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ARQUITETURA E URBANISMO FRANCISCO MÁRCIO DA SILVA CENTRO DE ACOLHIMENTO DE PET’S UMA PROPOSTA ARQUITETÔNICA PARA CIDADE DE GUARULHOS Guarulhos/SP 2023 FRANCISCO MÁRCIO DA SILVA CENTRO DE ACOLHIMENTO DE PET’S UMA PROPOSTA ARQUITETÔNICA PARA CIDADE DE GUARULHOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Guarulhos (UNG), como parte das exigências para obtenção do Título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientadora: Profa. Luciana de Meneses Castro Guarulhos/SP 2023 “Arquitetura não é um curso, é um caminho, percurso. Dentre todas as artes, esta me satisfaz, tira de mim tudo o que sou capaz... até o que não sou me faz” Emanuel souto AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus e a todos que puderam direta ou indiretamente participar do meu processo de construção no meu período de formação acadêmica, entre eles os colegas de turma e o grupo docente. “Prefiro desenhar do que falar” Le Corbusier RESUMO Em virtude da quantidade de cães e gatos abandonados e em vias públicas, em estado de vunerabilidade, o objetivo da pesquisa foi levantar informações necessárias para o desenvolvimento de um centro de acolhimento e cuidado de cães e gatos, sendo uma proposta para cidade de Guarulhos. De acordo com o site Guarulhos Hoje (2020), a cidade de Guarulhos possui cerca de 140.000 mil animais abandonados em 2020, ou seja o número de animais abanonados representam atualmente 10% da população. Toda pesquisa foi enriquecedora , todo o levantamento realizado através de sites, artigos científicos, literatura, legislaçãoes específicas, estátísticas, estudos de casos e estudos de viabilidades serão consideradas como base para o projeto proposto. Assim garantir condições suficientes para sua aplicabilidade na cidade de Guarulhos São Paulo. Palavras-chave: cães, gatos, projeto, acolhimento, legislação, Guarulhos ABSTRACT Due to the number of dogs and cats abandoned and on public roads, in a state of vulnerability, the objective of the research was to gather information necessary for the development of a shelter and care center for dogs and cats, being a proposal for the city of Guarulhos. According to the Guarulhos Hoje (2020) website, the city of Guarulhos has about 140,000 abandoned animals in 2020, that is, the number of abandoned animals currently represents 10% of the population. All research was enriching, all surveys carried out through websites, scientific articles, literature, specific legislation, statistics, case studies and feasibility studies will be considered as the basis for the proposed project. Thus guaranteeing sufficient conditions for its applicability in the city of Guarulhos São Paulo. Keywords: dogs, cats, project, reception, legislation, Guarulhos LISTA DE FIGURAS FIGURA 1: EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA DOMESTICAÇÃO DOS ANIMAIS .......... 17 FIGURA 2: CAPTURA DE CACHORRO, PELO CENTRO DE ZOONOSES .......... 25 FIGURA 3: RECEPÇÃO DO CENTRO .................................................................... 31 FIGURA 4: SALA PARA PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS ................................ 31 FIGURA 5: ÁREA GATIS ...................................................................................... 32 FIGURA 6: VISTA DO ABRIGO ............................................................................ 32 FIGURA 7: CANIL .................................................................................................. 33 FIGURA 8: CORTE LONGITUDINAL CANIL ........................................................ 34 FIGURA 9: FACHADA PROJETO PALM SPRINGS ................................................ 36 FIGURA 10: APLICAÇÃO RESINA EPÓXI PROJETO PALM SPRINGS ................ 39 FIGURA 11: PLANTA DE IMPLANTAÇÃO PROJETO PALM SPRINGS ............... 40 FIGURA 12: FACHADA ABRIGO DE PET LOMMEL .............................................. 41 FIGURA 13: IMPLANTAÇÃO DO ABRIGO LOMMEL ............................................. 42 FIGURA 14: VISTA FACHADA PRINCIPAL, ABRIGO DE ANIMAIS PET .............. 43 FIGURA 15: VISTA ABRIGO DE ANIMAIS PET LOMMEL ...................................... 43 FIGURA 16: FACHADA CENTRO DE CUIDADOS STATEN ISLAND .................... 44 FIGURA 17: ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO CRUZADAS ...................................... 45 FIGURA 18: ÁREAS INTERNAS DO ABRIGO STATEN ISLAND ........................... 46 FIGURA 19: LOCALIZAÇÃO DO TERRENO / ESTADO E MUNICÍPIO .................. 47 FIGURA 20: LOCALIZAÇÃO DO TERRENO NO BAIRRO ..................................... 47 FIGURA 21: MACROZONEAMENTO DE GUARULHOS ...................................... 48 FIGURA 22: MAPA DE ZONEAMENTO GUARULHOS ....................................... 49 FIGURA 23: QUADROS QUE INTEGRAM A LEI DO USO DE OCUPAÇÃO .......... 50 FIGURA 24: HIERARQUIA VIÁRIA .................................................................... 50 FIGURA 25: GABARITO E ALTURA .................................................................. 51 FIGURA 26: ESTUDO SOLAR ESTAÇÕES DO ANO ...................................... 52 FIGURA 27: ESTATÍSTICAS MENSAIS VELOCIDADE E DIREÇÃO DO VENTO .. 53 FIGURA 28: ESTATÍSTICAS MENSAIS PARA A TEMPERATURA ........................ 54 FIGURA 29: VISTA POSTERIOR DO TERRENO .................................................. 55 FIGURA 30: VISTA LATERAL DO TERRENO ........................................................ 55 FIGURA 31: VISTA FRONTAL DO TERRENO ........................................................ 55 FIGURA 32: ORGANOGRAMA DO CENTRO DE ACOLHIMENTO........................ 59 LISTE DE TABELAS TABELA 1: PRINCIPAIS MOTIVOS ABANDONO DE PET’S ................................. 11 TABELA 2: LEIS ESTADUAIS APRESENTAÇÕES DE ANIMAIS CIRCO .............. 21 TABELA 3: CÁLCULO QUANTITATIVO DE CÃES ABRIGO .................................. 28 TABELA 4: CÁLCULO QUANTITATIVO DE GATOS ABRIGO ............................... 28 TABELA 5: RECOMENDAÇÃO ESPAÇOS A SEREM CONSTRUÍDOS ................ 29 TABELA 6: INSTALAÇÕES MÍNIMAS PARA O FUNCIONAMENTO ...................... 30 TABELA 7: DADOS QUANTITATIVOS DO PROJETO PALM SPRINGS ............... 37 TABELA 8: PROGRAMA DE NECESSIDADES PALM SPRINGS .......................... 37 TABELA 9: PROGRAMA DE NECESSIDADES CENTRO ACOLHIMENTO ........... 58 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................................11 OBJETIVOS. ....................................................................................................................13 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................13 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS .............................................................13 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................14 1 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA, DOMESTICAÇÃO DE ANIMAIS PELA HUMANIDADE ...................................................................................................................17 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA, PROTEÇÃO ANIMAL DOMÉSTICO ..........19 2 CONCEITO TEÓRICO.....................................................................................................22 3 MORFOLOGIA.................................................................................................................27 3.1 ESTUDO DE APLICABILIDADE..............................................................................31 3.1.1 CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES......................................................31 3.1.2 ABRIGO PARA CÃES E GATOS.......................................................................32 3.1.3 MODELO CANIL BRUNO TAU..........................................................................33 3.1.4 ABRIGOS E FUNÇÃO SOCIAL.........................................................................34 4 ESTUDO DE CASO..........................................................................................................36 4.1 ABRIGO DE ANIMAIS PALM SPRINGS.................................................................36 4.1.1 FICHA TÉCNICA...............................................................................................36 4.2 ABRIGO DE ANIMAIS E CREMATÓRIO PET LOMMEL.........................................41 4.2.1 FICHA TÉCNICA...............................................................................................41 4.3 CENTRO DE CUIDADOS COM ANIMAIS DE STATEN ISLAND............................44 4.3.1 FICHA TÉCNICA...............................................................................................44 5 ESTUDO DE VIABILIDADE, ANÁLISE URBANA...........................................................47 5.1 LOCALIZAÇÃO DO TERRENO NO BAIRRO..........................................................47 5.2 MACROZONEAMENTO..........................................................................................48 5.3 ZONEAMENTO........................................................................................................49 5.4 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO...............................................................................49 5.5 HIERARQUIA VIÁRIA..............................................................................................50 5.6 GABARITO DE ALTURA..........................................................................................51 5.7 ESTUDO SOLAR.....................................................................................................51 5.8 VENTOS PREDOMINANTES E TEMPERATURA LOCAL.....................................53 5.9 VISTAS DO TERRENO...........................................................................................54 5.10 CONCEITO TEÓRICO...........................................................................................56 5.10.1 NBR 9050/2020................................................................................................56 5.10.2 NBR 6492/2021................................................................................................56 6 PROPOSTA DE PROJETO..............................................................................................57 6.