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Aula 10-7

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Meta da aula 
Apresentar o Plano Financeiro, demonstrando sua 
viabilidade.
Esperamos que, ao final desta aula, você seja 
capaz de:
elaborar um Demonstrativo de Resultados 
de um exercício;
calcular a Margem de Contribuição e o 
Ponto de Equilíbrio;
calcular o período de Payback e o Valor 
Presente Líquido (VPL).
Pré-requisito
Para melhor compreensão dos assuntos que serão 
tratados nesta aula, reveja as aulas da disciplina 
Contabilidade do seu curso.
Organizando o Plano 
Financeiro e analisando a 
viabilidade da empresa
Heloisa Nogueira / Kátia de Almeida A
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Empreendedorismo e Oficina de Negócios | Organizando o Plano Financeiro e analisando a 
viabilidade da empresa
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Para uma boa parte dos empreendedores, a área financeira é a parte mais 
difícil do Plano de Negócios. Alguns autores referem-se a esta parte como 
a prova dos nove do negócio, porque exige que os números retratem com 
fidelidade todas as intenções declaradas no plano em seus vários tópicos, 
tais como: investimentos em marketing, despesas em vendas, gastos com 
pessoal, compra de matéria-prima, Custos Fixos e Variáveis etc. Se o gestor 
não tiver familiaridade com tais instrumentos, é conveniente que recorra a 
uma assessoria contábil-financeira de sua confiança de maneira a ganhar 
know-how, experiência e autoconfiança para gerir, com autonomia e segu-
rança, seus recursos materiais e financeiros.
Existe uma grande diferença entre a visão contábil e a visão gerencial das 
finanças da sua empresa. O contador desempenha o papel de registrar todas 
as transações financeiras, ou seja, ele cuida do passado. O gestor da empresa 
tem de cuidar do futuro, ou seja, tem de entender as tendências do mercado, 
criar cenários e projeções para preparar sua empresa para tirar o máximo 
proveito das oportunidades do mercado. Cuidado para não transformar 
um exercício de planejamento financeiro em exercício de controle contábil. 
Veremos a seguir estes cuidados e a diferença entre planejamento financeiro 
e um plano de contas. 
PlaNEjamENtO FiNaNcEirO x PlaNO dE cONtas
Há termos financeiros que você tem de dominar, por exemplo, 
custos (fixos e variáveis), despesas, faturamento, lucro, já que farão parte 
das atividades normais da organização. Outros termos, como receitas de 
vendas, ganhos com aplicações financeiras, despesas, salários e encargos, 
e outros constituem rubricas do Plano de Contas, necessário para con-
solidar suas transações financeiras. Existem empresas que utilizam dois 
planos de contas distintos – um para dar a visão contábil e outro para 
dar a visão gerencial. Para uma empresa de porte pequeno ou médio, este 
procedimento gera mais dificuldades que facilidades – seria bem melhor 
elaborar e controlar muito bem um único Plano de Contas.
O Plano de Contas é uma listagem de contas com símbolos 
numéricos para todas as contas de Ativo, Passivo, Capital, Receitas e 
Despesas. O Plano de Contas consiste em uma estruturação ordenada 
e sistematizada das contas utilizáveis numa entidade. A elaboração de 
um Plano de Contas obedece aos princípios de contabilidade, geralmente 
iNtrOduçãO 
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 aceitos, e às normas legais aplicáveis em cada caso concreto. O plano 
contém as diretrizes técnicas gerais e especiais que orientam a realização 
dos registros dos fatos ocorridos e dos atos praticados na entidade.
Já o Planejamento Financeiro consiste em definir a política e os 
objetivos financeiros dos serviços – investimento, crescimento etc. – e 
prover o volume e os tipos dos recursos necessários para atingir estes 
objetivos, bem como a aplicação destes recursos. A elaboração e o 
estabelecimento de um plano ou orçamento integrado de atividades são 
frequentemente considerados como a função principal.
A distinção entre o conceito de Plano de Contas e Planejamento 
Financeiro fica clara. O Planejamento Financeiro representa o arcabouço 
de intenções que baseiam a origem e a aplicação dos recursos, em outros 
termos, quanto a empresa precisa para os investimentos pretendidos e 
como usará estes recursos, considerando objetivos estratégicos de cresci-
mento, manutenção ou expansão do negócio. O Planejamento Financeiro 
traduz em números o que as empresas querem para si no curto, médio e 
longo prazo. Já o Plano de Contas classifica estas intenções em contas, 
conforme as práticas da contabilidade. 
É sempre interessante observar que a estrutura de um Plano de 
Contas deve considerar muitos outros aspectos de informação do que 
aqueles restritos à ótica contábil. O Plano de Contas deve ser abrangen-
te e transcender à contabilidade em si, já que dele se poderão extrair 
diversos outros tipos de relatórios que servirão a informações gerenciais, 
relatórios para fins legais, fiscais, para entidades externas a empresas 
(financiadores, acionistas etc.), além daqueles voltados especificamente 
à situação financeira da empresa.
Conhecendo esta situação, podemos reconhecer as necessidades 
da empresa, planejando os futuros investimentos.
idENtiFicaNdO as NEcEssidadEs da EmPrEsa
Para identificar o quanto de investimento você necessita para 
montar seu negócio, o primeiro passo é perguntar se você precisará de 
financiamento. É preciso boa capacidade de planejamento, além de habi-
lidade de negociação e uma forte rede de networking, para identificar 
as melhores alternativas existentes no mercado e para injetar capital em 
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seu negócio. Antes de tomar qualquer decisão, deve avaliar diferentes 
fontes de financiamento, às vezes a melhor oferta não está apenas nos 
bancos de varejo.
Prioritário, também, é definir objetivos e metas ao negócio, 
considerando a estratégia escolhida e definindo as projeções de venda. 
Em geral, quando as empresas fecham as portas, condena-se a falta de 
recursos financeiros ou as dificuldades administrativas pelo fracasso. 
Devem-se examinar com atenção redobrada os problemas que embara-
çam as empresas, como: a identificação do cliente, a definição do produto 
e do serviço certo para atender a este cliente, os preços praticados, os 
processos de distribuição e de promoção, porque são estes resultados 
básicos, traçados pelo Plano de Marketing, que darão conteúdo às pla-
nilhas financeiras do Plano de Negócios. 
Como todo empreendimento novo, os resultados financeiros 
exigem monitoramento estrito e contínuo pelo gestor, já que não há 
experiência anterior que possa lhe servir de parâmetro. Devem ser 
elaborados e acompanhados sistematicamente mapas de controle que 
permitam traduzir numericamente o uso eficiente dos recursos físicos e 
financeiros disponíveis, para que as decisões futuras estejam calcadas em 
análises precisas. A partir delas, é possível estabelecer metas financeiras 
para o negócio, que deverão ter acompanhamento sistemático, através 
das ferramentas financeiras de maneira a facilitar as correções do pla-
nejado, sempre que necessário.
