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DEONTOLOGIA E PRINCÍPIOS ÉTICOS

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DEONTOLOGIA E PRINCÍPIOS ÉTICOS
RESUMO
A Deontologia é uma filosofia que faz parte da filosofia moral contemporânea, significando ciência do dever e da obrigação. A deontologia é um conjunto dos deveres e da moral. É uma teoria sobre as alternativas dos indivíduos, o que é moralmente necessário e serve para guiar o que realmente deve ser feito. A ética é associada ao estudo fundamentado dos valores morais, orientando o comportamento humano em uma sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, entre outros estabelecidas por cada sociedade.
Palavras-Chave: Deontologia. Ética. Princípios Éticos. Moral.
INTRODUÇÃO
	Desde os primórdios da humanidade sempre houve interações entre pessoas dentro da sociedade que habitavam. A cooperação e vivência entre as pessoas garantiam a sobrevivência do grupo e assim, mostrava que o homem poderia viver em comunidade seguindo seus princípios e manifestando seu modo e forma de viver. 
	Para viver e conviver em harmonia perante a sociedade o homem tem a responsabilidade de cumprir com normas determinadas, princípios e regras que acarretarão na conduta correta a ser seguida por cada ser vivo, respeitando-as de acordo com o que foi estabelecido pela sociedade na qual encontra-se inserido. Se por alguma circunstância os princípios de boa conduta do homem não forem cumpridos fazendo com que o mesmo viole os pressupostos sociais com comportamentos incorretos e ações ilegais, o homem fica susceptível a sanções sociais e judiciais, além de ter a imagem manchada diante da sociedade (YOBA, 2010).
	O homem foi evoluindo e o seu caráter foi se mantendo inerte com base nas virtudes para enfim construir a vida em sociedade.
	Atualmente a nossa sociedade seguem os princípios que policiam as ações dos indivíduos nos quais são a ética, a moral, os costumes, o direito e a deontologia onde cada modo se aproxima da auto regulação que é a moral ou se aproxima da hétero regulação que é a ética. Cada um possui elementos de ambas as lógicas que é o caso da deontologia e essas duas lógicas são vistas de forma similares. Este conjunto de modos de regulação dos comportamentos estabelece uma espécie de infraestrutura de regulação da sociedade (CARAPETO; FONSECA, 2012). 
	Cada um desses modos tem finalidade, dinâmica e meios de concretização distintos, é bem aberta que os diversos modos precisam muitas vezes de ser utilizados de forma complementar. É nessa complementaridade que está o segredo da eficácia da regulação contendo comportamentos problemáticos que são reduzidos de forma satisfatória se os empenhos sociais souberem lidar com cada uma destas formas de regulação. Por isso, na sociedade atual, fortemente tecnológica, global e complexa, é dada tanta importância à infraestrutura reguladora dos comportamentos.
DEONTOLOGIA 
O termo deontologia[footnoteRef:1] é derivada do grego deon ou deontos/logos que significa o estudo dos deveres. A deontologia, surge da necessidade de um grupo profissional de autorregular, mas a sua aplicação traduz-se em hétero regulação, em que os membros da sociedade devem cumprir as regras estabelecidas num código e fiscalizadas por uma instância superior (CARAPETO; FONSECA, 2012). [1: Deontologia: Estudo ou tratado dos deveres ou das regras de natureza ética. 2. Conjunto de deveres e regras de natureza ética de uma classe profissional. Disponível em:< http://www.dicionariodoaurelio.com/deontologia >Acesso em: 30 jul. 2019.] 
A palavra deontologia foi criada no ano de 1834, pelo filósofo inglês Jeremy Bentham, para conceituar o ramo da ética cujo objeto de estudo consiste nos fundamentos do dever e das normas. Trata-se da chamada “Teoria do Dever" (CAPITANIO et al., 2012).
Figura 1 - Jeremy Bentham.
Fonte: https://www.pensador.com/autor/jeremy_bentham/biografia/
 O objetivo da deontologia é conduzir os comportamentos dos membros de uma sociedade para alcançar a excelência, tendo em vista o reconhecimento pelos pares, garantir a confiança do público e proteger a reputação. Trata-se do estudo do conjunto dos deveres estabelecidos num código específico que propõe sanções para os infratores (CARAPETO; FONSECA, 2012). 