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES.........................................................................57 6.2 ORGANOGRAMA....................................................................................................59 7 CONCLUSÃO...................................................................................................................60 REFERÊNCIAS....................................................................................................................61 11 INTRODUÇÃO Conforme Gomes em uma caminhada de 5km na cidade de São paulo, os animais de estimação, chamados (PET’S), são abandonados e estão por toda parte, cães e gatos sentem, frio, fome medo e dor, essa é a realidade para milhoes de cães e gatos, que na maioria das vezes passam despercebidos pela sociedade. (GOMES, 2021) A organização Mundial da Saúde, em 2019, estima que existem cerca de 30 milhoes de animais abandonados no Brasil, sendo 20 milhoes de cães e 10 milhoes de gatos, e em grandes cidades para cada 5 (cinco) habitantes existe 1 (um) cachorro, onde 10% destes são abandonados. De acorco com um estudo realizado em 2022 pela Cobasi (2022) e 57 ONGs que acolhem animais, aponta que 89,3% desses animais abandonados são cães, na mairoia vira-latas e na idades adulta, 10,3% são de gato abandonados e a na sua maioria são gatos de cor preta. Nessa mesma pesquisa realizada em novembro de 2022 ,foram levantados as principais causas do abandono, conforme verificado na Tabela 01. TABELA 01: Principais motivos abandono de PET’S FONTE: O Autor, conforme estudo realizado pela Cobasi,2022 De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV)2022, o aumento expressivo de 60%, de casos de abandonos de cães e gatos, está relacionado ao período da pandemia Coronavírus (COVID-2019), o que está gerando o abandono, é a dificuldade financeira da família e o medo de que o animal transmita o virus, o conselho também afima que cães e gatos não transmitem o virus e que abandono é considerado crime. Mudança de endereço Animal ficou doente, não tenho como cuidar Crescimento do tamanho do animal Meu outro PET não se adaptou com ele Não consigo mais cuidar Covid 2019 Principais motivos para abandonos de PET'S 12 Como mencionado, a pesquisa para o desenvolvimento do projeto proposto vem de encontro para minimizar as necessidades, o abandono e a superpopulação de animais domésticos. A pesquisa foi desenvolvida através do estudo dos materiais técnicos, legislações, artigos, revistas, livros, sites, estudo de pesquisas e estatísticas. Foram estudadas a contextualização histórica sobre a domesticação e da proteção dos animais domésticos. Para apoío técnico foram analizadas as legislações e normas específicas, entre elas Lei Nº9605/1998 (dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.), Lei 7.839/2020 (dispõe sobre o código de proteção e defesa de cães e gatos), projeto de Lei Nº7291/2006 (dispõe sobre a proibição de animais silvestres ou domésticos em espetáculos circenses), o manual do ministério da saúde para estruturas físicas de unidades de vigilância de zoonoses de 2017, o material de diretrizes para projetos físicos de zoonoses da Fundação nacional de saúde de 2003, consulta no material técnico do fórum Nacional de proteção e defesa animal FNPA de 2018, e o decreto Nº40.400/1995 (estabelece diretrizes técnicas, para estabelecimento veterinário). Verificada a aplicabilidade, através do estudos de casos de arquiteturas já existentes, o abrigo de animais Palm Springs da California nos estados Unidades, o abrigo e crematório Pet Lommel da Bélgica e o estudo do centro de cuidados com animais Staten Island em New York. Realizado através da Lei Nº7.888/2021 (parcelamento, uso e ocupação do solo de Guarulhos) , o estudo de viabilidade e ocupação do projeto, a escolha e análise do entorno onde o centro será inserido, a localização, seu zoneamento, a forma de uso e ocupação do solo, além disso foi feita a verificação dos ventos predominates, insolação. Apresentado uma proposta dos ambientes a serem inseridos e orgnograma de funcionalidade, através do seu estudo de necessidades. 13 OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Projeto Arquitetônico de um Centro acolhimento de cães e gatos abandonados na cidade de Guarulhos, estado de São Paulo. OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS Analisar através de estudo de caso projetos relacionados ao tema; Conhecer o contexto histórico da relação humana com animais; Entender as necessidades dos animais cães e gatos e melhores práticas com projetos relacionados; Discutir a melhor forma para projetar um centro de acolhimento para cães em gatos para cidade de Guarulhos, através da legislação vigente e melhores práticas construtivas e sustentável. 14 JUSTIFICATIVA Conforme Nunes, o arquiteto e urbanista tem o papel de catalizar as tranformações dos anseios da sociedade, impactando diretamente na vida das pessoas.(NUNES,2020) Conforme mencionado pelo Departamento de proteção animal de Guarulhos (DPAN) , em Abril de 2022 foi realizada a ampliação do centro de bem-estar animal, localizado no bairro do Bomsucesso em Guarulhos SP, reformando as 150 baias existentes e construindo mais 50 baias novas, esse departamento também realiza um trabalho de doação de cães e gatos e conforme informações do departamento, em 2019 foram realizadas 371 adoções e em 2020 foram 684 animais adotados. A prefeitura de Guarulhos realizou em 2022, mais de 9,5 mil castrações gratuitas de cães e gatos, as cirurgias foram realizadas no centro de bem-estar animal, os animais também receberam vacina antirrábica e identificação com microchip. Esse serviço é realizado pelo DPAN, na cidade de Guarulhos no bairro Cidade Maia, os serviços são realizados através de agendamento, ou durante realização de feiras pontuais. (DPAN,2022) De acordo com Martins, o custo desse microchip varia de R$90,00 (Noventa) a R$ 130,00 (Cento e trita reais), sendo todo procedimento realizado em uma clínica veterinária e por profissionais capacitados. A função pincipal do microchip é localizar um PET perdido, esse microchip tem cerca de 1cm envolvido por um plastico com cerdas e implantado na pele do animal, não é um rastreador via sistema de posicionamento global (GPS), mas nele é inseridas todas a informações para localizaçao do dono do animal.(MARTINS,2023) Referente aos aspectos legais criminalizando a pratica do abandono, e maus tratos ao animal, é mencionado na Lei 9605 de 12 de Fevereiro de 1998: “Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.” “§ 1º-A Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput deste artigo será de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, multa e proibição da guarda.” 15 “§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal. “ (BRASIL,1998, Capitulo V, Art.32). A portaria do Ministério do meio ambiente (MMA) Nº 288 de 11 de Novembro de 2022,” Institui a Agenda Nacional de proteção e defesa de cães e gatos, considera ações para controle populacional, atenção veterinária, tutela responsável, zelar pelo bem estar animal e denunciar maus tratos realizados”. Essa portaria tem o objetivo de “subsidiar políticas públicas e programas que beneficiem a proteção, defesa, a saúde e promover ações voltadas para a proteção, defesa e bem-estar de cães e gatos.” De acordo com a Lei Nº 7.839 de 09 de julho de 2020, que dispões sobre o “código de proteção e bem-estar animal do município de Guarulhos”, em seu Art.2º capítulo XVII define “canil/gatil, compartimento destinado ao alojamento, manutenção e reprodução de cães e gatos, podendo ser individual ou coletivo. ” Na mesma Lei, seção VII. Art.28, “é mencionado a destinação de animais domésticos recolhidos, onde, poderão ser devolvidos ao seu dono, destinados a adoção, doação ou eutanásia. ” Conforme comunicado do Conselho de arquitetura e urbanismo (CAU) por Alves,os projetos são para os clientes e isso envolve também os seus animais de estimação, os ambientes que para eles serão inseridos no projeto.(ALVES,2018) Referente ao impacto sanitário e social, abandonar animas tem relação direta com o crescimento das Zoonoses (doenças infecciosas transmitidas do animal para os seres humanos, ou dos seres humanos para os animais), como a raiva e a lepstopirose por exemplo. De acordo com o Ministério da Sáude,2022 a transmissão pode ser direta no contato com secressão , contato físico, mordeduras e arranhões, de forma indireta através de vetores como mosquitos e pulgas e, pelo consumo de alimentos contaminados por (fungo, bactérias, parasitas, entre outros) . É inquestionavel como o abandono de cães e gatos causam efeitos negativos, não somente para o próprio animal como também para a população, na rua o animal é exposto a riscos como, maus tratos, doenças e atropelamentos que são muitos comuns. 