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1 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S 2 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S 3 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S Núcleo de Educação a Distância GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira. O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho. O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem. 4 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S Prezado(a) Pós-Graduando(a), Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional! Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as suas expectativas. A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra- dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a ascensão social e econômica da população de um país. Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida- de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas pessoais e profissionais. Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi- ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu- ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe- rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de ensino. E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos conhecimentos. Um abraço, Grupo Prominas - Educação e Tecnologia 5 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S 6 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo- sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve- rança, disciplina e organização. Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho. Estude bastante e um grande abraço! Professora: Munira Assad Simão 7 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc- nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela conhecimento. Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in- formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao seu sucesso profisisional. 8 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S A Matemática Financeira tem como objetivo estudar o valor do capital em diversos períodos. Possibilita também analisar as tran- sações pessoais e empresariais, operando taxas e valores, para que se possa escolher a melhor decisão, econômica e financeira. A mate- mática pode auxiliar os cálculos realizados de forma simples, correta e produtiva. Pretende-se identificar como descobrir a aplicação mais lu- crativa e a porcentagem de cobrança de juros ou descontos bancários. A disciplina de Matemática Financeira, no decorrer do período, calcula taxas, valores, empréstimos, títulos a receber, etc. Este módulo está dividido em três capítulos. No primeiro capítulo são apresentados os assuntos sobre juros simples e compostos, descontos simples e com- postos, além de suas utilizações e tipos de cálculos. No capítulo 2 tra- taremos de índices e diversa taxas de juros referentes a cada regime de capitalização e as formas de pagamento e recebimento em seus respectivos tempos. E no terceiro capítulo analisaremos o mercado de capital. Matemática Financeira. Aplicações. Mercado de Capital. 9 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 01 JUROS E DESCONTOS: SIMPLES E COMPOSTOS Apresentação do Módulo ______________________________________ 11 13 31 18 Juros Simples _________________________________________________ Índices de Preço e de Inflação __________________________________ Juros Compostos ________________________________________________ CAPÍTULO 02 MATEMÁTICA FINANCEIRA Inflação _______________________________________________________ 30 26Recapitulando _________________________________________________ Operações de Empréstimos e Financiamentos __________________ 37 20Desconto Simples ______________________________________________ 34Taxas de Juros _________________________________________________ Recapitulando _________________________________________________ 44 39Definições da Matemática Financeira ___________________________ Fluxo de Caixa _________________________________________________ 42 41Sistema de Amortização _______________________________________ 23Desconto Composto ___________________________________________ 10 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S Recapitulando __________________________________________________ 58 Fechando a Unidade ____________________________________________ 62 Referências _____________________________________________________ 65 CAPÍTULO 03 MERCADO FINANCEIRO E DE CAPITAIS Mercado Financeiro __________________________________________ 47 Mercado de Capitais ___________________________________________ 48 Mercado de Renda Variável ___________________________________ 49 Mercado de Câmbio no Brasil __________________________________ 52 Mercado de Fundos de Investimento ____________________________ 54 Considerações Finais ____________________________________________ 61 11 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S A aplicação da Matemática Financeira ébem ampla. Observa-se técnicas, operações de financiamento, investimento, custos, descontos em relações pessoais, empresariais, gestão de negócios públicos ou privados. A Matemática Financeira apresenta as transformações de valor do capital a um certo período, comparando e analisando este valor em diferentes modos. O módulo pretende demonstrar a importância e a eficiência desta disciplina. O estudo também mostrará alguns conceitos de no- menclatura, de taxa de juros simples e compostos, fluxo de caixa, capi- talização simples e capitalização composta. O valor do dinheiro torna-se importante na disciplina para com- preender o objetivo dos valores e do mercado de capitais pessoalmente e juridicamente. Torna-se importante saber o valor de uma aplicação, o saldo de uma operação de depósito, o cálculo de um título que irá ven- cer, a mensalidade de um empréstimo. Analisaremos assuntos referentes a valores, empréstimos, fi- nanciamentos, descontos bancários, investimentos, transações comer- ciais a curto e longo prazos, mostrando a importância dos recursos para a sociedade, economia e futuro do país. O valor do dinheiro e o conceito de juros surgiram desde os povos da antiguidade. Eram compreendidos por uma operação aplicada à utilização do capital alheio, ou seja, o juro possibilita remunerar um credor para receber seu próprio capital, diminuindo os riscos de não o receber novamente. O módulo também se preocupa em mostrar conceitos básicos e fundamentais que auxiliam na introdução do ensino da Matemática Financeira, apresentando exemplos e exercícios resolvidos, para me- lhorar a compreensão da Matemática Financeira. Esta disciplina também é importante em situações práticas da realidade, como por exemplo, no aumento de preços de um produto, no reajuste das prestações, em várias profissões, e em diversas áreas do conhecimento. Entre os conceitos apresentaremos o sistema de capitalização simples, de juros simples e compostos, os cálculos de descontos, além em operações financeiras. Também identificaremos a sequência de pe- ríodos importantes, componentes para a realização de fórmulas, cálcu- los de taxas e aplicações no contexto financeiro. Para dar continuidade a esses estudos financeiros, também estudaremos anuidades, rendas, fluxo de caixa, sistemas de amortiza- ção e financiamento. Assim, procuramos escrever de uma forma compreensível, 12 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S para gerar uma leitura acessível aos alunos, promovendo maior facilida- de de compreensão dos conteúdos apresentados, abordando conceitos básicos que possibilitem aos alunos autonomia e satisfação diante da disciplina, desenvolvendo a capacidade de tomar decisões e crescer profissionalmente, além de colaborar para o avanço da aprendizagem matemática junto à economia e ao mercado. Bom aprendizado! 