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@concursodefensoriapublicars Todos os direitos reservados SUMÁRIO Noções de Direito Administrativo……...……………………………………………...6 Noções de organização administrativa………………...………………..……………...6 Administração direta e indireta, centralizada e descentralizada…….….…..…..6 Desconcentração.………………………………………………………………………...7 Princípios expressos e implícitos da administração pública …………………....7 Órgãos públicos ………...……………………………………………………..………...8 Agentes públicos ………………………………………………………………………...8 Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União Lei 8.112/90…….….9 Processo Administrativo ………………………….………………………….……….12 Poderes administrativos ……………………………………………..……………….14 Ato administrativo …………………………………………….………………….…….16 Controle e responsabilização da administração ………………..………………..17 Improbidade Administrativa ………………………………………………….. ….….18 Responsabilidade civil do Estado ……………………………………….………….19 Licitação e Contratos...…………………………...………………………………...….20 Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Rio Grande do Sul .……...…….24 Regulamento do Regime Jurídico Único .………………………………………….26 Assistência jurídica integral e gratuita: aspectos processuais …..………..….27 “A semente vai germinar, é assim que a vida é” Flaira Ferro. Administração Pública Indireta U, E, DF, M F, A, S, E 6 DIREITO ADMINISTRATIVO 1) Noções de Direito Administrativo O Direito Administrativo é uma área do Direito que trata da relação entre a Administração Pública e os seus administrados. É o conjunto de princípios e regras que estruturam o funcionamento de pessoas e Órgãos da Administração pública. Características: a) Exercício da função administrativa b) Relação entre a administração pública e seus agentes c) Prestação de serviço público à população e gestão pública. 2) Noções de organização administrativa A Administração Pública é o conjunto de Órgãos que exercem a função administrativa de um determinado lugar. A organização administrativa é dada a partir da divisão em Administração Pública direta e Administração Pública Indireta. A Administração Pública direta é formada por Órgãos que não possuem personalidade jurídica própria, enquanto que a Administração Pública indireta é formada por Órgãos com personalidade jurídica própria. Administração Pública Direta Administração Pública 3) Administração direta e indireta, centralizada e descentralizada A Administração Pública direta é formada por: União, Estados, Distrito Federal e Municípios e é hierarquizada, ou seja, cada Órgão possui unidades que são subordinados à sua administração. Ex: Estado do Rio Grande do Sul possui a Secretaria da Educação que é subordinada ao Governo estadual. https://blog.anhanguera.com/direito/ 7 A Administração Pública Indireta é formada por: Fundações Públicas, Autarquias, Sociedade de Economia Mista e Empresas Públicas. Não possuem hierarquia com Órgãos da Adm. direta mas sim um vínculo com esses Órgãos. Para exercer suas funções, a Administração Pública organiza-se de duas formas: a) Administração Centralizada: O Ente administrativo exerce suas atividades por meio dos seus próprios Órgãos e seus agentes da Administração direta. b) Administração Descentralizada:É quando os entes da Administração direta utilizam outras pessoas físicas ou jurídicas para exercerem determinada atividade. ➢ A descentralização ocorre por: Outorga ou Delegação. Outorga: A Administração Pública cria ou autoriza a criação de um ente para executar determinado serviço. É a criação de um ente da Administração Indireta. Na outorga, é dada a transferência e a titularidade para que um determinado ente execute uma atividade por prazo indeterminado. Ex: A Administração transfere às Universidades públicas o serviço de fornecer educação de ensino superior para a população. Delegação: A Administração transfere, delega somente a execução de determinada atividade por meio de contrato e por tempo determinado. Ex: As Concessionárias não fazem parte da Administração Pública mas são contratadas para executar serviços sob a fiscalização do Poder público. 4) Desconcentração É a distribuição interna da competência para se obter uma maior eficiência na prestação do serviço. Ex: A União (Governo Federal) cria os Ministérios da Fazenda, da Saúde, da Educação e etc. para que cada um se especialize e forneça maior eficiência em suas respectivas pastas administrativas. 5) Princípios expressos e implícitos da administração pública 8 Os Princípios expressos da Administração Pública são aqueles trazidos Constituição Federal em seu art. 37, LIMPE. Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. Os Princípios Implícitos são normas regidas pela doutrina e tem a função de complementar o papel administrativo na sociedade. São eles: Razoabilidade e a Proporcionalidade. Razoabilidade: A conduta do agente deve ser adequada e necessária; Proporcionalidade: A aplicação e a interpretação da norma deve ser proporcional a conduta do infrator. 