Buscar

Apostila IBGE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 233 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 233 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 233 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Requisitos: Nível Médio 
AGENTE CENSITÁRIO MUNICIPAL (ACM)
AGENTE CENSITÁRIO SUPERVISOR (ACS)
IBGE
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
© Editora Criativa - Ltda-ME.
Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/2/1998. 
Proibida a reprodução de qualquer parte deste material, sem autorização prévia expressa por escrito 
do autor e da editora, por quaisquer meios empregados, sejam eletrônicos, mecânicos, 
videográficos, fonográficos, reprográficos, microfílmicos, fotográficos, gráficos ou outros. Essas 
proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como às suas características gráficas.
Título da obra: IBGE - Agente Censitário Municipal (ACM) e Agente Censitário Supervisor (ACS)
Autores: Diversos
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Souza Nunes
Tiana Adília
Josué Correia
PRODUÇÃO EDITORIAL
Gessié Correia
Jhenyfer Karoline
Gesi Ribeiro
CAPA/ILUSTRAÇÃO
Josué Correia
DIRETORIA EXECUTIVA
Ivanildo Nunes/Tiana Adília 
DISTRIBUIÇÃO
Benícia Antunes
Sérgio Correia
Setor Norte AC 219 Conjunto C, Lote 21 - Loja 01
Santa Maria - Brasília-DF, CEP: 72549-315
Fone: (61) 3046-8800
www.grupoapcon.com.br
CONHECIMENTOS
- LÍNGUA PORTUGUESA
- RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO
- ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
- NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO/ SITUAÇÕES GERENCIAIS
- CONHECIMENTOS TÉCNICOS
 
Página | 1 
Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LÍNGUA 
PORTUGUESA 
SUMÁRIO: 
1. Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados...................................................51 
2. Reconhecimento de tipos e gêneros textuais............................................................................61 
3. Domínio da ortografia oficial.....................................................................................................7 
4. Domínio dos mecanismos de coesão textual, 4.1. Emprego de elementos de referenciação, 
substituição e repetição, de conectores e de outros elementos de sequenciarão textual. 4.2 
Emprego de tempos e modos verbais.............................................................................18/20/61 
5. Domínio da estrutura morfossintática do período.....................................................30/35/37/38 
5.1. Emprego das classes de palavras..............................................................................................11 
5.2. Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração...........................................36 
5.3. Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração.....................................36/37 
5.4. Emprego dos sinais de pontuacao............................................................................................38 
5.5. Concordância verbal e nominal................................................................................................40 
5.6. Regência verbal e nominal..................................................................................................43/44 
5.7. Emprego do sinal indicativo de crase.......................................................................................49 
5.8. Colocação dos pronomes atonos..............................................................................................25 
6. Reescrita de frases e parágrafos do texto. 6.1 Significação das palavras. 6.2 Substituição de 
palavras ou de trechos de texto. 6.3 Reorganização da estrutura de orações e de períodos do 
texto. 6.4 Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade.....................51/63 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 2 
Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página | 3 
Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) 
ORTOGRAFIA 
É o uso correto das letras, bem como das iniciais 
maiúsculas e minúsculas nas palavras. 
1ª PARTE: palavras escritas por convenção. 
Ex.: monge, jiló, graxa, flecha, sósia, proeza, he-
resia, obcecar, maçarico, variz, extasiar, pretensão, 
acessar, discernir, excetuar, exsudar, etc. 
PALAVRAS ESCRITAS POR CONVENÇÃO 
G 
algema algibeira angélico apogeu 
auge bugiganga digerir drágea 
efígie estrangeiro evangelho falange 
faringe frigir geada gêiser 
geleia gêmeo gengibre gengiva 
gesso gesto gim girafa 
gíria higiene ligeiro megera 
monge mugir ogiva rígido 
rugir sugerir tangente tangerina 
tigela vagina 
 
J 
berinjela cafajeste canjica hoje 
injetar jeca jegue jeito 
jejum jenipapo jequitibá jérsei 
jesuíta jiboia jiló jirau 
jiu-jitsu majestade manjedoura manjericão 
objeto projeto rejeitar sujeito 
 
X 
abacaxi almoxarife bexiga broxa 
bruxa capixaba caxumba coaxar 
coxa coxo elixir esdrúxulo 
faxina graxa haxixe lagartixa 
lixa lixo luxar luxo 
maxixe muxoxo orixá oxalá 
pexote pixaim praxe puxar 
relaxar rixa roxo taxa 
vexame vexar xadrez xale 
xampu xangô xará xarope 
xavante xaxim xepa xeque 
xereta xerife xi! xícara 
xiita xilofone xingar xis 
xô! xodó xucro 
 
CH 
arrochar bochecha boliche brecha 
brocha broche bucha cachaça 
cachimbo cartucho chá chácara 
chafariz chalé charco chuchu 
chucrute chumaço churrasco cocha 
coche cochichar cochilar colcha 
concha coqueluche debochar despachar 
encher espichar estrebuchar fachada 
fantoche fechar ficha flecha 
guache inchar linchar machucar 
mecha mochila pechincha piche 
rachar salsicha tacha tocha 
 
 
S 
abusar aceso acusar adesão 
aliás amnésia analisar ananás 
anestesiar após artesão ás 
asa Ásia asilo asteca 
avisar basalto base basílica 
besouro bisão bisonho blusa 
brasa brasão brisa camisa 
casaca casimira caso catalisar 
cesária coesão colisão concisão 
conclusão cós coser crase 
crisálida crisântemo crise decisão 
defesa demasia designar desistir 
Deus diocese diurese divisa 
dose eclesiástico empresa ênclise 
escusar esposa esquisito eutanásia 
evasão exclusão extasiar fantasia 
fase framboesa frase freguês 
friso fusão fuselagem fusível 
fuso gás gasolina gênese 
groselha heresia hesitar improvisar 
incisão inclusão intruso invasão 
isolar lesar lilás liso 
lisonja losango luso manganês 
maresia mariposa masoquismo medusa 
mesa mesóclise mesquita misantropo 
miséria mosaico musa obeso 
obséquio obtuso parafuso paraíso 
paralisar parmesão peso pesquisar 
preciso presente presépio preservar 
presídio presidir prosa pus 
querosene quesito raposa raso 
rasurar reclusão recusar represália 
reprisar requisitar rês resenhar 
reservar residir resíduo resignar 
resina resistir resolver resultar 
resumir retesar riso risoto 
rosa sinestesia siso sósia 
suserano tese tesoura tesouro 
tosar transar trás turquesa 
usina usar usurar usurpar 
vaso vesícula visar 
 
Z 
agonizar alazão albatroz alfazema 
algazarra algoz amazona amizade 
antipatizar apaziguar armazém arroz 
assaz atroz avestruz azar 
azedo azeitona azêmola azia 
azul balizar batizar bazar 
bezerro bizarro buzina búzio 
cafezal cafuzo capataz capuz 
cartaz catequizar cicatriz coalizar 
conduzir coriza cozer cozinha 
cruz cuscuz czar deduzir 
deslizar dizer dizimar economizar 
fazer feliz fezes foz 
fuzil fuzuê gaze gazela 
gazeta giz gozar granizo 
guizo hipnotizar horizonte induzir 
introduzir jazida juiz lambuzar 
lazer luz magazine matiz 
matriz mazela meretriz nariz 
nazismo noz ojeriza ozônio 
 
Página | 4 
Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) 
paz prazer prazo prejuízo 
prezar primazia produzir proeza 
quartzo raiz rapaz razão 
reduzir rezar seduzir simpatizar 
sintetizar talvez topázio tornozelo 
traduzir trapézio trazer variz 
vazio verniz vez voz 
zangão zangar zebra ziguezague 
 
Ç 
açafrão açaí aço açúcar 
açucena açude alça alçapão 
almaço almoço ameaçar arregaçar 
arruaça babaçu bagaço baço 
balança boçal cabaça caçar 
caçoar caçula calça camurça 
caniço carapaça carapuça carcaça 
chouriço chumaço cobiçarcoçar 
conjunção couraça dançar disfarçar 
endereço enguiçar erupção exceção 
feitiço hortaliça laço licença 
linguiça maçã maçaneta maçar 
maçarico maço maçom março 
miçanga mordaça mormaço muçulmano 
muçurana orçar ouriço paço 
paçoca palhaço pança piaçava 
pinça poço quiçá rechaçar 
roça roçar ruço saçaricar 
soçobrar tapeçaria terço terçol 
traça trança trapaça troço 
viço vidraça 
 
C 
acelga acender acento acepção 
acervo acessar agradecer alicerce 
aparecer aquecer cacete cacimba 
cacique carecer carroceria cédula 
ceia ceifar cela celeiro 
celibato celta cem cemitério 
cena cenoura censo censura 
centavo centopeia centro cepa 
céptico cera cerca cerda 
cereal cerebelo cérebro cereja 
cerimônia cerne cerrar certo 
cerveja cervo cerzir cesariana 
cessar cesta cetim cetona 
cetro cevada chacinar chance 
cicerone ciciar ciclo ciclone 
cicuta cidra cifra cigano 
cigarro cilada cílio cima 
cimento cinema cínico cinta 
cintilar cintura cinza cio 
cipó cipreste ciranda circo 
circuito circundar cirrose cirurgia 
cisco cismar cisne cissiparidade 
cisterna citar cítara ciúme 
cócegas concertar concílio corcel 
decepcionar docente esquecer falecer 
focinho incipiente lince lúcido 
maciço macio magricela marcial 
mencionar morcego obcecar parecer 
penicilina percevejo pocilga recender 
resplandecer sobrancelha súcia tecer 
tecido vacilar vacina você 
 
H 
hábil habitar hachurar hálito 
handebol hangar hanseníase hantavírus 
harém harmonia harpa haste 
havana haver haxixe hebreu 
hectágono hectare hediondo hégira 
helicóptero hélio hem! hemácia 
hematita hemisfério hemorragia hepatite 
heptaedro hera herdar heresia 
hermafrodita hérnia hertz hesitar 
hetero heureca hexacampeão hiato 
hibernar híbrido hidra hidroavião 
hiena hierarquia hieróglifo hífen 
higienizar hímen hindu hino 
hipérbole hipófise hipopótamo hipoteca 
histeria história hoje homem 
homofilia homogêneo homologar honesto 
honra hóquei hora horda 
horizonte hormônio horóscopo horror 
horta hortelã hortênsia hosana 
hospedar hospital hóstia hostil 
hulha humano humilde humilhar 
humor húmus 
 
2ª PARTE: palavras derivadas. 
Em geral, as palavras derivadas mantêm as mesmas 
letras iniciais das suas respectivas palavras primitivas. 
Ex.: rabugento (de rabugem); 
 viajem (de viajar); 
 almoxarifado (de almoxarife); 
 pichar (de piche); 
 catálise (de catalisar); 
 sintetizado (de sintetizar); 
 exultante (de exultar); 
 intercessão (de interceder); 
 disfarçado (de disfarçar); 
 ascensão (de ascender); 
 exsudação (de exsudar); 
 assessor (de assessorar); etc. 
Exceções: angélico e angelical (de anjo); 
extensão, extensibilidade, extensidade, 
extensível, extensividade, extensivo, ex-
tenso e extensor (de estender). 
Obs.1: Viajem (forma verbal do verbo viajar, no 
presente do subjuntivo). 
Ex.: Espero que eles viajem bem. 
Viagem (substantivo: ação de viajar). 
Ex.: A viagem foi maravilhosa. 
Obs.2: Palavra Primitiva: é aquela que não vem 
de nenhuma outra da própria língua. 
Ex.: casa, água, pedra, terra, ar, etc. 
Obs.3: Palavra derivada: é aquela que vem de ou-
tra da própria língua. 
Ex.: caseiro, aquático, pedrada, terreno, aé-
reo, etc. 
 
