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Uso e interpretação de mapas Apresentação Conhecer o ambiente em que se vive é uma necessidade cada vez maior da sociedade. Estimular os alunos a construírem esse conhecimento sobre o hábitat, desde o local para o global, faz com que se tenha uma sociedade cada vez mais ciente e responsável sobre as suas atitudes que afetam o mundo. O professor em sala de aula deve estar atento a uma série de fatores para melhor estimular os alunos dentro da linguagem cartográfica. Esses fatores são a realidade dos seus alunos, o conhecimento que já têm, o grau de inserção no mundo tecnológico e as novas tecnologias que surgem no mercado na área, não esquecendo das habilidades e dos métodos que levaram os mapas a chegarem no estado tecnológico. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar as características dos mapas-múndi e suas possibilidades didáticas, ressaltando a importância dos mapas impressos, analisando os modos de uso e a interpretação em sala de aula. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar as características dos mapas-múndi e suas possibilidades didáticas. • Analisar elementos presentes em mapas impressos.• Elaborar modos de uso e interpretação dos mapas em sala de aula.• Desafio A leitura dos mapas é uma ferramenta importante a ser desenvolvida em sala de aula. Com o estímulo ao aluno a desenvolver essa capacidade, abre-se um leque importante para a criação e a formação dele, principalmente para a interpretação correta de gráficos, corres e imagens de uma forma geral. Qual a conclusão que você deve levar os alunos a chegarem a partir da observação do mapa, principalmente entre a relação da legenda com o mapa, aproveitando para levantar algumas considerações, como a concentração populacional em alguns estados e regiões? Quais pontos importantes podem ser trabalhados dentro do contexto e do mapa apresentado aos alunos? Infográfico Os mapas temáticos são usados para mostrar, em certas áreas, determinados elementos/objetos ou fenômenos específicos. Nos mapas temáticos, é importante a diferenciação de cores e símbolos e uma legenda clara. São exemplos: mapas demográficos, históricos, econômicos, do sistema viário, ambientais, turísticos, etc. Os mapas temáticos transitam nos mais diferentes conteúdos presentes na grade das diferentes séries dos ensinos fundamental e médio. Saber passar esses elementos em sala de aula de maneira clara para os alunos é importante para se ter um correto entendimento do conteúdo. Confira, no Infográfico, alguns exemplos de mapas temáticos, com seus conteúdos de abordagem, que podem servir como guia ao professor em sala de aula. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/695d7155-e481-4f9e-a79a-267dc766bcfb/7f34daf5-7793-4b75-8ff4-8577a06c341a.jpg Conteúdo do livro O mapa-múndi é uma representação da superfície terrestre no plano, em que se busca representar os principais elementos presentes no planeta. O uso desses mapas em sala de aula traz inúmeros ganhos na aprendizagem dos alunos, fornecendo o componente espacial do todo. A inserção de novas tecnologias, tanto para se trabalhar com o global quanto com o local em sala de aula, por meio de mapas digitais, permite maior interação entre o aluno e o material cartográfico. Porém, o trabalho com o mapa impresso deve ser valorizado em sala de aula, garantido a correta interpretação deste por parte dos alunos. No Capítulo Uso e interpretação de mapas, da obra Cartografia, você vai conhecer sobre as características e possibilidades dos mapas-múndi, considerando os elementos presentes nos mapas impressos e estudando os modos de uso e interpretação em sala de aula. Boa leitura. CARTOGRAFIA Carlos Alberto Löbler Uso e interpretação de mapas Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar as características dos mapas-múndi e suas possibilidades didáticas. Analisar elementos presentes em mapas impressos. Elaborar modos de uso e interpretação dos mapas em sala de aula. Introdução A análise espacial em escala mundial com a utilização do mapa-múndi é uma importante etapa na construção do conhecimento geográfico e interdisciplinar do indivíduo. Estudar o mundo a partir do local em que vivemos, identificando outras culturas, climas e vegetações, passa pelo reconhecimento das peculiaridades dos diferentes espaços ao seu redor. Algumas informações são fundamentais para que possamos ler um mapa, como legenda, escala, título e orientação geográfica. O uso e a interpretação dos mapas em sala de aula desperta a capacidade de localização e espaço nos