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FRANCISCO MÁRCIO DA SILVA TCC V 5

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ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FRANCISCO MÁRCIO DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO DE ACOLHIMENTO DE PET’S 
 UMA PROPOSTA ARQUITETÔNICA PARA CIDADE DE GUARULHOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guarulhos/SP 
2023 
 
 
FRANCISCO MÁRCIO DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO DE ACOLHIMENTO DE PET’S 
 UMA PROPOSTA ARQUITETÔNICA PARA CIDADE DE GUARULHOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Universidade Guarulhos (UNG), como parte das 
exigências para obtenção do Título de Bacharel em 
Arquitetura e Urbanismo. 
Orientadora: Profa. Luciana de Meneses Castro 
 
 
 
 
 
 
 
Guarulhos/SP 
2023 
 
“Arquitetura não é um curso, é um caminho, percurso. Dentre 
todas as artes, esta me satisfaz, tira de mim tudo o que sou 
capaz... até o que não sou me faz” 
Emanuel souto 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço a Deus e a todos que puderam direta ou indiretamente participar do 
meu processo de construção no meu período de formação acadêmica, entre eles os 
colegas de turma e o grupo docente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Prefiro desenhar do que falar” 
Le Corbusier 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Em virtude da quantidade de cães e gatos abandonados e em vias públicas, em 
estado de vunerabilidade, o objetivo da pesquisa foi levantar informações necessárias 
para o desenvolvimento de um centro de acolhimento e cuidado de cães e gatos, 
sendo uma proposta para cidade de Guarulhos. 
De acordo com o site Guarulhos Hoje (2020), a cidade de Guarulhos possui cerca de 
140.000 mil animais abandonados em 2020, ou seja o número de animais abanonados 
representam atualmente 10% da população. 
Toda pesquisa foi enriquecedora , todo o levantamento realizado através de sites, 
artigos científicos, literatura, legislaçãoes específicas, estátísticas, estudos de casos 
e estudos de viabilidades serão consideradas como base para o projeto proposto. 
Assim garantir condições suficientes para sua aplicabilidade na cidade de Guarulhos 
São Paulo. 
 
Palavras-chave: cães, gatos, projeto, acolhimento, legislação, Guarulhos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Due to the number of dogs and cats abandoned and on public roads, in a state of 
vulnerability, the objective of the research was to gather information necessary for the 
development of a shelter and care center for dogs and cats, being a proposal for the 
city of Guarulhos. 
According to the Guarulhos Hoje (2020) website, the city of Guarulhos has about 
140,000 abandoned animals in 2020, that is, the number of abandoned animals 
currently represents 10% of the population. 
All research was enriching, all surveys carried out through websites, scientific articles, 
literature, specific legislation, statistics, case studies and feasibility studies will be 
considered as the basis for the proposed project. Thus guaranteeing sufficient 
conditions for its applicability in the city of Guarulhos São Paulo. 
 
Keywords: dogs, cats, project, reception, legislation, Guarulhos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
FIGURA 1: EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA DOMESTICAÇÃO DOS ANIMAIS .......... 17 
FIGURA 2: CAPTURA DE CACHORRO, PELO CENTRO DE ZOONOSES .......... 25 
FIGURA 3: RECEPÇÃO DO CENTRO .................................................................... 31 
FIGURA 4: SALA PARA PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS ................................ 31 
FIGURA 5: ÁREA GATIS ...................................................................................... 32 
FIGURA 6: VISTA DO ABRIGO ............................................................................ 32 
FIGURA 7: CANIL .................................................................................................. 33 
FIGURA 8: CORTE LONGITUDINAL CANIL ........................................................ 34 
FIGURA 9: FACHADA PROJETO PALM SPRINGS ................................................ 36 
FIGURA 10: APLICAÇÃO RESINA EPÓXI PROJETO PALM SPRINGS ................ 39 
FIGURA 11: PLANTA DE IMPLANTAÇÃO PROJETO PALM SPRINGS ............... 40 
FIGURA 12: FACHADA ABRIGO DE PET LOMMEL .............................................. 41 
FIGURA 13: IMPLANTAÇÃO DO ABRIGO LOMMEL ............................................. 42 
FIGURA 14: VISTA FACHADA PRINCIPAL, ABRIGO DE ANIMAIS PET .............. 43 
FIGURA 15: VISTA ABRIGO DE ANIMAIS PET LOMMEL ...................................... 43 
FIGURA 16: FACHADA CENTRO DE CUIDADOS STATEN ISLAND .................... 44 
FIGURA 17: ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO CRUZADAS ...................................... 45 
FIGURA 18: ÁREAS INTERNAS DO ABRIGO STATEN ISLAND ........................... 46 
FIGURA 19: LOCALIZAÇÃO DO TERRENO / ESTADO E MUNICÍPIO .................. 47 
FIGURA 20: LOCALIZAÇÃO DO TERRENO NO BAIRRO ..................................... 47 
FIGURA 21: MACROZONEAMENTO DE GUARULHOS ...................................... 48 
FIGURA 22: MAPA DE ZONEAMENTO GUARULHOS ....................................... 49 
FIGURA 23: QUADROS QUE INTEGRAM A LEI DO USO DE OCUPAÇÃO .......... 50 
FIGURA 24: HIERARQUIA VIÁRIA .................................................................... 50 
FIGURA 25: GABARITO E ALTURA .................................................................. 51 
FIGURA 26: ESTUDO SOLAR ESTAÇÕES DO ANO ...................................... 52 
FIGURA 27: ESTATÍSTICAS MENSAIS VELOCIDADE E DIREÇÃO DO VENTO .. 53 
FIGURA 28: ESTATÍSTICAS MENSAIS PARA A TEMPERATURA ........................ 54 
FIGURA 29: VISTA POSTERIOR DO TERRENO .................................................. 55 
FIGURA 30: VISTA LATERAL DO TERRENO ........................................................ 55 
FIGURA 31: VISTA FRONTAL DO TERRENO ........................................................ 55 
FIGURA 32: ORGANOGRAMA DO CENTRO DE ACOLHIMENTO........................ 59 
 
LISTE DE TABELAS 
 
TABELA 1: PRINCIPAIS MOTIVOS ABANDONO DE PET’S ................................. 11 
TABELA 2: LEIS ESTADUAIS APRESENTAÇÕES DE ANIMAIS CIRCO .............. 21 
TABELA 3: CÁLCULO QUANTITATIVO DE CÃES ABRIGO .................................. 28 
TABELA 4: CÁLCULO QUANTITATIVO DE GATOS ABRIGO ............................... 28 
TABELA 5: RECOMENDAÇÃO ESPAÇOS A SEREM CONSTRUÍDOS ................ 29 
TABELA 6: INSTALAÇÕES MÍNIMAS PARA O FUNCIONAMENTO ...................... 30 
TABELA 7: DADOS QUANTITATIVOS DO PROJETO PALM SPRINGS ............... 37 
TABELA 8: PROGRAMA DE NECESSIDADES PALM SPRINGS .......................... 37 
TABELA 9: PROGRAMA DE NECESSIDADES CENTRO ACOLHIMENTO ........... 58 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 INTRODUÇÃO .................................................................................................................11 
 OBJETIVOS. ....................................................................................................................13 
 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................13 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS .............................................................13 
JUSTIFICATIVA .................................................................................................................14 
1 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA, DOMESTICAÇÃO DE ANIMAIS PELA 
HUMANIDADE ...................................................................................................................17 
 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
HISTÓRICA, PROTEÇÃO ANIMAL DOMÉSTICO ..........19 
2 CONCEITO TEÓRICO.....................................................................................................22 
3 MORFOLOGIA.................................................................................................................27 
 3.1 ESTUDO DE APLICABILIDADE..............................................................................31 
 3.1.1 CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES......................................................31 
 3.1.2 ABRIGO PARA CÃES E GATOS.......................................................................32 
 3.1.3 MODELO CANIL BRUNO TAU..........................................................................33 
 3.1.4 ABRIGOS E FUNÇÃO SOCIAL.........................................................................34 
4 ESTUDO DE CASO..........................................................................................................36 
 4.1 ABRIGO DE ANIMAIS PALM SPRINGS.................................................................36 
 4.1.1 FICHA TÉCNICA...............................................................................................36 
 4.2 ABRIGO DE ANIMAIS E CREMATÓRIO PET LOMMEL.........................................41 
 4.2.1 FICHA TÉCNICA...............................................................................................41 
 4.3 CENTRO DE CUIDADOS COM ANIMAIS DE STATEN ISLAND............................44 
 4.3.1 FICHA TÉCNICA...............................................................................................44 
5 ESTUDO DE VIABILIDADE, ANÁLISE URBANA...........................................................47 
 5.1 LOCALIZAÇÃO DO TERRENO NO BAIRRO..........................................................47 
 5.2 MACROZONEAMENTO..........................................................................................48 
 5.3 ZONEAMENTO........................................................................................................49 
 5.4 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO...............................................................................49 
 5.5 HIERARQUIA VIÁRIA..............................................................................................50 
 5.6 GABARITO DE ALTURA..........................................................................................51 
 5.7 ESTUDO SOLAR.....................................................................................................51 
 5.8 VENTOS PREDOMINANTES E TEMPERATURA LOCAL.....................................53 
 5.9 VISTAS DO TERRENO...........................................................................................54 
 5.10 CONCEITO TEÓRICO...........................................................................................56 
 5.10.1 NBR 9050/2020................................................................................................56 
 5.10.2 NBR 6492/2021................................................................................................56 
6 PROPOSTA DE PROJETO..............................................................................................57 
 6.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES.........................................................................57 
 6.2 ORGANOGRAMA....................................................................................................59 
7 CONCLUSÃO...................................................................................................................60 
REFERÊNCIAS....................................................................................................................61 
11 
 
 
 INTRODUÇÃO 
 
Conforme Gomes em uma caminhada de 5km na cidade de São paulo, os 
animais de estimação, chamados (PET’S), são abandonados e estão por toda parte, 
cães e gatos sentem, frio, fome medo e dor, essa é a realidade para milhoes de cães 
e gatos, que na maioria das vezes passam despercebidos pela sociedade. (GOMES, 
2021) 
 A organização Mundial da Saúde, em 2019, estima que existem cerca de 30 
milhoes de animais abandonados no Brasil, sendo 20 milhoes de cães e 10 milhoes 
de gatos, e em grandes cidades para cada 5 (cinco) habitantes existe 1 (um) cachorro, 
onde 10% destes são abandonados. De acorco com um estudo realizado em 2022 
pela Cobasi (2022) e 57 ONGs que acolhem animais, aponta que 89,3% desses 
animais abandonados são cães, na mairoia vira-latas e na idades adulta, 10,3% são 
de gato abandonados e a na sua maioria são gatos de cor preta. 
Nessa mesma pesquisa realizada em novembro de 2022 ,foram levantados as 
principais causas do abandono, conforme verificado na Tabela 01. 
 