Página | 5 
Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) 
3ª PARTE: regras convencionais. 
G J X CH Ç C SS S Z H K W Y 
5 1 4 0 2 1 1 7 2 2 3 : 28 
 regras 
G 
1. Emprega-se g: 
a) nas terminações –ágio, -égio, -ígio, -ógio e -úgio; 
Ex.: adágio, colégio, prodígio, relógio, refúgio, etc. 
b) nas terminações –agem, -igem e –ugem; 
Ex.: viagem, fuligem, rabugem, garagem, ver-
tigem, ferrugem, etc. 
Exceções: lajem, pajem e lambujem. 
c) nas terminações –ege e –oge; 
Ex.: frege, herege, sege, doge, paragoge, etc. 
d) depois de r: 
Ex.: alergia, energia, imergir, surgir, etc. 
Exceções: alforje, caborje e interjeição. 
e) após a inicial de palavra. 
Ex.: ágio, agir, ágil, agenda, agitar, etc. 
J 
2. Emprega-se j: 
a) nas terminações -aje e -ajé. 
Ex.: laje, traje, acarajé, pajé, etc. 
 
X 
3. Emprega-se x: 
a) após ditongo; 
Ex.: baixo, caixa, faixa, feixe, madeixa, peixe, 
frouxo, rouxinol, trouxa, etc. 
Exceções: caucho e guache. 
b) após en inicial de palavra; 
Ex.: enxada, enxertar, enxoval, enxugar, enxame, 
enxerido, enxofre, etc. 
Exceções: encher e enchova. 
c) após me e mé iniciais de palavra; 
Ex.: mexer, mexilhão, México, etc. 
Exceções: mecha e mechoacão. 
d) após e inicial de palavra. 
Ex.: exalar, Exército, exílio, êxodo, exumar, 
examinar, exercer, exímio, exoterismo, etc. 
Exceções: esôfago e esoterismo. 
CUIDADO: encharcar (de charco); 
 enchente (de encher); 
 enchumaçar (de chumaço); 
 recauchutar (de caucho). 
 
Ç 
4. Grafa-se com ç: 
a) os sufixos –aça, -aço, -ção, -iço, -iça, -nça, -uço, 
-açu e –oça; 
Ex.: barca + aça = barcaça; 
 rico + aço = ricaço; 
 navegar + ção = navegação; 
 sumir + iço = sumiço; 
 carne + iça = carniça; 
 cria + nça = criança; 
 dente + uço = dentuço; 
 igu + açu = Iguaçu; 
 carro + oça = carroça. 
b) após ditongo. 
Ex.: caução, feição, etc. 
C 
5. Grafa-se com c: 
a) após ditongo. 
Ex.: coice, foice, etc. 
SS 
6. Grafa-se com ss: 
a) os substantivos e os adjetivos derivados de ver-
bos cujos radicais terminam em: ced, gred, prim, met, 
mit e cut. 
Ex.: 
CED > CESS : suceder - sucessão, sucessivo; 
GRED > GRESS : progredir - progresso, progressivo; 
PRIM > PRESS :imprimir - impressão, impresso; 
 MESS 
MET > : prometer - promessa, promissor; 
 MISS 
MIT > MISS : permitir - permissão, permissivo; 
CUT > CUSS :discutir - discussão. 
 
S 
7. Grafa-se com s: 
a) os substantivos e os adjetivos derivados de ver-
bos cujos radicais terminam em: nd, rg, rt, pel, corr e 
nt; 
Ex.: 
ND > NS: expandir - expansão, expansivo; 
RG > RS: submergir - submersão, submerso; 
RT > RS: inverter - inversão, inverso; 
PEL > PULS: expelir - expulsão, expulso; 
CORR > CURS: discorrer - discurso, discursivo; 
NT > NS: sentir - sensação, sensível. 
 
Página | 6 
Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) 
b) os adjetivos terminados em –oso e em -osa, deri-
vados de substantivos; 
Ex.: dengo + -oso = dengoso; 
 + -osa = dengosa. 
 teima + -oso = teimoso; 
 + -osa = teimosa. 
 gás + -oso = gasoso; 
 + -osa = gasosa. 
c) os adjetivos pátrios terminados em -ês e em -esa; 
Ex.: campo + n + ês = camponês; 
 + n + esa = camponesa. 
 Paquistão + ês = paquistanês; 
 + esa = paquistanesa. 
 Pequim + n + ês = pequinês; 
 + n + esa = pequinesa. 
d) os títulos de nobreza femininos terminados em 
-esa; 
Ex.: baronesa, duquesa, marquesa, princesa. 
e) após ditongo; 
Ex.: causa, coisa, gêiser, lousa, maisena, náusea, 
Cleusa, Neusa, Sousa, etc. 
f) as formas verbais de pôr (e dos derivados) e de 
querer. 
Ex.: pôs, pus, puser, puseram, pusesse; depôs, 
depus, depuser, depuseram, depusesse; quis, 
quiser, quiseram, quisesse, etc. 
g) os sufixos gregos -ase, -ese, -isa, -ise, -isia e 
-ose. 
Ex.: metástase, prófase, catequese, síntese, papi-
sa, poetisa, pesquisa, análise, catálise, ele-
trólise, paralisia, hipnose, metamorfose, os-
mose, etc. 
Z 
8. Grafa-se com z: 
a) os verbos terminados em -izar, derivados de 
substantivos e de adjetivos. 
Ex.: colônia + -izar = colonizar; 
 sinal + -izar = sinalizar; 
 ágil + -izar = agilizar; 
 fértil + -izar = fertilizar; etc. 
Obs.: Se o verbo for a palavra primitiva, sua termi-
nação –izar (ou –isar) poderá ser escrita com z ou com 
s, dependendo do seu tipo. 
Ex.: analisar, catalisar, eletrolisar, improvisar, 
paralisar, pesquisar, batizar, catequizar,deslizar, hipnotizar, sintetizar, etc. 
b) os substantivos abstratos terminados em -ez e em 
-eza, derivados de adjetivos. 
Ex.: ácido + -ez = acidez; 
 pequeno + -ez = pequenez; 
 delicado + -eza = delicadeza; 
 rico + -eza = riqueza; etc. 
H 
9. Grafa-se com h: 
a) o final de algumas interjeições; 
Ex.: ah!, eh! e oh! 
b) os dígrafos ch, lh e nh. 
Ex.: chave, palha, unha, chique, alho, banho, etc. 
Obs.: Bahia (nome de estado) possui essa grafia 
(com h e sem acento agudo) por tradição e por incoerên-
cia dos nossos gramáticos, já que ela é a própria palavra 
baía (acidente geográfico), que não possui h e que pos-
sui acento agudo. 
K, W e Y 
10. Grafa-se com k, com w ou com y: 
a) as abreviaturas e os símbolos de termos científi-
cos de uso internacional; 
Ex.: km (quilômetro), kg (quilograma), k (potás-
sio), w (watt), W (oeste), yd (jarda), etc. 
b) as palavras estrangeiras não aportuguesadas. 
Ex.: kart, kibutz, smoking, show, watt, play-
ground, playboy, hobby, etc. 
c) os nomes próprios estrangeiros não aportuguesa-
dos (e seus derivados). 
Ex.: Kant, Franklin, Shakespeare, Wagner, Ken-
nedy, Mickey, Newton, Darwin, Hollywood, 
Washington, Kremlin, Byron, Walt Disney, 
kantismo byroniano, shakespeariano, 
kartista, parkinsonismo, Disneylândia, etc. 
 
EMPREGO DE PALAVRAS 
I. EMPREGO DOS PORQUÊS: 
1. PORQUE: é usado em respostas e em explica-
ções. 
Ex.: Por que parou? (pergunta) 
 Porque estou cansado. (resposta) 
Raquel não veio à faculdade, porque está 
doente. (explicação) 
2. PORQUÊ: é o único dos quatro porquês que 
exige, diretamente, antes dele, artigo, adjetivo, numeral 
ou pronome masculinos. 
Ex.: Não sei o porquê disto. 
Ela me deu um belo porquê. 
Ofereceram três porquês para o problema. 
Este porquê não serve. 
 
3. POR QUÊ: é usado no final do período (simples 
ou composto), em perguntas e em afirmações. 
 
Ex.: Você fez isso por quê? 
 Susana agiu assim e não sabe por quê. 
 
 
Página | 7 
Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) 
4. POR QUE: 
a) é usado no início do período (simples ou compos-
to) em perguntas e em afirmações. 
 
Ex.: Por que você fez isso? 
 Por que construí Brasília (título de um dos 
livros de JK) 
 Por que Adriana acha que é melhor, do que 
Henrique? 
 
b) é usado no meio do período composto ( = pelo 
qual, pela qual, pelos quais e pelas quais). 
 
Ex.: Este é o caminho por que passaram. 
 Esta é a resposta por que aguardava. 
 
c) idem letra b ( = por que motivo). 
 
Ex.: Não se sabe por que chove tanto, naquela 
região do país. 
 
II. Onde/ Aonde: 
1. Emprega-se aonde com os verbos de movimento 
com a preposição a. 
Ex.: Aonde você irá? 
 Aonde nos leva? 
2. Emprega-se onde, naturalmente, com os verbos es-
táticos e com os de movimento sem a preposição a. 
Ex.: Onde estão os livros? 
 Não sei onde te encontro. 
 Até onde, você irá? 
 De onde, ele vem? 
III. Mau / Mal: 
1. Mau é, sempre, um adjetivo (seu antônimo é bom). 
Refere-se, pois, a um substantivo. 
Ex.: Escolheu um mau momento. 
 Era um mau aluno. 
2. Mal pode ser advérbio de modo (antônimo de bem) 
e substantivo. 
Ex.: Ele se comportou mal. 
 Seu argumento está mal-estruturado. 
 Ela não sabe o mal que me faz. 
IV. HÁ / A: 
1. Há (verbo haver), para indicar tempo passado ou 
para significar existe (m). 
Ex.: Há dois meses, ele não aparece. 
 No mundo, há muitos fãs do futebol. 
2. A (preposição), para indicar tempo futuro e dis-
tância. 
Ex.: Daqui a dois meses, ele aparecerá. 
 A Terra fica a milhões de quilômetros do Sol. 
V. MAS / MAIS / MÁS: 
1. Mas é conjunção adversativa, que indica uma opo-
sição (ou um contraste). Pode ser substituída por 
outra conjunção adversativa (porém, contudo, to-
davia, entretanto, etc.). 
Ex.: Eu iria ao cinema, mas choveu. 
2) Mais pode ser um advérbio de intensidade ou um 
pronome indefinido. É antônimo de menos. 
Ex.: Sem dúvida, é a garota mais simpática da sa-
la! 
 Atualmente, tenho mais sabedoria e mais 
conhecimento. 
3) Más é adjetivo (antônimo de boas). 
Ex.: Ela tem atitudes más. 
 Eles são pessoas más. 
-------------------------------------------------------------------- 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
1. Monossílabos tônicos: 
Acentuam-se os terminados em a(s), e(s) e o(s). 
Ex.: pá(s), ê(s) fé(s), ô(s) só(s), etc. 
2. Oxítonos: 
Acentuam-se os terminados em a(s), e(s), o (s) e em 
(ens). 
Ex.: sofá(s), você(s), café(s), robô(s), cipó(s), 
ninguém, parabéns, etc. 
3. Paroxítonos: 
Acentuam-se os terminados em ps, um (uns), r, 
u(s), x, i(s), en, on(s), l, ã(s), e ditongo [acompanhado 
ou não de s: ei (s), ão(s), ea (s), eo (s), ia(s), ie(s), io(s), 
oa(s), ua(s), ue(s) e uo(s)]. 
Ex.: bíceps, fórceps, álbum(uns), médium(uns), açúcar, 
éter, meinácu, Vênus, tórax, fênix, júri, lápis, pó-
len, hífen, próton(s), fóton(s), fácil, desagradável, 
órfã(s), ímã(s), pônei(s), jóquei(s), órgão(s), só-
tão(s), fêmea(s), orquídea(s), óleo(s), simultâ-
neo(s), ânsia(s), farmácia(s), série(s), cárie(s), sí-
tio(s), lírio(s), mágoa(s), nódoa(s), tábua(s), ré-
gua(s), tênue(s), bilíngue(s), árduo(s), vácuo(s), 
etc. 
4. Proparoxítonos: 
Quase todos são acentuados. 
Ex.: lâmpada, fósforo, elétrico, cápsula, médico, 
auréola, período, míope, medíocre, etíope, 
etc. 
Exceções: deficit e habitat. 
Obs.: Essas duas palavras não podem ser acentua-
das, por serem latinismos (palavras oriundas do latim), 
sabendo-se que essa língua não possuía acento gráfico, 
como o inglês e o alemão não o possuem. Entre os dicio-
naristas, há os que as acentuam, e os que não as acentu-
am. 
 