alunos. O professor deve estar atento às novas tecnologias do setor, além de apresentar corretamente os processos analógicos. Neste capítulo, você aprofundará seus estudos sobre as caracterís- ticas dos mapas-múndi e suas possibilidades didáticas, observando a importância dos elementos presentes em mapas impressos e estudando os modos de uso e interpretação dos diferentes mapas em sala de aula. Mapas-múndi e suas possibilidades didáticas O mapa-múndi é a representação da superfície terrestre em um ambiente plano. Nele, encontram-se os mais variados elementos físicos, como continentes, oceanos, rios, montanhas, desertos, etc. Dependendo da sua fi nalidade, ou seja, do uso que se quer dar ao mapa, pode-se enfatizar alguns dos seus elementos. Além disso, os mapas-múndi podem auxiliar estudos em escala mundial sobre populações, economia, qualidade de vida, etc. Quando os mapas são trabalhados em sala de aula, uma refl exão inicial sobre os seus principais usos pode ser realizada, principalmente, em relação aos mapas-múndi. Pode-se citar como exemplo histórico os portugueses, que possuíam conhecimentos cartográfi cos sólidos e eram considerados, na época das grandes navegações, uma nação poderosa. Naquele período, entre os séculos XV e XVI, era funda- mental para os países exploradores saberem a localização dos territórios e dos oceanos para aumentar a sua soberania. Esses países deveriam ter capacidade de produzir novos mapas e interpretar corretamente os já existentes (SILVA; NASCIMENTO, 2015). Em mapas-múndi temáticos, diferentes fenômenos em nível mundial são estudados, como economia, população, clima, qualidade de vida com indicado- res — como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) —, aspectos físicos em geral (relevo, vegetação, etc.), além da localização pontual dos principais países, estados e cidades (Figura 1). Aliado a isso, o ensino contemporâneo vem trazendo as facilidades da difusão de aparelhos de localização, como os receptores GPS (Global Positioning System) e as imagens de satélites georreferenciados, como as do Google Earth, por exemplo. Figura 1. Mapa-múndi com as divisões políticas mundiais, os meridianos e paralelos e os nomes dos principais países, cidades, oceanos e rios. Fonte: frees/Shutterstock.com. Uso e interpretação de mapas2 Conhecer o espaço mundial por meio de mapas reproduzidos no plano do papel deixou de ter a relevância que tinha no passado. Contudo, entender como é o processo sem a tecnologia é fundamental para que os alunos tenham a noção de como ocorria o processo analogicamente e como atua a tecnologia para intermediar os processos até que cheguem ao usuário. História da cartografia na era moderna Na Inglaterra no fi nal do século XVIII, a revolução industrial, propiciou tempos modernos para muitos setores da economia. Após e durante esse período a cartografi a foi alavancada com a geração de riquezas, melhorando a precisão dos trabalhos. Ocorreram mais investimentos na produção de cartas, mapas e instrumentos. A Grã-Bretanha, na segunda metade do século XVIII, aparecia como um grande centro de atividades cartográfi cas. John Hadley (1682–1744), responsável pela construçãodo primeiro telescópio refl etor usado em astro- nomia; John Harrison (1693–1776), relojoeiro que inventou um cronômetro marinho, fundamental para a solução do problema das longitudes; e Jesse Ramsden (1735–1800), que desenvolveu o sextante e o teodolito, são exemplos de grandes nomes dessa época. O cálculo das longitudes se apresentava como um grande desafio aos cientistas modernos, dominar esses cálculos era fundamental para acabar com os incidentes ocorridos com embarcações nas navegações da época. No período, ainda não era possível determinar com precisão a forma e tamanho da Terra, ainda que, já fosse aceita a ideia de que a Terra não era uma esfera perfeita. Os reis da França e Inglaterra, a fim de solucionar esse problema, investiram muitos recursos investindo em pesquisas desenvolvidas nos grandes centros de estudos da época, como a Académie Royale des Sciences (1666) e a Royal Society of London (1662), que se apoiavam, respectivamente, em trabalhos realizados no Observatoire Royal de Paris (1667), sob o comando de Giovanni Cassini (1625–1712), e no Royal Observatory at Greenwich (1676), coordenado por John Flamsteed (1646–1719). Foram organizadas duas importantes expedições geodésicas pelos franceses, com a finalidade de constatar se a Terra era mesmo achatada nos polos como previra Isaac Newton (1643–1727). A primeira, iniciada em 1735 em Quito, buscava medir um arco de