 TABELA 01: Principais motivos abandono de PET’S 
 
 FONTE: O Autor, conforme estudo realizado pela Cobasi,2022 
 
De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV)2022, o 
aumento expressivo de 60%, de casos de abandonos de cães e gatos, está 
relacionado ao período da pandemia Coronavírus (COVID-2019), o que está gerando 
o abandono, é a dificuldade financeira da família e o medo de que o animal transmita 
o virus, o conselho também afima que cães e gatos não transmitem o virus e que 
abandono é considerado crime. 
Mudança de endereço
Animal ficou doente, não tenho como cuidar
Crescimento do tamanho do animal
Meu outro PET não se adaptou com ele
Não consigo mais cuidar
Covid 2019
Principais motivos para abandonos de PET'S 
12 
 
 
Como mencionado, a pesquisa para o desenvolvimento do projeto proposto 
vem de encontro para minimizar as necessidades, o abandono e a superpopulação 
de animais domésticos. 
 A pesquisa foi desenvolvida através do estudo dos materiais técnicos, 
legislações, artigos, revistas, livros, sites, estudo de pesquisas e estatísticas. 
Foram estudadas a contextualização histórica sobre a domesticação e da 
proteção dos animais domésticos. 
Para apoío técnico foram analizadas as legislações e normas específicas, 
entre elas Lei Nº9605/1998 (dispõe sobre as sanções penais e administrativas 
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras 
providências.), Lei 7.839/2020 (dispõe sobre o código de proteção e defesa de cães e 
gatos), projeto de Lei Nº7291/2006 (dispõe sobre a proibição de animais silvestres ou 
domésticos em espetáculos circenses), o manual do ministério da saúde para 
estruturas físicas de unidades de vigilância de zoonoses de 2017, o material de 
diretrizes para projetos físicos de zoonoses da Fundação nacional de saúde de 2003, 
consulta no material técnico do fórum Nacional de proteção e defesa animal FNPA 
de 2018, e o decreto Nº40.400/1995 (estabelece diretrizes técnicas, para 
estabelecimento veterinário). 
Verificada a aplicabilidade, através do estudos de casos de arquiteturas já 
existentes, o abrigo de animais Palm Springs da California nos estados Unidades, o 
abrigo e crematório Pet Lommel da Bélgica e o estudo do centro de cuidados com 
animais Staten Island em New York. Realizado através da Lei Nº7.888/2021 
(parcelamento, uso e ocupação do solo de Guarulhos) , o estudo de viabilidade e 
ocupação do projeto, a escolha e análise do entorno onde o centro será inserido, a 
localização, seu zoneamento, a forma de uso e ocupação do solo, além disso foi feita 
a verificação dos ventos predominates, insolação. Apresentado uma proposta dos 
ambientes a serem inseridos e orgnograma de funcionalidade, através do seu estudo 
de necessidades. 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 OBJETIVOS 
 
 OBJETIVO GERAL 
Projeto Arquitetônico de um Centro acolhimento de cães e gatos abandonados 
na cidade de Guarulhos, estado de São Paulo. 
 
 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS 
 
 Analisar através de estudo de caso
projetos relacionados ao tema; 
 Conhecer o contexto histórico da relação humana com animais; 
 Entender as necessidades dos animais cães e gatos e melhores práticas 
com projetos relacionados; 
 Discutir a melhor forma para projetar um centro de acolhimento para 
cães em gatos para cidade de Guarulhos, através da legislação vigente e melhores 
práticas construtivas e sustentável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 JUSTIFICATIVA 
 
Conforme Nunes, o arquiteto e urbanista tem o papel de catalizar as 
tranformações dos anseios da sociedade, impactando diretamente na vida das 
pessoas.(NUNES,2020) 
Conforme mencionado pelo Departamento de proteção animal de Guarulhos 
(DPAN) , em Abril de 2022 foi realizada a ampliação do centro de bem-estar animal, 
localizado no bairro do Bomsucesso em Guarulhos SP, reformando as 150 baias 
existentes e construindo mais 50 baias novas, esse departamento também realiza um 
trabalho de doação de cães e gatos e conforme informações do departamento, em 
2019 foram realizadas 371 adoções e em 2020 foram 684 animais adotados. 
A prefeitura de Guarulhos realizou em 2022, mais de 9,5 mil castrações 
gratuitas de cães e gatos, as cirurgias foram realizadas no centro de bem-estar animal, 
os animais também receberam vacina antirrábica e identificação com microchip. 
Esse serviço é realizado pelo DPAN, na cidade de Guarulhos no bairro Cidade 
Maia, os serviços são realizados através de agendamento, ou durante realização de 
feiras pontuais. (DPAN,2022) 
De acordo com Martins, o custo desse microchip varia de R$90,00 (Noventa) a 
R$ 130,00 (Cento e trita reais), sendo todo procedimento realizado em uma clínica 
veterinária e por profissionais capacitados. A função pincipal do microchip é localizar 
um PET perdido, esse microchip tem cerca de 1cm envolvido por um plastico com 
cerdas e implantado na pele do animal, não é um rastreador via sistema de 
posicionamento global (GPS), mas nele é inseridas todas a informações para 
localizaçao do dono do animal.(MARTINS,2023) 
Referente aos aspectos legais criminalizando a pratica do abandono, e maus 
tratos ao animal, é mencionado na Lei 9605 de 12 de Fevereiro de 1998: “Praticar ato 
de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou 
domesticados, nativos ou exóticos: Pena - detenção, de três meses a um ano, e 
multa.” 
“§ 1º-A Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas 
no caput deste artigo será de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, multa e proibição 
da guarda.” 
15 
 
 
“§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal. “ 
(BRASIL,1998, Capitulo V, Art.32). 
A portaria do Ministério do meio ambiente (MMA) Nº 288 de 11 de Novembro 
de 2022,” Institui a Agenda Nacional de proteção e defesa de cães e gatos, considera 
ações para controle populacional, atenção veterinária, tutela responsável, zelar pelo 
bem estar animal e denunciar maus tratos realizados”. 
 Essa portaria tem o objetivo de “subsidiar políticas públicas e programas que 
beneficiem a proteção, defesa, a saúde e promover ações voltadas para a proteção, 
defesa e bem-estar de cães e gatos.” 
De acordo com a Lei Nº 7.839 de 09 de julho de 2020, que dispões sobre o 
“código de proteção e bem-estar animal do município de Guarulhos”, em seu Art.2º 
capítulo XVII define “canil/gatil, compartimento destinado ao alojamento, manutenção 
e reprodução de cães e gatos, podendo ser individual ou coletivo. ” 
Na mesma Lei, seção VII. Art.28, “é mencionado a destinação de animais 
domésticos recolhidos, onde, poderão ser devolvidos ao seu dono, destinados a 
adoção, doação ou eutanásia. ” 
Conforme comunicado do Conselho de arquitetura e urbanismo (CAU) por 
Alves,os projetos são para os clientes e isso envolve também os seus animais de 
estimação, os ambientes que para eles serão inseridos no projeto.(ALVES,2018) 
Referente ao impacto sanitário e social, abandonar animas tem relação direta 
com o crescimento das Zoonoses (doenças infecciosas transmitidas do animal para 
os seres humanos, ou dos seres humanos para os animais), como a raiva e a 
lepstopirose por exemplo. 
De acordo com o Ministério da Sáude,2022 a transmissão pode ser direta no 
contato com secressão , contato físico, mordeduras e arranhões, de forma indireta 
através de vetores como mosquitos e pulgas e, pelo consumo de alimentos 
contaminados por (fungo, bactérias, parasitas, entre outros) . 
É inquestionavel como o abandono de cães e gatos causam efeitos negativos, 
não somente para o próprio animal como também para a população, na rua o animal 
é exposto a riscos como, maus tratos, doenças e atropelamentos que são muitos 
comuns. 
16 
 
 
Outro ponto a se observar é que as ações que o município de Guarulhos realiza 
para conter o crescimento do abandono, maus tratros e adoções de cães e gatos, é 
desproporcional ao número cresimento populacional e as situações de fragilidade 
desses animais, como mostrado são cerca de 140.000 (cento e quarenta mil) somente 
em 2020. (REDAÇÃO GUARULHOS HOJE,2020) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
1 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA, DOMESTICAÇÃO DE ANIMAIS PELA 
HUMANIDADE 
 
Segundo a Editora Conceitos, a domesticação acontece quando existem 
alterações na morfologia do animal, ou seja quando a aparência, física ou orgânica é 
alterada, isso inclui o comportamento do animal, a ponto de acomodar-se a 
circustâncias da vida humana, sendo essa a diferença para um animal estrá em estado 
selvagem, onde seu convivio com o ser humano é considerado perigoso. (EDITORA 
CONCEITOS,2017) 
A domesticalização de animais se inicia cerca de 10.000 a 15.000 anos atrás, 
quando espécies de lobos já eram usados pelos Europeus e Asiáticos durante a caça 
de animas, nesse contexto essa domesticalização de animais se relaciona também 
com o desenvolviomento da humanidade. O ser humano muda sua posição e sua 
relação com a natureza, dominando a agricultura, durante todo esse processo existiu 
a seleção de alguns animais conforme visualizado na figura 01, que com passar do 
tempo foram sendo inseridos na sociedade e sua sobrevivência passa também a ser 
dependente do ser humano, o animal passa a desenvolver traços menos selvagens, 
diferentes de seus ancestrais. (BARRETO,2021) 
 
 FIGURA 01: Evolução histórica da domesticação dos animais 
 
 
FONTE: National Geographic, 2020. 
 
