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231GGR1289A_ Unidade 3

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14/02/2023 10:58 Geociências e Geologia Ambiental
https://ambienteacademico.com.br/mod/url/view.php?id=767324 1/31
GEOCIÊNCIAS E GEOLOGIA
AMBIENTAL
CAPÍTULO 3 - QUAL A FORMAÇÃO DA
SUPERFÍCIE DO NOSSO PLANETA?
Diego Ferreira Ramos Machado
INICIAR 
Introdução
Ao olharmos “de fora” para o planeta Terra, entendemos que, no seu interior pouco
explorado, prevalecem as dinâmicas da tectônica; já na superfície, onde vivemos,
atuam mais as dinâmicas do intemperismo e dos ambientes de sedimentação. O
que muitas vezes somos chamados a fazer, apesar de todo o Sistema Terra ser
integrado, é compartimentar essas interações para melhor compreendê-las.
Sempre, é claro, entendendo que, no fundo, todos são componentes de uma única
e intrincada teia de relações.
Questionamentos poderiam nos nortear ao longo desse conhecimento. Aliás, o
verbo questionar é a base de toda a Ciência. Será que vivemos em um Planeta
Água? Como será o funcionamento dos oceanos? O que existe sob as águas do mar?
E sob o solo que pisamos?
Essa ânsia de entender de onde viemos e para onde vamos é o que nos levou ao
espaço sideral, à Lua e até ao nosso próprio microcosmo, no interior do nosso
corpo. Então, é por aí que temos de iniciar a nossa viagem exploratória.
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3.1 Interação oceano / continente
Primeiro precisamos dizer que os oceanos, embora ao serem vistos de cima
apresentem um nível aparentemente “uniforme”, na verdade têm um relevo
diversificado (como pode ser visto na figura a seguir), sendo “cerca de quatro vezes
maior em profundidade do que a altitude média das áreas emersas do planeta”, nas
palavras de Tessler e Mahiques (2009, p. 376). Os autores explicam que, enquanto os
continentes têm uma média de 840 m de altitude em relação ao atual nível do mar,
os oceanos apresentam uma média de 3,7 mil metros. A diferença é que, enquanto
para altitudes do relevo emerso utilizamos o termo altimetria, para o relevo imerso
utilizamos batimetria.
Nota-se, na figura anterior, a representação da altimetria e batimetria em um
mapa-múndi. Quando feita por cores com a função de facilitar a leitura, essa
representação recebe o nome de hipsometria (ýpsos = gr. altura + metró = gr.
medir), de forma que um mapa hipsométrico apresenta as cores esverdeadas para
regiões de baixa altitude (geralmente planícies até 200 m), amareladas para regiões
Figura 1 - Imagem representativa da altimetria e batimetria do mundo, mostrando um relevo
presente tanto nos continentes quanto no assoalho submarino. Fonte: Budimir Jevtic, Shutterstock,
2018.
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entre 200 e 600 m (geralmente planaltos) e avermelhadas para montanhas e altas
elevações (acima de 600 metros); para as cores batimétricas, utiliza-se tonalidades
de azul, sendo o mais escuro para regiões mais profundas (IBGE, 2018).
Os oceanos cobrem dois terços da superfície da Terra, no entanto temos de lembrar
que essas águas cobrem uma superfície litosférica, ou seja, a terça parte do planeta,
a qual chamamos de continentes, fazem parte, na verdade, da mesma litosfera e da
mesma crosta que não foi submersa pelas águas. Sem essa visão seria possível –
como há muito se imaginava – pensar que os continentes “boiam” sobre a água.
Somente com estudos científicos que possibilitaram mapear as águas profundas
dos oceanos, através de tecnologias (sobretudo pós a II Guerra Mundial) como o
submarino e os sonares, é que algumas teorias já apontadas puderam ser testadas e
encontraram sentido. Uma delas são os estudos de Alfred Wegener sobre a Deriva
Continental. Essa teoria hoje está mais elaborada (tectônica de placas), mas, para a
época, foi considerada uma loucura. (LAVINA, 2010)
O alemão Alfred Lothar Wegener foi o proponente da teoria da Deriva Continental. Nascido em 1880,
escreveu a obra “A origem dos Continentes e Oceanos”, na qual afirma que os continentes, hoje vistos
separados, outrora estiveram juntos, no que ele chamou de Pangeia. A ideia de Wegener não foi
pioneira, outros antes dele já haviam percebido um possível encaixe entre os continentes, mas sua
teoria fomentou uma outra ainda maior, chamada de tectônica de placas.
Sendo assim, os oceanos são – de forma comparativa – como imensas bacias para
as quais, por serem mais baixas que os continentes, migram as águas que escoam
na superfície emersa. Os rios “vão para o mar”, poderíamos dizer, porque a
gravidade os atrai para onde é topograficamente mais baixo. Contudo, as águas não
vão sozinhas, elas transportam consigo sedimentos continentais e também
elementos dissolvidos (os mais comuns são: Na, Ca, Mg e K).
Enquanto o sódio (Na) permanece dissolvido em grande quantidade e junto com o
cloro caracteriza o mar como salgado, o cálcio (Ca) e o magnésio (Mg) são
importantes na constituição de carbonatos. O carbonato de cálcio, por exemplo, é o
principal componente das carapaças (conchas) dos moluscos. Tessler e Mahiques
VOCÊ O CONHECE?
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(2009, p. 377) afirmam que “o cloro (Cl), embora não seja muito abundante nas
rochas continentais, foi acumulado ao longo do tempo, constituindo o principal
ânion dissolvido no mar”, o que o torna importante para a combinação NaCl e a tal
característica salina. Afirmam ainda que não só o intemperismo continental é
responsável pelas presenças no mar, mas também o vulcanismo oceânico, que traz
consigo águas do manto, águas juvenis, carregadas de elementos
químicos/metálicos.
Se fecharmos o ciclo envolvendo a interface com a atmosfera, percebemos que é por
ela que as águas dos oceanos não ficam para sempre por lá. Ao ganhar energia e
evaporar, “vencem” a gravidade e alimentam a atmosfera com água em estado
gasoso, a qual precipita nos continentes tal como aprendemos: através das águas
meteóricas. É o que chamamos de ciclo hidrológico (veja figura a seguir). Vale
observar que o vapor d’água, embora o senso comum não perceba, é invisível aos
olhos humanos e, sendo assim, a água só pode ser vista em condensação, ainda que
de forma microscópica, que é o que nos possibilita enxergar as nuvens e o “vapor”
que sai dos chuveiros e panelas, não sendo possível enxergar o vapor que sai dos
organismos nem o que evapora das roupas no varal, por exemplo.