6) Órgãos públicos A Administração Pública é formada por Órgãos públicos que exercem as funções e serviços para a população. Os Órgãos Públicos são unidades funcionais criadas pelo Poder público para exercer as atividades que atendem a sociedade. Não possuem personalidade jurídica própria, pois são departamentos da Administração Pública direta. A forma que os Órgãos públicos exercem suas funções é através dos agentes públicos; que são as pessoas físicas prepostas para executarem as tarefas administrativas. Ex: Tribunais, Defensoria Pública Teoria do Órgão O Órgão Público é o detentor da atribuição pública e não o agente. O agente público age em nome do Órgão e o Órgão manifesta a vontade da Administração Pública (municipal, estadual ou federal). Ex: Quando um juiz de direito decide em uma ação judicial, a decisão não é daquela pessoa, mas sim do Órgão ao qual aquele agente está vinculado 7) Agentes públicos São as pessoas que trabalham em nome da Administração Pública. Os agentes públicos atuam em nome do Órgão público e consequentemente da Administração Pública. 9 Ex de agentes públicos: Servidores público: Pessoas aprovadas em concurso público e investido em cargo público. Agentes temporários: Exercem por tempo determinado a função pública. Ex: Estagiários, mesários. Agentes em mandato eletivo: Exercem atividade pública mediante mandato eletivo de 4 anos. Presidente, Governador, Senadores, Deputados, Prefeitos e Vereadores. 8) Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União (Lei nº 8.112/1990) Estatuto dos Servidores Públicos civis federais Esta lei se aplica aos servidores não militares da Administração Pública direta e indireta no âmbito federal. No entanto, esta lei traz os conceitos e regras gerais dos servidores públicos, é por esse motivo que diversos concursos estaduais e até municipais trazem esta lei em seu edital. A Lei 8112/90 traz os conceitos de servidor público, cargo público, regras sobre acesso ao cargo público, exercício do cargo e vacância(vazio) do cargo público. Conceito de Servidor Público Pessoa investida em um cargo público. A investidura ocorre com a assinatura do termo de posse. Requisitos básicos para a Investidura: a) Nacionalidade brasileira nato ou naturalizado. Os estrangeiros só podem exercer cargo ligados à educação ou pesquisa científica. Ex: Cargo em Universidade. b) Nível de escolaridade exigido para o cargo c) Aptidão física e mental para exercer o trabalho d) Idade de 18 anos e) Quitação das obrigações políticas e eleitorais. Para os homens as obrigações militares. 10 Esses requisitos são exigidos na posse. A posse pode ocorrer por meio de procuração. Caso a pessoa não possa ou não queira ir assinar o termo de posse, pode ocorrer por meio de outra pessoa com procuração em nome do aprovado. Conceitode Cargo Público Exercício da função pública de denominação própria. Os cargos públicos têm nome próprio. Ex: Técnico judiciário, Analista, Defensor Público. Posse e Exercício Nomeação (aprovação em concurso). 02/05/2023 Posse: Dia da assinatura da posse do cargo 02/06/2023 Exercício: Dia que começa a trabalhar 17/06/2023 N P E ____________________ 30 dias 15 dias Estágio Probatório: Tempo de comprovação do servidor aprovado em concurso público para adquirir estabilidade no cargo público. O ESTÁGIO PROBATÓRIO DURA 3 ANOS Obs.: A lei 8112/90 diz 2 anos, mas já é entendimento pacificado do STF que é para seguir a nova regra de 3 anos da Constituição Federal. Estabilidade: É uma garantia ao servidor público mas não é uma garantia absoluta, pois há hipóteses de perda do cargo. A perda pode ocorrer: a) Sentença Judicial transitada em julgada (sentença que não cabe mais recursos) b) Processo Administrativo Disciplinar: pode ocorrer a demissão do servidor c) Avaliação insatisfatória de desempenho do servidor público Provimento e Vacância Provimento: Preenchimento de um cargo, prover o cargo vazio. 11 Vacância: É quando o cargo está vago. O cargo vazio. Formas de Provimento a) Nomeação: Forma originária através da aprovação em concurso público. b) Promoção: Um cargo superior que um servidor público pode ser promovido. Ex: Juiz de direito é promovido ao cargo de Desembargador. c) Readaptação: Servidor readaptado a cargo compatível com o originário. Ex: Um oficial de justiça fica paraplégico e não pode cumprir os mandados e precisa ser readaptado a cargo semelhante. d) Reintegração: É o servidor estável que foi demitido mas por sentença é reintegrado ao serviço público e a demissão invalidada. e) Reversão: Servidor aposentado que volta ao serviço público. f) Aproveitamento: Um servidor público que está sobrando em uma repartição e é aproveitado em outro lugar para cumprir tarefas iguais ou semelhantes ao seu cargo. g) Recondução: Retorno ao cargo