O autor ainda menciona cerca de 14 quatorze, animais que formam 
domesticados. Essa domesticação provocaram mudanças durante a evolução desses 
animais tais como, a minuição da agrecividade, aumento da fertilidade, aparência de 
novas cores e pelagem, dimunição do volume cerebral, alteração da voz, multações 
18 
 
 
genéticas e hormonais. Esss animais até hoje fornecem produtos primários (carne e 
ossos), como também produtos secundários (leite, transporte, força de trabalho, lã e 
esterco). 
De acordo com Ratliff, o processo de domesticação foi introduzido através de 
uma população inteira de animais, e através de gerações em convívio práximo aos 
humanos, desde então os animais foram perdendo seus extintos selvagens, o efeito 
da domesticação tem relação direta com o genes dos animais , pois eles se 
habituaram-se aos humanos antes do ser humano assumir a posição ativa no 
processo, isso ocorreu também de forma intencional pela humanidade. 
(RATLIFF,2020) 
De acordo com Oliveira, não é entendido completamente como foi o processo 
da domesticação dos cães, o que se entende é que com o surgimento da agricultura 
há 10 (dez) mil anos, a aproximação do ser humano e os canídeos aconteceu, a 
hipótese é a necessidade de ambos por alimento e segurança. 
 Os ancestrais do cachorro doméstico surgiu no oriente médio, com a presença 
de cães em túmulos humanos, assim fase do surgimento de cerca de 20% das raças
atuais, e que a maioria dos cachorros dividem mais traços genéticos com lobos do 
oriente médio om relação a qualquer outra população de lobos. Com o início da 
domesticação de cães pela homem a relação só foi se fortalecendo, no século XIX 
(Século 19), se tornou rotina a criação desses animais, assim aparecendo 80% das 
raças atuais, nesse período apareceu o conceito de raças puras. 
A partir da segunda guerra mundial, o conceitro de pedigree, ditava as 
características dos cães para determinada raça, esse conceito até hoje é utilizado. 
(OLIVEIRA,2015) 
Conforme mencionado por Mel, os Gatos entraram nas comunidades humanas 
no período neolítico, onde a agricultura e a utilização de graus ja eram realizadas, 
surgindo também a ameça de roedores nas lavouras, com isso os gatos selvagens 
foram atraidos por seu instinto para caçar, dessa forma os gatos ajudavam na expusão 
e eliminação desses roedores, assim os gatos começaram a participar e conviver com 
a comunidade humana. (MEL,2020) 
O gato em sociedade apareceu há 4.000 anos, no egito antigo, o chamado gato 
selvagem africano. O gato era utilizado contra roedores nas lavouras do egito, e com 
19 
 
 
isso ganhou um lar nas residências, sua população chegou a ser maior que a do povo 
egípcio. 
 No egito acreditava-se que os gatos precentiam chuvas e terremotos, eram 
considerados símbolos de proteção, eles chegaram a ser contrabandiados, por serem 
considerados valiosos, eram adorados, foram usados como referência para 
construção da grande esfingie de gizé, o gatos do egito utilizavam joias como símbolo 
de riqueza de seus donos, para eles foram construida uma cidade chamada Bubastes 
e um templo conhecido como Bastet, para o Deus gato. Quando o gato de um faraó 
falecia, ele também era mumificado e consagrado. Em vários lugares do mundo os 
gatos egipicios se cruzaram com outros gatos nativos, assim surgindo outras raças. 
 Na Europa no período de 1347 a 1353, com a o aparecimentro da doença 
chamada morte negra e peste bubonica, consequência da falta de higiene e do 
aparecimento de um número grande de ratos que transmitem a doença, foram 
responsáveis por, matar cerca de ¼ da população. Nesse pereíodso, o gato foi 
utilizado como forma de espantar e eliminar uma grande maioria desses ratos. Na 
idade média muitas crenças falsas apareceram de que os olhos dos gatos a noite 
ajudavam as bruxas, e de que o gato preto era a transformação do diabo, até hoje o 
gato preto é mal visto por conta dessa superstição. (FRANCO,2023). 
 
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA, PROTEÇÃO DO ANIMAL DOMÉSTICO 
 
A primeira lei específica para a proteção animal foi publicada na Irlanda em 
1635, que previa eliminar alguns hábitos comuns no campo que pudesem gerar 
sofrimento aos animais. Em 1641 Massachusetts, proíbe o uso de crueldade para 
animais nascidos e que são utilizados de alguma forma pelo ser humano. Entre 
1653 a 1659, várias regulamentações são realizadas no Reino Unido que proíbem 
o incentivo de brigas entre cães, galos e touros. (GARCIA,2021) 
Segundo Ostos, foi criada em Londres no ano de 1824 a associação Royal 
Society for the Prevention of Cruelty to Animals, para promover o bem-estar animal, 
uma entidade filantrópica, considerada a mais antiga e maior do mundo nesse 
seguimento. (OSTOS,2017) 
20 
 
 
No continente americano as ações efetivas foam iniciadas nos Estados Unidos, 
em 1967, levando em consideração os direitos básicos aos animais de estimação e 
sanções aos donos que as violassem . Em 13 de Novembro de 1987, foi publicada a 
Convenção Europeia para proteção de animais de estimação , nela foi proíbida várias 
práticas, como a mutilação de orelhas e caldas de cães e gatos, ainda determina que 
para atividades recreativas, os animais podem ser utilizados, desde que não 
envolvesse o sofrimento e riscos a saúde. Outra ação é a obrigatoriedade para os 
paises da Europa, a tomar medidas contra a superpopulação dos animais de rua. 
(GARCIA,2021) 
No Brasil, a primeira lei que estabelece medidas de proteção aos animais é o 
Decreto Nº 24.645/1934. De acorco com o próprio decreto é estipulado uma multa de 
20$000 a 500$000, e prisão de 2 a 15 dias para qualquer cidadão ou empresa que 
realizar maus tratos aos animais, abuso , manter animais em lugares anti-higiênicos, 
abandonar animais feridos ou doentes, não dar morte rápida para caso de 
necessidade, seja para consumo ou não, viajar com eles a pé sem conceder água e 
promover lutas entre animais . 
De acordo com Dias, a modernização da legislação para proteção dos animais 
se deve ao terceiro setor (ONG’s, trabalho sem fim lucrativo). 
Em 1983 com a criação da Liga de Prevenção da Crueldade contra o Animal 
(LPCA), o objetivo era modernizar as legislações a respeito dos maus tratos a fauna 
silvestre e aos animais. A liga trabalhou em conjunto com a mídia, autoridades e 
entidades ambientais. (DIAS,2002) 
Em 1984, com a reforma do Código Penal, a liga enfatizou ao conselho de 
política criminal através de uma proposta de inclusão no código a criminalização aos 
atentados aos animais, porém a proposta não pode ser aproveitada. 
Em 1989 a LPCA, elaborou um boletim com proposta de lei para criminalização 
de crimes contra animais, diretamente em Brasília e ao ministro da justiça. 
Em 1993, o código penal, foi novamente reformado por uma comissão e mais 
uma vez a proposta de Lei da LPCA foi entregue, em seguida os advogados 
ambientalistas entenderam que por se tratar de direitos ambientais, tais assuntos 
deveriam ser tratados como uma legislação própria. 
21 
 
 
Em 1996, foi encaminhada proposta para o desembargador Gilberto Passos de 
Freitas de inclusão de crimes contra animais, exóticos ou domésticos. Para enfatizar 
e conseguir a aprovação, a liga editou o livro "Liberticídio dos animais", de Edna 
Cardozo dias, onde crimes foram relatados com legendas e fotos, material distribuído 
aos juristas, deputados e senadores, dessa forma a votação foi realizada e também a 
aprovação da lei. A Lei Nº 9605, DE 12 fevereiro DE 1998, que dispõe de sanções 
penais e administrativas para ações consideradas lesivas ao meio ambiente, aos 
animais silvestres, nativos, domésticos ou exóticos mencionado no seu Art.32, já 
citada nesse conteúdo. 
Ainda sobre os avanços de proteção aos animais o projeto de Lei Nº 7291/2006, 
transita no senado a respeito da utilização de animais silvestres ou domésticos em 
espetáculos circenses. 
Conforme Blogpets, as discussões sobre a utilização de animais em circos 
começam a ser realizadas a partir dos anos 2000, vários estados brasileiros, já 
estabeleceram decretos para criminalização da pratica de utilização de animais em 
espetáculos em circos, conforme tabela 02 sendo o estado de Pernambuco a tomar a 
iniciativa. (BLOGPETS,2022). 
 