13 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S JUROS SIMPLES De acordo com Kuhnen e Bauer (1996, p. 19), o objetivo prin- cipal da Matemática Financeira é responder questões sobre o quanto receberei por uma aplicação de determinado valor no final de um pe- ríodo; o quanto poderei depositar periodicamente para atingir um valor desejado; identificar o valor de um título futuro ou a mensalidade de um empréstimo, entre outras. As operações financeiras englobam muitos conceitos. As ope- rações são ativas (aplicações em poupanças, ações) quando visam os rendimentos, e passivas quando visam a captação de recursos. Em- préstimos, financiamentos, descontos bancários, investimentos, transa- JUROS E DESCONTOS: SIMPLES E COMPOSTOS M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S 13 14 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S ções comerciais a prazo são exemplos de valores datados, ou seja, representam uma receita (rendimentos de um Estado, uma sociedade, um indivíduo) ou gastos (custos, despesas) que ocorrem em um deter- minado período de tempo. Assim, juros e taxas de juros são importantes e necessários para auxiliar nos cálculos da Matemática Financeira. O juro é uma compensação que se paga pelo uso de determi- nado valor em dinheiro, observando-se prazo, valor e taxa. O tomador pagará os custos do capital e o investidor receberá a remuneração do capital empregado na aplicação, associado a um certo tempo. Juro é a remuneração cobrada pelo empréstimo de dinhei- ro, ou seja, é o custo do capital. É expresso como um percentual sobre o valor emprestado (taxa de juro) e pode ser calculado de forma simples ou composta. O tempo é uma variável importante para a Matemática Financei- ra, gerando o regime de capitalização simples (incidência de juros sobre o valor inicial) e o regime de capitalização composta (incidência de juros sobre juros), que representam o início da matemática financeira. O regime de capitalização simples é muito utilizado em países com baixo índice de inflação e custo real do dinheiro baixo; portanto, em países com alto índice de inflação ou custo financeiro real elevado, a exemplo do Brasil, a utilização de capitalização simples só é recomen- dada para aplicações de curto prazo. (KUHNEN, 2008). Na capitalização simples, os juros são calculados sobre o valor inicial, ou seja, não há transformações no cálculo. A base é o valor presente (PV), gera uma equação aritmé- tica. Os juros simples geram um gráfico que cresce linearmente e os juros compostos formam um gráfico exponencial. 15 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S Figura 1 - Comportamento dos juros simples e compostos Fonte: Juros Simples e Compostos (2017) O capital inicial é o recurso financeiro transacionado no início de uma determinada operação financeira, ou seja, é o valor do capital na data de início da operação financeira. Para compreender o cálculo do juro simples, demonstram-se os exemplos abaixo: EXEMPLO 1: Ao tomar emprestado R$ 1.000,00, em um prazo de 4 meses, a uma taxa de 5% a. m. Qual será o valor total pago? 1º 1000 - 1000. 0,05 = 50 - 1000 + 50 = 1050 2º 1050 - 1000. 0,05 = 50 - 1050 + 50 = 1100 3º 1100 - 1000. 0,05 = 50 - 1100 + 50 = 1150 4º 1150 - 1000. 0,05 = 50 - 1150 + 50 = 1200 Cálculo por meio da fórmula de juros simples: FÓRMULA DO JUROS SIMPLES: J= C.i.t C = capital investido; I é a taxa de juros do período T: número de períodos (tempo) Seguindo os valores do exemplo acima: J = C.i.t. J =1000. 0,05. 4 J = 200 16 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S E o montante do capital investido será calculado pela fórmula abaixo: M = C + J (M: montante ou valor futuro; C é o capital e J é o juro) M = 1000 + 200 M = 1200 EXEMPLO 2: Paulo emprestou a Luís R$ 180,00 por 10 meses. Luís pagou mensalmente 5% da quantia emprestada e, ao final de 10 meses, devol- veu os R$ 180,00 a Paulo com juros. C = R$ 180,00 i = 0,05 t = 10 meses J = Cit J = 180 . 0,05 . 10 J = 90 M = 180 + 90 = 270 Pagou R$ 270 ,00. A taxa de juros representa o coeficiente que determina o valor do juro, ou seja, o rendimento do capital durante certo tempo. A deter- minação da taxa de juro torna-se necessária para remunerar o risco envolvido na operação de empréstimo ou aplicação. As diferentes taxas de juros presentes na economia apresen- tam no decorrer do tempo(ano, mês, bimestre, etc.) a mesma tendência de variação, e pode ser demonstrada de forma: • Percentual: representa o valor dos juros para cada centésima parte do capital. • Unitária: representa o rendimento da unidade do capital em um determinado tempo. A matemática financeira utiliza os cálculos através da taxa uni- tária de juros e aplica as fórmulas convertendo-as para a notação deci- mal. EXEMPLOS: 17 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S Taxa de juros (i): simbolizado pela letra i, do inglês, inte- rest rate, taxa de juros. A taxa deve ser alterada para a realização dos cálculos. • Divide-se por 12 a taxa anual (12 % a.a.) para encontrar a taxa mensal, ou seja, 1 % a.m. (12% ÷12). • Multiplica-se por 2 para encontrar a equivalente anual: 6 % ao semestre corresponde a 12 % ao ano (6 % × 2). • Calcula-se o número de dias em tempo exato (365 dias) e tempo comercial (mês com 30 dias e o ano com 360 dias). Exemplos para o cálculo de juros em relação às taxas: a) 36% a.a. (ano) - 36 / 12 = 3% b) 24% a. s. (semestre) - 24 / 6 = 4% - Deve-se observar que a taxa (i) e o tempo (t) devem estar na mesma unidade de tempo. - As calculadoras HP – 12C são muito úteis para resolução de cálculos de juros. Segundo Assaf (2012), a taxa de juros remunera o risco envol- vido na operação de empréstimo ou aplicação, identificando a incerteza do futuro; a perda da compra do capital gerado pela inflação e os ga- nhos que os juros devem proporcionar em relação ao tempo possibilita- do pela oportunidade de investimento. Um tipo de operação utilizado em empresas, instituições finan- ceiras ou agências bancárias que emprega juros simples é o Hot Money (dinheiro quente), caracterizado por ser um empréstimo diário, de curto prazo e renovável, para obter ganho rápido, com juros comerciais e taxas mensais. A inflação representa o fenômeno que consome o capital inves- tido, gerando um poder cada vez menor de compra. O processo inflacio- nário é o aumento propagado pelos preços dos vários bens e serviços. De acordo com o Banco Central do Brasil: “inflação significa um aumento generalizado dos preços na economia. Para medi-la são 18 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S construídos índices de preços, que tomam uma média de diversos pre- ços de resumidos em um único número”. Os índices de preços diferem de vários modos, seguindo as diferenças na cesta de bens e serviços e, como exemplos, temos os índices de preços ao consumidor, índices de preços ao produtor, índices de custos de produção. No Brasil, não há um índice oficial para inflação de períodos passados. Os índices são gerados por várias instituições, como o Ins- tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). O Mercado Aberto (Open Market) e as operações com títulos públicos são instrumentos disponíveis de Política Monetária, que harmo- nizam a oferta de moeda e medem a taxa de juros a curto prazo. A Secre- taria do Tesouro Nacional emite títulos e o Banco Central compra e vende através de leilões. Para diminuir a taxa de juros e aumentar a circulação de moedas, o Banco Central compra títulos públicos (renda fixa) que es- tejam em circulação ou inversamente, para aumentar a taxa de juros e diminuir a circulação de moedas, o Banco Central vende títulos. JUROS COMPOSTOS Os juros compostos compreendem os cálculos de forma cumu- lativa, ou seja, os juros gerados em cada período são incorporados ao capital, formando montante (capital mais juros) do período. Enfim, os juros compostos são juros sobre juros, aplicados sobre os juros obtidos em relação àqueles nos períodos anteriores. Os juros compostos são importantes para o sistema financeiro atual. Esses atuam em várias transações e aplicações financeiras. A transação financeira mais utilizada é a poupança pois é res- ponsável pela prioridade e praticidade da sociedade em geral. EXEMPLOS: 1) Calcular os juros compostos para um capital inicial de R$10.000 realizada em 3 meses a juros de 10% ao mês. Ao final será resgatado o valor de R$ 13.310,00. 