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Mas não só! As atividades de organismos fotossintéticos presentes no mar, como as
algas, são responsáveis por 90% do oxigênio produzido no planeta, colocando-o
como essencial para a existência da vida na Terra. E quando interferimos na
atmosfera lançando CO resultante da queima dos combustíveis fósseis, ele se
combina com o hidrogênio (H) e faz chover ácido carboxílico (CO H, ou COOH), um
ácido orgânico que reage com os carbonatos através do que conhecemos como
acidificação dos oceanos (que ocorre quando o pH da água do mar é abaixado),
Figura 2 - Esquema representativo do Ciclo Hidrológico, cuja importância tem participação direta na
configuração do relevo (intemperismo, erosão e deposição de sedimentos). Fonte: ArtMari,
Shutterstock, 2018.
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diminuindo o equilíbrio químico. É claro que não é só a atividade humana que lança
CO na atmosfera, mas em parte é um aumento constantemente presente e
diretamente causado por nós.
É de se esperar que, assim como o intemperismo em terras emersas “aplaina” o
relevo como já dissemos, os sedimentos que são carregados para o mar também
aplainam o terreno mais próximo dos continentes, o qual chamamos de
plataforma continental. Elas ainda pertencem ao continente, mas encontram-se
submersas, e o seu fim dá origem ao alto mar. No Atlântico, até mesmo por suahistória de formação, como os continentes estão se distanciando (movimento
divergente das placas tectônicas), então as plataformas encontram-se mais
expressivas que no Pacífico, onde a atividade tectônica permite plataformas menos
largas. Observamos isso com relação a plataforma continental brasileira versus a
plataforma chilena, por exemplo. (Veja figura a seguir.)
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A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar define que “a plataforma
continental de um Estado compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que
se estendem para além do seu mar territorial, em toda a extensão do
prolongamento natural do seu território terrestre, dentro de limites mínimos e
máximos” (BRASIL, 2018).
 Figura 3 - Mapa
hipsométrico da América do Sul comparando a plataforma continental mais curta e alta
profundidade próxima do continente a oeste e baixa profundidade a leste, mostrando uma
plataforma continental maior. Fonte: Piotr Przyluski, Shutterstock, 2018.
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Segundo Martins e Souza (2007 apud SILVA et al., 2009, p. 18), “a Plataforma
Continental Jurídica compreende o prolongamento submerso de massa terrestre
composta pelo seu leito, subsolo, talude e elevação continental”. Sendo assim, após
as 200 milhas náuticas, o Brasil reivindica o reconhecimento internacional de um
direito sobre uma área com cerca de 960.000 km², totalizando a jurisdição brasileira
em área oceânica total de 4,4 milhões de km² (o equivalente a mais 50% da área do
país em continente emerso).
Para tanto, como afirma o comandante da Marinha, o almirante Roberto de
Guimarães Carvalho, sobre a Plataforma Continental brasileira, “[o Brasil] tem
também obrigações de conhecê-la e explorá-la economicamente, de forma racional
e sustentável” (BRASIL, s/d). Isso porque, sendo constituída de sedimentos oriundos
do continente emerso, possui uma grande concentração de recursos minerais e
todas as características das bacias sedimentares. Nela foi sendo depositado, ao
longo dos tempos, o que foi erodido daqueles terrenos que hoje conhecemos como
Brasil, de forma que, como afirmam Silva et al. (2009), acaba por apresentar um
elevado potencial mineral, dentre os quais destacamos: óleo e gás ( já uma
realidade); areia e cascalhos, utilizados na construção civil e reconstrução praial;
granulados bioclásticos, utilizados para correção de solos na agricultura e para a
indústria cimenteira; depósitos de pláceres (cassiterita, ilmenita, ouro e diamante);
fosforitas (P2O5), utilizados como fertilizante na agricultura; nódulos polimetálicos
de níquel, cobalto, cobre, fósforo, manganês, ferro e sulfetos polimetálicos
(chumbo, cobre, zinco, niquel, cobalto, titânio, ouro e prata).
Quando a plataforma continental termina, onde há um aumento da declividade,
surge o que se chama talude continental. Por serem mais distantes, como um
degrau inclinado (só que irregular, com vales e cânions entalhados em sua face) e
recoberto por sedimentos mais finos (estes porque são capazes de percorrer
caminhos mais distantes ao serem mais facilmente transportados pela água), os
taludes continentais também apresentam uma heterogeneidade. Além disso, aos
poucos, têm tido seus recursos explorados, como o petróleo de maior profundidade
nas bacias de Santos e Campos.
O continente, contudo, termina com uma “unidade de relevo irregular sequência
irregular, construída por sequências sedimentares [...] conhecida como elevação ou
sopé continental” (TESSLER; MAHIQUES, 2009, p. 379).
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Um documentário bastante didático foi produzido pelo History Channel sobre as profundezas do oceano
Pacífico, mostrando, assim, uma série de conceitos por nós aqui abordados. Acesse:
<https://www.youtube.com/watch?v=rbh2qB0NsfM (https://www.youtube.com/watch?
v=rbh2qB0NsfM)>.
A seguir podemos observar as planícies oceânicas, ou planícies abissais. Tal como
nas áreas emersas, as planícies são uma forma do relevo relativamente planas e
sem grandes acidentes geográficos (DANTAS et al., 2009). Já as fossas oceânicas são
depressões abissais, mais ligadas às bordas das placas tectônicas. Quando, contudo,
os processos vulcânicos dão origem a montanhas no fundo oceânico, temos a
formação de uma cordilheira. Algumas pontas dessas montanhas, ao emergir,
formam as ilhas oceânicas.
Cabe dizer que, quando houve a separação do que hoje é a África (placa Africana) do
que é a América do Sul (placa Sul-americana), e do que hoje é a América do Norte
(placa Norte-americana) do que é a “Eurásia” (placa Euroasiática), os processos
tectônicos divergentes deram origem a uma cadeia de montanhas no meio do
oceano Atlântico, denominada de Cordilheira (ou Dorsal) Mesoatlântica, e
também a ilhas, como o Arquipélago dos Açores (MOHRIAK, 2003).