 TABELA 02: Leis estaduais apresentações de animais em circos 
 
FONTE: BRASIL, adaptado pelo autor 
 
 
 
 
 
Estado Nº Lei estadual 
Alagoas LEI N° 7173 de 07 de julho de 2010.
Espirito Santo LEI N°9399 de 21 de janeiro de 2005.
Goiás LEI 18793, de 12 de janeiro de 2015.
Minas Gerais LEI N°1159 de 07 de janeiro de 2014.
Paraná LEI N°16667 de 07 de julho de 2010.
Pernambuco LEI N° 377 de 2000.
Rio de Janeiro LEI 3714 de 21 de novembro de 2001. 
Rio Grande do Sul LEI 12994 de 24 de junho de 2008.
Santa Catarina LEI N° 17081 de 12 de janeiro de 2017 
São Paulo LEI N°14014 de 07 de junho de 2005.
22 
 
 
2 CONCEITO TEÓRICO 
 
Segundo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis (IBAMA), em sua portaria N°93 de 07 de Julho de 1998, Art. 2 III, define 
animal doméstico como: 
Art. 2º, III - Todos aqueles animais que através de processos tradicionais e 
sistematizados de manejo e/ou melhoramento zootécnico tornaram-se 
domésticas, apresentando características biológicas e comportamentais em 
estreita dependência do homem,
podendo apresentar fenótipo variável, 
diferente da espécie silvestre que os originou. 
(IBAMA, 1998) 
 
Nessa mesma portaria em seu anexo I, é mencionada uma lista com cerca de 
50 animais considerados domesticos, menciona ainda em seu artigo 13 que, para 
animais mencionados no anexo I, nãoé necessária a autorização da autarquia 
ambiental, para sua posse, entre esses animais estão cães e gatos. 
Conforme a Declaração Universal do direitos do animais , de 27 de Janeiro de 
1978, todo animal deve ser respeitado, tem o direito de ter a atenção, cuidado e 
proteção do homem. A declação ainda menciona que todo animal não deve ser 
submetido a maus tratos, terá direito a sua preservação de vida, conforme sua 
longividade natural. 
Levando em consideração o Código Civil Brasileiro, os animais domésticos são 
bens móveis de movimentos autônomos, considerados semoventes, ou seja que 
andam e se movem por si mesmo. Os animais pertecem aos seus donos, que quando 
não mais satisfeitos os abandonam , podendo assim serem apropriados. Desse modo 
os animais não são vistos como sujeitos de direitos de fato, o meio ambiente tem a 
prerrogativa de defender e protejer esses animais. Considerando-se os principios da 
proteção jurídica dos animais, seus interesses não devem ser negligenciados, mesmo 
que traga benefícios para a humanidade. Eles Devem ter o direito a vida, desde de o 
seu nascimento até a morte, com garantia de proteção e qualidade de vida. As praticas 
de maus tratos, abandono , crueldade e sofrimento devem ser impedidos, por a eles 
podem acarretar problemas de ordem comportamental e psicológica. Outro principio 
é a obrigatoriedade da intervenção do poder público, que por sua vez tem a 
responsabilidade de prestar contas quanto ao uso dos bens comuns da pupulação, 
incluíndo partes integradas ao meio ambiente. (MURARO,2015) 
23 
 
 
Em entrevista em 2018 para ao Universo online (UOL), Luisa Mell, aborda 
muitos pontos sobre sua jornada em defesa dos animais. Luisa é fundadora do 
Instituito Luisa Mell, que desde 2015, atua com resgate de animais feridos e em 
situação de risco, a mesma enfatiza a sua causa: 
 
“Vivemos em um mundo onde os animais são escravos, são vistos como 
objetos com os quais se pode fazer qualquer coisa. Eles são massacrados 
em nome do entretenimento, da comida, da indústria de vestuário, médica, 
de cosméticos ...” 
 
“Sou a ativista [de defesa animal] mais famosa do país. Para o bem e para o 
mal. Recebo aplausos por algo que muito mais gente realizou, mas também 
fica nas minhas costas quando querem apedrejar, perseguir, processar ...” 
 
“É muito difícil ser ativista, porque você enxerga o mundo de maneira 
totalmente diferente. Para as pessoas eu sou a chata, sou a louca. Mas o 
mundo muda muito lentamente para o ativista: quem sofre [os animais] tem 
pressa...” 
 
(UOL,2018) 
 
 
De acordo com a intrevista , Luisa Mell, leva um estilo de vida em pró aos 
animais abandonados, segue uma dieta vegana desde 2013. Escritora de sua 
autobiografia “como os animais salvaram minha vida”, publicado pela editora Globo 
livros em 07 de fevereiro de 2018, menciona em sua entrevista que se vê uma mulher 
firme e que usa todas as oportunidades para defender a causa na qual acredita, sua 
ação é totalmente voluntária, ela e toda diretoria não recebem valor algum pelo 
trabalho realizado no seu Instituito, menciona ainda que o instituto não recebeu o seu 
nome de batismo e sim seu nome artístico. Luisa aproveitou a oportunidade para 
divulgar seu trabalho e ajudar os animas, através do seu programa de TV (Late show), 
apresentado pela emissora Rede TV, no período entre 2002 a 2008, que inicialmente 
iria abordar a relação do homem e os animais, mais não previa que forma enfática 
iria chamar a atenção para os maus tratos que eram realizados aos cães e gatos. 
Sobre a possibilidade de se candidatar no meio político, ela menciona que seu 
trabalho é mais eficiente de fora, cobrando. 
De acorco com Petz, em 14 de março é comemorado o dia nacional do animal 
de estimação, sendo mais que uma homenagem, mas também para lembrar o donos 
a respeito da responsabilidade de ser proprietário de um PET, também é o dia oficial 
de São Francisco de Assis, que no catolicismo é considerado o defensor dos animais 
24 
 
 
e da natureza. Nesse dia também são realizadas ações em muitos estados para 
concentização dos donos de animais, campanhas de adoção, vacinação e castração 
de cães e gatos.( PETZ,2022) 
Conforme mencionado por Brotto, os animais de estimação podem ter 
influência na vidas das pessoas, existem terapias onde os animais são usados para 
levar conforto e carinho. Os animais e tem a capacidade de cuidar, com isso essa 
conviência é benefíca e também de forma recíproca para pessoas enfermas. Os 
PET’s são capazes de amenizar o sofrimento do isolamento social, para casos de 
pacientes que sofrem com depressão, pois são uma excelente compania. Os animais 
de estimação geram autoestima, pois estimulam o sistema límbio do cérebro, eles não 
jugam o comportamento do seu dono, isso se torna eficaz no tratamento individual. É 
comprovado que passar um tempo por dia com o PET, substitui um tratamento a base 
de medicações. A rotina de levar o animal para passear, gera uma vida social mais 
prazerosa. O dono tem um compromisso em relação ao animal, já que ele se torna 
dependente , através da rotina diária, alimentação e demais tratamentos, gerando o 
senso de cuidado e responsabilidade com o outro. O convivio com os animais estimula 
vitalidade, ajudando o fortalecimento do sistema imunológico, ideal para crianças e 
idosos.(BROTTO,2019) 
De acorco com Souza, o mundo sob domínio do ser humano vem sendo lugar 
de sofrimento aos animais, isso aumentou com a industrialização , pesca e 
agropecuária. Diariamente os animais são submetidos a inumeras violências, são 
obrigados a colaborar na produção de mercadoreias diversas, experiências cientificas, 
participam de vaquejadas e touradas, os quadrupedes puxam carroças e trenos, ou 
seja vivem em uma servidão que não conseguem sair sozinhos. Eles não tem direito 
nesse mundo que vivem, mas merecem esse direito que não é assegurado pelas leis 
dos humanos. Os animais não humanos merecem o direito de proteção contra 
exploração e violência, mais ainda direitro a, liberdade, integridade física e 
psicológica, socialização em família para os animais que vivem em bando, e o não 
tratamento como propriedade de alguém. Todos os animais, vertebrados ou 
invertebrados sentem dor, manifestam sentimentoss e sofrimento. Um cachorro por 
exemplo grita ao ser agredido e sofre de tristeza, caso seja isolado. A dor não humana 
25 
 
 
dos animais são semelhantes ao do ser humanos, a diferença é que apenas humanos 
conseguem expressar verbalmente tal dor.(SOUZA, 2017) 
De acordo com Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em um 
encontro realizado na própria universidade em agosto de 2013, o filósofo, humanista 
do ano em 2004, Peter Singer, reconhecido mundialmente e atual professor na 
Universidade de Princeton, Nova Jersey – EUA, grande defensor e grande apoiador 
da causa da libertação dos animais, menciona que os animais tem interesse, e isso é 
muito claro, pois eles sentem dor, eles sofrem, esses interessem também são 
semelhantes aos dos seres humanos. 
Conforme mencionado por Machado, entre o período de 1973 a 2008, em 
várias regiões do Brasil, eram utilizados veículos pelos Centros de Controle de 
Zoonoses, as chamadas “carrocinhas de cães”, um veículo utilitário equipados com 
celas, para captura de animais em especial, cães e gatos, e que por ventura 
estivessem perambulando sem donos pelas ruas da cidade de São Paulo, eram 
capturados e levados aos centros de controles, Figura 2, onde esperavam seus donos 
por 03 dias. Os donos pagavam uma multa e assim retirava o seu PET, caso contrário 
era realizada a eutánasia
( levar o animal a óbito, com menos dor e estresse), afim de 
realizar o controle populacional e a transmissão de doeças.(MACHADO,2021) 
 
 FIGURA 2– Captura de cachorro, pelo centro de controle de Zoonoses 
 
FONTE: EVAJUSP – 2021 
 
 
Segundo a Orlandi, a União Internacional protetora dos animais, insurgiu-se 
contra a matança sistematica realizada para o controle de Zoonoses, com 
fundamentos e dados técnicos e nos princípios que regem a administração pública, a 
união através de sua presidente Vanice Teixeira Orlandi, elaborou uma tese, assim 
26 
 
 
questionar e coabir a prática utilizada em vários municípios. Em 2007 foi redigido pela 
presidente da união o texto do primeiro projeto de lei que proibe a matança de cães e 
gatos, texto convertido na lei Estatual paulista Nº 12.916/2008, (dispõe sobre o 
controle de reprodução de cães e gatos e das providêncioas correlatas), lei essa 
vigente atualmente. (ORLANDI,2021) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
3 MORFOLOGIA 
Conforme o ministério da saúde através do seu manuel Normas Técnicas para 
Estruturas Físicas de Unidades de Vigilância de Zoonoses de 2017, esse tipo unidade 
deve ser inserida, onde está disponível o abastecimento de água, luz, instalação 
telefônica, dispor de rede de esgoto, deve estar localizado longe de mananciais ou 
área com inundações, que possuem lençol freático profundo, garantir o acesso de 
caminhões de médio porte, de fácil acesso aos usuários localizando-se perto de vias 
públicas em condições de uso, longe de área densamente povoada e dessa forma 
diminuir incômodos à vizinhança e distantes de fontes de poluição sonora. 
Em seu material de diretrizes para projetos físicos de unidade de controle de 
zoonoses e fatores biológicos de risco de 2003, a Fundação nacional de Saúde 
(FUNASA), em seu capitulo 7, menciona que para construções com essas finalidades, 
deve permitir ventilação e iluminação naturais, seus blocos devem ser separados com 
pelo menos 10 metros de distância, o terreno deve ser murado com muro de pelo 
menos 02 metros de altura, e assim evitar fuga dos animais, os acessos devem 
garantir o controle de saída e entrada de animais e a otimização operacional tanto 
técnicos como administrativos. 
Evitar múltiplos acessos, recomendando-se a utilização de apenas 02 acessos, 
o acesso principal para o corpo técnico e administrativo, visitantes e outro para o 
abastecimento da unidade, entrada de animais recém-chegados e saída de carcaças 
de animais. 
A poluição sonora também deve ser evitada há matérias que são apropriados 
para reduzir a passagem dos ruídos. 
Recomenda-se também que todas as áreas de circulação de animais, 
apresente largura igual ou superior a 1,80metros. 
Referente a quantidade de animais o Fórum Nacional de Proteção e Defesa 
Animal (FNPA), menciona que é importante o planejamento da quantidade de animais 
que serão admitidos e mantidos no abrigo, levando em consideração principalmente 
o espaço disponível, conforme verificado nas Tabelas 03 e 04, sendo seu 
dimensionamento distintos para cães e gatos. 
A quantidade máxima de animais que o abrigo pode comportar, não se conclui, 
já que é definido pelo espaço disponível. 
28 
 
 
É necessário também prevê espaço para os animais recém-admitidos, 
mantidos em quarentena, para que sejam avaliados, cães devem ser mantidos, no 
mínimo 10 dias e gatos 14 dias, assim não transmitem doenças aos animais já 
tratados e prontos para doação. 
 
