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Apostila Direito Administrativo completa.

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@concursodefensoriapublicars
Todos os direitos reservados
 SUMÁRIO
Noções de Direito Administrativo……...……………………………………………...6
Noções de organização administrativa………………...………………..……………...6
Administração direta e indireta, centralizada e descentralizada…….….…..…..6
Desconcentração.………………………………………………………………………...7
Princípios expressos e implícitos da administração pública …………………....7
Órgãos públicos ………...……………………………………………………..………...8
Agentes públicos ………………………………………………………………………...8
Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União Lei 8.112/90…….….9
Processo Administrativo ………………………….………………………….……….12
Poderes administrativos ……………………………………………..……………….14
Ato administrativo …………………………………………….………………….…….16
Controle e responsabilização da administração ………………..………………..17
Improbidade Administrativa ………………………………………………….. ….….18
Responsabilidade civil do Estado ……………………………………….………….19
Licitação e Contratos...…………………………...………………………………...….20
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Rio Grande do Sul .……...…….24
Regulamento do Regime Jurídico Único .………………………………………….26
Assistência jurídica integral e gratuita: aspectos processuais …..………..….27
“A semente vai germinar, 
é assim que a vida é”
Flaira Ferro.
 Administração Pública Indireta 
 U, E, DF, M
 F, A, S, E
6
DIREITO ADMINISTRATIVO
1) Noções de Direito Administrativo
O Direito Administrativo é uma área do Direito que trata da relação entre a
Administração Pública e os seus administrados. 
É o conjunto de princípios e regras que estruturam o funcionamento de
pessoas e Órgãos da Administração pública.
Características: 
a) Exercício da função administrativa
b) Relação entre a administração pública e seus agentes 
c) Prestação de serviço público à população e gestão pública. 
2) Noções de organização administrativa
A Administração Pública é o conjunto de Órgãos que exercem a função
administrativa de um determinado lugar.
A organização administrativa é dada a partir da divisão em Administração
Pública direta e Administração Pública Indireta.
A Administração Pública direta é formada por Órgãos que não possuem
personalidade jurídica própria, enquanto que a Administração Pública indireta é
formada por Órgãos com personalidade jurídica própria.
 Administração Pública Direta
Administração Pública
3) Administração direta e indireta, centralizada e descentralizada
A Administração Pública direta é formada por: União, Estados, Distrito
Federal e Municípios e é hierarquizada, ou seja, cada Órgão possui unidades
que são subordinados à sua administração. 
Ex: Estado do Rio Grande do Sul possui a Secretaria da Educação que é
subordinada ao Governo estadual. 
https://blog.anhanguera.com/direito/
7
A Administração Pública Indireta é formada por: Fundações Públicas,
Autarquias, Sociedade de Economia Mista e Empresas Públicas. 
Não possuem hierarquia com Órgãos da Adm. direta mas sim um vínculo com
esses Órgãos.
Para exercer suas funções, a Administração Pública organiza-se de duas
formas: 
a) Administração Centralizada: O Ente administrativo exerce suas atividades por
meio dos seus próprios Órgãos e seus agentes da Administração direta.
b) Administração Descentralizada:É quando os entes da Administração direta
utilizam outras pessoas físicas ou jurídicas para exercerem determinada atividade.
➢ A descentralização ocorre por: Outorga ou Delegação.
Outorga: A Administração Pública cria ou autoriza a criação de um ente para
executar determinado serviço. É a criação de um ente da Administração Indireta.
Na outorga, é dada a transferência e a titularidade para que um determinado ente
execute uma atividade por prazo indeterminado.
Ex: A Administração transfere às Universidades públicas o serviço de fornecer
educação de ensino superior para a população.
Delegação: A Administração transfere, delega somente a execução de
determinada atividade por meio de contrato e por tempo determinado.
Ex: As Concessionárias não fazem parte da Administração Pública mas são
contratadas para executar serviços sob a fiscalização do Poder público.
4) Desconcentração
É a distribuição interna da competência para se obter uma maior eficiência
na prestação do serviço.
Ex: A União (Governo Federal) cria os Ministérios da Fazenda, da Saúde, da
Educação e etc. para que cada um se especialize e forneça maior eficiência em
suas respectivas pastas administrativas. 
5) Princípios expressos e implícitos da administração pública
8
Os Princípios expressos da Administração Pública são aqueles
trazidos Constituição Federal em seu art. 37, LIMPE. Legalidade,
Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.
Os Princípios Implícitos são normas regidas pela doutrina e tem a função
de complementar o papel administrativo na sociedade. 
São eles: Razoabilidade e a Proporcionalidade.
Razoabilidade: A conduta do agente deve ser adequada e necessária;
Proporcionalidade: A aplicação e a interpretação da norma deve ser proporcional
a conduta do infrator.
6) Órgãos públicos
A Administração Pública é formada por Órgãos públicos que exercem as
funções e serviços para a população.
Os Órgãos Públicos são unidades funcionais criadas pelo Poder público
para exercer as atividades que atendem a sociedade.