Página | 8 
Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) 
5. Ditongos éi, éu e ói: 
a) se forem pronunciados (pela norma culta) ei, eu 
ou oi, não serão acentuados; 
Ex.: colmeia, farei, sei, eufônico, ateu, meu, loi-
ro, boi, doido, etc. 
b) se forem pronunciados (pela norma culta) éi, éu 
ou ói (desde que estejam na sílaba forte da palavra), se-
rão acentuados, exceto os paroxítonos. 
Ex.: ideia, europeia, plateia, hebreia, fiéis, réis 
(moeda), chapéu(s), réu(s), troféu(s), herói, 
anzóis, mói (moer), joia, boia, jiboia, he-
roico, etc. 
CUIDADO: aneizinhos, chapeuzinho, anzoizinhos. 
Obs.: São equivocados os conceitos de ditongo 
aberto e de ditongo fechado: não existe essa divisão 
dos ditongos na NGB, nem na NGP (dentro da Fonética). 
Na verdade, as vogais é que podem ser abertas, semi-
abertas, fechadas ou semifechadas, e não os ditongos. 
6. Hiatos: 
a) AÍ, EÍ, OÍ, UÍ, AÚ, EÚ, IÚ e OÚ: 
Sua segunda vogal (i ou u) será acentuada normal-
mente, se estiver sozinha na própria sílaba ou se vier 
acompanhada de s. 
Ex.: saída, faísca, cafeína, politeísmo, moído, 
egoísta, ruído, uísque, saúde, balaústre, re-
úne, ciúme, timboúva, etc. 
Obs. 1: Se ela vier acompanhada de l, de m, de n, de 
r ou de z ou se ela vier seguida de nh, deixará de ser 
acentuada. 
Ex.: Raul, paul, ruim, amendoim, ainda, saindo, 
fluir, ruir, juiz, raiz, rainha, bainha, tainha, 
moinho, fuinha, etc. 
Obs. 2: Acompanhar: estar na mesma sílaba. 
 Seguir: estar na sílaba seguinte. 
b) OO (S) final de palavra: não é mais acentuado. 
Ex.: coo doo, magoo, perdoo, abençoo, coroo, 
abotoo, povoo, enjoo(s), voo(s), zoo(s), etc. 
c). EEM final de palavra: não é mais acentuado. 
Ex.: creem, deem, leem, veem e derivados (des-
creem, desdeem, releem, preveem, anteve-
em, etc. 
Obs.: ee de eem não é hiato, e, sim, vogal forte 
mais ditongo decrescente. 
7. Grupos gue, gui, que e qui: 
O u desses grupos: 
a) não mais receberá acento agudo, se ele for pro-
nunciado fortemente (pela norma culta); 
Ex.: averiguem, arguis, oblique, etc. 
b) não mais receberá trema, se ele for pronunciado 
fracamente (pela norma culta); 
Ex.: bilíngue, linguiça, cinquenta, tranquilo, 
etc. 
c) não receberá nada, se ele não for pronunciado 
(pela norma culta). 
Ex.: aguerrido, enguiço, quente, quilo, etc. 
Observação: 
O tremafoi abolido com o acordo ortográfico de 
1/1/2009. 
Ex.: equilátero, líquido, sanguíneo, etc. 
8. Acento Diferencial: 
Ele só permaneceu em algumas palavras do portu-
guês. 
Ex.: pôr: verbo e substantivo; 
 por: preposição. 
 pôde: pretérito perfeito do indicativo do verbo 
poder; 
 pode: presente do indicativo do mesmo verbo. 
 tem: 3ª pessoa do singular do verbo ter; 
 têm: 3ª pessoa do plural do mesmo verbo. 
 porquê: substantivo; 
 porque: conjunção. 
 vem: 3ª pessoa do singular do verbo vir; 
 vêm: 3ª pessoa do plural do mesmo verbo. 
Ex.: Pôr o livro sobre a mesa é fácil. (verbo) 
O pôr-do-sol de Brasília é belo. (substantivo) 
Fiz isso por ela. (preposição) 
Marcos pôde trabalhar ontem. 
Marcos pode trabalhar hoje. 
Elas têm 20 anos. 
Ela tem 20 anos. 
 
Eles vêm da Bahia. 
Ele vem da Bahia. 
Obs.1.: Em relação a tem/têm e a vem/vêm, o 
acento diferencial dessas palavras aplica-se, também, às 
formas verbais dos verbos derivados de ter e de vir 
(contém/contêm, detém/detêm, mantém/mantêm, re-
tém/retêm, convém/convêm, intervém/intervêm, pro-
vém/provêm, etc.). 
Ex.: O edital deste concurso contém estas discipli-
nas. 
 Os editais destes concursos contêm estas dis-
ciplinas. 
 
 O avião provém de Berna. 
 Os aviões provêm de Berna. 
Obs.2.: Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o 
acento agudo no i, nem no u tônicos, quando vierem de-
pois de um ditongo. 
Ex.: baiuca, bocaiuva, cauila, feiura, etc. 
 
 
Página | 9 
Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) 
Obs.3.: Se a palavra for oxítona, desde que o i ou 
que o u estejam em posição final (acompanhados ou não 
de s), o acento permanecerá. 
Ex.: Piauí: 
Obs.4: Dêmos (forma verbal no presente do subjun-
tivo do verbo dar, cujo uso do acento circunflexo é fa-
cultativo), para diferenciar-se de demos (forma verbal no 
pretérito perfeito do indicativo do mesmo verbo). 
Ex.: Raquel espera que nós lhe dêmos (ou demos) 
toda a assistência a ela. 
 Nós demos toda a assistência a Raquel ontem. 
Obs.5: Fôrma(s) (= molde), cujo acento circunflexo 
é facultativo, para diferenciar-se de forma(s) (= disposi-
ção exterior de algo) 
Ex.: Esta fôrma (ou forma) de bolo é moderna. 
 A forma do bolo é circular. 
*********************************************** 
NOTAÇÕES LÉXICAS 
Sinais gráficos que mudam a pronúncia da palavra. 
Além das três tradicionais (til, apóstrofo e cedilha), há, 
ainda, os dois acentos (agudo e circunflexo). 
1. TIL ( ~ ): 
Emprega-se o til, para nasalizar as vogais a e o de 
várias palavras portuguesas. 
Ex.: mãe, pães, escrivães, maçã, avião, cão, vão, 
põe, leões, vulcões, balões, junções, etc. 
2. APÓSTROFO ( 
,
 ) 
Emprega-se o apóstrofo, para substituir uma deter-
minada letra da palavra. 
Ex.: copo d’água, galinha-d’angola, esp’rança, 
c’roa, minh’alma, etc. 
3. CEDILHA ( ¸ ): 
Emprega-se a cedilha sob o c, para mudar a sua 
pronúncia, de | k | para | s |, antes de a, de o ou de u. 
Ex.: miçanga, aço, açúcar, carniça, palhaço, Igu-
açu, etc. 
4. ACENTO AGUDO ( ´ ): 
Ex.: vatapá, café, saída, avó, baú, etc. 
 
5. ACENTO CIRCUNFLEXO ( ^ ): 
Ex.: câmara, lêvedo, avô, etc. 
 
HÍFEN 
1. Nas locuções adjetivas, pronominais, adverbiais, 
prepositivas, verbais, conjuntivas, interjetivas e denotati-
vas, em geral, ele é proibido. 
Ex.: cor de vinho, cada um, à vontade, a fim de, 
tinha estudado, ao passo que, cruz credo! , 
isto é, etc. 
Exceções: cor-de-rosa, mais-que-perfeito, etc. 
2. Nos substantivos compostos por justaposição, há 
vários exemplos com e sem ele. 
Ex.: guarda-chuva, passatempo, beija-flor, giras-
sol, quinta-feira, paraquedas, abaixo-
assinado, cão de guarda, ave-maria, fim de 
semana, estrela-do-mar, sala de jantar, etc. 
3. Nos adjetivos compostos, ele é obrigatório. 
Ex.: sócio-político-econômico, verde-clara, mar-
rom-escuro, surdo-mudo, verde-abacate, 
amarelo-ouro, etc. 
4. Na divisão silábica, ele é obrigatório. 
Ex.: pe-rí-o-do, mí-o-pe, au-ré-o-la, ca-os, sen-
sa-ci-o-nal, etc. 
5. Na ênclise e na mesóclise, ele é obrigatório. 
Ex.: amá-lo, põe-na, deixe-os, enviar-lhe-ei, em-
prestá-lo-emos, etc. 
6. Nos topônimos, em geral, ele é proibido. 
Ex.: América do Norte, África do Sul, Belo Hori-
zonte, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Estados 
Unidos, etc. 
Exceções: Guiné Bissau, Passa-Quatro, Trás-os-
Montes, Baía de Todos-os-Santos, Grã-Bretanha, Grão-
Pará, etc. 
7. Na união de duas ou de mais palavras, ocasio-
nalmente, combinadas (incluindo-se os itinerários), ele é 
obrigatório. 
Ex.: Liberdade-Igualdade-Fraternidade, ponte 
Rio-Niterói, Brasília-Florianópolis, Manaus-Rio Branco, 
etc. 
8. Nos sufixos -açu, -guaçu e –mirim, ele é obriga-
tório. 
Ex.: jacaré-açu, amoré-guaçu, tamanduá-mirim, 
etc. 
9. Nos prefixos e nos radicais áudio-, auri-, bio-, 
cardio-, claro-, derma-, entre-, foto-, geo-, hidro-, iso-, 
macro-, micro-, mini-, psico-, radio-, socio- e tele-, o 
hífen é proibido. 
Ex.: audiosseletivo, aurirrubro, bioestatístico, 
cardiorrenal, cloroacético, dermatomicose, 
entreaberto, fotoalgrafia, geoistórico, hidro-
avião, isossilábico, macroeconomia, micror-
região, minissaia, psicossocial, radioamador, 
socioeconômico, teleobjetivo, etc. 
10. Nos radicais bel-, grã- e grão-, ele é obrigató-
rio. 
Ex.: bel-prazer, grã-cruz, grão-duque, etc. 
 
