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Direito Administrativo - Principios

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Princípios Básicos da Administração Pública 
Matéria: Direito Administrativo 
Professor: Jonatas Albino do Nascimento 
Direito Administrativo - Teoria e Questões comentadas 
Professor Jonatas Albino do Nascimento 
 
 
Professor Jonatas Albino do Nascimento 2 de 75 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Olá, pessoal! 
É com imensa satisfação que lançamos o curso de Direito 
Administrativo para Analista Judiciário - Área Judiciária do TRF MS e SP 3ª 
Região – Resumo e Questões no Exponencial Concursos. 
Vamos nos apresentar! 
Meu nome é Jonatas Albino, sou Agente Fiscal de Rendas do Estado de 
São Paulo (ICMS/SP), professor do Exponencial Concursos e de cursinhos 
preparatórios presenciais em Marília, São Paulo. 
Caso esse seja nosso primeiro contato, faço uma breve apresentação 
sobre a mim para que nos conheçamos melhor. 
Minha vida de concurseiro começou logo cedo, quando decidi que queria 
ser Oficial de carreira do Exército Brasileiro. Era o ano de 2005 e morava em 
Boa Vista-RR. Por não ter confiança nos cursos preparatórios lá disponíveis, 
encarei a preparação por conta própria por meio de uma boa bibliografia e 
muitas horas de estudos. A receita era boa e o resultado apareceu: 14º 
colocado para a Escola Preparatória de Cadetes do Exército, 1º colocado no 
vestibular para Ciências da Computação na UFRR e 1º colocado para a Escola 
de Especialistas da Aeronáutica. 
Passados aproximadamente 8 anos no Exército Brasileiro, já como 1º 
tenente, decidi que queria uma carreira diferente, apontando meus esforços 
para a área fiscal. Mais uma vez, agora pela impossibilidade de conciliar aulas 
presenciais com a rotina exaustiva na caserna, optei pela tática já antes 
utilizada: bom material e muitas horas de estudo. O resultado veio 
relativamente rápido: após um ano e meio de preparação fui aprovado para o 
concurso para a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, vulgarmente 
conhecido como ICMS-SP, onde estou até hoje, mais precisamente na cidade 
de Marília, como dito anteriormente. 
 Vamos fazer uma passagem pela metodologia do curso! 
O curso será composto por 15 aulas (contando com a demonstrativa), 
cuja divulgação obedecerá ao cronograma da página 4. A estrutura das aulas 
será assim: 
 Teoria 
Caro aluno, o melhor material para concursos não é o mais extenso, mas 
o que te faça aprender corretamente e de forma rápida. Vale lembrar que o 
foco é passar na prova e não se formar em direito, ok? Com esse foco, nosso 
curso será extremamente objetivo, ensinando tudo o que você precisa 
saber, sem doutrinas e divagações desnecessárias. A ideia é valorizar o seu 
tempo. 
APRESENTAÇÃO 
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Por isso, vamos apresentar diversos esquemas, fluxogramas, tabelas 
comparativas, pequenos resumos, sublinhados, entre outras ferramentas para 
potencializar seu aprendizado. 
Aqui vamos explicar uma coisa: vamos preparar o curso de forma que 
os destaques, as cores, os negritos e os sublinhados sirvam para que vocês 
possam fazer uma leitura dinâmica de forma que seja suficiente para resgatar 
o conhecimento do assunto objeto da leitura, permitindo as revisões mais 
rápidas após a leitura inicial do curso. 
 Questões 
Faremos MUITAS questões, principalmente da banca do concurso FCC, 
mas utilizaremos também questões de outras bancas (CESPE, FVG, ESAF, 
entre outras) quando forem importantes para a fixação dos conceitos. 
Procuraremos também extrair o máximo de conhecimento de cada 
questão resolvida, assinalando o item incorreto. 
Aqui gostaria de detalhar alguns pontos importante: 
 Iremos colocar questões também na parte teórica para quebrar um 
pouco o ritmo, aumentar a dinâmica do estudo e também para ajudar 
na fixação do conteúdo. 
 Vamos colocar as questões com o gabarito no final sem os comentários 
para facilitar no treinamento. 
 Quando tivermos algum assunto que ainda não foi cobrado em provas 
anteriores (ou que tenha sido pouco cobrado) criaremos algumas 
questões no estilo da banca para que vocês não sejam pegos 
desprevenidos. 
Nos comentários iniciais das aulas vamos conversar com vocês dando 
várias dicas, principalmente sobre técnicas de estudo. E para iniciar, lá vai a 
dica inicial: planejamento! 
 Por isso, principalmente se você ainda está conhecendo o “mundo dos 
concursos”, considere ser conduzido por um dos coachs do Exponencial. 
 
 
Aproveito para convidar você para 
curtir minha página no Instagram, por onde 
mantenho contato com meus alunos. 
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Aula Conteúdo 
00 Administração pública: 
Princípios básicos. 
01 Organização administrativa: 
Administração direta e indireta; 
Centralizada e descentralizada; 
Autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista. 
Órgãos públicos: 
Conceito, natureza e classificação. 
02 Consórcios públicos (Lei nº 11.107/2005). 
03 Poderes administrativos: 
Poder hierárquico, poder disciplinar, poder regulamentar, poder de polícia, 
uso e abuso do poder. 
04 Ato administrativo: conceito, requisitos e atributos; anulação, revogação e 
convalidação; 
Discricionariedade e vinculação. 
05 Servidores públicos: 
Cargo, emprego e função públicos. 
06 Lei nº 8.112/1990 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União e 
alterações): 
Disposições preliminares; 
Provimento, vacância, remoção, redistribuição e substituição; 
Direitos e vantagens: 
Vencimento e remuneração, vantagens, férias, licenças, afastamentos, 
direito de petição; 
Regime disciplinar: 
Deveres e proibições, acumulação, responsabilidades, penalidades; 
Processo administrativo disciplinar. 
07 Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992). 
08 Convênios administrativos. 
09 Licitação – Parte 1: 
Licitações e Contratos da Administração Pública (Lei nº 8.666/1993 e 
alterações posteriores). 
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10 Licitação – Parte 2: 
Pregão (Lei n° 10.520/2002). 
Regime Diferenciado de Contratações Públicas 
(Lei Federal nº 12.462/2011). 
11 Responsabilidade extracontratual do Estado. 
12 Controle e responsabilização da administração: 
Controle administrativo; 
Controle judicial; 
Controle legislativo. 
13 Processo administrativo (Lei nº 9.784/1999). 
14 Lei nº 11.416/2006. 
 
*Confira o cronograma de liberação das aulas no site do 
Exponencial Concursos, na página do curso. 
 
Durante o curso, estabeleceremos contato por meio do Fórum, onde 
serão trabalhadas as dúvidas. 
 
Vamos em frente! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sumário 
1 – Princípios da Administração Pública ..................................................... 7 
1.1 – Princípios x Regras ............................................................................................................. 7 
1.2 – Regime Jurídico Administrativo ......................................................................................... 7 
2 – Princípios Administrativos com Previsão Constitucional ....................... 7 
2.1 – Legalidade .......................................................................................................................... 8 
2.2 – Impessoalidade .................................................................................................................. 8 
2.3 – Moralidade........................................................................................................................ 9 
2.4 – Publicidade ...................................................................................................................... 10 
2.5 – Eficiência .......................................................................................................................... 11 
3 – Questões Comentadas ......................................................................... 12 
3.1 – FCC ....................................................................................................................................... 12 
3.2 – ESAF ..................................................................................................................................... 41 
4 – Lista de Exercícios ................................................................................ 51 
4.1 – FCC ....................................................................................................................................... 51 
4.2 – ESAF ..................................................................................................................................... 67 
5 – Gabarito .............................................................................................. 73 
6 – Referencial Bibliográfico ...................................................................... 75 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
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Princípios são conceitos que devem nortear todo o ordenamento 
jurídico. Apesar de ser redundante falar isso, não é por acaso que a palavra 
princípio tem como sinônimo início, começo. São os fundamentos que 
devem ser observados até mesmo pelo Poder Legislativo na elaboração 
das normas que irão regular nossa sociedade. 
As regras jurídicas por sua vez apresentam significativas diferenças 
em relação aos princípios. As regras são menos genéricas (geralmente 
tem escopo mais reduzido) e menos abstratas (tratam de situações mais 
específicas). 
 
O regime jurídico administrativo é formado por dois princípios: 
supremacia do interesse público e indisponibilidade do interesse 
público. Esses dois princípios não estão expressamente previstos no 
texto constitucional e são conhecidos também conhecidos como 
supraprincípios 
Este dois princípios representam os fundamentos que servem como 
base para a criação dos demais princípios jurídicos. Isso ocorre porque só o 
interesse público serve como justificativa para o estabelecimento de restrições 
(indisponibilidade do interesse público) e prerrogativas (supremacia do 
interesse público) da APU frente ao administrado. 
 