Todos esses processos tectônicos e de construção de relevo, de intemperismo e de
sedimentação são tão importantes na parte emersa quanto na parte imersa do
planeta (até porque esta representa dois terços da superfície da Terra). Diante
desses processos, e sob a ação direta dos relevos, somados aos fatores de latitude e
a rotação da Terra, os oceanos vão apresentar suas correntes de circulação das
águas.
Para entender as correntes oceânicas, é preciso resgatar alguns conceitos físicos, já
que a água apresenta um comportamento anômalo entre 0º e 4ºC (apresentando-se
dilatada em estado sólido, com volume maior – e que, portanto, flutua na forma de
gelo). As águas frias apresentam uma densidade maior (e permanecem no fundo de
um corpo hídrico); enquanto as águas mais quentes, pelo contrário, apresentam
uma densidade menor, permanecendo no alto dos corpos d’água. A anormalidade
se dá porque a densidade da água atinge o máximo próximo dos 4ºC, de forma que
o que se encontrar no estado sólido apresentará uma densidade menor que a das
massas mais quentes, flutuando, portanto.
VOCÊ QUER VER?
https://www.youtube.com/watch?v=rbh2qB0NsfM
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É pelas movimentações das massas, atribuídas pelas diferenças latitudinais, que as
águas quentes ganham calor nas baixas latitudes (nas zonas tropicais) e migram
para as zonas de maior latitude (nas zonas polares). Para manter o equilíbrio, as
massas mais frias (por baixo, por serem mais densas), “descem” rumo à faixa
equatorial, isto é, migram para onde antes haviam águas mais quentes. Porém,
como a Terra faz o movimento de rotação sobre o próprio eixo, esses fluidos sofrem
ação de outras forças, e acabam por migrar nos sentidos horário (no hemisfério
Norte) e anti-horário (no hemisfério Sul). Somente quando se chocam com os
relevos submarinos é que emergem, por assim dizer, trazendo à superfície uma
riqueza de propriedades minerais e orgânicas que favorece a fauna – razão pela qual
as águas mais frias têm maior potencial para a pesca, por exemplo.
Esse fenômeno é chamado de ressurgência (ou exsurgência, ou ainda, surgência)
e também pode ser provocado por ações dos ventos atmosféricos de acordo com a
Dinâmica de Ekman (SATO, 2012). Não se pode ignorar, é óbvio, que a energia solar
tem participação fundamental nessa dinâmica, aquecendo as zonas mais
superficiais dos corpos d’água (e de menor latitude, onde incidem mais
perpendicular e intensamente), enquanto as mais profundas não se aquecem se
não em favor das atividades vulcânicas e misturas de águas termais.
Ainda sobre os ventos, como são fluidos “soltos” sobre a Terra tal como a água dos
oceanos, podemos inferir que a rotação terrestre – que apresenta uma velocidade
angular maior no equador que nos polos, uma vez que o diâmetro é maior para a
mesma velocidade – também influi sobre eles. Se considerarmos que as massas de
ar estão soltas enquantoa Terra gira de oeste para leste, mas que se movem do
polo para o equador ao mesmo tempo, notamos que as massas de ar apresentam
uma movimentação num sentido horário (no hemisfério Norte) e no sentido anti-
horário (no hemisfério Sul). Chamamos esse efeito de Efeito de Coriolis que, como
já se viu, aplica-se também às massas de água e resultam nas correntes oceânicas.
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Quanto ao deslocamento de massas de ar na interface oceano-continente, as
correntes de convecção são as responsáveis pelo sentido das brisas, que sopram no
sentido do oceano para a costa continental durante o dia e no sentido da costa
continental para o oceano durante a noite. O continente se aquece e se arrefece
muito mais rapidamente que a água, cujo calor específico é de 1 cal/g.ºC; isso
porque o calor específico da areia, por exemplo, é cerca de uma quinta parte desse
valor (0,225 cal/g.ºC), segundo Dal Moro (2010). Sendo assim, o continente, porque é
aquecido mais rapidamente pelo calor do sol, transmite calor para o ar sobre si e
sobe, dando espaço para que as massas de ar sobre o oceano ocupem o seu lugar
(sentido da brisa: oceano à continente). À noite, é o oceano que aquece as massas
de ar sobre si já que a água, aquecida pela energia solar ao longo do dia e
armazenando melhor o calor, dá agora espaço para o deslocamento das massas no
sentido oposto (sentido da brisa: continente à oceano).
As diferenças climáticas e geológicas, associadas a esses efeitos, junto com o efeito
das ondas e com os efeitos das marés (resultante da ação gravitacional da Lua), por
conseguinte, influenciam as configurações dos litorais. 
Figura 4 - Mapa esquemático representativo das correntes oceânicas pelo mundo. No hemisfério
norte, apresentam circulação horária e, no hemisfério sul, anti-horária. Fonte: Jamilla Marini,
Shutterstock, 2018.
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3.2 Rochas ígneas e metamórficas
Quando o assunto é rocha, precisamos compreender seu processo de formação.
Naturalmente, começamos pelo tipo mais “primitivo”, digamos assim, embora
saibamos que o ciclo das rochas não apresenta nem começo nem fim. Devemos
imaginar que o processo formador de uma rocha é sempre muito semelhante ao
processo de cozinhar: cada ingrediente (os minerais) tem sua função e dá a sua
característica à receita. Sendo assim, as massas fundidas de rochas que
apresentam, segundo Szabó et al. (2009, p. 154), “uma parte líquida, uma sólida e
uma gasosa”, e com uma temperatura entre 700 e 1200ºC são denominados
magmas, que darão origem às rochas magmáticas.
3.2.1 Rocha ígneas
Os unguentos espessos usados na Grécia antiga tinham um nome: μάγμα, que no
nosso alfabeto latino denominou-se magma. Como os óleos essenciais de outrora,
usados como perfume, assim se comportam também as rochas derretidas:
apresentam propriedades de fluidez, como veremos mais adiante. Muito quentes,
ao migrarem do interior da Terra para a superfície, essas massas de rocha derretida
costumeiramente ateavam fogo nos materiais que tocavam. Nascia assim um outro
nome para as rochas magmáticas: rochas ígneas, que na língua latina significa fogo
(latim: ignis).