Página | 10 
Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) 
11. Nos prefixos e nos radicais: além-, aquém-, ex-
, nuper-, recém-, sem-, sota-, soto-, vice- e vizo-, ele é 
obrigatório. 
Ex.: além-túmulo, aquém-mar, ex-combatente, 
nuper-falecido, recém-nascido, sem-
vergonha, sota-piloto, soto-soberania, vice-
presidente, vizo-rei, etc. 
Exceções: alentejano, Alentejo, expatriar, expatria-
do, sotaventear, sotavento e sotopor. 
12. Nos prefixos pos-, pre- e pro-: 
 
REGRAS: 
1ª) quando eles forem pronunciados pos-, pre- e 
pro- (pela norma culta) respectivamente, não serão acen-
tuados, nem seguidos de hífen. 
Ex.: poscéfalo, posfácio, pospasto, posponto, pos-
por, preanunciar, preaquecimento, precitado, predeter-
minado, preestabelecer, preexistente, prefixado, prenota-
ção, preopinar, preordenação, pretônico, previsão, pro-
cônsul, proembrião, prolongar, promover, propagar, pro-
por, etc. 
2ª) quando eles forem pronunciados pós-, pré- e 
pró- (pela norma culta) respectivamente, serão acentua-
dos e seguidos de hífen. 
Ex.: pós-bíblico, pós-conciliar, pós-datar, pós-
diluviano, pós-doutorado, pós-eleitoral, pós-graduação, 
pós-guerra, pós-socrático, pós-verbal, pré-ajustado, pré-
aviso, pré-datar, pré-eleitoral, pré-história, pré-leitura, 
pré-matrícula, pré-natal, pré-olímpico, pré-primário, pré-
requisito, pré-universitário, pré-vestibular, pró-
americano, pró-análise, pró-britânico, pró-homem, pró-
memória, pró-socialista, etc. 
13. Nos prefixos bem- e ben-: 
REGRAS: 
1ª) bem- (com m): com hífen. 
Ex.: bem-amado, bem-bom, bem-comportado, bem-
disposto, bem-estar, bem-feito, bem-humorado, bem-
intencionado, bem-lançado, bem-me-quer, bem-nascido, 
bem-ordenado, bem-parecido, bem-querer, bem-
sucedido, bem-vindo, etc. 
2ª) ben- (com n): sem hífen. 
Ex.: bendito, bendizer, benfazejo, benfeitor, benfei-
toria, benfeitorizar, benquerença, benquerente, benquis-
tar, benquisto, etc. 
14. Nos prefixos e nos radicais gregos e latinos au-
to-, contra-, extra-, infra-, intra-, neo-, proto-, pseu-
do-, semi-, supra- e ultra-: 
a) haverá hífen, se o início da palavra seguinte for 
h; 
Ex.: auto-hemoterapia, extra-humano, infra-
hepático, neo-hegelianismo, proto-história, pseudo-herói, 
supra-homem, ultra-humano, etc. 
 
Exceções: coabitação, coabitador, coabitante, coa-
bitar, coabitável, desabilidade, desabilitar, desabitado, 
desabitar, desábito, desabituação, desabituar, desarmo-
nia, desarmônico, desarmonioso, desarmonização, de-
sarmonizado, desarmonizador, desarmonizante, desar-
monizar, desarmonizável, inábil, inabilidade, inabilido-
so, inabilitação,inabilitar, inabitabilidade, inabitado, 
inabitável, inabitual, reidratação, reidratado, reidratante, 
reidratar, etc. 
b) se o início da palavra seguinte for r ou s, o hífen 
será proibido; tendo essas duas letras de ser dobradas; 
Ex.: autorretrato, autossuficiente, contrarreforma, 
contrassenso, extrarregulamentar, extrassensorial, infrar-
renal, infrassom, neorrepública, protorrevolução, protos-
satélite, pseudorrincoto, pseudossigla, semirreta, semis-
selvagem, suprarrealismo, suprassumo, ultrarromântico, 
ultrassom. 
c) se o final do prefixo (ou do radical) e o início da 
palavra seguinte forem vogais diferentes, o hífen será 
proibido; 
Ex.: autoescola, contraindicação, extraoficial, infra-
estrutura, intraocular, neoescolástica, protoactínio, pseu-
doescorpião, semiárido, supraexcitante, etc. 
d) se o final do prefixo (ou do radical) e o início da 
palavra seguinte forem vogais iguais, o hífen será obriga-
tório. 
Ex.: auto-oscilação, contra-ataque, extra-
atmosférico, infra-assinado, micro-ônibus, semi-integral, 
supra-axilar, etc. 
 
15. Prefixos gregos e latinos ante-, anti-, arqui- e 
sobre-: 
Idem regras a, b, c e d do caso 14 
Ex.: ante-histórico, anti-higiênico, sobre-horrendo, 
anterrosto, antessala, antirrábico, antisséptico, arquirra-
bino, arquissecular, sobrerronda, sobressaia, anteato, an-
tiássido, arquiavó, sobrealcunha, ante-estreia, anti-
infeccioso, arqui-inimigo, sobre-elevado, etc. 
 
16. Nos prefixos gregos e latinos hiper-, inter- e 
super-, só haverá hífen, se o início da palavra seguinte 
for h ou r. 
Ex.: hiper-hidrose, hiper-rugoso, inter-hemisférico, 
inter-relação, super-hidratação, super-requintado, etc. 
 
17. No prefixo latino circum, só haverá hífen, se o 
início da palavra for vogal, m ou n. 
Ex.: circum-adjacente, circum-escolar, circum-
uretral, circum-meridiano, circum-murar, circum-
navegar, circum-nutação, etc. 
 
Página | 11 
Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) 
18. No prefixo latino mal-, só haverá hífen, se o 
início da palavra seguinte for vogal ou h. 
Ex.: mal-assombrado, mal-entendido, mal-
intencionado, mal-ouvido, mal-usar, mal-humorado, etc. 
 
19. No radical grego pan-, só haverá hífen, se o iní-
cio da palavra seguinte for vogal, h, m ou n. 
Ex.: pan-americano, pan-eslavismo, pan-islâmico, 
pan-harmônico, pan-helenista, pan-hispânico, pan-
mágico, pan-mítico, pan-negritude, etc. 
Exceções: panorama, panoramense, panorâmica, 
panorâmico, etc. 
 
20. No prefixos latinos ab-, ob- e sob-, só haverá 
hífen, se o início da palavra seguinte for r. 
Ex.: ab-reagir, ab-reptício, ab-rogar, ab-rogável, ab-
rupto (ou abrupto), ab-ruptude, ob-rogação, ob-rogado, 
ob-rogante, ob-rogar, ob-rogatório, ob-rogável, sob-roda, 
sob-rojar, etc. 
21. No prefixo latino sub-, só haverá hífen, se o iní-
cio da palavra seguinte for b, h ou r. 
Ex.: sub-base, sub-betuminoso, sub-biotipia, sub-
bosque, sub-braquial, sub-brigadeiro, sub-burgo, sub-
hepático, sub-hidroclorato, sub-híspido, sub-horizontal, 
sub-humano, sub-raça, sub-região, sub-roda, sub-rogar, 
etc. 
22. No prefixo latino ad-, só haverá hífen, se o iní-
cio da palavra seguinte for d ou r. 
Ex.: ad-digital, ad-rogação, ad-rogado, ad-rogador, 
ad-rogante, ad-rogar, ad-rostral, etc. 
********************************************* 
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS 
Todas as palavras da língua portuguesa têm finali-
dades específicas: umas dão nome aos seres; outras indi-
cam ações e qualidades desses seres; outras apenas esta-
belecem ligações entre termos de uma frase; etc. De 
acordo com essas finalidades, as palavras dividem-se em 
CLASSES GRAMATICAIS. 
Existem na língua portuguesa dez classes gramati-
cais divididas em dois grupos distintos: 
* Variáveis: são as palavras que podem mudar de 
forma e de classe, conforme seu emprego na frase. São 
elas: Substantivo, Adjetivo, Verbo, Pronome, Advér-
bio, Artigo e Numeral. 
* Invariáveis: São as palavras que não apresentam 
mudança em sua forma. São elas: Preposição, Conjun-
ção e Interjeição. 
SUBSTANTIVO 
É palavra que dá nome aos seres em geral. Nor-
malmente exerce função sintática diretamente relaciona-
da com o verbo, atuando como núcleo do sujeito, dos 
complementos verbais e do agente da passiva. Pode, ain-
da, funcionar como núcleo do complemento nominal ou 
do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito ou do 
objeto ou como núcleo do vocativo. 
Classificação 
Os substantivos classificam-se em: 
1. Substantivo próprio – dá nome a um ser especí-
fico, individualizando-o entre os outros da mesma espé-
cie. 
Ex.: Manuel, Adriana, Jaci, Brasil, São Paulo, Terra 
(planeta em que habitamos), Sol (astro que é o centro do 
nosso sistema planetário), Lua (satélite da Terra), Deus, 
Praça do Buriti, Polícia Militar, Ministério da Marinha, 
“Dom Casmurro”, Jornal de Brasília, etc. 
Obs.: Não confundir alguns nomes próprios, com 
nomes comuns: terra (solo, local, região) sol (astro que é 
centro de um sistema planetário), deus (divindade, ído-
lo), medicina (remédio), etc. 
2. Substantivo comum – nome que serve para de-
signar os seres de uma mesma espécie. 
Ex.: homem, mulher, menino, casa, escola, igreja, 
muro, cão, pedra, caneta, rio, etc. 
3. Substantivo concreto – nome do ser que existe 
por si (concreto real) ou que se apresenta em nossa ima-
ginação, como se existisse por si (concreto fictício): 
Ex.: de concretos reais: homem, casa, José, etc. 
de concretos fictícios: saci, bruxa, lobisomem, mu-
la-sem-cabeça, fada, etc. 
4. Substantivo abstrato – nome do ser que só tem 
existência dependente de outro ser, ou seja, nome de uma 
característica, de um estado, de uma ideia, de uma ação: 
Ex.: beleza, crueldade, saúde, crença, ciúme, viva-
cidade, esperança, pulo, coroação, pensamento, etc. 
Note a importante observação, a seguir, feita por 
HILDEBRANDO A. de ANDRÉ, em sua Gramática 
Ilustrada: 
“A forma dos seres designados pelos substantivos 
abstratos não é captada pela imaginação, é entendida 
pela inteligência. A forma dos seres designados pelos 
substantivos concretos é apreendida pela imaginação, 
pois os seres concretos possuem forma física ou apre-
sentam-se com forma física fictícia. 
Julgamos que Deus, alma, anjo, demônio devam 
ser incluídos entre os substantivos concretos reais, por-
que, quando empregamos tais nomes, no ato da fala, re-
ferimo-nos a seres que existem por si realmente, muito 
embora não tenham forma física (suas representações 
materiais são meros símbolos convencionais)”. 
5. Substantivo simples – nome formado de um só 
elemento (radical). 
Ex.: espada, pedra, joia, guarda, moleque, pé, etc. 
6. Substantivo composto – nome formado de dois 
ou mais elementos (radicais). 
 
Página | 12 
Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) 
Ex.: peixe-espada, pedra-pome, guarda-joia, pé de 
moleque, passatempo, etc. 
7. Substantivo primitivo – nome que não deriva, 
em português, de outra palavra: 
Ex.: flor, âncora, café, pedra, livro, máquina, etc. 
8. Substantivo derivado – nome que deriva de ou-
tra palavra portuguesa: 
Ex.: florista, ancoradouro, cafezal, pedreira, denta-
dura, livreiro, maquinaria, etc. 
9. Substantivo coletivo – nome que expressa, es-
tando no singular, um grupo de seres da mesma espécie: 
Ex.: exército (soldados), rebanho (ovelhas), código 
(leis), fornada (pães), cardume (peixes), etc. 
 