As ferramentas que podem ajudar o empreendedor a estabelecer 
as metas financeiras constituem-se, segundo Dornelas (2001, p. 162): 
Balanço Patrimonial, Demonstrativo de Resultados e Demonstrativo de 
Fluxo de Caixa, todos projetados com um horizonte mínimo de três anos. 
Através destes demonstrativos, torna-se possível realizar uma análise 
da viabilidade do negócio e o retorno financeiro pretendido. Para tal, 
é preciso empregar algumasmetodologias, tais como: análise do Ponto 
de Equilíbrio, prazo de Payback, Taxa Interna de Retorno (TIR) e Valor 
Presente Líquido (VPL). 
As demonstrações financeiras são as ferramentas disponíveis e 
fornecem informações valiosas para empreendedores e gestores. Atra-
vés delas, tem-se como avaliar os resultados das decisões tomadas pela 
empresa, em termos dos seus efeitos e alcances o que, em geral, possi-
bilita correções de percurso. São questões como estas que trataremos 
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 nesta aula. Espero que ajude você a se exercitar na montagem de um 
Plano Financeiro, mesmo que não tenha como objetivo imediato abrir 
um novo negócio.
O PlaNO FiNaNcEirO
As principais decisões da empresa serão o resultado das expe-
riências do empreendedor junto ao mercado, somadas a informações 
quantitativas e qualitativas, a partir das quais resultará a análise de via-
bilidade econômica. Esta parece uma conclusão óbvia, mas nem sempre 
o é, quando o empreendedor resolver entender que deve ajustar, à força, 
a realidade aos planos que estão retratados nas planilhas financeiras.
Para que você vislumbre o passo a passo da construção de um 
Plano Financeiro, organizamos a aula em seis (6) tópicos, respeitando 
a sequência de procedimentos que deverão ser adotados na montagem 
do plano. Comecemos com o orçamento dos itens do Ativo e, para tal, 
relembremos os itens que compõem o Ativo.
ativo circulante
Os itens que compõem o Ativo Circulante são estimados com base 
na atividade econômica esperada para o período. O montante de duplica-
tas a receber depende da política de vendas (à vista ou a prazo). Deste 
total, um percentual é destinado para provisão de devedores duvidosos.
Veja a seguir alguns itens do Ativo Circulante.
Duplicatas a receber: são projetadas, a partir da perspectiva •	
de vendas à vista.
Devedores duvidosos: cálculo sustentado pelo histórico de •	
inadimplentes dos clientes da empresa.
Estoque de materiais diversos: total de material de expediente •	
e outros à disposição da empresa.
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ativo imobilizado
O Ativo Imobilizado corresponde ao total das edificações, instala-
ções, terrenos, equipamentos, móveis e utensílios. O gestor deve definir 
a programação de investimento para o ano, diante das necessidades de 
imobilização. Com base nos cálculos da contabilidade, os Ativos devem 
ser mensalmente depreciados, mantendo assim o seu valor atualizado. 
Orçamento dos itens do ativo
Reiterando então: a composição do Ativo depende do volume de 
faturamento (vendas) da empresa. O Ativo Circulante está em função 
do faturamento que determinará o seu próprio volume. A extensão do 
prazo de pagamento no faturamento acarreta maior número de valores 
a receber, expresso em número de dias de venda. Da mesma forma, o 
aumento do padrão em termos de meses do suprimento implica maior 
expansão de recursos no item estoques. Diante do volume de vendas, a 
unidade produtiva determina a taxa do investimento nos itens do Ativo 
Circulante, que deve ser compatível com os lucros gerados e sua capa-
cidade de obter financiamento externo.
Dessa maneira, o planejamento e acompanhamento dos itens do 
Ativo requerem a definição pelo nível de investimento, feito em cada item. 
Se a empresa decide ganhar mercado, facilitando vendas, deve investir 
uma grande soma de recursos em estoques de mercadorias. Para isto, 
deve ter caixa para adquirir os produtos destinados à comercialização 
ou fabricação.
Tendo definido a política de estruturação do Ativo, há necessidade 
de compatibilizar o financiamento das atividades. O financiamento pode 
vir de duas fontes: de terceiro e/ou próprias. O planejamento do Passivo 
corresponde à escolha das alternativas, sejam empréstimos bancários, 
financiamento de fornecedores ou investimento de sócios, para financiar 
as atividades da unidade produtiva. Relembremos, agora, os itens do 
Passivo, lembrando ainda, que o Patrimônio Líquido, embora esteja junto 
com o Passivo no Balanço Patrimonial, não faz parte deste, visto que 
descreve os recursos próprios e o Passivo, os recursos de terceiros.
Os itens do Passivo são Passivo Circulante (de curto prazo) e 
o Passivo Realizável (a longo prazo). Da mesma maneira que o Ativo 
Circulante, o Passivo terá um montante definido com base no volume 
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 esperado de vendas. Se o Ativo representa as aplicações de recursos, o 
Passivo, por sua vez, representa o financiamento de terceiros. O Passivo 
Circulante, sendo de curto prazo, deve ser criteriosamente estabelecido. 
O gerente deverá indicar quanto utilizará de empréstimos bancários, 
fornecedores etc.
Orçamento dos itens do Passivo
O financiamento, via Patrimônio Líquido (recursos próprios), é 
de longo prazo, enquanto os recursos de terceiros podem ser de curto 
e longo prazos. É muito importante compatibilizar investimentos de 
curto e longo prazos com financiamentos de curto e longo prazos. O 
financiamento de aquisição de estoques pode ser feito com empréstimos 
bancários ou fornecedores. O empreendedor deve avaliar o custo de cada 
financiamento e o prazo de pagamento. Decisões equivocadas, na forma 
de financiamento, podem colocar a empresa em sérias dificuldades em 
relação ao endividamento desejado.
Na elaboração da viabilidade financeira, além do investimento 
inicial, é preciso definir quais despesas serão fixas, de maneira a estimar 
o resultado financeiro projetado. Além disto, é necessário projetar a 
movimentação e a arrecadação diária de caixa, confrontando com os 
prazos para pagamentos dos compromissos assumidos.
Antes de desenvolver o Plano Financeiro, é preciso ter claro se a 
empresa será de um único proprietário ou constituirá uma sociedade, 
com outras pessoas envolvidas. Dependendo do papel destas pessoas no 
empreendimento, a elaboração do orçamento de vendas, por exemplo, 
ou o orçamento de produção deverá ser realizado pelos próprios para 
que, a seguir, todos, em conjunto, envolvam-se na montagem da estrutura 
orçamentária do negócio como um todo.