 
 
REGIME JURÍDICO DA ADMINISTRAÇÃO
REGIME JURÍDICO 
DE DIREITO 
PÚBLICO
CONCEITO 
RESTRITO
REGIME JURÍDICO 
ADMINISTRATIVO
REGIME JURÍDICO 
DE DIREITO 
PRIVADO
1 – Princípios da Administração Pública 
1.1 – Princípios x Regras 
1.2 – Regime Jurídico Administrativo 
2 – Princípios Administrativos com Previsão Constitucional 
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 A CF/88 estabelece em seu artigo 37 os princípios que devem pautar a 
atuação da APU: 
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte:” 
 
 
 
 “Art 5º (...) 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma 
coisa senão em virtude de lei;(...)” 
 
 
 
 
 O princípio da Impessoalidade tem como objetivo direcionar a atuação 
da APU no sentido maximizar os benefícios para a sociedade como um 
todo (busca do interesse público), sem beneficiar esse ou aquele grupo de 
pessoas. Nessa vertente, tal princípio também é conhecido como princípio da 
finalidade. 
LIMPE
Legalidade Impessoalidade Moralidade Publicidade Eficiência
Legalidade para o
cidadão comum
É permitido fazer tudo o que a 
lei não proíbe
Legalidade para a 
Administração
Pública
É permitido fazer tudo o que a 
lei expressamente 
determina ou autoriza
2.1 – Legalidade 
2.2 – Impessoalidade 
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 O conceito de moralidade administrativa está ligado diretamente com a 
nossa noção de certo e errado, sem, entretanto, nos restringirmos apenas ao 
que está prescrito em lei. 
 
 
 
 
 
 
Isonomia
Horizontal
Pessoas em situações
semelhantes devem ser tratadas
da mesma forma
Vertical
Pessoas em situações diferentes
podem ter tratamentos distintos
Impessoalidade
Busca do 
Interesse Público
Sem promoção
pessoal do agente 
público
Conceito 
Indeterminado
MORALIDADE
se aplica aos:
agentes 
públicos
demais 
cidadãos
Buscar sempre o 
interesse público
Escolha entre o honesto
e desonesto
2.3 – Moralidade 
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 A publicidade está intimamente ligada ao conceito de democracia. 
Como vimos, a democracia é o governo do povo. Para que este possa fiscalizar 
e estar a par do que está ocorrendo no governo, é necessário que haja ampla 
publicidade das ações do governo. Deve haver transparência na gestão da 
coisa pública. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atos sigilosos Não podem ser publicados
Atos internos Não precisam ser publicados
Atos Externos
(e não sigilosos)
Precisam ser publicados 
Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal 
 
Divulgação da remuneração dos servidores públicos: tendo sido 
questionado sobre a constitucionalidade de norma que previa que os 
vencimentos dos agentes públicos fossem divulgados na internet, o 
STF se posicionou pela constitucionalidade da norma. A corte maior 
deixou claro, entretanto, que os dados cadastrais do servidor (identidade, 
CPF, endereço) devem ser sigilosos para garantir a segurança dos agentes 
públicos. (ARE 652777). 
 
Publicação obrigatória dos custos de publicidade: ao analisar norma 
que previa que o governo deveria divulgar sempre o custo da 
publicidade na própria propaganda veiculada na mídia, a corte 
suprema decidiu pela inconstitucionalidade da norma. ADInMC 2.472-RS, 
rel. Min. Maurício Corrêa, 13.3.2002. (ADI-2472). 
2.4 – Publicidade 
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O princípio da eficiência foi expressamente introduzido na CF/88 
através da Emenda Constitucional 19/1998 que tinha como foco 
implementar (ou iniciar isso) a chamada “Administração Pública 
Gerencial”. 
Qualquer dúvida recorra ao Fórum. 
Não deixem de curtir: facebook.com/ProfJonatas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.5 – Eficiência 
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3.1 – FCC 
 
1. (FCC / Assembleia Legislativa / ALESE / 2018) 
A Administração pública possui algumas prerrogativas inerentes às suas 
funções, que lhe permitem agir, em alguns casos, de modo a sobrepor a 
vontade dos particulares, em prol do atendimento do interesse público. Nesse 
sentido, considera-se exemplo dessa prerrogativa o poder de 
a) revogar licitações, por razões de conveniênciae oportunidade e para 
atendimento do interesse público, sempre que se identificar ilegalidades nos 
procedimentos. 
b) limitar o direito de particulares, discricionariamente, sempre que a situação 
de fato demonstrar essa necessidade, independentemente de previsão legal. 
c) alterar unilateralmente os contratos administrativos, por motivos de 
interesse público, mantido o equilíbrio econômico-financeiro do contrato. 
d) editar decretos autônomos para disciplinar matérias em tese, com efeitos 
gerais e abstratos, diante de lacunas legais. 
e) criar pessoas jurídicas como forma de desconcentração das atividades da 
Administração pública. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra C. Ela nos traz hipótese abordada pelo Lei de 
Licitações. O enunciado da questão nos direciona a apontar para a hipótese 
que premia o princípio da supremacia do interesse público sobre o particular. 
A alternativa A é incorreta, pois no caso de ilegalidade deve ocorrer a anulação 
do ato viciado. 
A alternativa B é incorreta, pois a conduta do agente público está submetida 
ao princípio da legalidade estrita, só sendo permitida a imposição de restrições 
a particulares que assim constar da lei. 
A alternativa D é incorreta, pois os decretos autônomos previstos na CF/88 
devem ser utilizados apenas para as hipóteses lá previstas, não diante de 
lacunas legislativas. 
A alternativa E está incorreta, pois a criação de pessoas jurídicas é pautada no 
fenômeno da descentralização. 
Gabarito 1. C. 
 
2. (FCC / Técnico Judiciário / TER-PR / 2017) 
3 – Questões Comentadas 
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Considera-se expressão dos princípios que regem as funções desempenhadas 
pela Administração pública a 
a) possibilidade de autuação e imposição de multas a estabelecimentos 
comerciais, para garantir o adequado funcionamento do setor de mercado em 
que atuam, como atuação que privilegia o princípio da eficiência. 
b) edição de decretos autônomos, que disciplinam a atuação a Administração 
pública e os direitos e deveres dos servidores, como expressão do princípio da 
legalidade. 
c) publicação dos extratos de contratos firmados pela Administração pública 
no Diário Oficial, conforme dispõe a Lei n° 8.666/1993, como manifestação do 
princípio da publicidade. 
d) edição de atos administrativos sem identificação dos responsáveis pela 
autoria, como forma de preservação da esfera privada desses servidores e 
manifestação do princípio da impessoalidade. 
e) possibilidade da prática de atos não previstos em lei, em defesa de 
interesse público primário ou secundário, ainda que importe na violação de 
direitos legais de particulares, em prol do princípio da supremacia do interesse 
público. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra C, que traz correta correlação entre atos da 
administração e o respectivo princípio. 
A publicidade está intimamente ligada ao conceito de democracia. Como 
vimos, a democracia é o governo do povo. Para que este possa fiscalizar e 
estar a par do que está ocorrendo no governo, é necessário que haja ampla 
publicidade das ações do governo. Deve haver transparência na gestão da 
coisa pública. 
A alternativa A é incorreta, a autuação a aplicação de multas se baseia no 
poder de polícia da administração, que está sujeito à legalidade. 
A alternativa B é incorreta. O princípio da legalidade é a sujeição da 
administração às leis. Os decretos autônomos só podem ser expedidos 
conforme as hipóteses trazidas pela CF/88, especificamente no artigo 84. 
A alternativa D é incorreta, os atos devem indicar a autoridade competente 
pra a sua prática, trazendo, em regra, a respectiva motivação. O princípio da 
impessoalidade também é conhecido como finalidade, pois a atividade pública 
deve buscar o interesse coletivo. 
A alternativa E está incorreta, os atos administrativos estão sujeitos à 
tipicidade, ou seja, o agente público não pode inventar atos, mas praticas os 
que estão em leis previstos. Ainda, o supremacia do interesse público sobre o 
privado informa que eles se encontram em posição verticalizada, estando em 
posição superior o interesse público. 
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Gabarito 2. C. 
 