 TABELA 03: Cálculo quantidade de cães que o abrigo deve comportar 
 
 FONTE: FNPA,2018 
 
 
No exemplo da tabela acima, pode-se verificar o cálculo que foi utilizado para 
garantir a quantidade de cães de acordo com o dimensionamento do abrigo, 
dessa forma é necessário dividir a área total destinada ao alojamento dos animais 
pela área mínima necessária para cada animal. 
 
 TABELA 04: Cálculo quantidade de gatos que o abrigo deve comportar 
 
FONTE: FNPA,2018 
 
Na tabela acima, verifica-se que para área dos gatos são necessários 02 
metros quadrados para cada gatil, no exemplo 30metros quadrados é capaz de 
abrigar 15 gatos. 
Em seu material técnico a Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal 
(FNPA), ainda estabelece dimensões mínimas para os abrigos individuais e coletivos 
de cães e gatos, a serem utilizados dentro dos abrigos, conforme estudado na tabela 
05. Os espaços devem garantir o bem-estar e prevenir fungas, estresse, doenças e 
brigas. 
 
29 
 
 
TABELA 05: Recomendação dos espaços a serem construidos para abrigo de cães e gatos 
 
FONTE: FNPA / Adptado pelo autor. 
 
 Relativo às instalações dos estabelecimentos veterinários em seu capitulo II, 
estabelece diretrizes técnicas, com exigências para o funcionamento de 
estabelecimentos veterinários, determinando as condições mínimas de instalações. 
Dessa forma foi necessário o seu estudo e com isso a elaboração apresentada través 
do levantamento conforme tabela 06, referente a forma apropriada da aplicação dos 
ambientes a serem inseridos, as especificações, e condições mínimas para o 
funcionamento desse tipo de edificação. Nenhum estabelecimento veterinário poderá 
funcionar sem a presença do profissional médico veterinário no momento de 
atendimento. (BRASIL,1995) 
 
 TABELA 06: Instalações mínimas para o funcionamento de um hospital veterinário 
 
ANIMAL USO RECOMENDAÇÃO TÉCNICA OBSERVAÇÕES
INDIVIDUAL 
2 metros quadrados, com cobertura ,
espaço para vasilhas de alimentos e
água, temperatura mínima de 10º a 26º
, ter área coberta para descanso com
iluminação e ventilação, área aberta
para banho de sol com no mínimo 2,5 a 
3,5 metros quadrados.
Deve ser usado preferencialmente 
em caso de fêmeas em estado de 
gestação/ animais com 
comportamento agressivo/ animais 
feridos/ animais com doenças infcto-
contagiosas. 
COLETIVO 
Dispor de área coberta, área aberta
para banho de sol, número de camas e
vasilhas de comida e água, deve
corresponder a quantidade de animais, 
o espaço mínimo requerido é o mesmo
utilizado para o individual.
Uso dos animais saudaveis / 
separar os animais por sexo 
INDIVIDUAL 
A área fechada mais a área aberta
deve ser de no mínimo 2,2metros
quadrados/ abertura voltada para
frente / espaço para vasilhas de água e 
alimento/ área fechada deve ter
acesso permanete a área aberta/
quando os gatis estiverem
posicionados de frente um para o
outro, devem ser separados por no
mínimo 02 metros.
Deve ser usado preferencialmente 
em caso de fêmeas em estado de 
gestação/ animais com 
comportamento agressivo/ animais 
feridos/ animais com doenças infcto-
contagiosas. 
COLETIVO 
As mesmas dimenções do indiviual
pérmanece no coletrivo, assim como a
infraestrutura/ temperatura mínima de
10º a 26º/ 
Uso dos animais saudaveis / 
separar os animais por sexo 
CÃO 
GATO
Obs: Os abrigos de cães devem ser separados visual e acusticamente dos abrigos para gatos
AMBIENTE DIMENÇÕES E ESPECIFICAÇÕES 
Recepção e espera
Acesso direto do exterior/ área mínima de 10m²/ plano horizontal 
não inferior a 2,5m²/ piso deve ser liso, impermeável e resistente, 
paredes impermeabilizadas até uma altura de 2M.
Sala de consulta/ atendimento 
Acesso direto pela sala de espera / área mínima de 6,00m² / 
plano horizontal não inferior a 2m²/ piso deve ser liso, 
impermeável e resistente/ paredes impermeabilizadas até uma 
altura de 2M.
EXIGENCIAS DAS INSTALAÇÕES, E PARTES DOS ESTABELECIMENTOS VETERINÁRIOS 
30 
 
 
 
FONTE: DECRETO Nº40.400 de Outubro de 1995, adaptado pelo autor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sala de cirurgia
Área deve ser compatíverl com o tamanho do animal, e nunca 
inferior a 10m²/ menor dimensão no plano horizontal de 2m²/ piso 
deve ser liso, impermeável e resistente/ paredes 
impermeabilizadas até uma altura de 2M/ o forro deve ser de um 
material
que permita limpeza/ janelas devem ser revestidas de 
telas/ acesso através de antecâmera.
Antecâmera
aréa mínima de 4m²/ plano horizontal não inferior a 2m²/ piso 
deve ser liso, impermeável e resistente/ paredes 
impermeabilizadas até uma altura de 2M/ conterá pia e poderá 
ter armários.
Sala esterelização 
piso deve ser liso, impermeável e resistente/ paredes devem ser 
impermeabilizadas até o teto/ área mínima de 6m²/ menor 
dimensão no plano horizontal de 2m²/ 
Sala para coletas 
área mínima de 4m²/ plano horizontal não inferior a 2m²/ pisos e 
paredes impermeabilizados.
Sala de radiografias 
dimensão compatível com o animal/ especificações e proteção 
ambiental deve obedecer a legislação vigente para radiações. 
Sala para banho e tosa
área mínima de 2m²/ piso impermeabilizado/ paredes 
impermeabilizadas até uma altura de 2M/ escoamento d'água 
ligadas diretamente com rede de esgoto/ área mínima 2m².
Abrigo para resíduos sólidos 
dimencionado para conter o armazanamento de três dias de 
geração/ paredes e piso de material impermeabilizados/ área 
mínima de 1m²/ dispositivos que impeçam a entrada de insetos e 
roedores/ uso de exalador de odores/ sua localização deve ser 
fora do prédio principal/ resíduos infectantes deverá sere feito em 
separação dos resíduos comuns. 
Esterqueira (armazenamento de 
fezes geradas) 
deverá ser totalemnte fechado/ dispositivos que impeçam a 
entrada de insetos e roedores/ uso de exalador de odores
31 
 
 
3.1 ESTUDO DE APLICABILIDADE 
É fez necessário o estudo de locais já existentes com a mesma finalidade para 
buscar entendimento dos seus espaços e funcionalidade, afim de garantir a melhor 
aplicabilidade do projeto proposto. 
 
3.1.1 Centro de controle de zoonoses, adoção de cães e gatos 
Localizado no bairro de Santa em São Paulo, o Centro de Controle de zoonoses 
(CCZ-SP), a unidade conta com um ambiente moderno e ecologicamente sustentável, 
através de um sistema de captação ecológica de água da chuva usados para lavagens 
e irrigação, possui ótima ventilação e iluminação natural. (SACOMANI,2016) 
 
 FIGURA 3– Recepção do centro 
 
 FONTE: jornalspnorte,2016 
 
O espaço conta com uma área de 1.000m², incluindo uma sala de 
procedimentos cirúrgicos, visualizado na figura 03. 
 
 FIGURA 4– Sala para procedimentos cirúrgicos 
 
 FONTE: jornalspnorte,2016 
 
32 
 
 
A capacidade é para 350 animais, sendo eles, 30 canis e 24 gatis, baias mais 
interativas e mais arejadas, conforme visualizado na Figura 06. Essa unidade também 
conta com sala de RX, auditório e espaço para banho e tosa. (SACOMANI,2016) 
 
 FIGURA 5– Área gatis 
 
FONTE: Veja - SP, 2017 
 
 
Esses espaços possuem áreas de solários e com proteção, evitando a fuga dos 
animais. 
 
3.1.2 Abrigo para cães e gatos 
 
Inaugurado em julho de 2022, o abrigo municipal Luciana Laura Tereza Oliveira 
Catana de presidente prudente SP, o espaço e destinado para abrigo temporário para 
cães abandonados e vítimas de maus tratos, em seguida serão encaminhados para 
doação. 
 FIGURA 6– Vista do abrigo 
 
 FONTE: SBT repórter, 2022 
 
33 
 
 
 O abrigo conta com canil figura 06, recepção, sala de procedimentos, sala de 
internação, consultórios, banho e tosa, farmácia e com capacidade de receber até 250 
animais. (SBT REPÓRTER,2022). 
 