Orçamentos de Vendas
O Orçamento de Vendas oferece a estimativa do volume de vendas 
por mês, a partir do qual você poderá definir o método de projeção de 
vendas. Com estas bases, o empreendedor determinará o custo destas 
vendas. Para empresas que trabalham com a fabricação de produtos, será 
preciso comparar os custos de produção projetados com os de produção 
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terceirizada, para avaliar vantagens e desvantagens. Nesta análise, con-
siderar custos cuja natureza é intangível, como: controle do processo, 
tempo para corrigir a ineficiência etc. Também será necessário estimar 
o estoque final necessário para conviver com possíveis flutuações na 
demanda, além dos custos da mão de obra e dos materiais (HISRICH; 
PETERS, 2004).
Para compor as demonstrações, deve-se determinar inicialmente 
o volume de vendas esperado para o mês, trimestre, semestre e ano. A 
seguir, tem-se a Tabela 10.1, em que devem ser preenchidas as vendas 
esperadas do ano, comparando-se tanto com as já realizadas, quanto 
com as realizadas no ano anterior.
tabela 10.1: Vendas esperadas da empresa Alpha
meses Orçado
2010
real
2010
ano anterior
2009Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro 
Novembro
Dezembro
Fonte: Dornelas, 2005 (adaptado).
Planejar as vendas significa fixar com antecedência as quantidades 
físicas e os volumes monetários, nos períodos futuros. O empreendedor 
deve estimar as futuras vendas com base no desempenho médio dos anos 
anteriores e as perspectivas de aumento para os meses seguintes. Os 
valores do mês, trimestre, semestre e ano devem ser transferidos para a 
Tabela 10.5 (Demonstrativo de Resultados), constante mais adiante.
As informações sobre as receitas estão na previsão de vendas 
(Tabela 10.1). Os itens de pagamentos que compõem as saídas de caixa 
estão distribuídos nas Tabelas 10.2, 10.3 e 10.4, a seguir. 
Com o orçamento de vendas em mão, o empreendedor pode então 
concentrar-se nos custos operacionais. De início, elaborar uma lista de 
despesas fixas (sem considerar o volume de vendas), incluindo aluguel, 
salários, juros, depreciação etc. Prever quando serão contratados novos 
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 funcionários ou quanto mais de espaço será preciso ao estoque também 
estarão refletidos no orçamento de despesas fixas. Verificar, então, as 
despesas variáveis que poderão variar mês a mês de acordo com inúmeras 
situações ocorridas com vendas, como sazonalidade ou novas oportu-
nidades de mercado. É o caso de despesas com propaganda ou despesas 
com vendas. Todas estas despesas deverão ser especificadas item por 
item, para que os Demonstrativos de Resultados previstos traduzam 
eficientemente os objetivos do negócio traçados pelo empreendedor. 
Para uma empresa industrial, considera-se o custo dos produtos 
comercializados, e finalmente para as prestadoras de serviços, o custo 
dos serviços prestados. No caso das empresas industriais e comerciais 
existe um controle de produção/comercialização. O cálculo do custo das 
mercadorias é feito da seguinte maneira:
ESTOQUE INICIAL + COMPRAS – ESTOQUE FINAL = CUSTO DAS 
MERCADORIAS VENDIDAS (CMV)
OrçamENtO das dEsPEsas admiNistratiVas
As despesas administrativas correspondem ao aparato burocrático 
necessário para a execução da tarefa essencial do negócio. Os salários 
pagos referem-se somente à administração. São considerados também 
os encargos e benefícios sociais que incidem sobre os salários de todos 
os funcionários.
As outras despesas, como viagens, correios etc. devem ser organi-
zadas para completar o quadro das despesas administrativas. Os itens a 
seguir consistem em um exemplo que deve ser contemplado de acordo 
com a realidade de cada empresa. Os valores dos itens de despesa serão 
transferidos para a Tabela 10.5.
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tabela 10.2: Despesas administrativas da empresa Alpha
contas mês trimestre ano
Salários (administração)
Encargos sociais
Subtotal
Despesas de viagens
Correios
Serviços contratados
Água, luz, telefone
Material de limpeza
Impostos e taxas
Aluguéis
Seguro
Depreciação
Subtotal
Total
Fonte: Dornelas (2005).
Orçamento de salários e comissões de funcionários
A preparação deste orçamento deve ser feita em consonância com 
a política de remuneração da empresa, tanto para os salários quanto 
para as comissões. São muito importantes tais definições, inclusive para 
o planejamento adequado do caixa. Os salários referem-se a todos os 
funcionários exceto a administração.
A exemplo da Tabela 10.2, também são considerados os encargos 
e benefícios sociais que, totalizados com os salários e encargos adminis-
trativos, devem ser transferidos para a Tabela 10.5.
tabela 10.3: Salários e comissões da empresa Alpha
cargo salário Fixo comissões total
Vendedores
Empregados
Fonte: Dornelas (2005).
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 Orçamento de comercialização
A empresa deve definir os gastos semanais, mensais e trimestrais 
de propaganda e publicidade e incorporá-los ao fluxo de caixa.
tabela 10.4: Despesas de comercialização da empresa Alpha
despesas mês trimestre ano
Produtos
Despesa de propaganda
Amostra demonstrações
Divulgação
Convenções
Despesa de materiais
Publicidade
Fonte: Dornelas (2005).
diversos
Outros gastos como financeiros, provisões, receitas e despesas 
diversas são classificados como diversos e, da mesma maneira que as 
outras, são transportados para a demonstração de resultados. As respec-
tivas receitas e despesas, depois de controladas separadamente, devem ser 
incorporadas à demonstração de resultados. Assim, com os fechamentos 
obtidos através de todos estes dados, podemos montar o demonstrativo 
de resultados, conforme a tabela a seguir.
tabela 10.5: Demonstrativo de Resultados da empresa Alpha
demonstrativo de resultados mês trimestre ano
Faturamento (tabela 10.1)
- Custos dos produtos/serviços
= Lucro Bruto
(tabelas 10.2, 10.3 e 10.4)
- Despesas com vendas
- Despesas administrativas
- Receitas/Despesas financeiras
- Despesas diversas
= Lucro Operacional
+/- Receita e Despesa 
Operacional
= Lucro antes do I.R.
- Imposto de Renda
= Lucro Líquido
Fonte: Dornelas (2005).