 Não possuem personalidade jurídica própria, pois são departamentos da
Administração Pública direta. 
A forma que os Órgãos públicos exercem suas funções é através dos
agentes públicos; que são as pessoas físicas prepostas para executarem as
tarefas administrativas. 
Ex: Tribunais, Defensoria Pública
Teoria do Órgão
O Órgão Público é o detentor da atribuição pública e não o agente.
 O agente público age em nome do Órgão e o Órgão manifesta a vontade
da Administração Pública (municipal, estadual ou federal).
Ex: Quando um juiz de direito decide em uma ação judicial, a decisão não é
daquela pessoa, mas sim do Órgão ao qual aquele agente está vinculado
7) Agentes públicos
São as pessoas que trabalham em nome da Administração Pública. Os
agentes públicos atuam em nome do Órgão público e consequentemente da
Administração Pública.
9
Ex de agentes públicos: 
Servidores público: Pessoas aprovadas em concurso público e investido em
cargo público.
Agentes temporários: Exercem por tempo determinado a função pública. 
Ex: Estagiários, mesários.
Agentes em mandato eletivo: Exercem atividade pública mediante mandato
eletivo de 4 anos. Presidente, Governador, Senadores, Deputados, Prefeitos e
Vereadores.
8) Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União (Lei nº 8.112/1990)
Estatuto dos Servidores Públicos civis federais
Esta lei se aplica aos servidores não militares da Administração Pública
direta e indireta no âmbito federal.
No entanto, esta lei traz os conceitos e regras gerais dos servidores
públicos, é por esse motivo que diversos concursos estaduais e até municipais
trazem esta lei em seu edital.
A Lei 8112/90 traz os conceitos de servidor público, cargo público, regras
sobre acesso ao cargo público, exercício do cargo e vacância(vazio) do cargo
público.
Conceito de Servidor Público
Pessoa investida em um cargo público. A investidura ocorre com a
assinatura do termo de posse.
Requisitos básicos para a Investidura:
a) Nacionalidade brasileira nato ou naturalizado. Os estrangeiros só podem
exercer cargo ligados à educação ou pesquisa científica. Ex: Cargo em
Universidade.
b) Nível de escolaridade exigido para o cargo
c) Aptidão física e mental para exercer o trabalho
d) Idade de 18 anos
e) Quitação das obrigações políticas e eleitorais. Para os homens as
obrigações militares.
10
Esses requisitos são exigidos na posse.
A posse pode ocorrer por meio de procuração. Caso a pessoa não possa
ou não queira ir assinar o termo de posse, pode ocorrer por meio de outra pessoa
com procuração em nome do aprovado.
Conceitode Cargo Público
Exercício da função pública de denominação própria. Os cargos públicos
têm nome próprio. Ex: Técnico judiciário, Analista, Defensor Público.
Posse e Exercício
Nomeação (aprovação em concurso). 02/05/2023
Posse: Dia da assinatura da posse do cargo 02/06/2023
Exercício: Dia que começa a trabalhar 17/06/2023
 N P E
____________________
 30 dias 15 dias
Estágio Probatório: Tempo de comprovação do servidor aprovado em
concurso público para adquirir estabilidade no cargo público.
O ESTÁGIO PROBATÓRIO DURA 3 ANOS
Obs.: A lei 8112/90 diz 2 anos, mas já é entendimento pacificado do STF
que é para seguir a nova regra de 3 anos da Constituição Federal.
Estabilidade: É uma garantia ao servidor público mas não é uma garantia
absoluta, pois há hipóteses de perda do cargo. A perda pode ocorrer:
a) Sentença Judicial transitada em julgada (sentença que não cabe mais
recursos)
b) Processo Administrativo Disciplinar: pode ocorrer a demissão do servidor
c) Avaliação insatisfatória de desempenho do servidor público
Provimento e Vacância
Provimento: Preenchimento de um cargo, prover o cargo vazio.
11
Vacância: É quando o cargo está vago. O cargo vazio.
Formas de Provimento
a) Nomeação: Forma originária através da aprovação em concurso público.
b) Promoção: Um cargo superior que um servidor público pode ser
promovido. Ex: Juiz de direito é promovido ao cargo de Desembargador.
c) Readaptação: Servidor readaptado a cargo compatível com o originário.
Ex: Um oficial de justiça fica paraplégico e não pode cumprir os mandados e
precisa ser readaptado a cargo semelhante.
d) Reintegração: É o servidor estável que foi demitido mas por sentença é
reintegrado ao serviço público e a demissão invalidada.
e) Reversão: Servidor aposentado que volta ao serviço público.
f) Aproveitamento: Um servidor público que está sobrando em uma
repartição e é aproveitado em outro lugar para cumprir tarefas iguais ou
semelhantes ao seu cargo.
g) Recondução: Retorno ao cargo anterior. Ex: Servidor que recebeu um
cargo em comissão para chefiar um ato por tempo determinado, passado o tempo,
volta ao seu cargo originário.