3. (FCC / Técnico Judiciário Área Administrativa / TRE-PR / 2017) 
Dentre os princípios que regem a Administração pública, aplica-se aos 
servidores públicos, no exercício de suas funções, 
 a) legalidade, como princípio vetor e orientador dos demais, tendo em vista 
que os todos os atos dos servidores têm natureza vinculada, ou seja, devem 
estar previstos em lei, assim como todas as infrações disciplinares e 
respectivas penalidades. 
 b) moralidade, que orienta todos os atos praticados pelos servidores públicos, 
mas cuja violação não pode ser imputada à Administração pública enquanto 
pessoa jurídica, porque sua natureza é incompatível com a subjetividade. 
 c) publicidade, que exige a publicação de todos os atos praticados pelos 
servidores, vinculados ou discricionários, ainda que não dependam de 
motivação, não atingindo, contudo, os atos que se refiram aos servidores 
propriamente ditos, que prescindem de divulgação, porque surtem efeitos 
apenas internos. 
 d) eficiência, como finalidade precípua da atuação da Administração pública, 
obrigando os servidores públicos a prezar pela sua aplicação em preferência 
aos demais princípios, que a ela passaram a se subordinar após sua inclusão 
na Constituição Federal. 
 e) impessoalidade, tanto no que se refere à escolha dos servidores, quanto no 
exercício da função pelos mesmos, que não pode favorecer, beneficiar ou 
perseguir outros servidores e particulares que mantenham ou pretendam 
manter relações jurídicas com a Administração pública. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra E, que traz uma correta abordagem do princípio 
da impessoalidade. 
A alternativa A está incorreta, pois há os atos discricionários. Os atos 
administrativos podem ser divididos em vinculados e discricionários. Os 
primeiros têm todos os elementos definidos por lei, não havendo margem 
para valoração. Já o segundo tipo possui elementos que estão sujeitos a 
certa margem de valoração, que corresponde ao chamado mérito 
administrativo. 
A alternativa B é incorreta, pois os danos causados pelos agentes públicos são 
imputáveis aos órgãos que eles integram. 
A alternativa C é incorreta, pois a publicidade é regra, mas não é um 
imposição absoluta à administração. Há situações em que o sigilo é 
necessário, como nas investigações da Polícia Federal. Já estudamos que 
essa ponderação entre os princípios deve ocorrer caso a caso. 
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Mesmo dentre os atos que não exijam sigilo devemos dizer que a publicidade 
não é necessária em todos os atos da APU. Apenas os atos que têm 
efeitos externos precisam ser publicados (também chamados de atos 
externos). Os atos de mero expediente ou atos internos (que não geram 
nenhum efeito para o cidadão) não precisam ser publicados. 
A alternativa D é incorreta, pois não existe hierarquia entre os princípios que 
informam a administração pública. 
Gabarito 3. E. 
 
4. (FCC / Técnico Judiciário Área Administrativa / TRT21 / 2017) 
É princípio orientador das atividades desenvolvidas pela Administração pública, 
seja por intermédio da Administração direta, seja pela Administração indireta, 
sob pena de irresignação judicial, a: 
 a) impessoalidade, tanto na admissão de pessoal, sujeita à exigência de 
prévio concurso público de provas ou de provas e títulos para preenchimento 
de cargos, empregospúblicos, quanto na prestação dos serviços em geral pela 
Administração pública, vedado qualquer direcionamento. 
 b) legalidade, que impede que a Administração pública se submeta a atos 
normativos infralegais. 
 c) moralidade, desde que associada a outros princípios e regras previstos em 
nosso ordenamento jurídico. 
 d) eficiência, que impede a contratação direta de serviços pela Administração 
pública, garantindo a plena competição entre os interessados e sempre o 
menor preço para o erário público. 
 e) publicidade, que exige a publicação em Diário Oficial da íntegra dos atos e 
contratos firmados pela Administração, além da motivação de todos os atos 
administrativos unilaterais. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra A. O princípio da Impessoalidade tem como 
objetivo direcionar a atuação da APU no sentido maximizar os benefícios 
para a sociedade como um todo (busca do interesse público), sem 
beneficiar esse ou aquele grupo de pessoas. Nessa vertente, tal princípio 
também é conhecido como princípio da finalidade. 
A alternativa B é incorreta, pois há atos infra legais que direcionam a atuação 
da administração. O princípio da legalidade está diretamente relacionado ao 
conceito de Estado de Direito, no qual todos (inclusive o próprio Estado) 
devem obedecer as leis em vigor. 
A alternativa C é incorreta, pois nenhum princípio depende de outro para que 
seja aplicado quando da atuação do administrador. 
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A alternativa D está incorreta. Dentro desse contexto, a busca pela 
eficiência deve ocorrer no dia a dia a APU. Essa eficiência na APU pode ser 
conseguida através de diversas formas, como: 
 Procurar maximizar as receitas do Estado, sempre com o devido 
respeito aos demais princípios da legalidade e moralidade. 
Ex: Um servidor da carreira tributária não pode abrir mão de aplicar uma 
penalidade devidamente tipificada na legislação. Caso o faça, estará de forma 
ilícita abrindo mão de recursos públicos cujo possuidor é a própria sociedade. 
 Economicidade do Gasto Público. 
Ex: Ao realizar empenhos (comprometer recursos públicos com uma 
determinada despesa), a APU deve sempre procurar os preços mais 
vantajosos para o Erário, sem obviamente abrir mão da qualidade esperada. 
 Desempenhar com a máxima presteza os serviços públicos. 
A alternativa E está incorreta, A publicidade está intimamente ligada ao 
conceito de democracia. Como vimos, a democracia é o governo do povo. 
Para que este possa fiscalizar e estar a par do que está ocorrendo no governo, 
é necessário que haja ampla publicidade das ações do governo. Deve haver 
transparência na gestão da coisa pública. 
Ainda, apesar de a motivação ser a regra, nem todo ato administrativo terá 
motivação, mas sempre terá motivo. 
Gabarito 4. A. 
 
5. (FCC / Técnico Judiciário Área Administrativa / TRE-PR / 2017) 
Considera-se expressão dos princípios que regem as funções desempenhadas 
pela Administração pública a 
 a) possibilidade de autuação e imposição de multas a estabelecimentos 
comerciais, para garantir o adequado funcionamento do setor de mercado em 
que atuam, como atuação que privilegia o princípio da eficiência. 
 b) edição de decretos autônomos, que disciplinam a atuação a Administração 
pública e os direitos e deveres dos servidores, como expressão do princípio da 
legalidade. 
 c) publicação dos extratos de contratos firmados pela Administração pública 
no Diário Oficial, conforme dispõe a Lei n° 8.666/1993, como manifestação do 
princípio da publicidade. 
 d) edição de atos administrativos sem identificação dos responsáveis pela 
autoria, como forma de preservação da esfera privada desses servidores e 
manifestação do princípio da impessoalidade. 
 e) possibilidade da prática de atos não previstos em lei, em defesa de 
interesse público primário ou secundário, ainda que importe na violação de 
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direitos legais de particulares, em prol do princípio da supremacia do interesse 
público. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra C, que traz correta correlação entre atos da 
administração e o respectivo princípio. 
A publicidade está intimamente ligada ao conceito de democracia. Como 
vimos, a democracia é o governo do povo. Para que este possa fiscalizar e 
estar a par do que está ocorrendo no governo, é necessário que haja ampla 
publicidade das ações do governo. Deve haver transparência na gestão da 
coisa pública. 
A alternativa A é incorreta, a autuação a aplicação de multas se baseia no 
poder de polícia da administração, que está sujeito à legalidade. 
A alternativa B é incorreta. O princípio da legalidade é a sujeição da 
administração às leis. Os decretos autônomos só podem ser expedidos 
conforme as hipóteses trazidas pela CF/88, especificamente no artigo 84. 
A alternativa D é incorreta, os atos devem indicar a autoridade competente 
pra a sua prática, trazendo, em regra, a respectiva motivação. O princípio da 
impessoalidade também é conhecido como finalidade, pois a atividade pública 
deve buscar o interesse coletivo. 
A alternativa E está incorreta, os atos administrativos estão sujeitos à 
tipicidade, ou seja, o agente público não pode inventar atos, mas praticas os 
que estão em leis previstos. Ainda, o supremacia do interesse público sobre o 
privado informa que eles se encontram em posição verticalizada, estando em 
posição superior o interesse público. 
Gabarito 5. C. 
 