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De posse das tabelas constantes a seguir, elabore o Demonstrativo de Resultados 
relativo ao ano de 2000, sabendo que a empresa em questão está na faixa de 40% 
de Imposto de Renda. 
tabela 1: Venda
Meses Projetado
2000
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro 
Novembro
Dezembro
Total
235.000,00
240.000,00
245.000,00
230.000,00
225.000,00
220.000,00
220.000,00
220.000,00
220.000,00
225.000,00
230.000,00
235.000,00
2.745.000,00
O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) é de 35% da receita de vendas.
tabela 2: Despesas administrativas
Contas Mês Ano
Salários
Encargos sociais
Subtotal
Água, luz, telefone
Material de limpeza
Impostos e taxas
Aluguéis
Seguro
Depreciação
Subtotal
Total
10.000,00
 5.000,00
15.000,00
2.500,00
 500,00
2.000,00
10.000,00
3.000,00
2.500,00
20.500,00
35.500,00
120.000,00
 60.000,00 
180.000,00 
 
 30.000,00 
 6.000,00 
 24.000,00
120.000,00 
 36.000,00 
 30.000,00 
246.000,00 
 
426.000,00
tabela 3: Despesas de comercialização
despesas mês ano
Produtos
Despesa de propaganda
Divulgação
Despesa de materiais
Publicidade
Total
10.000,00 
50.000,00 
12.000,00 
10.000,00 
25.000,00
107.000,00
120.000,00 
600.000,00 
144.000,00 
120.000,00 
300.000,00 
1.284.000,00
Atividade 1
1
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demonstrativo de resultados ano
Faturamento
- Custos dos produtos/serviços
= Lucro Bruto
- Despesas com vendas
- Despesas administrativas
- Despesas diversas
= Lucro Antes do I.R.
- Imposto de Renda
= Lucro Líquido
Resposta Comentada
O total do planejamento é retirado da Tabela 1 e lançado no Demonstrativo de 
Resultados. É dado no exercício que o custo das vendas é de 35% do faturamento 
bruto, então extraímos 35% do faturamento e subtraímos do faturamento para 
encontrar o Lucro Bruto. As despesas administrativas são retiradas da Tabela 2 e 
as despesas com vendas, da Tabela 3, e ambas são lançadas no Demonstrativo 
de Resultados. As despesas somadas são subtraídas do Lucro Bruto, apurando 
o Lucro Antesdo Imposto de Renda (LAIR). O valor do Imposto de Renda (IR) é 
de 40% do LAIR, calculamos 40% do LAIR, subtraímos do mesmo, para apurar 
o Lucro Líquido (LL).
demonstrativo de resultados ano
Faturamento (planilha1)
- Custos dos produtos/serviços
= Lucro Bruto
(planilhas 2 e3)
- Despesas com vendas
- Despesas administrativas
= Lucro Antes do I.R.
- Imposto de Renda (40%)
= Lucro Líquido
$ 2.745.000,00
($ 960.750,00)
$ 1.784.250,00
($ 1.284.000,00)
($ 426.000,00)
$ 74.250,00
($ 29.700)
$ 44.550,00
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FErramENtas GErENciais
As ferramentas gerenciais permitem efetuar, a priori, uma análise 
detalhada de viabilidade do negócio e o retorno financeiro esperado. 
Desta forma, as decisões empresariais a serem tomadas, apoiadas em 
informações, tanto quantitativas quanto qualitativas, fornecem os ele-
mentos para o cálculo econômico. Os gestores justificam, assim, suas 
decisões em termos numéricos, mostrando como conseguem valorizar 
o volume de recursos físicos e financeiros, disponíveis de maneira ade-
quada, produzindo lucros. Em cenários econômicos voláteis e incertos, 
o acompanhamento sistemático das finanças de um empreendimento é 
condição para a tomada de decisões gerenciais.
Projeção de Fluxo de caixa
O Fluxo de Caixa não é a mesma coisa que o lucro. O lucro é o 
resultado de subtrair as despesas do volume de vendas, enquanto o Fluxo 
de Caixa é resultado da diferença entre a efetiva quantia recebida e os 
pagamentos de caixa. O caixa flui somente quando pagamentos efetivos 
são recebidos ou feitos. As vendas não podem ser vistas como caixa, 
porque uma venda pode ser feita hoje, mas o pagamento será feito depois 
de 30 dias. Além disto, nem todas as contas são pagas imediatamente. 
Pagamentos para reduzir o principal de um empréstimo não constituem 
uma despesa da empresa, mas uma redução do caixa (HISRICH; PETERS, 
2004, p. 267-268). 
É importante que o empreendedor faça projeções mensais de caixa, 
assim como as projeções para os lucros, prevendo as entradas e saídas 
de caixa, ao longo de um período determinado, visando orientar a ges-
tão financeira da empresa. O Fluxo de Caixa representa a evolução do 
movimento de entradas e saídas de recursos financeiros da empresa, ao 
longo do tempo. Permite visualizar, a cada momento, qual a disponibi-
lidade financeira do caixa e verificar se os desembolsos futuros poderão 
ocorrer nas datas previstas.
Os números nas projeções de Fluxo de Caixa são formados a 
partir do Demonstrativo de Resultados, levando em conta o tempo 
esperado para as mudanças no caixa. Se os desembolsos são maiores do 
que os recebimentos em qualquer período, o empreendedor deverá fazer 
um empréstimo ou ter recursos em uma conta bancária, para cobrir os 
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 desembolsos mais altos. Em geral, os primeiros meses do negócio vão 
exigir capital externo (visto como débito) para cobrir as saídas do caixa. 
À medida que o empreendimento progride e os recebimentos acumulam-
se, o empreendedor poderá suportar os períodos de capital negativo.
É sempre difícil projetar Fluxos de Caixa, determinar recebimentos 
e desembolsos mensais exatos, quando a empresa ainda não está em ope-
ração. É preciso estimar um percentual X das vendas que será recebido 
à vista e outro Y no mês seguinte e, ainda, que deverão existir outros 
desembolsos destinados à manutenção de estoque (HISRICH; PETERS, 
2004). Por tais razões, é conveniente preparar vários cenários, levando 
em conta diferentes níveis de sucesso da empresa. Estas projeções são 
importantes, sobretudo porque familiarizam o empreendedor com os 
fatores que afetam as operações.
O Fluxo de Caixa possibilita ao administrador planejar suas 
necessidades de caixa em curto prazo. Os excessos e faltas de caixa são 
o objeto de atenção do gerente. O período coberto pelo Fluxo de Caixa 
é normalmente dividido em intervalos. O número de intervalos depende 
da natureza do negócio. Empresas que enfrentam sazonalidades devem, 
a princípio, trabalhar com fluxos semanais, mensais e trimestrais. De 
qualquer maneira, o horizonte coberto pelo fluxo é estabelecido em 
função das metas e objetivos, definidos pela administração. A seguir, 
temos o Fluxo de Caixa composto por:
Receitas: valor das vendas recebidas.1. 
Vendas: volume monetário do faturamento.2. 
