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Processo Civil Desenhado - Introdução

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Processo Civil Desenhado – Introdução
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
PROCESSO CIVIL DESENHADO – INTRODUÇÃO
Processo Civil regras e princípios que tratam da JURISDIÇÃO CIVIL
DIREITO PROCESSUAL
Sistema de normas 
que regulam o execí-
cio da jurisdição civil
materializa por meio de um PROCESSO, que consiste em 
uma sequência de ATOS para resolver um conflito ou situação 
jurídica por meio de uma TUTELA JURISDICIONAL 
CPC
REGRAS
INÍCIO
FIMATOS ATOS ATOS
RESPOSTA 
DO JUIZ
Ramo do D. Público → Resolver Conflitos INT. Privado = D. Civil
INT. Público = Trib, Const, 
Adm, Prev...DIREITO 
MATERIAL
INT. Primário
VIOLAÇÃO
DIREITO 
PROCESSUAL
INT. Secundário
Processo é um 
instrumento da 
jurisdição
INTRODUÇÃO
É uma matéria abstrata, por isso pode parecer difícil, assim é igualmente importante com-
preender o conceito de Processo Civil.
Ao mesmo tempo, é importante não se desmotivar e entender que é possível compreen-
der o Processo Civil de uma maneira leve e dialogal, que é o objetivo desta seção do curso.
O Código Civil, de 2002, é considerado novo. Por isso, o Código de Processo Civil brasi-
leiro é ainda mais novo, por isso, chama-se novo CPC, que é a versão de 2015. 
Os conceitos de propriedade, contrato, família, filho, tributos e casamento sempre existi-
ram. Pensando nos homens das cavernas, estes, ao caçar, declaravam: “esta caça é minha.” 
Essa é uma clara noção de propriedade. Todas essas são noções de direito material, que 
é o direito que as pessoas vivenciam. A primeira ideia importante, então, é de que sempre 
existiu enraizada na convivência essa estrutura de direito material. Sempre existiu a ideia de 
dinheiro, escambo ou troca, por exemplo.
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Processo Civil Desenhado – Introdução
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
Voltando à ideia do homem antigo caçador. Se, por exemplo, algum outro homem entrasse 
em sua caverna, tomasse sua caça e a levasse como sendo dele, pode-se imaginar que 
haveria um conflito, que o primeiro homem iria atrás do que “roubou” sua caça para reaver 
o que é dele. Nesse cenário, o mais forte sairia vencedor, mesmo que este fosse o violador, 
ficando assim com a caça, mesmo que esta não fosse sua por direito.
Essa ideia serve para entendermos como hoje ainda existe a noção de “fazer valer com 
as próprias mãos” nosso próprio direito que foi violado: a conhecida Lei de Talião, ou “olho 
por olho, dente por dente.”
Com o passar do tempo, o Estado que estava alheio a toda essa preocupação de reso-
lução de conflitos, resolve intervir na situação ao perceber a grande quantidade de conflitos 
que existia, uma vez que essa história de “fazer o direito valer com as próprias mãos” gerava 
maior quantidade de conflitos, em vez de resolvê-los de fato. Isso acontecia porque nem 
sempre vencia quem tinha o direito, mas quem era o mais forte. 
Tentando minimizar o problema, o Estado toma para si a responsabilidade de tentar resol-
ver esses conflitos, dando início à noção de jurisdição e imparcialidade que foi evoluindo.
Nesta situação, havia uma disparidade na resolução de problemas semelhantes que 
acabou gerando questionamentos sobre o sistema, uma vez que o Estado não tinha normas 
para seguir. Assim surgiu a necessidade de criar regras para que o próprio Estado as siga na 
resolução dos conflitos.
Assim, há o início das normas processuais, que são aquelas regras que serão seguidas 
pelo Estado na solução dos conflitos. Estas então, seriam inseridas dentro de um código de 
processo. Sendo pensado também que seria melhor não misturar os âmbitos penal e civil, 
separando as questões relacionadas ao crime das relacionadas à contratos e tributos, por 
exemplo. Deste modo, foram criadas as normas processuais penal e civil.