6. (FCC / Auxiliar Administrativo / Copergás – PE / 2016) 
Um dos princípios do Direito Administrativo denomina-se especialidade. 
Referido princípio 
a) decorre dos princípios da legalidade e da indisponibilidade do interesse 
público e concerne à ideia de descentralização administrativa. 
b) tem aplicabilidade no âmbito dos órgãos públicos, haja vista a relação de 
coordenação e subordinação que existe dentro dos referidos órgãos. 
c) aplica-se somente no âmbito da Administração direta. 
d) decorre do princípio da razoabilidade e está intimamente ligado ao conceito 
de desconcentração administrativa. 
e) relaciona-se ao princípio da continuidade do serviço público e destina-se tão 
somente aos entes da Administração pública direta. 
Comentários. 
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A alternativa correta é a letra A. O princípio da especialidade está relacionado 
à criação de entidades da administração indireta pelo setor público através da 
descentralização administrativa. Importante ressaltar que a realização de 
parcerias entre Administração Pública e as entidades do terceiro setor 
(particulares) não estão englobadas aqui. 
A alternativa B é incorreta, se referindo ao poder hierárquico. 
As alternativas C, D e E são incorretas diante do que está exposto na 
explicação da alternativa A. 
Gabarito 6. A. 
 
7. (FCC / Analista Administrador / Copergás – PE / 2016) 
Considere: 
I. Determinado Estado da Federação fiscaliza a atividade de autarquia 
estadual, com o objetivo de garantir a observância de suas finalidades 
institucionais. 
II. A Administração pública pode, através dos meios legais cabíveis, impedir 
quaisquer atos que ponham em risco a conservação de seus bens. 
III. Os atos da Administração pública revestem-se de presunção relativa, 
sendo o efeito de tal presunção a inversão do ônus da prova. 
No que concerne aos princípios do Direito Administrativo, 
a) todos os itens relacionam-se corretamente a princípios do Direito 
Administrativo, quais sejam, princípios da tutela, autotutela e presunção de 
legitimidade, respectivamente.b) nenhum deles está relacionado a princípios do Direito Administrativo. 
c) apenas os itens I e II relacionam-se corretamente a princípios do Direito 
Administrativo, quais sejam, princípios da tutela e da autotutela, 
respectivamente, estando o item III incorreto. 
d) apenas o item II relaciona-se corretamente a princípio do Direito 
Administrativo, qual seja, o princípio da tutela, estando os itens I e III 
incorretos. 
e) apenas os itens I e II relacionam-se corretamente a princípios do Direito 
Administrativo, quais sejam, princípios da especialidade e da tutela, 
respectivamente, estando o item III incorreto. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra A. Analisemos cada item. 
Item I. Aqui temos o princípio da tutela, que está ligado à fiscalização que os 
entes da administração direta exerce sobre as entidades da administração 
direta a eles ligados. Trata-se de controle finalístico, não havendo qualquer 
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relação hierárquica. Faço o alerta para que não confundam com o princípio da 
autotutela. 
Item II. De acordo com a resposta selecionada como correta, o item se 
correlaciona com o princípio da autotutela. Segundo ele, a administração pode 
rever seus próprios atos, por meio da anulação ou revogação, sem a 
necessidade de recorrer ao Poder Judiciário. Em minha opinião, o enunciado o 
item poderia ser um pouco melhor, pois acredito que ele encontra o conceito 
apenas de forma indireta. 
Item III. Trata-se da presunção relativa de legitimidade e de veracidade de 
que gozam os atos administrativos. Isso significa que: 1) os atos são 
condizentes com a verdade; 2) eles estão de acordo com a lei. No entanto, 
essa presunção é relativa, ou seja, admite prova em contrário. Conforme 
afirmado no item, essa presunção impõe que aquele que acusar faça as provas 
do que afirma. 
Gabarito 7. A. 
 
8. (FCC / Analista Administrador / COPERGÁS-PE / 2016) 
O Governador de determinado Estado praticou ato administrativo sem 
interesse público e sem conveniência para a Administração pública, visando 
unicamente a perseguição de Prefeito Municipal. Trata-se de violação do 
seguinte princípio de Direito Administrativo, dentre outros, 
 a) publicidade. 
 b) impessoalidade. 
 c) proporcionalidade. 
 d) especialidade. 
 e) continuidade do serviço público. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra B. Os atos administrativos devem atender ao 
interesse público, não a qualquer interesse pessoal de agente público ou 
administrado, o que reflete uma abordagem possível do princípio da 
impessoalidade. 
Gabarito 8. B. 
 
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9. (FCC / Analista Judiciária / TRT23 / 2016) 
Manoela foi irregularmente investida no cargo público de Analista do Tribunal 
Regional do Trabalho da 23ª Região, tendo, nessa qualidade, praticado 
inúmeros atos administrativos. O Tribunal, ao constatar o ocorrido, 
reconheceu a validade dos atos praticados, sob o fundamento de que os atos 
pertencem ao órgão e não ao agente público. Trata-se de aplicação específica 
do princípio da 
 a) impessoalidade. 
 b) eficiência. 
 c) motivação. 
 d) publicidade. 
 e) presunção de veracidade. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra A. Trata-se de um dos prismas de interpretação 
do princípio da impessoalidade. Os atos praticados pelo agente público são 
imputados ao órgão a que ele pertence. 
Gabarito 9. A. 
 
10. (FCC / Analista Judiciário / TRT23 / 2016) 
O exercício dos poderes inerentes à função executiva e a regular atuação da 
Administração pública não estão dissociados da influência dos princípios que 
regem a Administração pública em toda sua atuação. Essa relação 
 a) existente entre o poder disciplinar e o princípio da legalidade informa o 
poder de tutela exercido sobre os atos praticados pelos entes que integram a 
Administração indireta, permitindo que a Administração central promova a 
revisão dos mesmos para adequá-los à legalidade. 
 b) que se forma entre o princípio da legalidade e o poder regulamentar 
autoriza a edição de atos de natureza originária nas hipóteses de organização 
administrativa e, nos demais casos, sempre que houver lacuna ou ausência de 
lei. 
 c) expressa-se, no caso do poder de polícia, à submissão ao princípio da 
supremacia do interesse público, que fundamenta a atuação da Administração 
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pública quando não houver fundamento legal para embasar as medidas de 
polícia. 
 d) de subordinação aos princípios da legalidade e da impessoalidade não 
afasta a possibilidade da Administração pública adotar medidas 
administrativas de urgência ou de firmar relações jurídicas diretamente com 
alguns administrados, sem submissão a procedimento de seleção público, 
desde que haja previsão legal para tanto. 
 e) que impõe presunção de legitimidade e veracidade aos atos praticados pela 
Administração pública não admite revisão administrativa, somente 
questionamento judicial, cabendo ao administrado o ônus da prova em 
contrário. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra D. Faz a correta menção aos princípios, que 
devem ser obedecidos por toda a Administração. Por fim, se refere à 
possibilidade de relações jurídicas entre Administração e administrados, por 
meio dos procedimentos que forem determinados em leis. Cite-se como 
principais exemplos as licitações e os concursos. 
A alternativa A é incorreta. Primeiramente o poder de tutela é exercido sobre 
os resultados apresentados pelos entes da administração indireta, portanto 
trata-se de controle finalístico. Ele não se confunde com o poder 
disciplinar, aquele por meio do qual a Administração sanciona pessoas que a 
ela estejam vinculadas, ainda que temporariamente. 
A alternativa B é incorreta, pois os atos de natureza originária lá citados tem 
permissivo, constitucional, não se apoiando nos princípios citados (CF/88, 
artigo 84, VI). 
A alternativa C é incorreta, pois a Administração está sujeita ao princípio da 
legalidade estrita, devendo todo e qualquer ato seu estar pautado em lei. 
A alternativa E está incorreta. De fato caberá a prova àquele que procura 
atacar a veracidade ou legitimidade do ato administrativo. No entanto, é 
possível a revisão do ato administrativo pela Administração, conforme 
consolidada jurisprudência nacional. 
Gabarito 10. D. 
 