meridiano em um ponto mais central na esfera terrestre. A segunda, realizada em 1736 no Golfo de Bótnia, no Ártico, buscava 3Uso e interpretação de mapas efetuar medições na região polar. O objetivo era buscar uma definição sobre a forma da Terra comparando os resultados obtidos nas expedições efetuadas por Isaac Newton. Os ingleses também efetuavam várias medições, chegando a valores divergentes dos obtidos pelos franceses. Para acabar com essas diferenças, foi realizado um novo levantamento trigonométrico, alcançando- -se, finalmente, um consenso, entre Londres (Observatório de Greenwich) e Dover (cidade portuária localizada a sudeste de Londres). Evoluindo daquela época, a cartografia, atualmente, conta com valiosos recursos, como: aerofotos, imagens orbitais, sistemas de posicionamento por satélites, programas e aplicativos computacionais que, além de facilitar as atividades cartográficas e aumentar a sua eficiência de atualização, também possibilitam a rápida disponibilização das informações coletadas (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, c2019). Tecnologias de informação aplicadas aos mapas em sala de aula A utilização de mapas digitais em sala de aula é uma tendência mundial que conta com modelos interativos rápidos e de fácil manuseio. No mercado, existem várias opções de aplicativos (programas) livres ( free). Entre os principais, podemos citar o Google Earth (Figura 2), em que se pode fazer, de maneira on-line, várias análises espaciais em escala mundial, além da visualização tridimensional do relevo ou de casas e prédios. Alguns exercícios simples, de abrangência mundial, podem ser aplicados em sala de aula usando a ferramenta Google Earth. Por exemplo, é possível conhecer e entender as cadeias de montanhas de todo o Globo navegando até o local e fazendo a visualização tridimensional da área. Os lugares podem ser vistos de qualquer ângulo, como se o usuário estivesse ao rés do chão olhando a paisagem. Esse recurso pode contribuir para uma aprendizagem significativa, além de fazer correlações com a ocupação humana, a vegetação, os rios, entre outros (MOURA, [2013]). O aplicativo mostra a realidade para os alunos, permitindo viajar por todo o mundo mostrando a realidade local e como o local se encaixa no global. Para aplicar esse conceito de local no global, pode-se pesquisar o endereço de algum aluno ou mesmo da escola e mostrar a sua localização, bem como o melhor caminho para se chegar a qualquer destino. Uso e interpretação de mapas4 Figura 2. Análise espacial em escala mundial por meio do uso da ferramenta digital do Google Earth. Fonte: Google (c2019, documento on-line). Elementos presentes em mapas impressos Os mapas são importantes meios de comunicação, tanto no dia a dia das pessoas quanto em sala de aula para o professor explicar determinados assuntos. Os mapas podem representar elementos naturais e antrópicos existentes na superfície terrestre, como rios, lagos, montanhas, prédios, ruas, parques, entre outros, demonstrando, assim, características macro ou micro, mundiais ou de um único bairro. Contudo, para cumprir a sua função de comunicação, o mapa deve conter alguns elementos específicos. Esses elementos permitem a leitura e análise do mapa transmitindo a informação contida nele. Os principais elementos que um mapa deve apresentar são o título, a escala, a legenda, a orientação geográfica e a projeção cartográfica utilizada (Figura 3). Por convenção, alguns padrões de apresentação dos mapas foram determinados e compilados pelo Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), em 1999. 5Uso e interpretação de mapas Título: fornece as informações gerais que serão apresentadas no mapa e que são importantes para compreendê-lo, como local e período da representação (importante em mapas históricos ou que representam fatos ocorridos anteriormente). Na leitura do mapa, esse é o elemento de maior destaque, apresentado em local de fácil visualização. Legenda: apresenta uma das principais funções para a leitura dos ma- pas, traduzindo o que está sendo passado por meio de cores, formas, tamanhos e símbolos. Por convenção, existem alguns padrões de cores e símbolos estabelecidos pelo IBGE. Por exemplo, a cor azul é utilizada para água, enquanto a verde, para vegetação, ou os padrões de tracejados, como os padrões para ferrovias e rodovias. Para facilitar a representação cartográfica, foi criado um sistema de símbolos conhecidos como convenções cartográficas, adotado pelo IBGE. Os símbolos foram escolhidos de forma a manter certo grau de compreensão e intuição de seus