anterior. Ex: Servidor que recebeu um cargo em comissão para chefiar um ato por tempo determinado, passado o tempo, volta ao seu cargo originário. Formas de Vacância a) Exoneração: É a desvinculação do servidor público daquele cargo. Ex: Servidor quer abrir uma empresa e pede a exoneração do seu cargo, ficando vago este cargo. b) Falecimento: A morte do servidor público torna o cargo dele vago. c) Demissão: Após processo administrativo, o servidor é punido por sua infração grave com demissão, o cargo do servidor demitido entra em vacância. d) Promoção: Quando o servidor é promovido para outro cargo, este que ele ocupava fica vago. Ex: Quando o juiz é promovido a desembargador, seu cargo de juiz entra em vacância. e) Aposentadoria: Terminado o tempo de serviço do servidor público, seu cargo fica vago. f) Readaptação: Quando um servidor é readaptado pois não consegue exercer aquela função, o cargo fica vago. Ex: Oficial de justiça que foi readaptado pois se acidentou, seu cargo entra em vacância. 12 g) Posse em outro cargo Inacumulável: Um servidor aprovado em outro concurso que não pode acumular, ao tomar posse no novo cargo, o seu anterior fica vago. Ex de cargos acumuláveis: Professor, médico. 9) Processo Administrativo (Lei Federal nº 9.784/1999, com as alterações trazidas pela Lei nº 14.210/2021) Lei que trata de processos administrativo no âmbito federal. Esta lei traça as regras gerais do processo administrativo. Por isso quando existir regras específicas sobre determinado tema, a Lei 9784/99 será empregada de forma secundária, subsidiária. Ex: Na Lei 8112/90 que é a lei dos servidores públicos civis existem regras específicas sobre o PAD (processo administrativo disciplinar). Logo a lei aplicada será a 8112/90 e de forma subsidiária, aplica-se a Lei 9784/99. Para quem é aplicada esta lei: a) Administração direta federal b) Administração indireta federal O STJ decidiu que a lei 9784/99 pode ser usada no âmbito estadual quando não tiver lei tratando daquele tema. É por esse motivo que concursos estaduais cobram essa lei, como é o caso da Defensoria do Estado pois essa lei abarca temas processuais disciplinares que não existe sequer outra lei tratando. Art. 1, da Lei 9784: Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração. Princípios Explícitos e implícitos na lei 9784/99 São os Princípios que todo processo administrativo deve seguir para ser legítimo e justo. Princípios explícitos (expressos na lei) Art. 2º, 9784/99: A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. Legalidade: Os atos do processo devem estar presentes na lei 13 Finalidade e motivação: Deve ter um motivo para que o administrado esteja passando por um processo. Razoabilidade, proporcionalidade e moralidade: Os atos da Administração devem ser justo e proporcionais aos atos do agente. Ampla defesa e contraditório: O administrado deve ter direito de defesa. Segurança jurídica e interesse público: Todos os atos de um processo são conhecidos por todos, todos nós conhecemos as etapas de um processo. Eficiente: Os atos devem ser tomados para que o processo seja célere e eficiente para ambas as partes. Princípios implícitos a) Informalidade ou Formalismo moderado: Adoção de formas simples e mais rápidas possíveis, é um desdobramento da eficiência. b) Oficialidade: O processo será iniciado e movimentado de ofício, ou seja, não precisa de um impulso externo, de um advogado por exemplo, aqui a própria Administração Pública pode iniciar um processo administrativo. É o contrário do processo judicial. No processo judicial usa o princípio da inercia, só inicia se alguém requerer. c) Gratuidade: Proíbe a cobrança de despesas processuais (regra) , salvo quando exigir algum pagamento em lei. d) Publicidade: O processo é público, todos podem ter informações, salvo se precisar de sigilo para proteger algo ou alguém. Direitos e deveres dos administrados Direito dos Administrados durante o processo administrativo Art. 3o O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados: Os agentes públicos que respondendo processo administrativo estão assegurados: I - Ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações; II - Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas; 14 III - Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente; IV - Fazer-se assistir, facultativamente, por advogado (regra), salvo quando obrigatória a representação, por força de lei. Deveres dos Administrados durante o processo administrativo Art. 4o São deveres do administrado perante a Administração , sem prejuízo de outros previstos em ato normativo: Os agentes públicos que estão passando por processo administrativo devem: I - Expor os fatos conforme a verdade; II - Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; III - Não agir de modo temerário (inseguro, imprudente); IV - Prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos. Decisão Administrativa dos Processos Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e sobre solicitações oureclamações, em matéria de sua competência. Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada. 10) Poderes administrativos Os Poderes da Administração são os instrumentos usados para atender o interesse público. O ordenamento jurídico dá ao Estado (governo, ente estatal) as prerrogativas para poder agir em nome do bem comum da sociedade. Características dos Poderes da Administração Pública a) Instrumentalidade: A Administração é instrumento para atingir o objetivo fim da sociedade: bem-estar, justiça. 15 b) Poder-dever: Mais que um direito de agir em nome da sociedade, A administração tem o dever de praticar atos que garantam o bem-estar social. c) Irrenunciabilidade: É irrenunciável à Administração, pois foi dada a ela este poder-dever de tutelas e garantias sociais. d) Atuação nos limites da lei: É um princípio do Direito administrativo, enquanto nós cidadãos somos protegidos com o art. 5º, II, com a máxima o que não é proibido é permitido; para a Administração Pública é o contrário: só é permitido o que está na lei. e) Responsabilidade: O administrador deve ser responsabilizado pelos excessos, pelo abuso de poder. Tipos de Poderes da Administração Pública 1) Poder hierárquico: Todos os atos dos agentes públicos e da própria Administração Pública são regidos pela tutela da hierarquia para que, as tomadas de decisões sejam fundadas no bem maior e não no bem no agente ou de um Órgão Público. Os atos são praticados em favor do organismo(sociedade) e não de órgãos públicos isolados. 2) Poder disciplinar: Poder no âmbito interno da Administração para corrigir atos dos agentes que ferem os objetivos administrativos. Ex: Quando um agente público age em desfavor da Administração. Ex: Prevaricação. Um agente público se nega a praticar um ato motivado por interesse pessoal e atrasa o percurso processual administrativo. 3) Poder de polícia: É o caráter disciplinador no âmbito externo da Administração. É quando o poder administrativo atinge pessoas que não são agentes públicos. Ex: Cidadão que dirige automóveis sem possuir habilitação de motorista e prejudica ou pode prejudicar o bem-estar comum social. 4) Poder regulamentar: Poder de complementar a lei. A administração pode fazer Resoluções e Portarias, sem ferir as leis para regulamentar o bom funcionamento daquela Instituição. Esses poderes administrativos podem ser vinculados ou discricionários Vinculados: O agente público deve agir estritamente conforme a lei manda. Seguir a risca a lei. 16 Discricionário: O agente público pode nas margens da lei, optar pela melhor forma de agir. Ex: Quando um agente comete uma infração, seu superior hierárquico pode sancionar com advertência ou sindicância, dada as margens da lei e o ato concreto, ele pode decidir como solucionará a atitude do agente. Nesse exemplo foi o Poder hierárquico discricionário. Ou seja, vai depender do caso concreto trazido. Se o agente só tem uma forma de agir, é um poder vinculado, não cabe uma margem de interpretação. Se há esse poder de escolha do agente, é poder discricionário. 11) Ato administrativo Formas que a Administração Pública atua e externa a sua vontade para atingir os objetivos finais, o interesse público. Atributos dos Atos Administrativos: a) Presunção de legitimidade e veracidade: Presume-se que os atos da Administração estão sendo praticados conforme a lei. É a ideia de que tudo que Administração faz é verdadeiro e legal, conforme a lei. Mas não é absoluto, é uma presunção relativa pois podemos questionar os atos administrativos, na própria via administrativo ou na via judicial. Ex: Multa de trânsito. Presume-se que o condutor praticou aquela infração e por isso foi multado, mas a própria administração tem o departamento para contestar na via administrativa a multa. JARI: Junta Administrativa de Recursos de Infrações. b) Imperatividade: Os atos administrativos, a vontade da Administração impera sobre a sociedade, pois seu fim é o bem-estar público. Impera que em determinada via pública se pode andar até certa velocidade, nós enquanto cidadãos não podemos questionar ou dizer que não concordamos e ultrapassar aquela regra. A Administração impõe sua vontade. c) Autoexecutoriedade: Este atributo depende de 2 pressupostos, previsão legal e situação de urgência. Se no caso concreto precisa de uma medida administrativa necessária, a Administração pode executar sem a autorização judicial. Ex: Vigilância Sanitária vai ao estabelecimento e encontra alimentos vencidos sendo vendidos. Como tem lei que rege sobre o tema e é de caráter de urgência (senão pode adoecer a população), os próprios agentes agem tirando aqueles alimentos de circulação, não precisa de mandado judicial. d) Tipicidade: Os atos da Administração Públicas devem ser praticados de acordo com lei prévia que o assegure. É uma garantia a população. Todos nós sabemos 17 que roubar é errado, pois existe lei sobre o tema, logo, os agentes podem praticar atos disciplinares contra o infrator pois estão garantidos em normas prévias. Evita os abusos de autoridade por parte dos agentes da Administração Pública. 