Custos e despesas variáveis: custos que variam na mesma 3. 
proporção das variações ocorridas no volume de produção 
ou em outra medida de atividade.
Custos e despesas fixos: valores que se mantêm inalterados, 4. 
independentemente das variações da atividade ou vendas.
A seguir, a Tabela 10.6 exemplifica um modelo de projeção do 
Fluxo de Caixa.
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viabilidade da empresa
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tabela 10.6: Projeção do Fluxo de Caixa
ano 1 ano 2 ano 3
rEcEBimENtOs
Receitas à vista
Receitas a prazo
Faturamento
PaGamENtOs
custos /desp. variáveis
Compras à vista
Compras a prazo
Frete
Comissão
Impostos variáveis
Terceirização
custos Fixos
Salários
Encargos sociais
Aluguel
Água
E. elétrica
Telefone
Desp. contador
Desp. Bancárias/Juros/CPMF
Pró-labore
Investimentos
Impostos fixos
Outras despesas
Custo Total
R$ - 
R$ - 
R$ -
R$ -
R$ -
R$ -
R$ -
R$ -
R$ -
R$ -
R$ -
R$ -
saldO dE caixa R$ - R$ - R$ -
Fonte: Dornelas (2005).
Projeção do Balanço Patrimonial
O empreendedor deve prever resultados de um período determi-
nado, visando orientar a gestão econômica da empresa que se configura 
no Balanço Patrimonial. O Balanço é a representação contábil anual, 
obrigatória por lei, da situação econômico-financeira de uma empresa. 
Nele estarão contidos os demonstrativos de resultados e de Fluxos de 
Caixa previstos, sintetizando, assim, os Ativos, Passivos e valor líquido 
do empreendimento.
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 Os Ativos representam tudo de valor que é de propriedade da 
empresa ou que estão disponíveis para uso nas operações do empreen-
dimento. Já os Passivos representam o dinheiro que é devido a credo-
res. Algumas destas quantias devem ser pagas durante o ano (Passivo 
Circulante), enquanto outras poderão ser dívidas a longo prazo, como 
empréstimos para compra de equipamento.
Mesmo que a empresa honre o que é devido (contas a pagar) e 
estabeleça bons índices de crédito e boa relação com os fornecedores, 
frequentemente, segundo Hisrich e Peters (2004), é necessário atrasar 
pagamentos de contas para gerenciar eficientemente o Fluxo de Caixa. 
Apesar da situação incômoda de atrasar seus pagamentos, o empreen-
dedor imagina com isto melhorar seu Fluxo de Caixa, porém se esquece 
de que seus clientes poderão estar fazendo a mesma coisa.
O Patrimônio Líquido representa o excesso de todos os ativos em 
relação aos passivos. Representa o valor líquido do negócio, ou seja, a 
quantidade investida e/ou retida pelos proprietários nas operações do 
empreendimento.
Apresentamos, a seguir, um exemplo de Balanço Patrimonial, 
projetado ao final do primeiro ano, para que você aprecie a disposição 
das contas e os valores relativos.
tabela 10.7:Balanço Patrimonial projetado da empresa X
Balanço Patrimonial projetado da empresa x, final do 1º ano
Ativos
Ativos Circulantes
Caixa US$ 50.400
Contas a receber 46.000
Estoques de mercadorias 10.450
Matérias-primas 1.200
Total de Ativos Circulantes US$ 108.050
Ativos Permanentes
Equipamento 240.000
Menos depreciação 39.600
Total de Ativos Permanentes 200.400
Total de Ativos US$ 308.450
Passivos e Patrimônio Líquido
Passivos Circulantes
Contas a pagar US$ 23.700
Porção atual de débito de longo prazo 16.800
Total de Passivos Circulantes US$ 40.500
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Passivos de Longo Prazo
Notas a pagar 209.200
Total de Passivo 249.700
Patrimônio Líquido
Sócio 1 capital 25.000
Sócio 2 capital 25.000
Lucros retidos 8.750
 Total do Patrimônio Líquido 58.750
Total do Passivo e Patrimônio Líquido US$ 308.450
Fonte: Adaptado de Hisrich e Peters (2004, p. 272).
A demonstração do resultado é um resumo ordenado das receitas 
e despesas da empresa em determinado período. Da receita total obtida, 
devem ser subtraídos os impostos, abatimentos e devoluções concedi-
dos. Da receita líquida, deduzem-se os custos dos produtos vendidos 
(comércio), dos produtos fabricados (indústria) ou dos serviços prestados 
(serviços) para chegar ao Lucro Bruto. Em seguida, subtraem-se do lucro 
bruto as despesas operacionais, assim denominadas por representarem 
os gastos necessários para que as receitas sejam alcançadas. Dado que a 
empresa pode obter receita ou ter despesa, não derivadas de suas opera-
ções, é convenção separá-las das atividades operacionais. Finalmente, é 
calculado o Imposto de Renda para a provisão, para se atingir a soma de 
lucros ou prejuízos que, se não forem distribuídos, serão incorporados 
ao patrimônio líquido, alterando por consequência o próprio balanço. A 
seguir, apresentamos a Tabela 10.8 com um Demonstrativo de Resultados 
e algumas explicações a ele relacionadas.
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 tabela 10.8: Demonstrativo de Resultados
Item Explicação
Receita Bruta Total Geral das Vendas
(-) Deduções Impostos e abatimentos
= Receita Líquida
(-) Custos do Período Gastos referentes a produção, comercialização ou serviços
prestados.
 
= Lucro Bruto
(-) Despesas São gastos necessários, para que a atividade seja desenvolvida (ativi-
dades administrativas, de vendas e financeiras).
= Lucro Operacional
(+/-) Receita/Despesa não operacional
= Lucro Antes do Imposto de Renda
(-) Imposto de Renda
= Lucro Líquido
Fonte: Dornelas (2005).
Ponto de Equilíbrio
O Ponto de Equilíbrio (PE) corresponde ao valor monetário ou 
volume de vendas necessário para saldar os custos fixos e as variáveis, a 
partir do qual a empresa começa a obter lucros. No Ponto de Equilíbrio, 
não há lucro nem prejuízo. É de grande utilidade, pois possibilita ao 
empresário saber em que momento seu empreendimento começa a obter 
lucro e, assim, torna-se uma importante ferramenta gerencial. A seguir, 
temos o cálculo para encontrar o Ponto de Equilíbrio.
PE = (Custos Fixos Totais/Margem de Contribuição Unitária) x Receita
onde: Margem de Contribuição Unitária = Receita – Custos Variáveis
então: 
PE = Custo Fixo
1- (Custo Variável/receita total)
Fonte: Dornelas, 2005.