No entanto, as rochas derretidas não têm nada a ver com o fogo, são apenas
quentes. O fato é que os magmas, originados no interior profundo da Terra,
emergem à superfície. Suas características dependerão, é claro, “da composição da
rocha geradora no local de origem, das condições em que ocorreu a fusão desta
rocha e da taxa de fusão, e dos processos que atuam sobre este magma do seu local
de origem até o seu sítio de consolidação” (SZABÓ et al., 2009, p. 156). É natural
que, sendo o oxigênio e o silício os elementos mais presentes na composição da
crosta terrestre, os magmas sejam principalmente silicáticos e que sua composição
varie em função do teor de sílica (SiO ). Em função disso, podem ser classificados
como magma riolítico, andesítico ou basáltico. (SZABÓ et al., 2009)
Como dizíamos, as propriedades da fluidez são atreladas à composição. Magmas
com baixos teores de voláteis são menos viscosos (magmas basálticos). Já os com
alto teor de voláteis são mais viscosos (magmas riolíticos). Lembrando que a
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viscosidade é uma propriedade oposta a fluidez, podemos logo concluir que os
magmas riolíticos, portanto, são menos fluidos, ao contrário dos magmas
basálticos. O intermediário, por sua vez, é o magma andesítico. (SZABÓ et al., 2009)
Além dos nomes ígneas ou magmáticas, como vimos, essas rochas podem
apresentar uma diferenciação sobre o local de resfriamento. Quando se resfriam em
profundidade e são rochas intrusivas (ou, dado o nome do deus da mitologia grega
que representa as profundezas, Pluto, também podem ser chamadas de rochas
plutônicas). Quando se resfriam em superfície e são rochas extrusivas (ou, dados os
fenômenos de derramamento de lava serem chamados de vulcões, dado o nome do
deus Vulcano, também podem ser chamadas de rochas vulcânicas).
As rochas magmáticas, segundo Machado et al. (2018, s/p), podem “ser classificadas
sob dois critérios: texturais e mineralógicos”. Quanto ao teor de sílica presente na
composição das rochas, elas podem apresentar-se como sendo ácidas (SiO > 66%),
intermediárias (66% > SiO > 52%), básicas (52% > SiO > 45%) ou ultrabásicas
(45% > SiO ); e, quanto ao índice de cor, elas podem apresentar-se como sendo
félsicas se houver predomínio de minerais “félsicos” (palavra que deriva da
combinação de minerais de cor clara e leve, como feldspato e sílica), ou máficas se
houver predomínio de minerais “máficos” (palavra que deriva da combinação de
elementos densos e que dão uma cor escura, como o magnésio e o ferro). (SZABÓ
et al., 2009). A cor também determina uma classificação por mineralogia.
Nas consolidações dadas em profundidade, o tempo (que pode ser de milhões de
anos) de resfriamento da rocha permite aos minerais desenvolverem cristais
maiores, decorrentes da lentidão do processo. Nas consolidações dadas
relativamente em superfície (cujo tempo de resfriamento pode variar entre o
instantâneo e milhares de anos), os minerais desenvolvem cristais menores, muitas
vezes invisíveis a olho nu, decorrentes da rapidez do processo (SZABÓ et al., 2009). É
por essa razão que as rochas plutônicas aparentam maior heterogeneidade na
textura (como, por exemplo, um granito) e as rochas vulcânicas não (como, por
exemplo, um basalto).
Quanto à textura, será um indicativo de onde a rocha se cristalizou (se intrusiva ou
extrusiva), ou ainda um indicativo do movimento que o magma fez, dando a elas
formas, estruturas internas etc. Um exemplo comum é o fluxo observável em um
Granito Cinza Mauá, uma rocha intrusiva que apresenta uma estrutura fluidal; outro
exemplo, de rocha extrusiva, é o pahoehoe, em que a lava apresenta uma estrutura
cordada (de cordas enroladas).
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É claro que geologicamente não é tão simples assim. A crosta da Terra estará sujeita
a forças tectônicas variáveis, a corpos intrusivos, a falhas, vulcanismos, escapes de
gases, tipo de resfriamento, variações nas condições de resfriamento etc., de forma
que o que aqui apresentamos é apenas um panorama geral.
Entretanto, quando o assunto são os vulcões, a curiosidade humana é sempre
maior do que em relação aos outros tipos de rochas. Por que alguns vulcões não
têm atividade e outros sim? Por que alguns vulcões são em cone e outros não? As
respostas novamente estarão relacionadas ao tipo de magma.
VOCÊ SABIA?
Em 2010, o vulcão Eyjafjallajökull (a pronúncia é eia-fiatla-iocutl), na Islândia, ficou famoso por sua
erupção e nome de difícil pronúncia. Os produtos que jogou na atmosfera foram suficientespara
paralisar voos por toda a Europa e causar um transtorno mundial. A Islândia, a terra do gelo, fica
exatamente na Dorsal Mesoceânica, no encontro das placas Euroasiática e Norte-Americana, o que
faz dele um país rico em atividade vulcânica. Em contrapartida, o Havaí, também rico em atividade
vulcânica, cresce em área, já que o Kilauea está ativo desde 1983.
Algumas erupções vulcânicas de magma riolítico serão mais explosivas do que as
erupções de magma basáltico, devido a viscosidade apresentada. Certamente os
vulcões de baixa viscosidade (figura a seguir), mais fluidos, derramarão a lava de
forma menos explosiva, formando um estilo vulcânico em escudo (como, por
exemplo, o Kilauea, no Havaí). 
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Ao contrário, as lavas mais viscosas darão origem a erupções mais explosivas (figura
a seguir), formando estilos mais cônicos (como, por exemplo, o Vesúvio e o Etna, na
Itália, e o Fuji, no Japão).
Figura 5 - Derramamento de lava de baixa viscosidade, que flui em erupções menos explosivas,
como no Monte Kilauea, Havaí. Fonte: Yvonne Baur, Shutterstock, 2018.
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Os produtos vulcânicos, contudo, não se limitam apenas a lavas. São importantes
porque trazem do interior da Terra muitas informações que podem ser estudadas;
além de cinzas, gases, bombas, fluxos de lama (lahars), águas termais, fumarolas e
gêiseres. (SZABÓ et al., 2009). Como exemplo, temos os solos oriundos de
derramamentos basálticos ou próximos de vulcões, que são excelentes para a
agricultura, como a terra roxa, que, na verdade, é vermelha (em italiano = rossa; em
espanhol = roja). Trata-se de um latossolo da Formação Serra Geral, na qual imensos
derrames basálticos possibilitaram essa formação geopedológica.