16 Outro ponto a se observar é que as ações que o município de Guarulhos realiza para conter o crescimento do abandono, maus tratros e adoções de cães e gatos, é desproporcional ao número cresimento populacional e as situações de fragilidade desses animais, como mostrado são cerca de 140.000 (cento e quarenta mil) somente em 2020. (REDAÇÃO GUARULHOS HOJE,2020) 17 1 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA, DOMESTICAÇÃO DE ANIMAIS PELA HUMANIDADE Segundo a Editora Conceitos, a domesticação acontece quando existem alterações na morfologia do animal, ou seja quando a aparência, física ou orgânica é alterada, isso inclui o comportamento do animal, a ponto de acomodar-se a circustâncias da vida humana, sendo essa a diferença para um animal estrá em estado selvagem, onde seu convivio com o ser humano é considerado perigoso. (EDITORA CONCEITOS,2017) A domesticalização de animais se inicia cerca de 10.000 a 15.000 anos atrás, quando espécies de lobos já eram usados pelos Europeus e Asiáticos durante a caça de animas, nesse contexto essa domesticalização de animais se relaciona também com o desenvolviomento da humanidade. O ser humano muda sua posição e sua relação com a natureza, dominando a agricultura, durante todo esse processo existiu a seleção de alguns animais conforme visualizado na figura 01, que com passar do tempo foram sendo inseridos na sociedade e sua sobrevivência passa também a ser dependente do ser humano, o animal passa a desenvolver traços menos selvagens, diferentes de seus ancestrais. (BARRETO,2021) FIGURA 01: Evolução histórica da domesticação dos animais FONTE: National Geographic, 2020. O autor ainda menciona cerca de 14 quatorze, animais que formam domesticados. Essa domesticação provocaram mudanças durante a evolução desses animais tais como, a minuição da agrecividade, aumento da fertilidade, aparência de novas cores e pelagem, dimunição do volume cerebral, alteração da voz, multações 18 genéticas e hormonais. Esss animais até hoje fornecem produtos primários (carne e ossos), como também produtos secundários (leite, transporte, força de trabalho, lã e esterco). De acordo com Ratliff, o processo de domesticação foi introduzido através de uma população inteira de animais, e através de gerações em convívio práximo aos humanos, desde então os animais foram perdendo seus extintos selvagens, o efeito da domesticação tem relação direta com o genes dos animais , pois eles se habituaram-se aos humanos antes do ser humano assumir a posição ativa no processo, isso ocorreu também de forma intencional pela humanidade. (RATLIFF,2020) De acordo com Oliveira, não é entendido completamente como foi o processo da domesticação dos cães, o que se entende é que com o surgimento da agricultura há 10 (dez) mil anos, a aproximação do ser humano e os canídeos aconteceu, a hipótese é a necessidade de ambos por alimento e segurança. Os ancestrais do cachorro doméstico surgiu no oriente médio, com a presença de cães em túmulos humanos, assim fase do surgimento de cerca de 20% das raças atuais, e que a maioria dos cachorros dividem mais traços genéticos com lobos do oriente médio om relação a qualquer outra população de lobos. Com o início da domesticação de cães pela homem a relação só foi se fortalecendo, no século XIX (Século 19), se tornou rotina a criação desses animais, assim aparecendo 80% das raças atuais, nesse período apareceu o conceito de raças puras. A partir da segunda guerra mundial, o conceitro de pedigree, ditava as características dos cães para determinada raça, esse conceito até hoje é utilizado. (OLIVEIRA,2015) Conforme mencionado por Mel, os Gatos entraram nas comunidades humanas no período neolítico, onde a agricultura e a utilização de graus ja eram realizadas, surgindo também a ameça de roedores nas lavouras, com isso os gatos selvagens foram atraidos por seu instinto para caçar, dessa forma os gatos ajudavam na expusão e eliminação desses roedores, assim os gatos começaram a participar e conviver com a comunidade humana. (MEL,2020) O gato em sociedade apareceu há 4.000 anos, no egito antigo, o chamado gato selvagem africano. O gato era utilizado contra roedores nas lavouras do egito, e com 19 isso ganhou um lar nas residências, sua população chegou a ser maior que a do povo egípcio. No egito acreditava-se que os gatos precentiam chuvas e terremotos, eram considerados símbolos de proteção, eles chegaram a ser contrabandiados, por serem considerados valiosos, eram adorados, foram usados como referência para construção da grande esfingie de gizé, o gatos do egito utilizavam joias como símbolo de riqueza de seus donos, para eles foram construida uma cidade chamada Bubastes e um templo conhecido como Bastet, para o Deus gato. Quando o gato de um faraó falecia, ele também era mumificado e consagrado. Em vários lugares do mundo os gatos egipicios se cruzaram com outros gatos nativos, assim surgindo outras raças. Na Europa no período de 1347 a 1353, com a o aparecimentro da doença chamada morte negra e peste bubonica, consequência da falta de higiene e do aparecimento de um número grande de ratos que transmitem a doença, foram responsáveis por, matar cerca de ¼ da população. Nesse pereíodso, o gato foi utilizado como forma de espantar e eliminar uma grande maioria desses ratos. Na idade média muitas crenças falsas apareceram de que os olhos dos gatos a noite ajudavam as bruxas, e de que o gato preto era a transformação do diabo, até hoje o gato preto é mal visto por conta dessa superstição. (FRANCO,2023). 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA, PROTEÇÃO DO ANIMAL DOMÉSTICO A primeira lei específica para a proteção animal foi publicada na Irlanda em 1635, que previa eliminar alguns hábitos comuns no campo que pudesem gerar sofrimento aos animais. Em 1641 Massachusetts, proíbe o uso de crueldade para animais nascidos e que são utilizados de alguma forma pelo ser humano. Entre 1653 a 1659, várias regulamentações são realizadas no Reino Unido que proíbem o incentivo de brigas entre cães, galos e touros. (GARCIA,2021) Segundo Ostos, foi criada em Londres no ano de 1824 a associação Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals, para promover o bem-estar animal, uma entidade filantrópica, considerada a mais antiga e maior do mundo nesse seguimento. (OSTOS,2017) 20 No continente americano as ações efetivas foam iniciadas nos Estados Unidos, em 1967, levando em consideração os direitos básicos aos animais de estimação e sanções aos donos que as violassem . Em 13 de Novembro de 1987, foi publicada a Convenção Europeia para proteção de animais de estimação , nela foi proíbida várias práticas, como a mutilação de orelhas e caldas de cães e gatos, ainda determina que para atividades recreativas, os animais podem ser utilizados, desde que não envolvesse o sofrimento e riscos a saúde. Outra ação é a obrigatoriedade para os paises da Europa, a tomar medidas contra a superpopulação dos animais de rua. (GARCIA,2021) No Brasil, a primeira lei que estabelece medidas de proteção aos animais é o Decreto Nº 24.645/1934. De acorco com o próprio decreto é estipulado uma multa de 20$000 a 500$000, e prisão de 2 a 15 dias para qualquer cidadão ou empresa que realizar maus tratos aos animais, abuso , manter animais em lugares anti-higiênicos, abandonar animais feridos ou doentes, não dar morte rápida para caso de necessidade, seja para consumo ou não, viajar com eles a pé sem conceder água e promover lutas entre animais . De acordo com Dias, a modernização da legislação para proteção dos animais se deve ao terceiro setor (ONG’s, trabalho sem fim lucrativo). Em 1983 com a criação da Liga de Prevenção da Crueldade contra o Animal (LPCA), o objetivo era modernizar as legislações a respeito dos maus tratos a fauna silvestre e aos animais. A liga trabalhou em conjunto com a mídia, autoridades e entidades ambientais. (DIAS,2002) Em 1984, com a reforma do Código Penal, a liga enfatizou ao conselho de política criminal através de uma proposta de inclusão no código a criminalização aos atentados aos animais, porém a proposta não pode ser aproveitada. Em 1989 a LPCA, elaborou um boletim com proposta de lei para criminalização de crimes contra animais, diretamente em Brasília e ao ministro da justiça. Em 1993, o código penal, foi novamente reformado por uma comissão e mais uma vez a proposta de Lei da LPCA foi entregue, em seguida os advogados ambientalistas entenderam que por se tratar de direitos ambientais, tais assuntos deveriam ser tratados como uma legislação própria. 