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TEORIA DA DECISÃO ETEORIA DA DECISÃO E SIMULAÇÕES EMSIMULAÇÕES EM NEGÓCIOSNEGÓCIOS Me. Lissandro de Sousa Falkowiski IN IC IAR introdução Introdução Diariamente todos nós estamos sujeitos a tomar decisões, umas mais fáceis e outras mais complexas, porém, todas com sua importância tanto na vida pessoal quanto na pro�ssional. O dia a dia das organizações é repleto de decisões, em todos os níveis hierárquicos, e, por isso, é preciso ter conhecimento de como elas podem acontecer e também quais ferramentas estão disponíveis para o auxílio nesta tarefa. O conhecimento de ferramentas, tipos de decisão, suas fases e níveis é fundamental para sua carreira, independentemente da área de atuação que escolher, pois com certeza fará a diferença na busca da melhor alternativa possível que estará disponível a você. Vamos lá, em busca de mais conhecimento? Qual é sua decisão? Quantas decisões você já tomou hoje? Se ainda não parou para pensar nisso, reserve um minuto para re�etir e vai �car assustado com a quantidade. Desde o momento em que acordamos até a hora de dormir, foram inúmeras decisões tomadas, desde as mais simples, como levantar da cama no horário correto, até outras mais complexas, como fazer um investimento �nanceiro de alto risco. No mundo organizacional não é diferente, também são tomadas várias decisões diariamente, porém, as responsabilidades teoricamente são maiores pois envolvem processos, setores, organizações e vidas de várias outras pessoas que algumas vezes nem conhecemos, mas temos que lidar com isto. Hoje, podemos a�rmar que tanto as organizações quanto o cenário econômico em que estão inseridas se modi�cam constantemente e estão em evolução. Posto isso, é preciso que o administrador se mantenha em vigilância sobre os acontecimentos internos e externos à empresa, para que, caso necessário, consiga tomar uma decisão da melhor forma possível, dentre as alternativas que forem apresentadas. O gestor, ou tomador de decisão, precisa estar motivado a realizar previsões e controle de um vasto sistema correlacionado, visto que, quanto melhor for seu entendimento, melhor será sua decisão. Para que haja um gerenciamento e�caz nas empresas, um processo organizacional de grande relevância é chamado de processo decisório. Processo decisório é o poder de optar, em dada situação, pelo caminho mais adequado de uma empresa, em que ela Compreendendo oCompreendendo o Processo DecisórioProcesso Decisório nas Organizaçõesnas Organizações possa atingir um desempenho superior ao de seus concorrentes e se mantenha inovando e crescendo dentro do cenário no qual estiver inserido. Para Abramczuk (2009), Decisão é o efeito ou ato de decidir, escolher uma dentre várias outras alternativas de ação que se apresentam para atingir determinado propósito e, consequentemente, renunciar a todas as outras. Portanto, decisão é um processo que envolve – ao mesmo tempo – escolha e renúncia. O início de um processo decisório é dado pela identi�cação de alguma necessidade ou problema que, conjuntamente com um planejamento adequado, envolve a tomada de decisão de uma forma mais estruturada, ou de forma pragmática. Desde 1940 o estudo do processo decisório vem evoluindo, o que se deve principalmente ao conhecimento dos problemas aplicados, ao desenvolvimento de novas técnicas de administração e à absorção de procedimentos quantitativos vindos da matemática e também da pesquisa operacional. O pai da Teoria das Decisões foi Herbert Simon, que a usou para explicar o comportamento humano dentro das organizações. Em sua obra, O Comportamento Administrativo , escrita em 1970, Simon a�rma que a teoria comportamental proporcionou às organizações um sistema de decisão, em que cada pessoa participa de forma consciente, realizando a tomada de decisão de maneira racional a respeito de seu comportamento. reflita Re�ita Qual sua decisão pessoal ou pro�ssional mais difícil? Você pode contar com mais de uma alternativa para escolher? Herbert Simon (1916–2001) realizou o estudo da administração por meio da perspectiva do processo de tomar decisões e, segundo ele, a administração de um negócio é sinônimo de tomar decisões, em especial quando se trata de ações gerenciais. Foi com este ponto de vista que Simon isolou o aspecto de trabalho gerencial, aumentando assim seu campo de estudo. Segundo Simon, (1963), o processo decisório é constituído por três fases, sendo: 1. Prospecção: analisar um problema ou situação que requer uma solução. 2. Concepção: criar alternativas de solução para o problema ou situação. 