É esse conjunto de regras que rege o processo e que será estudado aqui, todo este rito e 
passo-a-passo que garantem a igualdade na tomada de decisões. É importante lembrar que 
o que é igual é a regra, mas o resultado final pode ser diferente, dependendo de cada caso 
a que se aplica a regra. 
ATENÇÃO
Não existe a ideia de que o Processo Civil está sempre ligado ao Direito Civil, como ocorre 
com o Processo Penal e com o Processo do Trabalho.
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Processo Civil Desenhado – Introdução
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
O Direito Civil é um ramo do direito privado que regula a relação entre partes particulares 
em relação ao direito material.
Já o Processo Civil não se presta somente a estas obrigações. 
Processo Civil – Regras e princípios que tratam da Jurisdição Civil.
O Estado, ao tomar para si a responsabilidade de resolver os conflitos, para tomar deci-
sões imparciais, justas e iguais para todos, e para que estas decisões pudessem ser impos-
tas, se viu na necessidade de seguir um conjunto de regras.
Obs.: jurisdição é justamente essa função do Estado de dizer o direito.
Direito Processual – materializa-se por meio de um processo, que consiste em uma sequ-
ência de atos que devem ser praticados para resolver um conflito ou uma situação jurídica 
qualquer entre as partes por meio de uma tutela jurisdicional. 
Assim, será estudado o processo, os atos praticados dentro do processo e o que é a 
tutela jurisdicional.
Obs.: a tutela jurisdicional consiste justamente no que seria essa “resposta final” dada pelo 
juiz no fim de um processo, resolvendo o caso. Essa resposta se dá por meio de uma 
decisão ou sentença.
O Direito Processual está corporificado por meio do CPC, que traz todas as regras que 
devem ser observadas do começo ao fim do processo, onde transcorre a prática de vários atos.
Deste modo, será estudado tudo o que acontece dentro do processo, como são e por 
quem são praticados os atos, o que deve ser observado, se há ou não um prazo e como fun-
ciona a ideia da tutela jurisdicional.
O Direito Processual consiste, portanto, em um sistema de normas que regulam o exercí-
cio da jurisdição civil, que é justamente aquela jurisdição que não é a penal. Assim, se cons-
titui como um ramo do Direito Público, pois sempre se presume a atuação do Estado. 
O Direito Público existe para a resolução de conflitos, tais como:
• Conflitos de interesse privado, como na aplicação do Código Civil, com a cobrança de 
pagamentos, discussões de contrato ou em situações de divórcio, por exemplo.
• Conflitos de interesse público, como na aplicação do Direito Tributário, Constitucional, 
Administrativo e Previdenciário etc.
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Processo Civil Desenhado – Introdução
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
Obs.: justamente por esse tratar também do interesse público que não deve ser afirmado que 
o Processo Civil serve para o Direito Civil, pois este último é ramo do direito privado.
ATENÇÃO
Apesar disso, é importante notar que existem regras do Código Processual Civil que são 
aplicadas supletivamente em processos penais e trabalhistas, por exemplo. O CPC é um 
dos códigos mais importantes, pois regula tudo o que ocorre dentro de um processo. 
O direito material envolve uma carga muito grande de interesse primário, que é o inte-
resse em manter relações jurídicas. Se alguém tem uma conta no Banco do Brasil, por exem-
plo, é porque existe um direito material que permite isso. Se existe também a possibilidade de 
ser assinado um contrato, é porque há um direito material que permite isso.
Se houver a violação do direito material, entra em cena o Direito Processual. Este último, 
portanto, se constitui como um interesse secundário. Por exemplo,ninguém acorda com 
a vontade de ajuizar uma cobrança, mas há essa necessidade caso o seu direito material 
seja desrespeitado. Assim, o Direito Processual entra em cena por meio de um processo, o 
qual não é um fim em si mesmo. Ninguém quer um processo, mas a solução judicial ou a 
tutela que este pode proporcionar. Deste modo, o processo é um instrumento de exercício 
da jurisdição. 