As definições de ética e deontologia são muitas vezes utilizadas indiferentemente quando se volta a teoria dos deveres. Porém, Estrela (2010), diferencia as duas afirmando que a deontologia é considerada como uma ética que é aplicada a situações profissionais, enquanto a ética é mais geral se diferenciando pela anterioridade lógica assim como pela extensão da mesma em relação a deontologia. Nos dias atuais a deontologia se refere ao conjunto de normas impostas com intuito de obter tratamento justo e tratar os demais da mesma forma.
De uma forma geral, é um conjunto de deveres, princípios e normas reguladoras dos comportamentos exigíveis que nem sempre estão codificados numa regulamentação jurídica. Isto porque alguns conjuntos de normas não têm uma função normativa, mas apenas reguladora. Assim, a deontologia é uma disciplina da ética especialmente adaptada ao exercício de uma profissão. Regrada, os códigos de deontologia têm por base o sentimento ético expressado (CARAPETO; FONSECA, 2012).
ÉTICA
A palavra ética deriva da palavra “ethos” que significa “costumes”. Com o passar do tempo, esta definição foi relacionada as noções de bem, mal, certo e errado (MARQUES, 2008). 
Já Dórey da Cunha (1996), define ética como “articulação racional do bem”, relacionando-a com uma determinada cultura. A ética implica na existência de uma ligação com as ciências que estudam as relações e comportamentos dos seres humanos na sociedade. Tais estudos partem da psicologia, antropologia, sociologia.
A ética regula comportamentos advindos do ser humano e controla por si próprio, um conjunto de valores para dar sentido às suas decisões e ações. Faz apelo à autonomia, ao juízo pessoal do indivíduo e também à sua responsabilidade do que os outros modos de regulação. A autonomia do ser humano é algo paradoxal, na medida em que a liberdade que possui é simultaneamente um encargo que impõe que o indivíduo se abra às necessidades dos outros para encontrar equilíbrio entre a sua própria liberdade e a responsabilidade relativamente aos outros (CARAPETO; FONSECA, 2012). 
	O termo denominado ética pode ser utilizada em sentidos distintos. Podendo referir-se à ordem moral, isto é, como a totalidade do dever moral. Ou, por outro lado, podendo ser entendida na forma estrutura fundamental das ideias morais ou éticas, reconhecidas por uma pessoa ou sociedade. Por fim, pode ser entendida no sentido de conduta moral efetiva. Ética e moral são conceitos que são frequentemente apresentados na linguagem corrente, mas que se podem distinguir. A ética se refere aos princípios gerais, onde a moral surge associada a normas e obrigações, resultado da aplicação desses princípios a situações específicas (ESTRELA, 2010).
PRINCÍPIOS ÉTICOS
Os princípios éticos são diretrizes as quais o homem como ser livre, rege o seu comportamento. Assim, significa que a ética apresenta dimensão teórica que estuda o "bem" e o "mal", além de uma dimensão prática que diz respeito ao que se deve fazer (CARAPETO; FONSECA, 2012). 
O respeito pelas pessoas, a beneficência e a justiça são considerados princípios universais aplicados em qualquer lugar do mundo não havendo limitações culturais, legais ou econômicas. Porém, embora esses princípios sejam universais, os recursos necessários para manter o processo de pesquisa não são universais, tampouco equitativamente. 
Os princípios devem levar o pensamento e o comportamento de todos os seres humanos presentes no planejamento e condução envolvendo participantes humanos, independentemente das limitações (CARAPETO; FONSECA, 2012). 
MORAL
	A origem da palavra moral é “mos”, “mores”, que se refere ao conjunto de normas adquiridas por hábito. Para Baptista (2011, p. 9) a moral corresponde “ao plano de realização histórica da ética, remetendo para as dimensões normativas e imperativas da acção valorizadas pela tradição deontológica de inspiração kantiana”.A ética tem a mesma raiz etimológica que a moral, todavia, a ética tem um significado mais amplo do que a moral. Moral são um conjunto de regras, valores e proibições vindos do ser humano, impostos pela política, a religião, a filosofia, a ideologia, os costumes sociais, que impõem ao homem que faça o bem, o justo nas suas esferas de atividade (GORGULHO; LOPES, 2015). 