12) Controle e responsabilização da administração: controle administrativo; controle judicial; controle legislativo; controle dos Tribunais de Contas Controle administrativo: Conjunto de mecanismos que a Administração possui de fiscalizar, de rever e anular atos ilegais e controlar a prática dos atos dos agentes públicos. Classificações do Controle administrativo Controle do Poder executivo: A função típica do Poder Executivo é administrar a máquina pública, sendo assim o controle de cada Poder vai ter ligação direta com suas funções. Controle do Poder Judiciário: A função típica do Poder Judiciário é julgar. Logo, o controle judicial será controlar e decidir se os atos estão de acordo com a lei. Julgar, na esfera do judiciário os atos que precisam ser fiscalizados. Controle do Poder Legislativo: A função típica do Poder Legislativo é criar as leis que regem a Administração e a sociedade. Dentro do Poder Legislativo, tem o controle do Tribunal de Contas Quanto a Natureza dos Controles a) Administrativo: Realizado pela Administração sobre seus próprios atos. É a autotutela. A própria Administração fiscaliza os atos praticados por seu Órgãos e por seus agentes públicos. b) Legislativo: Realizado pelo Poder Legislativo para controlar fiscalizar seus próprios agentes e funções, criar as leis mas também fiscaliza o poder executivo através do Tribunal de Contas. Dentro do Poder Legislativo, existe o Órgão do Tribunal de Contas que fiscaliza e controla as contas públicas. O Tribunal de contas do estado (TCE) fiscaliza os gastos do poder executivo estadual, e o o Tribunal de Contas da União (TCU), fiscaliza os gastos do governo federal. c) Judiciário: Controla e fiscaliza se os atos da Administração estão de acordo com a legalidade e juridicidade. A juridicidade é a fiscalização conforme a previsão legal. O controle judiciário deve ser provocado, alguém entra com a ação para que 18 o Poder Judiciário comece a atuar (Princípio da Inércia, se não for provocado, o Judiciário fica inerte, não age) 13) Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992 e Lei nº 14.230/2021) A Lei de Improbidade Administrativa foi atualizada em 2021. Desde 1992 existe a Lei que rege a Improbidade Administrativa, mas em 2021 foi criada uma lei que faz alterações na lei antiga. A lei 8429/92 não foi revogada, ela ainda vale, o que aconteceu foi uma versão mais atualizada e condizente com a realidade atual. Improbidade Administrativa são condutas praticadas por agentes públicos ou particulares que causam dano à Administração pública. São as atividades que geram vantagensilícitas a agentes ou particulares contra a Administração Pública Ex: Enriquecimento ilícito do agente com o dinheiro público, violar os princípios administrativos. Tipo de condutas que geram improbidade administrativa SOMENTE CONDUTAS DOLOSAS (principal alteração da nova lei) Antigamente os agentes podiam ser processados por improbidade administrativa por condutas culposas. Mesmo sem intenção, podiam ser processados. Hoje os agentes só podem ser processados por improbidade administrativa em casos DOLOSOS. Quando há a intenção de causar o dano. Devemos lembrar que: Negligência, imprudência e imperícia são formas culposas. Então se a questão falar que o agente agiu com imprudência e seu ato causou um dano, este agente não pode ser processado por improbidade. Ex: Um motorista em um carro da prefeitura da Cidade X, por imprudência bateu em um carro de um cidadão. Este cidadão deve ser ressarcido, pois houve um dano. A Administração tem obrigação de ressarcir os danos causados. Esse motorista posteriormente até pode ser obrigado a pagar os danos para a Administração, mas o motorista não pode ser processado por improbidade administrativa, pois foi conduta culposa e não dolosa. 19 Quem pode ingressar com a ação de Improbidade Administrativa: Antigamente podiam ingressar a ação o Órgão que foi lesado e também o Ministério Público. Hoje, somente o Ministério Público pode ingressar com a ação de Improbidade Administrativa. Prescrição Prazo de prescrição: Antes era 5 anos, hoje é 8 anos. Prescrição é o prazo para processar o acusado de crime. Grosso modo, é o tempo para iniciar o processo após a data que ocorreu o fato (dano) Quem pode ser processado: a) Todos os Agentes públicos permanentes e temporários: Políticos, servidores públicos, empregados públicos e os agentes públicos temporários(estagiário e quem presta serviço para a Administração). b) Particulares que celebram parcerias e contratos com a Administração Pública. Nepotismo Antes não tinha lei federal proibindo nepotismo, esse crime era fruto de Súmulas e entendimento jurídico, a lei nova trouxe esse crime expressamente. Nepotismo é quando uma autoridade dá emprego para seus parentes. Ex: Prefeito que contrata sua esposa para cargo que precisa de concurso público. 