19 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S FÓRMULA DOS JUROS COMPOSTOS: M = C. (1 + i)t C = capital investido; I é a taxa de juros do período T: número de períodos (tempo) Seguindo os valores do exemplo acima: C = R$ 10000,00 i = 0,1 t = 3 meses M = 10000. (1 + 0,1)3 M = 13310,00 Pagará R$ 13.310,00 2) Calcular o montante gerado pelo capital de R$ 1.500,00 apli- cado durante 6 meses, a uma taxa de 2% ao mês? Assim No mercado financeiro ainda encontramos outras categorias de juros: Tabela 01- Categorias de juros Fonte: Elaborado pela autora (2020) 20 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S DESCONTO SIMPLES O montante da operação é representado pelo valor nominal, ou seja, o valor definido na data de vencimento. Desconto pode ser defini- do pelo abatimento concedido sobre um título de crédito em razão de seu pagamento antecipado. (KUHNEN; BAUER, 1996, p. 47). Ao liquidar um título antes do prazo de vencimento, recebe-se um prêmio ou um desconto pelo pagamento antecipado do valor. O desconto representa a diferença entre o valor nominal do título, por meio do seu valor atual calculado pelos períodos que antecedem o seu vencimento. Valor descontado = valor nominal – desconto Tabela 02- Nomenclatura Básica da Matemática Financeira Fonte: Elaborado pela autora (2020) Os descontos podem ser calculados tanto nas operações de juros simples, a curto prazo, ou juros compostos, a longo prazo. Os descontos podem ser definidos como racional (por dentro) ou bancário e comercial (por fora). Desconto Racional ou “Por Dentro” O desconto racional (por dentro) integra as operações básicas 21 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S de juros simples. FÓRMULA DO DESCONTO RACIONAL: Dr = C. i. n Dr = desconto racional C = capital (valor atual) i = taxa periódica n = prazo de desconto (tempo antes do vencimento) A operação de desconto racional é definida então pelo cálculo do valor descontado e não o de capital. Dr = N - Vr (N = valor nominal; Vr = valor des- contado racional) Como: N = valor nominal i = taxa de juros simples n = prazo de antecipação Assim, calcula-se o valor do desconto racional, ou seja, opera- ções de juros simples, a partir do valor descontado. O juro será inserido no valor atual (capital inicial) e a taxa de juro finaliza o custo realizado no período de desconto. Vr = N - Dr Vr = N - N.i.n__ 1 + i . n Vr = N(1 + i . n) - N.i.n__ 1 + i . nv Vr = N + N.i.n - N.i.n 1 + i . n 22 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S Vr = __N__ 1 + i.n EXEMPLO: 1-Calcule o valor do título de R$ 153000,00 a ser pago em 2 meses e uma taxa racional de 1% ao mês. N = 153000 i = 1% mês n = 2 meses Dr = N.i.n Dr = 153000 . 0,01 . 2 = 3000 1 + i.n 1 + 0,01.2 V = N - Dr V = 153000 – 3000 = 150000 Portanto pagará R$ 150.000,00 com odesconto. Desconto Comercial ou “Por Fora” O desconto comercial é calculado sobre o valor nominal do tí- tulo e gera maior encargo financeiro entre as operações. É utilizado em operações de créditos bancário e comercial a curto prazo. DF = N. d. n FÓRMULA DO DESCONTO COMERCIAL: VF = N . (1 – d. n) N = valor nominal VF = valor descontado d = taxa de desconto comercial n = período de antecipação EXEMPLOS: 1- Uma empresa emitiu um título, com valor nominal de R$ 9.500,00, a vencer em 10 dezembro e descontada em 10 agosto a taxa de 2,5% a.m. Calcule o valor do desconto comercial e o valor atual do título. Taxa = 2,5 % ao mês Desconto em 4 meses = 2,5% ×4 = 10% Desconto = 9.500 × 10% = 950 V = N - Dr ---- 9.500 – 950 = 8.550 Terá um desconto de R$ 950,00 e pagará R$ 8550,00 no título. 23 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S 2- Calcular o valor de um cliente do banco, gerado pelo des- conto por fora, de uma duplicata no valor R$ 34.000,00, com prazo de 41 dias, sabendo que será cobrada uma operação a uma taxa de des- conto de 4,7% ao mês. VF = 34.000,00 d = 4,7% ao mês n = 41 dia D = VF.d.n D= 34000 . 0,047 . 41/30 D = 2.183,93 Como VP = VF – D: VP = 34.000,00 – 2.183,93 = 31.816,07 O valor a ser pago pelo desconto será de R$ 31816,07. Figura 02 - Matemática Financeira e suas aplicações Fonte:ASSAÍ NETO (2012) DESCONTO COMPOSTO O desconto composto é utilizado em operações a longo prazo e pode ser definido em comercial (por fora) e racional (por dentro). O desconto racional é o mais utilizado, ao atuar de forma prática dentro do 24 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S regime de desconto composto. Desconto Composto Comercial ou “Por Fora” Este desconto apresenta a taxa de desconto de forma sucessi- va sobre o valor nominal do título, resultante de descontos de períodos anteriores. Resultando então na fórmula desenvolvida após vários des- contos: Vf = N. (1 – d) n FÓRMULA DO DESCONTO COMPOSTO RACIONAL: DF = N. [1 – (1 – d)n] EXEMPLO: 1- Um título foi descontado 5 meses antes do vencimento a uma taxa de 3% a.m. A operação gerou um desconto composto (por fora) de R$ 39000,00, pede-se calcular o valor nominal do título. DF = N. [ 1 – (1 – d)n 39000 = N. [1 – ( 1 – 0,03)5] 39000 = N . 0,141266 N = 39000,00 0,141266 N = 276.074,92 O valor do título foi de R$ 276.074,92. Desconto Racional ou “Por Dentro” O desconto composto “por dentro” corresponde ao valor pre- sente de juros compostos: Vr = __N__ ( 1 + i)n 25 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S Fórmula do Desconto composto racional ou “por dentro”: Dr = N 1 – 1 (1+ i ) n EXEMPLOS: 1- Um título de valor nominal de R$ 12.000,00 será descontado a uma taxa de 2,5% a.m. , 4 meses antes do vencimento. Calcular o valor do desconto racional. 2- Um título no valor nominal de $ 3.000,00 sofreu um desconto racional com vencimento para 90 dias, a uma taxa de juros de 3% am. Calcule o valor do desconto e do valor recebido. Filme sobre o assunto: O Lobo de Wall Street (2013) Filme sobre o assunto: Os delírios de consumo de Becky Bloom (2009) 26 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2014 Banca: COPS-UEL Órgão: Paraná Providência Prova: Técnico Financeiro Nível: Médio A matemática financeira é utilizada pelo técnico financeiro para se calcular o valor do dinheiro no tempo. Com relação à matemática financeira, considere as afirmativas a seguir. I. A sigla SAC é referente a Sistema de Amortização Constante. II. Em juros compostos, para se transformar uma taxa mensal em semestral, é necessário realizar cálculos de taxas equivalentes. III. Um fluxo de caixa representa basicamente entradas e saídas de capital. IV. No sistema PRICE de amortização, as prestações são crescentes. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas QUESTÃO 2 ANO: 2014 BANCA: COPS-UEL ÓRGÃO: PARANÁ PROVIDÊNCIA PROVA: TÉCNICO Financeiro Nível: Médio O administrador financeiro é o principal responsável por garantir a maximização do valor da empresa, tendo, dessa forma, que to- mar inúmeras decisões. Quando uma empresa decide investir, qual deve ser a principal preocupação do administrador financeiro para minimizar riscos e garantir o almejado retorno financeiro? a) A composição do financiamento. b) A distribuição dos lucros aferidos. c) A taxa de corte do investimento. d) A política de distribuição dos lucros. e) A política de gerenciamento do projeto. QUESTÃO 3 Ano: 2014 Banca: COPS-UEL Órgão: Paraná Providência Prova: Técnico Financeiro Nível: Médio Uma empresa, após as movimentações do mês anterior, identifi- cou algumas contas que passaram a constituir seu Balanço Pa- trimonial, entre elas: I. Duplicatas a Receber. II. Fornecedores. III. Veículos. As contas I, II e III, segundo as regras contábeis, corres- pondem, respectivamente, a 27 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S a) Obrigação, Bem e Bem. b) Direito, Bem e Bem. c) Direito, Obrigação e Bem. d) Bem, Obrigação e Direito QUESTÃO 4 Ano: 2014 Banca: COPS-UEL Órgão: Paraná Providência Prova: Técnico Financeiro Nível: Médio Na Administração Financeira, o Controller e o Tesoureiro são res- ponsáveis, respectivamente, a) pela rentabilidade e pela liquidez da empresa. b) pela liquidez e pela rentabilidade da empresa. c) pela política financeira e pelas funções executivas da empresa. d) pelas funções executivas e pela política financeira da empresa. e) pelo gerenciamento operacional e pelo retorno aos investidores da empresa. QUESTÃO 5 Ano: 2014 Banca: COPS-UEL Órgão: Paraná Providência Prova: Técnico Financeiro Nível: Médio Assinale a alternativa que descreve a função do almoxarifado nas empresas. a) Permitir a identificação dos itens de estoque que justificam atenção e tratamento prioritários na administração. b) Garantir a fiel guarda dos materiais utilizados pela empresa, preser- vando-os até o consumo final. c) Abastecer ininterruptamente toda a organização, desde as áreas ope- racionais até a alta gestão. d) Cadastrar e manter a relação dos materiais necessários à operação e ao desenvolvimento dos negócios da empresa. e) Determinar principalmente as políticas das quantidades de produtos armazenados que serão utilizados na linha de produção QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE Explique os conceitos da Matemática Financeira focando nos juros. TREINO INÉDITO Sobre operações financeiras, assinale a alternativa correta. a. As operações são ativas (aplicações em poupanças, ações) quando visam rendimentos, e passivas quando visam captação de recursos; b. As operações são inativas (aplicações em poupanças, ações) quando visam rendimentos, e passivas quando visam captação de recursos; 28 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S c. As operações são imperativas (aplicações em poupanças, ações) quan- do visam rendimentos, e passivas quando visam captação de recursos; d. Asoperações são desativadas (aplicações em poupanças, ações) quan- do visam rendimentos, e passivas quando visam captação de recursos; e. N.D.A. NA MÍDIA JUROS DO CARTÃO DE CRÉDITO E DO CHEQUE ESPECIAL SO- BEM EM NOVEMBRO Os consumidores que caíram no rotativo do cartão de crédito ou usaram cheque especial pagaram juros mais caros em novembro, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (27). A taxa de juros do cheque especial subiu 5,3 pontos percentuais, em re- lação a outubro, ao chegar em 305,7% ao ano, em novembro. As regras do cheque especial mudaram em julho. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os clientes que utilizam mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias consecutivos passaram a receber a oferta de um parcelamento, com taxa de juros menores que a do cheque especial definida pela instituição financeira. Fonte: Kelly Oliveira (Agência Brasil) Data: 27/12/2018 Notícia disponível na íntegra através do link: http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2018-12/juros-do-car- tao-de-credito-e-do-cheque-especial-sobem-em-novembro NA PRÁTICA IBOVESPA - O ÍNDICE Há 50 anos, com o mercado, para o futuro. O Ibovespa é o principal indicador de desempenho das ações nego- ciadas na B3 e reúne as empresas mais importantes do mercado de capitais brasileiro. Foi criado em 1968 e, ao longo desses 50 anos, con- solidou-se como referência para investidores ao redor do mundo. Reavaliado a cada quatro meses, o índice é resultado de uma carteira teórica de ativos. É composto pelas ações e units de companhias lis- tadas na B3 que atendem aos critérios descritos na sua metodologia, correspondendo a cerca de 80% do número de negócios e do volume financeiro do nosso mercado de capitais Fonte:http://www.b3.com.br/pt_br/market-data-e-indices/indices/indi- ces-amplos/ibovespa.htm PARA SABER MAIS Filme sobre o assunto: O dinheiro nunca dorme 29 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S Peça de teatro:O rei da vela Acesse os links:https://youtu.be/4I07PCGSC-4/ https://youtu.be/VFfd- t2xHDxU 30 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S MATEMÁTICA FINANCEIRA INFLAÇÃO A inflação, parte integrante da economia, ocorre devido a vá- rias causas, entre elas, a demanda de produto ou serviço. O produto existente em grande quantidade tem menor preço e o produto que apre- senta maior oferta terá um aumento de preço, porém, este aumento ocorre de forma generalizada e contínua. O contrário da inflação é a deflação, ou seja, um fenômeno que ocorre quando os preços dos produtos caem de forma propagada e causam transformações na economia. A inflação gera redistribuição de renda e vários problemas: • Dificulta o planejamento financeiro; • Torna aparente registros contábeis e projetos econômico-fi- M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S 30 31 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S nanceiros; • Gera um imposto inflacionário; • Dificulta as operações do mercado financeiro por não ter pre- visão correta. Tanto a inflação, quanto a deflação podem ser calculadas pelo índice de preços, ou seja, um número índice gerado para medir trans- formações que ocorrem nos preços de bens e de serviços em um dado período de tempo. A inflação pode ser causada por: • Demanda: Nesse caso, há grande quantidade de demanda relacionada à produção. A inflação da demanda ocorre quando a economia gera pro- dução perto da utilização de recursos. Para que seja diminuída, é necessário que a economia cause a redução da procura. • Custos: A inflação de custos é gerada quando há a inflação da oferta. A demanda continua a mesma e os custos aumentam. O aumen- to de custos provoca a diminuição da produção e o aumento de preço. As causas mais comuns ocorrem devido a: - Aumento salarial; - Aumento de custo de matéria-prima; - Elevação de lucro; - Preços com diferentes expectativas; - Inércia inflacionária. ÍNDICES DE PREÇO E DE INFLAÇÃO O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulga o va- lor da Inflação oficial pelo site do governo, no Instituto Brasileiro de Ge- ografia e Estatística (IBGE). Existe ainda o índice IGP (Índice Geral de Preços), o INCC (Índice Nacional do Custo da Construção), entre outros. Em Matemática Financeira, são identificadas técnicas repre- senadas pela parte inflacionária e pela parte real de um valor, ou seja, aquela que não possui influência da taxa de depreciação monetária. De acordo com Assaf (2012. p. 61), “o processo inflacionário de uma economia pode ser entendido pela elevação generalizada dos preços de vários bens e serviços”. A economia brasileira apresenta taxas elevadas e, consequen- temente, alta inflação. O juro real torna-se importante para a Matemá- 32 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S tica Financeira e pequenas oscilações nos índices de preços causam grande impacto na taxa de juros durante os períodos de tempo analisa- dos no mercado. Existe diferença entre preço e valor. O preço é representado pelo que se paga e o valor pelo que se leva. O preço é gerado pela soma dos esforços que exercemos para obter o que queremos, não somente o capital investido, mas o tempo consumido durante a aquisição. O valor é a soma de todos os benefícios que recebemos. Um determinado produto pode ser vendido pelo mesmo preço e possuir um valor diferente ou ter o mesmo valor e ser vendido por preços diferenciados. Então tem-se: Valor = Percepção de Benefícios/(Preço + Expectativas) O índice de preços representa uma aplicação que permite me- dir as variações ocorridas, gerando a média global, em níveis de preços em diversos períodos. Figura 3 - Valores do IGP (Índice Geral de Preços) pela FGV (Faculdade Getúlio Vargas): Fonte: Matemática Financeira (ASSEF, 2012, p. 62) 33 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S Os índices de preços variam a cada perído e, para calcular a inflação utiliza-se a seguinte fórmula: I = Pn - 1 Pn-t I = taxa de inflação gerada pelo índice de preço P = índice de preços para determinar a taxa de inflação n ; n-t = data da taxa de inflação e período anterior EXEMPLOS: 1- Calcular a taxa de inflação do 2º semestre entre junho e dezembro. Compreende-se que os preços cresceram 2,2414 vezes e evo- luíram a uma taxa de 124,14%. 2- Um produto de R$ 10,00 passou para R$ 12,50. Qual a taxa de inflação do período? 3- Um capital de R$ 100.000,00 obteve rendimento de R$ 12000,00 em um ano. Neste período a inflação foi de 5,6%. Calcular a taxa nominal e o capital. Rendimento nominal : R$ 12.000,00 Inflação: 5,6% . 100000,00 = 5.600,00 Ganho com a Inflação: R$ 6400,00 Capital em um ano: 1,05,6 . 100.000,00 = 105.600,00 A possibilidade de lucro somente existe ao comparar valores com o mesmo poder de compra. O valor monetário da inflação, identificado em dois ou mais 34 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S períodos, observa os diferentes níveis de poder aquisitivo da moeda. O resultado real da operação, expresso em valor monetário em moeda, representando o poder de compra em um mesmo período fica definido por: O índice de inflação representaa relação entre índices de pre- ços em dois pontos de tempo distintos, identificando o comportamento economico representado por: IPj : índice de preço relativo ao mês IPm: índice de preço relativo ao mês I: índice de inflação do mês (j) em relação ao mês (m). EXEMPLO: Calcule o valor corrigido de uma dívida que iniciou-se em junho no valor de R$ 5000,00 a ser paga em agosto. TAXAS DE JUROS Algumas taxas de juros são essenciais para o mercado financeiro: Taxa “Over” Realiza operações principalmente no Mercado Aberto (Open Market) de acordo com a entral de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos Privados (CETIP) ou sistema Especial de Liquidação e de Cus- tódia(SELIC). Observa a descapitalização de uma taxa efetiva em dias úteis e períodos analisados. EXEMPLOS: 1) Uma taxa “over” está definida em 4,8% a.m.. em prazo men- sal de 23 dias úteis. Calcular a taxa efetiva. 