21 Em 1996, foi encaminhada proposta para o desembargador Gilberto Passos de Freitas de inclusão de crimes contra animais, exóticos ou domésticos. Para enfatizar e conseguir a aprovação, a liga editou o livro "Liberticídio dos animais", de Edna Cardozo dias, onde crimes foram relatados com legendas e fotos, material distribuído aos juristas, deputados e senadores, dessa forma a votação foi realizada e também a aprovação da lei. A Lei Nº 9605, DE 12 fevereiro DE 1998, que dispõe de sanções penais e administrativas para ações consideradas lesivas ao meio ambiente, aos animais silvestres, nativos, domésticos ou exóticos mencionado no seu Art.32, já citada nesse conteúdo. Ainda sobre os avanços de proteção aos animais o projeto de Lei Nº 7291/2006, transita no senado a respeito da utilização de animais silvestres ou domésticos em espetáculos circenses. Conforme Blogpets, as discussões sobre a utilização de animais em circos começam a ser realizadas a partir dos anos 2000, vários estados brasileiros, já estabeleceram decretos para criminalização da pratica de utilização de animais em espetáculos em circos, conforme tabela 02 sendo o estado de Pernambuco a tomar a iniciativa. (BLOGPETS,2022). TABELA 02: Leis estaduais apresentações de animais em circos FONTE: BRASIL, adaptado pelo autor Estado Nº Lei estadual Alagoas LEI N° 7173 de 07 de julho de 2010. Espirito Santo LEI N°9399 de 21 de janeiro de 2005. Goiás LEI 18793, de 12 de janeiro de 2015. Minas Gerais LEI N°1159 de 07 de janeiro de 2014. Paraná LEI N°16667 de 07 de julho de 2010. Pernambuco LEI N° 377 de 2000. Rio de Janeiro LEI 3714 de 21 de novembro de 2001. Rio Grande do Sul LEI 12994 de 24 de junho de 2008. Santa Catarina LEI N° 17081 de 12 de janeiro de 2017 São Paulo LEI N°14014 de 07 de junho de 2005. 22 2 CONCEITO TEÓRICO Segundo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em sua portaria N°93 de 07 de Julho de 1998, Art. 2 III, define animal doméstico como: Art. 2º, III - Todos aqueles animais que através de processos tradicionais e sistematizados de manejo e/ou melhoramento zootécnico tornaram-se domésticas, apresentando características biológicas e comportamentais em estreita dependência do homem, podendo apresentar fenótipo variável, diferente da espécie silvestre que os originou. (IBAMA, 1998) Nessa mesma portaria em seu anexo I, é mencionada uma lista com cerca de 50 animais considerados domesticos, menciona ainda em seu artigo 13 que, para animais mencionados no anexo I, nãoé necessária a autorização da autarquia ambiental, para sua posse, entre esses animais estão cães e gatos. Conforme a Declaração Universal do direitos do animais , de 27 de Janeiro de 1978, todo animal deve ser respeitado, tem o direito de ter a atenção, cuidado e proteção do homem. A declação ainda menciona que todo animal não deve ser submetido a maus tratos, terá direito a sua preservação de vida, conforme sua longividade natural. Levando em consideração o Código Civil Brasileiro, os animais domésticos são bens móveis de movimentos autônomos, considerados semoventes, ou seja que andam e se movem por si mesmo. Os animais pertecem aos seus donos, que quando não mais satisfeitos os abandonam , podendo assim serem apropriados. Desse modo os animais não são vistos como sujeitos de direitos de fato, o meio ambiente tem a prerrogativa de defender e protejer esses animais. Considerando-se os principios da proteção jurídica dos animais, seus interesses não devem ser negligenciados, mesmo que traga benefícios para a humanidade. Eles Devem ter o direito a vida, desde de o seu nascimento até a morte, com garantia de proteção e qualidade de vida. As praticas de maus tratos, abandono , crueldade e sofrimento devem ser impedidos, por a eles podem acarretar problemas de ordem comportamental e psicológica. Outro principio é a obrigatoriedade da intervenção do poder público, que por sua vez tem a responsabilidade de prestar contas quanto ao uso dos bens comuns da pupulação, incluíndo partes integradas ao meio ambiente. (MURARO,2015) 23 Em entrevista em 2018 para ao Universo online (UOL), Luisa Mell, aborda muitos pontos sobre sua jornada em defesa dos animais. Luisa é fundadora do Instituito Luisa Mell, que desde 2015, atua com resgate de animais feridos e em situação de risco, a mesma enfatiza a sua causa: “Vivemos em um mundo onde os animais são escravos, são vistos como objetos com os quais se pode fazer qualquer coisa. Eles são massacrados em nome do entretenimento, da comida, da indústria de vestuário, médica, de cosméticos ...” “Sou a ativista [de defesa animal] mais famosa do país. Para o bem e para o mal. Recebo aplausos por algo que muito mais gente realizou, mas também fica nas minhas costas quando querem apedrejar, perseguir, processar ...” “É muito difícil ser ativista, porque você enxerga o mundo de maneira totalmente diferente. Para as pessoas eu sou a chata, sou a louca. Mas o mundo muda muito lentamente para o ativista: quem sofre [os animais] tem pressa...” (UOL,2018) De acordo com a intrevista , Luisa Mell, leva um estilo de vida em pró aos animais abandonados, segue uma dieta vegana desde 2013. Escritora de sua autobiografia “como os animais salvaram minha vida”, publicado pela editora Globo livros em 07 de fevereiro de 2018, menciona em sua entrevista que se vê uma mulher firme e que usa todas as oportunidades para defender a causa na qual acredita, sua ação é totalmente voluntária, ela e toda diretoria não recebem valor algum pelo trabalho realizado no seu Instituito, menciona ainda que o instituto não recebeu o seu nome de batismo e sim seu nome artístico. Luisa aproveitou a oportunidade para divulgar seu trabalho e ajudar os animas, através do seu programa de TV (Late show), apresentado pela emissora Rede TV, no período entre 2002 a 2008, que inicialmente iria abordar a relação do homem e os animais, mais não previa que forma enfática iria chamar a atenção para os maus tratos que eram realizados aos cães e gatos. Sobre a possibilidade de se candidatar no meio político, ela menciona que seu trabalho é mais eficiente de fora, cobrando. De acorco com Petz, em 14 de março é comemorado o dia nacional do animal de estimação, sendo mais que uma homenagem, mas também para lembrar o donos a respeito da responsabilidade de ser proprietário de um PET, também é o dia oficial de São Francisco de Assis, que no catolicismo é considerado o defensor dos animais 24 e da natureza. Nesse dia também são realizadas ações em muitos estados para concentização dos donos de animais, campanhas de adoção, vacinação e castração de cães e gatos.( PETZ,2022) Conforme mencionado por Brotto, os animais de estimação podem ter influência na vidas das pessoas, existem terapias onde os animais são usados para levar conforto e carinho. Os animais e tem a capacidade de cuidar, com isso essa conviência é benefíca e também de forma recíproca para pessoas enfermas. Os PET’s são capazes de amenizar o sofrimento do isolamento social, para casos de pacientes que sofrem com depressão, pois são uma excelente compania. Os animais de estimação geram autoestima, pois estimulam o sistema límbio do cérebro, eles não jugam o comportamento do seu dono, isso se torna eficaz no tratamento individual. É comprovado que passar um tempo por dia com o PET, substitui um tratamento a base de medicações. A rotina de levar o animal para passear, gera uma vida social mais prazerosa. O dono tem um compromisso em relação ao animal, já que ele se torna dependente , através da rotina diária, alimentação e demais tratamentos, gerando o senso de cuidado e responsabilidade com o outro. O convivio com os animais estimula vitalidade, ajudando o fortalecimento do sistema imunológico, ideal para crianças e idosos.(BROTTO,2019) De acorco com Souza, o mundo sob domínio do ser humano vem sendo lugar de sofrimento aos animais, isso aumentou com a industrialização , pesca e agropecuária. Diariamente os animais são submetidos a inumeras violências, são obrigados a colaborar na produção de mercadoreias diversas, experiências cientificas, participam de vaquejadas e touradas, os quadrupedes puxam carroças e trenos, ou seja vivem em uma servidão que não conseguem sair sozinhos. Eles não tem direito nesse mundo que vivem, mas merecem esse direito que não é assegurado pelas leis dos humanos. Os animais não humanos merecem o direito de proteção contra exploração e violência, mais ainda direitro a, liberdade, integridade física e psicológica, socialização em família para os animais que vivem em bando, e o não tratamento como propriedade de alguém. Todos os animais, vertebrados ou invertebrados sentem dor, manifestam sentimentoss e sofrimento. Um cachorro por exemplo grita ao ser agredido e sofre de tristeza, caso seja isolado. A dor não humana 25 dos animais são semelhantes ao do ser humanos, a diferença é que apenas humanos conseguem expressar verbalmente tal dor.(SOUZA, 2017) De acordo com Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em um encontro realizado na própria universidade em agosto de 2013, o filósofo, humanista do ano em 2004, Peter Singer, reconhecido mundialmente e atual professor na Universidade de Princeton, Nova Jersey – EUA, grande defensor e grande apoiador da causa da libertação dos animais, menciona que os animais tem interesse, e isso é muito claro, pois eles sentem dor, eles sofrem, esses interessem também são semelhantes aos dos seres humanos. Conforme mencionado por Machado, entre o período de 1973 a 2008, em várias regiões do Brasil, eram utilizados veículos pelos Centros de Controle de Zoonoses, as chamadas “carrocinhas de cães”, um veículo utilitário equipados com celas, para captura de animais em especial, cães e gatos, e que por ventura estivessem perambulando sem donos pelas ruas da cidade de São Paulo, eram capturados e levados aos centros de controles, Figura 2, onde esperavam seus donos por 03 dias. Os donos pagavam uma multa e assim retirava o seu PET, caso contrário era realizada a eutánasia ( levar o animal a óbito, com menos dor e estresse), afim de realizar o controle populacional e a transmissão de doeças.