Formas de Vacância 
a) Exoneração: É a desvinculação do servidor público daquele cargo.
 Ex: Servidor quer abrir uma empresa e pede a exoneração do seu cargo,
ficando vago este cargo.
b) Falecimento: A morte do servidor público torna o cargo dele vago.
c) Demissão: Após processo administrativo, o servidor é punido por sua
infração grave com demissão, o cargo do servidor demitido entra em vacância.
d) Promoção: Quando o servidor é promovido para outro cargo, este que
ele ocupava fica vago. Ex: Quando o juiz é promovido a desembargador, seu cargo
de juiz entra em vacância.
e) Aposentadoria: Terminado o tempo de serviço do servidor público, seu
cargo fica vago. 
f) Readaptação: Quando um servidor é readaptado pois não consegue
exercer aquela função, o cargo fica vago. Ex: Oficial de justiça que foi readaptado
pois se acidentou, seu cargo entra em vacância. 
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g) Posse em outro cargo Inacumulável: Um servidor aprovado em outro
concurso que não pode acumular, ao tomar posse no novo cargo, o seu anterior
fica vago. Ex de cargos acumuláveis: Professor, médico. 
9) Processo Administrativo (Lei Federal nº 9.784/1999, com as alterações
trazidas pela Lei nº 14.210/2021)
Lei que trata de processos administrativo no âmbito federal.
Esta lei traça as regras gerais do processo administrativo. Por isso quando
existir regras específicas sobre determinado tema, a Lei 9784/99 será empregada
de forma secundária, subsidiária. Ex: Na Lei 8112/90 que é a lei dos servidores
públicos civis existem regras específicas sobre o PAD (processo administrativo
disciplinar). Logo a lei aplicada será a 8112/90 e de forma subsidiária, aplica-se a
Lei 9784/99.
Para quem é aplicada esta lei:
a) Administração direta federal
b) Administração indireta federal
O STJ decidiu que a lei 9784/99 pode ser usada no âmbito estadual quando
não tiver lei tratando daquele tema. É por esse motivo que concursos estaduais
cobram essa lei, como é o caso da Defensoria do Estado pois essa lei abarca
temas processuais disciplinares que não existe sequer outra lei tratando.
Art. 1, da Lei 9784: Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo
administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em
especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos
fins da Administração. 
Princípios Explícitos e implícitos na lei 9784/99
São os Princípios que todo processo administrativo deve seguir para ser
legítimo e justo.
Princípios explícitos (expressos na lei)
Art. 2º, 9784/99: A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios
da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade,
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse
público e eficiência. 
Legalidade: Os atos do processo devem estar presentes na lei
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Finalidade e motivação: Deve ter um motivo para que o administrado esteja
passando por um processo.
Razoabilidade, proporcionalidade e moralidade: Os atos da Administração
devem ser justo e proporcionais aos atos do agente.
Ampla defesa e contraditório: O administrado deve ter direito de defesa.
Segurança jurídica e interesse público: Todos os atos de um processo são
conhecidos por todos, todos nós conhecemos as etapas de um processo.
Eficiente: Os atos devem ser tomados para que o processo seja célere e eficiente
para ambas as partes.
Princípios implícitos
 a) Informalidade ou Formalismo moderado: Adoção de formas simples e mais
rápidas possíveis, é um desdobramento da eficiência.
b) Oficialidade: O processo será iniciado e movimentado de ofício, ou seja, não
precisa de um impulso externo, de um advogado por exemplo, aqui a própria
Administração Pública pode iniciar um processo administrativo. É o contrário do
processo judicial. No processo judicial usa o princípio da inercia, só inicia se
alguém requerer. 
c) Gratuidade: Proíbe a cobrança de despesas processuais (regra) , salvo quando
exigir algum pagamento em lei.
d) Publicidade: O processo é público, todos podem ter informações, salvo se
precisar de sigilo para proteger algo ou alguém. 
Direitos e deveres dos administrados
Direito dos Administrados durante o processo administrativo
Art. 3o O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem
prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:
Os agentes públicos que respondendo processo administrativo estão
assegurados:
I - Ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar
o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;
II - Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a
condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles
contidos e conhecer as decisões proferidas;
14
III - Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais
serão objeto de consideração pelo órgão competente;
IV - Fazer-se assistir, facultativamente, por advogado (regra), salvo quando
obrigatória a representação, por força de lei.
Deveres dos Administrados durante o processo administrativo
Art. 4o São deveres do administrado perante a Administração , sem prejuízo de
outros previstos em ato normativo:
Os agentes públicos que estão passando por processo administrativo
devem: 
I - Expor os fatos conforme a verdade;
II - Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;
III - Não agir de modo temerário (inseguro, imprudente);
IV - Prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o
esclarecimento dos fatos.
Decisão Administrativa dos Processos
Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos
processos administrativos e sobre solicitações oureclamações, em matéria de sua
competência.
Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o
prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período
expressamente motivada.