FIGURA 7– Canil 
 
FONTE: SBT repórter, 2022 
 
 
3.1.3. Modelo canil Bruno Tauz 
 
O arquiteto Bruno Tauz, elaborou um projeto modelo para construção de um 
canil, em seu estudo de 2015, é necessário entender esse estudo afim de buscar 
recursos para elaboração do trabalho proposto. 
Conforme modelo de Bruno, o sol é um elemento muito importante, ele é um 
esterilizador ambiental e age na prevenção de doenças. O projeto deve prever 
proteção térmica contra o calor e o frio, sem esquecer da ventilação natural, e todos 
ambientes com todos os elementos necessários, sala de atendimento, banho e tosa, 
cuidados veterinários, local para isolamento e piscina. O canil vai abrigar animais de 
pequeno, médio e grande porte, porém as entradas de acesso devem ser de utilização 
também para pessoas, isso porque, elas vão realizar as manutenções necessários no 
espaço em que os cães vão habitar. 
Levando em consideração os móveis, a cama deve ser de madeira e dura, o 
material mais indicado é o ipê. O sistema hidráulico deve ser parecido com de um 
condomínio, aconselhável a instalação de um bebedouro automático, dessa forma 
sempre levando água fresca, o bebedouro automático ou não, deve estar instalado 
pelo lado de fora e fixo, caso o animal brinque com água não possa molhar o seu 
34 
 
 
dormitório e não consiga destruir o equipamento. O sistema sanitário deve ser prático, 
afim de facilitar a limpeza do local. (Bruno,2015) 
Como visto na figura 08, ao lavar o local, todos os dejetos são varridos para 
fora do canil por uma fresta de 6cm sobre o pré-moldado, ao longo de todo o solário, 
a vala fica sobre a grelha, correndo sobre todos os canis, com inclinação de 10%, 
transportando assim os dejetos. 
 
FIGURA 8– Corte longitudinal canil 
 
FONTE: Bruno Tauz, 2015 
 
Para garantir o conforto térmico os abrigos devem ser construídos de tijolos de 
barros, revertidos com massa de cimento e areia ou pisos. O teto deve ser de laje, 
com telhado de madeira, com um colchão de ar entre a laje e a telha. 
O Abrigo deve ser dimensionado de uma forma que os animais não se vejam, 
não podem ser separados por telas ou grades, assim evitar atritos, dessa forma ajuda 
no silêncio dos ambientes. A utilização de piscina é opcional, mas um fator importante, 
o animal que aprende a nadar quando filhote certamente pode sobrevier a essas 
condições futuramente, além de exercitar todos os músculos, o formato da piscina 
ideal é a redonda, o animal nada em círculos de um lado para o outro. 
 
3.1.4 Abrigos e função social 
 
Conforme Gregor, coordenadora da Fórum nacional de proteção animal, 
(FNPA) suprir as necessidades de um abrigo, requer muito planejamento e 
comprometimento. 
35 
 
 
Após sua construção existem muitos custos de manutenção envolvidos, 
restando pouca verba para ações humanitárias e atividades de lobby (atividade 
organizada dentro da lei e ética dentro de um grupo de interesse, com objetivo de ser 
ouvido pelo poder público), agindo para mudança da legislação. 
Os abrigos podem ficam superlotados rapidamente, assim recusando outros 
animais que necessitam de cuidado. Existe muito trabalho realizado pela equipe de 
profissionais e voluntários, o cuidado é contínuo. Para melhor rotatividade o abrigo 
deve planejar ações e programas de adoção permanente, e assim os animais terem 
uma chance de viver com uma família. Os fatores de abandono, sofrimento, maus 
tratos, causam transtornos psicológicos, ansiedade e insegurança, achar um novo lar 
seguros para eles é primordial. O abrigo deve ser multiplicador dos conceitos do bem-
estar animal, e das ações para controle populacional de cães e gatos, conhecer as 
políticas públicas, Das parcerias voltadas para o desenvolvimento do melhor 
tratamento desses animais na sociedade. (GREGOR,2018) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
4 ESTUDO DE CASO 
4.1 ABRIGO DE ANIMAIS PALM SPRINGS, ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA 
4.1.1 Ficha técnica: 
 
Escritório: Swatt | Miers Arquitetos 
Localização: Palm Springs, California. 
Endereço: 4575 E Mesquite Ave, Palm Springs, CA 92264, US. 
Ano do Projeto: 2011 
Área construída: 21.000m² 
Uso: Entidade sem Fins lucrativos 
Proprietário do Edifício: Escritório de Engenharia da Cidade de Los Angeles 
Equipe de Desing: George Miers, AIA, Projetista/Diretor Responsável; Tim Hotz, 
AIA, Capitão de Emprego, Aaron
Harte, AIA, LEED AP, Administrador de 
Construção; Maureen Cornwell, Designer de Interiores. 
Software utilizado: AutoCAD e Google Sketchup 
 
 FIGURA 9– Fachada projeto Palm Springs 
 
FONTE: Archdaily,2012 
37 
 
 
Localizado na cidade de Palm Sprins, no estado norte-americano da Califórnia, 
o Palm Springs Animal Shelter é uma organização sem fins lucrativos que abriga cães 
e gatos da cidade, oferece programas voltados para o bem estar animal e capacitação 
aos donos de animais de estimação. Conforme mencionado pelo abrigo a missão é 
transformar vidas por meios de cuidados extraordinários aos animais, inspirando 
compaixão e relacionamento positivo entre a comunidade e os animais, através de 
ações diretas e educação humanitária. A história do abrigo se inicia em 1961, era 
formado por outra estrutura inicial, mas desde 1996 o friends of the palm springs 
Animal shelter, outra organização voltada para o mesmo fim, tem ajudado o abrigo 
Palm Springs com necessidades operacionais. 
 Desde 1961 o abrigo original não atendia a necessidade estrutural em relação 
a demanda de animais locais, e em 2009 a cidade colocou R$5 milhões de dólares 
para o projeto de melhoria do abrigo para servir de modelo para o sul da Califórnia. 
Logo em sua licitação foi identificado que o custo estimado para sua estruturação seria 
de R$7 milhões de dólares, assim a Friends of the palm sprins Animal, se encarregou 
de levantar os fundos faltantes e em 07 de Julho de 2010 se iniciou a construção do 
novo abrigo. Em 01 de Novembro de 2012, a cidade e a organização de apoio Friends 
of the palm sprins Animal, assumiram um acordo ficando a organização a ser 
responsável pela operação do abrigo, assim o abrigo se compromete a ser um centro 
de adoção e cuidado, que não sacrifica, por espaço e tempo de permanência. O 
serviço conta com ações voluntárias, adoções e o apoio comunitário. Como 
demostrado na tabela 07, ela tem papel importante com ações significativas para a 
relação entre comunidade e o bem estar animal. (ARCHDAILY,2012) 
 
TABELA 07- Dados quantitativos da Palm Springs 
 
 FONTE: O autor,2023 com base nas informações disponível no site do abrigo. 
ANO
Quantidade -Controle de 
animais / Controle no abrigo TAXA DE LRR 
2022 189/ 100 89,60%
2021 147/73 94,40%
2020 190/68 92,60%
Média 175,33 / 80,33 92,20%
*LRR é um parâmetro significativo para indicar o
progresso de uma comunidade para melhorar os
resultados de seus animais. LRR é calculado dividindo o
número de animais que entram vivos no PSAS menos
aqueles que morrem ou são eutanasiados (ou perdidos),
pelo número total de animais vivos recebidos.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Calif%C3%B3rnia
38 
 
 
Referente as suas características construtivas o abrigo conta com diferenciais 
importantes, motivo esse pela qual é certificada pela Liderança em Energia e Design 
Ambiental (LEED). 
De acordo com Marcondes, a certificação é considerada global, e com 
classificações para edifícios ambientalmente sustentáveis, sendo reconhecida 
como padrão líder para esse tipo de construções, ela avalia os edifícios em 8 (oito) 
categorias a eficiência hídrica, energia e Atmosfera, inovação, processo Integrativo, 
prioridade regional, qualidade do ambiente Interno, materiais e recursos, localização 
e transporte e terrenos sustentáveis, existem diferentes maneiras para obtenção de 
pontos em cada área descrita. 
O abrigo é certificado como LEED prateada, sua estrutura conta com uma 
forma especial no tratamento de água, sendo esse primordial por se tratar do ambiente 
em que o projeto está inserido, é fornecida através do tratamento da água do esgoto, 
possui arranjo de drenagem, elimina a água parada em drenos, assim evitando odor, 
sendo controlados de descarga de energia. 
A inserção de um sistema fotovoltaico para lidar com 30% das cargas 
energéticas, usando a área de telhado disponível podendo ser ampliado futuramente. 
As áreas dos animais são higienizadas pelo menos duas vezes ao dia, pisos e paredes 
são revestidos por resina epóxi. (MARCONDES,2023) 
Conforme Decorfacil, esse material é conhecido como poliepóxido, um tipo de 
plástico, que quando entra em contato com um agente catalizador, endurece e se 
torna uma superfície rígida, utilizado para diversos fins, como produção de 
embalagem, manutenção industrial, produção de bijuterias e também está disponível 
para aplicação em pisos. Conta com uma série de benefícios já que, pode ser aplicada 
diretamente sobre outros pisos já instalados, não gera sujeira em sua aplicação, 
esteticamente favorável, facilita a limpeza, resistente e durável, conta com diversas 
cores e é impermeável. As implicações da utilização desse tipo de material é a 
facilidade para manchar e riscar, em lugares com muito tráfego é exigida uma 
manutenção recorrente, o custo também pode ser um dificultador, podendo custar de 
R$ 145,00 a R$ 250,00 reais por m2. Levando em consideração o projeto a ser 
executado a equipe considerou sua aplicabilidade no abrigo Palm Springs, conforme 
visualizado na figura 10. (DECORFIL,2022) 
39 
 
 
 
