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@estudadireitosofia 
2021.2 
Direito Administrativo I Direito Administrativo I 
 
 
1 
Direito Administrativo
 
O Direito Administrativo tem sua origem histórica 
nos efeitos da luta popular contra o absolutismo, 
onde o Rei era a figura central de poder, ou seja, os 
três poderes estavam concentrados em uma só 
pessoa. 
 
Na Revolução Francesa, foram forjados princípios e 
conceitos, e, quando associados com a teoria da 
tripartição de poderes, consagram-se como 
criadores de normas de controle das relações entre 
o poder público e seus administrados. 
 
Montesquieu, com o objetivo de evitar que 
governantes absolutistas retornassem ao poder, foi 
uma figura importante nesse cenário e em sua obra 
“O espiríto das leis” fez um estudo comparativo 
sobre a origem e a natureza das leis que governam 
as sociedades, analisando as diferentes formas de 
governo e propondo da divisão tripartite do poder 
político em: EXECUTIVO, LEGISLATIVO, JUDICIÁRIO, 
além da teoria da tripartição dos poderes, criou a 
teoria dos freios e contra pesos, onde: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No Brasil, o D.A. não surgiu como ramo autônomo tão 
logo, sendo a primeira cadeira de Direito 
Administrativo nos cursos jurídicos em 1856 na 
Faculdade de Direito de São Paulo. 
 
Sistemas de controle no ordenamento 
jurídico Mundial 
 
• Jurisdição Única (Direito Inglês): Segundo esse 
sistema, existe o contencioso administrativo, 
mas os atos ficam sujeitos ao judiciário. Isso 
significa que não precisa ter esgotado a esfera 
administrativa, posso ir direto ao judiciário. 
Exceção: Justiça desportiva (1º tem que 
esgotar a instância administrativa). 
 
• Sistema Contencioso Administrativo (Francês): 
Segundo esse sistema, a solução cabe ao 
Judiciário, exceto nas hipóteses em que a Adm 
seja parte, nesse caso só a Adm. Pode 
 
 
O direito administrativo é um assunto amplo e 
debatido por vários doutrinadores, assim é possível 
encontrar diversos conceitos para esse tema, mas 
aqui vamos aborda-lo de forma simplificada, vejamos: 
 
Para Marçal Justen Filho: “O direito administrativo é 
o conjunto de normas jurídicas de direito público que 
disciplinam as atividades administrativas necessárias 
à realização dos direitos fundamentais e a 
organização e o funcionamento das estruturas 
estatais e não estatais encarregadas de seu 
desempenho.” 
 
Já para Marcelo Alexandrino: “O direito 
administrativo é o conjunto de regras e princípios 
que, orientados pela finalidade geral de bem atender 
ao interesse público, disciplinam a estruturação e o 
funcionamento das entidades e órgãos integrantes 
da administração pública, as relações entre esta e 
seus agentes, o exercício da função administrativa 
– especialmente quando afeta interesses dos 
administrados – e a gestão dos bens públicos”. 
 
Ambos os autores esclarecem bem sobre o tema, 
mas é possível simplificar ainda mais esse conceito: 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Administrativo é o estudo do 
administrador público executando os 
comandos dados pela lei. 
• A lei também é delimitadora para 
o próprio Estado. 
Dividiu os poderes em uma tripartite, sendo; 
o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, 
esses independentes e harmônicos entre si. 
Já com o Sistema de freios e Contrapesos 
explanou sobre o controle do poder pelo 
próprio poder, sendo que cada Poder teria 
autonomia para exercer sua função, mas 
seria controlado pelos outros poderes. 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relembrando funções: 
 
No Direito Administrativo função típica cadapoder 
possui uma função típica: 
 
1. Executivo – Função administrativa; 
2. Legislativo – Função legislativa.; 
3. Judiciário – Função Jurisdicional. 
 
Ex.: A função Típica do Judiciário é a Jurisdicional, 
mas exerce função administrativa quando realiza 
uma licitação. 
 
A função administrativa: 
 
Seu exercício abrange as atividades e relações 
jurídicas que, previstas e submetidas ao regime 
jurídico administrativo, e não sendo jurisdicionais ou 
legislativas, tem como objetivo, o interesse público. 
 
• Administração Pública – É o conjunto de 
órgãos e o exercício da função 
administrativa. 
 
Regime jurídico administrativo: conjunto de regras, 
normas e princípios que estruturam a Administração 
Pública, sempre evidenciando a supremacia do 
interesse público sobre o interesse particular. 
Basicamente, visando a "integridade" da coisa pública, 
referido regime tem a finalidade de nortear as 
atividades desempenhadas pelos seus agentes. 
 
Direito Administrativo como Sub-ramo do 
Direito Público 
 
Segundo ensinamentos de Celso Antônio Bandeira de 
Mello, devemos cotejar a função administrativa com 
a demais funções estatais. A função pública deve 
alcançar o interesse público, por meio dos poderes 
instrumentalmente necessários conferidos pela 
ordem jurídica. 
 
→ Prevalece a doutrina de que há uma trilogia 
de funções no estado, a saber: Legislativa, 
Administrativa (ou Executiva) e a 
jurisdicional. 
 
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de direito 
administrativo. São Paulo: Malheiros, 2006, p. 30-31. 
 
 
Fonte é o local de onde algo provém, no Direito, as 
fontes são os fatos jurídicos de onde as normas 
emanam. 
 
No Brasil o direito administrativo não está codificado, 
ou seja, os textos que regem sobre esse assunto 
não estão condensados em um só corpo de lei, como 
acontece, por exemplo, com o direito civil e o direito 
do consumidor. Os textos do direito administrativo 
estão espalhados na CF/88 entre diversas leis e em 
outros diplomas normativos como decretos-leis, 
medidas provisórias, etc. Essa situação dificulta a 
obtenção de um conhecimento mais exato e 
abrangente. 
 
Sendo assim as fontes para o direito administrativo 
são: a lei, a jurisprudência, a doutrina e os costumes. 
 
Que se subdividem entre dois grupos, vejamos: 
 
 
 
 
 
1. Lei: é a fonte primária e principal do Direito 
Administrativo; 
 
2. Doutrina: é fonte secundária, teses de 
doutrinadores que influenciam nas decisões 
administrativas, bem como no próprio dir. adm.; 
 
O direito administrativo se baseia nas: 
 
Garantias que o Estado goza 
X 
Restrições a que ele se submete e 
Regime Jurídico Administrativo 
 
Primárias, maiores ou diretas: lei. 
Secundárias, menores ou indiretas: doutrina, 
costumes e princípios/jurisprudência. 
 
 
3 
3. Costumes: também fonte secundária, são 
condutas reiteradas praticadas pelos agentes 
públicos com consciência de obrigatoriedade; 
 
4. Princípios/jurisprudência: princípios são ideias 
dotadas de força suficiente para influenciar 
decisões, utilizadas como base de conhecimento, 
neste caso é fonte secundária do direito 
administrativo, mas MUITO importante. Já a 
jurisprudência é a reiteração de julgamentos no 
mesmo sentido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O direito administrativo assim como qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do DF e dos 
Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência 
(LIMPE), mas, além desses, o dir. administrativo 
seguirá dois princípios basilares, vejamos: 
 
• Supremacia do poder público: Nas palavras 
de Marcos Bittencourt: "o princípio da 
supremacia de interesse público atribui um 
status especial ao Estado frente ao 
particular" razão pela qual, inclusive, vige a 
presunção de legalidade dos Atos praticados 
pelas entidades do Estado. 
 
O Estado pode, por exemplo, “comprar” uma casa 
que precisa para construir uma estrada. Esse 
princípio se baseia em prerrogativas e privilégios. 
 
• Indisponibilidade do poder público: Serve 
para LIMITAR a atuação dos agentes 
públicos, evitando o exercício de atividades 
com a intenção de buscar vantagens 
individuais. 
 
O Estado não pode dispor (abrir mão) do interesse 
público. Esse princípio “tira” um pouco da supremacia. 
Esse princípio se baseia em restrições e sujeições. 
 
Para melhor entender os princípios basilares do 
direito administrativo é possível utilizar personagens 
da como exemplo: 
 
 Desdeo primeiro filme da série Iron Man é 
possível perceber como o Tony é um grande líder 
dentro do MCU, assim se equipara a supremacia do 
interesse público, pois ele é detentor do poder. Além 
disso é de conhecimento geral como Anthony Stark 
pode ser inconsequente e como a Pepper Potts, sua 
assistente no primeiro filme e amor de sua vida, era 
a única que conseguia limita-lo e regular certos 
comportamentos, assim ela teria o papel de 
indisponibilidade do interesse público. Sendo assim a 
Pepper seria a fraqueza do Tony, bem como a 
indisponibilidade da supremacia, a regulando. 
 
 
 
Quanto aos princípios expressos estão dispostos 
no artigo 37 da CF/88: 
 
Art. 37. A administração pública direta e 
indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
 
1. Princípio da Legalidade: "O princípio da 
legalidade está abrangido na concepção de 
democracia republicana. Significa a 
supremacia da lei (expressão que abrange a 
Expressos: aqueles expressos em lei. 
Implícitos: entendimento doutrinário; 
Supremacia do poder público 
Indisponibilidade 
do poder público 
 
 
4 
Constituição), de modo que a atividade 
administrativa encontra na lei seu 
fundamento e seu limite de validade.” –
Marçal Justen filho. 
 
 Para o administrador público se não 
houver lei não será possível legislar, 
ficará “travado”. 
 
 Os princípios estão acolhidos pela 
legalidade. 
 
 Precisa da observância da 
supremacia!!! 
 
Lei = Bloco de legalidade Estado 
 
Legalidade Administrador Legalidade Particular 
Omissão da lei: PROIBIDO Omissão da lei: PERMITIDO 
NÃO HÁ autonomia da 
vontade 
HÁ autonomia da vontade 
A lei precisa autorizar Não precisa de autorização 
da lei 
 
2. Princípio da Impessoalidade: Exigir 
impessoalidade da Administração tanto pode 
significar que esse atributo deve ser 
observado em relação aos administrados 
como à própria Administração. No primeiro 
sentido, o princípio estaria relacionado com 
a finalidade pública que deve nortear toda a 
atividadeadministrativa. Significa que a 
Administração não pode atuar com vistas a 
prejudicar ou beneficiar pessoas 
determinadas, uma vez que é sempre o 
interesse público que tem que nortear o seu 
comportamento. 
No segundo sentido, o princípio significa, 
segundo José Afonso da Silva(2003), 
baseado na lição de Gordillo que “os atos e 
provimentos administrativos são imputáveis 
não ao funcionário que os pratica, mas ao 
órgão ou entidade administrativa da 
Administração Pública, de sorte que ele é o 
autor institucional do ato. 
A própria Constituição dá uma consequência 
expressa a essa regra, quando, no § 1º do 
artigo 37, proíbe que conste nome, símbolos 
ou imagens que caracterizem promoção 
pessoal de autoridades ou servidores 
públicos em publicidade de atos, programas, 
obras, serviços e campanhas dos órgãos 
públicos”. – Maria Sylvia Zanella di Pietro. 
 