(MACHADO,2021) FIGURA 2– Captura de cachorro, pelo centro de controle de Zoonoses FONTE: EVAJUSP – 2021 Segundo a Orlandi, a União Internacional protetora dos animais, insurgiu-se contra a matança sistematica realizada para o controle de Zoonoses, com fundamentos e dados técnicos e nos princípios que regem a administração pública, a união através de sua presidente Vanice Teixeira Orlandi, elaborou uma tese, assim 26 questionar e coabir a prática utilizada em vários municípios. Em 2007 foi redigido pela presidente da união o texto do primeiro projeto de lei que proibe a matança de cães e gatos, texto convertido na lei Estatual paulista Nº 12.916/2008, (dispõe sobre o controle de reprodução de cães e gatos e das providêncioas correlatas), lei essa vigente atualmente. (ORLANDI,2021) 27 3 MORFOLOGIA Conforme o ministério da saúde através do seu manuel Normas Técnicas para Estruturas Físicas de Unidades de Vigilância de Zoonoses de 2017, esse tipo unidade deve ser inserida, onde está disponível o abastecimento de água, luz, instalação telefônica, dispor de rede de esgoto, deve estar localizado longe de mananciais ou área com inundações, que possuem lençol freático profundo, garantir o acesso de caminhões de médio porte, de fácil acesso aos usuários localizando-se perto de vias públicas em condições de uso, longe de área densamente povoada e dessa forma diminuir incômodos à vizinhança e distantes de fontes de poluição sonora. Em seu material de diretrizes para projetos físicos de unidade de controle de zoonoses e fatores biológicos de risco de 2003, a Fundação nacional de Saúde (FUNASA), em seu capitulo 7, menciona que para construções com essas finalidades, deve permitir ventilação e iluminação naturais, seus blocos devem ser separados com pelo menos 10 metros de distância, o terreno deve ser murado com muro de pelo menos 02 metros de altura, e assim evitar fuga dos animais, os acessos devem garantir o controle de saída e entrada de animais e a otimização operacional tanto técnicos como administrativos. Evitar múltiplos acessos, recomendando-se a utilização de apenas 02 acessos, o acesso principal para o corpo técnico e administrativo, visitantes e outro para o abastecimento da unidade, entrada de animais recém-chegados e saída de carcaças de animais. A poluição sonora também deve ser evitada há matérias que são apropriados para reduzir a passagem dos ruídos. Recomenda-se também que todas as áreas de circulação de animais, apresente largura igual ou superior a 1,80metros. Referente a quantidade de animais o Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal (FNPA), menciona que é importante o planejamento da quantidade de animais que serão admitidos e mantidos no abrigo, levando em consideração principalmente o espaço disponível, conforme verificado nas Tabelas 03 e 04, sendo seu dimensionamento distintos para cães e gatos. A quantidade máxima de animais que o abrigo pode comportar, não se conclui, já que é definido pelo espaço disponível. 28 É necessário também prevê espaço para os animais recém-admitidos, mantidos em quarentena, para que sejam avaliados, cães devem ser mantidos, no mínimo 10 dias e gatos 14 dias, assim não transmitem doenças aos animais já tratados e prontos para doação. TABELA 03: Cálculo quantidade de cães que o abrigo deve comportar FONTE: FNPA,2018 No exemplo da tabela acima, pode-se verificar o cálculo que foi utilizado para garantir a quantidade de cães de acordo com o dimensionamento do abrigo, dessa forma é necessário dividir a área total destinada ao alojamento dos animais pela área mínima necessária para cada animal. TABELA 04: Cálculo quantidade de gatos que o abrigo deve comportar FONTE: FNPA,2018 Na tabela acima, verifica-se que para área dos gatos são necessários 02 metros quadrados para cada gatil, no exemplo 30metros quadrados é capaz de abrigar 15 gatos. Em seu material técnico a Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal (FNPA), ainda estabelece dimensões mínimas para os abrigos individuais e coletivos de cães e gatos, a serem utilizados dentro dos abrigos, conforme estudado na tabela 05. Os espaços devem garantir o bem-estar e prevenir fungas, estresse, doenças e brigas. 29 TABELA 05: Recomendação dos espaços a serem construidos para abrigo de cães e gatos FONTE: FNPA / Adptado pelo autor. Relativo às instalações dos estabelecimentos veterinários em seu capitulo II, estabelece diretrizes técnicas, com exigências para o funcionamento de estabelecimentos veterinários, determinando as condições mínimas de instalações. Dessa forma foi necessário o seu estudo e com isso a elaboração apresentada través do levantamento conforme tabela 06, referente a forma apropriada da aplicação dos ambientes a serem inseridos, as especificações, e condições mínimas para o funcionamento desse tipo de edificação. Nenhum estabelecimento veterinário poderá funcionar sem a presença do profissional médico veterinário no momento de atendimento. (BRASIL,1995) TABELA 06: Instalações mínimas para o funcionamento de um hospital veterinário ANIMAL USO RECOMENDAÇÃO TÉCNICA OBSERVAÇÕES INDIVIDUAL 2 metros quadrados, com cobertura , espaço para vasilhas de alimentos e água, temperatura mínima de 10º a 26º , ter área coberta para descanso com iluminação e ventilação, área aberta para banho de sol com no mínimo 2,5 a 3,5 metros quadrados. Deve ser usado preferencialmente em caso de fêmeas em estado de gestação/ animais com comportamento agressivo/ animais feridos/ animais com doenças infcto- contagiosas. COLETIVO Dispor de área coberta, área aberta para banho de sol, número de camas e vasilhas de comida e água, deve corresponder a quantidade de animais, o espaço mínimo requerido é o mesmo utilizado para o individual. Uso dos animais saudaveis / separar os animais por sexo INDIVIDUAL A área fechada mais a área aberta deve ser de no mínimo 2,2metros quadrados/ abertura voltada para frente / espaço para vasilhas de água e alimento/ área fechada deve ter acesso permanete a área aberta/ quando os gatis estiverem posicionados de frente um para o outro, devem ser separados por no mínimo 02 metros. Deve ser usado preferencialmente em caso de fêmeas em estado de gestação/ animais com comportamento agressivo/ animais feridos/ animais com doenças infcto- contagiosas. COLETIVO As mesmas dimenções do indiviual pérmanece no coletrivo, assim como a infraestrutura/ temperatura mínima de 10º a 26º/ Uso dos animais saudaveis / separar os animais por sexo CÃO GATO Obs: Os abrigos de cães devem ser separados visual e acusticamente dos abrigos para gatos AMBIENTE DIMENÇÕES E ESPECIFICAÇÕES Recepção e espera Acesso direto do exterior/ área mínima de 10m²/ plano horizontal não inferior a 2,5m²/ piso deve ser liso, impermeável e resistente, paredes impermeabilizadas até uma altura de 2M. Sala de consulta/ atendimento Acesso direto pela sala de espera / área mínima de 6,00m² / plano horizontal não inferior a 2m²/ piso deve ser liso, impermeável e resistente/ paredes impermeabilizadas até uma altura de 2M. EXIGENCIAS DAS INSTALAÇÕES, E PARTES DOS ESTABELECIMENTOS VETERINÁRIOS 30 FONTE: DECRETO Nº40.400 de Outubro de 1995, adaptado pelo autor Sala de cirurgia Área deve ser compatíverl com o tamanho do animal, e nunca inferior a 10m²/ menor dimensão no plano horizontal de 2m²/ piso deve ser liso, impermeável e resistente/ paredes impermeabilizadas até uma altura de 2M/ o forro deve ser de um material que permita limpeza/ janelas devem ser revestidas de telas/ acesso através de antecâmera. Antecâmera aréa mínima de 4m²/ plano horizontal não inferior a 2m²/ piso deve ser liso, impermeável e resistente/ paredes impermeabilizadas até uma altura de 2M/ conterá pia e poderá ter armários. Sala esterelização piso deve ser liso, impermeável e resistente/ paredes devem ser impermeabilizadas até o teto/ área mínima de 6m²/ menor dimensão no plano horizontal de 2m²/ Sala para coletas área mínima de 4m²/ plano horizontal não inferior a 2m²/ pisos e paredes impermeabilizados. Sala de radiografias dimensão compatível com o animal/ especificações e proteção ambiental deve obedecer a legislação vigente para radiações. Sala para banho e tosa área mínima de 2m²/ piso impermeabilizado/ paredes impermeabilizadas até uma altura de 2M/ escoamento d'água ligadas diretamente com rede de esgoto/ área mínima 2m². Abrigo para resíduos sólidos dimencionado para conter o armazanamento de três dias de geração/ paredes e piso de material impermeabilizados/ área mínima de 1m²/ dispositivos que impeçam a entrada de insetos e roedores/ uso de exalador de odores/ sua localização deve ser fora do prédio principal/ resíduos infectantes deverá sere feito em separação dos resíduos comuns. Esterqueira (armazenamento de fezes geradas) deverá ser totalemnte fechado/ dispositivos que impeçam a entrada de insetos e roedores/ uso de exalador de odores 31 3.1 ESTUDO DE APLICABILIDADE É fez necessário o estudo de locais já existentes com a mesma finalidade para buscar entendimento dos seus espaços e funcionalidade, afim de garantir a melhor aplicabilidade do projeto proposto. 