10) Poderes administrativos
Os Poderes da Administração são os instrumentos usados para atender o
interesse público. O ordenamento jurídico dá ao Estado (governo, ente estatal) as
prerrogativas para poder agir em nome do bem comum da sociedade.
Características dos Poderes da Administração Pública
a) Instrumentalidade: A Administração é instrumento para atingir o objetivo fim da
sociedade: bem-estar, justiça.
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b) Poder-dever: Mais que um direito de agir em nome da sociedade, A
administração tem o dever de praticar atos que garantam o bem-estar social.
c) Irrenunciabilidade: É irrenunciável à Administração, pois foi dada a ela este
poder-dever de tutelas e garantias sociais.
d) Atuação nos limites da lei: É um princípio do Direito administrativo, enquanto
nós cidadãos somos protegidos com o art. 5º, II, com a máxima o que não é
proibido é permitido; para a Administração Pública é o contrário: só é permitido o
que está na lei.
e) Responsabilidade: O administrador deve ser responsabilizado pelos
excessos, pelo abuso de poder.
Tipos de Poderes da Administração Pública
1) Poder hierárquico: Todos os atos dos agentes públicos e da própria
Administração Pública são regidos pela tutela da hierarquia para que, as tomadas
de decisões sejam fundadas no bem maior e não no bem no agente ou de um
Órgão Público. Os atos são praticados em favor do organismo(sociedade) e não de
órgãos públicos isolados.
2) Poder disciplinar: Poder no âmbito interno da Administração para
corrigir atos dos agentes que ferem os objetivos administrativos.
Ex: Quando um agente público age em desfavor da Administração. Ex:
Prevaricação. Um agente público se nega a praticar um ato motivado por interesse
pessoal e atrasa o percurso processual administrativo.
3) Poder de polícia: É o caráter disciplinador no âmbito externo da
Administração. É quando o poder administrativo atinge pessoas que não são
agentes públicos.
Ex: Cidadão que dirige automóveis sem possuir habilitação de motorista e
prejudica ou pode prejudicar o bem-estar comum social.
4) Poder regulamentar: Poder de complementar a lei. A administração
pode fazer Resoluções e Portarias, sem ferir as leis para regulamentar o bom
funcionamento daquela Instituição.
Esses poderes administrativos podem ser vinculados ou discricionários
Vinculados: O agente público deve agir estritamente conforme a lei manda. Seguir
a risca a lei.
16
Discricionário: O agente público pode nas margens da lei, optar pela melhor
forma de agir.
Ex: Quando um agente comete uma infração, seu superior hierárquico pode
sancionar com advertência ou sindicância, dada as margens da lei e o ato
concreto, ele pode decidir como solucionará a atitude do agente. Nesse exemplo
foi o Poder hierárquico discricionário.
Ou seja, vai depender do caso concreto trazido. Se o agente só tem uma
forma de agir, é um poder vinculado, não cabe uma margem de interpretação. Se
há esse poder de escolha do agente, é poder discricionário. 
11) Ato administrativo
Formas que a Administração Pública atua e externa a sua vontade para
atingir os objetivos finais, o interesse público.
Atributos dos Atos Administrativos:
a) Presunção de legitimidade e veracidade: Presume-se que os atos da
Administração estão sendo praticados conforme a lei. É a ideia de que tudo que
Administração faz é verdadeiro e legal, conforme a lei. Mas não é absoluto, é
uma presunção relativa pois podemos questionar os atos administrativos, na
própria via administrativo ou na via judicial.
Ex: Multa de trânsito. Presume-se que o condutor praticou aquela infração e por
isso foi multado, mas a própria administração tem o departamento para contestar
na via administrativa a multa. JARI: Junta Administrativa de Recursos de Infrações.
b) Imperatividade: Os atos administrativos, a vontade da Administração impera
sobre a sociedade, pois seu fim é o bem-estar público. Impera que em
determinada via pública se pode andar até certa velocidade, nós enquanto
cidadãos não podemos questionar ou dizer que não concordamos e ultrapassar
aquela regra. A Administração impõe sua vontade.
c) Autoexecutoriedade: Este atributo depende de 2 pressupostos, previsão legal
e situação de urgência. Se no caso concreto precisa de uma medida administrativa
necessária, a Administração pode executar sem a autorização judicial.
Ex: Vigilância Sanitária vai ao estabelecimento e encontra alimentos vencidos
sendo vendidos. Como tem lei que rege sobre o tema e é de caráter de urgência
(senão pode adoecer a população), os próprios agentes agem tirando aqueles
alimentos de circulação, não precisa de mandado judicial.
d) Tipicidade: Os atos da Administração Públicas devem ser praticados de acordo
com lei prévia que o assegure. É uma garantia a população. Todos nós sabemos
17
que roubar é errado, pois existe lei sobre o tema, logo, os agentes podem praticar
atos disciplinares contra o infrator pois estão garantidos em normas prévias. Evita
os abusos de autoridade por parte dos agentes da Administração Pública.