 FIGURA 10– Aplicação resina epóxi projeto Palm Springs 
 
FONTE: Archdaily,2012 
 
O teto da edificação é acústico e não absorventes, utilização também de caixas 
de aço inoxidável, resistente a corrosão, esse tipo de aço apresenta alta resistência e 
possui propriedades físico-químicas, maiores que a do aço comum. 
 O projeto conta com um programa de necessidades específico, sendo os 
ambientes principais, figura 11, e distribuídos em todo o complexo, conforme 
descrição tabela 8 
 TABELA 8– Programa de necessidades Palm Springs 
 
 FONTE: Archdaily,2012, adaptado pelo autor 
 
 
Programa de necessidades abrigo Palm Springs
Canil interno
Pátio com jardim, equipado com sistemas de
ventilação 
 Estruturas de sombra de tecido 
Salas comunitárias para gatos
Áreas de socialização interna/ Externa 
Áreas de trabalho seguras, para controle de animais 
Sala de treinamento para uso educacional e noturno 
Clínica totalmente equipada para procedimentos
médicos internos
Uma sala de multiuso orientada para comunidade.
40 
 
 
 FIGURA 11 – Planta de Implantação projeto Palm Springs 
 
FONTE: Archdaily,2012 – Adaptado pelo autor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
4.2 ABRIGO DE ANIMAIS E CREMATÓRIO PET LOMMEL 
4.2.1 Ficha técnica: 
 
Escritório: Swatt | Miers Arquitetos 
Localização: Maatheide 74 Lommel / Bélgica 
Endereço: 4575 E Mesquite Ave, Palm Springs, CA 92264, US. 
Ano do Projeto: 2015 – 2017 
Área construída: 1.000m² 
Uso: Edifício público 
Proprietário do Edifício: Câmara municipal de Lommel, em cooperação do governo 
de Limburgo 
Outros participantes: Studiebureau Macobo, Boydens engenharia. 
 
FIGURA 12– Fachada abrigo de animais Pet Lommel 
 
FONTE: Archdaily,2021 
 
 
42 
 
 
Localizado em uma área industrial o edifício possui dois blocos, uma para 
abrigos para cães e gatos e outro usado para crematório de animais de estimação. 
Conforme imagem 10, observa-se que o abrigo está inserido planeado, ao longo da 
estrada Maatheide, que liga a área industrial e uma reserva natural Hondenlos, que 
fica atrás dele. 
FIGURA 13– Implantação do abrigo Lommel 
 
FONTE: Google Maps, acesso em junho,2023 – Adaptado pelo autor 
 
 
Os materiais utilizados para construção são basicamente formados por 
concreto, chapa de aço e vidro, suas aberturas são altas e largas, conforme 
visualizado na figura 12, privilegiado assim a iluminação natural. Tanto interna como 
externamente foi utilizada cores claras e com seus materiais aparentes, além disso o 
edifício conta com tanques que captam
as águas da chuva, sendo esse reservatório 
utilizado para higienização de algumas áreas, como áreas externas e dos Animais. 
 
 
 
 
 
43 
 
 
FIGURA 14–Vista fachada principal, abrigo de animais Pet Lommel 
 
FONTE: Archdaily,2021 
 
A área para abrigo dos animais, visualizada na figura 13, é amplo e arejado, e 
com um espaço interno os animais podem correr e brincar e assim garantindo o bem 
estar dos animais. De um lado estão os abrigos e do outro estão as salas para 
atendimento, área médica e depósitos. 
 
FIGURA 15–Vista abrigo de animais Pet Lommel 
 
FONTE: Archdaily,2021 
 
 
 
 
44 
 
 
4.3 CENTRO DE CUIDADOS COM ANIMAIS DE STATEN ISLAND/ GARRISON 
ARCHITECTS 
4.3.1 Ficha técnica: 
 
Escritório: Garrison Architects 
Localização: Staten Island 
Endereço: Staten Island, New York, Estados Unidos 
Ano do Projeto: 2022 
Área construída: 511m² 
Uso: Edifício público 
Equipe: Garrison Architects 
 
FIGURA 16–Fachada Centro de cuidados com animais de Staten Island 
 
FONTE: Archdaily,2023 
 
 
https://www.archdaily.com.br/br/office/garrison-architects?ad_name=project-specs&ad_medium=single
45 
 
 
Projetado para abrigar animais em espera para adoção o centro Statend Island, 
os animas estão alojados em torno do perímetro do edifício, e os escritórios e áreas 
funcionais estão localizados em seu interior. O edifício é revestido por uma casca de 
policarbonato translúcido isolante, deixando a estrutura mais leve e cheia de luz 
natural, a noite o edifício se torna mais iluminado, se destacando no bairro escuro. 
Segundo o fornecedor Serralheiro (2020), o policarbonato, não só substitui o 
vidro como possui resistência mecânica e leveza, 250 vezes mais resistente que o 
vidro canelado, esse material é um termoplástico, ecologicamente correto, reduzindo 
o uso de energia elétrica, se mantem intacto, pode ser utilizado como um transmissor 
de luz e projete o ambiente contra os raios ultravioleta. 
Dessa forma a luz entra por todas as partes através de um clerestório (parte 
superior constituído de janelas) recuado, garantindo uma ventilação natural, conforme 
visualizado na figura 17, o ar não é reciclado por ventilação, sendo a energia térmica 
mantida por exaustão. 
 
FIGURA 17–Iluminação e ventilação cruzadas do abrigo Staten Island 
 
 
FONTE: Archdaily,2023 
 
 
Projetado para um alto desempenho, e com uso de matérias recicláveis, foram 
utilizados materiais que resistem por muito mais tempo, assim garantindo o mínimo 
de manutenção e a longo prazo. O edifício também conta com um sistema de 
recuperação de água. 
46 
 
 
Na figura 18, pode-se observar que os dimensionamentos dos ambientes como 
administração e áreas de apoio, foram inseridos mais para o interior do edifício, 
enquanto, as áreas de abrigo dos animais estão inseridas ao entorno virados para o 
lado de fora, e de forma alinhada formando corredores de mostras de animais, para 
visualização das pessoas que passarem externamente pelo abrigo, criando uma 
fachada animada com a visualização dos próprios animais. 
 
FIGURA 18–Áreas internas do abrigo Staten Island 
 
FONTE: Archdaily,2023 – Adaptado pelo autor 
 
 
 
 
47 
 
 
5 ESTUDO DE VIABILIDADE, ANÁLISE URBANA 
O projeto será implantado em um terreno de 28.00028.000 m2 localizado na 
Vila Sadokim, no bairro de Bom sucesso, região de Guarulhos, localizado no extremo 
leste da cidade. 
FIGURA 19–Localização do terreno / Estado e município 
 
FONTE: Site município de Guarulhos- Adaptado pelo autor 
 
5.1 LOCALIZAÇÃO DO TERRENO NO BAIRRO 
FIGURA 20–Localização do terreno no bairro 
 
FONTE: Google Earth, acesso em junho de 2023 – Adaptado pelo autor 
48 
 
 
5.2 MACROZONEAMENTO 
Conforme verificado na figura 21, o centro de acolhimento será inserido em uma 
macrozona de dinamização. 
 
FIGURA 21–Macrozoneamento de Guarulhos 
 
FONTE: Site da cidade de Guarulhos, acesso em junho de 2023 
 
 
De acordo o plano diretor da cidade de Guarulhos, através da Lei Nº7.730 de 
04 de junho de 2019, está macrozona se caracteriza pelo uso industrial, comércios, 
serviços e núcleos habitacionais, com potencial para atrair novos investidores. 
49 
 
 
 5.3 ZONEAMENTO 
Conforme mencionado pela lei municipal de Guarulhos Nº 7.888 de 15 de 
janeiro de 2021, em seu Art.14 define as Zona Industrial (ZI), define o uso 
predominantemente industrial, de médio e grande porte. 
 
FIGURA 22–Mapa de zoneamento Guarulhos 
 
FONTE: Site GUARUGEO de Guarulhos, acesso em junho de 2023 
 
 
 
 
5.4 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO 
A Lei municipal de parcelamento e ocupação do solo de Guarulhos dispões 
diretrizes para o parcelamento e ocupação do solo, nela é constituído índices em que 
se define a forma em que as edificações devem ser construídas de acordo com a zona 
em que será inserida. Como já verificado o centro de acolhimento pertence a Zonas 
Industrias ZI. (GUARULHOS,2021) 
Visualizado na figura 23, a legislação vigente atribui especificações a serem 
seguidas em relação ao coeficiente verde e taxa de permeabilidade, gabarito de altura, 
recuos e metragem de frente à área mínima de lote. 
 
 
50 
 
 
FIGURA 23–Quadros que integram a lei do uso de ocupação do solo de Guarulhos 
 
FONTE: Lei municipal Nº 7.888 de 15 de janeiro de 2021 
 
 
5.5 HIERARQUIA VIÁRIA 
A figura 24, está o estudo das principais vias que dará acesso ao centro de 
acolhimento, está com acesso rápido a Rodovia presidente Dutra que faz ligação 
rápida com a cidade de Guarulhos e outros municípios 
FIGURA 24–Hierarquia viária 
 
FONTE: Google Earth, acesso em junho de 2023 – Adaptado pelo autor 
51 
 
 
5.6 GABARITO DE ALTURA 
Como mencionado essa região é industrializada, cercada por galpões de 05 a 
08 metros de altura, alguns bairros residenciais de 01 a 03 pavimentos que, fazem 
parte do entorno, e ficam um pouco distantes do terreno a ser edificado. 
 
FIGURA 25–Gabarito e Altura 
 
FONTE: Google Earth, acesso em junho de 2023 – Adaptado pelo autor 
 
 
 
5.7 ESTUDO SOLAR 
O estudo solar é realizado através da carta solar. Para controle da incidência 
solar é necessário saber o seu trajeto, isso porque a inclinação do sol é modificada de 
acordo com a época do ano, dessa forma a carta solar é uma representação gráfica 
desse comportamento. Conforme figura 26, foi realizado o estudo solar da área onde 
o centro de acolhimento será inserido, de acordo com as estações do ano. 
(MIRANDA,2014) 
 
 
52 
 
 
 FIGURA 26–Estudo solar estações do ano 
 
FONTE: sunearthtools, acesso em junho de 2023 – Adaptado pelo autor 
 
 
 
 
 
53 
 
 
5.8 VENTOS PREDOMINATES E TEMPERATURA LOCAL 
Para garantir uma boa ventilação cruzada e ambientes bem ventilados, além 
da hierarquia dos blocos que serão inseridos no projeto, influenciados também nos 
materiais a serem utilizados, se faz necessário o estudo dos ventos predominantes, 
através do site windfinder, foi possível verificar, a direção dos ventos predominantes 
da região figura27. 
 Para essa verificação essa foi utilizado como base o Aeroporto Internacional 
de Guarulhos, onde a predominação dos durante o ano é ENE: lés-nordeste, ou seja, 
entre leste e nordeste. 
 