3.1.1 Centro de controle de zoonoses, adoção de cães e gatos Localizado no bairro de Santa em São Paulo, o Centro de Controle de zoonoses (CCZ-SP), a unidade conta com um ambiente moderno e ecologicamente sustentável, através de um sistema de captação ecológica de água da chuva usados para lavagens e irrigação, possui ótima ventilação e iluminação natural. (SACOMANI,2016) FIGURA 3– Recepção do centro FONTE: jornalspnorte,2016 O espaço conta com uma área de 1.000m², incluindo uma sala de procedimentos cirúrgicos, visualizado na figura 03. FIGURA 4– Sala para procedimentos cirúrgicos FONTE: jornalspnorte,2016 32 A capacidade é para 350 animais, sendo eles, 30 canis e 24 gatis, baias mais interativas e mais arejadas, conforme visualizado na Figura 06. Essa unidade também conta com sala de RX, auditório e espaço para banho e tosa. (SACOMANI,2016) FIGURA 5– Área gatis FONTE: Veja - SP, 2017 Esses espaços possuem áreas de solários e com proteção, evitando a fuga dos animais. 3.1.2 Abrigo para cães e gatos Inaugurado em julho de 2022, o abrigo municipal Luciana Laura Tereza Oliveira Catana de presidente prudente SP, o espaço e destinado para abrigo temporário para cães abandonados e vítimas de maus tratos, em seguida serão encaminhados para doação. FIGURA 6– Vista do abrigo FONTE: SBT repórter, 2022 33 O abrigo conta com canil figura 06, recepção, sala de procedimentos, sala de internação, consultórios, banho e tosa, farmácia e com capacidade de receber até 250 animais. (SBT REPÓRTER,2022). FIGURA 7– Canil FONTE: SBT repórter, 2022 3.1.3. Modelo canil Bruno Tauz O arquiteto Bruno Tauz, elaborou um projeto modelo para construção de um canil, em seu estudo de 2015, é necessário entender esse estudo afim de buscar recursos para elaboração do trabalho proposto. Conforme modelo de Bruno, o sol é um elemento muito importante, ele é um esterilizador ambiental e age na prevenção de doenças. O projeto deve prever proteção térmica contra o calor e o frio, sem esquecer da ventilação natural, e todos ambientes com todos os elementos necessários, sala de atendimento, banho e tosa, cuidados veterinários, local para isolamento e piscina. O canil vai abrigar animais de pequeno, médio e grande porte, porém as entradas de acesso devem ser de utilização também para pessoas, isso porque, elas vão realizar as manutenções necessários no espaço em que os cães vão habitar. Levando em consideração os móveis, a cama deve ser de madeira e dura, o material mais indicado é o ipê. O sistema hidráulico deve ser parecido com de um condomínio, aconselhável a instalação de um bebedouro automático, dessa forma sempre levando água fresca, o bebedouro automático ou não, deve estar instalado pelo lado de fora e fixo, caso o animal brinque com água não possa molhar o seu 34 dormitório e não consiga destruir o equipamento. O sistema sanitário deve ser prático, afim de facilitar a limpeza do local. (Bruno,2015) Como visto na figura 08, ao lavar o local, todos os dejetos são varridos para fora do canil por uma fresta de 6cm sobre o pré-moldado, ao longo de todo o solário, a vala fica sobre a grelha, correndo sobre todos os canis, com inclinação de 10%, transportando assim os dejetos. FIGURA 8– Corte longitudinal canil FONTE: Bruno Tauz, 2015 Para garantir o conforto térmico os abrigos devem ser construídos de tijolos de barros, revertidos com massa de cimento e areia ou pisos. O teto deve ser de laje, com telhado de madeira, com um colchão de ar entre a laje e a telha. O Abrigo deve ser dimensionado de uma forma que os animais não se vejam, não podem ser separados por telas ou grades, assim evitar atritos, dessa forma ajuda no silêncio dos ambientes. A utilização de piscina é opcional, mas um fator importante, o animal que aprende a nadar quando filhote certamente pode sobrevier a essas condições futuramente, além de exercitar todos os músculos, o formato da piscina ideal é a redonda, o animal nada em círculos de um lado para o outro. 3.1.4 Abrigos e função social Conforme Gregor, coordenadora da Fórum nacional de proteção animal, (FNPA) suprir as necessidades de um abrigo, requer muito planejamento e comprometimento. 35 Após sua construção existem muitos custos de manutenção envolvidos, restando pouca verba para ações humanitárias e atividades de lobby (atividade organizada dentro da lei e ética dentro de um grupo de interesse, com objetivo de ser ouvido pelo poder público), agindo para mudança da legislação. Os abrigos podem ficam superlotados rapidamente, assim recusando outros animais que necessitam de cuidado. Existe muito trabalho realizado pela equipe de profissionais e voluntários, o cuidado é contínuo. Para melhor rotatividade o abrigo deve planejar ações e programas de adoção permanente, e assim os animais terem uma chance de viver com uma família. Os fatores de abandono, sofrimento, maus tratos, causam transtornos psicológicos, ansiedade e insegurança, achar um novo lar seguros para eles é primordial. O abrigo deve ser multiplicador dos conceitos do bem- estar animal, e das ações para controle populacional de cães e gatos, conhecer as políticas públicas, Das parcerias voltadas para o desenvolvimento do melhor tratamento desses animais na sociedade. (GREGOR,2018) 36 4 ESTUDO DE CASO 4.1 ABRIGO DE ANIMAIS PALM SPRINGS, ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA 4.1.1 Ficha técnica: Escritório: Swatt | Miers Arquitetos Localização: Palm Springs, California. Endereço: 4575 E Mesquite Ave, Palm Springs, CA 92264, US. Ano do Projeto: 2011 Área construída: 21.000m² Uso: Entidade sem Fins lucrativos Proprietário do Edifício: Escritório de Engenharia da Cidade de Los Angeles Equipe de Desing: George Miers, AIA, Projetista/Diretor Responsável; Tim Hotz, AIA, Capitão de Emprego, Aaron Harte, AIA, LEED AP, Administrador de Construção; Maureen Cornwell, Designer de Interiores. Software utilizado: AutoCAD e Google Sketchup FIGURA 9– Fachada projeto Palm Springs FONTE: Archdaily,2012 37 Localizado na cidade de Palm Sprins, no estado norte-americano da Califórnia, o Palm Springs Animal Shelter é uma organização sem fins lucrativos que abriga cães e gatos da cidade, oferece programas voltados para o bem estar animal e capacitação aos donos de animais de estimação. Conforme mencionado pelo abrigo a missão é transformar vidas por meios de cuidados extraordinários aos animais, inspirando compaixão e relacionamento positivo entre a comunidade e os animais, através de ações diretas e educação humanitária. A história do abrigo se inicia em 1961, era formado por outra estrutura inicial, mas desde 1996 o friends of the palm springs Animal shelter, outra organização voltada para o mesmo fim, tem ajudado o abrigo Palm Springs com necessidades operacionais. Desde 1961 o abrigo original não atendia a necessidade estrutural em relação a demanda de animais locais, e em 2009 a cidade colocou R$5 milhões de dólares para o projeto de melhoria do abrigo para servir de modelo para o sul da Califórnia. Logo em sua licitação foi identificado que o custo estimado para sua estruturação seria de R$7 milhões de dólares, assim a Friends of the palm sprins Animal, se encarregou de levantar os fundos faltantes e em 07 de Julho de 2010 se iniciou a construção do novo abrigo. Em 01 de Novembro de 2012, a cidade e a organização de apoio Friends of the palm sprins Animal, assumiram um acordo ficando a organização a ser responsável pela operação do abrigo, assim o abrigo se compromete a ser um centro de adoção e cuidado, que não sacrifica, por espaço e tempo de permanência. O serviço conta com ações voluntárias, adoções e o apoio comunitário. Como demostrado na tabela 07, ela tem papel importante com ações significativas para a relação entre comunidade e o bem estar animal. (ARCHDAILY,2012) TABELA 07- Dados quantitativos da Palm Springs FONTE: O autor,2023 com base nas informações disponível no site do abrigo. ANO Quantidade -Controle de animais / Controle no abrigo TAXA DE LRR 2022 189/ 100 89,60% 2021 147/73 94,40% 2020 190/68 92,60% Média 175,33 / 80,33 92,20% *LRR é um parâmetro significativo para indicar o progresso de uma comunidade para melhorar os resultados de seus animais. LRR é calculado dividindo o número de animais que entram vivos no PSAS menos aqueles que morrem ou são eutanasiados (ou perdidos), pelo número total de animais vivos recebidos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos https://pt.wikipedia.org/wiki/Calif%C3%B3rnia 38 Referente as suas características construtivas o abrigo conta com diferenciais importantes, motivo esse pela qual é certificada pela Liderança em Energia e Design Ambiental (LEED). De acordo com Marcondes, a certificação é considerada global, e com classificações para edifícios ambientalmente sustentáveis, sendo reconhecida como padrão líder para esse tipo de construções, ela avalia os edifícios em 8 (oito) categorias a eficiência hídrica, energia e Atmosfera, inovação, processo Integrativo, prioridade regional, qualidade do ambiente Interno, materiais e recursos, localização e transporte e terrenos sustentáveis, existem diferentes maneiras para obtenção de pontos em cada área descrita. O abrigo é certificado como LEED prateada, sua estrutura conta com uma forma especial no tratamento de água, sendo esse primordial por se tratar do ambiente em que o projeto está inserido, é fornecida através do tratamento da água do esgoto, possui arranjo de drenagem, elimina a água parada em