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��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Roberta Queiroz. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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Processo Civil Desenhado – Introdução II
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
PROCESSO CIVIL DESENHADO – INTRODUÇÃO II
 
Histórico:
Constituição de 1934
UNIÃO
CPC 1939 (1940 - 1973)
CPC 1973 (1974 - 2016)
Projeto Alfredo Buzaid
CF/ 88
UNIÃO - (privativa)
princípios processuais
CPC/ 15 (LEI 13.105/15)
projeto 166/ 2010 Parte Geral
Parte Especial
REVO
G
AÇ
ÃO
Código de Processo Civil
Normas jurídicas 
processuais
Processo (atos)
Relação Processual
Formal
Fonte Não Formal
Doutrina
Jurisp. não vinculante
Primária, Lei
Acessórias: Analogia, costumes, 
PED; Súmulas Vinculantes (STF)
Precedentes Vinculantes (927) 
# Lei Processual no Espaço
Todo território nacional
Lei Processual no tempo = Vigente: CPC/15
74 CPC/ 75 2016 CPC/ 15
PENDENTES* *
Lei Nova entra no Ordenamento Jurídico 
Vacatio Legis
VIGÊNCIA
P. Obrigatória
P. Continuidade
CPC
1 ano17/03/15
16/03/15lei existe
Iniciativa
Deliberação
Parlamentar
Deliberação
Executiva
Promulgação
Publicação
45 dias (regra)
17/03/16
Efeitos
DL. 4657/42
Processos
encerrados ok
18/03/16
Aplicabilidade geral 
e imediata
PROVA
*Proc.
andam.
Proc.
futuro
ok
Atos 
Praticados CPC/ 15
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Processo Civil Desenhado – Introdução II
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
RELEMBRANDO
Passamos por uma transição legislativa durante a qual foi estabelecido um novo Código 
de Processo Civil.
Apesar de não cair em provas, será estudado brevemente o histórico desse Código para 
se entender como chegou à sua forma atual e como esta pode se modificar no futuro.
Atualmente, a lei processual brasileira é o Código de Processo Civil. Esta é uma ciên-
cia categoricamente recente, se comparada, por exemplo, ao direito material, que sempre 
esteve enraizado na vida coletiva das sociedades.
A autonomia da ciência processual vem a acontecer somente em 1868, a partir de estu-
dos e pesquisas.
Foi a Constituição de 1934 que passou para a União a competência de legislar sobre pro-
cessos. Com isso surgiu o CPC de 1939, que teve vigência de 1940 a 1973. 
Depois desse CPC, surgiu o Código de Processo Civil de 1973, que foi o estudado até 
pouco tempo atrás, conhecido também como CPC Buzaid. Esse nome vem do Projeto Alfredo 
Buzaid, que representava a escola paulista de Processo Civil que acabou desenvolvendo-o 
através dos estudos realizados por Liebman e seus discípulos, tornando-se um Código muito 
didático. Este teve vigência de 1974 até o ano de 2016.
Depois disso, veio a CF de 1988, que consignou, igualmente, que a competência para 
legislar sobre norma processual seja da União. Essa competência é privativa.
Já em 2015, surgiu o CPC/15 através do Projeto n. 166/2010 e que se tornou a Lei n. 
13.105/2015, que é o Código de Processo Civil vigente atualmente. Por isso, este é o Código 
que será estudado, uma vez que este promoveu a revogação do CPC de 1973. 
Este CPC de 2015 é dividido em duas partes:
• Parte Geral, que trabalha regras gerais;
• Parte Especial, que trabalha regras específicas.
Dentro da ideia de Código de Processo Civil, há algumas normas jurídicas. Estas são 
introduzidas pelo princípio de supremacia da norma. Além disso, todas as normas jurídicas 
têm características.
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Processo Civil Desenhado – Introdução II
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
Assim, existem as normas jurídicas processuais que tratarão do processo, considerando 
todos os atos que nele podem acontecer. Dito de outra forma, tratarão de tudo o que acon-
tece dentro de uma relação processual: como o juiz se comporta, como os advogados se 
comportam, como as partes se comportam etc. 
Academicamente falando, ou seja, essa distinção não acarreta nenhuma relevância prá-
tica, existem as fontes de normas jurídicas processuais formais e não formais. É importante, 
porém, se atentar a este tema pois muitas vezes cai em provas.