11. (FCC / Juiz do Trabalho / TRT/2016) 
Considerando as afirmações abaixo, assinale a alternativa CORRETA: 
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I. A Constituição Federal elenca, em rol exaustivo, os princípios regentes 
da Administração Pública. 
II. Como expressão da supremacia do interesse público sobre o privado, 
a Administração Pública pode constituir terceiros em obrigações a partir de 
atos unilaterais. 
III. Como corolário do princípio da legalidade, a atividade administrativa 
consiste na produção de decisões e comportamentos que, na formação 
escalonada do Direito, agregam níveis maiores de concreção ao que já se 
contém abstratamente nas leis. 
IV. O princípio da legalidade pode sofrer restrições, como ocorre no estado de 
defesa e de sítio. 
a) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas. 
b) Somente as afirmativas I, II e IV estão corretas. 
c) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas. 
d) Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
Comentários.A alternativa correta é a letra C. 
A assertiva I é incorreta. Parte majoritária da doutrina entende que o rol 
não é exaustivo, podendo existir outros princípios e subprincípios 
implícitos. Há o entendimento de que os Estados e Municípios, por ocasião da 
organização de suas respectivas administrações, podem criar outros princípios, 
desde que atendam aos que já existem no artigo 37 da Constituição Federal. 
A assertiva II é correta. A supremacia do interesse público é o princípio 
que orienta que o interesse público será tratado com superioridade em 
relação aos demais. Como exemplo de constituição unilateral de obrigação, 
podemos citar a multa de trânsito. Obviamente deve haver previsão legal para 
que a administração constitua obrigações de forma unilateral. 
 A assertiva III é correta. Vamos colocar em palavras mais simples o que lá foi 
afirmado. De acordo com o artigo 37, da CF/88, já sabemos que a legalidade é 
um princípio da administração. Portanto sua atuação será nela pautada. 
Ocorre que as leis, quando entram em vigor, trazem conteúdos legislativos 
abstratos, muitas vezes sem aplicação prática. A administração pública, por 
meio de seus atos e normas, vai tornar concreto (agregação de concreção) o 
que foi abstratamente previsto pelas leis. 
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A assertiva IV é correta. Faz menção ao disposto nos artigos 136 a 139 da 
Constituição Federal, estados de sítio e de defesa. De fato, situação em que o 
princípio da legalidade sofrerá restrições. Outra hipótese está prevista no 
artigo 62: 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá 
adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de 
imediato ao Congresso Nacional. 
(...) 
Gabarito 11. C. 
 
12. (FCC / Administrador / DPE-SP / 2015) 
Considere a seguinte situação hipotética. 
Em uma manifestação popular pacífica, centenas de policiais militares 
dispararam bombas de gás e balas de borracha por horas ininterruptas contra 
os manifestantes que reivindicavam direitos trabalhistas ao governo. Por 
considerar exagerada a reação dos policiais, que deixou centenas de feridos, o 
Ministério Público sustenta que os agentes públicos responsáveis pela 
operação violaram princípios da Administração pública, em especial o princípio 
da 
 a) especialidade, uma vez que o excesso de violência dos policiais anula os 
objetivos de sua função, de garantir a ordem. 
 b) segurança jurídica, porque a ação dos policiais colocou em risco a vida dos 
manifestantes, afetando a ordem social. 
 c) proporcionabilidade, pois os policiais utilizaram medidas de intensidade 
superior à estritamente necessária à situação. 
 d) impessoalidade, já que os policiais promoveram tratamento diferenciado, 
atingindo somente parte dos manifestantes. 
 e) eficiência, em razão dos resultados da repressão policial acarretarem ônus 
financeiros para a Administração pública. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra C. No enunciado, o examinador deixa claro que 
houve um uso desproporcional da força. Um termo interessante para que 
possamos entender a correta direção da questão é “considerar exagerada a 
reação dos policiais”. Portanto, o princípio que foi mais claramente violado 
certamente é o da proporcionalidade, uma vez que os policiais, em que pese 
estarem no cumprimento do seu dever e, em tese, fazendo uso dos recursos 
corretos, o fizeram de maneira exagerada e desproporcional à situação que 
se apresentava. 
Gabarito 12. C. 
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13. (FCC / Técnico Judiciário / TRE-RR / 2015) 
O Supremo Tribunal Federal, ao julgar ação direta de inconstitucionalidade, 
concedeu medida cautelar para suspender a eficácia de lei estadual de 
incentivo a pilotos de automobilismo sob o fundamento de que a citada lei 
singulariza de tal modo os beneficiários que apenas uma única pessoa se 
beneficiaria com mais de 75% dos valores destinados ao programa de 
incentivo fiscal, o que afronta, em tese, um dos princípios básicos da 
Administração pública. Trata-se do princípio da 
 a) impessoalidade. 
 b) eficácia. 
 c) publicidade. 
 d) legalidade. 
 e) supremacia do interesse privado. 
Comentários. 
A resposta correta é a letra A. A presente questão nos remete à Ação Direta 
de Inconstitucionalidade 4259. Nela foi alegado pela Suprema Corte que os 
requisitos para a obtenção do benefício seriam atentatórios ao mencionado 
princípio, por permitir obtenção discrepante entre os beneficiados. 
Note que o trecho “a citada lei singulariza de tal modo os beneficiários que 
apenas uma única pessoa se beneficiaria com mais de 75% dos valores 
destinados ao programa de incentivo fiscal” evidencia foi criado um critério 
que traria notável diferença de fruição do benefício, tendo como consequência 
a falta de impessoalidade no ato. 
Os princípios citados nas demais alternativas não se encaixam no que fora 
descrito pelo examinador no enunciado. 
Gabarito 13. A. 
 
14. (FCC / Técnico Judiciário / TRT3 / 2015) 
O Supremo Tribunal Federal, em importante julgamento, ocorrido no ano de 
2001, entendeu não caber ao Banco “X” negar, ao Ministério Público, 
informações sobre nomes de beneficiários de empréstimos concedidos pela 
instituição, com recursos subsidiados pelo erário federal, sob invocação do 
sigilo bancário, em se tratando de requisição de informações e documentos 
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para instruir procedimento administrativo instaurado em defesa do patrimônio 
público. Trata-se de observância ao princípio da 
 a) impessoalidade. 
 b) proporcionalidade. 
 c) publicidade. 
 d) motivação. 
 e) supremacia do interesse privado. 
Comentários. 
A presente questão é respondida corretamente pela alternativa C. O enunciado 
nos remete ao julgado do STF referente ao MS 21.729-DF, quando a maioria 
dos Ministros da Suprema Corte decidira que, uma vez que o empréstimo em 
questão tinha ocorrido com dinheiro público, não caberia alegação de sigilo 
bancário e direito à privacidade, pois o fato estaria sob a égide do princípio 
da publicidade. 
Gabarito 14. C. 
 
15. (FCC / Analista Judiciário / TRT4 / 2015) 
A atuação da Administração pública é informada por princípios, alguns 
inclusive com previsão constitucional expressa, que se alternam em graus de 
relevância de acordo com o caso concreto em análise. Do mesmo modo, a 
aplicação dos princípios na casuística pode se expressar de diversas formas e 
em variados momentos, ou seja, não há necessariamente idêntica 
manifestação da influência dos mesmos nas diferentes situações e atividades 
administrativas. Dessa forma, 
a) à exceção do princípio da publicidade, que se expressa pela divulgação dos 
atos finais praticados, os demais princípios dependem de análise do caso 
concreto, para que se possa verificar se foram adequadamente observados. 
b) o princípio da supremacia do interesse público pode ser considerado 
materialmente superior aos demais, pois para esses é parâmetro de aplicação, 
na medida em que a solução mais adequada é sempre aquela que o privilegia. 
c) enquanto o princípio da eficiência se aplica no curso dos processos e 
atividades desenvolvidos pela Administração, os demais princípios destinam-se 
ao resultado e aos destinatários finais, não tendo aplicabilidade antes disso. 
d) o princípio da publicidade não incide apenas para orientar a divulgação e a 
transparência dos atos finais, mas também permite aos administrados 
conhecer documentos e ter informações ao longo do processo de tomada dedecisão. 
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e) o princípio da eficiência é aplicado em conjunto com o princípio da 
supremacia do interesse público, podendo excepcionar o princípio da 
indisponibilidade do interesse público sempre que represente solução mais 
benéfica para a gestão administrativa e o atingimento de resultados em favor 
dos administrados. 
Comentários. 
A alternativa correta, letra D, nos traz afirmativa sobre o princípio da 
publicidade, pautado no inciso XXXIII da Constituição: 
XXXIII - Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu 
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no 
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo 
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 
Ainda sobre a alternativa correta, a permissão do acesso à informação só no 
final do processo, além de não estar prevista no inciso transcrito, seria 
potencialmente prejudicial aos envolvidos. 
O erro da alternativa A é justamente o que acabamos de abordar. A 
publicidade deverá ser aplicada durante todo o processo de tomada de 
decisão. Obviamente, quando o interesse público não exigir 
comportamento diverso. 
A alternativa B erra ao afirmar que o princípio da supremacia pública deve ser 
tratado com superioridade aos demais. Na verdade, os princípios devem ser 
analisados conjuntamente de acordo com o caso concreto. Ademais, 
pode haver situações em que a decisão leve beneficie também o interesse 
particular. Por exemplo, uma concessão. 
A alternativa C é completamente equivocada. Os princípios devem ser 
levados em conta pela administração pública durante todos os seus 
atos. Obviamente, de acordo com o caso concreto, poderá haver a maior 
aplicação de um em relação ao outro eventualmente. 
 
Em relação à alternativa E, conforme já dito anteriormente, os princípios 
devem ser aplicados conjuntamente. 
Gabarito 15. D. 
 