12) Controle e responsabilização da administração: controle administrativo;
controle judicial; controle legislativo; controle dos Tribunais de Contas
Controle administrativo: Conjunto de mecanismos que a Administração possui de
fiscalizar, de rever e anular atos ilegais e controlar a prática dos atos dos agentes
públicos.
Classificações do Controle administrativo
Controle do Poder executivo: A função típica do Poder Executivo é administrar a
máquina pública, sendo assim o controle de cada Poder vai ter ligação direta com
suas funções.
Controle do Poder Judiciário: A função típica do Poder Judiciário é julgar. Logo,
o controle judicial será controlar e decidir se os atos estão de acordo com a lei.
Julgar, na esfera do judiciário os atos que precisam ser fiscalizados.
Controle do Poder Legislativo: A função típica do Poder Legislativo é criar as leis
que regem a Administração e a sociedade.
Dentro do Poder Legislativo, tem o controle do Tribunal de Contas
Quanto a Natureza dos Controles
a) Administrativo: Realizado pela Administração sobre seus próprios atos. É a
autotutela. A própria Administração fiscaliza os atos praticados por seu Órgãos e
por seus agentes públicos.
b) Legislativo: Realizado pelo Poder Legislativo para controlar fiscalizar seus
próprios agentes e funções, criar as leis mas também fiscaliza o poder executivo
através do Tribunal de Contas.
Dentro do Poder Legislativo, existe o Órgão do Tribunal de Contas que fiscaliza e
controla as contas públicas. O Tribunal de contas do estado (TCE) fiscaliza os
gastos do poder executivo estadual, e o o Tribunal de Contas da União (TCU),
fiscaliza os gastos do governo federal.
c) Judiciário: Controla e fiscaliza se os atos da Administração estão de acordo
com a legalidade e juridicidade. A juridicidade é a fiscalização conforme a previsão
legal. O controle judiciário deve ser provocado, alguém entra com a ação para que
18
o Poder Judiciário comece a atuar (Princípio da Inércia, se não for provocado, o
Judiciário fica inerte, não age)
13) Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992 e Lei nº 14.230/2021)
A Lei de Improbidade Administrativa foi atualizada em 2021.
Desde 1992 existe a Lei que rege a Improbidade Administrativa, mas em
2021 foi criada uma lei que faz alterações na lei antiga. A lei 8429/92 não foi
revogada, ela ainda vale, o que aconteceu foi uma versão mais atualizada e
condizente com a realidade atual.
Improbidade Administrativa são condutas praticadas por agentes públicos ou
particulares que causam dano à Administração pública. São as atividades
que geram vantagensilícitas a agentes ou particulares contra a
Administração Pública
Ex: Enriquecimento ilícito do agente com o dinheiro público, violar os princípios
administrativos.
Tipo de condutas que geram improbidade administrativa
SOMENTE CONDUTAS DOLOSAS (principal alteração da nova lei)
Antigamente os agentes podiam ser processados por improbidade
administrativa por condutas culposas. Mesmo sem intenção, podiam ser
processados.
Hoje os agentes só podem ser processados por improbidade administrativa
em casos DOLOSOS. Quando há a intenção de causar o dano.
Devemos lembrar que: Negligência, imprudência e imperícia são formas
culposas. Então se a questão falar que o agente agiu com imprudência e seu ato
causou um dano, este agente não pode ser processado por improbidade.
Ex: Um motorista em um carro da prefeitura da Cidade X, por imprudência bateu
em um carro de um cidadão.
Este cidadão deve ser ressarcido, pois houve um dano. A Administração
tem obrigação de ressarcir os danos causados. Esse motorista posteriormente até
pode ser obrigado a pagar os danos para a Administração, mas o motorista não
pode ser processado por improbidade administrativa, pois foi conduta culposa e
não dolosa.
19
Quem pode ingressar com a ação de Improbidade Administrativa:
Antigamente podiam ingressar a ação o Órgão que foi lesado e também o
Ministério Público.
Hoje, somente o Ministério Público pode ingressar com a ação de
Improbidade Administrativa.
Prescrição
Prazo de prescrição: Antes era 5 anos, hoje é 8 anos.
Prescrição é o prazo para processar o acusado de crime. Grosso modo, é o
tempo para iniciar o processo após a data que ocorreu o fato (dano)
Quem pode ser processado: 
a) Todos os Agentes públicos permanentes e temporários: Políticos, servidores
públicos, empregados públicos e os agentes públicos temporários(estagiário e
quem presta serviço para a Administração).
b) Particulares que celebram parcerias e contratos com a Administração Pública.
Nepotismo 
Antes não tinha lei federal proibindo nepotismo, esse crime era fruto de
Súmulas e entendimento jurídico, a lei nova trouxe esse crime expressamente.
Nepotismo é quando uma autoridade dá emprego para seus parentes.
Ex: Prefeito que contrata sua esposa para cargo que precisa de concurso público.
14) Responsabilidade civil do Estado
É quando a Administração causa um dano a alguém. O Estado é
responsabilizado e obrigado a ressarcir e indenizar pelo dano sofrido.