FLEXÃO NOMINAL DO SUBSTANTIVO 
É o estudo das variações do substantivo quanto ao 
gênero, número e grau. 
GÊNERO 
Os substantivos podem variar em gênero (masculi-
no ou feminino). 
* São do gênero masculino os substantivos a que se 
podem antepor os artigos o ou os. 
o gato, os alunos, o candidato, os garotos, etc. 
* São do gênero feminino os substantivos a que se 
podem antepor os artigos a ou as. 
a gata, as alunas, a candidata, as garotas, etc. 
Formação do gênero 
Quanto ao gênero, os substantivos dividem-se em 
biformes e uniformes.* Biformes - são os substantivos que apresentam 
uma forma para o masculino e outra para o feminino. A 
oposição entre essas duas formas pode ser indicada de 
várias maneiras. Vejamos: 
 Regra geral: 
Não existe uma regra específica para a formação do 
gênero do substantivo. Em geral, substitui-se a termina-
ção “o”, pela terminação “a”, para designar o feminino. 
Ex.: menino / menina, gato / gata, aluno / aluna, 
candidato / candidata, etc. 
 Regras especiais: 
1. Alguns substantivos terminados em “e” formam 
o feminino, substituindo-se esse “e” por “a”. 
Ex.: mestre / mestra, infante / infanta, presidente / 
presidenta, etc. 
2. Outros, quando terminados em consoante, for-
mam o feminino acrescendo-se a desinência a. 
Ex.: freguês / freguesa, bacharel / bacharela, pro-
fessor / professora, embaixador / embaixadora, etc. 
3. Os substantivos masculinos, terminados em ão, 
formam o feminino substituindo-se o ão por ã, oa ou 
ona. 
Ex.: 
– Ã cirurgião - cirurgiã 
cidadão - cidadã 
anão - anã 
– OA leão - leoa 
leitão - leitoa 
hortelão - horteloa 
– ONA folião - foliona 
figurão - figurona 
castelão - castelona 
4. Alguns substantivos formam o feminino pelo 
acréscimo de um sufixo feminino. 
Ex.: 
– ESA/ESSA camponês - camponesa 
prior - prioresa 
duque - duquesa 
abade - abadessa 
– ISA papa - papisa 
poeta - poetisa 
profeta - profetisa 
– TRIZ embaixador - embaixatriz 
imperador - imperatriz 
ator - atriz 
– INA herói - heroína 
maestro - maestrina 
czar - czarina 
– ORA cantor - cantora 
pastor - pastora 
senhor - senhora 
5. Há, ainda, alguns substantivos que distinguem o 
masculino do feminino através de um radical distinto pa-
ra cada gênero. São os Heterônimos ou Desconexos, 
que apresentam radicais diferentes, não se distinguindo 
pela terminação. 
Alguns exemplos 
bode cabra genro nora 
cão cadela veado cerva 
boi vaca homem mulher 
pai mãe padrinho madrinha 
cavalo égua compadre comadre 
* Uniforme - são os substantivos que apresentam 
uma única forma para o masculino e para o feminino. A 
oposição entre as duas formas pode ser indicada pela 
classificação dada a eles: 
 comuns-de-dois gêneros: O gênero é indicado pe-
lo artigo, adjetivo, pronome ou numeral que acompanha 
o substantivo. 
Ex.: o acrobata - a acrobata 
aquele mártir - aquela mártir 
belo artista - bela artista 
 
Página | 13 
Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) 
 Sobrecomuns: O gênero apresenta a mesma forma 
(tanto para o masculino, como para o feminino), não va-
riando nem mesmo as palavras que os acompanham. 
Ex.: o cônjuge (tanto pode ser o esposo, como a esposa). 
 a criança (pode ser o menino ou a menina) 
 a vítima (pode ser do sexo masculino ou feminino) 
 Epicenos: São substantivos que designam outros 
animais que não o ser humano. Seu gênero é indicado 
com o acréscimo dos termos MACHO ou FÊMEA. 
Ex.: a girafa macho a girafa fêmea 
 o tatu macho o tatu fêmea 
 a cobra macho a cobra fêmea 
CUIDADO!!! 
1) Há alguns substantivos cuja mudança de gênero 
acarreta mudança de significado. Tal sentido varia con-
forme o artigo que o antecede. Essas palavras são ho-
mônimas pois são iguais na forma, porém de origem, 
gênero e significado diferente. Observe: 
o águia = espertalhão 
a águia = ave 
o cabeça = chefe 
a cabeça = parte do corpo 
o capital = conj. de bens 
a capital = cidade sede do Estado 
o cura = pároco 
a cura = restabelecimento 
o grama = medida de peso 
a grama = vegetal 
o moral = coragem 
a moral = ética 
o praça = soldado raso 
a praça = lugar público 
2) O gênero é uma classificação gramatical, não 
existindo correspondência necessária entre o gênero 
(masculino/feminino) e o sexo (macho/fêmea) dos seres 
a que se referem os substantivos. 
Ex.: a mesa é do gênero feminino e não do sexo femini-
no. 
 o banco é do gênero masculino e não do sexo mas-
culino. 
3) Como não existe necessariamente uma relação 
entre o gênero e o sexo, muitos substantivos apresentam 
gênero incerto e oscilante, mesmo na língua culta. Neste 
caso, a gramática registra como correto o gênero fixado 
pelo uso culto. Assim, são: 
MASCULINOS- FEMININOS 
o ágape a cal 
o apêndice a cataplasma 
o champanha a comichão 
o eclipse a motocicleta 
o guaraná a faringe 
o milhar a dinamite 
4) Quando o próprio uso culto da língua não fixar o 
gênero do substantivo, a gramática aceita ambos os gêne-
ros. 
o / a diabete o / a personagem 
o / a manequim o / a sabiá 
o / a pijama o / a suéter 
5) O substantivo quando usado como adjetivo fica 
invariável. 
Ex.: Uma recepção monstro. 
 
NÚMERO 
Quando falamos em número, estamos referindo-nos 
ao singular e ao plural. 
Seguem regras com exemplos, porém o mais impor-
tante é você fixar estas palavras, não se colocando a de-
corar as regras em si. 
Exemplos comuns, com o acréscimo de "S" final: 
Substantivos terminados em vogal ou em ditongo 
(exceto ão): 
cajá – cajás céu – céus 
irmã – irmãs boi – bois 
paletó – paletós pai – pais 
 
Substantivos terminados em – ÃO: 
a) recebem o "s": 
bênção bênçãos grão grãos 
cristão cristãos órgão órgãos 
b) troca-se o ÃO por ÕES: 
balão balões coração corações 
caixão caixões folião foliões 
canção canções limão limões 
c) troca-se o ÃO por ÃES: 
cão cães tabelião tabeliães 
capitão capitães alemão alemães 
escrivão escrivães pão pães 
d) há, alguns que admitem duas e até três formas de 
plural: 
anão = anãos e anões 
ancião = anciãos, anciões e anciães 
ermitão = ermitãos, ermitões e ermitães 
 
Terminados em AL, EL, OL, UL, trocam o L por 
IS: 
canal = canais caraco =caracóis 
Papel = papéis Paul =pauis 
Terminados em IL 
– Oxítonos: trocam o "L" por "S": 
funil = funispro jétil = projetis 
 
 
Página | 14 
Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) 
– Paroxítonos: trocam o "IL" por "EIS": 
fóssil = fósseis projétil=projéteis 
réptil = répteis 
 
Terminados em R ou Z: recebem ES: 
cor = cores cocar = cocares 
dólar = dólares nariz = narizes 
Terminados em S: 
* Monossílabos e Oxítonos: recebem ES: 
mês = meses gás = gases 
adeus = adeuses ás = ases 
* Paroxítonos e Proparoxítonos: variam somente 
o indicador de número: 
o lápis = os lápis o pires =os pires 
o ourives = os ourives o ônibus =os ônibus 
Terminados em M: trocam o M por NS: 
dom = dons armazém = armazéns 
item = itens vintém = vinténs 
nuvem = nuvens som =sons 
 
Atenção especial para os seguintes substantivos: 
abdômen = abdomens ou abdômenes 
cânon = Cânones 
espécime = espécimens ou especímenes 
hífen = hifens ou hífenes 
Os substantivos terminados em X ficam invariáveis. 
Ex.: as fênix, os tórax, os ônix. 
Alguns substantivos são usados somente no plural: 
os arredores as férias (tempo de descanso) 
as fezes os víveres 
PLURAL DOS COMPOSTOS 
Como regra geral, pode ser tomado o seguinte: 
Flexionam-se os elementos que são substantivos, ar-
tigos, adjetivos, numerais e pronomes; os demais perma-
necem invariáveis. 
Observe os princípios: 
1. Recebe plural apenas o 1° elemento: 
a) substantivo + preposição + substantivo 
pés de moleque mãos-de-obra 
b) quando o segundo elemento limita ou determina 
o primeiro. 
canetas-tinteiro guardas-marinha 
amigos-urso peixes-boi 
2. Recebe plural só o 2° elemento: 
a) verbo + substantivo: beija-flores; 
b) palavra composta sem hífen: girassóis, pontapés; 
c) elemento invariável + palavra variável: ave-
marias, sempre-vivas, alto-falantes; 
d) palavras repetidas: ruge-ruges, quero-queros. 
3. Recebem plural os dois elementos: 
a) substantivo + substantivo = couves-flores, abe-
lhas-mestras. 
b) substantivo + adjetivo = obras-primas, amores-
perfeitos, capitães-mores. 
c) adjetivo + substantivo = públicas-formas, boas-
vidas. 
Exceção: grã-cruzes 
4. Casos especiais: 
os louva-a-deus os joões-ninguém 
os bem-te-vis os diz-que-dizos bem-me-queres 
Obs.: 
1. Se o 1º elemento for a palavra GUARDA (ver-
bo), esta ficará invariável. Vejamos como reconhecer is-
to. 
Verbo: se o 2º elemento for substantivo: 
guarda-roupa =guarda-roupas (subst.) 
guarda-comida = guarda-comidas 
Substantivo: se o 2º elemento for adjetivo: 
guarda-noturno = guardas-noturnos (adj.) 
guarda-florestal = guardas-florestais 
2. Alguns substantivos que apresentam ô (fechado) 
no singular e ó (aberto) no plural: 
caroço = caróços osso = óssos 
coro = córos ovo = óvos 
destrôço = destróços porco = pórcos 
fogo = fógos povo = póvos 
Obs.: O acento é ilustrativo, uma vez que serve 
apenas para indicar a tonicidade. 
Alguns que continuam com o ô (fechado) no plural: 
acordo esgoto globo 
almoço gosto bolo 
estojo rolo ferrolho 
soro esboço transtorno 
 
O GRAU DO SUBSTANTIVO 
1. Aumentativo: exprime o aumento do ser em re-
lação ao seu tamanho normal. 
1.1. Analítico: forma-se por meio de adjetivos. 
Exs.: casa grande, pedra enorme, estátua colossal. 
1.2. Sintético: forma-se com o auxílio de sufixos, 
como: ão, az, alhão, alhona, ázio, ona, etc. 
garrafão fatacaz papelão poetastro 
barbaça mulherona vagalhão gatázio 
copázio mocetona (de moça) 
 
Página | 15 
Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) 
Atenção: Há casos em que o aumentativo expressa 
desprezo. Serão chamados, assim, de pejorativo ou de 
depreciativo. 
2. Diminutivo: Exprime a diminuição do ser em re-
lação ao seu tamanho normal. Também pode ser: 
2.1. Analítico: formado com o auxílio dos adjeti-
vos. 
Ex.: lápis pequeno , inseto minúsculo. 
2.2. Sintético: formado com o auxílio de sufixos, 
como: inho, zinho, acho, culo, ejo, ete, icho, ico, ucho, 
etc. 
filhinho florzinha cãozito fogacho 
lugarejo burrico festim espadim 
Obs.: Há casos em que o diminutivo expressa pie-
dade, desprezo, antipatia, etc. 
irmãozinho mãezinha dedinho (ternura) 
livreco padreco papelucho (pejoração) 
* Plural dos diminutivos em zinho e zito: colo-
cam-se os dois no plural e corta-se o "S" do substantivo: 
animalZINHO = animais + zinhos = animaizinhos 
coraçãoZINHO = corações + zinhos = coraçõezinhos 
 