14) Responsabilidade civil do Estado É quando a Administração causa um dano a alguém. O Estado é responsabilizado e obrigado a ressarcir e indenizar pelo dano sofrido. Ex: Se o carro de uma prefeitura bater em outro veículo. A Administração Pública irá ressarcir o dano sofrido, depois, será avaliado se houve dolo ou culpa e se o motorista da prefeitura será obrigado a pagar pelas despesas. Qualquer dano causado por agentes públicos a pessoa, em primeiro momento será responsabilidade da Administração, depois será avaliado se o próprio agente deverá ressarcir o dano. 20 Espécies de Responsabilidade civil do Estado a) Responsabilidade Objetiva do Estado: É quando o dano causado está mais evidente. Só precisa observar se tem 3 elementos: conduta, nexo causal e dano. Conduta: Se existiu uma ação de um agente público que a consequência foi um dano ao particular (pessoa “comum”) ou a outro agente público. Nexo causal: Só ocorreu o dano por causa da conduta. Dano: É o prejuízo em si b) Responsabilidade Subjetiva do Estado: É quando ocorre a omissão do Estado e isso gera um dano a alguém. Ex: O Estado (poder público) deixa de prestar um serviço e isso gera um dano ao particular. Nessa hipótese deve comprovar que houve dolo ou culpa da Administração. Responsabilidade do Agente Público: A responsabilidade do Agente sempre será SUBJETIVA, pois na responsabilidade subjetiva sempre se analisa a culpa ou o dolo. Na responsabilidade OBJETIVA basta o dano, na SUBJETIVA deve ter culpa ou dolo. No exemplo do motorista se ele foi imprudente, ou seja, agiu com culpa vai ter que pagar pelo conserto mas não vai ser processado por improbidade, se ele bateu porque quis, agiu com dolo, será processado por improbidade pois causou intencionalmente um prejuízo à Administração Pública. Essa obrigação de pagar pelo conserto para a Administração se chama ação de regresso. Ação de Regresso: Quando o agente público deve ressarcir a Administração Pública do pelo dano que ele causou culposamente ou dolosamente ao particular. A Administração paga para a pessoa que sofreu o dano e depois na ação de regresso cobra do motorista (agente) que este repare as despesas causadas. 15) Licitação e Contratos. Leis nº 8.666/1993, nº 10.520/2002 e nº 14.133/2021 Lei de Licitações atualizada 21 Desde 1993 existe a Lei que rege a forma como a Administração Pública faz as compras dos seus mantimentos e serviços, mas em 2021 foi criada uma lei nova e REVOGOU a lei antiga. Atualmente a lei vigente sobre licitações é a Lei 14.133/2021. Conceito de Licitação: É o processo administrativo utilizado para a compra de bens e para a contratação de serviços pelos Órgãos Públicos nos municípios, estados e da União (federal). Ex: Compras de papel A4, caneta, cadeira e computadores e também de serviços como obras e construção de escola e hospital. Ou seja, a Administração não pode simplesmente mandar seus agentes irem no supermercado comprar café ou na papelaria comprar caneta, qualquer compra de bens ou de serviços para a Administração, com dinheiro público, é feita através de Licitação Pública. Novidade sobre a Lei de Licitação A Lei 14.133/23 revoga as Leis antigas 8666/93 e 10520/02 O nosso edital cobra essas leis antigas, para que saibamos que elas foram revogadas e que novidades foram trazidas. Como é uma lei muito nova, de 2021, o poder público deu o prazo de 2 anos para entrar em vigor. A lei foi feita em 01/04/2021, então era válida até 01/04/2023. O edital do concurso foi feito antes de abril de 2023, ou seja, naquela data ainda estava em vigor a lei 8666/93 e a lei 10520/02. Como havia dito, nossa prova busca que saibamos que as leis antigas foram revogadas, e que o período de vacância (tempo que uma nova lei tem para entrar em vigor) da nova lei era de 2 anos, as novidades principais que foram retirar 2 modalidades e fazer 1 modalidade nova e que o pregão que tinha uma lei específica agora está dentro da lei geral de licitação. LEI 8666/93 Convite Tomada de Preço Concorrência Concurso Leilão Pregão (Lei 10520/02) LEI 14133/21 Diálogo Competitivo Concorrência Concurso Leilão Pregão Modalidades de Licitação 22 Modalidades de Licitação (Lei 141333/21) Para cada tipo de compra da Administração existe um tipo de procedimento mais viável para se efetuar a licitação. 