Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Resumo Artigo: "Treinamento dos músculos do assoalho pélvico, risco de quedas e incontinência urinária de urgência em mulheres idosas. O artigo foi publicado em julho de 2021. Introdução ● Mulheres com IU possuem redução significativa de desempenho nas atividades de vida diária (AVDs) em comparação com mulheres sem IU. A diminuição da mobilidade e capacidades de dupla tarefa também foram identificadas, que levam a um maior risco de quedas. Isso significa que as mulheres com incontinência urinária têm um risco maior de quedas. ● O objetivo principal do trabalho foi avaliar o efeito do treinamento físico e do treinamento dos músculos do assoalho pélvico combinado com duplas tarefas (PFMT-DT) em mulheres idosas com incontinência urinária de urgência (IUU). O objetivo secundário do trabalho foi avaliar o impacto das intervenções no equilíbrio estático e dinâmico, risco de quedas e medo de cair. Metodologia ● A amostra da pesquisa foi composta por 88 idosas com IUU, com idade média de 75 ± 4,3 anos. A amostra foi dividida em em dois grupos: os grupos experimental (n = 40) e controle (n = 40), usando o Microsoft Office Excel 2010 para obter a homogeneidade dos grupos. ● A coleta de dados foi realizada por meio de questionários e testes antes da intervenção e 12 semanas após a intervenção. Os responsáveis pela pesquisa realizaram avaliação do nível depressivo das participantes, por meio da escala de depressão geriatrica, avaliação de funções cognitivas por meio do mini exame do estado mental e avaliação de equilíbrio pelo timed up and go test (TUG). Foi aplicado o teste de Poma para avaliar o equilíbrio e a marcha e o medo de quedas das participantes foi avaliado por meio do Falls Efficacy Scale e o índice de barthel foi utilizado para avaliar o desempenho nas atividades diárias. Também foi realizada a avaliação da incontinência urinária das participantes por meio do questionário de Consulta Internacional sobre Incontinência (ICIQ-UI SF), pelo diário de Micção modificado e o pelo questionário de Bexiga Hiperativa (OAB-q). ● A duração da intervenção foi de 12 semanas. Ambos os grupos realizaram treinamento físico três vezes por semana durante 30 minutos. Além disso, o grupo experimental recebeu treinamento dos músculos do assoalho pélvico em diferentes posições e com tarefas cognitivas duplas duas vezes por semana durante 30 minutos. Resultados ● Ambos os grupos foram homogêneos em relação aos termos do pré-tratamento. Foi verificado que as participantes apresentaram um bom nível de função cognitiva, o índice de barthel confirmou um leve grau de dependência das participantes e o risco de quedas em ambos os grupos foi moderado de acordo com o POMA. O GDS demonstrou sintomas leves de depressão. ● Após o tratamento, foi possível observar diferenças significativas a favor do grupo experimental em relação à frequência diurna miccional, na frequência miccional noturna, no número de episódios de urgência no período de 24 h, no número menor de episódios de incontinência urinária de urgência em 24 h, menor pontuação no questionário resumido de incontinência (o que significa que as participantes perderam menos urina), menor pontuação no domínio da gravidade dos sintomas e maior pontuação no domínio relacionado à qualidade de vida no questionário de bexiga hiperativa, bem como melhora no equilíbrio e marcha e na avaliação do risco de queda. ● Em relação ao medo de quedas, diferenças significativas foram observadas a favor do grupo experimental e nenhuma diferença significativa foi observada após o tratamento em relação ao escore no TUG e o TUG-DT. Com relação ao índice de Barthel, não foi observado diferença significativa após o tratamento, mas os resultados foram melhores no grupo experimental. ● O TMAP associado à dupla tarefa melhorou significativamente os sintomas de perda de urina comparado ao TMAP isolado. Ao todo, 24 mulheres concluíram o estudo. ● Principais resultados: Redução nos sintomas de incontinência urinária, aumento da qualidade de vida, melhora na força muscular do assoalho pélvico e melhoria na coordenação. Limitações e pontos fortes ● Os autores mencionam como pontos fortes da pesquisa, uma amostra homogênea que foi incluída na pesquisa, a alta taxa de adesão e o uso do treinamento muscular do assoalho pélvico associado à dupla tarefa, um método simples que pode ser utilizado para melhorar os distúrbios de equilíbrio e controlar a perda de urina. Esse método poderia ter uso rotineiro em clínicas para o tratamento de mulheres idosas com problemas de incontinência urinária. ● Já a respeito da limitação do estudo, seria em relaçã ao efeito a longo prazo do treinamento que não foi avaliado. Outra limitação é que a avaliação de quedas foi realizada por métodos subjetivos e questionários. Conclusão ● O TMAP associado à dupla tarefa provou-se ser uma intervenção eficaz na melhora dos sintomas de bexiga hiperativa e incontinência urinária de urgência. Houve redução significativa do risco de quedas de acordo com o POMA em cerca de 21% em mulheres idosas com IU. Investigações futuras devem se concentrar em a diferença de efeito do TMAP isolado e do TMAP associado a dupla tarefa.
Compartilhar