Para obter o PE em quantidades de produtos, basta dividir o 
resultado anterior pelo preço de venda unitário do produto.Vamos 
definir com mais detalhes o que é a Margem de Contribuição Unitária 
(MCu). A MCu é o valor, ou percentual, que sobra das vendas, menos o 
custo direto variável e as despesas variáveis. A Margem de Contribuição 
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viabilidade da empresa
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Unitária representa o quanto a empresa tem para pagar as despesas fixas 
e gerar o lucro líquido. Ela é calculada da seguinte forma: 
MCu = Preço de Venda (PV) - Custo da Mercadoria Vendida Unitária 
(CVu) - Despesas Variáveis Unitária (DVu)
ou seja,
MCu = PV – CVu – DVu
Exemplo:
Preço de Venda (PV) = R$ 20,00;
Custo das Mercadorias Vendidas (CVu) = R$ 12,00;
Despesas Variáveis (DVu) = R$ 2,00;
Qual é a Margem de Contribuição Unitária (MCu)?
MCu = PV – CVu – DVu
MCu = 20 – 12 – 2 = R$ 6,00
Agora que você já sabe como calcular a Margem de Contribuição Unitária (MCu) 
e chegar ao Ponto de Equilíbrio (PE), vamos treinar um pouco estes cálculos nos 
exercícios a seguir propostos:
Certa empresa trabalha no ramo na produção do produto B. Seu preço de a. 
venda unitário é de $ 15,00, seus custos variáveis são $ 8,00. Calcule sua Margem 
de Contribuição Unitária.
Um produto tem custo fixo de $ 60.000,00 e MCu foi de $ 10,00. Calcule seu b. 
Ponto de Equilíbrio em unidades.
O preço de venda do produto X é de $ 20,00 a unidade, seus custos fixos c. 
totalizam $ 20.000,00, seus custos variáveis são de $ 10,00 a unidade. Calcule o 
Ponto de Equilíbrio em unidades e em valor.
Resposta Comentada
a. A Margem de Contribuição Unitária é dada pela fórmula:
MCu = PV – CVu – DVu
onde:
MCu = Preço de Venda (PV) - Custo da Mercadoria Vendida Unitária (CVu) - 
Despesas Variáveis Unitária (DVu).
Atividade 2
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Substituindo os valores na fórmula, temos:
MCu = 15 – (6 + 2) = MCu = 15 – 8 = 7
b. O Ponto de Equilíbrio é dado pela fórmula:
PE = (Custos Fixos Totais/Margem de Contribuição Unitária) x Receita
onde: Margem de Contribuição Unitária = Receita – Custos Variáveis
então: 
PE =
Custo Fixo
1– (Custo Variável/receita total)
Substituindo os valores na fórmula, temos:
PE = CF / MC = $ 6.000,00
c. O Ponto de Equilíbrio em unidades é dado pela fórmula:
PEunidades = CF/PVu – Cvu
PEunidades = Custo Fixo/Preço de Venda Unitário – Custo Variável Unitário
Substituindo na fórmula, temos:
PEunidades= 20.000 / 20 – 10 = 2.000 unidades
PEvalor= 2.000 x 20 = $ 40.000,00
ÍNdicEs FiNaNcEirOs
Os índices financeiros indicam a situação financeira da empresa, 
ou seja, a capacidade de saldar suas obrigações de curto prazo na data 
de vencimento. São definidos quatro grupos de indicadores: liquidez, 
atividade, endividamento e lucratividade. São quocientes, calculados a 
partir dos itens do Balanço Patrimonial e demonstrações de resultado.
 Os Índices de Liquidez mostram qual a capacidade da empresa 
de saldar as dívidas. É um indicador importante sobre o qual bancos, 
principalmente, prestam muita atenção. O primeiro Índice de Liquidez 
chamado de Liquidez Corrente representa quanto a empresa dispõe para 
saldar o Passivo Circulante. Um índice de 2,0, por exemplo, significa 
que a empresa pode cobrir seus Passivos Circulantes, mesmo que seus 
Ativos Circulantes sejam reduzidos em 50%. O Índice de Liquidez a 
seco deduz os estoques do cálculo, uma vez que os estoques são ativos 
de menor liquidez.
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viabilidade da empresa
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A medida de atividade de uma empresa pode ser encontrada pelogiro de estoque e do Ativo Total. São usados para medir a rapidez que 
várias contas são convertidas em vendas. O giro do estoque demonstra 
a velocidade que no período o estoque é trocado. O giro do Ativo por 
sua vez, mostra a eficiência com que a empresa é capaz de usar seus 
ativos para gerar vendas.
Os Índices de Endividamento demonstram quanto do total de 
Ativos é financiado pelos credores da empresa (Índice de Participação 
de Terceiros) e o total de recursos fornecido pelos credores e pelos pro-
prietários da empresa (Índice Exigível – Patrimônio Líquido).
As medidas de lucratividade mostram quanto uma empresa é 
atraente do ponto de vista do investidor. São através destes índices que 
se justificam os investimentos.
Cada uma das medidas relaciona os retornos da empresa (retor-
no bruto, operacional e líquido) com suas vendas, e o ROI do inglês 
(Return On Investment) que significa o retorno do investimento, também 
chamado de retorno sobre o ativo total. O ROI determina a eficiência 
global da administração, quanto à obtenção de lucros com os seus ativos 
disponíveis.
Resumindo, os índices são descritos considerando a seguinte 
estrutura:
I - Índices de Liquidez
Os Índices de Liquidez envolvem o Ativo Circulante e o Passivo 
Circulante da empresa.
Capital Circulante Líquido é a diferença entre os Ativos Circu-
lantes e os Passivos Circulantes da empresa:
Capital Circulante Líquido = Ativo Circulante – Passivo Circulante.
Liquidez corrente = Ativo Circulante/ Passivo Circulante.
Liquidez a seco = (Ativo Circulante – estoque)/ Passivo Circulante.
II - Índices de Atividade
Giro do estoque = custo das mercadorias/estoques.
Giro do Ativo Total = vendas/Ativo total.
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 III - Índices de Endividamento
Participação de terceiros = Passivo Total/Ativo Total.
Participação de credores e proprietários da empresa = Exigível/ 
Patrimônio.
IV - Índices de Lucratividade
Margem bruta = Lucro bruto/vendas.
Margem operacional= Lucro operacional/vendas.
ROI = Lucro Líquido/Ativo Total.
técNicas dE aNálisE dE iNVEstimENtOs
Existem algumas perguntas que os investidores podem fazer a 
respeito de um projeto de investimento, de um novo negócio ou de um 
negócio existente, que são respondidas através de técnicas específicas, 
apresentadas a seguir. As respostas a estas perguntas são de extrema 
importância e devem constar no Plano de Negócios.
Quantos reais em média são gerados por real de investimento?1. 