SUBSTANTIVO COLETIVO 
Coletivo é o substantivo do tipo comum que, embo-
ra empregado no singular, indica um conjunto de seres 
da mesma espécie. 
Embora a NGB não dê nenhuma classificação dos 
coletivos, a maioria dos gramáticos classificam-nos em: 
coletivos específicos: são os que determinam 
uma só espécie de seres. 
Ex.: Arquipélago = conjunto de ilhas. 
Banda = conjunto de músicos. 
Colméia = conjunto de abelhas. 
coletivos indeterminados: são os que podem de-
terminar mais de uma espécie de seres. Necessita, pois, 
de um determinante para sua identificação. 
Ex.: Bando = Bando de criança - Bando de aves - 
etc. 
Junta = Junta de médicos, Junta de bois, de exami-
nadores, etc. 
Manada = Manada de bois - Manada de búfalos - 
Manada de elefantes, etc. 
coletivos numéricos: são os que determinam um 
número exato de seres. 
Ex.: semana, dezena, dúzia, mês, centena, etc. 
********************************************* 
ADJETIVO 
ADJETIVO é a palavra que expressa qualidade, 
propriedade ou estado do ser. Os adjetivos dividem-se 
em: 
1. Adjetivo explicativo – que diz qualidade essen-
cial do ser. 
Ex.: pedra dura, gelo frio, leite branco, etc. 
2. Adjetivo restritivo: que expressa qualidade ou 
estado acidental do ser. 
Ex.: pedra preciosa, gelo útil, leite caro, livro velho, 
bela casa, alto muro, etc. 
3. Adjetivo pátrio: quando expressa nacionalidade 
ou lugar de origem do ser. 
Ex.: brasileiro, árabe, japonês, português, etc. 
* Locução Adjetiva: expressa o valor de adjetivo, 
constituída de preposição + substantivo 
Ex.: corpo sem sangue = corpo anêmico 
perímetro da cidade = perímetro urbano 
agilidade de gato = agilidade felina 
 
FLEXÕES DO ADJETIVO 
1. Gênero e Número 
O adjetivo concorda em gênero e número com o 
substantivo ao qual se refere. 
menino preguiçoso : meninas preguiçosas 
mulher má : mulheres más 
 Formação do gênero: 
Quanto ao gênero, os adjetivos podem ser UNI-
FORMES ou BIFORMES: 
Uniformes apresenta uma só forma para indicar os 
dois gêneros. Vejamos exemplos: 
professor jovem : professora jovem 
homem otimista : mulher otimista 
Outros: leve, nômade, paulista, contente, ruim, ante-
rior, simples, veloz, amável, etc. 
Biformes (duas formas): Apresentam uma forma 
para o masculino e outra para o feminino. Alguns exem-
plos: 
moço camponês : moça camponesa 
embaixador francês : embaixatriz francesa 
garoto sofredor : garota sofredora 
 
 Formação do plural 
Quanto ao número, podem ser: 
Adjetivos simples – seguem as mesmas regras dos 
substantivos simples. 
Adjetivo composto – há uma regra geral, apenas o 
último elemento varia em gênero e em número. 
 
Página | 16 
Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) 
blusa azul-amarela 
= blusas azul-amarelas 
relação franco-americana 
= relações franco-americanas 
 O adjetivo composto ficará INVARIÁVEL quan-
do: 
a) um dos elementos for SUBSTANTIVO 
olhos verde-mar gravatas rosa-ouro 
saias azul-pavão lenços branco-gelo 
b) houver no composto a preposição DE: 
blusas cor-de-rosa olhos cor-de-anil 
Observações: 
1. substantivos simples, indicando cor, são invariá-
veis. 
meias gelo camisas rosa 
gravatas cinza muros laranja 
2. São invariáveis: 
azul-marinho azul-celeste 
3. Variam os dois elementos: 
surdo-mudo novo-rico 
2. Grau 
Quanto ao grau, os adjetivos podem ser: 
Comparativo: compara-se a mesma qualidade entre 
dois seres. 
João é mais estudioso que Paulo . 
 
COMPARATIVO 
 
de igualdade Pedro é tão alto como João 
de superioridade Pedro é mais alto do que João 
De inferioridade Pedro é menos alto do que João 
Note bem: igualdade : tão... como (quanto) 
superioridade : mais...que (do que) 
inferioridade : menos...que (do que) – o 
“do”, na conjunção “do que”, é partícula expletiva. 
* Há adjetivos que apresentam formas irregulares 
para o comparativo de superioridade; são eles: 
GRAU 
NORMAL 
COMPARATIVO DE 
SUPERIORIDADE 
BOM Melhor 
MAU Pior 
PEQUENO Menor 
 
Quando comparamos duas qualidades de um mes-
mo ser, podemos empregar as formas "mais grande", 
"mais mau", "mais bom". 
Ex.: Esta casa é mais grande do que pequena. 
Pedrinho é mais mau do que bom. 
Superlativo: apresenta a qualidade em grau mais 
elevado; não se fazendo comparação com qualidade de 
outroser. 
Divide-se em:
 
a) Absoluto 
ANALÍTICO: A estátua é muito bela. 
SINTÉTICO: A estátua é belíssima. 
 
 
b) Relativo 
DE SUPERIORIDADE 
DE INFERIORIDADE: A estátua é menos 
bela de todas. 
Analítico: A estátua é a mais bela 
de todas. 
Sintético: A casa é a maior de 
todas. 
 
Para fixar melhor, observe que o ABSOLUTO não 
apresenta RELAÇÃO do ser com qualquer outro, en-
quanto que o RELATIVO (de relação) relaciona o SER 
(A casa é a mais bela de todas) a outros. 
Como segunda observação, notamos que ambos 
possuem aspectos: ANALÍTICO e SINTÉTICO. Aqui, 
também, torna-se fácil distinguir: 
– ANALÍTICO: (lembra análise, decomposição) – 
apresenta duas palavras: 
muito bela, mais bela 
– SINTÉTICO: sempre uma só palavra: 
belíssima, maior 
Veja, agora, algumas formas do superlativo absolu-
to sintético = adjetivo + sufixos - íssimo, imo ou rimo: 
amargo amaríssimo ágil agílimo 
antigo antiguíssimo doce dulcíssimo 
bom boníssimo dócil docílimo 
Feliz felicíssimo frágil fragílimo 
Feroz ferocíssimo humilde humílimo 
Frio frigidíssimo semelhante simílimo 
Parco parcíssimo acre acérrimo 
sagrado sacratíssimo célebre celebérrimo 
Sério seriíssimo livre libérrimo 
 
*********************************************************** 
VERBOS 
Verbo é a palavra que exprime ação, fenômeno na-
tural, estado ou mudança de estado, situando tais fatos 
no tempo. 
 CANTAR, IR (AÇÃO); 
 TROVEJAR, NEVAR (FENÔMENO); 
 ESTAR, PERMANECER (ESTADO).Conjugação é o uso sistemático de todas as formas 
em que o verbo pode ser conjugado. Os verbos em Por-
tuguês são distribuídos por quatro conjugações, cuja 
terminação é formada do -r, desinência do infinitivo im-
pessoal, precedido de uma vogal que caracteriza a conju-
gação, a saber: 
* a para a primeira:cantar, estar. 
* e para a segunda:ver, crescer. 
* i para a terceira: dirigir, seguir, possuir. 
* o para a quarta: pôr, repor, propor, supor, etc. 
 
Página | 17 
Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) 
Essas vogais, chamadas vogais temáticas, apare-
cem sistematicamente em várias formas de conjugação, 
seja o verbo regular ou não. Para cada uma dessas conju-
gações, há uma forma - o paradigma - que indica as 
formas a serem assumidas pelas flexões verbais. 
De acordo com a relação estabelecida pelo para-
digma, os verbos podem ser classificados em: 
regulares: obedecem precisamente ao paradigma 
da respectiva conjugação. 
irregulares: o verbo é irregular quando sofre al-
teração no radical ou nas desinências não seguindo o pa-
radigma da respectiva conjugação. 
defectivo: são aqueles que não possuem forma 
certa. Eufonia ou homofonia são dadas como a causa 
principal desse problema. Por isso mesmo não são con-
jugados em determinadas formas. 
abundantes: verbo abundante é aquele que pos-
sui mais de uma forma para determinada conjugação ou 
dois particípios. 
Elementos estruturais do verbo: 
01. Radical: encerra a significação básica do verbo. 
AM (-AR), FAZ (-ER), PART (-IR) 
02. Tema: radical + vogal temática 
CANT + A = CANTA (tema) 
* São as seguintes as vogais temáticas: 
 A - vogal temática da 1ª conjugação; 
 E - vogal temática da 2ª conjugação; 
 I - vogal temática da 3ª conjugação; 
 O - vogal temática da 4ª conjugação. 
Assim, os verbos CANTAR, VENDER, PARTIR e 
PÔR têm como temas: 
- CANTA =(cantar) 
- VENDE =(vender) 
- PARTI =(partir) 
- PO =(pôr) 
03. Desinências modo-temporais: indicam o tem-
po e o modo. Observe os elementos em destaque, aqui 
apresentados, e, facilmente, você identificará em que 
tempo e modo o verbo estará sendo usado. 
A seguir, os verbos paradigmas das três conjuga-
ções apresentados em todos os seus tempos e modos. 
–VA– indica o pretérito imperfeito do indicativo da 
primeira conjugação. 
 canta-VA cantá-VA-mos 
 canta-VA-s cantá-VE-is (desinência -VE) 
 canta-VA canta-VA-m 
–IA– caracteriza o pretérito imperfeito do indicati-
vo da segunda e terceira conjugações. 
 vend-IA part-IA 
 vend-IA-s part-IA-s 
 vend-IA part-IA 
 vend-ÍA-mos part-ÍA-mos 
 vend-ÍE-is (desin. E) part-ÍE-is (desin. -IE) 
 vend-IA-m part-IA-m 
–RA– identifica o mais-que-perfeito do indicativo 
de qualquer conjugação. 
 canta-RA vende-RA parti-RA 
 canta-RA-s vende-RA-s parti-RA-s 
 canta-RA vende-RA parti-RA 
 cantá-RA-mos vendê-RA-mos partí-RA-mos 
 cantá-RE-is vendê-RE-is partí-RE-is 
 canta-RA-m vende-RA-m parti-RA-m 
Obs.: Na segunda pessoa do plural a desinência é -RE- 
 
–RA e –RE– apontam o futuro do presente do indi-
cativo de qualquer conjugação. 
 canta-RE-i vende-RE-i parti-RE-i 
 canta-RÁ-s vende-RÁ-s parti-RÁ-s 
 canta-RÁ vende-RÁ parti-RÁ 
 canta-RE-mos vende-RE-mos parti-RE-mos 
 canta-RE-is vende-RE-is parti-RE-is 
 canta-RÃ-o vende-RÃ-o parti-RÃ-o 
–RIA– caracteriza o futuro do pretérito do indicati-
vo de qualquer conjugação. 
canta-RIA vende-RIA parti-RIA 
canta-RIA-s vende-RIA-s parti-RIA-s 
canta-RIA vende-RIA parti-RIA 
canta-RÍA-mos vende-RÍA-mos parti-RÍA-mos 
canta-RÍE-is vende-RÍE-is parti-RÍE-is 
canta-RIA-m vende-RIA-m parti-RIA-m 
Obs.: Na 2ª pessoa do plural, a desinência é -RIE. 
 
–E– indica o presente do subjuntivo da primeira 
conjugação. 
 cant-E cant-E-mos 
 cant-E-s cant-E-is 
 cant-E cant-E-m 
–A– indica o presente do subjuntivo da segunda e 
da terceira conjugação. 
 vend-A part-A 
 vend-A-s part-A-s 
 vend-A part-A 
 vend-A-mos part-A-mos 
 vend-A-is part-A-is 
 vend-A-m part-A-m 
–SSE– caracteriza o pretérito imperfeito do subjun-
tivo de qualquer conjugação. 
 canta-SSE vende-SSE parti-SSE 
 canta-SSE-s vende-SSE-s parti-SSE-s 
 canta-SSE vende-SSE parti-SSE 
cantá-SSE-mos vendê-SSE-mos
 partí-SSE-mos 
cantá-SSE-is vende-SSE-m parti-SSE-m 
–R– indica o futuro do presente do subjuntivo e 
também o infinitivo de qualquer conjugação. 
 