Ex: Se o carro de uma prefeitura bater em outro veículo. A Administração Pública
irá ressarcir o dano sofrido, depois, será avaliado se houve dolo ou culpa e se o
motorista da prefeitura será obrigado a pagar pelas despesas.
Qualquer dano causado por agentes públicos a pessoa, em primeiro
momento será responsabilidade da Administração, depois será avaliado se o
próprio agente deverá ressarcir o dano. 
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Espécies de Responsabilidade civil do Estado
a) Responsabilidade Objetiva do Estado: É quando o dano causado está mais
evidente. Só precisa observar se tem 3 elementos: conduta, nexo causal e dano.
Conduta: Se existiu uma ação de um agente público que a consequência foi um
dano ao particular (pessoa “comum”) ou a outro agente público. 
Nexo causal: Só ocorreu o dano por causa da conduta.
Dano: É o prejuízo em si
b) Responsabilidade Subjetiva do Estado: É quando ocorre a omissão do
Estado e isso gera um dano a alguém.
Ex: O Estado (poder público) deixa de prestar um serviço e isso gera um dano ao
particular.
 
Nessa hipótese deve comprovar que houve dolo ou culpa da Administração.
Responsabilidade do Agente Público: 
A responsabilidade do Agente sempre será SUBJETIVA, pois na
responsabilidade subjetiva sempre se analisa a culpa ou o dolo.
Na responsabilidade OBJETIVA basta o dano, na SUBJETIVA deve ter
culpa ou dolo. 
No exemplo do motorista se ele foi imprudente, ou seja, agiu com culpa vai
ter que pagar pelo conserto mas não vai ser processado por improbidade, se ele
bateu porque quis, agiu com dolo, será processado por improbidade pois causou
intencionalmente um prejuízo à Administração Pública.
Essa obrigação de pagar pelo conserto para a Administração se chama
ação de regresso.
Ação de Regresso: Quando o agente público deve ressarcir a Administração
Pública do pelo dano que ele causou culposamente ou dolosamente ao particular.
A Administração paga para a pessoa que sofreu o dano e depois na ação
de regresso cobra do motorista (agente) que este repare as despesas causadas. 
15) Licitação e Contratos. Leis nº 8.666/1993, nº 10.520/2002 e nº 14.133/2021
Lei de Licitações atualizada
21
Desde 1993 existe a Lei que rege a forma como a Administração Pública
faz as compras dos seus mantimentos e serviços, mas em 2021 foi criada uma lei
nova e REVOGOU a lei antiga. Atualmente a lei vigente sobre licitações é a Lei
14.133/2021. 
Conceito de Licitação: É o processo administrativo utilizado para a compra de
bens e para a contratação de serviços pelos Órgãos Públicos nos municípios,
estados e da União (federal).
Ex: Compras de papel A4, caneta, cadeira e computadores e também de serviços
como obras e construção de escola e hospital. 
Ou seja, a Administração não pode simplesmente mandar seus agentes
irem no supermercado comprar café ou na papelaria comprar caneta, qualquer
compra de bens ou de serviços para a Administração, com dinheiro público, é feita
através de Licitação Pública.
Novidade sobre a Lei de Licitação
A Lei 14.133/23 revoga as Leis antigas 8666/93 e 10520/02
O nosso edital cobra essas leis antigas, para que saibamos que elas foram
revogadas e que novidades foram trazidas. Como é uma lei muito nova, de 2021, o
poder público deu o prazo de 2 anos para entrar em vigor. 
A lei foi feita em 01/04/2021, então era válida até 01/04/2023. O edital do
concurso foi feito antes de abril de 2023, ou seja, naquela data ainda estava em
vigor a lei 8666/93 e a lei 10520/02. 
Como havia dito, nossa prova busca que saibamos que as leis antigas
foram revogadas, e que o período de vacância (tempo que uma nova lei tem para
entrar em vigor) da nova lei era de 2 anos, as novidades principais que foram
retirar 2 modalidades e fazer 1 modalidade nova e que o pregão que tinha uma
lei específica agora está dentro da lei geral de licitação. 
LEI 8666/93
 Convite
 Tomada de Preço
 Concorrência
 Concurso
 Leilão
 Pregão (Lei 10520/02)
LEI 14133/21
 
 Diálogo Competitivo
 Concorrência
 Concurso
 Leilão
 Pregão 
Modalidades de Licitação
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Modalidades de Licitação (Lei 141333/21)
Para cada tipo de compra da Administração existe um tipo de procedimento
mais viável para se efetuar a licitação.
1) Pregão: Até 2021, quando ainda existia a lei antiga de Licitação a 8666/93, para
complementar as regras sobre compras da Administração também existia a Lei
10.520/2002, que era a lei específica da modalidade pregão. Na nova lei, esta
modalidade de licitação já vem na lei geral de licitação.
O Pregão é utilizado para fazer a aquisição de bens e serviços comuns,
com a proposta de menor preço.