Qual o prazo em que será recuperado o desembolso do inves-2. 
timento original?
De que modo o valor presente dos benefícios futuros do inves-3. 
timento comparam-se com o desembolso do investimento?
retorno contábil sobre investimento
O Retorno Contábil sobre Investimento responde à primeira per-
gunta e é um critério de lucro. Pode ser calculado da seguinte forma:
Rentabilidade: Lucro anual médio/ Valor declarado médio do 
investimento
Sua deficiência encontra-se no fato de que a medição do retorno 
ignora o valor do dinheiro em relação ao tempo; portanto, apesar de 
ser extremamente simples de ser calculado, não consegue satisfazer a 
regra de se dar preferência por mais dinheiro recebido mais cedo e com 
menos risco.
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Prazo de Payback
A técnica de Payback mede o tempo necessário para recuperar o 
montante de capital inicialmente investido. Responde à segunda pergunta.
Assim, diferente da técnica de retorno contábil sobre o investimento, 
a técnica de Payback aborda fluxos de caixa. Os méritos de qualquer 
projeto são julgados em função da recuperação do investimento original 
em tempo menor do que algum prazo máximo de Payback aceitável.
Embora aborde Fluxos de Caixa em vez de lucros, essa técnica 
apresenta duas fraquezas fundamentais. Em primeiro lugar, ela não leva 
em consideração o aspecto em relação ao valor do dinheiro. Em segundo 
lugar, essa técnica não leva em consideração os fluxos de caixa recebi-
dos após o prazo de Payback, o que pode ser significativo. Por outro 
lado, as técnicas de Fluxo de Caixa descontado, apresentadas a seguir, 
permitem que os investidores possam avaliar melhor suas decisões de 
investimento.
Numa série mista de entradas de caixa, que são entradas diferen-
tes ao longo dos anos, é usada a seguinte fórmula para se encontrar o 
período de Payback:
Período de Payback= Anos antes da recuperação total + Custo 
não recuperado no início do ano
Fluxo de caixa descontado do ano.
técnicas de Fluxo de caixa descontado
Estas técnicas comparam o valor presente dos futuros Fluxos de 
Caixa com o desembolso inicial do investimento. Esta análise pode ser 
feita através de dois métodos: VPL (Valor Presente Líquido) e TIR (Taxa 
Interna de Retorno).
Valor Presente líquido
Para se medir o VPL de um projeto, faz–se uma estimativa do 
valor de hoje para os futuros Fluxos de Caixa reais que estarão sendo 
gerados pelo projeto e deduz-se o montante do investimento feito. Isto 
quer dizer que se descontam os futuros Fluxos de Caixa após imposto 
de volta ao seu valor presente e então se subtrai o desembolso do inves-
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 timento inicial. Se o VPL for positivo, o projeto é viável, pois o valor 
presente dos futuros Fluxos de Caixa é maior que o investimento inicial. 
Caso contrário, o projeto deve ser rejeitado.
VPL = INV
K
Fn
K
F
k
F
K
F
n −



+
++
+
+
+
+
+ )1(
...
)1(
3
)1(
2
)1(
1
321
onde:
VPL = Valor Presente Líquido
Fn = Fluxo de Caixa após imposto no ano t
N = Vida do projeto em anos
K = Taxa de desconto (taxa de retorno exigida)
INV = Investimento inicial
Fonte: Dornelas, 2001(b).
taxa interna de retorno (tir)
Para calcular a TIR, deve-se descobrir a taxa de desconto (K) 
que fornece um Valor Presente Líquido igual a zero. Nesta taxa, o valor 
presente dos futuros Fluxos de Caixa é exatamente igual ao investimento 
efetuado. Assim, a TIR é obtida da fórmula do VPL, igualando-se esta 
a zero e procurando-se o valor para K, que neste caso será a TIR do 
projeto.
Cálculo da TIR: ∑
n
t =1
FCt
(1 + TIR)t
=FC0
Observe que a fórmula da TIR é simplesmente a fórmula do VPL, 
resolvida para a taxa de desconto específica que força o VPL a ser igual 
a zero. Assim, a mesma equação básica é utilizada para ambos os méto-
dos, porém no método do VPL a taxa de desconto, k, é especificada e o 
VPL é encontrado, enquanto no método da TIR, o VPL é especificado 
para ser igual a zero e a taxa de juros que força esta igualdade (TIR) é 
calculada.
Apesar de ser fácil encontrar o VPL sem uma calculadora finan-
ceira, isto não é verdadeiro para a TIR. Sem uma calculadora, você 
deve resolver a equação anterior por tentativa e erro – tente uma taxa 
de desconto e verifique se a equação resulta em zero e, caso isto não 
aconteça, tente uma taxa diferente e continue até encontrar a taxa que 
force a equação a ser igual a zero. A taxa de desconto que faz com que a 
Fn
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viabilidade da empresa
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equação (e o VPL) iguale-se a zero é definida como TIR. Para um projeto 
realista com uma vida relativamente longa, a abordagem da tentativa e 
erro é uma tarefa tediosa e consome muito tempo. 
Na Atividade Final será demonstradoo cálculo do VPL e da TIR, 
utilizando a HP 12C, porém a calculadora só é indispensável para o 
cálculo da TIR, e este não será cobrado nas atividades da disciplina.
OriGEm E aPlicaçãO dE rEcursOs 
A Tabela 10.9, a seguir, expõe origens e aplicações de recursos 
previstos para uma empresa fictícia, depois do primeiro ano de opera-
ção. Conforme você verá, muitos dos recursos e fundos foram obtidos 
de reservas pessoais ou empréstimos. Ao final do primeiro ano, houve 
lucro, então este será adicionado às fontes de recursos. Já a depreciação é 
acrescentada novamente, porque não representa um desembolso. Fontes 
comuns de recursos são as operações, novos investimentos, empréstimos 
de longo prazo e venda de ativos (HISRICH; PETERS, 2004, p. 274).
tabela 10.9: Origens e aplicações de recursos pro forma, ao final do primeiro ano
Balanço Patrimonial projetado da empresa x, final do 1º ano
Origens de recursos
Hipoteca 150.000
 Empréstimo a termo 75.000
 Recursos próprios 50.000
 Lucro Líquido de operações 8.750
 Acréscimo de depreciação 39.600
total de recursos providos R$323.350
Aplicação de recursos
 Compra de equipamento 240.000
 Estoque 10.450
 Pagamento de empréstimo 16.800
total de recursos gastos 267.250
Aumento líquido no capital de giro 56.100
R$ 323.350
Fonte: Hisrich e Peters (2004, p. 274).
Já os principais usos ou aplicações de recursos são o aumento dos 
ativos, a retirada de circulação dos passivos em longo prazo, redução 
do capital próprio ou do patrimônio líquido e pagamento de dividendos. 