 
 
Página | 18 
Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) 
infinitivo 
 canta-R vende-R parti-R 
futuro do subjuntivo 
 canta-R vende-R parti-R 
 canta-R-es vende-R-es parti-R-es 
 canta-R vende-R parti-R 
 canta-R-mos vende-R-mos parti-R-mos 
 canta-R-des vende-R-des parti-R-des 
 canta-R-em vende-R-em parti-R-em 
 
FLEXÃO VERBAL 
É o estudo das variações do verbo quanto as suas 
flexões que podem variar em: número, pessoa, tempo, 
modo e voz. 
a) Número e Pessoa 
O verbo pode referir-se a um único ser ou a mais de 
um. No primeiro caso, dar-se-á no singular; no segundo, 
no plural. Essa indicação de número é sempre acompa-
nhada pela indicação da pessoa objeto do verbo. 
Quanto à pessoa, o verbo flexiona-se em três pesso-
as: 
* primeira - é aquela que fala: eu (no singular) / 
nós (no plural); 
* segunda - é aquela com quem falamos: tu ou vo-
cê (no singular) / vós ou vocês (no plural); 
* terceira - é aquela de quem falamos: ele ou ela 
(no singular) / eles ou elas (no plural) 
Ex.: A conjugação do verbo pensar no presente do 
indicativo é: 
 singular plural 
1ª pessoa: eu penso  nós pensamos 
2ª pessoa: 
tu pensas  vós pensais 
você pensa vocês pensam 
3ª pessoa: ele pensa  eles pensam 
 ela pensa elas pensam 
 
Obs.: 
* O pronome informal você e os informais (prono-
mes de tratamento) o senhor, a senhora, Vossa Senho-
ria, etc. por tratar-se da pessoa com quem se fala, são 
considerados da 2ª pessoa do singular. Quando no plural, 
vocês, os senhores, as senhoras, Vossas Senhorias, etc. 
vão para a 2ª pessoa do plural. 
Ex.: Você é bonita 
Vocês são bonitas 
O senhor é o líder. 
Os senhores são os líderes 
* Quando vós se refere a uma só pessoa, indica sin-
gular apesar de tomar a flexão plural. 
Ex.: Senhor, vós que sois todo poderoso, ouvi mi-
nha prece. 
* Na linguagem do dia a dia, utiliza-se com fre-
quência a forma a gente como pronome (no lugar de 
NÓS), o que não é aceito pela norma culta. Neste caso, o 
verbo deve permanecer na terceira pessoa do singular. 
Ex.: A gente apanha mas sempre acredita nos polí-
ticos. 
b) Tempos e Modos 
Os tempos 
Indicam o momento em que ocorre o fato expresso 
pelo verbo. São eles: 
* presente – expressa um acontecimento que ocor-
re no momento da fala. (estudo, estudas, estuda, etc.) 
* pretérito – expressa um fato ocorrido num mo-
mento anterior ao da fala. Subdivide-se em: 
 pretérito perfeito: denota ação completa, plena-
mente realizada. (Fiz a prova - Trabalhei naquela empre-
sa.) 
 pretérito imperfeito: denota ação incompleta ou 
interrompida no momento da fala. (Pensava na Hélia, 
enquanto fazia a prova.) 
 pretérito mais-que-perfeito: denota ação anterior 
a outra ação também passada. (Quando o resultado da 
prova saiu, João aprendera a lição.) 
* futuro – expressa um fato que está por vir, poste-
rior ao momento da fala. Subdivide-se em: 
 futuro do presente: denota uma ação posterior. 
(Farei a prova no menor tempo. - Serás um funcionário 
competente.) 
 futuro do pretérito: denota uma ação posterior 
relacionado a outra já passada. Geralmente a segunda 
ação é dependente da primeira e inclui uma condição. 
(Estaria trabalhando se tivesse um padrinho) 
Os modos 
* Indicam as diferentes maneiras de um fato reali-
zar-se. São três: indicativo, subjuntivo e imperativo 
* Situam a época ou o momento em que se verifica 
o fato. 
* Estão sempre associados à indicação do tempo, ou 
seja, a expressão da atitude da pessoa do verbo está inti-
mamente ligada ao tempo da ocorrência do fato. Veja-
mos: 
O MODO INDICATIVOExprime um fato certo, positivo: 
 Chegamos muito tarde. 
Tempos do indicativo 
01. O presente enuncia um fato como atual. 
 Sou o galã, as garotas adoram-me. 
02. O pretérito imperfeito apresenta o fato como an-
terior ao momento atual, mas ainda não-concluso no 
momento passado a que nos referimos. 
 Eu era o galã, as garotas adoravam-me. 
 Saía sempre que meus pais permitiam . 
03. O pretérito perfeito diz um fato já concluso, em 
época passada. 
 
Página | 19 
Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) 
 Fui um galã, as garotas adoraram-me. 
04. O pretérito mais-que-perfeito expressa um fato 
anterior a outro fato que, também, é passado. 
 Quando cheguei à estação, o trem já partira. 
 "cheguei" = fato passado. 
 "partira" = fato passado, anterior ao pri-
meiro fato. 
 Fui para ver se ainda salvava alguma coisa, mas 
a enchente já arrastara tudo. 
05. O futuro do presente diz um fato que deve reali-
zar-se num tempo vindouro, com relação ao momento 
presente. 
 Serei milionário, comprarei um arranha-céu, 
viverei folgadamente. 
 - Viajaremos pelo Brasil. 
 - Conquistarei o prêmio cobiçado. 
06. O futuro do pretérito expressa um fato posterior 
com relação a outro fato já passado. Frequentemente, o 
outro fato já passado é dependente do primeiro e inclui 
uma condição. 
 Ganharíamos o prêmio se tivéssemos feito um 
preparo físico adequado. 
 "ganharíamos" = fato posterior 
 "tivéssemos feito" = fato passado, de-
pendente do primeiro e inclui condição. 
 
O MODO SUBJUNTIVO 
Exprime fato possível, hipotético ou duvidoso. 
Ex.: Talvez, sejas aprovado. 
Tempos do subjuntivo 
01. O presente traduz uma ação subordinada a ou-
tra, e que se desenvolve no momento atual. Expressa dú-
vida, possibilidade, suposição. 
Supões que sejam eles os prisioneiros? 
Pode bem ser que o colega te passe a perna. 
Deixe de estudar e você verá. 
02. O pretérito imperfeito diz uma ação passada, 
mas posterior e dependente de outra ação passada. 
O professor receou que eu desistisse. 
 receou = ação passada 
 desistisse = ação passada, mas posterior e 
dependente da primeira. 
 Eu duvidava (ação passada) que ele fizesse a 
viagem (ação passada, mas posterior e dependente da 
primeira). 
03. O futuro expressa ação vindoura – condicional, 
temporal ou conformativa – dependente de outra ação, 
também, futura. 
Quando se esgotarem todos os recursos, apelaremos 
ao presidente. 
Se for preciso, nós te ajudaremos. 
Faremos como julgarmos melhor. 
O MODO IMPERATIVO 
O imperativo expressa ordem, conselho, pedido. 
Vai para fora. 
Não sejam amolantes. 
Conduza o carro atentamente. 
* Obs.: Deixe de lado a preocupação em decorar 
conceitos quanto aos tempos verbais. Procure, antes de 
tudo, a prática constante. 
 
FORMAS NOMINAIS DO VERBO 
São o INFINITIVO, o GERÚNDIO e o PARTICÍ-
PIO, assim denominados porque têm função de nomes: 
INFINITIVO = SUBSTANTIVO 
GERÚNDIO = ADJETIVO 
PARTICÍPIO = ADVÉRBIO 
* Infinitivo 
No infinito, os verbos podem ser: 
01. Infinitivo impessoal: enuncia a significação do 
verbo de modo inteiramente vago. É o nome do verbo: 
(cantar, vender, partir, etc.). 
02. Infinitivo pessoal: é o infinitivo ligado às pes-
soas do discurso. Na primeira e na terceira pessoas do 
singular não apresenta flexão ou terminação; nas demais, 
diz-se infinitivo flexionado, por apresentar terminação; 
número-pessoal: cantar (eu), cantares, cantar (ele), can-
tarmos, cantardes, cantarem. 
* Gerúndio 
No gerúndio, o verbo funciona como adjetivo ou 
como advérbio. 
Vi a menina chorando. (função de adjetivo) 
Estudando (função de advérbio), venceremos o 
concurso. 
* Particípio 
No particípio, o verbo é empregado na formação 
dos tempos compostos; fora disso, é verdadeiro adjetivo 
(chamado "adjetivo verbal"), devendo ser flexionado, 
como adjetivo, em gênero, número e grau. 
Estudadas as lições, fizemos as provas. 
LOCUÇÃO VERBAL 
A locução verbal é uma expressão formada por ver-
bo auxiliar + verbo principal. 
Observe as locuções verbais nas orações a seguir: 
 Letícia acabou de chegar. 
 Buscamos encontrar uma solução. 
 Não consegui falar direito. 
 Costuma chegar tarde. 
 Desejamos examinar a batalha. 
 Hei de vencer a batalha. 
 Temos de achar uma solução. 
 Vínhamos insistindo nisso há muito tempo. 
 
Página | 20 
Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) 
 
Note que, quando houver desdobramento do infini-
tivo (2º verbo), não haverá locução verbal: 
 
O aluno finge entender o assunto. 
- finge entender = finge que entende 
Espero achar uma solução. 
- Espero achar = Espero que eu ache. 
Obs.: O verbo parecer, quando anteposto a infiniti-
vo, formará com ele uma locução verbal, embora seja 
possível o desdobramento do infinitivo. 
Ex.: Denise e Célia pareciam gostar da brincadeira. 
Rosângela parece querer um doce. 
c) Vozes verbais 
Voz do verbo é a forma que o verbo assume para 
indicar que a ação verbal é praticada ou recebida pelo su-
jeito. São três: ativa, passiva e reflexiva. 
1. Voz ativa: o sujeito pratica a ação verbal. 
O inimigo sitiou a cidade. 
Nós fomos à feira. 
Observe que o sujeito (o inimigo e nós) pratica a 
ação, é chamado sujeito agente. 
2. Voz passiva: o sujeito sofre a ação verbal. 
Joãozinho foi castigado pelo professor. 
A ponte fora construída por hábil engenheiro. 
Observe que o sujeito (Joãozinho) recebe a ação de 
castigar, por isso é chamado sujeito paciente, assim co-
mo A ponte. 
a) passiva analítica, com um dos auxiliares ser, es-
tar, ficar, seguidos do particípio do verbo que se quer 
apassivar. 
O soldado foi morto pelo inimigo. 
Eles estão cercados pelos guardas. 
A sala ficará ocupada por nós. 
b) passiva pronominal, com um verbo transitivo di-
reto acompanhado do pronome apassivador se. 
Dá-se terra para plantio. 
Alugam-se casas. 
3. voz medial: a pessoa do sujeito pratica e, ao 
mesmo tempo, sofre a ação verbal. Subdivide-se em: 
a) reflexiva: quando só houver um ser envolvido na 
ação. 
Maria penteou-se. 
O menino machucou-se. 
b) recíproca: quando houver dois ou mais seres en-
volvido na ação. 
Os vizinhos ofendiam-se. 
Os lutadores esmurravam-se. 
A voz medial é a combinação da voz ativa com o 
pronome oblíquo átono da mesma pessoa do sujeito: eu 
me lavo, tu te lavas, ele se lava, nós nos lavamos, vós 
vos lavais, eles se lavam. O pronome oblíquo átono fun-
ciona como objeto que "reflete" a pessoa do sujeito. 
 