3.2.2 Rochas metamórficas
Quando falamos de rochas metamórficas, falamos de processos de transformação
de uma rocha em outra. Claro! Toda rocha pode se transformar em outra. Mas o
processo para rochas ígneas passa pela fusão da rocha e o processo para rochas
sedimentares passa pela pressão da sedimentação de grãos. As rochas
metamórficas, contudo, sem deixar de ser rocha, se metamorfisam, isto é, alteram
Figura 6 - Derramamento de lava de alta viscosidade, cujas erupções são mais explosivas, como no
Monte Etna, Itália. Fonte: Wead, Shutterstock, 2018.
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sua aparência (meta + morphé, em grego = mudar aparência), seus “ingredientes”,
seus minerais, de forma que, ao final do processo, se tornam outra rocha, numa
combinação de fatores como a temperatura e a pressão.
Se no campo sedimentar o principal agente diagenético é a elevada pressão
(expressa em kbar) somada à elevação da temperatura (cerca de 200 a 300ºC) e se
no campo ígneo predomina a elevação da temperatura (acima dos 900 a 1000ºC –
quando as rochas começam a fundir), o metamorfismo acontecerá nesse ínterim,
em situações onde há elevada temperatura (acima dos 300ºC e abaixo dos 900ºC) e
majoritariamente onde houver elevação da pressão. (RUBERTI et al., 2009)
Segundo Machado et al. (2018), as rochas metamórficas que encontram sua origem
nas sedimentares serão denominadas parametamórficas; as que encontram sua
origem em rochas ígneas, serão denominadas ortometamórficas. Mas também
poderão encontrar sua origem em outras rochas metamórficas.
Poderíamos então pensar: onde ocorrem essas situações? Machado et al. (2018, p.
401) afirmam que é de conhecimento geral que existem “três diferentes cenários de
ocorrência metamórfica, sendo o ambiente regional ou dinamotermal, contato ou
termal e  dinâmico ou cataclástico”. Os autores mencionam ainda que existem “os
metamorfismos de soterramento, hidrotermal, de fundo oceânico e de impacto".
O capítulo 15 do livro “Decifrando a Terra”, que trata sobre "Metamorfismos: processos e produtos",
produzido pelos cientistas Excelso, Gergely e Rômulo, é muito interessante e também importante para
entender melhor tais processos, pois aborda sobre os fatores condicionantes, a físico-química do
metamorfismo, os tipos de metamorfismo etc. 
O metamorfismo pode se desenvolver desde pequenas até grandes áreas, desde
rasos na crosta até muito profundamente. Não é o objeto deste capítulo apontar
todas as possíveis ocorrências, dadas as muitas possibilidades. Mas, de forma geral,
poderíamos inferir que, se a crosta terrestre está constantemente em atividade
tectônica, com placas se movimentando, rupturas, falhas, subducção etc., então
seria razoável entender que a grande maioria das rochas da crosta está associada ao
metamorfismo. Sendo assim, as rochas metamórficas, como os filitos, as ardósias,
VOCÊ QUER LER?
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os xistos, os gnaisses, os migmatitos, os quartzitos, os mármores, entre outros, são
comuns na crosta terrestre. Nota-se que as rochas cujo processo predominante é a
pressão (que reorganiza os minerais) apresentam-se foliadas (ex.: ardósia);
enquanto que as rochas cujo processo predominante é a temperatura elevada,
resultam em rochas sem foliação (ex.: mármore).
Como os minerais se alteram dadas as condições de formação/alteração, então
podemos imaginar o seguinte cenário didático: um ambiente sedimentar deposita
no fundo de um lago, por exemplo, sedimentos em tamanho argila. Numa condição
de baixa temperatura, mas de elevada pressão por conta do soterramento, a rocha
que se origina desse processo diagenético (que é sedimentar) é o argilito. Ao sofrer
um baixo grau de metamorfismo (uma elevação na temperatura) e dadas as
características ainda preservadas das argilas, poderia resultar em um filito e em
uma ardósia (cuja estrutura ainda é planar). Como até aqui atuou mais a pressão
que a temperatura, teríamos rochas com minerais reorganizados em planos e, por
conseguinte, rochas com foliação. Se o processo continuar e favorecer a
recristalização, resultará progressivamente em um xisto ou em um gnaisse, e até
mesmo em uma quase fusão, como num migmatito. É claro que esses fatores
dependerão dos possíveis minerais que surgirem desse processo e que serão
denominados minerais índices, justamente porque indicarão a sequência do
processo metamórfico.
Mas nem sempre o metamorfismo ocorre em rochas ricas em argila ou passam
primeiro por processos que dispõem os minerais em planos. Pode ocorrer em
rochas pobres em argilominerais, mas ricas em quartzo-feldspato ou em rochas
ricas em calcita, que resultarão em quartzitos (protorochas: arenitos ou cherts) e em
mármores (protorochas: calcários), respectivamente.
Podemos compreender melhor com os seguintes exemplos: os granitos (rocha
ígnea plutônica), ao se metamorfisarem, passam por micaxistos (o nome mica é
atribuído pela elevada presença desse mineral) e resultam em gnaisses (rocha
metamórfica), os quais têm uma estrutura bandada (de bandas claras e escuras
alternadas). Os argilitos (rochas sedimentares), ao se metamorfisarem, passam por
ardósia e resultam em xistos, os quais têm uma estrutura foliada (xistosa), de
clivagem ardosiana.
3.2.3 Usos econômicos
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Quando o assunto é a utilização das rochas pela atividade humana, geralmente elas
são divididas em dois tipos “principais” mais comuns (ao menos do ponto de vista
comercial): ou são chamadas de “mármores” ou são chamadas de “granitos”.
Como vimos, não é tão simples assim a classificação de uma rocha.
O que acontece é que, entre as rochas magmáticas intrusivas a mais comum é, de
fato, o granito (sendo que, entre as magmáticas extrusivas é o basalto). E entre as
metamórficas, por sua vez, a mais comum é o mármore (mas também o gnaisse e as
ardósias).
As rochassão usadas desde os tempos mais remotos pela humanidade, seja para
armas, artefatos, edificações, construções, cultos, demarcações, monumentos e,
claro, a exploração mineral e o uso ornamental (AUGUSTO; DEL LAMA, 2011).
Podemos citar aqui alguns usos, apesar de sabermos que não contemplaríamos a
totalidade: a pedra-lascada na Idade da Pedra, as pirâmides egípcias e maias, os
megalitos de Stonehenge, o Partenon da Grécia, obeliscos, o Coliseu de Roma,
enfim, inúmeros exemplos.