1) Pregão: Até 2021, quando ainda existia a lei antiga de Licitação a 8666/93, para complementar as regras sobre compras da Administração também existia a Lei 10.520/2002, que era a lei específica da modalidade pregão. Na nova lei, esta modalidade de licitação já vem na lei geral de licitação. O Pregão é utilizado para fazer a aquisição de bens e serviços comuns, com a proposta de menor preço. Funciona assim, é aberto um edital com uma lista de materiais comuns que a Administração precisa comprar, por exemplo, papel A4, caneta esferográfica azul, cadeira e etc. Várias empresas que vendem esses materiais vão se inscrever e lançar o preço que vende. A empresa que vender o material pelo menor valor, ganhará o pregão. Ex de serviços comuns adquiridos através de pregão: Manutenção de veículos, manutenção de imóveis (pintura e etc) manutenção de equipamentos (Ar condicionado, conserto/ manutenção) 2) Concorrência: Aquisição de bens e serviços especiais e serviços de engenharia comum ou especial. Para que a empresa ou o especialista vença a licitação pela concorrência, deve possuir o menor preço e a melhor técnica. Concorrência x Pregão: Em bens e serviços comuns genéricos é obrigatório usar a modalidade pregão. Em serviçoscomuns de engenharia não é obrigatório a concorrência, é o indicado mas também pode usar o pregão. Bens e serviços comuns = sempre pregão Serviços comuns de engenharia = concorrência ou pregão. ➢ A concorrência é o mais indicado. 3) Concurso: Modalidade de licitação para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico. Vence a licitação por concurso quem tiver a melhor técnica ou o melhor conteúdo artístico. 23 Lembrando que esse concurso não é a mesma coisa que prova de concurso para se tornar servidor público. O concurso de licitação é uma contratação de um técnico para prestar um serviço. Ex: Contratar um contador que seja especializado em Bacenjud. O contador que mostrar que possui a melhor técnica vencerá a licitação. 4) Leilão: É a modalidade que a Administração Pública VENDE bens, denomina-se Alienação de bens. Na lei anterior o leilão só era usada para alienar bens móveis, a alienação de bens imóveis era feita pela modalidade concorrência. Na nova lei A ALIENAÇÃO DE TODOS OS BENS é feita por leilão. Ou seja, todas as vezes que a Administração quiser vender bens, seja móveis (carro por exemplo) ou imóveis (casa) será feita por LEILÃO. 5) Diálogo Competitivo: É a modalidade que é novidade da nova lei. Antes não existia.(NOVIDADE) Caracteriza-se pela conversa entre a Administração Pública e os licitantes e que os próprios licitantes devem trazer soluções para desenvolver as alternativas e atender as necessidades. Ex: A Administração quer fazer adaptações nas repartições de modo que utilize todo o espaço disponível no prédio, então ela lança o edital de licitação pela modalidade diálogo competitivo e quem trouxer a melhor solução e o melhor preço vencerá a licitação. Dispensa de licitação É quando a Administração pode fazer compras e contratar serviços sem o uso de licitação. a) Valor do bem adquirido: A regra é a licitação, mas há casos que bens podem ser comprados sem licitação. Até 50 mil para compras em geral e até 100 mil reais para obras de construção, engenharia e serviços de manutenção de veículos. b) Urgência por causa de estado de calamidade: Na lei antiga poderia contratar um serviço sem licitação durante estado de calamidade por até 180 dias (6 meses), na nova lei este prazo aumentou agora pode contratar um serviço sem licitação em estado de urgência ou calamidade pelo prazo de até 1 ano. c) Licitação deserta ou fracassada: Caso faça a licitação e não apareça ninguém para concorrer, a Administração tem até 1 ano para adquirir os bens e serviços sem licitação e os requisitos de compras devem ser os mesmos. 24 Ex: A Administração quer comprar 20 computadores da marca dell e até 3 mil reais cada um, caso nenhuma loja queira se candidatar para fornecer, a Administração no prazo de 1 ano pode comprar sem licitação e gastar o mesmo valor. Não pode comprar computadores mais caros só porque não tem licitação. Inexigibilidade de licitação É diferente da dispensa pois, neste caso, é quando não tem como fazer licitação, pois não há concorrência. Ex1: Uma prefeitura quer contratar o show do Wesley Safadão, não tem como fazer licitação pois só existe um artista. Ex2: Um tribunal quer comprar uma obra de arte do Romero Britto não tem como fazer licitação, pois estes artistas são únicos. Ex3: A prefeitura quer comprar um imóvel para transformá-lo em posto de saúde, não tem como fazer licitação porque tem que ser aquele imóvel específico, no centro da cidade, daquele tamanho. É único. Na lei anterior, essa compra de imóveis específicos era caso de dispensa, mas agora é inexigibilidade. E faz mais sentido, pois não é o caso de poder comprar sem licitação, é porque aquele imóvel é exclusivo e exatamente o que a Administração quer. A inexigibilidade ocorre quando o bem ou o serviço adquirido é único e específico. 16) Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio Grande do Sul (Lei Complementar nº 10.098/1994) É a lei, em concordância com a Constituição Federal, que rege especificamente sobre os servidores públicos do estado do Rio Grande do Sul, Lei geral dos servidores do RS. Esta lei tem efeito sobre os servidores investidos em cargo público por meio de concurso e cargos em comissão (cargo de confiança). Art. 1º, Lei Complementar 10098/94- Esta lei dispõe sobre o estatuto e o regime jurídico dos servidores públicos civis do Estado do Rio Grande do Sul, exceto as categorias que, por disposição constitucional, devam reger-se por estatuto próprio. 25 Art. 2º, LC 10098/94- Para os efeitos desta lei, servidor público é a pessoa legalmente investida em cargo público. Recrutamento e Seleção O recrutamento e seleção de novos servidores em Órgãos do Rio Grande do Sul ocorrerá por meio de concurso público, para cargos efetivos e por livre nomeação para cargos de confiança. Posse e exercício do cargo Como na lei geral de servidores públicos, a Lei 8112/90, a posse ocorrerá 15 dias após a nomeação e o exercício (início do trabalho) após 30 dias da data da posse. Posse e Exercício Nomeação (aprovação em concurso). 02/05/2023 Posse: Dia da assinatura da posse do cargo 02/06/2023 Exercício: Dia que começa a trabalhar 17/06/2023 N P E ____________________ 30 dias 15 dias Estágio Probatório Estágio Probatório: Tempo de comprovação do servidor aprovado em concurso público para adquirir estabilidade no cargo público. Tempo para adquirir estabilidade após o início do exercício do cargo = 3 anos Esta lei fala no prazo de 2 anos, para que o servidor se torne estável, mas o STF já decidiu que todo estágio probatório deve seguir a nova regra da CF, 3 anos. 26 Regime de Trabalho O servidor público do estado do Rio Grande do Sul deve seguir 8 h diárias e 40 h semanais de jornada de trabalho, com intervalo de1h para o almoço. Horário de trabalho diurno: 09:00 às 18:00 Serviço noturno: Entre as 22:00 h de um dia e as 5:00 h do dia seguinte, será considerado 8 h de trabalho pois as horas noturnas possuem 52 min. Responsabilidade dos servidores Os servidores podem responder nas esferas administrativa, civil e penal pelo exercício irregular de suas atribuições. Por irregularidade em grau leve, será repreendido e grau grave e gravíssimo responderá processo administrativo e poderá ser demitido. Sendo constatado a invalidade da demissão, o servidor deve ser reintegrado ao seu cargo. (mesmas regras da lei geral 8112/90) 17) Regulamento do Regime Jurídico Único (Decreto nº 35.424/1994) O decreto é um ato administrativo expedido pelo chefe do poder executivo e não tem força de lei, serve para detalhar as regras já existentes no texto da lei. No âmbito estadual, quem emite o decreto é o governador. O Decreto 35.424/94 regulamenta o Regime jurídico do servidor público do Rio Grande do Sul. Em outras palavras, regulamenta a Lei do Servidor público estadual, Lei 10098/94. Este decreto serve para emendar a lei dos servidores estaduais no que tange os regimes existentes para os serviços públicos. Os Regimes existentes da Administração Pública no Rio Grande do Sul são: estatutário e celetista. Os cargos públicos do Rio Grande do Sul da Administração direta Órgãos diretamente ligados ao estado, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça, Ministério Público são regidos pelo regime estatutário. 27 O regime estatutário do Rio Grande do Sul tem como forma de ingresso o concurso público e a lei base é a Lei 10098/94 e subsidiariamente a Lei Geral dos servidores públicos, a Lei 8112/90. Os empregados públicos do Rio Grande do Sul da Administração indireta são regidos pelo Regime celetista, CLT (Lei do trabalhador). Como é o caso dos empregados do Banrisul, eles também ingressam na função através de concurso público mas são regidos pelas normas gerais do trabalho, a CLT. 18) Assistência jurídica integral e gratuita: aspectos processuaisA Assistência Judiciária Gratuita está prevista no artigo 5º,inciso LXXIV da Constituição Federal, que atribui ao Estado a obrigação de garantir que a pessoa com poucos recursos financeiros tenha acesso a um advogado. É a função primordial da Defensoria Pública, a defesa dos direitos para a população que não pode pagar por advogados ter acesso à justiça. Diferença de Justiça gratuita e Assistência jurídica gratuita Justiça gratuita é a isenção de pagamento das custas processuais, é tão somente não precisar pagar as custas do processo por não ter condições financeiras para tal. No entanto, este requerente de justiça gratuita pode ter um advogado particular. A parte que requereu justiça gratuita no processo pode ter advogado particular. Assistência jurídica gratuita, chamada corriqueiramente de AJG é quando a pessoa é hipossuficiente precisa, para ter acesso a justiça e aos seus direitos, constituir um advogado gratuito, o defensor público.
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