16. (FCC / Analista Judiciário / TRE-RR / 2015) 
O Supremo Tribunal Federal, em importante julgamento ocorrido no ano de 
2011, julgou inconstitucional lei que vedava a realização de processo seletivo 
para o recrutamento de estagiários por órgãos e entidades do Poder Público do 
Distrito Federal. O aludido julgamento consolidou fiel observância, dentre 
outros, ao princípio da 
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a) motivação. 
b) impessoalidade. 
c) segurança jurídica. 
d) publicidade. 
e) presunção de legitimidade 
Comentários. 
Quando a questão for a respeito dos princípios da administração pública e 
mencionar concursos ou processo licitatório, há uma grande possibilidade de a 
resposta, como na presente questão, apontar o princípio da impessoalidade. O 
concurso e o procedimento licitatório têm como objetivo aplicar critérios 
objetivos a quem vai prestar serviço ou trabalhar para o Estado, portanto há 
íntima ligação com o princípio da impessoalidade. Resposta, alternativa B. 
Gabarito 16. B. 
 
17. (FCC / Agente Legislativo / AL-PE / 2014) 
Acerca da Administração pública brasileira, é correto afirmar que 
 a) o Banco Central do Brasil, ao exercer atividade regulatória em todo o 
território nacional sobre instituições financeiras, é exemplo de 
descentralizacão administrativa. 
 b) compreende tanto Secretarias e Ministérios, quanto fundações públicas, 
autarquias e empresas estatais, todos eles dotados de personalidade jurídica 
própria, mas os dois primeiros desprovidos de autonomia administrativa. 
 c) sob o aspecto formal, refere-se ao conjunto de funções administrativas 
exercidas precipuamente pelo Poder Executivo com vistas a satisfazer as 
necessidades coletivas sentidas no plano concreto. 
 d) seus órgãos e entidades submetem-se a um mesmo regime jurídico, de 
direito público e derrogatório do direito comum, e a jurisdição administrativa 
independente. 
 e) seus órgãos e entidades, por expressa disposição constitucional, são 
isentos do pagamento de tributos e submetem-se ao regime de precatórios. 
Comentários. 
A alternativa A é correta. O Banco Central do Brasil é entidade da 
Administração Pública Indireta. Uma vez que a natureza de sua atividade é 
fiscalizatória, nada mais natural do que sua constituição sob a forma de 
autarquia. Ainda, trata-se de descentralização, pois há a criação de uma 
entidade que passará a exercer as competências determinadas em lei. 
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A alternativa B é incorreta, pois secretarias e ministérios são órgãos 
integrantes da administração direta, não possuindo personalidade jurídica 
própria. 
A alternativa C é incorreta, pois em sentido formal estaremos nos referindo 
aos órgãos e agentes que exercem a atividade pública. 
A alternativa D é incorreta. Inicialmente, há várias situações em que o Estado 
atua sob o regime jurídico de direito privado, não público. Pode-se citar como 
exemplo uma sociedade de economia mista exploradora de atividade 
econômica. Por fim, na CF/88 é prevista a inafastabilidade de jurisdição, não 
podendo quando lesão ou ameação de lesão a direito ser afastada da 
apreciação do Poder Judiciário, não havendo, portanto, jurisdição 
administrativa independente. 
A alternativa E traz uma casca de banana. A imunidade na verdade é para os 
impostos, não todos os tributos (gênero: tributo / espécie: imposto). 
Gabarito 17. A. 
 
18. (FCC - TCE-PI/2014) 
Uma determinada empresa pública ao rescindir unilateralmente o contrato de 
trabalho com um de seus empregados públicos assim o fez sem indicar 
qualquer fundamento de fato e de direito para sua decisão. O ato em questão 
evidencia violação ao princípio administrativo 
a) do controle. 
b) da eficiência. 
c) da publicidade. 
d) da presunção de legitimidade. 
e) da motivação. 
Comentários. 
Obviamente a empresa errou, pois não motivou seus atos. 
Gabarito 18. E. 
 
19. (FCC - TRT2 – Judiciária - Oficial de Justiça Avaliador 
Federal/2014) 
O princípio da supremacia do interesse público informa a atuação da 
Administração pública 
a) subsidiariamente, se não houver lei disciplinando a matéria em questão, 
pois não se presta a orientar atividade interpretativa das normas jurídicas. 
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b) alternativamente, tendo em vista que somente tem lugar quando não 
acudirem outros princípios expressos. 
c) de forma prevalente, posto que tem hierarquia superior aos demais 
princípios. 
d) de forma ampla e abrangente, na medida em que também orienta o 
legislador na elaboração da lei, devendo ser observado no momento da 
aplicação dos atos normativos. 
e) de forma absoluta diante das lacunas legislativas, tendo em vista que o 
interesse público sempre pretere o interesse privado, prescindindo da análise 
de outros princípios. 
Comentários. 
Questão interessante da FCC. Não há hierarquia entre os princípios (letras a, 
b, c e e incorretas). O princípio da supremacia do interesse público é um dos 
princípios que formam o regime jurídico administrativo (o outro é a 
indisponibilidade do interesse público) e tem ampla aplicação em toda APU. 
Gabarito 19. D. 
 
20. (FCC - TJ TRT19 - Administrativa - 2014) 
Roberto, empresário, ingressou com representação dirigida ao órgão 
competente da Administração pública, requerendo a apuração e posterior 
adoção de providências cabíveis, tendo em vista ilicitudes praticadas por 
determinado servidor público, causadorasde graves danos não só ao erário 
como ao próprio autor da representação. A Administração pública recebeu a 
representação, instaurou o respectivo processo administrativo, porém, 
impediu que Roberto tivesse acesso aos autos, privando-o de ter ciência das 
medidas adotadas, sendo que o caso não se enquadra em nenhuma das 
hipóteses de sigilo previstas em lei. O princípio da Administração pública 
afrontado é a 
a) publicidade. 
b) eficiência. 
c) isonomia. 
d) razoabilidade. 
e) improbidade. 
Comentários. 
Claramente o princípio prejudicado foi o da publicidade, por ter mantido em 
sigilo um processo que não requeria tal medida. 
Gabarito 20. A. 
 
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21. (FCC - Ass Jur - TCE-PI/2014) 
A Administração pública se sujeita a princípios na execução de suas funções, 
expressamente consagrados na Constituição Federal ou implícitos no 
ordenamento jurídico. Dessa realidade se pode depreender que 
a) a violação aos princípios que regem a atuação da Administração pública dá 
lugar a tutela judicial dos interesses em questão, desde que também tenha 
havido infração à legislação vigente. 
b) os princípios expressos na Constituição Federal são hierarquicamente 
superiores aos demais princípios gerais de direito, ainda que previstos na 
legislação setorial, posto que estes possuem natureza apenas opinativa para a 
atuação da Administração pública. 
c) a violação a algum dos princípios constitucionais permite a tutela judicial 
para que sejam conformados ou anulados os atos da Administração pública. 
d) somente os princípios expressos na Constituição Federal possuem 
coercibilidade para conformar a Administração pública ao atendimento de seu 
conteúdo. 
e) os princípios previstos na legislação infraconstitucional são regras 
desprovidas de sanção pelo seu descumprimento, de modo que sua violação 
não se consubstancia em ilegalidade. 
Comentários: 
a) Falso. Não é necessária a infração à legislação vigente para a atuação do 
Judiciário. A mera afronta aos princípios da APU já pode justificar a atuação do 
Poder Judiciário. 
b) Falso. Não há hierarquia entre os princípios. 
c) Verdadeiro. 
d) Falso. Não há previsão para tal, tanto na legislação quanto na doutrina. 
e) Falso. A violação dos princípios pode sim ensejar sanções. 
Gabarito 21. C. 
 
22. (FCC - TJ TRT16 - Administrativa/2014) 
Em julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal, a Corte Suprema 
firmou entendimento no sentido de que assessor de Juiz ou de Desembargador 
tem incompatibilidade para o exercício da advocacia. Ao fundamentar sua 
decisão, a Corte explanou que tal incompatibilidade assenta-se, sobretudo, em 
um dos princípios básicos que regem a atuação administrativa. Trata-se do 
princípio da 
a) supremacia do interesse privado. 
b) publicidade. 
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c) proporcionalidade. 
d) moralidade. 
e) presunção de veracidade. 
Comentários. 
A função de assessor de juiz apresenta incompatibilidade com a advocacia, 
pois pode ocorrer um conflito de interesses. 
Gabarito 22. D. 
 