drenos, assim evitando odor, sendo controlados de descarga de energia. A inserção de um sistema fotovoltaico para lidar com 30% das cargas energéticas, usando a área de telhado disponível podendo ser ampliado futuramente. As áreas dos animais são higienizadas pelo menos duas vezes ao dia, pisos e paredes são revestidos por resina epóxi. (MARCONDES,2023) Conforme Decorfacil, esse material é conhecido como poliepóxido, um tipo de plástico, que quando entra em contato com um agente catalizador, endurece e se torna uma superfície rígida, utilizado para diversos fins, como produção de embalagem, manutenção industrial, produção de bijuterias e também está disponível para aplicação em pisos. Conta com uma série de benefícios já que, pode ser aplicada diretamente sobre outros pisos já instalados, não gera sujeira em sua aplicação, esteticamente favorável, facilita a limpeza, resistente e durável, conta com diversas cores e é impermeável. As implicações da utilização desse tipo de material é a facilidade para manchar e riscar, em lugares com muito tráfego é exigida uma manutenção recorrente, o custo também pode ser um dificultador, podendo custar de R$ 145,00 a R$ 250,00 reais por m2. Levando em consideração o projeto a ser executado a equipe considerou sua aplicabilidade no abrigo Palm Springs, conforme visualizado na figura 10. (DECORFIL,2022) 39 FIGURA 10– Aplicação resina epóxi projeto Palm Springs FONTE: Archdaily,2012 O teto da edificação é acústico e não absorventes, utilização também de caixas de aço inoxidável, resistente a corrosão, esse tipo de aço apresenta alta resistência e possui propriedades físico-químicas, maiores que a do aço comum. O projeto conta com um programa de necessidades específico, sendo os ambientes principais, figura 11, e distribuídos em todo o complexo, conforme descrição tabela 8 TABELA 8– Programa de necessidades Palm Springs FONTE: Archdaily,2012, adaptado pelo autor Programa de necessidades abrigo Palm Springs Canil interno Pátio com jardim, equipado com sistemas de ventilação Estruturas de sombra de tecido Salas comunitárias para gatos Áreas de socialização interna/ Externa Áreas de trabalho seguras, para controle de animais Sala de treinamento para uso educacional e noturno Clínica totalmente equipada para procedimentos médicos internos Uma sala de multiuso orientada para comunidade. 40 FIGURA 11 – Planta de Implantação projeto Palm Springs FONTE: Archdaily,2012 – Adaptado pelo autor 41 4.2 ABRIGO DE ANIMAIS E CREMATÓRIO PET LOMMEL 4.2.1 Ficha técnica: Escritório: Swatt | Miers Arquitetos Localização: Maatheide 74 Lommel / Bélgica Endereço: 4575 E Mesquite Ave, Palm Springs, CA 92264, US. Ano do Projeto: 2015 – 2017 Área construída: 1.000m² Uso: Edifício público Proprietário do Edifício: Câmara municipal de Lommel, em cooperação do governo de Limburgo Outros participantes: Studiebureau Macobo, Boydens engenharia. FIGURA 12– Fachada abrigo de animais Pet Lommel FONTE: Archdaily,2021 42 Localizado em uma área industrial o edifício possui dois blocos, uma para abrigos para cães e gatos e outro usado para crematório de animais de estimação. Conforme imagem 10, observa-se que o abrigo está inserido planeado, ao longo da estrada Maatheide, que liga a área industrial e uma reserva natural Hondenlos, que fica atrás dele. FIGURA 13– Implantação do abrigo Lommel FONTE: Google Maps, acesso em junho,2023 – Adaptado pelo autor Os materiais utilizados para construção são basicamente formados por concreto, chapa de aço e vidro, suas aberturas são altas e largas, conforme visualizado na figura 12, privilegiado assim a iluminação natural. Tanto interna como externamente foi utilizada cores claras e com seus materiais aparentes, além disso o edifício conta com tanques que captam as águas da chuva, sendo esse reservatório utilizado para higienização de algumas áreas, como áreas externas e dos Animais. 43 FIGURA 14–Vista fachada principal, abrigo de animais Pet Lommel FONTE: Archdaily,2021 A área para abrigo dos animais, visualizada na figura 13, é amplo e arejado, e com um espaço interno os animais podem correr e brincar e assim garantindo o bem estar dos animais. De um lado estão os abrigos e do outro estão as salas para atendimento, área médica e depósitos. FIGURA 15–Vista abrigo de animais Pet Lommel FONTE: Archdaily,2021 44 4.3 CENTRO DE CUIDADOS COM ANIMAIS DE STATEN ISLAND/ GARRISON ARCHITECTS 4.3.1 Ficha técnica: Escritório: Garrison Architects Localização: Staten Island Endereço: Staten Island, New York, Estados Unidos Ano do Projeto: 2022 Área construída: 511m² Uso: Edifício público Equipe: Garrison Architects FIGURA 16–Fachada Centro de cuidados com animais de Staten Island FONTE: Archdaily,2023 https://www.archdaily.com.br/br/office/garrison-architects?ad_name=project-specs&ad_medium=single 45 Projetado para abrigar animais em espera para adoção o centro Statend Island, os animas estão alojados em torno do perímetro do edifício, e os escritórios e áreas funcionais estão localizados em seu interior. O edifício é revestido por uma casca de policarbonato translúcido isolante, deixando a estrutura mais leve e cheia de luz natural, a noite o edifício se torna mais iluminado, se destacando no bairro escuro. Segundo o fornecedor Serralheiro (2020), o policarbonato, não só substitui o vidro como possui resistência mecânica e leveza, 250 vezes mais resistente que o vidro canelado, esse material é um termoplástico, ecologicamente correto, reduzindo o uso de energia elétrica, se mantem intacto, pode ser utilizado como um transmissor de luz e projete o ambiente contra os raios ultravioleta. Dessa forma a luz entra por todas as partes através de um clerestório (parte superior constituído de janelas) recuado, garantindo uma ventilação natural, conforme visualizado na figura 17, o ar não é reciclado por ventilação, sendo a energia térmica mantida por exaustão. FIGURA 17–Iluminação e ventilação cruzadas do abrigo Staten Island FONTE: Archdaily,2023 Projetado para um alto desempenho, e com uso de matérias recicláveis, foram utilizados materiais que resistem por muito mais tempo, assim garantindo o mínimo de manutenção e a longo prazo. O edifício também conta com um sistema de recuperação de água. 46 Na figura 18, pode-se observar que os dimensionamentos dos ambientes como administração e áreas de apoio, foram inseridos mais para o interior do edifício, enquanto, as áreas de abrigo dos animais estão inseridas ao entorno virados para o lado de fora, e de forma alinhada formando corredores de mostras de animais, para visualização das pessoas que passarem externamente pelo abrigo, criando uma fachada animada com a visualização dos próprios animais. FIGURA 18–Áreas internas do abrigo Staten Island FONTE: Archdaily,2023 – Adaptado pelo autor 47 5 ESTUDO DE VIABILIDADE, ANÁLISE URBANA O projeto será implantado em um terreno de 28.00028.000 m2 localizado na Vila Sadokim, no bairro de Bom sucesso, região de Guarulhos, localizado no extremo leste da cidade. FIGURA 19–Localização do terreno / Estado e município FONTE: Site município de Guarulhos- Adaptado pelo autor 5.1 LOCALIZAÇÃO DO TERRENO NO BAIRRO FIGURA 20–Localização do terreno no bairro FONTE: Google Earth, acesso em junho de 2023 – Adaptado pelo autor 48 5.2 MACROZONEAMENTO Conforme verificado na figura 21, o centro de acolhimento será inserido em uma macrozona de dinamização. FIGURA 21–Macrozoneamento de Guarulhos FONTE: Site da cidade de Guarulhos, acesso em junho de 2023 De acordo o plano diretor da cidade de Guarulhos, através da Lei Nº7.730 de 04 de junho de 2019, está macrozona se caracteriza pelo uso industrial, comércios, serviços e núcleos habitacionais, com potencial para atrair novos investidores. 49 5.3 ZONEAMENTO Conforme mencionado pela lei municipal de Guarulhos Nº 7.888 de 15 de janeiro de 2021, em seu Art.14 define as Zona Industrial (ZI), define o uso predominantemente industrial, de médio e grande porte. FIGURA 22–Mapa de zoneamento Guarulhos FONTE: Site GUARUGEO de Guarulhos, acesso em junho de 2023 5.4 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO A Lei municipal de parcelamento e ocupação do solo de Guarulhos dispões diretrizes para o parcelamento e ocupação do solo, nela é constituído índices em que se define a forma em que as edificações devem ser construídas de acordo com a zona em que será inserida. Como já verificado o centro de acolhimento pertence a Zonas Industrias ZI. (GUARULHOS,2021) Visualizado na figura 23, a legislação vigente atribui especificações a serem seguidas em relação ao coeficiente verde e taxa de permeabilidade, gabarito de altura, recuos e metragem de frente à área mínima de lote. 50 FIGURA 23–Quadros que integram a lei do uso de ocupação do solo de Guarulhos FONTE: Lei municipal Nº 7.888 de 15 de janeiro de 2021 5.5 HIERARQUIA VIÁRIA A figura 24, está o estudo das principais vias que dará acesso ao centro de acolhimento, está com acesso rápido a Rodovia presidente Dutra que faz ligação rápida com a cidade de Guarulhos e outros municípios FIGURA 24–Hierarquia viária FONTE: Google Earth, acesso em junho de 2023 – Adaptado pelo autor 51 5.6 GABARITO DE ALTURA Como mencionado essa região é industrializada, cercada por galpões de 05 a 08 metros de altura, alguns bairros residenciais de 01 a 03 pavimentos que, fazem parte do entorno, e ficam um pouco distantes do terreno a ser edificado. FIGURA 25–Gabarito