35 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S 2) Quanto ficará o cálculo de um valor de um capital de R$ 68500,00 aplicado a uma taxa over de 2,25% a.m. realizada somente em um dia útil. Taxa Básica Financeira A Taxa Básica Financeira foi elaborada pelo Conselho Monetá- rio Nacional (CMN) por meio da Resolução nº 2.171 de 30/06/95. Tem como objetivo auxiliar o projeto de ampliação do prazo das aplicações financeiras e servir de base para o cálculo da Taxa Referencial. As Instituições Financeiras fornecem ao Banco Central do Bra- sil (BACEN) as taxas mensais sobre o volume adquirido calculando-se a taxa no dia útil sempre posterior ao dia da referência. Figura 4 - Diferença entre impostos e taxas Fonte: Diferença entre impostos e taxas (2012) Diferença entre impostos e taxas: - Imposto: O imposto é unilateral. Uma transação onde o cliente so- mente paga e não obtém nada em troca. -Taxas: As taxas representam uma operação bilateral, pois, ao rea- lizar o pagamento de um serviço recebe-se por isso. Taxa Referencial A Taxa Referencial baseia-se em taxas futuras. A T.R. mede a expectativa de inflação futura ou correção monetária. Para o cálculo da 36 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S T.R. basta que subtraiamos da TBF (taxa básica financeira) correspon- dente o juro real pago e a tributação cobrada, porém, o juro composto exige que se divida e subtraia valores. Calcula-se pela fórmula abaixo: Taxas de Juros Aparente (Nominal) e Efetiva A Taxa nominal é representada pela unidade do período que não coincide com a unidade do período de capitalização. A Taxa Efetiva identifica efetivamente a operação financeira. A taxa de juros nominal é gerada para o cálculo da respecti- va taxa de juros efetiva, ou seja, age de forma igual ao do sistema de capitalização simples, isto é, calculando-se a taxa proporcional dada, relativa ao período de tempo e à taxa efetiva à nominal. A taxa efetiva é calculada pela fórmula: Sendo: i = Taxa nominal if = Taxa Efetiva K = Número de Capitalizações para um período da taxa no- minal. EXEMPLO: 1) Calcule a taxa efetiva anulada a partir de uma taxa nominal de 24% a.a. é capitalizada trimestralmente. 37 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S 2) Calcular a taxa efetiva de acordo com a taxa nominal de 24% a.a., porém, capitalizada mensalmente. Para calcular o montante deve-se separar a taxa aparente, a real e a correção monetária através da fórmula abaixo: icm – taxa de correção monetária periódica C: capital iap: taxa de juros aparente periódica ir: taxa de juros real OPERAÇÕES DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Os empréstimos e financiamentos existentes no mercado fi- 38 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S nanceiro são: • Empréstimos e financiamentos com encargos pré-fixados: Des- contos de Duplicatas, Capital de Giro, Crédito Direto ao Consumidor (CDC); • Empréstimos e financiamentos pós-fixados: Capital de Giro, CDC (crédito direto ao consumidor), FINAME, POC, Repasse de Recur- sos do Exterior, LEASING, Mercado Imobiliário. Entre eles explica-se: Desconto de Duplicatas A empresa entrega duplicatas às instituições bancárias e estas antecipam o valor já cobrando juros. Porém, a empresa é responsável pelo pagamento. Existe a conta duplicatas descontadas que apresenta algumas funções de operação de desconto: - Creditada, pelo valor de face dos títulos. Ocorre quando é efetuada a operação de desconto e a instituição financeira faz o crédito em conta corrente da instituição; - Debitada, no momento da liquidação do título. Ocorre quando o devedor ou o banco leva a débito em conta corrente da empresa por falta de pagamento por parte do devedor. Capital de Giro O capital de giro é o valor do dinheiro necessário para custear a continuidade do funcionamento da empresa. Toda empresa que possui pagamento a prazo necessita ter o capital de giro para manter-se enquanto não recebe. O desconto de duplicata representa um modo de gerar o capi- tal de giro para realizar os gastos extras, que podem ser com funcioná- rios, com estrutura física e custos imprevistos. Crédito Direto ao Consumidor (CDC) É um empréstimo através de serviços bancários, por meio de um empréstimo pré-aprovado, imediato e sem burocracia para clientes com renda estável. Esse empréstimo apresenta a vantagem em que o consumidor adquire o bem ao realizar a compra, sem ter pago seu valor total. As parcelas são acrescentadas com os juros e as taxas são 39 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S menores do que o cheque especial ou cartões de crédito. As taxas variam de acordo com a instituição financeira e estão disponíveis no do Banco Central. O Crédito Direto ao Consumidor (CDC) também funciona como empréstimo pré-aprovado, com prazos e parcelas como forma de paga- mento. DEFINIÇÕES DA MATEMÁTICA FINANCEIRA Rendas Representa uma sucessão de capitais disponíveis em certos pe- ríodos para adquirir um valor ou pagar uma dívida definida como renda. Os termos ou anuidades apresentam capitais iguais ou não. Se forem iguais às rendas serão denominadas de Termos Constantes; se forem diferentes, teremos as rendas variáveis. A renda pode ser classificada de acordo com a variabilidade de seus termos, número de termos e data de vencimento do seu primeiro termo e podem ser classificadas: Quanto à Variabilidade: Rendas certas ou anuidades: quando o número de termos, seus vencimentos e seus respectivos valores podem ser prefixados. Exemplo: compras a prazo. Rendas aleatórias: quando pelo menos um dos seus elemen- tos não é definido previamente. Exemplo: seguro de vida. Quanto à Data de Vencimento: • Rendas imediatas: quando o primeiro termo vencer imediata- mente no fim do primeiro período na época de contrato. • Rendas antecipadas: quando o primeiro termo vencer anteci- padamente, ou seja, junto com o contrato. • Rendas diferidas: quando o primeiro termo vencer no fim de um prazo, ou seja, n períodos. 40 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S Anuidades • Operações financeiras que englobam pagamentos ou recebi- mentos parcelados em prazos estabelecidos. • São classificadas quanto aos prazos, valores, periodicidade e forma de pagamento. • Prazos: temporários, apresentando um período limitado; per- pétuas, quando o período é infinito.• Valores: uniformes, pagamentos iguais; variáveis, pagamen- tos diferentes. • Período: periódicos, períodos iguais; não periódicos, períodos diferentes. • Forma de pagamento: antecipada, no início do período; ime- diata, no fim do período; diferida, após decorridos um certo período. • Imediata: quando o primeiro pagamento ou recebimento ocor- re no primeiro período, temos duas classificações: postecipado e ante- cipado. • Antecipados: os pagamentos ocorrem no início de cada perío- do. Podemos citar: adiantamento do aluguel no ato da locação, compra com entrada. • Postecipados: os pagamentos ocorrem no fim de cada perío- do, ou seja, a primeira prestação tem um prazo de carência, por exem- plo, carência de 30 dias após o contrato. Figura 5 - Formas de pagamento Fonte: Matemática Financeira e Comercial (2017) 41 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO O sistema de amortização representa planos de pagamento de uma dívida adquirida. Esses planos de pagamento assumem várias formas. São exemplos de amortização: compra da casa própria finan- ciada, dívidas tributárias, empréstimos em bancos para pagamento em parcelas periódicas A amortização acontece devido ao pagamento, por meio de uma ou mais parcelas periódicas, acrescido de juros da operação, a prestação é o valor da amortização mais os encargos financeiros e sal- do devedor é o valor total da dívida deduzida do valor já pago. PRESTAÇÃO = AMORTIZAÇÃO + JUROS Figura 6 – Exemplo de Amortização Fonte: AMORTIZAÇÃO (2018) Sistema de amortização francês – tabela price. Nsse sistema as prestações devem ser iguais, periódicas e sucessivas, também chamado de Sistema de Prestação Constante (SPC). Portanto, pode-se dizer que as prestações “equivalem [...] ao modelo-padrão de fluxos de caixa” (ASSAF NETO, 2008 p.201), Também encontram-se os sistemas abaixo relacionados: - Sistema de Amortização Americano (SAA), onde fica identifi- cado que o capital emprestado deve ser pago em uma única parcela no final da data marcada e os juros são pagos periodicamente. 42 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S - Sistema de Amortização Misto (SAM), que une o Sistema de Amortização Francês (SAF) e Sistema de Amortização Constante (SAC). Mais utilizado para operações do Sistema Financeiro de Habitação e cal- culado através da média aritmética do SAF e SAC (ASSAF NETO, 2002). Existem diversos tipos de amortização. O SAC é o sistema de amortização mais produtivo para o cliente. O sistema PRICE é mais utilizado para financiamento em veí- culos e o SAC é mais empregado em financiamentos de imóveis. Algumas instituições financeiras oferecem tipos de amortiza- ção diferente, funcionando de acordo com o financiamento adquirido. Aprofunde seus conhecimentos sobre o assunto por meio do artigo “Os métodos quantitativos de análise de investimentos” de Assaf Neto. FLUXO DE CAIXA O fluxo de caixa contém as operações e informações das en- tradas e das saídas do capital, em um certo período, que podem ser entradas diárias, mensais ou anuais. Figura 7– Fluxo de caixa Fonte: Fluxo de caixa (2017) 43 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S O fluxo de caixa pode ser representado por meio de um traço horizontal, onde os valores são demonstrados em seus tempos, suas receitas e despesas distribuídas graficamente ao longo de uma linha de tempo. Ele facilita a visualização, o estudo e as análises de uma opera- ção de investimento, empréstimo ou financiamento, etc. O fluxo de caixa apresenta entrada e saída de capital, desde o início da movimentação financeira, facilitando a interpretação dos dados. 