23. (FCC - TRT16 - Judiciária - Oficial de Justiça Avaliador 
Federal/2014) 
O Diretor Jurídico de uma autarquia estadual nomeou sua companheira, 
Cláudia, para o exercício de cargo em comissão na mesma entidade. O 
Presidente da autarquia, ao descobrir o episódio, determinou a imediata 
demissão de Cláudia, sob pena de caracterizar grave violação a um dos 
princípios básicos da Administração pública. Trata-se do princípio da 
a) presunção de legitimidade. 
b) publicidade. 
c) motivação. 
d) supremacia do interesse privado sobre o público. 
e) impessoalidade. 
Comentários. 
A nomeação de um parente como Diretor Jurídico da autarquia violou o 
princípio da impessoalidade, pois houve a pratica de nepotismo. 
Gabarito 23. E. 
 
24. (FCC - TRT18 – 2014) 
Acerca dos princípios da Administração pública, é correto afirmar: 
a) O princípio da boa-fé não vigora no Direito Administrativo, eis que é 
atinente ao relacionamento entre sujeitos movidos pela autonomia da vontade 
e a ele se contrapõe o princípio da impessoalidade, que impera nas relações 
jurídico-administrativas. 
b) Os princípios do Direito Administrativo são mandamentos de otimização; 
portanto, sua aplicação só é possível quando deles decorrerem consequências 
favoráveis ao administrado. 
c) No tocante ao princípio da motivação, admite-se, excepcionalmente, a 
convalidação do ato imotivado, por meio da explicação a posteriori dos 
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motivos que levaram à sua prática, desde que tal vício não acarrete lesão ao 
interesse público nem prejuízo a terceiros. 
d) Por força do princípio da legalidade, atos praticados de forma inválida 
devem ser anulados, independentemente das consequências decorrentes da 
anulação. 
e) Sendo a lei um mandamento moral e visto que, no âmbito da Administração 
pública, só é permitido aos agentes públicos atuarem nos estritos limites da 
lei, para atender à moralidade administrativa basta que o agente observe 
fielmente os mandamentos legais. 
Comentários. 
Vamos avaliar cada item 
a) Falso. Como vimos, o princípio da boa-fé existe no direito administrativo. 
b) Falso. Os princípios são aplicáveis independente de resultarem em 
consequencias favoráveis ou desfavoráveis. 
c) Veradeiro. O ato administrativo que não tiver sido motivado pode ser 
convalidado posteriormente. 
d) Falso. Pelo princípio da boa-fé, se o administrado não agir de forma dolosa, 
ele não pode ser prejudicado por ter confiado nos atos da APU. Esse 
“independente das consequências” deixa a assertiva incorreta. 
e) Falso. A moralidade é um conceito mais amplo que a legalidade 
Gabarito 24. C. 
 
25. (FCC / Analista de Controle Externo / 2014) 
Um dos princípios básicos da Administração pública, além de consagrado 
explicitamente na Constituição Federal, quando trata dos princípios que 
norteiam a atuação administrativa, também consta implicitamente ao longo do 
texto constitucional, como por exemplo, quando a Carta Magna exige que o 
ingresso em cargo, função ou emprego público dependerá de concurso público, 
exatamente para que todos possam disputar-lhes o acesso em plena 
igualdade. Do mesmo modo, ao estabelecer que os contratos com a 
Administração direta e indireta dependerão de licitação pública que assegure 
igualdade de todos os concorrentes. 
Trata-se do princípio da 
a) proporcionalidade. 
b) publicidade. 
c) eficiência. 
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d) motivação. 
e) impessoalidade. 
Comentários. 
A impessoalidade tem como objetivo a igualdade no trato da administração 
pública com os integrantes da sociedade. Note que o examinador citou 
“igualdade” duas vezes durante o enunciado da questão. Em verdade, os 
procedimentos licitatório e concurso público têm como objetivo selecionar 
pessoas, físicas ou jurídicas, da forma mais objetiva possível, atendendo ao 
interesse público. Portanto, resposta alternativa E. 
Gabarito 25. E. 
 
26. (FCC / Analista Judiciário / TRT2 / 2014) 
O princípio da supremacia do interesse público informa a atuação da 
Administração pública. 
a) de forma absoluta diante das lacunas legislativas, tendo em vista que o 
interesse público sempre pretere o interesse privado, prescindindo da análise 
de outros princípios. 
b) subsidiariamente, se não houver lei disciplinando a matéria em questão,pois não se presta a orientar atividade interpretativa das normas jurídicas. 
c) alternativamente, tendo em vista que somente tem lugar quando não 
acudirem outros princípios expressos. 
d) de forma prevalente, posto que tem hierarquia superior aos demais 
princípios. 
e) de forma ampla e abrangente, na medida em que também orienta o 
legislador na elaboração da lei, devendo ser observado no momento da 
aplicação dos atos normativos. 
Comentários. 
Vamos à análise da resposta correta, letra E. O regime jurídico-
administrativo tem dois pilares: a supremacia do interesse público e a 
indisponibilidade do interesse público. Todo e qualquer agente público 
deve pautar seus atos tendo por base esses pilares. Do contrário, como esses 
princípios seriam obedecidos por agentes públicos que estivem submetidos a 
lei ou normas que não fossem nesse sentido? Seria inviável. 
Sempre tome muito cuidado com afirmações muito incisivas, pois costumam 
esconder “cascas de banana”. Na alternativa A o examinador confere uma 
força absoluta para a supremacia do interesse público. Inclusive frente a 
“lacunas legislativas”. A atuação do agente público é vinculada. Ele age de 
acordo com o que a lei determina. A supremacia do interesse público não 
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permite que a administração preencha eventuais lacunas legislativas. 
Outro erro é quando afirma que sempre pretere. De fato, pautada nesse 
princípio, a administração irá atuar com superioridade em relação aos demais 
interesses da sociedade, porém a análise de qual interesse será preterido será 
caso a caso. O último erro é a afirmação de que é desnecessária a análise de 
outros princípios. Em Direito, nenhum princípio é absoluto e sempre 
deverá ser analisado em relação aos demais e em atenção ao caso 
concreto. 
Na letra B, o termo subsidiariamente é incorreto. A supremacia do interesse 
público não é acessória. Ela informa toda e qualquer atuação da 
administração pública. Em seguida, persistindo no erro, o examinador 
condiciona a aplicação do princípio em comento à ausência de legislação. Por 
fim, completa dizendo que esse princípio não se presta a orientar a 
interpretação da norma jurídica. Obviamente trata-se de novo erro, pois, em 
casos de dúvida interpretativa, a obediência ao princípio serve para 
garantir que a interpretação será no sentido que garanta à sociedade 
o efeito jurídico que o diploma normativo em questão pretende. 
A alternativa C está incorreta, pois a aplicação do princípio ora abordado é, 
como descrito na alternativa correta, ampla e abrangente, não estando 
condicionada à não aplicação de outros princípios, em que pese a 
interpretação conjunta e harmônica com eles, conforme citado anteriormente. 
Na alternativa D, em que pese a importância do princípio ora analisado, não 
haverá prevalência em relação a outros. Conforme já dito, a interpretação 
deve ser harmônica, levando em conta outros princípios eventualmente 
aplicáveis ao caso concreto. 
Gabarito 26. E. 
 
27. (FCC / Técnico Judiciário / TJ-AP / 2014) 
O Supremo Tribunal Federal editou o enunciado sumular segundo o qual a 
Administração pública pode declarar a nulidade de seus próprios atos. Referido 
enunciado sumular diz respeito ao princípio ou poder de autotutela. Quanto a 
esse princípio, é correto afirmar que a Administração pública pode 
a) declarar a nulidade de seus próprios atos, no entanto, somente o judiciário 
pode revogar os atos administrativos, em razão do princípio da 
inafastabilidade da jurisdição. 
b) revogar os atos eivados de vícios insanáveis e anular os atos inoportunos e 
inconvenientes, desde que, nesse último caso, não sejam atingidos terceiros 
de boa-fé. 
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c) anular ou declarar a nulidade dos atos ilegais e revogar os atos inoportunos 
e inconvenientes, mesmo quando atingidos terceiros de boa-fé, isso em razão 
do princípio da eficiência. 
d) anular ou declarar a nulidade dos atos ilegais e revogar os atos inoportunos 
e inconvenientes, de forma motivada e respeitados os limites à anulação e à 
revogação. 
e) anular ou declarar a nulidade dos atos ilegais e revogar os atos inoportunos 
e inconvenientes contudo, no primeiro caso, somente pode agir por 
provocação, tendo em vista o princípio da inércia. 
Comentários. 
A alternativa correta é a D, conforme Súmula 346 do STF: 
A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. 
Ademais, o poder revogar e anular seus atos pauta-se no princípio da 
autotutela, conforme afirmado no enunciado. 
A letra A é incorreta, pois, em que pese a existência do princípio da 
inafastabilidade da jurisdição, a Administração pode anular seus atos, 
conforme súmula reproduzida. 
A alternativa B é incorreta, pois inverte os conceitos de revogação e anulação. 
A alternativa C é incorreta, pois deverão ser resguardados os direitos de 
terceiros de boa-fé. 
Lei 9.784/99. 
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de 
vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. 
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que 
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, 
contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. 
A alternativa E é incorreta, pois quem deve ser provocado para se pronunciar 
sobre atos administrativos é o Poder Judiciário. A Administração tem o poder-
dever de fazê-lo. 
Gabarito 27. D. 
 