 O adm. público não poderá agir de 
forma pessoal, não pode colocar 
suas vontades acima da 
administração pública, precisa ser 
impessoal. 
 
 A administração pública não pode 
discriminar nem para conferir 
direitos, nem para retira-los. Ex.: 
funcionário de hosp. passa na frente 
uma paciente não tão grave só 
porque gosta dela ou deixa uma 
grave esperando porque não gosta 
dela. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Súmula Vinculante nº13 – vedação ao nepotismo de 
parentes até o 3º grau em cargos de direção, 
chefia e assessoramento, salvo cargos de 
Secretário e Ministro. 
 
3. Princípio da Moralidade: é a ideia de um 
bom administrador, onde o adm. público deve 
agir com moralidade objetiva, ou seja, com: 
• Honestidade; 
• Lealdade; 
• Não discriminação: não tratar ninguém de forma 
diferente, nem para beneficiar ou prejudicar;
• Isonomia: não se utilizar de feitos para 
autopromoção. Ex.: um prefeito que utiliza das 
festas que fez para se autopromover;
• Vedação a propoção pessoal: não usar de 
imagens, símbolos, etc, pessoal para sua 
promoção.
Princípio da Impessoalidade
 
 
5 
• Boa-fé; 
• Atuação não corrupta dos gestores 
públicos; 
• Observância a padrões éticos de 
conduta. 
 
 
 
 
4. Princípio da Publicidade: é o conhecimento 
público acerca das atividades praticadas no 
exercício da função. 
• Lei número 12.527/11; 
• Inciso 33 do art. 5 da CF; 
• Art. 37, CF/88. 
 
 
 
O princípio da publicidade, previsto taxativamente no 
artigo 37 da Constituição Federal, apresenta duplo 
sentido: 
 
I. Exigência de transparência da atuação 
administrativa: por questão de controle; 
 
II. Exigência de publicação em órgãos 
oficiais como requisito de eficácia. 
 
Exceções 
É o sigilo é a exceções para proteção da: 
 
• Honra; 
• Intimidade; 
• Segurança nacional. 
 
 Esse sigilo tem prazo!!!! 
 
I. Ultra secreto: 25 anos (podendo ser 
prorrogado por mais 25 anos); 
 
II. Secreto: 15 anos; 
 
III. Reservado: 5 anos; 
 
** Em casos que versem sobre honra, intimidade E 
IMAGEM o prazo é de 100 anos. 
 
5. Princípio da Eficiência: não veio 
expressamente na CF/88, por isso dez 
anos depois foi introduzida, expressamente, 
pela emenda nº 19/98. 
 
• A eficiência está presente para que 
haja melhor desempenho, alcançar os 
melhores resultados e a celeridade na 
solução de controvérsias. 
 
 
 
 
 
 
 
→ Até aqui foram vistos os 5 princípios 
expressões no art. 37, mas esses não são os 
únicos: 
 
6. Princípio do contraditório e da ampla defesa: 
este princípio está presente em todo o 
ordenamento jurídico, mas para estudo do 
direito administrativo está presente no art. 
5º, LV, da CF/88. com: 
 
LV – “aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os 
meios e recursos a ela inerentes''. 
 
Súmula vinculante nº 5 
A falta de defesa técnica por advogado no processo 
administrativo disciplinar não ofende a Constituição. 
 
Princípios Implícitos 
 
7. Princípio da Autotutela: dá a possibilidade 
de controle dos atos da administração 
pública pela próprio administrador público. 
 
Súmula 473 
“A administração pode anular seus próprios atos, 
quando eivados de vícios que os tornam ilegais, 
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, 
Para assegurar o exercício da função pública 
de forma a atender às necessidades coletivas. 
 
**O público precisa saber para ter um melhor controle. 
Fu
nç
õe
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 P
ub
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ida
de
 
Ef
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iê
n
ci
a Melhor desempenho;
Alcançar os melhores 
resultados;
Celeridade na solução 
de controvérsias.
https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/art_37_.asp
 
 
6 
Muito cobrado em provas!!! 
por motivo de conveniência ou oportunidade, 
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em 
todos os casos, a apreciação judicial" 
 
 
 
 
 
 
 
8. Princípio da Razoabilidade: é o princípio que 
visa impedir que o administrador tenha uma 
atuação desproporcional (desarrazoada ou 
despropositada) perante a administração 
pública. 
 
• Por exemplo: um servidor público 
faltou 3 dias na repartição sem 
justificar, por lei poderá receber até 
20 dias de suspensão, assim com o 
princípio da razoabilidade o caso será 
analisado e esse servidor receberá 
uma punição razoável; 
 
• Pode ser equiparado ao princípio da 
proporcionalidade; 
 
• É um limite na discricionariedade.; 
 
 
 
 
9. Princípio da Continuidade: o serviço público 
deve ser contínuo, pois serve toda 
sociedade e são serviços essenciais, assim 
devem ser contínuos, sem interrupções. 
 
Art. 6°, §1°, da Lei 8.987/95. Serviço adequado 
é o que satisfaz as condições de regularidade, 
continuidade, eficiência, segurança, atualidade, 
generalidade, cortesia na sua prestação e 
modicidade das tarifas. 
 
• E o direito a greve? Esse direito é 
assegurado a todo cidadão brasileiro 
pela CF/88, MAS esse direito é 
diferente para serviçosessenciais; 
 
• Para os servidores públicos foi preciso 
pleitear um mandado de injunção e por 
decisão do STF foi regulamentado que 
os servidores CIVIS usam como base a 
lei geral de greve e os para o servidor 
MILITAR é proibido que haja greve, 
além disso há uma decisão do STJ que 
determina essa mesma proibição para 
policiais civis e agentes de segurança 
pública. 
 
MILITAR: 142, §3°, IV, da Carta Magna que dispõe 
que "ao militar são proibidas a sindicalização e a 
greve". 
 
CIVIL: Lei geral de greve (Lei 7.783/89) 
 
Exceções ao Princípio da Continuidade: 
 
Art. 6º, Lei nº 8.987/95. 
§3º Não se caracteriza como 
descontinuidade do serviço a sua 
interrupção em situação de emergência ou 
após prévio aviso, quando: 
 
I. motivada por razões de ordem 
técnica ou de segurança das 
instalações; e, 
 
II. por inadimplemento do usuário, 
considerado o interesse da 
coletividade. 
 Autotutela Controle 
Judicial 
 
 
Legalidade 
Poderá anular 
seus atos, de 
ofício ou por 
provocação. 
Poderá anular, 
somente por 
provocação. 
 
Mérito 
(conveniência e 
oportunidade) 
Poderá 
revogar seus 
atos, de ofício 
ou por 
provocação 
 
Não pode 
revogar. 
Legalidade tem efeitos ex tunc 
Mérito tem efeitos ex nunc 
Os atos discricionários seriam aqueles nos quais a lei confere ao agente público a 
possibilidade de escolher a solução que melhor satisfaça o interesse público em 
questão, ou seja, são aqueles cuja lei deixa a critério do administrador a escolha, 
entre diversas opções, dá mais adequada à realização da finalidade pública. Isso é 
feito por meio da emissão de valores acerca da oportunidade e da conveniência 
da prática de determinado ato – é o que se chama de mérito administrativo. 
 
 
7 
§ 4º A interrupção do serviço na hipótese 
prevista no inciso II do § 3º deste artigo não 
poderá iniciar-se na sexta-feira, no sábado 
ou no domingo, nem em feriado ou no dia 
anterior a feriado. 
 
10. Princípio da Proporcionalidade: esse 
princípio se parece muito com o princípio da 
Razoabilidade, então é preciso ficar atento. 
Este é um importante princípio 
constitucional que limita a atuação e a 
discricionariedade dos poderes públicos, 
especialmente, da adm. pública, para que 
não haja excessos ou atos desvantajosos. 
 
O STF entende que deve haver: 
• Adequação; 
• Necessidade; 
• Proporcionalidade em sentido estrito. 
 
11. Princípio da Motivação: a motivação 
representa que o administrador deve 
indicar os fundamentos de fato e de direito 
que o levam a adotar qualquer decisão no 
âmbito da Administração Pública, 
demonstrando a correlação lógica entre a 
situação ocorrida e as providências 
adotadas. 
 
• Dessa forma, a motivação serve de 
fundamento para examinar a 
finalidade, a legalidade e a moralidade 
da conduta administrativa; 
 
• É entendido como fundamento. 
 
12. Princípio da Segurança Jurídica: visa 
assegurar a estabilidade das relações 
jurídicas já consolidadas, frente à inevitável 
evolução do Direito, tanto. 
 
• Trata-se de um princípio com diversas 
aplicações, como a proteção ao direito 
adquirido, o ato jurídico perfeito e a 
coisa julgada. 
13. Princípio da Especialidade: é a ideia de que 
a administração pública deve se especializar 
para realizar um bom trabalho, a ideia do 
“dividir para melhor governar”. 
 
• A especialidade se baseia no princípio 
da indisponibilidade do interesse público 
e do dever de eficiência na execução 
da atividade administrativa, inerente 
aos órgãos estatais, o que justifica a 
necessidade de descentralização dos 
serviços do Estado e da 
desconcentração de atividades dentro 
da estrutura orgânica da 
Administração; 
 
• Transferem a terceiros 
especializados a execução de alguns 
serviços; 
 
• Adm direta x Adm indireta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 União 
 
 Estado 
 
 Distrito 
Federal 
 
 Municípios 
 Autarquias 
 
 Fundações 
Públicas 
 
 Sociedades 
de Economia 
Mista 
 
 Empresas 
Públicas 
Descentralização 
 O princípio da especialidade reflete a ideia de 
descentralização administração, em que se 
criam entidades para o desempenho de 
finalidades específicas. Decorre, ademais, 
dos princípios da legalidade e da 
indisponibilidade o interesse público. 
 