3. Decisão: análise e escolha de uma das alternativas propostas. Ainda de acordo com Simon, o homem econômico está em busca da maximização dos ganhos por meio da racionalidade, que, por seu ponto de vista, é limitada e ine�ciente. Por ter esta visão é que Herbert Simon propôs outro modelo, o do homem administrador. Para o homem administrador, as decisões tendem a ser satisfatórias, ao contrário de serem maximizadas. Decisões satisfatórias são aquelas que devem atender a requisitos mínimos esperados, permitindo que os administradores sejam orientados pela regra de que qualquer decisão serve, desde que seja resolvido o problema. Para Simon (1997) apud Shimizu (2010), o processo decisório em uma organização é complexo porque: Uma decisão complexa é como um grande rio que traz de seus a�uentes as premissas incontáveis que constituem ou formam um processo de decisão (...) muitos indivíduos e unidades organizacionais contribuem em qualquer decisão importante e a questão da centralização ou descentralização é um problema de arranjar este sistema complexo em um esquema e�ciente. (SIMON, 1997 apud SHIMIZU, 2010, p.36). Posto isto, é importante ressaltar que as decisões não são exclusivas de cargos de gestão, mas sim de todos os níveis e setores da organização, pois todos estes devem saber tomar decisões de maneira efetiva. Como citado anteriormente, temos decisões simples e outras bem complexas. Para auxiliar na classi�cação destas situações, veremos um diagrama que mostra a correlação entre complexidade e incerteza, juntamente com os métodos correspondentes de apoio a tomada de decisões para situações práticas: Estes métodos apresentados são para o apoio à tomada de decisão, porém, eles não resolvem os problemas, apenas contribuem bastante com informações para que nós os consigamos resolver. Conforme Abramczuk, (2009), veremos agora cada um destes métodos: Determinístico: são os problemas de nula complexidade e também nula incerteza. A palavra determinística está atrelada ao determinismo, que é um princípio �losó�co segundo o qual os eventos estão ligados por relações de causalidade, excluindo o acaso e a indeterminação. Este método é utilizado quando os elementos da estrutura de um problema (constituintes da situação, relação entre os constituintes, elaboração das alternativas e veri�cação da solução) são todos conhecidos. Este método é usado, por exemplo, por engenheiros civis ao projetar uma construção, engenheiros mecânicos para projetar uma máquina, ou por um chefe de cozinha que elabora uma receita. Heurístico : este método é usado quando possuímos um alto grau de complexidade com uma incerteza nula. O método heurístico é o que guia um procedimento baseado na experiência e na observação, sendo metódico ou não, do qual resultarão alternativas satisfatórias para a resolução de um problema, porém, sem que haja uma comprovação de que todas as possíveis alternativas foram levantadas para a solução. Desta forma, por não ter a exibição de todas alternativas devido a sua complexidade, a melhor alternativa pode não ter sido encontrada, para que tenhamos uma solução ótima. Como exemplo deste método, temos um especialista de logística que determina as alternativas de trajeto mais rápido e de menor custo para a empresa. Figura 1.1 - Métodos para tomada de Decisão. Fonte: Elaborada pelo autor. Tanto o método determinístico quanto o heurístico são utilizados emsituações em que as condições de incerteza sejam consideradas nulas. Nos casos em que a incerteza não aparece nula, são empregados os métodos estocásticos e inferenciais, sendo baseados no cálculo de probabilidade. Veremos então, estes outros dois métodos: Estocástico: este método é aplicável para situações de alta complexidade e também alta incerteza. A palavra estocástica provém do grego stochastikos , adjetivo que designa uma pessoa hábil para atingir resultados realizados por meio de tentativa e erro. Este método é referente a sistemas e processos em que a situação futura, embora seja resultado de uma situação presente, não é totalmente determinada por esta situação presente, ou seja, com base no que vivenciamos hoje, não podemos a�rmar com certeza o que vivenciaremos no futuro. Este método é utilizado em diversos campos de atividade, como de um meteorologista ao elaborar a previsão do tempo para os próximos dias, um investidor que procura combinar ações de modo que possibilite ganhar mais dinheiro ao investir numa bolsa de valores, ou um especialista em pesquisa de mercado ao determinar o possível volume de vendas de um produto novo. Inferencial: este método apresentado é para situações em que a complexidade é nula, porém, a incerteza é alta e designa o ato ou efeito de inferir. No que diz respeito à lógica, inferência é o processo de passar de uma ou mais posições consideradas verdadeiras para outra proposição cuja verdade possa ser considerada também verdadeira em detrimento dos mesmos acontecimentos anteriores. Fora da lógica, entretanto, a inferência consiste na aceitação de um pressuposto de que eventos anteriores ocorridos em determinadas situações podem ocorrer no futuro, também quando ocorridos com as