44 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2014 Banca: COPS-UEL Órgão: Paraná Providência Prova: Técnico Financeiro Nível: Médio A matemática financeira é utilizada pelo técnico financeiro para se calcular o valor do dinheiro no tempo. Com relação à matemática fi- nanceira, considere as afirmativas a seguir. I. A sigla SAC é referente a Sistema de Amortização Constante. II. Em juros compostos, para se transformar uma taxa mensal em semestral, é necessário realizar cálculos de taxas equivalentes. III. Um fluxo de caixa representa basi- camente entradas e saídas de capital. IV. No sistema PRICE de amor- tização, as prestações são crescentes. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas QUESTÃO 2 Ano: 2014 Banca: COPS-UEL Órgão: Paraná Providência Prova: Técnico Financeiro Nível: Médio Na administração de materiais nas empresas, normalmente exis- tem três atividades principais, que são: compras de materiais, ges- tão de materiais e controle do almoxarifado. Assinale a alternativa que descreve a função do almoxarifado nas empresas. a) Permitir a identificação dos itens de estoque que justificam atenção e tratamento prioritários na administração. b) Garantir a fiel guarda dos materiais utilizados pela empresa, preser- vando-os até o consumo final. c) Abastecer ininterruptamente toda a organização, desde as áreas ope- racionais até a alta gestão. d) Cadastrar e manter a relação dos materiais necessários à operação e ao desenvolvimento dos negócios da empresa. e) Determinar principalmente as políticas das quantidades de produtos armazenados que serão utilizados na linha de produção. QUESTÃO 3 Ano: 2019 Banca: INSTITUTO PRÓ-MUNICIO Órgão: CRP Prova: Técnico Financeiro Nível: Médio Rol, Amostra, Histograma e Relação, são exemplos de documentos: a) Estatísticos; 45 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S b) Legais; c) De controle; d) Acadêmicos. QUESTÃO 4 Ano: 2019 Banca: INSTITUTO PRÓ-MUNICIO Órgão: CRP Prova: Técnico Financeiro Nível: Médio É comum a maioria dos serviços depender, direta ou indiretamen- te, da interação pessoal entre clientes e colaboradores. Por isso, a natureza destas interações influencia fortemente: a) A percepção dos clientes relativamente à qualidade dos serviços; b) A simpatia do cliente pela marca; c) A fidelização do cliente; d) A tomada de decisão de compra QUESTÃO 5 Ano: 2019 Banca: INSTITUTO PRÓ-MUNICIO Órgão: CRP Prova: Técnico Financeiro Nível: Médio planejamento estratégico interage com três parâmetros, são eles: a) A missão, a visão e os valores da organização; b) Os fornecedores, os colaboradores e os clientes da organização; c) A visão de futuro, o ambiente externo e os fatores internos da orga- nização; d) Os insumos, os produtos e o mercado consumidor QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE Levando em consideração dos tipos de juros estudados nessa unidade, explique seus impactos na inflação. TREINO INÉDITO Sobre deflação, assinale a alternativa correta. a. É um fenômeno que ocorre quando os preços dos produtos caem de forma propagada e causam transformações na economia. b. É um fenômeno que ocorre quando os preços dos produtos sobem de forma propagada e causam transformações na economia. c. É um fenômeno que ocorre quando os preços dos produtos caem de forma propagada, mas não causam transformações na economia. d. É um fenômeno que ocorre quando os preços dos produtos caem de forma propagadae causam transformações na política. e. N.D.A. 46 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S NA MÍDIA O QUE É INFLAÇÃO? Inflação é o aumento dos preços de bens e serviços. Ela implica dimi- nuição do poder de compra da moeda. A inflação é medida pelos índices de preços. O Brasil tem vários índices de preços. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o índice utilizado no sistema de metas para a inflação. Fonte: Banco Central do Brasil Disponível: https://www.bcb.gov.br/controleinflacao/oqueinflacao NA PRÁTICA PARA QUE SERVE NA PRÁTICA IPCA E O INPC? O propósito de ambos é o mesmo: medir a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumida pela população. O resultado mostra se os preços aumentaram ou diminuíram de um mês para o outro. A cesta é definida pela Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF, do IBGE, que, entre outras questões, verifica o que a população consome e quanto do rendimento familiar é gasto em cada produto: arroz, feijão, passagem de ônibus, material escolar, médico, cinema, entre outros. Os índices, portanto, levam em conta não apenas a variação de preço de cada item, mas também o peso que ele tem no orçamento das famílias. Fonte: IBGE Disponível em: https://www.ibge.gov.br/explica/inflacao.php 47 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S MERCADO FINANCEIRO O mercado financeiro representa o mercado onde recursos ex- cedentes da economia, como a poupança, são conduzidos para o finan- ciamento de empresas e de novas propostas como os investimentos. O valor depositado em agências bancárias, por clientes, é uti- lizado para financiar alguns setores da economia que necessitam de capital. Esta operação realizada pelas instituições cobram uma taxa (spread) de remuneração para recuperar os custos operacionais e os riscos do empreendimento. Quanto maior o risco de não recebimento pelo banco, maior será a taxa cobrada. O mercado financeiro engloba o mercado de capitais, que dire- MERCADO FINANCEIRO E DE CAPITAIS M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S 47 48 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S ciona os recursos de clientes governados por projetos e empresas que geram o desenvolvimento econômico. As empresas, que necessitam de recursos e financiamentos, buscam no mercado de capitais financiamento de forma direta, sem intervenção do banco, por meio de títulos. Esta operação causa um repasse de capitais emprestados de investidores para as empresas re- alizado da seguinte forma: • Dívida: os investidores compram títulos das empresas que necessitam de dinheiro. Esse empréstimo garante o recebimento da quantia, mais juros com taxas previamente determinadas. Os títulos de dívida são denominados como mercado de renda fixa. • Ações: as empresas vendem títulos aos investidores, porém, estes não garantem remuneração fixa. A remuneração dos títulos repre- senta parte do lucro da empresa, dividido entre os acionistas, que são os dividendos. • Os títulos são denominados de ações, os investidores tor- nam-se sócios e o mercado é usualmente chamado de renda variável. MERCADO DE CAPITAIS O mercado de capitais, mais adequado e o mercado financeiro apresentam diferenças pois: - No mercado de capitais o recebimento de recursos por em- presas é econômico, por não pagar taxas às instituições bancárias. - O investidor pode vender o título no mercado a qualquer mo- mento, tornando a operação interessante para todos os envolvidos, ou se perceber que há risco de perda no investimento. Portanto, o mercado de capitais torna-se essencial para o desen- volvimento da economia, ao proporcionar financiamentos às empresas, para que estas possam conseguir capital quando encontram dificuldades. 