 
 
8 
Poderes 
Administrativos
 
José dos Santos Carvalho Filho define poderes 
administrativos como “o conjunto prerrogativas de 
direito público que a ordem jurídica confere aos 
agentes administrativos para o fim de permitir que 
o Estado alcance seus fins”. 
 
Eles são: 
 Irrenunciáveis; 
 Instrumentos; 
 Poder-dever. 
 
Esses poderes são exercidos pelos administradores 
públicos nos termos da lei, com estrita observância 
dos princípios jurídicos e respeito aos direitos e 
garantias fundamentais, tais como o devido 
processo legal, as garantias do contraditório e da 
ampla defesa, a garantia da inafastabilidade da tutela 
judicial, etc. 
 
Em resumo: são instrumentos de trabalho que a 
administração pública utiliza para alcançar o 
interesse público. 
P I 
 
Poderes da Administração Pública 
 
1. Poder Vinculado: também conhecido como 
poder regrado é aquele que deve seguir 
fielmente as leis, pois está vinculado a elas. 
 
• Não há margem de escolha; 
• Ex.: um funcionário falta por 30 dias 
consecutivos o seu trabalho, sem 
nenhuma justificativa prévia ou 
posterior, não há como o administrador 
ser proporcional, ele aplicará o que está 
em lei, seja isso suspensão ou 
exoneração do cargo. 
2. Poder Discricionário: é aquele conferido à 
administração para a prática de atos 
discricionários (e sua revogação), ou seja, 
aquele em que o administrador possui de uma 
razoável liberdade de atuação, podendo valorar 
a oportunidade e a conveniência da prática do 
ato, quanto ao seu motivo, e podendo até 
mesmo escolher (dentro dos limites legais) o 
seu conteúdo. 
 
• Em resumo, no limite da lei a 
administração terá escolhas; 
• Ex.: Uma administração possui 1 milhão 
de reais para investir dentro da 
saúde, não será obrigatório que seja 
tudo destinado apenas para um só 
hospital, o valor poderá ser divido 
entre unidades que precisem, por 
exemplo, de reparo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção! O poder discricionário tem como limites, 
além do próprio conteúdo da lei, os princípios 
jurídicos administrativos, sobretudo os da 
razoabilidade e da proporcionalidade. 
 
3. Poder Hierárquico: a hierarquia se 
caracteriza pela presença de níveis de 
subordinação entre os órgãos e os agentes 
públicos, sempre no mesmo âmbito da pessoa 
jurídica. Em suma é um poder interno da adm. 
pública, aquele que escalona (divide) funções 
para melhor organizar. 
 
 
 
 
 
 
 
Instrumentos Interesse 
Público 
Poderes 
Administrativos 
Es
te
 p
rin
cíp
io 
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da
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Es
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ite
s 
da
 a
tu
aç
ão
 d
o 
Es
ta
do
. 
• MARGEM DE LIBERDADE DE ATUAÇÃO; 
• JUÍZO DE CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE.; 
• DECIDIRÁ COM BASE NO MÉRITO ADMINISTRATIVO. 
Superior
Subordinados
Subordinados
 
 
9 
Vale ressaltar que a subordinação só existe no 
âmbito da mesma pessoa jurídica, é estabelecida 
entre agentes e órgãos de uma mesma entidade, 
verticalmente escalonadas, como decorrência do 
poder hierárquico. 
 
• Não há hierarquia entre diferentes 
pessoa jurídicas, nem entre os 
Poderes da República, nem mesmo 
entre a administração e os 
administrados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É importante deixar clara dois conceitos inseridos no 
Poder Hierárquico, esses são a delegação e a 
avocação, vejamos: 
→ Delegação (de competência): é o ato 
discricionário, revogável a qualquer tempo, 
mediante o qual o superior hierárquico vai 
conferir o exercício temporário de algumas 
atribuições, originariamente pertencentes 
ao seu cargo, a um subordinado. 
**somente será delegado os atos 
administrativos, não atos políticos. Bem como 
não poderá se delegar atribuições de umPoder 
do Estado para. o outro, salvo os casos previstos 
na CF 
 
→ Avocação: é o ato discricionário mediante o 
qual o superior hierárquico traz para si o 
exercício temporário de determinada 
competência atribuída por lei a um 
subordinado. 
 
De modo geral, a doutrina enfatiza que a avocação 
de competência deve ser medida excepcional e 
devidamente fundamentada. A avocação transfere o 
exercício da competência do órgão inferior para o órgão 
superior na cadeia hierárquica, enquanto a delegação 
transfere o exercício de competência do órgão superior para 
o inferior. **Aqui também vale o “CENORA” 
 
Delegação Avocação 
Repassar Competência Tomar para si a 
competência 
Regra: é permitido Regra: é proibido 
Exceção: Competência 
Exclusiva, Atos normativos 
e Decisão de Recursos 
Administrativos – CENORA 
Exceção (quando é 
possível?): em casos de 
urgência e casos 
temporários 
 
 
 
SE LIGA NO BIZU! 
Atos administrativos que NÃO podem ser 
delegados: 
CENORA 
Competência Exclusiva 
Atos Normativos 
Decisão de Recursos Administrativos 
 
4. Poder Disciplinar: é o poder que o Estado 
possui de punir (aplicar penalidades, sanções) 
aos seus funcionários e aos particulares com 
vinculo especial com a administração. 
 
**Esses particulares são, por exemplo, alunos 
de escola pública que estabelecem vínculo especial 
com o Estado a partir da realização da matricula. 
 
Importante: A sanção a ser aplicada pelo Estado 
deve SIM respeitar o contraditório e a ampla defesa. 
.
• Interno
• Escalonamento de Função
.
• Rever seus atos
• Fiscalizar
.
• Organizar
• Dar ordens
**Pode haver subdelegação 
apenas quando houver a 
concordância expressa do 
delegante. 
 
Po
de
r-
De
ve
r 
de
 p
un
ir 
do
 E
st
ad
o. 
 
 
10 
 
5. Poder Normativo: foi denominado por Maria 
Sylvia Zanella Di Pietro como “Poder 
Normativo”, também é conhecido como Poder 
Regulamentar. Qualifica-se como o poder que 
a Administração possui de editar atos para 
complementar a lei, buscando sua fiel 
execução.
Ex.: portaria que explica o que são drogas. 
 
→ O poder normativo pode ser classificado 
em: regulamentados ou decretos autônomos 
(decreto que falar vezes de lei) ou decretos 
executivos (ou regulamentares). 
 
6. Poder de Polícia: é o poder que a 
administração pública possui de limitar direitos 
e garantias dos particulares em geral em 
benefício da coletividade.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Então, o poder de polícia é aquele que aplicará 
sanções (limitações) de liberdade ao particular. 
Ex.: limitação de construir prédios de qualquer altura 
na orla de João Pessoa. Outro exemplo são as multas 
de trânsito.
 
Art. 78. CTN. Considera-se poder de polícia 
atividade da administração pública que, limitando ou 
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a 
prática de ato ou abstenção de fato, em razão de 
interesse público concernente à segurança, à 
higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da 
produção e do mercado, ao exercício de atividades 
econômicas dependentes de concessão ou 
autorização do Poder Público, à tranquilidade pública 
ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais 
ou coletivos. 
 
Atributos do Poder de Polícia – 
 
• iscricionariedade – lembrar do poder 
discricionário (aquele em que a adm. pública 
terá que escolher no limite da lei, fazendo 
um juízo de valor); 
 
!!!!!!!!! A discricionariedade é um atributo do poder de 
polícia, MAS nem todos os atos do poder de polícia 
são discricionários. 
 
• xigibilidade – está ligada ao uso de meios 
coercitivos indiretos, trais como a aplicação de 
multa, ou a exigência de pagamento de multas 
como condição para o licenciamento do veículo. 
 
• oercibilidade – meio indireto de coação. 
Ex.: placa de proibido estacionar, pois caso o faça 
atrapalha o trânsito. 
 
• utoexecutividade – são os meios diretos de 
coação, autorizando o uso da força pública, se 
necessário. Sob tutela de urgência. 
Ex.: interditar um mercado ou rebocar um carro 
caso esteja impedindo uma saída de ambulâncias. 
 
**não precisa de mandato, de ordem judicial. 
***aqui terá contraditório e ampla defesa, mas 
somente após a execução da tutela de urgência. 
Será o contraditório deferido ou postergado. 
***Não é um atributo que está presente em todas 
as medidas de polícia, apenas quando for 
expressamente prevista ou for uma medida 
urgente. 
 
• mperatividade – poder de atuar sem precisar 
da autorização do particular. 
Administração Interesse 
Público 
Limita 
Particular 
**A administração pública, 
buscando o interesse público 
vai limitar direitos e liberdades 
dos particulares em geral. 
Poder de polícia: 
particular (limitando); 
Poder disciplinar: limita o 
funcionamento público. 
 
 
 
11 
Ex.: o poder de polícia pode aplicar a multa sem 
precisar de liberação do particular. 
 
Em suma: O poder de polícia administrativo atua 
sobre bens, coisas, direitos, etc. Pode ser aplicado 
de forma geral, mas não será aplicado para punir 
atos dos agentes da administração (nesse caso seria 
o poder disciplinar). 
 
Atuação do Poder de Polícia 
 
• Preventivo: é o ato realizado antes que seja 
gerado um dano ao interesse público. 
Ex.: placa de proibido estacionar ou licença para 
funcionamento de um mercado. 
 
• Repressivo: é o ato realizado após a geração 
do dano. 
Ex.: rebocar um carro ou interdição de mercado. 
 
EXEMPLO IMPORTANTE DE CASCA DE BANANA: 
José, funcionário público sem proibição de exercer 
trabalho como empresário, possui um mercadinho 
em seu bairro onde comercializa todo o essencial de 
alimentos e produtos para casa. Certo dia, em uma 
batida da fiscalização, é descoberto um erro no 
congelamento das carnes de tal estabelecimento, os 
freezers que deveriam estar em 2 graus na 
verdade estão sendo mantidos a 6 graus, deixando 
as carnes impróprias para consumo. Assim o 
mercadinho do José é interditado pelo poder de 
polícia e ele responderá como particular pelo mesmo 
poder, pois essa atuação é diferente da sua como 
funcionário público, logo não responderá pelo poder 
disciplinar. 
 
Poder disciplinar Poder de Polícia 
Funcionários + 
Particular com vínculo 
especial com a 
administração 
Particulares em geral 
 
 
É possível que haja delegação??? 
 