significados, possi- bilitando a leitura da informação contida no mapa por qualquer pessoa em qualquer parte do mundo. No link a seguir, pode ser acessado o material completo do IBGE. Nele, há informações sobre cores, símbolos e formas a serem adotados para os mapas, garantindo o seu entendimento universal. https://qrgo.page.link/gM62s Orientação cartográfica: fornece a posição do mapa em relação aos pontos cardeais. Esse elemento é necessário para que o leitor se oriente corretamente pelo mapa. A orientação pode ser apresentada nos mapas com uma seta apontando para o norte (N) ou também pode ser indicada por uma rosa dos ventos. Escala: é a proporção matemática entre a área real do terreno e a sua representação cartográfica, ou seja, a proporção que é dada pelo mapa. Os dois tipos de escalas mais comuns são a numérica, composta uni- camente por números, e a gráfica, estabelecida por uma por uma linha ou barra desenhada no mapa no sentido horizontal. Uso e interpretação de mapas6 Projeção cartográfica: é a forma ou a base cartográfica utilizada para representar uma parte da superfície da Terra. Como a forma da Terra é esférica, existem certos métodos a serem adotados para representá-la em um plano. Assim, o autor deve sempre escolher o tipo de projeção cartográfica menos prejudicial ao seu trabalho em termos de distorções do espaço representado. Nesse item, também é importante indicar algumas coordenadas para o mapa, a fim de melhor localizar os objetos. Figura 3. Mapa com legenda, escala, seta de indicação do norte e título. Fonte: GrabMaps/Shutterstock.com. 7Uso e interpretação de mapas Interpretação dos mapas em sala de aula O mapa é a representação no plano e, geralmente, utilizando-se uma escala pequena, representa os aspectos geográfi cos, naturais, culturais e artifi cias de uma área delimitada da superfície terrestre. A delimitação da área de abrangência do mapa pode levar em conta muitos aspectos,entre eles, os elementos físicos naturais (rios, lagos, montanhas) e os elementos políticos administrativos (divisas de municípios, estados ou países) (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, c2019). Historicamente, o uso dos mapas surgiu antes mesmo do domínio da escrita pelo homem, na região da Mesopotâmia. As sociedades locais elaboravam mapas com o objetivo de registrar os lugares onde viviam e por onde passavam em seu dia a dia. Com a expansão das civilizações antigas, tanto na Mesopo- tâmia quanto no Egito e Grécia, os mapas passaram a ter uma importância ainda maior, pois era necessário reconhecer e documentar os limites das áreas dominadas e também as possibilidades de ampliação de suas fronteiras por meio das guerras da época. Assim, os mapas eram utilizados para o planejamento das guerras (SILVA; NASCIMENTO, 2015). A Mesopotâmia é considerada o berço da cultura ocidental, desenvolveu-se no vale dos rios Tigre e Eufrates e, hoje, corresponde às áreas do Iraque e Kuwait. Os mapas podem ser facilmente relacionados com os estudos de caráter geográfico, contudo, também podem ser aplicados em muitas outras disciplinas, como história (Figura 4), filosofia, química e matemática. Além disso, pode-se utilizar a ferramenta dos mapas em caráter interdisciplinar e transdisciplinar em inúmeros projetos. Uso e interpretação de mapas8 Figura 4. Mapa-múndi histórico do ano de 1860. Fonte: RTimages/Shutterstock.com. A linguagem cartográfica permite entender as diferentes territorialidades organizadas e definidas pelas sociedades humanas, espacializando os fenô- menos naturais ou culturais ocorridos, estabelecendo a relação da cartografia com a geografia. A linguagem cartográfica permite a apreensão e compreensão da distribuição espacial dos fenômenos, contemplando as especificidades do objeto de estudo da geografia, assim como toda a gama da relação homem e natureza (BITAR; SOUSA 2009). Os estudos cartográficos podem ser incluídos na rotina das crianças a partir dos 6 ou 7 anos de idade, quando o aluno, com o auxílio do professor, poderá desenvolver algumas habilidades, como a lateralidade, com os conceitos de esquerda e direita e os pontos cardeais. Antes disso, ainda quando criança, o aluno deve ter desenvolvido as primeiras relações espaciais denominadas de topológicas elementares (conceito de dentro e fora, perto e longe), que começam a se estabelecer desde o nascimento e são a base para o entendimento das relações espaciais mais complexas (BITAR; SOUSA 2009). 