VERBOS REGULARES E IRREGULARES 
– Regulares: conservam o mesmo radical em toda a 
conjugação, em relação à fala, não em relação à escrita. 
 cantar, amar, vender, bater, partir, aplaudir. 
– Irregulares: apresentam variações no radical ou 
nas flexões ou em ambas simultaneamente (em relação à 
fala). 
dar, odiar, passear, crer, dizer, perder, querer, valer, 
acudir, aderir, agredir, despir, mentir, pedir, etc. 
* Vimos há pouco a conjugação completa dos ver-
bos regulares tomados como modelo. 
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas 
Em algumas formas verbais, o acento tônico incide 
no radical; noutras, na terminação. As primeiras cha-
mam-se RIZOTÔNICAS; as últimas, ARRIZOTÔNI-
CAS. 
Veja: 
VENDO (acento tônico no radical -VEND - rizotô-
nica); 
VENDERÁ (acento tônico fora do radical - RÁ - 
arrizotônica). 
Examine o Modelo: 
cant-o (rizotônica) cant-e (rizotônica) 
cant-as (rizotônica) cant-es (rizotônica) 
cant-a (rizotônica) cant-e (rizotônica) 
cant-amos (arrizotônica) cant-emos (arrizotônica) 
cant-ais (arrizotônica) cant-eis (arrizotônica) 
cant-am (rizotônica) cant-em (rizotônica) 
Irregulares 
Verbos em -GUAR- tomado como modelo o verbo 
AGUAR. 
Observe as duas maneiras de empregá-lo. 
PRES. DO 
INDICATIVO 
IMPERATIVO 
AFIRMATIVO 
PRES. DO 
SUBJ. 
IMPERATIVO 
NEGATIVO 
águo águem 
águas água tu águes não águes 
água águe você águe não águe 
aguais aguai vós agueis não agueis 
águam águem vocês águem não águem 
 
* O modelo acima é seguido pordesaguar, enxa-
guar e minguar. Não obstante, os verbos "apaziguar" e 
"averiguar" têm sempre o "-u-" tônico nas rizotônicas. 
Obs.: O pronome “nós”, por representar o falante, 
não pode ser incluso nos imperativos. 
 
Página | 21 
Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) 
A maioria das irregularidades dos verbos encontra-
se nas formas rizotônicas. Por exemplo: os verbos em 
EAR são irregulares, apenas nas formas rizotônicas, nas 
quais recebem um "i" eufônico. (Ex.: passeio - passeias - 
passeia - passeiam). Passeamos e passeais são formas ar-
rizotônicas. 
O mesmo, no subjuntivo presente e na 2ª pessoa do 
imperativo. Os verbos em IAR são regulares com exce-
ção de: 
 M ediar 
 A nsiar 
 R emediar 
 I ncendiar 
 O diar 
Nesses verbos, a irregularidade consiste num "E" 
acrescido ao radical, nas formas rizotônicas. 
Mais irregulares, com aspectos que nos interessam: 
PEDIR 
PRES. DO 
INDICATIVO 
IMPERATIVO 
AFIRMATIVO 
PRES. DO 
SUBJ. 
IMPERATIVO 
NEGATIVO 
peço peça 
pedes pede tu peças não peças tu 
pede peça você peça não peça você 
Pedis pedi vós peçais não peçais vós 
Pedem Peçam vocês peçam não peçam vocês 
 
“Pedir” apresenta variação no radical da primeira 
pessoa do singular do presente do indicativo e nas for-
mas derivadas. O mesmo ocorre com os verbos desim-
pedir, expedir, impedir e medir. 
Abrimos parênteses para uma observação sobre a 
formação do imperativo. Note que o mesmo é formado 
do presente do subjuntivo, com exceção apenas das 2as 
pessoas (do singular e do plural) do imperativo afirmati-
vo. 
Segundas pessoas do imperativo afirmativo - retira-
das do presente do indicativo sem o S. 
 TU PEDES : PEDE TU 
 VÓS PEDIS : PEDI VÓS 
SAIR 
PRES. DO 
INDICATIVO 
IMPERATIVO 
AFIRMATIVO 
PRES. DO 
SUBJ. 
IMPERATIVO 
NEGATIVO 
saio saia 
sais sai tu saias não saias tu 
sai saia você saia não saia você 
saís saí vós saiais não saiais vós 
saem saiam vocês saiam não saiam vocês 
 
Obs.: pelo modelo "sair”, conjugam-se: cair, decair, 
descair, recair, sobressair, trair, abstrair, atrair, distrair, 
retrair, extrair, subtrair, etc. 
O Verbo com Pronomes Oblíquos (O, A, OS, 
AS). 
Os pronomes O, A ,OS, e AS não são reflexivos. 
Quando empregados após a forma verbal, modificam-se 
conforme o final do verbo: 
Se o verbo terminar por vogal ou ditongo oral, em-
pregamos, sem qualquer alteração: -o, -a, -os, -as. 
tenho-o, amo-a, ajudou-as, traga-as, etc. 
Se a forma verbal terminar por -R, -S ou -Z, essas 
consoantes caem e empregamos as formas -lo, -la, -los, -
las. 
Com o final R: amar + o = amá-los; vender + a = 
vendê-la; 
Com o final S: fazeis + o = fazei-lo; amamos + os = 
amamo-los; 
Com o final Z: faz + as = fá-las; diz + o = di-lo. 
Se a forma verbal terminar por nasal (-AM, -EM, -
ÃO, -ÕE), os pronomes o, a, os e as, devem vir precedi-
dos de um "-N-" eufônico: -no, -na, -nos, -nas. 
amam + o = amam-no; dizem + a = dizem-na; 
pões + os = põe-nos; dão + as = dão-nas. 
Obs.: As formas átonas objetivas indiretas me, te, 
lhe, lhes, nos e vos, vistos no caso anterior, podem com-
binar-se com as objetivas diretas o, a, os e as: 
me + o = mo; te + o = to; 
lhe + o = lho; nos + o = no-lo; 
vos + o = vo-lo; lhes + o = lhos. 
Ex.: O colega enviou o livro a mim. = O colega 
enviou-mo. 
O duplo particípio em alguns verbos 
Há verbos que apresentam duas ou mais formas de 
igual valor e função. São chamados verbos abundantes 
(ex.: ele constrói ou ele construi; comprazi ou comprou-
ve, entopes ou entupes, vamos ou imos, etc.). 
Entretanto, é no particípio que mais encontramos 
formas duplas e mesmo triplas, uma regular e a outra ou 
as outras irregulares. 
Ex.: 
VERBO 
PARTICÍPIO 
REGULAR 
PARTICÍPIO 
IRREGULAR 
aceitar aceitado aceito 
entregar entregado entregue 
expulsar expulsado expulso 
pegar pegado pego 
salvar salvado salvo 
soltar soltado solto 
acender acendido aceso 
suspender suspendido suspenso 
imprimir imprimido impresso 
submergir submergido submerso 
 
Observe a regra para o emprego do particípio: 
* As formas regulares são empregadas, na voz ati-
va, com os auxiliares (particípio -do) "ter" ou "haver". 
– O caçador havia matado o leão. 
– O vigário teria benzido a beata. 
 
Página | 22 
Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) 
* As formas irregulares são usadas, na voz passiva, 
com os auxiliares “ser”, “estar”, “ficar”, “continuar” e 
“permanecer”. 
– O leão foi morto pelo caçador. 
– A beata estava benta pelo vigário. 
Obs.: As formas regulares "ganhado", "gastado" e 
"pagado" são evitadas na língua culta. Diga-se: "ganho", 
"gasto" e "pago" com qualquer auxiliar. 
 
DEFECTIVO 
Defectivo é o verbo cuja conjugação não é comple-
ta. As formas ausentes são rejeitadas por motivos de eu-
fonia. 
Vejamos alguns exemplos: 
ABOLIR REAVER 
PRESENTE DO 
INDICATIVO 
PRESENTE DO 
INDICATIVO 
 
aboles 
abole 
abolimos reavemos 
abolis reaveis 
abolem 
 
VERBOS DE DIFÍCIL CONJUGAÇÃO 
a) FALIR, ESBAFORIR, FLORIR, ESPAVORIR – 
Grupo de verbos da 3ª conjugação que só são conjugados 
nas formas onde apareça "-i" depois do radical. 
b) COLORIR, ABOLIR, BANIR, RUIR, ESCUL-
PIR, DEMOLIR – Grupo de verbos da 3ª conjugação 
que rejeita as formas terminadas em "-o" ou em "-a". 
c) PRECAVER – Só é conjugado nas formas arrizo-
tônicas. Não possui, então, as pessoas do singular e a 3ª 
pessoa do plural do presente do indicativo; não possui o 
presente do subjuntivo. Pretérito Perfeito - precavi, pre-
caveram, precaveu, precavemos, precavestes. 
d) REAVER (re + haver) – Só é conjugado nas 
formas em que o verbo HAVER apresenta a letra "v". 
 
PRESENTE DO INDICATIVO 
 HAVER REAVER 
 hei – 
 hás – 
 há – 
 havemos reavemos 
 haveis reaveis 
 hão – 
 
PRETÉRITO PERFEITO 
 HAVER REAVER 
 houve reouve 
 houveste reouveste 
 houve reouve 
 houvemos reouvemos 
 houvestes reouvestes 
 houveram reouveram 
e) PRAZER – Só é conjugado na 3ª pessoa do sin-
gular e na 3ª pessoa do plural: praz/prazem, prazia/ 
praziam, prouve/prouveram, prazerá/prazerão. 
f) APRAZER e COMPRAZER – São verbos irregu-
lares. Variam no radical e nas desinências. 
 
PRES. IND. PRET. PERFEITO 
 aprazo aprouve 
 aprazes aprouveste 
 apraz aprouve 
 aprazemos aprouvemos 
 aprazeis aprouveste 
 aprazem aprouveram 
g) PROVER – Conjuga-se como o verbo ver, exce-
to no pretérito perfeito e seus derivados, em que é regu-
lar. 
Pretérito Perfeito: provi, proveste, proveu, prove-
mos, provestes, proveram. 
h) REQUERER – Verbo irregular. Não se conjuga 
como QUERER. 
 
PRES. IND. PRET. PERF. 
 requeiro requeri 
 requeres requereste 
 requer (e) requereu 
 requeremos requeremos 
 requereis requerestes 
 requerem requereram 
i) CRER – Verbo irregular. Varia no radical e nas 
desinências. 
PRES. IND. PRET. PERF. PRET. IMP. IND. 
 creio cri cria 
 crês creste crias 
 crê creu cria 
 cremos cremos críamos 
 credes crestes críeis 
 crêem creram criam 
ANÔMALO 
Anômalo é o verbo que apresenta muitos radicais. 
São anômalos os verbos SER, IR e PÔR. 
SER somos, éramos, fomos... 
IR vamos, íamos, fomos... 
PÔR pomos, púnhamos, pusemos 
********************************************* 
PRONOMES 
Pronome é a palavra que substitui ou modifica um 
nome. 
 
Página | 23 
Língua Portuguesa (Prof. Marcelo Pimentel) 
Ela chegou tarde. 
Minha avó faleceu aos 90 anos. 
Sintaticamente os pronomes podem desempenhar as 
mesmas funções desempenhadas pelos substantivos e pe-
los adjetivos. Servem pois: 
a) para representar um substantivo. São os pro-
nomes substantivos: 
“Invejava os homens e copiava-os” 
b) para acompanhar um substantivo, determi-
nando-lhe a extensão do significado – São os pronomes 
adjetivos: 
“Vi terras de minha terra, 
Por outras terras andei, 
No meu olhar fatigado 
Foram terras que inventei.” 
Há sete

Outros materiais