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28. (FCC / Auditor Fiscal / Prefeitura de São Paulo / 2012) 
Para impedir a imoralidade de um ato administrativo que se esconde sob a 
aparência de legalidade, deve-se 
a) identificar se o ato administrativo deriva de comportamento discricionário 
por parte do agente público. 
b) detalhar os critérios formais de controle da legalidade dos atos 
administrativos. 
c) aperfeiçoar os instrumentos de controle dos fluxos de comunicação entre os 
servidores do órgão. 
d) analisar se o motivo e o objeto da ação são compatíveis com o interesse 
público específico identificado. 
e) investir em políticas de remuneração vinculadas ao desempenho dos 
servidores. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra D. O motivo são os fundamentos de fato e de 
direito do ato, enquanto o objeto é a modificação no mundo jurídico que ele 
provoca. A imoralidade, que podemos interpretar também como 
desonestidade, ocorreria, por exemplo, quando um chefe muda de função um 
desafeto seu, tendo o ato obedecido a todos os comandos legais. Veja que, o 
fato de o ato estar conforme a lei não impede que ele seja imoral, uma vez 
que o chefe, no nosso exemplo, mudou seu desafeto de função por motivo que 
não está previsto em lei, mas revestiu o ato de legalidade. 
Gabarito 28. D. 
 
29. (FCC / Auditor Fiscal / Prefeitura de São Paulo / 2012) 
Para impedir a imoralidade de um ato administrativo que se esconde sob a 
aparência de legalidade, deve-se 
 a) identificar se o ato administrativo deriva de comportamento discricionário 
por parte do agente público. 
 b) detalhar os critérios formais de controle da legalidade dos atos 
administrativos. 
 c) aperfeiçoar os instrumentos de controle dos fluxos de comunicação entre 
os servidores do órgão. 
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 d) analisar se o motivoe o objeto da ação são compatíveis com o interesse 
público específico identificado. 
 e) investir em políticas de remuneração vinculadas ao desempenho dos 
servidores. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra D. O motivo são os fundamentos de fato e de 
direito do ato, enquanto o objeto é a modificação no mundo jurídico que ele 
provoca. A imoralidade, que podemos interpretar também como 
desonestidade, ocorreria, por exemplo, quando um chefe muda de função um 
desafeto seu, tendo o ato obedecido a todos os comandos legais. Veja que, o 
fato de o ato estar conforme a lei não impede que ele seja imoral, uma vez 
que o chefe, no nosso exemplo, mudou seu desafeto de função por motivo que 
não está previsto em lei, mas revestiu o ato de legalidade. 
Gabarito 29. D. 
 
30. (FCC / Analista Judiciário / TRE-SP / 2012) 
De acordo com a Constituição Federal, constituem princípios aplicáveis à 
Administração Pública os da legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência. Tais princípios aplicam-se às entidades 
 a) de direito público, excluídas as empresas públicas e sociedades de 
economia mista que atuam em regime de competição no mercado. 
 b) de direito público e privado, exceto o princípio da eficiência que é dirigido 
às entidades da Administração indireta que atuam em regime de competição 
no mercado. 
 c) integrantes da Administração Pública direta e indireta e às entidades 
privadas que recebam recursos ou subvenção pública. 
 d) integrantes da Administração Pública direta e indireta, independentemente 
da natureza pública ou privada da entidade. 
 e) públicas ou privadas, prestadoras de serviço público, ainda que não 
integrantes da Administração Pública. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra D. A questão nos cobra o conhecimento 
presente no caput do artigo 37 da CF/88. 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência 
e, também, ao seguinte: 
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Gabarito 30. D. 
 
31. (FCC / Técnico Judiciário / TRT22 / 2010) 
O princípio da administração pública que tem por fundamento que qualquer 
atividade de gestão pública deve ser dirigida a todos os cidadãos, sem a 
determinação de pessoa ou discriminação de qualquer natureza, denomina-se 
a) Eficiência. 
b) Moralidade. 
c) Legalidade. 
d) Finalidade. 
e) Impessoalidade. 
Comentários. 
A alternativa correta é a letra E. A questão nos cobra o significado sucinto do 
princípio da impessoalidade. 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência 
e, também, ao seguinte: 
(...) 
Gabarito 31. E. 
 
32. (FCC / Técnico Judiciário / TRE-RS / 2010) 
Dentre os princípios básicos da Administração, NÃO se inclui o da 
a) celeridade da duração do processo. 
b) impessoalidade. 
c) segurança jurídica. 
d) razoabilidade. 
e) proporcionalidade. 
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Comentários. 
A resposta correta é a alternativa A. Em que pese o enunciado um tanto 
quanto genérico da questão, podemos inferir como princípios básicos os 
presentes no artigo 37 da CF/88 e no artigo 2º da Lei 9.784/99, conforme 
abaixo transcrito. 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência 
e, também, ao seguinte: 
(...) 
Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da 
legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, 
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público 
e eficiência. 
(...) 
As demais opções trazem princípios que encontramos nos dispositivos 
transcritos. 
Atenção: há outros princípios explícitos (ex.: contraditório e ampla defesa) e 
implícitos (ex.: indisponibilidade do interesse público) que fogem ao 
comentário da presente questão. 
Gabarito 32. A. 
 
33. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/SEFAZ-SP/2009) 
Determinado agente público, realizando fiscalização, verifica tratar-se de caso 
de aplicação de multa administrativa. Tal agente, de ofício, lavra o auto 
respectivo. Considerando essa situação à luz de princípios que regem a 
Administração Pública, é correto afirmar que, em nome do princípio da 
a) autoexecutoriedade, tal multa pode ser exigida independentemente de 
defesa do autuado em processo administrativo. 
b) imperatividade, a cobrança dessa multa não depende de autorização 
judicial. 
c) indisponibilidade do interesse público, o julgador no processo administrativo 
não pode dar razão às alegações do particular. 
d) autotutela, a Administração pode anular a autuação, caso nela constate 
vícios quanto à legalidade. 
e) presunção de legalidade, a Administração só pode reconhecer a invalidade 
do auto ante prova produzida pelo particular. 
Comentários. 
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A alternativa correta é a letra D, pois o princípio da autotutela representa a 
possibilidade da Administração Pública avaliar se os atos por ela praticados 
são atos válidos e, caso contrário, proceder de ofício e sem necessidade de 
participação do judiciário na anulação desses atos. 
Demais alternativas: 
a) Incorreta. A autoexecutoriedade é um atributo dos atos administrativos que 
consiste em poder executar seus próprios atos, sem a necessidade de 
participação do poder judiciário. Este atributo, entretanto, não está presente 
em todos os atos administrativos . O exemplo clássico disso é a multa, que 
pode ser imposta pela Administração Pública, mas cuja cobrança forçada 
depende de ação judicial. 
b) Incorreta. O conceito de imperatividade está associado à capacidade que 
tem a Administração Pública de impor coercitivamente aos administrados os 
seus atos. É decorrência do poder extroverso do Estado de impor obrigações e 
restrições aos cidadãos ou entidades, com base nos princípios da supremacia 
do interesse público e da indisponibilidade do interesse público. 
c) Incorreta. princípio da indisponibilidade do interesse público, devemos 
entender que nenhum ente político, entidade administrativa, órgão ou agente 
público pode abrir mão de um bem da sociedade sem que isso esteja 
devidamente regulado por lei. Este princípio nos traz a ideia de que o interesse 
público não está à disposição do administrador ou de qualquer outra pessoa. 
d) Gabarito. 
e) Incorreta. A presunção de legitimidade ou legalidade trata-se de um 
atributo do ato administrativo. Está ligada à presunção relativa de que gozam 
todos os atos administrativos. De acordo com este atributo, os atos 
administrativos, a princípio, foram praticados de acordo com a lei, sendo, 
portanto, legítimos. 
Gabarito 33. D. 
 
34. (FCC / Técnico do Ministério Público / MPE-SE / 2009) 
A Constituição determina expressamente que são princípios da Administração 
Pública: 
a) publicidade, moralidade e eficiência. 
b) impessoalidade, moralidade e imperatividade. 
c) hierarquia, moralidade e legalidade. 
d) legalidade, impessoalidade e auto-executoriedade. 
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