Como regra é vedada a delegação ao particular do 
poder de polícia, mas já existem entendimentos 
sobre delegação de atos preparatórios (ex.: empresa 
de monitoramento eletrônico que controla as câmeras de 
trânsito “pardais”) e atos executórios (ex.: empresa que 
presta serviço de reboque). 
 
Abuso de Poder 
 
Caso em que a administração pública extrapola na 
execução de atos. 
 
O abuso de poder é um gênero e se subdivide em 
duas garantias, vejamos: 
 
1. Excesso de Poder (vício de competência): 
quando o agente público atua fora dos 
limites de sua esfera de competências. 
 
Ex.: multar sem ter a devida competência. 
 
2. Desvio de poder (desvio de finalidade): 
quando a atuação do agente, embora dentro 
de sua órbita de competências, contraria a 
finalidade explicita ou implícita na lei que 
determinou ou autorizou a sua atuação. Ou 
seja, possui competência para tal ato, mas 
age buscando uma finalidade diversa. 
 
Ex.: funcionário da repartição X com poder de 
transferir outros funcionários decide realizar a 
transferência de certo colega, pois a loja da esposa 
dele seria concorrência para a de sua própria 
esposa, assim tenta se livrar da concorrência 
mandando o colega para longe. 
 
Organização 
Administrativa
 
Conjunto estrutural de entidades e órgãos voltados 
à execução das atividades públicas. Essa é a forma 
que a administração pública se organiza. 
 
 
 
 No âmbito do direito administrativo a palavra “entidade” é 
empregada como sinônimo de “pessoa jurídica”, diferente 
de “órgão”, que é utilizado para designar um conjunto de 
competências administrativas desprovido de personalidade 
jurídica. 
 
 
12 
 
É centralizada a prestação de serviços como a 
educação,a saúde, a segurança pública, etc, entre 
os 4 entes, esses são: 
 
• União; 
• Estados; 
• DF; 
• Municípios. 
 
Importante lembrar que os a administração direta 
exerce uma prestação CENTRALIZADA e que tem 
capacidade política, ou seja, pode elaborar leis. 
 
 
São entes independentes criados para prestar um 
serviço especializado. 
 
• Autarquias; 
• Fundações públicas; 
• Sociedade de economia mista; 
• Empresas públicas. 
 
 Descentralização: é a busca da administração 
por eficiência. Aqui a administração direta se 
descentraliza utilizando a administração indireta (ex.: 
INSS), bem como particulares (ex.: transporte 
público). 
 
 Não há hierarquia; 
 Controle finalístico; 
 Princípio da especialização. 
 
 
 
 
 
 
Desconcentração: também chamada de 
especialização interna, é a divisão interna da 
administração em órgãos especializados. 
 
 Há hierarquia; 
 Cria órgãos (que não possuem personalidade 
jurídica, não são independentes, precisam 
do ente que possui a PJ). 
 
O ente se subdividira em órgãos para melhor 
prestar serviços. 
 
Ex.: ministério da saúde ⇾ SUS ⇾ Postos de saúde 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autarquias 
 
A autarquia é criada por lei e nasce a partir do 
momento da publicação de tal lei. 
 
• Pessoa jurídica de Direito Público; 
• É independente (financeiramente, 
administrativamente, etc.) 
• Criadas por lei específica; 
• Não precisa ser registrada em cartório; 
• Atividade típica do Estado; 
• Regime de fazenda pública; 
• Atua na atividade típica do estado; 
• Tem as mesmas prorrogativas de direito 
público, mas não podem criar leis, ou seja, 
NÃO tem poder político; 
• Ex.: INSS que exerce atividade típica do estado. 
 
!!!!! Não há hierarquia 
entre eles. 
!!!!! Não há hierarquia 
entre eles. 
Entes 
Órgãos 
!!! Possuem PJ, bem como lei específica que lhe criou ou 
autorizou, tem uma finalidade e tem controle. Não há 
subordinação. 
!!! Em suma: Os entes federativos que respondem 
pelos atos dos órgãos, ou seja, os órgãos não tem 
personalidade jurídica. Já na administração indireta é criado 
um ente vinculado que tem personalidade jurídica. 
• Administração Direta: Formada por 
entidades políticas (também 
conhecidas por entidades federativas) 
que recebem as suas atribuições da 
própria Constituição Federal. São 
consideradas pessoas jurídicas de 
direito público interno (possuem 
poderes políticos). São elas: União, 
Estados, DF e Municípios. 
 
• Administração Indireta: Formada por 
entidades administrativas que exercem 
suas competências conforme 
estabelecida na lei que as instituiu (elas 
não detêm poderes políticos e nem 
legislam). São elas: Autarquias, 
Fundações, Sociedades de Economia 
Mista e Empresas Públicas. 
 
 
 
13 
Tem todas as garantias que a administração direta, 
salvo a capacidade política. 
 
*Autarquia corporativa se referem aos conselhos 
de profissão (ex.: CRM, Crefito, etc.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Autarquias com regime especial 
 
Tem uma maior autonomia que as outras autarquias, 
podendo, por exemplo, escolher suas dirigentes e os 
entes estão ali só para regula-las. Ex.: universidade 
pública, branco do Brasil, etc. 
 
 Agência reguladora: só vão regular as ações 
das empresas, não podem aplicar medidas 
aos particulares. 
Ex.: anatel, anac, anvisa, etc. 
 
 
 
 
 Agências executivas: autarquia comum que 
não está prestando corretamente o seu(s) 
serviço(s), não está cumprindo com suas 
metas e é chamada pela administração 
pública (ente supervisor) para celebrar 
contrato de gestão (que é temporário), afim 
de estabelecer metas, dessa forma ela 
ganhará alguns privilégios para que possa 
cumprir com o que é destinada a fazer. A 
agência executiva será qualificada por 
decreto. 
 
 
_____________________________________ 
Para começar o estudo das fundações públicas é 
preciso lembrar o que são fundações. 
Fundações são formadas por um patrimônio privado. 
Ex.: viva cazuza e fundação xuxa. 
 São reguladas pelo Código Civil; 
 Fiscalizadas pelo MP; 
 Não é interessante ao estudo do direito 
administrativo, ponto apenas para 
*relembrar*. 
 
Fundações Públicas 
 
Formada pela destinação de um patrimônio público, 
pessoa jurídica formada por um patrimônio atrelado 
à um fim e com lei complementar que define a sua 
área de atuação. 
 
 Divide-se em: 
 
 Fundações públicas de direito público: 
também chamada de autarquias 
fundacionais. Nada mais são do que 
autarquias, devendo ser criadas por lei 
específica, chamadas de “fundações 
autárquicas”, formadas pela destinação de 
um patrimônio público. Ex.: funai. 
 Tudo que foi estudado em relação as 
autarquias se aplica aqui. 
 
 Fundações públicas de direito privado: 
constituída por pessoa jurídica de direito 
privado, criadas através de uma autorização 
legislativa, precisando de registro em 
cartório. Pode ter regime misto ou híbrido e 
lei complementar definirá a área de atuação. 
 
“Não tem o bônus, mas tem o ônus em relação a 
administração pública, por exemplo, não tem o bônus 
do prazo em dobro para recorrer, mas vai ter o 
ônus de concurso público, etc” 
 
Empresas Estatais 
 
Aqui será tratado os tópicos de empresas públicas 
e sociedades de economia mista. 
 
• Empresas Públicas e Sociedades de 
Economia Mista são instrumentos de ação 
do Estado, auxiliares do Poder Público, que 
buscam interesses superiores aos tão 
somente privados. Porém existem muitas 
Regime estatutário “estatuto”: é o 
mesmo que a lei de criação da autarquia. 
Ou seja, o estatuto da autarquia é o 
mesmo que sua lei de criação. 
Autarquia de regime especial 
Autarquia de regime comum 
 
 
14 
• diferenças entre essas entidades, tais 
como o capital, a sua forma e suas ações. 
 
Empresa pública é Pessoa Jurídica de Direito 
Privado, constituída por capital exclusivamente 
público, aliás, sua denominação decorre justamente 
da origem de seu capital, isto é, público, e poderá 
ser constituída em qualquer uma das modalidades 
empresariais. 
 
Sociedade de Economia Mista é Pessoa Jurídica 
de Direito Privado, constituída por capital público e 
privado, por isso ser denominada como mista. A 
parte do capital público deve ser maior, pois a 
maioria das ações devem estar sob o controle do 
Poder Público. Somente poderá ser constituída na 
forma de S/A. 
 
Em suma: 
• Pessoa jurídica de direito privado; 
• Terá o mesmo ônus da administração 
pública, por exemplo se quiser contratar 
precisa fazer concurso público; 
 
 
 
 
 
• Empregados celetistas; 
• Contratos civis; 
• Possuem as limitações do Estado. 
 
Ressalva sobre bens públicos!!!!! 
 
Os bens das empresas estatais não são 
considerados bens públicos, porém podem ter 
algumas garantias de bens públicos. 
 
− Se prestar serviço público: mais 
próximos do regime público; 
 
− Explorar atividade econômica: mais 
longe do regime público. 
 
 
− Empresa pública pode ser S.A ou não, já a 
sociedade de economia mista só pode ser 
S.A.; 
− Deslocação de competência: se for 
autorizada por uma lei estadual o foro de 
competência será estadual, assim como 
pode ser federal e seu foro será federal.; 
− Estadual: o foto será exclusivamente 
estadual. 
 
Lei 13.303/16 
 
Empresa pública “Art.3° da Lei 13.303/2016 que é 
a entidade dotada de personalidade jurídica de direito 
privado, com criação autorizada por lei e com 
patrimônio próprio, cujo capital social é 
integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo 
Distrito Federal ou pelos Municípios. 
 
Parágrafo único. “Desde que a maioria do capital 
votante permaneça em propriedade da União, do 
Estado, do Distrito Federal ou do Município, será 
admitida, no capital da empresa pública, a 
participação de outras pessoas jurídicas de direito 
público interno, bem como de entidades da 
administração indireta da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios.” 
 
 
 
 
CAPITAL FORMA 
SOCIETÁRIA 
FORO 
EMPRESA 
PÚBLICA 
100% 
PÚBLICO 
Admite 
qualquer 
formasocietária 
Deslocação 
de 
competência 
SOCIEDADE 
DE 
ECONOMIA 
MISTA 
Maioria 
público 
S/A Estadual 
São contratados empregados (regidos pela 
CLT), não servidores, o regime aqui difere, 
por exemplo, dos municípios. 
 
