacionamento interpessoal;
• Criatividade;
• Proatividade / Dinamismo e;
• Capacidade para navegar a incerteza;
• Técnicas
• Capacidade de desenvolver e gerir projetos (engenharia de
sistemas, DFX);
• Capacidade de modelar e simular;
• Habilidades de projeto necessárias para decomposição de
problemas, projeto de interfaces e gerenciamento da
complexidade;
• Capacidade desenvolver “software” básico e aplicativos em
ambientes diversos;
• Capacidade de análises técnicas e geração de
experimentos;
• Habilidade para gerar relatórios;
• Fluência em inglês;
• Domínio de:
a. Eletrônica, digitais;
b. Sistemas elétricos, mecânicos, térmicos, fluídos;
c. Materiais (átomos, metais, polímeros, compósitos);
d. Controle de sistemas dinâmicos;
e. Segurança da informação, sistemas operacionais,
compiladores, processamento distribuído e processamento
digital de sinais;
f. Programação, CAD, CAE, C, C++, Java, Phython;
g. Probabilidade, estatística, confiabilidade;
h. “Lean manufacturing” e;
i. Ferramentas da qualidade.
3 - COMPETÊNCIAS DO ENGENHEIRO DE COMPUTAÇÃO EM
2030
Não é possível afirmarmos as competências que serão
demandadas pelo mercado aos engenheiros em 2030, mas
possivelmente veremos também uma evolução das acima
citadas, pois estarão ligadas a condução e manuseio das
tecnologias a serem aplicadas futuramente, evolução de
tecnologias atuais. Claramente podemos crer no
desenvolvimento e evolução de tecnologias ligadas a robótica e
inteligência artificial, nano e biotecnologia, as realidades virtuais
e aumentada, que se interligarão a internet das coisas
interagindo em “bigdata” gerando informações importantes para
o “business intelligence” com armazenamento dos dados no
ambiente de super nuvem.
Somar-se-ão as competências atuais (2.1) todas as habilidades
que auxiliarão na estratificação e análise das informações
geradas a partir deste modelo evoluído, com ênfase a leitura
estatística e implemento de modelos heurísticos que projetem
condições futuras com maior assertividade. É racional incluirmos
neste ponto, todas as competências técnicas que suportem o
ambiente, ou seja, conhecimento técnico para a concepção e
manutenção das novas máquinas.
Acredito que CRIATIVIDADE e RACIOCÍNIO LÓGICO serão duas
das mais importantes competências do engenheiro de 2030. Em
primeiro lugar, criatividade pelo fato de que caberá ao
engenheiro a manutenção de sua posição de vanguarda na
inovação, através da proatividade e dinamismo, analisando de
maneira holística a partir dos problemas que serão enfrentados,
novas possibilidades e soluções simples nunca antes testadas
que facilitem a convivência do modelo social decorrente da
interação de seres humanos com máquinas cada vez mais
autônomas. Em segundo lugar, raciocínio lógico pela importância
em se pensar com razoabilidade de recursos e técnicas na
questão da criação de modelagens que ser implementadas com
eficácia nos simuladores e que comprovem os avanços a partir
dos resultados obtidos nos modelos matemáticos.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Baseado no trabalho de pesquisa realizado para a elaboração
deste artigo, pode-se concluir que o campo de engenharia
continuará vasto em possibilidades, seja para solucionar
problemas existentes ou para o surgimento de novos modelos de
negócio. Importante frisar a necessidade de estudo contínuos
para o o profissional de engenharia de forma a mantê-lo
atualizado as tendências de mercado e novas tecnologias. Com a
massificação da internet, presenciaremos a eliminação de
barreiras geográficas e línguas, o que poderá ser comprovado
com o aumento e solidez na interação de profissionais no âmbito
global em equipes multifuncionais de soluções de problemas.
REFERÊNCIAS
http://www.abenge.org.br/arquivos/forum_apresentacoes/Foru
m%202017%20-%20Paulo%20Mól%20-%20MEI.pdf
http://www.abenge.org.br/arquivos/forum_apresentacoes/Foru

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