Numa perspectiva mais “moderna”, podemos citar que, entre as rochas
metamórficas, os quartzitos encontram um bom uso no revestimento de beiras de
piscinas, já que evitam os escorregamentos dos utentes. Já os talcoxistos (a pedra-
sabão) encontram bom uso no artesanato e na produção de panelas de pedra,
sendo conhecida por ter sido usada pelo mestre Aleijadinho para esculpir suas
obras em Congonhas do Campo e  Ouro Preto – cidades históricas de Minas Gerais –
dada as suas características de “pedra macia”, considerada boa de talhar. Os
mármores encontram seu uso em revestimento diverso – sobretudo interno – e
também nas esculturas, dada sua propriedade de maciez e beleza. As ardósias
também encontram uso para revestimento de pisos e como telhas. Entre as rochas
magmáticas estão: o granito, o gabro, o basalto, o monzonito, entre outras, e
encontram uso na produção de brita e uso diverso na construção civil, além de
serem utilizadas como rocha ornamental.
CASO
A Catedral Metropolitana de São Paulo, chamada errônea e redundantemente de “Catedral da Sé”
(porque toda Sé é Catedral e vice-versa) começou a ser construída em 1913, mas só foi inaugurada
no IV Centenário da cidade, em 1954, ainda sem as torres. Apesar de o Brasil não ter vivenciado a
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Idade Média da Europa, o estilo predominante adotado para melhor representar a cidade foi o
estilo gótico, porque poderia sinalizar a grande prosperidade pela qual passava a capital no início
do séc. XX.
Revestida com granitos que simbolizam “a alma dos audaciosos bandeirantes, intrépidos e fortes,
que atravessaram florestas e rios e dilataram o Brasil até os contrafortes dos Andes” (LEITE, 1954,
s/p apud. MACHADO, 2015, p. 31), o monumento é uma das maiores catedrais do mundo,
superando cinco mil metros quadrados de área e quase cem metros de altura e com uma
impressionante diversidade de revestimentos por um grande número de rochas importadas, como
o mármore Giallo di Siena, Branco Carrara, Verde Saint-Denis, Vermelho Portasanta di Caldana,
Rosso Colemandina, além de ônix, Pórfiro do Egito, malaquita do Congo, lazurita do Chile,
travertino di Tivoli, entre outras.
A Catedral é uma expressão das escolas de arte, mas também do uso da geodiversidade no dia a dia.
Para saber mais acesse: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44144/tde-
27052015-090139/pt-br.php (http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44144/tde-
27052015-090139/pt-br.php)>.
Aliás, o uso de rochas como ornamento é relevante no Brasil. Segundo a Associação
Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais (ABIROCHAS, 2018), entre janeiro e
dezembro de 2017, o Brasil exportou 2.358.107,30 toneladas de rochas ornamentais
e de revestimento, gerando uma receita de US$.mil 1.107.101,20. A média, calcula-
se, foi de US$ 0,4695 por quilo de rocha explorada. Ainda de acordo com a
Associação, o país importou no mesmo período 63.140,70 toneladas de rochas, com
uma receita de US$.mil 35.928,43. Isso deu ao país um saldo positivo de mais de um
bilhão de dólares em 2017. Considerando o universo da balança comercial brasileira
e o seu grande potencial na exploração agrícola (açúcar, carne, celulose, soja e café,
entre outros), podemos imaginar que as rochas ornamentais e de revestimento
ainda não alcançam os mesmos patamares da agricultura em números de receita,
mas esses números certamente não podem ser ignorados, já que se mostram
bastante significativos.
Usualmente, as rochas são mais utilizadas quanto mais próximas estiverem a fonte
do destino, de forma que, ao serem abundantes, estarão mais fortemente
presentes. As tecnologias de exploração e de transporte, todavia, têm modificado
um pouco essa realidade, possibilitando o uso das que estão mais longe. Ainda
assim, se repararmos nos dados da Abirochas (2018), notamos que o preço por quilo
está abaixo de meio dólar. Isso faz com que, exceto em termos de raridade, o valor
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44144/tde-27052015-090139/pt-br.php
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agregado será maior quanto menor for o gasto com transporte. É isso que justifica a
exploração de pedreiras para uso na construção civil nas proximidades das cidades
compradoras.
Dentro de uma ótica mais focada nos processos brasileiros, olhamos para a geologia
do Brasil e sua “geodiversidade”, e reparamos que sua formação geológica é
composta por terrenos muito antigos, de rochas magmáticas ou metamórficas, em
muitas situações cobertos por sedimentos que erodiram ao longo do tempo
geológico – já que o país está contido na plataforma sul-americana. Nela, as
atividades orógenas (de formação de montanhas) perdem para as atividades de
aplainamento do terreno, resultando em montanhas não muito elevadas, como o
Everest, dado o fato de que essas montanhas mais elevadas estão presentes em
zonas convergentes de placas tectônicas, onde a orogenia é mais marcante, o que
não é o caso do Brasil.
3.3  Rochas sedimentares
A elevada pressão (expressa em kbar) do soterramento de ambientes de deposição
sedimentar, juntamente com a elevação da temperatura (entre 200 e 300ºC,
comparativamente “baixa” com relação às temperaturas de fusão), resulta em um
processo diagenético que dá origem às rochas sedimentares.
Diagenético é a palavra que, na origem grega, expressa a força (gr. dynamis) de
gerador (gr. genetikos); porque é “uma transformação em adaptação a novas
condições físicas (pressão, temperatura) e químicas (Eh, pH, pressão de água)”,
segundo Giannini e Melo (2009, p. 268), que também afirmam que, diferente da
transformação metamórfica, na diagênese, o material original é exclusivamente
sedimentar e não inclui recristalização no estado sólido. Quando, contudo, os
sedimentos se consolidam e se tornam desagregáveis apenas com o uso de martelo,
significa que sofreram litificação (pedra, do grego λίθος = lithós).
Gianinni e Melo (2009) afirmam que o processo de compactação pode ser mecânico
e por dissolução e compactação química, assim com a cimentação se dá por
concentrações elevadas e pela insolubilidade dos íons na água, sendo os cimentos
mais comuns: o quartzo, a calcedônia, a quartzina e a opala (silicosos), a calcita, a
calcita ferrosa, a ankerita e a siderita (carbonáticos), a pirita, a marcassita, a
ghoetita e a hematita (férricos ou ferrosos) e os argilominerais como a clorita, a
caolinita, a ilita e a esmectita (aluminossilicáticos).