49 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S Figura 7: Mercado de Capitais Fonte: Portalaction. (2019) O mercado primário ocorre quando os títulos são lançados e a empresa coloca ações na bolsa (em inglês IPO- Initial Public Offering). Após a introdução, os títulos são negociados passando para o mercado secundário em locais específicos: - Bolsas de valores para as ações. - Cetip (Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados), quando ocorre a operação de títulos de dívida das empresas. - Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) definindo os títulos públicos. No Brasil, o Mercado de Capitais engloba várias operações, instituições e conceitos. MERCADO DE RENDA VARIÁVEL Ações • São a menor parcela do capital de uma empresa. • Representam títulos em garantia de remuneração para os in- vestidores. • Os sócios são os proprietários das ações. • O investidor pode vender ou comprar observando o lucro e a rentabilidade da operação. • A negociação é realizada na bolsa de valores (mercado aber- to), regulada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 50 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S Tipos de Ações Ordinárias (ON) O proprietário é o acionista e possui o direito de voto nas as- sembleias da empresa e a parte do lucro dividido entre os dividendos não é importante nesta operação. Preferenciais (PN) São as mais utilizadas por investidores, por possibilitar maio- res compras e vendas do mercado. Possuem preço superior às ordinárias. O acionista recebe dividendo e recursos da venda de ativos, mesmo quando em falência da empresa, mas não tem poder nas deci- sões da empresa. Negociação A negociação envolve a lei da oferta e procura, relacionada ao preço das ações. A empresa é valorizada no mercado quando propor- ciona lucro e crescimento. O mercado, dentro da economia, é influenciado pelo preço das ações e envolve estratégias, inovação, competitividade, projeção e circulação. As ações são negociadas em lotes fracionados ou inteiros, analisando o interesse do investidor. Bolsa de Valores A bolsa de valores negocia títulos e valores mobiliários de em- presas em local, físico ou eletrônico. O local físico é representado pela venda direta de títulos e os vendedores gritam para que a venda seja realizada, e na bolsa eletrôni- ca opção de compra e venda deve ocorrer no mesmo momento. As ações são os títulos mais comprados e vendidos nas bolsas. Mercado de Renda Fixa O mercado de renda fixa negocia títulos de dívida e possibilita aos investidores receber a quantia total, que foi emprestada, mais juros definidos anteriormente. Os títulos de renda variável são as ações e, portanto, não ga- rantem rendimento definido e nem juros sobre o valor investido. Os títulos de renda fixa permitem a garantia de rendimentos através da taxa de juros prefixada ou pós-fixada. 51 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é ad- ministrado pelo Banco Central do Brasil (BACEN), desde 1979, pelo Comitê de Política Monetária (COPOM). Tem por finalidade admi- nistrar o Mercado de Papéis Públicos, principalmente os federais de origem pública, como a Associação Nacional das Instituições dos Mercados Abertos (ANDIMA). O sistema permite que as instituições financeiras negociem tí- tulos federais com liquidaçãoimediata. O BACEN controla o pagamento e emite os papéis com fins de Política Monetária do Governo. O SELIC negocia a moeda disponível. A Taxa SELIC compre- ende a taxa média de financiamentos diários. Títulos Públicos O Tesouro Nacional e do Banco Central, em um leilão primário do governo federal, emitem títulos, notas e bônus, vendidos a instituições financeiras possibilitando obter recursos e financiar projetos no mercado. O título, posteriormente, é negociado no mercado secundário (Open Market) e gera às instituições financeiras reserva e garantia de recompra por taxas de juros fixadas pela Selic. • Os títulos públicos são ativos de renda fixa. Eles apresentam: • Baixa volatilidade: os valores oscilam pouco. • Segurança: o investidor recebe no vencimento de forma ga- rantida. • Liquidez: a recompra dos títulos é garantida pelo Tesouro Na- cional pelo preço adquirido no mercado. Figura 9 – Mercado primário e secundário Fonte: Investimentos (2017) 52 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S Títulos Privados São títulos emitidos por empresas para a obtenção de recursos gerados por uma dívida. As vendas dos títulos garantem a remuneração do valor para cada empresa, variando em função do prazo. Os principais títulos privados são: Certificados de Depósito Bancário (CDB): São títulos emitidos por bancos (empresas) de renda fixa pre- estabelecida ou pós-fixada, para pessoas físicas ou jurídicas, que po- dem ser repassados para outros investidores. Existem também o CBD Over, o Rural e o com taxas flutuantes. Recibo de Depósito Bancário (RDB): Este título é intransferível. Letras de Câmbio (LC): Títulos negociáveis, gerados a partir de um empréstimo a uma financeira, garantida por uma empresa não financeira e usuária de bens e serviços. Letras Hipotecárias: As instituições financeiras garantem o título em crédito imobili- ário. Apresenta prazo fixo. Debêntures: As debêntures são títulos de médio e longo prazo, de renda fixa. A Comissão de Valores Mobiliários regulamenta o título e as socie- dades anônimas emitem para obter capital de juro. Pela Lei nº 6.404 /79 no artigo 56: “A debênture poderá assegurar ao seu titular juros, fixos ou variáveis, participação no lucro da companhia e prêmio de reembolso”. Notas Promissórias: Empresas e sociedades anônimas emitem títulos de curto pra- zo para possibilitar investimento. As notas promissórias apresentam ris- co financeiro. MERCADO DE CÂMBIO O mercado de câmbio negocia ativo financeiro, em diferentes moedas e vencimentos. Procura-se suprir a necessidade de troca da moeda, importação e exportação entre países. Mercado de Câmbio no Brasil O mercado de câmbio negocia moedas estrangeiras conver- 53 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S síveis através da negociação direta no Brasil ou no exterior. A taxa de câmbio é afetada pela oferta e procura do dólar identificando a política monetária e as reservas de câmbio. No Brasil, o mercado de câmbio é realizado por bancos comer- ciais e de investimento, licenciados pelo Banco Central. A moeda em- pregada para a transação é o dólar e a operação é realizada por casas de câmbio e corretoras. O dólar comercial gera operações de exportações e importa- ções oficiais entre os bancos. • O dólar interbancário negocia prazos de liquidação financeira; • O dólar paralelo realiza operações informais em casas de câmbio; • O dólar turismo negocia dólares para cidadãos que viajam no exterior. Operações de Arbitragem São realizadas pelos operadores de câmbio, para troca de mo- edas estrangeira, analisando as diferentes taxas. Mercado de Derivativos Compreende as negociações derivadas do mercado à vista. Este mercado procura identificar as oscilações dos preços de mercado. O mercado de derivativos realiza a operação de commodities, ou seja, representa os ativos negociados na Bolsa de Mercadoria e Fu- turos (BM&F) como o índice Bovespa e títulos da dívida externa. Este mercado identifica: Contratos Futuros Estes contratos permitem fixar montantes e valores de compra e venda diante de ajustes diários. Opções sobre o disponível O investidor possui o direito de comprar ou vender uma com- modity em datas e preços já definidos de outro investidor. Opções sobre o futuro O investidor possui o direito de comprar ou vender um contrato futuro. A Termo As commodities futuras são compradas ou vendidas, por meio de um depósito, com preços e datas definidas, porém, sem ajustes diários. 54 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S Swaps Para evitar riscos nas operações, os investidores trocam índi- ces para evitar desvalorização da moeda. Uma empresa que possui, por exemplo, um investimento junto ao CDI e dívidas em dólar. Para se proteger contra a dívida, contra a alta do dólar e contra a oscilação no mercado, a empresa re- aliza um hedge, ou seja, um swap: onde há a troca dólares por reais. MERCADO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO Fundos De Investimento Os fundos de investimento possibilitam a seus cotistas investir no mercado de capitais, de renda fixa e/ou variável e mercados estrutu- rados, através de oportunidade oferecida pela empresa. Os fundos de investimento possibilitam altos volumes de capi- tal e geram melhores remunerações e rentabilidade no mercado. São autorizados pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários. Figura 10 – Fundos de Investimento Fonte: Investimento (2018) 55 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S Fundos de Renda Fixa Estes fundos são aplicados em títulos prefixados ou pós-fixa- dos no setor público ou privado. São muito rentáveis em relação à que- da de juros e têm como exemplos: • Fundos de Investimento no Exterior (FIEX), onde o patrimônio é aplicado em títulos da dívida externa brasileira e financiamento no exterior. • CDB (Certificado de Depósito Bancário): compreende um in- vestimento seguro, com rentabilidade diária e tarifa zero. O investidor recebe o montante inicial aplicado e os juros do investimento. • RDB (Recibo de Depósito Bancário) compreende um produto em renda fixa privada. São títulos elaborados por instituições financei- ras para adquirir captação bancária. Também fazem parte dos fundos de renda fixa os debêntures, títulos públicos federais, entre outros. Fundos