9Uso e interpretação de mapas Ao estimular o aluno a ter uma visão cartográfica, deve-se considerar o próprio interesse da criança pelas diferentes formas de apresentação dos mapas ou das imagens, pois isso refletirá positivamente no processo da alfabetização cartográfica. Cabe ao professor oferecer os recursos adequados, trabalhando de forma lúdica e explorando a linguagem visual produzida pelas ferramentas. É importante desenvolver a capacidade de leitura e de comunicação oral e escrita por meio de desenhos, fotos, gráficos, tabelas, mapas, animações em 3D (Figura 5), plantas, maquetes e imagens de satélite, permitindo ao aluno a percepção e o domínio do espaço (SIMIELLI, 2007). Figura 5. Mapa produzido a partir da perspectiva em 3D dos elementos. Fonte: Alexzel/Shutterstock.com. A produção de mapas é uma atividade muito antiga que surgiu antes da escrita, tornando-se a memória de muitos povos antigos. Tanto no resgate dessas histórias quanto na construção da história contemporânea do aluno, é importante a correta atuação do professor de geografia dentro dos conceitos cartográficos. Assim, a principal função do professor, principalmente, o da disciplina de geografia, é estimular os seus alunos a perceberem melhor o mundo, partindo da sua capacidade de compreender o local para o entendimento do global. Os mapas e globos são importantes ferramentas para auxiliar esse processo, além de permitir que os alunos viagem por diferentes locais sem sair de casa, percebendo o mundo de maneira distinta e visual. Uso e interpretação de mapas10 BITAR, J. C. M.; SOUSA, C. L. A geografia e o uso da linguagem cartográfica na educação básica. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO — EDUCERE, 9., 2009, Curitiba. Anais [...] Curitiba: PUCPR, 2009. GOOGLE. Google earth. c2019. Disponível em: https://www.google.com.br/maps/@- 29.141852,-56.526732,11480795m/data=!3m1!1e3?hl=pt-BR&authuser=0. ACesso em: 26 nov. 2019. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Atlas geográfico escolar: história da cartografia na era moderna. c2019. Disponível em: https://atlasescolar.ibge.gov.br/ conceitos-gerais/historia-da-cartografia/a-era-moderna.html. Acesso em: 27 nov. 2019. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Noções básicas de cartografia. Rio de Janeiro: IBGE, 1999. (Manuais técnicos em geociências, 8). Disponível em: https:// biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografias/GEBIS%20-%20RJ/ManuaisdeGeo- ciencias/Nocoes%20basicas%20de%20cartografia.pdf. Acesso em: 27 nov. 2019. MOURA, L. M. C. Uso de linguagem cartográfica no ensino de geografia: os mapas e atlas digitais na sala de aula. [2013]. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/ portals/pde/arquivos/1017-4.pdf. Acesso em: 27 nov. 2019. SILVA, F. L.; NASCIMENTO, C. F. Ponderações sobre o uso de mapas em aulas de geografia e história. Revista de Ensino, Educação e Ciências Humanas, v. 16, n. 4, p. 356–360, 2015. SIMIELLI, M. E. R., Cartografia no ensino fundamental e médio. In: CARLOS, A. F. A. (org.). A geografia na sala de aula. 8. ed. São Paulo: Contexto, 2007. p. 92–108. Os links para sites da Web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun- cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. 11Uso e interpretação de mapas Dica do professor A utilização de mapas em sala de aula é uma ferramenta consagrada e de relevante capacidade de aprendizagem. Contudo, com os avanços tecnológicos, pode-se trazer o ensino cartográfico para as telas dos computadores ou de smartphones, dando maior interatividade entre alunos e mapas. A utilização de tecnologias em sala de aula, com a participação ativa e interativa dos alunos, ajuda no desenvolvimento e aumenta a sua capacidade de aprender. A arte de trazer dados, imagens, gráficos e mapas de forma rápida e atraente, característica das tecnologias da informação e comunicação, possibilita ao aluno interpretar esses dados e estabelecer relações entre eles. Essas ferramentas estão presentes no dia a dia dos alunos, por exemplo, nos aplicativos de transporte que usam a base cartográfica do Google. Nesta Dica do Professor, veja como os mapas digitais contribuem com o professor ao possibilitar a interatividade entre os alunos e os mapas. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/1074a90d96ee75a67ea6e599545fd17c Exercícios 1) Para o mapa cumprir a sua função de comunicação, ele deve conter alguns elementos que possibilitem isso. Esses elementos permitem a leitura e a análise do mapa transmitindo a informação contida nele. Os principais elementos que um mapa deve conter são: A) título, escala, legenda, orientação geográfica e nome do autor. B) título, escala, legenda, margem externa e projeção cartográfica. C) título, escala, legenda, orientação geográfica e projeção cartográfica. D) título, escala, legenda, margem externa e nome do autor. E) título, escala, legenda, orientação geográfica e altitude do terreno. 