 Ex.: banco do brasil, Petrobrás. 
A criação das empresas estatais se dão através do 
registro no cartório, autorização (para a criação, ou 
seja, para que seja registrada em cartório) que é 
dada por lei. 
 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
Atos Administrativos 
 
Antes de começarmos os estudos sobre os atos 
administrativos é imprescindível diferenciar os atos 
adm. dos atos da administração, vejamos: 
 
• Nem todo ato praticado pela Administração 
Pública é ato administrativo; 
 
• Algumas vezes ela atua na esfera privada 
ou praticando atos, no exercício da função 
política, ou ainda, exercendo atividades 
meramente materiais, que não traduzem 
manifestação de vontade. Todo ato 
administrativo tem que manifestar vontade; 
 
• Os atos da Administração Pública são vários 
e dentre eles está o ato administrativo. Ela 
pratica atos regidos pelo direito público e 
pelo direito privado, sem se valer de 
prerrogativas estatais; 
 
• Os atos administrativos são atos por meio 
dos quais a Administração Pública atua, no 
exercício da função administrativa, sob o 
regime de direito público e ensejando 
manifestação de vontade do Estado ou de 
quem lhe faça as vezes; 
 
• Ressalte-se que os atos administrativos 
podem ser praticados ou não pela 
Administração Pública, haja vista que se 
admite a prática destes atos por 
concessionárias de serviços públicos, na 
execução de suas atividades delegadas. 
 
 
 
Para sua caracterização, o ato administrativo deve 
ser emanado por um agente público\ou seja, por 
alguém que esteja investido de munus público, 
podendo atuar em nome da Administração e com 
finalidade de atingir uma finalidade pública. 
 
− Para ser considerado ato administrativo, o 
ato deve ser praticado com a finalidade de 
atingir uma finalidade pública e sob um 
regime público em que se definem 
prerrogativas, inerentes à supremacia do 
interesse 
 
− Público sobre o interesse privado e 
limitações, em decorrência da 
indisponibilidade do interesse público. 
 
− É aquele ato editado no exercício da função 
administrativa, sob o regime de Direito 
Público e traduzindo uma manifestação de 
vontade do Estado. 
 
Atos 
 
É toda a manifestação UNILATERAL de vontade da 
administração que, agindo nessa qualidade, tenha por 
fim imediato adquirir, resguardar, transferir, 
modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor 
obrigações aos administrados ou a si própria. 
• O ato administrativo típico é sempre 
manifestação da administração, no 
desempenho de suas funções regulares, 
visando produzir algum efeito jurídico. 
 
 
Atos vinculados e Atos discricionários 
 
Celso Antônio Bandeira de Mello dispõe que atos 
vinculados seriam aqueles em que, por existir prévia 
e objetiva tipificação legal do único possível 
comportamento da Administração em face de 
situação igualmente prevista em termos de 
objetividade absoluta, a Administração, ao expedi-los, 
não interfere com apreciação subjetiva alguma. 
 
Já o ato discricionário, por sua vez, é aquele ato 
determinado em lei, no qual o dispositivo legal 
confere margem de escolha ao administrador 
público mediante análise de mérito (razões de 
oportunidade e conveniência). 
 Maria Sylvia Zanella di Pietro define, ao 
tratar do tema, que “a atuação é 
discricionária quando a Administração, diante 
 
 
 
17 
do caso concreto, tem a possibilidade de 
apreciá-lo segundo critérios de oportunidade 
e conveniência e escolher uma dentre duas 
ou mais soluções, todas válidas para o 
direito”. 
 
Exemplo: Alienação de bens – Concorrência ou leilão 
 
• Poder de Polícia agindo com 
discricionariedade para fechar espetáculos 
pornográficos. 
 
(partes do ato) 
 
Deve-se analisar o ato administrativo sob o prisma 
dos cinco elementos que o compõem e justificam sua 
existência e validade, analisando o papel de cada um 
deles na formação do ato. 
 
Para sua perfeita integração, o ato precisa de: 
 
• Competência – para praticar o ato 
administrativo, não basta ostentar a 
qualidade de agente público, devendo ter 
capacidade para tanto, analisando-se, ainda, 
a existência, inclusive, de algum óbice legal à 
atuação deste agente, como afastamento 
ou impedimento e suspeição para o 
exercício da atividade. 
 
 Deve-se verificar se este agente 
possui competência para a prática do 
ato administrativo especificado. 
 
 Pode-se definir tal competência como 
conjunto de atividades inerentes ao 
ente estatal, distribuídas entre seus 
órgãos e agentes públicos, mediante a 
edição de lei, legitimando o agente 
para a prática de determinadas 
condutas. 
 
 Em suma, é quem pode realizar aquele 
ato. 
Exemplo.: competência do guarda municipal para 
aplicação de multa. 
Ainda sobre a competência: 
 
• Inicialmente o ato deve ser praticado por 
um agente público, amplamente considerado. 
 
• Nesse sentido, Marçal Justen Filho, ao 
tratar da matéria, define que "competência 
administrativa é a atribuição normativa da 
legitimação para a prática de um ato 
administrativo". 
 
Características da Competência 
 
Em decorrência do princípio da indisponibilidade do 
interesse público, a competência para praticar uma 
determinada atividade não configura uma faculdade 
do servidor estatal, mas sim uma imposição de 
atuação. 
 
− Irrenunciável: em razão do princípio da 
indisponibilidade do interesse público., a lei 
9.784/99 define, em seu art. 2°, II, que a 
atuação administrativa deve ser praticada 
na busca do interesse geral, "vedada a 
renúncia total ou parcial de poderes ou 
competências, salvo autorização em lei''. 
 
− Imodificável: como meio de evitar o 
descumprimento das normas postas, 
ensejando prejuízos ao interesse da 
coletividade, a competência é 
improrrogável, imodificável, não podendo 
ser atribuída ao agente público pelo fato de 
ter praticado o ato para o qual não tinha 
atribuição, sem que houvesse objeção por 
parte de terceiros. 
 
− Imprescritível: É imprescritível a 
competência, ou seja, não se extingue com 
a inércia do agente. Dessa forma, ainda que 
o agente se exima de praticar as condutas 
a ele atribuídas, seja por não ocorrência dos 
pressupostos legais, seja por simples inércia 
e descumprimento do dever de atuar, não 
será sancionado com a perda de sua 
legitimidade. 
 
 
 
18 
− Intransferível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Defeitos da Competência (erros/vícios) 
 
 Excesso de poder: sem competência 
(ato inválido); 
 
 Funcionário de fato: aparência de 
legalidade (ato válido ao 3º de boa-fé); 
 
 Usurpador de função: ato considerado 
inexistente. 
 
• Finalidade – É tudo aquilo que se busca 
proteger com a prática do ato 
administrativo. 
 
 Por exemplo, na aplicação da 
penalidade de demissão a um 
determinado servidor, a finalidade é 
punir o agente pelo cometimento de 
determinada infração admi-
nistrativa, contrária ao interesse 
público, ou também a 
desapropriação de um terreno, 
cuja finalidade é construir uma 
estrada para ligação de dois 
municípios vizinhos;. 
Titularidade 
Execução: serviço 
Delegação Avocação 
Nesses termos, não se deve confundir 
renúncia com delegação e avocação de 
competência, permitidas por lei, desde que de 
forma temporária e excepcional, devendo ser 
justificadas de acordo com as disposições 
contidas na Lei 9784/99. 
 
Delegar competência é estender 
temporariamente a outro agente 
público subordinado ou de mesma 
hierarquia a competência. 
 
• A responsabilidade do ato é 
atribuída àquele que o 
praticou. Vejamos a seguinte 
situação.'‘A delegou 
competência para um 
subordinado seu "B" que 
praticou um ato X prejudicial a 
"C" o qual impetrou Mandado 
de Segurança contra a 
autoridade coatora que, no 
caso, é o agente delegado, ou 
seja, "B". Portanto, deve ser 
frisado, mais uma vez que, 
quem pratica o ato é o 
responsável por essa 
conduta, ou seja, ele 
responde pelo exercício da 
atividade a ele atribuída, ainda 
que decorrente de delegação 
regular. 
 
Exceção: 
 Competência Exclusiva, 
definida em lei; 
 Para edição de atos 
NOrmativos. 
 Para decisão de Recurso 
Administrativo. 
CE.NO.RA 
 
Ocorre quando o agente público 
chama para si competência de outro 
agente. Na avocação, deve haver 
subordinação, ou se já, só se pode 
avocar de agente de hierarquia 
inferior. Assim como a delegação é ato 
de alteração de competência de 
caráter temporário e restrito, não se 
admite a avocação genérica de 
competências. 
 
 
Exceção: 
 Competência Exclusiva, 
definida em lei; 
 Para edição de atos 
NOrmativos. 
 Para decisão de Recurso 
Administrativo. 
CE.NO.RA 
 
 
 
 
19 
A finalidade pode ser: 
 
• Geral/Mediata: interesse público; 
 
• Específica/Imediata: depende de cada ato. 
(Ex: Rebocar o carro com a finalidade de 
liberar o trânsito). 
 
Exemplo: na aplicação da penalidade de demissão a 
um determinado servidor, a finalidade é punir o 
agente pelo cometimento de determinada infração 
administrativa, contrária ao interesse público. 
 
Defeitos de Finalidade 
 
Desvio de finalidade (desvio de poder). 
 
• Com a intenção de exemplificar esta 
situação, Maria Sylvia Zanella di Pietro 
dispõe que “tanto ocorre vício quando a 
Administração remove o funcionário a título 
de punição, como no caso em que ela 
desapropria um imóvel para perseguir o seu 
proprietário, inimigo político. No primeiro 
caso, o ato foi praticado com finalidade 
diversa da prevista em lei; no segundo, fugiu 
ao interesse público e foi praticado para 
atender ao fim de interesse particular da 
autoridade”. 
 
 
 
 
 
 
 
• Forma – a exigência de uma forma 
específica resulta do fato de que os atos 
administrativos são decorrentes de um 
processo administrativo prévio que, por sua 
vez, é caracterizado por uma série de atos, 
concatenada com um propósito especifico. 
Desse modo, os atos administrativos devem 
ser praticados por escrito, ainda que não 
haja determinação legal neste sentido, e, em 
vernáculo, ou seja, em língua portuguesa. 
 