FIGURA 27–Estatísticas mensais velocidade e direção do vento para Aeroporto Internacional de 
Guarulhos, Período 01/2022 - 12/2022. 
 
FONTE: windfinder, acesso em junho de 2023 – Adaptado pelo autor 
 
 
 
Dessa mesma forma para região, foi verificado as temperaturas médias durante 
o ano figura 28, esse conjunto de informações já verificadas, influenciam nas escolhas 
das matérias, cores a serem utilizadas nos ambientes externos e internos, do 
paisagismo e definição da disposição das áreas a serem inseridas no projeto. 
 
 
 
 
54 
 
 
FIGURA 28–Estatísticas mensais para a temperatura do Aeroporto Internacional
de Guarulhos - 
Período 01/2022 - 12/2022. 
 
FONTE: windfinder, acesso em junho de 2023 – Adaptado pelo autor 
 
 
Conforme imagem, pode-se analisar a média da temperatura, a média mais alta 
é de 34ºc, a média temperaturas diárias é 22ºc, média de temperatura noturna é de 
18ºc e a média da temperatura mais baixa analisada é de 5º. 
 
 
5.9 VITAS DO TERRENO 
As figuras abaixo 29, 30 e 31 são vistas do terreno, sua testada principal está 
de frente a Avenida presidente Dutra, vista posterior está com divisa a estrava velha 
Arujá, ao seu interno avista-se as indústrias. Pode-se verificar que o terreno se 
encontra em uma área que não é residencial, dessa forma cumprindo, as exigências 
das legislações já mencionadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
 
FIGURA 29–Vista posterior do terreno 
 
FONTE: googlemaps, acesso em junho de 2023 – Adaptado pelo autor 
 
 
FIGURA 30–Vista lateral do terreno 
 
FONTE: googlemaps, acesso em junho de 2023 – Adaptado pelo autor 
 
 
 
FIGURA 31–Vista frontal do terreno 
 
FONTE: googlemaps, acesso em junho de 2023 – Adaptado pelo autor 
56 
 
 
5.10 CONCEITO TÉCNICO 
Para garantir que o projeto seja funcional e atenda aos requisitos legais, além 
das legislações já citadas e estudos realizados, será necessário a consulta de normas 
regulamentadoras específicas como a norma técnica NBR 6492/2021, que dando 
diretrizes para elaboração de projetos arquitetônicos, NBR 9050 que estabelece 
critérios técnicos para elaboração de projetos que garantam a acessibilidade de seus 
usuários, o uso da instrução técnica Nº02/2018, dando conceitos básicos de 
segurança contra incêndio. 
 
5.10.1 NBR 9050/2020 
 
Estabelece critério e parâmetros técnicos para construções para garantir a 
acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Dessa 
forma o usuário pode utilizar os ambientes de maneira autônoma, com ajuda ou não 
de equipamentos específicos como, cadeira de roda, sistema cognitivos e entre 
outros. Essa normativa é associada a um guia, pois demostra todas as especificações, 
dimensões e alturas para todos os apoios possíveis para múltiplos ambientes distintos 
de forma ilustrativa e didática. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS,2020) 
 
5.10.2 NBR 6492/2021 
 
Norma regulamentadora específica para arquitetura, para garantir a 
compreensão no uso correto das representações gráficas em projetos arquitetônicos. 
Nela são abordados os tipos de projetos e descrevendo os seus elementos básicos. 
A correta empregabilidade de linhas, símbolos, orientações, desenhos obrigatórios, 
de forma que haja legibilidade e padrão para todos os projetos arquitetônicos. 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,2021) 
 
 
57 
 
 
6 PROPOSTA DO PROJETO 
 
 6.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES 
 É um documento com todas as informações de todos os ambientes que não 
podem faltar no projeto proposto, nele contém descrito todas as áreas e com todos os 
requisitos para criação de áreas internas e externas, como as dimensões, lista de 
materiais, ou até mesmo cores de revestimentos e da pintura que serão aplicadas. 
(CRUZ,2021). 
Na tabela 09, é possível verificar a proposta inicial do programa de 
necessidades desenvolvido para a proposta do Centro de acolhimento de PET’S. 
 
Tabela 09 –Programa de necessidades do centro de acolhimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ambiente Quant. Área (m²) Ambiente Quant. Área (m²)
Diretoria 1 A Definir Recepção 1 A Definir
RH/ Financeiro 2 A Definir Isolamento 2 A Definir
Copa 1 A Definir Triagem 1 A Definir
Banheiros Feminino 1 A Definir Sala atendimento 2 A Definir
Banheiro Masculino 1 A Definir Banheiros Feminino 1 A Definir
Banheiro PNE 1 A Definir Banheiro Masculino 1 A Definir
Sala profisisonais 
técnicos 1 A Definir Banheiro PNE 1 A Definir
Secretaria 1 A Definir Sala de espera 1 A Definir
SAME 1 A Definir Sala para consulta 1 A Definir
Sala de reuniões 1 A Definir Sala de curativos/vacinas 1 A Definir
Sala de medicamentos 1 A Definir
Refeitório 1 A Definir Lavabo 1 A Definir
Sala descanço 1 A Definir
Cozinha 1 A Definir Recepção 1 A Definir
Banheiros Feminino 1 A Definir Banheiros Feminino 1 A Definir
Banheiro Masculino 1 A Definir Banheiro Masculino 1 A Definir
Banheiro PNE 1 A Definir Banheiro PNE 1 A Definir
Copa 1 A Definir Área para eventos 1 A Definir
Lavanderia 1 A Definir Copa 1 A Definir
Dormitório 1 A Definir Escritório 1 A Definir
Área de convivência 1 A Definir Loja de artigos PET's 1 A Definir
Administração 
do abrigo 
Área de 
Funcionários 
/Voluntários
Adoção de 
animais/ Loja 
 Atendimento 
/Urgência 
58 
 
 
 
 
FONTE: O autor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esterilização 1 A Definir Gatis/ individuais A definirA definir
Antecâmera 2 A Definir Canil /individuais A definirA definir
Centro cirugico 2 A Definir Solários A definir
Observação 2 A Definir Gatis/ coletivos 1 A definir
Terapia Intensiva 
Veterinária 2 A Definir Canil /coletivos 1 A definir
Lavabo 1 A Definir Área aberta 1 A definir
Banheiros Feminino 1 A Definir Antecâmera 2 A definir
Banheiro Masculino 1 A Definir
Banheiro PNE 1 A Definir
Curativos 1 A Definir Lazer Piscina 1 A definir
Área para 
quarentena 2 A Definir Recreação Ar livre 1 A definir
Sala de eutanásia 1 A Definir
Necropsia 1 A Definir Estacionamento 1 A definir
Anticâmera 2 A Definir
Ambulatório 2 A Definir
RAIO X 1 A Definir
Materiais de limpeza 
DML (lixo comum) 2 A Definir
Descarte lixo 
infectante 1 A Definir
Cozinha 1 A Definir
Depósito alimentos 1 A Definir
Laboratório 1 A Definir
Quarda de 
medicamentos 1 A Definir
Depósito de 
materiais 1 A Definir
Lavanderia 1 A Definir
Estoque farmácia 1 A Definir
Farmácia 1 A Definir
Área Clínica 
Abrigos
59 
 
 
6.2 ORGANOGRAMA 
Figura 32 –Organograma do centro de acolhimento 
 
Figura 32 –Organograma do centro de acolhimento 
FONTE: O autor 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
 
 
7 CONCLUSÃO 
Foi observado que a construção de um centro de acolhimento de cães e gatos 
é possível e que não somente atende as questões sociais e sanitárias, mas também 
vai além de todos os direitos que os defensores dos animais já conseguiram para eles, 
desde o início da história até os tempos atuais, é questão de humanidade e amor a 
essa causa. 
O objetivo central da pesquisa foi atingido já que todo o conteúdo estudado vai 
garantir a melhores práticas construtivas e o melhor desempenho para abrigar todos 
os animais, como também a estrutura e os espaços de todo edifício, internamente ou 
externamente, vão atender as necessidades dos usuários sejam eles os animais 
residentes ou a equipe de profissionais que vão utilizar os seus espaços. 
Os resultados mais enriquecedores, está no papel social desse tipo de abrigo, 
os materiais e formas o edifício deve aderir, os impactos positivos que vai trazer para 
cidade de Guarulhos, além de sua visibilidade a respeito da causa em questão, assim 
sendo um modelo a ser seguido, já que muitos cães e gatos já não estarão mais nas 
ruas da cidade e com possibilidade de encontrar um novo lar. 
E com todo conteúdo desenvolvido, o trabalho pode ser fonte de consulta para 
todas as áreas de interesse. 
A proposta foi de encontro com a legislação Nº 7.839/2020, sobre o código de 
proteção animal da cidade de Guarulhos, dessa forma de interrese municipal e social. 
 Portanto a proposta pode minimizar os impactos relacionados, incluíndo o 
aspectos sanitário, por conta do risco de contaminzação da população por zoonoses 
(doenças infecciosas transmitidas entre animais e pessoas), além de acolher e 
direcionar os animais para um lar adequado. 
61 
 
 
REFERÊNCIAS 
AECCAFE, Palm Springs Animal Care Facility by Swatt - Brasil | Miers Arquitetos, 10 de junho de 2012, 
disponível em : Palm Springs Animal Care Facility by Swatt - Brasil | Miers Arquitetos (aeccafe.com), 
acesso em: 23 de Abril de

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