Funciona assim, é aberto um edital com uma lista de materiais comuns que
a Administração precisa comprar, por exemplo, papel A4, caneta esferográfica azul,
cadeira e etc. Várias empresas que vendem esses materiais vão se inscrever e
lançar o preço que vende. 
A empresa que vender o material pelo menor valor, ganhará o pregão.
Ex de serviços comuns adquiridos através de pregão: Manutenção de
veículos, manutenção de imóveis (pintura e etc) manutenção de equipamentos (Ar
condicionado, conserto/ manutenção) 
2) Concorrência: Aquisição de bens e serviços especiais e serviços de
engenharia comum ou especial.
Para que a empresa ou o especialista vença a licitação pela concorrência,
deve possuir o menor preço e a melhor técnica.
Concorrência x Pregão: 
Em bens e serviços comuns genéricos é obrigatório usar a modalidade pregão.
Em serviçoscomuns de engenharia não é obrigatório a concorrência, é o indicado
mas também pode usar o pregão.
Bens e serviços comuns = sempre pregão
Serviços comuns de engenharia = concorrência ou pregão.
➢ A concorrência é o mais indicado.
3) Concurso: Modalidade de licitação para escolha de trabalho técnico,
científico ou artístico.
Vence a licitação por concurso quem tiver a melhor técnica ou o melhor
conteúdo artístico.
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Lembrando que esse concurso não é a mesma coisa que prova de
concurso para se tornar servidor público. O concurso de licitação é uma
contratação de um técnico para prestar um serviço. 
Ex: Contratar um contador que seja especializado em Bacenjud. O contador que
mostrar que possui a melhor técnica vencerá a licitação. 
4) Leilão: É a modalidade que a Administração Pública VENDE bens,
denomina-se Alienação de bens. Na lei anterior o leilão só era usada para
alienar bens móveis, a alienação de bens imóveis era feita pela modalidade
concorrência. 
Na nova lei A ALIENAÇÃO DE TODOS OS BENS é feita por leilão.
Ou seja, todas as vezes que a Administração quiser vender bens, seja
móveis (carro por exemplo) ou imóveis (casa) será feita por LEILÃO.
5) Diálogo Competitivo: É a modalidade que é novidade da nova lei. Antes
não existia.(NOVIDADE)
Caracteriza-se pela conversa entre a Administração Pública e os licitantes e
que os próprios licitantes devem trazer soluções para desenvolver as alternativas e
atender as necessidades.
Ex: A Administração quer fazer adaptações nas repartições de modo que utilize
todo o espaço disponível no prédio, então ela lança o edital de licitação pela
modalidade diálogo competitivo e quem trouxer a melhor solução e o melhor preço
vencerá a licitação.
Dispensa de licitação
É quando a Administração pode fazer compras e contratar serviços
sem o uso de licitação.
a) Valor do bem adquirido: A regra é a licitação, mas há casos que bens podem
ser comprados sem licitação. Até 50 mil para compras em geral e até 100 mil reais
para obras de construção, engenharia e serviços de manutenção de veículos.
b) Urgência por causa de estado de calamidade: Na lei antiga poderia contratar
um serviço sem licitação durante estado de calamidade por até 180 dias (6
meses), na nova lei este prazo aumentou agora pode contratar um serviço sem
licitação em estado de urgência ou calamidade pelo prazo de até 1 ano.
c) Licitação deserta ou fracassada: Caso faça a licitação e não apareça ninguém
para concorrer, a Administração tem até 1 ano para adquirir os bens e serviços
sem licitação e os requisitos de compras devem ser os mesmos.
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Ex: A Administração quer comprar 20 computadores da marca dell e até 3 mil reais
cada um, caso nenhuma loja queira se candidatar para fornecer, a Administração
no prazo de 1 ano pode comprar sem licitação e gastar o mesmo valor. Não pode
comprar computadores mais caros só porque não tem licitação. 
Inexigibilidade de licitação
É diferente da dispensa pois, neste caso, é quando não tem como fazer
licitação, pois não há concorrência.
Ex1: Uma prefeitura quer contratar o show do Wesley Safadão, não tem como
fazer licitação pois só existe um artista. 
Ex2: Um tribunal quer comprar uma obra de arte do Romero Britto não tem como
fazer licitação, pois estes artistas são únicos.
Ex3: A prefeitura quer comprar um imóvel para transformá-lo em posto de saúde,
não tem como fazer licitação porque tem que ser aquele imóvel específico, no
centro da cidade, daquele tamanho. É único.
Na lei anterior, essa compra de imóveis específicos era caso de dispensa,
mas agora é inexigibilidade. E faz mais sentido, pois não é o caso de poder
comprar sem licitação, é porque aquele imóvel é exclusivo e exatamente o que a
Administração quer.
A inexigibilidade ocorre quando o bem ou o serviço adquirido é único e
específico.
16) Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado 
do Rio Grande do Sul (Lei Complementar nº 10.098/1994)
É a lei, em concordância com a Constituição Federal, que rege 
especificamente sobre os servidores públicos do estado do Rio Grande do 
Sul, Lei geral dos servidores do RS.