 É cediço que esta regra geral 
admite exceções estabelecidas por 
leis específicas que podem estipular 
outras formas de práticas das 
condutas estatais, como é o caso 
de um semáforo que se manifesta 
por meio de sinais, sendo 
amplamente divulgado que o 
acendimento da luz vermelha 
significa uma imposição de parar 
aos condutores de veículos; 
 
 A forma é a exteriorização do ato, 
determinada por lei. Sem forma não 
pode haver ato; 
 
 Logo, a ausência de forma importa 
a inexistência do ato administrativo, 
isso porque a forma é instrumento 
de projeção do ato, fazendo parte 
do seu próprio ciclo de existência, 
sendo elemento constitutivo da 
atuação; 
 
 Como o ato será executado, como 
vai ser “exteriorizado”. 
 
A forma deve se dar, em regra, de forma 
escrita, mas além disso pode ser verbal, 
símbolo, som, gestos, etc. 
 
• Deve-se ter em mente que a forma 
não configura a essência do ato, ou 
seja, a finalidade estatal, mas tão 
somente o instrumento necessário 
para que a conduta administrativa 
alcance os seus objetivos; 
 
• Nesse sentido, a doutrina costuma 
apontar o princípio da 
instrumentalidade das formas, 
dispondo que a forma não é 
essencial à prática do ato, mas tão 
somente o meio, definido em lei, pelo 
qual o poder público conseguirá 
alcançar seus objetivos. 
 
A finalidade é sempre elemento vinculado do ato 
no que tange à finalidade específica, para a 
doutrina moderna, podendo ser discricionário se 
analisarmos a finalidade genérica que é o 
interesse. 
 
 
 
20 
• Motivo – é a causa, o porquê. Os motivos 
são as razões de fato e de direito que dão 
ensejo à prática do ato. 
 
 
 Motivo como ato vinculado: lei determina 
exatamente qual motivo enseja tal ato; 
 
 Motivo como ato discricionário: a lei deixa a 
critério do administrador. Exemplo: conduta 
escandalosa gera demissão, mas a definição 
de o que é conduta escandalosa é subjetiva 
 
• Para que não haja irregularidade no 
ato administrativo, em razão de vício 
no elemento motivo, deve haver 
adequação entre o motivo que deu 
ensejo à prática do ato e o resultado 
a ser obtido pela atuação estatal, 
propriamente dita. 
 
• Neste sentido, dispõe o art. 2°, 
parágrafo único, "d", da lei 4.717/65 
que "a inexistência dos motivos se 
verifica quando a matéria de fato ou 
de direito, em que se fundamenta o 
ato, é materialmente inexistente ou 
juridicamente inadequada ao 
resultado obtido”. 
 
A teoria dos Motivos Determinantes 
 
Define que os motivos apresentados como 
justificadores da prática do ato administrativo 
vinculam este ato e, caso os motivos apresentados 
sejam viciados, o ato será ilegal. 
 
Motivação x Motivo 
 
MOTIVAÇÃO – Lei 9784/99 – artigo 50. 
 
• Esta é somente a exposição dos motivos do 
ato, ou seja, a fundamentação do ato 
administrativo, estabelecendo a correlação 
lógica entre a situação descrita em lei e os 
fatos efetivamente ocorridos. Representa 
uma justificativa à sociedade, estabelecendo 
a razão de prática daquela conduta. 
 
• Explicação, justificação, fundamentação por 
escrito da prática do ato . 
 
• Exceção: EXONERAÇÃO DE CARGO EM 
COMISSÃO. 
 
• Objeto – (conteúdo) é a ação ou omissão, 
é o efeito causado pelo ato administrativo 
no mundo jurídico, em virtude de sua prática. 
 
 O objeto é aquilo que o ato dispõe, é o 
efeito causado pelo aro administrativo 
no mundo jurídico, em virtude de sua 
prática. Nesse sentido, pode-se 
definir o objeto como a disposição da 
conduta estatal, ou seja, aquilo que 
fica decidido pela prática do ato. 
Exemplo1: na desapropriação, o objeto é a perda do 
bem a ser utilizado para fins de utilidade. 
 
Exemplo2: No ato administrativo de aplicação da 
penalidade de multa, o objeto é a efetiva punição 
imposta ao particular. 
 
 Ademais, assim como o motivo, o 
objeto pode possuir feição 
discricionária nos atos administrativos 
discricionários; 
 
 É o efeito causado pelo ato 
administrativo no jurídico. 
 
SE LIGA NO BIZU! 
Os elementos essenciais dos Atos Adm. são: 
COM.FI.FOR.MO.OB 
Competência Finalidade 
 (quem?) (o que busca?) 
 
Forma Motivo (porquê) Objeto (consequência) 
(exteriorização) (Mérito do ato) 
Causa Consequência 
 
 
21 
 
Os atributos são as qualidades do próprio ato 
administrativo. Esses são: 
 
• Presunção de legitimidade – conceitua-se 
que é presumido que os atos administrativos 
foram emitidos com observância da lei, 
produzindo efeitos imediatamente. Essa 
presunção é relativa, admitindo prova em 
contrário. 
 
Em suma: 
 
 Presume-se que o ato é legal, legítimo 
(regras morais) e verdadeiro (realidade 
posta); 
 
 Trata-se de presunção relativa (IUS 
TANTUM), admitindo, portanto, prova em 
contrário; 
 A presunção relativa gera a inversão do 
ônus da prova. 
 
 Tais atributos fundamentam-se no Princípio 
da Legalidade, do qual extrai-se que ao 
administrador público só é dado fazer aquilo 
que a lei autoriza e permite; 
 
 Ex.: o guarda pode dizer que a pessoa está 
com sinais de embriaguez. 
 
• Autoexecutoriedade – trata-se do 
administrador atuando de maneira direta, nesse 
atributo encontraremos a exigibilidade que é a 
obrigação que o administrado tem de cumprir o 
comando imperativo do ato (uma coação indireta) 
e executoriedade é a possibilidade de a própria 
Administração praticar o ato ou, utilizando de 
meios diretos de coação, compelir, direta e 
materialmente, o administrado a praticá-lo 
(coação material, direta). 
 
Em suma: 
 
 Nem todo ato é autoexecutório; 
 A Administração Pública pode impor suas 
decisões, independentemente de provimento 
judicial; 
 A Autoexecutoriedade traz uma peculiaridade, 
que é a sua conceituação a partir da junção de 
duas outras características dos atos, que é a 
Exigibilidade + Executoriedade: 
 
 Exigibilidade: meios indiretos de 
coerção. Exemplo: Só consegue obter 
licenciamento, carro que não tenha 
multas pendentes. 
 
 Executoriedade: meios diretos de 
coerção. Exemplo: apreensão de 
mercadorias. 
 
• Tipicidade – o dever deve decorrer da lei e 
deve estar presente em todos os atos. 
 
Em suma: 
 
 Por tipicidade entende que a atuação da 
Administração Pública somente se dá nos 
termos do tipo legal, como decorrência do 
anteriormente mencionado Princípio da 
Legalidade; 
 
 Dever do administrador seguir a lei e deve 
estar presente em todos os atos; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Imperatividade – o administração público não 
precisa da liberação (autorização) do particular. 
Ex.: aplicação de multa, a administração pública 
não precisa que o particular “libere” a sua 
aplicação. 
Segundo Maria Sylvia Di Pietro, “é o atributo pelo 
qual o ato administrativo deve corresponder a figuras 
definidas previamente pela lei como aptas a produzir 
determinados resultados. Para cada finalidade que a 
Administração pretende alcançar existe um ato definido 
em lei”. 
 
Esse atributo decorre diretamente do princípio 
da legalidade, impedindo que a Administração pratique 
atos inominados, sem previsão legal, bem como a prática 
de atos totalmente discricionários e, consequentemente, 
arbitrários, uma vez que a lei já define os limites em que 
a discricionariedade poderá ser exercida. 
 
 
 
22 
Em suma: 
 
 A Administração impõe suas decisões, 
independentemente da vontade ou 
concordância do particular afetado; 
 
 Meios de coerção: 
 
 Meios Indiretos: possibilidade da 
administração exigir indiretamente o 
cumprimento do ato (multa); 
 
 Meios Diretos: autoexecutoriedade. 
 
 
SE LIGA NO BIZU! 
Os atributos dos Atos Adm. são: 
P.A.T.I. 
Presunção de Legitimidade 
Autoexecutoriedade 
Tipicidade Imperatividade 
 
Atributos dos atos administrativos: lembrar do 
mnemônico “PATI.” (Presunção de legitimidade, 
Autoexecutoriedade, Tipicidade e Imperatividade). 
Atentar para os atributos presentes em todos os 
atos administrativos e aqueles que estão presentes 
em apenas alguns tipos de atos. 
 
Os atos administrativos valem até a data neles 
prevista ou, como regra geral, até que outro ato os 
revogue ou anule. Desde o nascimento, seja ele 
legítimo ou não, produz seus efeitos, em face da 
presunção de legitimidade e veracidade. Duas são as 
maneiras de um ato ser desfeito: revogação e 
anulação. 
 
• Anulação – um ato é nulo quando afronta a lei, 
quando foi produzido com alguma ilegalidade. 
Pode ser declarada pela própria Administração 
Pública, no exercício de sua autotutela, ou pelo 
Judiciário. 
 
 
 
 
Em suma: 
 
 Opera efeitos retroativo, “ex tunc”, como 
se nunca tivesse existido, exceto em 
relação a terceiros de boa-fé. Entre as 
partes, não gera direitos ou obrigações, não 
constitui situações jurídicas definitivas, nem 
admite convalidação; 
 
 Aqui o ato já nascei de maneira ilegal 
(inválida) e tudo que produziu terá efeito 
retroativo. 
 
 Quem pode anular??? a administração 
pública no exercício da sua autotutela e o 
poder judiciário mediante provocação. 
 
 
• Revogação – é a forma de desfazer um ato 
válido, legítimo, mas que não é mais conveniente, 
útil ou oportuno. Como é um ato perfeito, que 
não mais interessa à Administração Pública, só 
por ela pode ser revogado, não cabendo ao 
Judiciário fazê-lo, exceto no exercício de sua 
atividade secundária administrativa, ou seja, só 
pode revogar seus próprios atos 
administrativos. 
 
Em suma: 
 
 Assim, seus efeitos são proativos, “ex 
nunc”, sendo válidas todas as situações 
atingidas antes da revogação. Se a 
revogação é total, nomeia-se ab-rogação; se 
parcial, chama-se derrogação; 
 
 Na revogação o ato é sim válido, totalmente 
legal, mas que não “ presta” para a 
administração pública e por isso será “pego 
de volta”, ou seja, revogado; 
 
 Ex.: uma escola está sendo reformada e 
precisa de bancas, assim haverá uma 
licitação requerendo 100 bancas, mas um 
empresário faz a doação de 200 bancas. O 
ato administrativo (licitação das bancas) 
será revogado, pois já houve a doação e 
aquele ato não é mais necessário. 
 