Sobre a fonte formal temos a:
• Primária, na qual se encaixa a lei;
• Acessória, correspondente a analogias, costumes, princípios gerais de direito, súmu-
las vinculantes (STF) e precedentes vinculantes (art. 927 do CPC).
Obs.: os precedentes são aquelas decisões que já foram tomadas anteriormente. 
Sobre as fontes não formais temos a:
• Doutrina, que reflete o posicionamento dos estudiosos do Direito;
• Jurisprudência, correspondente aos precedentes que não sejam vinculantes.
Obs.: quando se fala em fonte do direito, trata-se de onde surgiu tal direito, ou seja, do indi-
cativo de criação da norma jurídica e sobre como este direito vai se manifestar.
Restam ainda dois pontos importantes:
• Lei processual no espaço: onde a lei terá aplicabilidade. No caso das normas jurídi-
cas processuais, corresponde a todo o território nacional, pois a jurisdição se aplica 
também a todo o país.
• Lei processual no tempo: a lei vigente hoje. No caso, o CPC de 2015. 
Antes de uma lei nova entrar no ordenamento, ela passa pelos processos de análise da 
iniciativa de lei, deliberação parlamentar, deliberação executiva – que culmina na sanção ou 
veto da lei –, em caso de sanção há a promulgação e, por fim, há a publicação dela. A lei 
passa a existir a partir da promulgação, e para que ela produza seus efeitos, é necessária a 
publicação. Após a publicação existe um período de tempo antes que a lei entre em vigência, 
quando ela de fato tem aplicabilidade.
Dentro da vigência, há os princípios da obrigatoriedade e da continuidade. 
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Processo Civil Desenhado – Introdução II
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
Aquele período de tempo entre a publicação e a vigência da lei é chamado de vacatio 
legis. Esse prazo, via de regra, é de 45 dias, podendo ser maior ou menor. Esse período é 
utilizado para conhecer a norma, e sua duração é correspondente ao grau de complexidade 
da lei. No caso da CPC, o período de vacatio legis foi de 1 ano. A partir desse período, ou 
seja, quando entra em vigência, ela passa a ter uma aplicabilidade geral e imediata.
Quando essa lei processual nova entrou em vigência, ela encontrou processos encerra-
dos, processos em andamento e processos futuros (que ainda ocorreriam). Em relação aos 
encerrados, não há nenhuma interferência. Em relação aos que estavam em andamento, 
aplica-se o caráter geral e imediato da lei, independente de estar no começo, meio ou fim 
do andamento. O que não será mudado são os atos já praticados. Os processos em fase de 
recurso ou execução, por exemplo, já passariam a ser regidos pela nova lei processual.
ATENÇÃO
É muito importante e cai sempre em provas: devido ao caráter de aplicabilidade geral e 
imediata, não é necessário encerrar um processo para que uma nova lei processual passe 
a valer para determinado processo. 
A promulgação doCPC/15 foi dia 16 de março de 2015. Sua publicação se deu no dia 
seguinte, 17 de março de 2015. Ao contar os dias de um vacatio legis, conta-se os dias cor-
ridos, um a um, incluindo os dias não úteis. Ao contar um ano, conta-se um ano fechado, ou 
seja, ano a ano. Se a publicação se deu no dia 17 de março de 2015, o ano será fechado no 
dia 17 de março de 2016, começando a vigência, portanto, no dia seguinte: 18 de março de 
2016. A vigência passa a ser sempre no dia seguinte ao fim da vacatio legis, independente-
mente de ser dia útil ou não. 
O CPC/15, portanto, regeu e continua regendo todos os processos até hoje desde sua 
data de vigência. Os atos praticados anteriormente continuaram sob a égide do CPC de 73, 
pois existe uma regra de que a lei aplicada sobre determinado ato é a lei vigente na data de 
tal ato. Essa regra é chamada de tempus regit actum, ou o tempo rege o ato.
Durante os períodos de criação da lei e de vacatio legis, ou seja, anteriores à vigência da 
lei, prevalece o CPC anterior, no caso, o de CPC/73.
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