de Renda Variável Fundo Mútuo de Investimento em Títulos e Valores Mobiliários (FITVM): Este fundo produz bons rendimentos e deve ser compatível com o interesse do investidor. O Fundo Mútuo de Investimento em Títu- los e Valores Mobiliários (FITVM) é operado em ações, títulos mobiliá- rios, títulos públicos e cotas de fundos FIF, FAC, FIEX. Fundo Passivo: Acompanha a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), ou seja, aplica-se o patrimônio do fundo nas ações que compõem o índice. Quadro 01 – Bovespa – Bolsa de Valores de São Paulo A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) foi fundada em 1890, sua sede fica no centro de São Paulo. Representa o principal mer- cado de negociação de ações de empresas de capital aberto do Brasil. Desde 2008 a Bovespa está integrada para realizar operações com a BM&F principal bolsa de mercadorias e contratos futuros do Brasil criando a BMF&Bovespa. Realiza a negociação de valores mobi- liários, de renda variável e renda fixa. Fonte: Investimento (2018) 56 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P RO M IN A S Fundo Carteira Livre Ativo: O investidor investe ações de acordo com seu patrimônio. Pos- sui maior rendimento e, consequentemente, maior risco. Fundo Derivativo: Tem seu patrimônio aplicado em ações, títulos públicos e priva- dos, cotas de fundos e derivativos (opção, futuros e contratos a termo). Fundos de Previdência Privada Figura 11 – Fundos de investimento Fonte: Investimento (2018) Os planos de previdência privada podem ser individuais, ou Fundos de Previdência Privada Aberta, e os coletivos, ou Fundos de Previdência Privada Fechada. Os individuais podem ser comprados por qualquer pessoa nos bancos ou seguradoras e os coletivos correspondem a empresas. Fundos de Previdência Privada Aberta: O investidor define o tempo e o valor do benefício. Este plano envolve a aposentadoria também. Fundos de Previdência Privada Fechada: São chamados também de fundos de pensão e são adquiridos no mercado para funcionários de empresas, descontando das folhas de pagamento de cada um. Fundos de Aposentadoria Programada Individual (Fapi): Este fundo de investimento completa a aposentadoria da Previ- dência Social e não define a garantia de rendimento do valor investido. Plano Gerador de Benefícios Livres (Pgbl): O plano gerador de benefícios também complementa a apo- sentadoria e o cliente escolhe o tipo de investimento. Todo ganho exce- dente do mercado é repassado integralmente ao contribuinte. 57 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S Análise de Rentabilidade Ao analisar o desenvolvimento dos fundos e crescimento a ser considerado pelo investidor tem-se: • Volatilidade: mostra a variação de preço das cotas dos fun- dos, observando a estabilidade das aplicações realizadas. Algo mais volátil provoca mais risco. • Índice Sharpe: indica a relação entre o valor pago e o risco do fundo de investimento. Tributação de Fundos A tributação de fundos ativos vincula a renda variável ao im- posto de renda, variando de acordo com a taxa de cada um. Como exemplo, nos fundos do tipo FAPI, soma-se o tributo do imposto de renda ainda em 20% sobre o rendimento apresentado. 58 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2019 Banca: INSTITUTO PRÓ-MUNICIO Órgão: CRP Prova: Técnico Financeiro Nível: Médio Marque a opção que representa o correto preenchimento da lacuna no texto a seguir: O _______ expõe que o planejamento procura ma- ximizar os resultados e minimizar as dificuldades, ou deficiências. a) Princípio das maiores eficiência, eficácia e efetividade; b) Princípio da contribuição aos objetivos; c) Princípio da precedência do planejamento; d) Princípio da maior influência (ou penetração) e abrangência QUESTÃO 2 Ano: 2019 Banca: INSTITUTO PRÓ-MUNICIO Órgão: CRP Prova: Técnico Financeiro Nível: Médio Documento é o registro material de determinado conhecimento que se possa utilizar para consulta, estudo ou prova. Assim, só se pode avaliar, de forma solidamente estruturada, se temos uma documentação pertinente, quando: a) Servir de complemento a uma comunicação interpessoal; b) A mesma ajudar na ação administrativa; c) Reduzir o ruído numa comunicação; d) Tramitar entre departamentos organizacionais QUESTÃO 3 Ano: 2019 Banca: INSTITUTO PRÓ-MUNICIO Órgão: CRP Prova: Técnico Financeiro Nível: Médio Uma das principais funções básicas da Administração é Dirigir está relacionada com: a) A condução dos trabalhos executados, para que os objetivos da orga- nização possam ser atingidos; b) O desenho da estrutura organizacional (estratégica); da estrutura de ór- gãos, cargos, rotinas e procedimentos de cada departamento (tática); e definição de métodos e processos de trabalho e de operação (operacional); c) A tomada de decisão quanto aos principais insumos e matérias-pri- mas a serem adquiridos e inseridos na produção; d) A pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e serviços para o atendimento das necessidades do mercado consumidor. QUESTÃO 4 Ano: 2019 Banca: INSTITUTO PRÓ-MUNICIO Órgão: CRP Prova: 59 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S Técnico Financeiro Nível: Médio Analise as afirmativas a seguir a respeito dos princípios gerais do Planejamento Estratégico: I. Ele deve sempre visar ao objetivo máximo da organização, hierarquizando os objetivos e buscando cumpri-los em sua totalidade; II. Ele sempre vem antes das outras funções administrativas; III. Ele é a mais abrangente das funções organizacionais, e por isso ele pode provocar uma série de modifi- cações na organização. É correto o que se arma em: a) I, apenas; b) I, II e III; c) I e II, apenas; d) II e III, apenas. QUESTÃO 5 Ano: 2019 Banca: INSTITUTO PRÓ-MUNICIO Órgão: CRP Prova: Técnico Financeiro Nível: Médio Marque a opção que representa o correto preenchimento da lacuna no texto a seguir: Para _______ será necessário estabelecer uma relação em que as ações, pensamentos e intenções de uma pessoa desencadeiem uma resposta em outra pessoa. a) compreender um ponto de vista; b) comunicar com eficácia; c) gerar satisfação; d) perceber uma falha de informação. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE Explique o que representa o mercado financeiro? TREINO INÉDITO Assinale a alternativa correta: a. O mercado financeiro engloba o mercado político que, direciona os recursos de clientes governados por projetos e empresas, que geram o desenvolvimento econômico. b. O mercado financeiro engloba o mercado de capitais, que direciona os recursos de clientes governados por projetos, mas não por empresas que geram o desenvolvimento econômico. c. O mercado financeiro engloba o mercado de capitais, que direciona os recursos de clientes governados por projetos e empresas, que geram o desenvolvimento econômico. d. O mercado financeiro engloba o mercado de capitais, que direciona os recursos de clientes governados por projetos e empresas, que não geram o desenvolvimento econômico. 60 M A TE M Á TI C A F IN A N C E IR A A P LI C A D A E M F IN A N Ç A S E M E R C A D O D E C A P IT A IS - G R U P O P R O M IN A S e. N.D.A. NA MÍDIA UMA REVISÃO SOBRE A ECONOMIA BRASILEIRA E O MERCADO FINANCEIRO APÓS O PLANO REAL: AS MUDANÇAS E A EVOLU- ÇÃO DO MERCADO DE CAPITAIS ENTRE 1995 E 2002 VALDIR DE JESUS LAMEIRA É amplamente conhecida a importância para a economia de qualquer país, da existência de um sistema financeiro que atue com eficiência na gestão dos riscos e na alocação dos recursos e que tenha um alto grau de confiabilidade (ROCCA, 2001). O Plano Real, iniciado em meados de 1994, proporcionou o controle da inflação em nossa economia através de mecanismos que permitiram uma ampla abertura ao comércio exte- rior, da mesma forma como aumentou a integração de nosso sistema financeiro aos mercados financeiros internacionais. Desse modo, o Pla- no Real provocou intensas modificações em nosso sistema financeiro. Fonte: LAMEIRA, Valdir de Jesus. Uma revisão sobre a econo- mia brasileira e o mercado financeiro após o Plano Real: as mudan- ças e a evolução do mercado de capitais entre 1995 e 2002. Rev. contab. finanç., São Paulo , v. 15, n. 35, p. 96-110, Aug. 2004 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi- d=S1519-70772004000200008&lng=en&nrm=iso>. access on 08 May 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S1519-70772004000200008. NA PRÁTICA MERCADO FINANCEIRO NA PRÁTICA O mercado financeiro é um ambiente de negociação de produtos finan- ceiros. Como em toda negociação, existem duas partes, que possuem interesses parecidos e fecham um acordo. No caso de negociações
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