 
23 
 O judiciário não pode revogar, pois não faz 
controle de mérito, então só poderá 
revogar a administração pública. 
 
ATOS QUE NÃO ADMITEM REVOGAÇÃO 
 
I. Ato Vinculado; 
 
II. Ato de direito adquirido; 
 
III. Ato consumado/Exaurido; 
 
IV. Ato Enunciativo – CAPA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Convalidação – é a forma de corrigir o erro 
existente para tornar o ato válido e só será 
feito em casos de vícios de competência e vícios 
de forma. As condições para que ocorra a 
convalidação é que: 
 
I. Não ferir ao interesse público; 
II. Não causar prejuízo a terceiro; 
III. Ter defeitos sanáveis; 
IV. Ser decisão discricionária de convalidar 
o ato; 
V. O ato não pode ter sido impugnado. 
 
Importante: 
 
 Vício sanável/Anulável (competência, salvo 
os de matéria exclusiva ou forma, salvo 
essencial à validade); 
 Observar o interesse público; 
 Tem os requisitos: vício sanável e não causar 
danos a terceiros; 
 É o concerto do ato; 
 Tem efeitos retroativos. Ex tunc. 
 
Classificação dos Atos 
 
1. Atos vinculados e discricionários: 
 
 Ato vinculado: é aquele que 
contém todos os seus elementos 
constitutivos vinculados à lei, não 
existindo dessa forma qualquer 
subjetivismo ou valoração do 
administrador, mas apenas a 
averiguação da conformidade do 
ato com a lei. Estabelece um único 
Outras formas de extinção do ato: 
 
• Extinção natural em decurso do tempo: para 
conceituar essa forma nada melhor do que o 
exemplo de porte de arma, que é concedido 
com um tempo pré-determinado, ou seja, 
assim que se finda essa data o ato do porte 
será extinto. 
 
• Caducidade: é o momento que uma lei 
(superveniente) nova tona o ato anterior 
inválido. Em suma, é uma nova legislação 
incompatível com a manutenção do ato.. 
 
• Cassação: quando um ato que é legal, torna-se 
ilegal por conta de uma atitude do beneficiário. 
Ou seja, ela é uma penalidade por 
descumprimento das regras. Ex.: José faz o 
requerimento de uma licença para 
funcionamento de uma pousada no sítio 
histórico de Olinda, mas no momento de 
pandemia, com pouco hospedes resolve, em 
vez de funcionar como pousada, passa a 
funcionar como um bar. Assim, a licença será 
caçada por erro do agente (José), que está 
utilizando a licença de maneira errada. 
 
• Renúncia: outra forma de extinção que pode 
ser melhor exemplificada com um exemplo, 
dessa forma, observe: Ana, funcionária do TJ, 
renuncia o benefício de exercer o cargo de 
chefe. 
 
 
 
• Contraposição ou derrubada: é a edição de um 
ato que impede a manutenção de outro ato, ou 
seja, um ato novo com efeitos opostos 
(contrapostos) ao anterior. 
Ex.: Rebeka é nomeada, toma posse, entrou em 
exercício por um dia e logo depois se exonera 
do cargo, dias depois vai até a repartição com 
a nomeação para tomar novamente posse do 
cargo. Não é possível que isso aconteça, pois 
houve a contraposição, o cargo foi exonerado. 
 
 
 
24 
comportamento possível a ser 
tomado pelo administrador diante 
de casos concretos, sua atuação 
fica ligada ao estabelecido pela lei 
para que seja válida a atividade 
administrativa. 
 
Exemplo: Quando o administrador está frente a um 
fato praticado por servidor público que merece 
punição, ele simplesmente tem que punir, não há 
margem de liberdade nesse caso. 
 
 Ato discricionário: quando a lei 
confere liberdade ao administrador 
para que ele proceda a avaliação da 
conduta aser adotada segundo 
critérios de conveniência e 
oportunidade, mas nunca se 
afastando da finalidade do ato, o 
interesse público. A valoração 
incidirá sobre dois elementos 
constitutivos do ato administrativo 
o motivo e o objeto, autorizando o 
administrador a escolher dentre as 
várias possibilidades que lhe são 
conferidas aquela que melhor 
corresponda no caso concreto ao 
desejo da lei. 
 
Exemplos: Autorização para a realização de evento 
cultural em praça pública. Poderá a autoridade, 
avaliando determinadas condições do momento, fixar 
o limite máximo de horário para a realização do 
evento, mesmo que o pedido tenha sido de um 
período maior ou menor, fica a critério da 
administração, que avaliará. Poderá dias depois, numa 
outra localidade, sob condições diversas da anterior, 
autorizar a realização do mesmo evento, mas 
durante um horário bem menor ou até mesmo 
maior, podendo inclusive impedir a realização do 
evento. 
 
2. Quanto a formação do ato: 
 
 Simples: uma única manifestação de 
vontade; 
 Complexo: manifestação de 
vontade de 2 ou mais órgãos; 
 
 Composto: manifestação de 
vontade de um só órgão, mas a sua 
edição ou produção de efeitos 
depende de outro ato acessório, 
que pode ser denominado de: 
a) Ratificação; 
b) Homologação; 
c) Visto; 
d) Aprovação; 
e) Autorização. 
 
 
Serviços Públicos
 
Entende o autor José dos Santos Carvalho Filho que 
a atividade pode ser definida “como toda atividade 
prestada pelo Estado ou por seus delegados, 
basicamente sob regime de direito público, 
com vistas (com o intuito de) à satisfação de 
necessidades essenciais e secundárias da 
coletividade”. 
 
 
 
Os Princípios são definidos pela lei 8.987/95. 
 
Art. 6º. Toda concessão ou permissão 
pressupõe a prestação de serviço adequado ao 
pleno atendimento dos usuários, conforme 
estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no 
respectivo contrato. 
 
§1º. Serviço adequado é o que satisfaz as 
condições de regularidade, continuidade, eficiência, 
segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua 
prestação e modicidade das tarifas. 
 
1. Princípio da Modicidade: é a ideia de que 
deve haver um serviço barato (baixo custo) 
para que todos possam utilizá-lo. Ex.: tarifa 
de ônibus. 
 
Tarifa Pessoas Beneficiadas 
(mais baixa) (maior alcance de pessoas) 
 
 
25 
2. Princípio da Atualidade: também chamado de 
princípio da adaptabilidade, estabelece que a 
prestação do serviço público deve, sempre, 
ser feita dentro das técnicas mais 
modernas. 
 
• Em suma: os serviços precisam ser 
SEMPRE atualizados para haver 
uma melhor prestação (eficiência); 
 
• Tem a ver com o princípio da 
eficiência. 
 
3. Princípio da Cortesia: é a ideia de que o 
servidor público ou aquele que faz vezes de 
servidor deve agir com educação e 
gentileza. 
 
4. Princípio da Generalidade ou Universalidade: 
o serviço não vai se dirigir a uma pessoa 
específica, mas sim para a coletividade. 
Ex.: não pode ter um serviço só para um 
bairro. 
 
• Nesse sentido, não se admite que o 
serviço público seja direcionado a 
uma pessoa ou grupo específico, 
em atenção ao princípio da 
impessoalidade na prestação. 
 
• Com efeito, a execução da atividade 
será a mesma independentemente 
da pessoa que será beneficiada ou 
atingida. 
 
5. Princípio da Continuidade: traduz-se na ideia 
de prestação ininterrupta da atividade 
administrativa e dos serviços prestados à 
coletividade, evitando interrupções 
indevidas, sendo designado, por uma parcela 
da doutrina, como princípio da permanência. 
 
É importante frisar que esse princípio já foi 
estudado de forma detalhada anteriormente, 
vamos relembrá-lo?? 
 
Princípio da Continuidade: o serviço público deve 
ser contínuo, pois serve toda sociedade e são 
serviços essenciais, assim devem ser contínuos, sem 
interrupções. 
 
Art. 6°, §1°, da Lei 8.987/95. Serviço adequado 
é o que satisfaz as condições de regularidade, 
continuidade, eficiência, segurança, atualidade, 
generalidade, cortesia na sua prestação e 
modicidade das tarifas. 
 
• E o direito a greve?? Esse direito é 
assegurado a todo cidadão brasileiro 
pela CF/88, MAS esse direito é 
diferente para serviços essenciais; 
 
• Para os servidores públicos foi preciso 
pleitear um mandado de injunção e por 
decisão do STF foi regulamentado que 
os servidores CIVIS usam como base a 
lei geral de greve e os para o servidor 
MILITAR é proibido que haja greve, 
além disso há uma decisão do STJ que 
determina essa mesma proibição para 
policiais civis e agentes de segurança 
pública. 
 
MILITAR: 142, §3°, IV, da Carta Magna que dispõe 
que "ao militar são proibidas a sindicalização e a 
greve". 
 
CIVIL: Lei geral de greve (Lei 7.783/89). 
Supremo Tribunal Federal, Mandado de Injunção 
“enquanto não houver lei específica a regulamentar 
a greve dos servidores, será utilizada a lei geral de 
greve (Lei 7.783/89) para o exercício desse direito.” 
 
Exceções ao Princípio da Continuidade: 
 
Art. 6º, Lei nº 8.987/95. 
§3º Não se caracteriza como 
descontinuidade do serviço a sua 
interrupção em situação de emergência ou 
após prévio aviso, quando: 
 
III. motivada por razões de ordem 
técnica ou de segurança das 
instalações; e, 
 
 
 
26 
IV. por inadimplemento do usuário, 
considerado o interesse da 
coletividade. 
§ 4º A interrupção do serviço na hipótese 
prevista no inciso II do § 3º deste artigo não 
poderá iniciar-se na sexta-feira, no sábado 
ou no domingo, nem em feriado ou no dia 
anterior a feriado. 
 
 
Outorga (descentralização por serviço): 
 
• Transferência da titularidade e da execução 
do serviço; 
• Mediante lei: PJ de direito público da 
administração indireta. 
 
Delegação (descentralização por colaboração): 
 
• Transferência da execução do serviço; 
• Mediante lei: PJ de direito privado da 
administração indireta; 
• Mediante contrato: particulares de serviços 
públicos. 
 