Segundo Hisrich e Peters (2004, p. 274), o demonstrativo de origens e 
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 aplicações de recursos enfatiza a inter-relação destes itens com o capital 
operacional. O demonstrativo auxilia o empreendedor, bem como os 
investidores, a compreender melhor a saúde financeira da empresa e a 
eficiência de suas políticas de gestão financeira.
Conforme vimos, os planos financeiros são importantes para a 
criação das empresas, porque garantem sua sustentabilidade no longo 
prazo. O planejamento financeiro é crucial, pois é o momento de con-
frontar os ganhos, as despesas, e ver se o negócio é viável e rentável.
Um Plano Financeiro estruturado, com revisão periódica e metas 
bem estabelecidas é essencial para assegurar o crescimento do negócio 
como também a manutenção de sua lucratividade.
A empresa Serope S/A está analisando os seguintes projetos de investimento, com seus 
respectivos Fluxos de Caixa (Fc) anuais, utilizando uma Taxa Mínima de Atratividade 
(TMA) de 10 % a.a.
PrOjEtOs investimento inicial Fc ao ano após o ir tempo de duração
A $ 4.000,00 $ 1.628,00 5 anos
B $ 8.000,00 $ 3.116,00 5 anos
C $ 30.000,00 $ 7.450,00 5 anos
D $ 8.200,00 $ 3.256,00 5 anos
Com base nestas informações pede-se:
Qual o período de d. Payback descontado para cada projeto?
Qual o VPL para cada projeto?e. 
Se os projetos forem independentes, qual(is) deveria(m) ser aceito(s)? Justifique.f. 
Se os projetos fossem mutuamente excludentes, qual deveria ser a escolha da empre-g. 
sa? Justifique.
Tabela de fatores de Valor Presente para uma Anuidade.
Taxa de Desconto
Ano 1% 2%3%4%5%6%7%8%9% 10% 11% 12%
1 0.99010.98040.97090.96150.95240.9434 0.9346 0.9259 0.9174 0.9091 0.9009 0.8929
2 1.97041.9416 1.91351.88611.85941.83341.80801.7833 1.75911.73551.7125 1.6901
.
.
5 4.85344.71354.57974.4518 4.32954.21244.10023.99273.88973.79083.6959 3.6048
 
Atividade Final
3
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Resposta Comentada
a. 
Período de Payback= Anos antes da recuperação total + Custo não recuperado no início do ano
 Fluxo de Caixa durante o ano
 
Para calcular o período de Payback Descontado é necessário trazer os fluxos a valor 
presente para depois fazer os fluxos acumulados e aplicar a fórmula acima.
Projeto A
Período Projeto ($) FC Desc. A Acumulado
0 4.000,00 4.000,00 4.000,00
1 1.628,00 1.480,00 2.520,00
2 1.628,00 1.345,45 1.174,55
3 1.628,00 1.223,14 48,60
4 1.628,00 1.111,95 1.160,54
5 1.628,00 1.010,86 2.171,40
Período de PaybackProjeto A= 2 + 1.174,55/1.223,14 = 2,96 anos
Projeto B
Período Projeto B ($) FC Desc. B Acumulado
0 8.000,00 8.000,00 8.000,00
1 3.116,00 2.832,73 5.167,27
2 3.116,00 2.575,21 2.592,07
3 3.116,00 2.341,10 250,97
4 3.116,00 2.128,27 1.877,30
5 3.116,00 1.934,79 3.812,09
Payback B = 3,12 anos
Projeto C
Período Projeto C ($) FC Desc. C Acumulado
0 30.000,00 30.000,00 30.000,00
1 7.450,00 6.772,73 23.227,27
2 7.450,00 6.157,02 17.070,25
3 7.450,00 5.597,30 11.472,95
4 7.450,00 5.088,45 6.384,50
5 7.450,00 4.625,86 1.758,64
Payback C = 0,00
3 4 C E D E R J C E D E R J 3 53 4 C E D E R J C E D E R J 3 5
A
U
LA
 
1
0
 
Projeto D
Período Projeto D ($) FC Desc. D Acumulado
0 8.200,00 8.200,00 8.200,00
1 3.256,00 2.960,00 5.240,00
2 3.256,00 2.690,91 2.549,09
3 3.256,00 2.446,28 102,81
4 3.256,00 2.223,89 2.121,08
5 3.256,00 2.021,72 4.142,80
Payback D = 3,05 anos
VPL calculado com Fator de Valor Presente para TMA de 10 % a.a.
VPL = ∑ (FCt x FVPA k, t ) - FC0
Projeto A
VPL = (1.628 x 3,791) – 4.000 = $ 2.171, 74
Projeto B
VPL = (3.116 x 3,791) – 8.000 = $ 3.812, 76
Projeto C
VPL = (7.450 x 3,791) – 30.000= -$ 1.757, 05
Projeto D
VPL = (3.256 x 3,791) – 8.200 = $ 4.143, 50
c. Os projetos A, B e D deveriam ser aceitos, pois possuem VPL > 0.
d. O projeto D deveria ser aceito, pois possui o maior VPL ($ 4.143,50), o que 
maximiza a riqueza do proprietário.
3 6 C E D E R J C E D E R J P B
Empreendedorismo e Oficina de Negócios | Organizando o Plano Financeiro e analisando a 
viabilidade da empresa
Nesta aula, foi visto como montar o Planejamento Financeiro. O Plano 
Financeiro deve mostrar como a empresa se comportará ao longo do 
tempo do ponto de vista financeiro, tendo em vista as descrições e 
cenários, pressupostos críticos, situação histórica, Fluxo de Caixa, análise 
do investimento, Demonstrativo de Resultados, projeções de balanços e 
outros indicadores. Esta parte do Plano de Negócios deve conter de cinco 
a seis páginas. No Plano Financeiro, apresentam-se, em números, todas as 
ações planejadas para a empresa. Os principais demonstrativos que devem 
ser apresentados em um Plano de Negócios são os seguintes: Balanço 
Patrimonial, Demonstrativo de Resultados e Demonstrativo de Fluxo de 
Caixa. Através destes, é possível efetuar uma análise de viabilidade do 
negócio e retornos financeiros. Para estas análises, geralmente se usam os 
seguintes métodos: análise do Ponto de Equilíbrio, prazo Payback, TIR (Taxa 
Interna de Retorno) e VPL (Valor Presente Líquido).
r E s u m O
iNFOrmaçãO sOBrE a Próxima aula
Na próxima aula, buscaremos consolidar os conhecimentos desenvolvidos ao 
longo da disciplina, através de exercícios práticos, enfatizando a atividade 
de planejamento e controle.

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