mesmas situações. Alguns métodos inferenciais relativamente simples são utilizados nos CEP (Controle Estatístico de Processo) em que, por exemplo, pode-se prever uma produção diária futura tendo como base a produção diária atual, desde que nas mesmas situações. Em outros casos mais avançados, o método inferencial é utilizado para determinar, como exemplo, a produtividade de uma nova variedade de planta por tonelada ou uma variação de um volume de vendas no atacado quando comparado às vendas no varejo. praticar Vamos Praticar Apesar de não resolver o problema que foi encontrado, os métodos apresentados por Abramczuk (2009) têm a �nalidade de apoiar o tomador de decisão com sua classi�cação e, a partir disto, fazer o uso das ferramentas necessárias para buscar a melhor alternativa disponível. Sendo assim, como deve ser classi�cado um problema com alta complexidade e baixa incerteza? a) Método Estocástico. Feedback: alternativa incorreta , pois o Método Estocástico é utilizado para auxiliar na tomada de decisão em que são apresentadas uma alta complexidade e também alta incerteza. b) Método Inferencial. Feedback: alternativa incorreta , pois o Método Inferencial é usado para situações de baixa complexidade e de alta incerteza. c) Método do Comportamento Administrativo. Feedback: alternativa incorreta , pois, para Abramczuk (2009), temos os métodos: Heurístico, Estocástico, Determinístico e Inferencial. Não temos o método do Comportamento Administrativo. d) Método Heurístico. Feedback: alternativa correta , pois o Método Heurístico possui um alto grau de complexidade com uma incerteza nula, devendo ser guiado em um procedimento com base na experiência do tomador de decisão. Os outros métodos apresentados possuem um elevado grau de incerteza, fazendo-se necessária uma análise também voltada para dados quantitativos. e) Método de Simon. Agora que já compreendemos o processo decisório e sua relevância dentro das organizações, vamos então estudar os tipos de decisão que temos em um ambiente organizacional. Segundo Simon, (1963), temos apenas dois tipos de decisão: as não programadas e as programadas. No caso do tipo de decisões programadas, temos a característica de serem rotineiras, repetitivas e estruturadas (decisões tomadas automaticamente). Estas decisões são automatizadas e sequenciais, que não precisam da intervenção do decisor, geralmente são bastante previsíveis e apresentam soluções para problemas rotineiros, podendo ser agrupadas em sistemas de informações. Para este tipo de decisão podemos citar vários exemplos, que você pode até fazer uma analogia com seu dia a dia: os hábitos, a sua rotina pessoal e pro�ssional, manuais de instrução e operações que são padronizadas. Já para o tipo de decisão não programada, não temos disponíveis as soluções automáticas, visto que são desestruturadas. Este tipo de decisão depende, sim, da intervenção do tomador de decisão. Temos como exemplos de decisões não programadas o lançamento de novos produtos, aumento ou redução de quadro de funcionários, mudança física da estrutura da empresa. Simon (1963) a�rma que, para lidar com tomadas de decisão não programada, os gestores precisam ser capazes de desenvolver suas capacidades Conhecendo os TiposConhecendo os Tipos de Decisãode Decisão de julgamento, intuição e criatividade, pois com este desenvolvimento será permitido a eles lidar de forma mais e�caz com as complexidades encontradas. Para alguns autores, temos ainda que levar em conta as decisões semiprogramadas, ou semiestruturadas. Neste tipo de decisão, a automatização pode ser levada até certo ponto, pois passa a depender de uma estruturação mais complexa de um sistema de informação para que os resultados obtidos sejam selecionados de forma otimizada, partindo de critérios iguais. Este tipo de decisão consiste em incorporar parte da decisão num sistema de apoio e parte não. Normalmente, quando variáveis in�uenciam no processo decisório, temos o momento em que a capacidade de julgamento do administrador faz diferença na escolha da alternativa possível. Apesar de todos nós tomarmos decisões, vimos que as mais complexas �cam a cargo dos gestores mais experientes, por ter um impacto maior e, claro, mais riscos. Sendo assim, a liderança se faz importante para a e�cácia das empresas, tendo sempre em vista que turbulências e alterações no cenário econômico são constantes. Falamos em liderança, apesar da autoridade poder ser su�ciente quando existe uma estabilidade, porque o líder tem que motivar e direcionar todo um setor ou toda a empresa para o rumo correto de acordo com a decisão tomada. Assim, é fundamental que este líder tenha grande conhecimento da área em que a empresa está inserida antes de tomar qualquer decisão que afete o desempenho da organização. Com o intuito de auxiliar a gestão na tomada de decisão a ser realizada, temos algumas