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De uma forma didática podemos entender que as rochas sedimentares são
compostas, basicamente, por três componentes: o arcabouço (que é a fração
principal do grão – e que dará nome a rocha), a matriz (que é a fração mais fina,
que é carregada pelo transporte – e por isso vai depender do fluido) e a porosidade
primária (os espaços vazios, os poros que o agregado apresentava no momento da
deposição) (GIANINNI; MELO, 2009). Ao longo do processo diagenético os poros são
preenchidos por cimentos (veja acima), frutos das dissoluções, e resultam em uma
porosidade secundária.
Muito importantes no dia a dia do ser humano, as rochas sedimentares como o
folhelho oleígeno (conhecido erroneamente como xisto betuminoso), além de
estarem associadas a ambientes de sedimentação, armazenando água e petróleo,
por exemplo, são “uma fonte potencial de hidrocarbonetos”(MACHADO et al., 2018,
s/p) para produção de óleo combustível, gasolina, na�a, enxofre e gás. Ainda
segundo Machado et al. (2018), “o folhelho é um importante isolador (rocha
selante), que retém o petróleo na rocha reservatória impedindo o fenômeno da
exudação (escape do petróleo para a superfície)”. 
VOCÊ SABIA?
Muito associado às rochas sedimentares, a maior exploração de petróleo offshore do país está na
Bacia de Santos, que se estende de Cabo Frio (RJ) até Florianópolis (SC), onde também está o Pré-
Sal, que se chama assim porque, apesar de estar após a camada de sal (do nível do mar para a
profundidade) na estratigrafia, foi confinado por lá antes dessa formação.
Além do folhelho, os arenitos e os calcários são muito importantes como rochas
ornamentais. Além deles, segundo Giannini e Melo (2009, p. 276), muitos pisos de
ardósia (rochas sedimentares) são confundidos com filitos e ritmitos, utilizando
estes no lugar daquela. Os arenitos, lembram ainda, são muitas vezes utilizados
para exploração de areias para “indústria de vidro, abrasivos e moldes de fundição.”
Os conglomerados e brechas piroclásticas, como o tufo vulcânico, podem ser
usados na construção civil, segundo Machado et al. (2018), além de poderem indicar
acumulação de minerais de alta resistência, como o diamante. Já os calcários são
essenciais para a indústria do cimento, da cal, da calcificação de solos (correção de
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pH), da metalurgia (como fundente) e para a produção de barrilha (MACHADO et al.,
2018). Além desses, os siltitos – dada a composição siltosa – são fornecedores de
material para a indústria cerâmica.
3.4  Estrutura geológica do Brasil
A Geologia do Brasil encontra-se atrelada, é claro, aos processos geológicos do
Planeta Terra. O país apresenta, segundo Teixeira et al. (2008, p. 15), “um dos mais
completos registros da evolução geológica do planeta Terra, com expressivos
testemunhos geológicos das primeiras rochas preservadas, do Arqueano Inferior,
datando de mais de 3.0 bilhões de anos e, de forma quase ininterrupta, até os dias
atuais”.
A geodinâmica, isto é, a força da Terra (geo = gr. terra + dynamis = gr. força, poder),
reuniu o supercontinente Pangeia (pan = gr. todo) e também o separou, como
sabemos, mas esse processo de separação resultou no que conhecemos hoje como
o território do país. Silva et al. (2008, p. 16) afirmam que “no que concerne à
formação da geodiversidade do território brasileiro, são destacadas três condições
geológicas fundamentais: margens ativas, margens passivas e ambiente intraplaca”.
Significa dizer que as cadeias de montanhas (orógeno) são resultados de zonas de
colisão (também chamadas de zonas de orogenia, por relação ao termo grego όρος
(óros), que significa “cadeia de montanhas”), enquanto as partes internas das
placas litosféricas são, todavia, como afirmam Silva et al. (2008, p. 16): “protegidas
do intenso metamorfismo que ocorre nas faixas de colisão”. Dada a localização do
território brasileiro, que se encontra no meio da Placa Sul-Americana, a
predominância de sua geologia não será de montanhas muito elevadas (o que
significa dizer que a atividade orogênica é ainda bastante ativa), mas de escudos
cristalinos, com montanhas mais aplainadas (erodidas pelo tempo), e com
formação de extensas áreas sedimentares que recebem os produtos do
intemperismo ao longo dos tempos.
Se, todavia, o Brasil atual não apresenta vulcões ativos, não podemos dizer isso do
seu passado. Igualmente, apesar de não apresentar terremotos de grandes
magnitudes, não se pode dizer que o país não tenha abalos sísmicos.
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Para o Serviço Geológico do Brasil (CPRM 2006 apud Dantas et al. 2008, p. 34), a
geodiversidade é definida pelo “estudo da natureza abiótica (meio físico)
constituída por uma variedade de ambientes, composição, fenômenos e processos
geológicos que dão origem às paisagens, rochas, minerais, águas, fósseis, solos,
clima e outros depósitos superficiais que propiciam o desenvolvimento da vida na
Terra, tendo como valores intrínsecos a cultura, o estético, o econômico, o
científico, o educativo e o turístico”. Isso para dizer que, quando falamos da
geodiversidade do Brasil, não podemos considerar apenas as suas estruturas
geológicas, apesar de serem primordiais, mas também outros fenômenos que vão
compor a estrutura superficial.
Sendo assim, as estruturas do Brasil devem ser entendidas sob um prisma que
considera os mantos de alteração (as formações autóctones) e as coberturas
inconsolidadas (as formações alóctones) juntas e, dessa forma, compreender os
terrenos, os relevos, as paisagens, os depósitos minerais etc. (DANTAS et al., 2008).