A ética implica na reflexão teórica sobre qualquer moral, a moral é a aceitação de regras dadas. A ética é uma análise crítica dessas regras uma filosofia da moral. No entanto, é preciso estar atento aos termos que são frequentemente utilizados como sinónimos, sobretudo entre os autores anglo-saxónicos (CARAPETO; FONSECA, 2012).
A moral possui dimensão imperativa, obrigando o cumprimento de um dever fundado num valor moral imposto por uma autoridade. É aplicado através da disciplina e a motivação para a ação, convicção e a sanção (CARAPETO; FONSECA, 2012). 
CONCLUSÃO
A Deontologia é uma parte da Filosofia Moral e um braço da Ética Normativa. Por ser caracterizada como uma ética baseada em deveres e regras, a ética deontológica é considerava o oposto do utilitarismo, da ética pragmática e da ética baseada em virtudes. 
Nesta terminologia, a ação e mais importante do que a consequência. Os princípios deontológicos se baseiam no princípio lógico que atenta a sequência de atos e meios para disponibilizar a segurança a fim de obter a verdade e evitar erros. 
A Deontologia aborda o conjunto de princípios e regras de conduta, que envolve o indivíduo de forma que o mesmo tenha que agir de forma correta, de acordo com o código de ética. Só que para os indivíduos, a deontologia são normas estabelecidas, não pela moral, mas sim para regulamentar como por exemplo, a deontologia jurídica aborda o zelo pelos direitos e deveres de quem trabalha na área citada.
Por fim, o mundo atualmente em resposta a sociedade vem estimulando o individualismo irresponsável, a deontologia que envolve a ética com valores morais e princípios sociais usam normas para evitar o caos. Já a moral que também está envolvida com a deontologia, baseia-se em regras válidas para um grupo ou sociedade usando como ferramenta para evitar o caos, ações que mudam de acordo com tradições e costumes.
REFERÊNCIAS
BAPTISTA, Isabel. Ética, deontologia e avaliação do desempenho docente. Coleção Cadernos do CCAP – 3. Lisboa: Ministério da Educação-Conselho científico para Avaliações de Professores, 2011. Disponível em: <https://docplayer.com.br/18907488-Etica-deontologia-e-avaliacao-do-desempenho.html>. Acesso em: 30 jul. 2019.
CAPITANIO, Caryne Abbade; COSTA, Larissa Camargo; ALVIM, Rafael da Silva; HOGEMANN, Edna Raquel. Ética e moral em santo agostinho: uma análise da deontologia agostiniana com fulcro em três célebres obras do autor - confissões, livre-arbítrio e cidade de deus. Rio de Janeiro. 2012. Disponível em: <https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/quaestioiuris/article/view/9864>. Acesso em: 30 jul. 2019.
CARAPETO, CARLOS; FONSECA, FÁTIMA. Ética e deontologia. Lisboa: [s.n.], 2012. Disponível em: https://www.oet.pt/downloads/informacao/Etica_Deontologia-Manual_Formacao.pdf. Acesso em: 30 jul. 2019.
D’OREY DA CUNHA, P. Ética e educação. Lisboa. Universidade Católica Portuguesa, (1996). Disponível em: http://ruadosbragas223.blogspot.pt/search/label/A%20Rela%C3%A7%C3%A3o %20Pedag%C3%B3gica%20-%20Artigo%20Completo.
ESTRELA, M. T. Profissão Docente. Dimensões afectivas e éticas. Porto, 2010. Areal Editores.
GORGULHO, Ana Rita; LOPES, Sandra Filipa. Ética, moral e deontologia. Santarem, Portugal: [s. n.], 2015. Disponível em: http://www.eses.pt/usr/ramiro/docs/etica_pedagogia/etica_moral_deontologia.pdf. Acesso em: 30 jul. 2019.
MARQUES, R. O livro da nova educação do carácter. (2008). Disponível em: <http://www.bubok.pt/livros/8236/O-Livro-da-Nova-Educacao-do-Carater>. Acesso em 30 jul. 2019
YOBA, Carlos Pedro Cláver (2010). Ética e deontologia profissionais do professor universitário. Constr. psicopedag. São Paulo, v. 18, n. 16, p. 34-44, jun. 2010. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-69542010000100004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 30 jul. 2019.

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