Esta lei tem efeito sobre os servidores investidos em cargo público por meio
de concurso e cargos em comissão (cargo de confiança).
Art. 1º, Lei Complementar 10098/94- Esta lei dispõe sobre o estatuto e o regime 
jurídico dos servidores públicos civis do Estado do Rio Grande do Sul, exceto as 
categorias que, por disposição constitucional, devam reger-se por estatuto próprio. 
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Art. 2º, LC 10098/94- Para os efeitos desta lei, servidor público é a pessoa 
legalmente investida em cargo público. 
Recrutamento e Seleção
O recrutamento e seleção de novos servidores em Órgãos do Rio Grande 
do Sul ocorrerá por meio de concurso público, para cargos efetivos e por livre 
nomeação para cargos de confiança.
Posse e exercício do cargo
Como na lei geral de servidores públicos, a Lei 8112/90, a posse ocorrerá 
15 dias após a nomeação e o exercício (início do trabalho) após 30 dias da data da
posse.
Posse e Exercício
Nomeação (aprovação em concurso). 02/05/2023
Posse: Dia da assinatura da posse do cargo 02/06/2023
Exercício: Dia que começa a trabalhar 17/06/2023
 N P E
____________________
 30 dias 15 dias
Estágio Probatório
Estágio Probatório: Tempo de comprovação do servidor aprovado em concurso 
público para adquirir estabilidade no cargo público.
Tempo para adquirir estabilidade após o início do exercício do cargo = 3 anos
Esta lei fala no prazo de 2 anos, para que o servidor se torne estável, mas o STF já
decidiu que todo estágio probatório deve seguir a nova regra da CF, 3 anos.
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Regime de Trabalho
O servidor público do estado do Rio Grande do Sul deve seguir 8 h diárias 
e 40 h semanais de jornada de trabalho, com intervalo de1h para o almoço.
Horário de trabalho diurno: 09:00 às 18:00
Serviço noturno: Entre as 22:00 h de um dia e as 5:00 h do dia seguinte, será 
considerado 8 h de trabalho pois as horas noturnas possuem 52 min.
Responsabilidade dos servidores
Os servidores podem responder nas esferas administrativa, civil e penal 
pelo exercício irregular de suas atribuições. 
Por irregularidade em grau leve, será repreendido e grau grave e 
gravíssimo responderá processo administrativo e poderá ser demitido.
Sendo constatado a invalidade da demissão, o servidor deve ser 
reintegrado ao seu cargo. (mesmas regras da lei geral 8112/90)
17) Regulamento do Regime Jurídico Único (Decreto nº 35.424/1994)
O decreto é um ato administrativo expedido pelo chefe do poder
executivo e não tem força de lei, serve para detalhar as regras já existentes no
texto da lei. No âmbito estadual, quem emite o decreto é o governador. 
O Decreto 35.424/94 regulamenta o Regime jurídico do servidor
público do Rio Grande do Sul. Em outras palavras, regulamenta a Lei do
Servidor público estadual, Lei 10098/94.
Este decreto serve para emendar a lei dos servidores estaduais no que
tange os regimes existentes para os serviços públicos. 
Os Regimes existentes da Administração Pública no Rio Grande do Sul
são: estatutário e celetista.
Os cargos públicos do Rio Grande do Sul da Administração direta Órgãos
diretamente ligados ao estado, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça, Ministério
Público são regidos pelo regime estatutário.
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O regime estatutário do Rio Grande do Sul tem como forma de ingresso o
concurso público e a lei base é a Lei 10098/94 e subsidiariamente a Lei Geral dos
servidores públicos, a Lei 8112/90.
Os empregados públicos do Rio Grande do Sul da Administração indireta 
são regidos pelo Regime celetista, CLT (Lei do trabalhador).
Como é o caso dos empregados do Banrisul, eles também ingressam na 
função através de concurso público mas são regidos pelas normas gerais do 
trabalho, a CLT.
18) Assistência jurídica integral e gratuita: aspectos processuaisA Assistência Judiciária Gratuita está prevista no artigo 5º,inciso LXXIV da
Constituição Federal, que atribui ao Estado a obrigação de garantir que a pessoa
com poucos recursos financeiros tenha acesso a um advogado.
É a função primordial da Defensoria Pública, a defesa dos direitos para a
população que não pode pagar por advogados ter acesso à justiça.
Diferença de Justiça gratuita e Assistência jurídica gratuita
Justiça gratuita é a isenção de pagamento das custas processuais, é tão somente
não precisar pagar as custas do processo por não ter condições financeiras para
tal. No entanto, este requerente de justiça gratuita pode ter um advogado
particular.
A parte que requereu justiça gratuita no processo pode ter advogado particular.
Assistência jurídica gratuita, chamada corriqueiramente de AJG é quando a
pessoa é hipossuficiente precisa, para ter acesso a justiça e aos seus direitos,
constituir um advogado gratuito, o defensor público.

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