e Altura FONTE: Google Earth, acesso em junho de 2023 – Adaptado pelo autor 5.7 ESTUDO SOLAR O estudo solar é realizado através da carta solar. Para controle da incidência solar é necessário saber o seu trajeto, isso porque a inclinação do sol é modificada de acordo com a época do ano, dessa forma a carta solar é uma representação gráfica desse comportamento. Conforme figura 26, foi realizado o estudo solar da área onde o centro de acolhimento será inserido, de acordo com as estações do ano. (MIRANDA,2014) 52 FIGURA 26–Estudo solar estações do ano FONTE: sunearthtools, acesso em junho de 2023 – Adaptado pelo autor 53 5.8 VENTOS PREDOMINATES E TEMPERATURA LOCAL Para garantir uma boa ventilação cruzada e ambientes bem ventilados, além da hierarquia dos blocos que serão inseridos no projeto, influenciados também nos materiais a serem utilizados, se faz necessário o estudo dos ventos predominantes, através do site windfinder, foi possível verificar, a direção dos ventos predominantes da região figura27. Para essa verificação essa foi utilizado como base o Aeroporto Internacional de Guarulhos, onde a predominação dos durante o ano é ENE: lés-nordeste, ou seja, entre leste e nordeste. FIGURA 27–Estatísticas mensais velocidade e direção do vento para Aeroporto Internacional de Guarulhos, Período 01/2022 - 12/2022. FONTE: windfinder, acesso em junho de 2023 – Adaptado pelo autor Dessa mesma forma para região, foi verificado as temperaturas médias durante o ano figura 28, esse conjunto de informações já verificadas, influenciam nas escolhas das matérias, cores a serem utilizadas nos ambientes externos e internos, do paisagismo e definição da disposição das áreas a serem inseridas no projeto. 54 FIGURA 28–Estatísticas mensais para a temperatura do Aeroporto Internacional de Guarulhos - Período 01/2022 - 12/2022. FONTE: windfinder, acesso em junho de 2023 – Adaptado pelo autor Conforme imagem, pode-se analisar a média da temperatura, a média mais alta é de 34ºc, a média temperaturas diárias é 22ºc, média de temperatura noturna é de 18ºc e a média da temperatura mais baixa analisada é de 5º. 5.9 VITAS DO TERRENO As figuras abaixo 29, 30 e 31 são vistas do terreno, sua testada principal está de frente a Avenida presidente Dutra, vista posterior está com divisa a estrava velha Arujá, ao seu interno avista-se as indústrias. Pode-se verificar que o terreno se encontra em uma área que não é residencial, dessa forma cumprindo, as exigências das legislações já mencionadas. 55 FIGURA 29–Vista posterior do terreno FONTE: googlemaps, acesso em junho de 2023 – Adaptado pelo autor FIGURA 30–Vista lateral do terreno FONTE: googlemaps, acesso em junho de 2023 – Adaptado pelo autor FIGURA 31–Vista frontal do terreno FONTE: googlemaps, acesso em junho de 2023 – Adaptado pelo autor 56 5.10 CONCEITO TÉCNICO Para garantir que o projeto seja funcional e atenda aos requisitos legais, além das legislações já citadas e estudos realizados, será necessário a consulta de normas regulamentadoras específicas como a norma técnica NBR 6492/2021, que dando diretrizes para elaboração de projetos arquitetônicos, NBR 9050 que estabelece critérios técnicos para elaboração de projetos que garantam a acessibilidade de seus usuários, o uso da instrução técnica Nº02/2018, dando conceitos básicos de segurança contra incêndio. 5.10.1 NBR 9050/2020 Estabelece critério e parâmetros técnicos para construções para garantir a acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Dessa forma o usuário pode utilizar os ambientes de maneira autônoma, com ajuda ou não de equipamentos específicos como, cadeira de roda, sistema cognitivos e entre outros. Essa normativa é associada a um guia, pois demostra todas as especificações, dimensões e alturas para todos os apoios possíveis para múltiplos ambientes distintos de forma ilustrativa e didática. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,2020) 5.10.2 NBR 6492/2021 Norma regulamentadora específica para arquitetura, para garantir a compreensão no uso correto das representações gráficas em projetos arquitetônicos. Nela são abordados os tipos de projetos e descrevendo os seus elementos básicos. A correta empregabilidade de linhas, símbolos, orientações, desenhos obrigatórios, de forma que haja legibilidade e padrão para todos os projetos arquitetônicos. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,2021) 57 6 PROPOSTA DO PROJETO 6.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES É um documento com todas as informações de todos os ambientes que não podem faltar no projeto proposto, nele contém descrito todas as áreas e com todos os requisitos para criação de áreas internas e externas, como as dimensões, lista de materiais, ou até mesmo cores de revestimentos e da pintura que serão aplicadas. (CRUZ,2021). Na tabela 09, é possível verificar a proposta inicial do programa de necessidades desenvolvido para a proposta do Centro de acolhimento de PET’S. Tabela 09 –Programa de necessidades do centro de acolhimento Ambiente Quant. Área (m²) Ambiente Quant. Área (m²) Diretoria 1 A Definir Recepção 1 A Definir RH/ Financeiro 2 A Definir Isolamento 2 A Definir Copa 1 A Definir Triagem 1 A Definir Banheiros Feminino 1 A Definir Sala atendimento 2 A Definir Banheiro Masculino 1 A Definir Banheiros Feminino 1 A Definir Banheiro PNE 1 A Definir Banheiro Masculino 1 A Definir Sala profisisonais técnicos 1 A Definir Banheiro PNE 1 A Definir Secretaria 1 A Definir Sala de espera 1 A Definir SAME 1 A Definir Sala para consulta 1 A Definir Sala de reuniões 1 A Definir Sala de curativos/vacinas 1 A Definir Sala de medicamentos 1 A Definir Refeitório 1 A Definir Lavabo 1 A Definir Sala descanço 1 A Definir Cozinha 1 A Definir Recepção 1 A Definir Banheiros Feminino 1 A Definir Banheiros Feminino 1 A Definir Banheiro Masculino 1 A Definir Banheiro Masculino 1 A Definir Banheiro PNE 1 A Definir Banheiro PNE 1 A Definir Copa 1 A Definir Área para eventos 1 A Definir Lavanderia 1 A Definir Copa 1 A Definir Dormitório 1 A Definir Escritório 1 A Definir Área de convivência 1 A Definir Loja de artigos PET's 1 A Definir Administração do abrigo Área de Funcionários /Voluntários Adoção de animais/ Loja Atendimento /Urgência 58 FONTE: O autor Esterilização 1 A Definir Gatis/ individuais A definirA definir Antecâmera 2 A Definir Canil /individuais A definirA definir Centro cirugico 2 A Definir Solários A definir Observação 2 A Definir Gatis/ coletivos 1 A definir Terapia Intensiva Veterinária 2 A Definir Canil /coletivos 1 A definir Lavabo 1 A Definir Área aberta 1 A definir Banheiros Feminino 1 A Definir Antecâmera 2 A definir Banheiro Masculino 1 A Definir Banheiro PNE 1 A Definir Curativos 1 A Definir Lazer Piscina 1 A definir Área para quarentena 2 A Definir Recreação Ar livre 1 A definir Sala de eutanásia 1 A Definir Necropsia 1 A Definir Estacionamento 1 A definir Anticâmera 2 A Definir Ambulatório 2 A Definir RAIO X 1 A Definir Materiais de limpeza DML (lixo comum) 2 A Definir Descarte lixo infectante 1 A Definir Cozinha 1 A Definir Depósito alimentos 1 A Definir Laboratório 1 A Definir Quarda de medicamentos 1 A Definir Depósito de materiais 1 A Definir Lavanderia 1 A Definir Estoque farmácia 1 A Definir Farmácia 1 A Definir Área Clínica Abrigos 59 6.2 ORGANOGRAMA Figura 32 –Organograma do centro de acolhimento Figura 32 –Organograma do centro de acolhimento FONTE: O autor 60 7 CONCLUSÃO Foi observado que a construção de um centro de acolhimento de cães e gatos é possível e que não somente atende as questões sociais e sanitárias, mas também vai além de todos os direitos que os defensores dos animais já conseguiram para eles, desde o início da história até os tempos atuais, é questão de humanidade e amor a essa causa. O objetivo central da pesquisa foi atingido já que todo o conteúdo estudado vai garantir a melhores práticas construtivas e o melhor desempenho para abrigar todos os animais, como também a estrutura e os espaços de todo edifício, internamente ou externamente, vão atender as necessidades dos usuários sejam eles os animais residentes ou a equipe de profissionais que vão utilizar os seus espaços. Os resultados mais enriquecedores, está no papel social desse tipo de abrigo, os materiais e formas o edifício deve aderir, os impactos positivos que vai trazer para cidade de Guarulhos, além de sua visibilidade a respeito da causa em questão, assim sendo um modelo a ser seguido, já que muitos cães e gatos já não estarão mais nas ruas da cidade e com possibilidade de encontrar um novo lar. E com todo conteúdo desenvolvido, o trabalho pode ser fonte de consulta para todas as áreas de interesse. A proposta foi de encontro com a legislação Nº 7.839/2020, sobre o código de proteção animal da cidade de Guarulhos, dessa forma de interrese municipal e social. Portanto a proposta pode minimizar os impactos relacionados, incluíndo o aspectos sanitário, por conta do risco de contaminzação da população por zoonoses (doenças infecciosas transmitidas entre animais e pessoas), além de acolher e direcionar os animais para um lar adequado. 61 REFERÊNCIAS AECCAFE, Palm Springs Animal Care Facility by Swatt - Brasil | Miers Arquitetos, 10 de junho de 2012, disponível em : Palm Springs Animal Care Facility by Swatt - Brasil | Miers Arquitetos (aeccafe.com), acesso em: 23 de Abril de
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