2) Ao estimular o aluno para ter uma visão cartográfica, deve-se considerar o próprio interesse da criança pelas diferentesformas de apresentação dos mapas ou das imagens. Isso irá refletir positivamente no processo da alfabetização cartográfica. Cabe ao professor oferecer os recursos adequados, trabalhando de forma lúdica e explorando a linguagem visual produzida pelas ferramentas. Quais são algumas das ferramentas que podem ser usadas para estimular a visão cartográfica dos alunos? A) Desenhos, gráficos, vídeos e textos. B) Desenhos, gráficos, mapas e textos. C) Textos, gráficos, mapas e maquetes. D) Textos, vídeos, mapas e maquetes. E) Desenhos, gráficos, mapas e maquetes. 3) O uso dos mapas-múndi temáticos em sala de aula tem uma grande gama de aplicação. Com eles, se tem a possibilidade de estudar diferentes fenômenos em nível mundial, como: A) economia, população, clima, qualidade de vida e aspectos físicos. B) economia, população, clima, qualidade de vida e ambientes marinhos profundos. C) economia, população, clima, organização dos seres vivos e ambientes marinhos profundos. D) economia, população, clima, ambientes marinhos profundos e aspectos físicos. E) economia, população, clima, qualidade de vida e organização dos seres vivos. 4) Sendo uma das principais funções para a leitura dos mapas, traduz o que está sendo passado neles, utilizando cores, formas, tamanhos e símbolos. Essa é a característica de qual elemento presente nos mapas? A) Projeção cartográfica. B) Título. C) Escala. D) Legenda. E) Orientação geográfica. 5) O desafio de conhecer o espaço mundial por meio de mapas reproduzidos no plano do papel deixou de ter a relevância que tinha no passado. Contudo, conhecer como é o processo analógico é de fundamental importância para os alunos. Qual processo vem sendo usado para substituir o uso de mapas no plano do papel? A) Uso de aplicativos ou programas digitais interativos. B) Uso de aplicativos ou programas analógicos interativos. C) Uso de atividades expositivas analógicas interativas. D) Uso do quadro negro para desenhos analógicos interativos. E) Uso do quadro negro para desenhos digitais interativos. Na prática O trabalho com mapas é uma atividade recorrente em sala de aula. Para que a atividade seja lúdica e com boa assimilação dos alunos, é necessário que haja esforço do professor para expor atividades dinâmicas e interativas. Dentro do contexto do trabalho com mapas, podem ser inseridos muitos outros assuntos relativos à Geografia, fazendo correlações espaciais. Saber trabalhar com escalas e orientações geográficas e saber a função das legendas faz com que se abra um leque de informações. Assim, os mapas impressos podem ser importantes para os alunos exercitarem ou mesmo criarem o seu senso de localização. Veja como pode ser abordada uma atividade que pode ser aplicada para o 7º ou o 8º ano do ensino fundamental, trazendo a aplicação de alguns conceitos cartográficos na prática. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/9b3d3613-7c56-4467-a8fa-02e1a6d59b9b/cbd284bb-7056-4b85-933f-691b3c9143f1.jpg Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Técnicas de leitura de mapas históricos: uma proposta Neste artigo, é apresentada uma proposta metodológica para leitura de mapas, como decodificar, ler e aprender com eles. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Os desafios com a cartografia no processo de ensino- aprendizagem de geografia Leia neste artigo algumas reflexões acerca da atuação dos professores de Geografia na aplicação de conteúdos específicos, como cartografia e interpretação de mapas. Os dados apresentados são referentes a uma pesquisa com o objetivo de auxiliar professores de Geografia e áreas afins na educação básica. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. O mapa como recurso didático mediador no ensino do espaço geográfico Leia neste artigo a importância do uso de mapas como um recurso mediador no ensino, nos anos iniciais do ensino fundamental. http://www.seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/49120/26210 http://www.seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/44080/26048 Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. http://www.seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/44383/23462
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