Os principais domínios geomorfológicos brasileiros são “identificados com base na
classificação de domínios morfoclimáticos e províncias geológicas proposta por
Ab’Saber” (DANTAS et al., 2008, p. 39). Segundo Dantas et al. (2008), os domínios são
os seguintes:
terras baixas florestadas equatoriais da Amazônia: apresenta planície de
inundação (dos principais rios da Amazônia), tabuleiros de terra firme (com
solos espessos, pobres e bem drenados), superfícies de aplainamentos e
planaltos (também com solos espessos, pobres e bem drenados) e planaltos e
serras residuais (com superfícies planas e elevadas, como as serras do Carajás
e do Navio (províncias minerais de greensotone belts) e do Tumucumaque;
chapadões semiúmidos tropicais do Cerrado: apresenta os topos dos
chapadões (planalto do Distrito Federal; Espigão Mestre no oeste da Bahia;
Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso; Chapada das Mangabeiras, no sul
do Maranhão e Piauí; planalto dos Parecis, em mato Grosso do Sul e
Rondônia), os planaltos dissecados, as depressões interplanálticas e a planície
do Rio Araguaia;
depressões semiáridas tropicais da Caatinga: apresenta as superfícies de
aplainamento da depressão sertaneja (no Ceará e no interior do Rio Grande
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do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe), as chapadas sustentadas
por rochas sedimentares (que recobriram grande parte da depressão
sertaneja, como a Chapada do Araripe, a Chapada do Apodi e a Chapada da
Ibiapaba), as serras isoladas e brejos de altitude (como as serras de Baturité e
de Uruburetama, no Ceará, e a Serra Talhada, no Pernambuco) e o planalto da
Borborema (entre Pernambuco e Paraíba);
mares-de-morros úmidos tropicais da Mata Atlântica: apresenta as
planícies litorâneas (denominadas “baixadas” que vão desde Santa Catarina
até o Rio Grande do Norte), os tabuleiros do Grupo Barreiras (que vão do
litoral norte do Rio de Janeiro até o Rio Grande do Norte, que se nota em
grande beleza cênica como no litoral sul da Bahia, em Porto Seguro), os
alinhamentos serranos da fachada atlântica (escarpas montanhosas
fortemente alinhadas compostas pelas serras do Mar e da Mantiqueira – de
São Paulo ao Espírito Santo, atingindo cimos que resultam nos maciços do
Itatiaia e do Caparaó, e cidades altas como Campos do Jordão. Nesse mar-de-
morros se apresenta as serras de Ibitipoca, do Caraça, do Cipó, do Curral, da
Moeda, de Gandarela – onde estão importantes itabiritos e o Quadrilátero
Ferrífero), os mares-de-morros florestados e o planalto da bacia do Paraná
(com suas depressões periféricas, cuestas basálticas e o planalto Ocidental.
Aqui se encontra o aquífero Guarani, que abrange seis estados do Centro-Sul
do Brasil, além de partes do Paraguai, da Argentina e do Uruguai);
planaltos úmidos subtropicais da Mata de Araucárias, que apresenta o
planalto Atlântico (a Faixa Ribeira e o Arco de Ponta Grossa), a depressão
periférica (Paraná e Santa Catarina), o planalto Arenítico Basáltico (com
derrames basálticos) e o planalto dos Campos Gerais (da Formação Serra
Geral, onde os termômetros registramas mais baixas temperaturas do Brasil);
coxilhas úmidas subtropicais da Campanha Gaúcha, que apresenta o
planalto Sul-Rio-Grandense, a depressão do Rio Ibicuí, a coxilha de Haedo e o
planalto de Uruguaiana;
planície inundável semiúmida tropical do Pantanal, que apresenta uma
planície sedimentar ativa por toda porção central do continente Sul-
Americano.
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O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) apresenta uma relação de livros e exemplares em formato .pdf
sobre a geologia do país, disponibilizando-os gratuitamente. Trata-se de uma fonte confiável de material
de consulta, de qualidade e com rigor técnico-científico. Vale a pena a leitura do livro "Geodiversidade
do Brasil", editado por Cassio Roberto da Silva, sobretudo o capítulo "Origem das paisagens", que
explica detalhadamente o assunto que abordamos aqui. Acesse:
<
(http://www.cprm.gov.br/publique/media/estante_virtual/geodiversidade_brasil.pdf)http://www.cprm.
gov.br/publique/media/estante_virtual/geodiversidade_brasil.pdf
(http://www.cprm.gov.br/publique/media/estante_virtual/geodiversidade_brasil.pdf)>.
Sendo assim, podemos afirmar que o Brasil apresenta uma grandiosa
geodiversidade (figura a seguir), com terrenos muito antigos e que sofreram
evolução ao longo da história geológica. Contudo, o [Estado que chamamos de]
Brasil é apenas uma criação político-administrativa, de forma que o seu contexto
geológico ignora esses limites territoriais e está inserido na história de toda a
formação continental, num contexto bem mais amplo.
Segundo Schobbenhaus e Brito Neves (2003), o Brasil ocupa a parte principal da
plataforma Sul-Americana, cuja porção continental é o continente Sul-Americano.
Também apresenta um embasamento pré-cambriano com três escudos (Guianas
no domínio nor-nordeste, e Brasil Central e Atlântico no domínio centro-oriental)
e coberturas fanerozóicas. Os autores ainda afirmam (2003, p. 10) que “a visão e o
contexto do continente hoje configurados, do ponto de vista da Tectônica Global,
são a soma algébrica positiva dos diversos processos de fusão (aglutinação de
massas continentais) e fissão (dispersão, ri�eamento e deriva de massas
continentais) ao longo dos eons Proterozóico e Fanerozóico”.
Dessa forma, podemos apontar algumas das principais províncias estruturais
brasileiras: Transamazônas, Carajás, Amazônia Central, Tapajós-Parima, Rondônia-
Juruena, Rio Negro e Sunsás (que juntas formam o Cráton Amazonas), Cráton São
Francisco, Borborema, Tocantins (Brasil Central), Mantiqueira, Amazonas, Parnaíba,
Parecis, Paraná e Planície Costeira e Margem Continental. (SCHOBBENHAUS; BRITO
NEVES, 2003).
VOCÊ QUER LER?
http://www.cprm.gov.br/publique/media/estante_virtual/geodiversidade_brasil.pdf
http://www.cprm.gov.br/publique/media/estante_virtual/geodiversidade_brasil.pdf
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Vale lembrar que os crátons, ou seja, algumas porções dessas Províncias, são
unidades muito estáveis e, por isso, são mais susceptíveis às mudanças por
elementos exógenos (ação do intemperismo) que por elementos endógenos
(orogenia), podendo ser divididos entre escudos cristalinos e plataformas, de
forma que os escudos (ou maciços) são compostos por rochas cristalinas (ígneas ou
metamórficas) e as plataformas também apresentam embasamento cristalino, mas
cobertos por sedimentos de outras unidades.
Síntese
Vimos, ao longo deste capítulo, um pouco do que acontece na formação do nosso
planeta Terra, abordando assuntos mais complexos.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
aprender sobre a constituição do fundo oceânico, dos continentes e a
interação oceano-continente;
entender sobre o que são e como se constituem rochas ígneas/magmáticas,
as sedimentares e as metamórficas;
analisar a estrutura geológica do Brasil sob o prisma do que aprendemos e
entendemos;
compreender um pouco mais sobre o que acontece na dinâmica externa do
sistema Terra.
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