 
 
I. Serviços Uti Singuli: quando é possível saber 
para quem está sendo prestado o serviço; 
 
II. Serviços Uti Universi: quando não tem como 
saber quem está recebendo aquele serviço. 
 
Concessão: 
 
Art. 2º. Para os fins do disposto nesta Lei, 
considera-se: 
II. concessão de serviço público: a delegação 
de sua prestação, feita pelo poder 
concedente, mediante licitação, na 
modalidade de concorrência, à pessoa 
jurídica ou consórcio de empresas que 
demonstre capacidade para seu 
desempenho, por sua conta e risco e por 
prazo determinado; 
 
A concessionária de serviço é o particular que 
celebra o contrato administrativo, tornando--se 
executor do serviço público descentralizado. 
 
• O contrato de concessão de serviços 
públicos somente pode ser celebrado com 
pessoas jurídicas ou consórcios de 
empresas, não se admitindo a assinatura da 
avença com pessoa física. 
 
• Em suma: é o particular que celebra o 
contrato administrativo, só podendo ser 
celebrado por PESSOAS JURÍDICAS e um 
exemplo são as empresas de ônibus (que 
participam de licitação na modalidade 
concorrência). 
 
Extinção do Contrato de Concessão: 
 
a) Advento do termo contratual: quando o 
contrato acaba e é extinto “naturalmente”; 
 
b) Encampação: a tomada do poder 
concedente daquele serviço, ou seja, a 
administração pública pega (de volta) o 
serviço do particular (que o estava 
prestando) e passa a faze-lo; 
 
c) Caducidade (art. 38, §1º): quando se pratica 
algo legal, mas vem uma nova norma e 
extingue aquela legalidade, ou seja, o que 
antes era legal caduca. Ex.: lei que proibiu a 
circulações de kombis como meio de 
transporte pagos em Recife e Olinda. 
 
Atenção!!!!! - Concessão: 
• Modalidade licitatória: concorrência; 
 
• Contrato: a concessão somente é celebrada 
com pessoas jurídicas ou com consórcios de 
empresas; 
 
 
27 
• Autorização legislativa: a concessão 
depende de autorização legislativa expressa 
para sua celebração. 
 
Permissão: 
 
Seguindo o entendimento majoritário dadoutrina 
acerca da matéria, no sentido de que a permissão 
de serviços tem natureza contratual e que, nos 
termos da lei, devem-lhe ser aplicadas, no que 
couber, as regras atinentes à concessão de serviços 
públicos, deve-se analisar quais as diferenças entre 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a concessão de serviços públicos e permissão de 
serviços públicos. (Matheus Carvalho, 2020). 
 
Atenção!!!!! - Permissão: 
• Modalidade licitatória: admite tanto a 
concorrência como outras modalidades de 
licitação, dependendo do valor contratado; 
 
• Contrato: a permissão pode ser celebrada 
com pessoa física OU pessoa jurídica; 
• Autorização legislativa: a permissão 
dispensa lei específica, salvo algumas 
permissões de natureza especial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Concessão x Permissão 
 
 
28 
Agentes Públicos
 
É aquele que exerce função pública de forma 
permanente ou temporária, com ou sem 
remuneração. Nesses termos: Lei 8.429/92. 
 
Art. 2°. Reputa-se agente público, para os 
efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que 
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, 
nomeação, designação, contratação ou qualquer 
outra forma de investidura ou vínculo, mandato, 
cargo, emprego ou função nas entidades 
mencionadas no artigo anterior. 
 
 O artigo 2º da Lei 8.429/92 faz 
referência a toda a Administração 
direta e indireta de qualquer do 
Poderes da União, dos Estados, do DF 
e dos Municípios. 
 
 
A análise do texto constitucional (arts. 37 a 42) 
demonstra que são quatro as categorias de agentes 
públicos: 
 
a) Agentes políticos: detentores de 
mandato eletivo executivo e dos secretários e 
ministros de estado, os membros da 
magistratura e do Ministério Público, diante 
das funções que exercem. 
 
 Sujeitos que exercem típicas atividades 
de governo, cabendo-lhes propor ou 
decidir as diretrizes políticas dos entes 
públicos. Nessa categoria estão incluídos 
os chefes do Poder Executivo federal, 
estadual e municipal. Os Ministros e 
Secretários de Estado, que ocupam 
cargos comissionados, de livre 
nomeação e exoneração. Também 
podem ser considerados agentes 
políticos, bem como os membros do 
Poder Legislativo (Senadores, 
Deputados e Vereadores). Os agentes 
políticos, em geral, exercem mandato 
eletivo, exceto os membros da 
magistratura e do MP (defensoria 
pública e TC não) 🡪 RGPS, desde que não 
vinculado a regime próprio (art. 11, I, h, 
Lei 8.213/91) 
 
b) Particulares em colaboração com o 
poder público: atuam, em situações 
excepcionais, em nome do Estado, mesmo em 
caráter temporário ou ocasional, 
independentemente do vínculo jurídico 
estabelecido, exercendo função pública. 
 Pessoas físicas que prestam, sem 
perder a condição de particulares, 
serviços ao Estado, sem vínculo 
empregatício, com ou sem 
remuneração. 
 
Classificação dos particulares em colaboração com 
poder público de acordo com DI PIETRO, 2019, p 
684: 
 
 Designados: são os agentes honoríficos de 
Hely Lopes Meirelles, aqueles que atuam 
quando convocados pelo Estado para 
exercerem múnus público, sob pena de 
sanção, como os mesários, os jurados e os 
convocados para o serviço militar obrigatório. 
 
 Delegados: atuam na prestação de serviços 
públicos mediante delegação do Estado, como 
os titulares das serventias do Cartórios, os 
leiloeiros e os agentes das concessionárias e 
permissionárias de serviço público (sempre as 
pessoas físicas, e não a jurídica). 
− Atuam em virtude da delegação de 
Serviço Público. 
 
 
 Voluntários ou gestores de negócio: atuam 
voluntariamente em repartições, escolas, 
hospitais públicos, sempre que o ente estatal 
realiza programa de voluntariado, como os 
médicos voluntários que auxiliam o Poder 
Público, ou em situações de calamidade. 
 
 
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− Permite ao particular exercer uma 
atividade pública com a finalidade 
de atender ao interesse público. 
 
 Credenciados: aqueles que recebem a 
incumbência da Administração para 
representá-la em determinado ato, mediante 
remuneração. Seriam os peritos credenciados 
pela Justiça e os artistas consagrados que 
representam o Poder Público, ou os médicos 
privados que atuam em convênio com o 
Sistema Único de Saúde – SUS (CARVALHO, 
2019, p. 788). 
 
− Atuam em representação do 
Estado. 
 
 Agentes de fato: agentes que executam 
função pública, porém sem investidura regular. 
O exercício de função em nome do Estado 
deriva de situação excepcional, sem prévio 
enquadramento legal (CARVALHO FILHO, 2019, 
p. 637). 
 
I. Agentes necessários: são aqueles que 
praticam atos em situações 
excepcionais, geralmente de 
emergência, em colaboração com o 
Poder Público. Como regra, entende-se 
que seus atos são confirmados pelo 
Poder Público, que não pode atuar a 
tempo, por meio de seus agentes de 
direito, por conta da situação 
excepcional. 
 
II. Agentes putativos: são os que 
desempenham atividade pública em 
virtude da presunção de que haveria 
legitimidade nessa atuação, quando, na 
realidade, não houve investidura dentro 
do procedimento legalmente exigido, 
como no caso do servidor que pratica 
atos administrativos sem ter sido 
aprovado em concurso público 
(CARVALHO FILHO, 2019, p. 637). 
 
c) Servidores Estatais (agentes 
administrativos ou servidores públicos): 
têm vínculo com o Estado, no exercício da 
função administrativa. 
 São as pessoas físicas que prestam 
serviços ao Estado e às entidades da 
Administração Indireta, com vínculo 
empregatício e mediante remuneração 
paga pelos cofres públicos (DI PIETRO, 
2019, p. 683). Ocupam cargos ou 
empregos públicos, ou exercem função 
pública. 
 
 
 
 
 
 
Espécies de Servidores Estatais: 
 
 Temporários: artigo 37, IX CF/88 – IX: a lei 
estabelecerá os casos de contratação por 
tempo determinado para atender à 
necessidade temporária de excepcional 
interesse público; 
− Serviço temporário definido em lei; 
− Interesse público; 
− Caráter excepcional; 
− Necessidade especial. 
Ex.: Conciliadora Voluntária. 
 
 Celestistas: são aprovados em concurso 
para atividade permanente do Estado. 
 
− Não possuem estabilidade. 
Ex.: trabalhadores de fundações públicas e 
sociedades de economia mista. 
 
 Estatutários (empregados públicos): são 
aprovados em concurso para atividade 
permanente do Estado. 
 
− Não há contrato; 
− Vinculo legal é o estatuto daquele 
cargo; 
Cargo Público: correspondem à mais simples unidade de poderes e 
deveres estatais a serem expressos por um agente (DE MELLO). Nos 
termos da Lei 8.112/90, “cargo público é o conjunto de atribuições e 
responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser 
cometidas a um servidor” (art. 3º). 
 
 
 
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Em suma a estabilidade: 
• Detentores de cargo público efetivo (art. 
41, CF); 
• 3 anos de efetivo exercício; 
• Avaliação especial de desempenho (se 
passarem os 3 anos e o servidor não for 
avaliado ocorre a avaliação tácita); 
• O servidor estável terá direito à 
reintegração, à recondução ou ao 
aproveitamento, conforme o caso (art. 
41, §§ 2º e 3º, da CF); 
 
Obs.: O prazo para aquisição da estabilidade (STF) 
é de 3 anos: 
 
Art. 20, Lei 8.112/90: Ao entrar em exercício, o 
servidor nomeado para cargo de provimento 
efetivo ficará sujeito a estágio probatório por 
período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o 
qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de 
avaliação para o desempenho do cargo, 
observados os seguinte fatores: 
 
I. assiduidade; 
II. disciplina; 
III. capacidade de iniciativa; 
IV. produtividade; 
V. responsabilidade. 
 
 
− O estatuto que definirá os direitos 
e deveres do servidor. 
 
Os estatutários dividem-se em: 
 
a) Comissionados: não adquirem 
estabilidade (cargos como: direção, 
chefia, assessoramento, livre 
nomeação e livre exoneração); 
 
b) Cargo efetivo: poderão vir a adquirir 
estabilidade. 
 
d) Militares: aqueles que prestam serviços às 
Forças Armadas (Marinha, Exército

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