ferramentas e técnicas que podem auxiliar no processo e, consequentemente, na minimização da chance de erro. Os sistemas de informação vêm contribuindo há algum tempo na tomada de decisão e são aceitos como capacitadores do controle gerencial, auxiliando nas decisões de gerentes e executivos em vários tipos e níveis de problemas, essenciais para a busca de acertar uma decisão que leva a uma solução ótima. Quanto às técnicas que podemos usar para o auxílio na tomada de decisão, as mais conhecidas atualmente são: Análise de SWOT, a prospecção de cenários, a Matriz GUT, Matriz BCG, Diagrama de Ishikawa e o Brainstorm. Destas citadas acima, a mais utilizada atualmente ainda é o brainstorming, cuja criação foi feita para designar um processo de interação verbal, em que um grupo de indivíduos é reunido para debater sobre determinada situação problema, “[...] em que o feedback negativo sobre qualquer alternativa sugerida por qualquer membro do grupo é proibido até que todos tenha apresentado alternativas que consideram valiosas”, (CERTO, 2005, p. 139). O Diagrama de Ishikawa, comumente conhecido como espinha de peixe, é uma representação grá�ca que tem como �nalidade a organização de um raciocínio e a discussão sobre as causas de determinado problema. Nesta representação grá�ca são trabalhadas perguntas do tipo: quais são ascausas desse problema? Abaixo temos um exemplo do diagrama de Ishikawa: Já no princípio de Pareto, o qual conhecemos como 80-20, a técnica utilizada permite que sejam selecionadas as prioridades quando são enfrentados grandes números de problemas, ou quando é preciso identi�car as mais importantes causas em um universo maior. Nesta técnica, a maior quantidade de ocorrências se deve a uma quantidade pequena de causas originárias. Para ilustrar melhor o princípio de Pareto, utilizamos a seguinte �gura: Caso as técnicas apresentadas ainda não sejam su�cientes para o auxílio na tomada de decisão, há mais outras que podem ser bem úteis, caso necessário: Figura 1.2 - Diagrama de Ishikawa - Exemplo Fonte: Maximiano (2009, p. 62). Figura 1.3 - Princípio de Pareto - Exemplo Fonte: Maximiano (2009. p. 63). Análise de vantagens e desvantagens. Árvore de decisão (representação grá�ca das alternativas). Análise do campo de força (realiza uma análise das forças a favor e contra a respeito de uma solução encontrada e, partindo do resultado, chegar à de�nição). Ponderação de Critérios (avalia as alternativas de uma forma objetiva, tendo como base os fatores que re�etem as preferências e a necessidade que irão incentivar a tomar a decisão). praticar Vamos Praticar Para Simon (1963), temos apenas dois tipos de decisão: as programadas e as não programadas. As decisões não programadas dependem da intervenção do tomador de decisão, por serem na maioria das vezes inéditas. Quanto às decisões do tipo programadas, são características delas, exceto: a) Podem ser agrupadas em sistemas de informação. saibamais Saiba mais Estamos em constante evolução e quanto mais informações, melhor para o processo decisório. Diante disto, a TI (Tecnologia da Informação) tem papel fundamental para compilar as informações e apresentá-las. Para saber mais a respeito da importância da Tecnologia da Informação, leia o artigo a seguir. ACESSAR http://www.repositorio.furg.br/bitstream/handle/1/836/Rela%C3%A7%C3%A3o%20entre%20Processo%20de%20Trabalho%20e%20Processo%20Decis%C3%B3rio%20Individuais%20uma%20An%C3%A1lise%20a%20partir%20do%20Impacto%20da%20Tecnologia%20da%20Informa%C3%A7%C3%A3o..pdf?sequence=1 b) São desestruturadas, sem alternativas previamente conhecidas. c) São bastante previsíveis. Feedback: alternativa incorreta , já que, por serem previsíveis, podem se encaixar em sua rotina pessoal, uma decisão programada. d) Pode ser enquadrada em sua rotina pessoal e pro�ssional. Feedback: alternativa incorreta , já que possui alternativas previamente concebidas, por ser programada. e) São rotineiras, repetitivas e estruturadas. Feedback: alternativa incorreta , já que podem ser agrupadas em um sistema de informação, por serem programadas. Para a condução de um processo decisório, temos vários modelos existentes. Para Bethlem (1987), existem sete modelos diferentes, que são: o modelo militar, o modelo de Pesquisa Operacional, o modelo de Guilford, o modelo de Kepner e Tregoe, o modelo Creative Problem Solving Institute (C.P.S.I.), o modelo de Mintzberg e o modelo de Simon. Apesar de serem vários os modelos existentes, quando fazemos uma análise mais detalhada, são encontradas fases comuns ou que agrupem mais de uma fase em outro modelo. Vamos optar pelo modelo de Simon, que, por ser consagrado, tem uma fácil visualização e também é atual, devido a publicações a respeito de sistemas de informações como forma de suporte à decisão. Por uma perspectiva genérica, Simon et al. (1987) avalia a função das pessoas responsáveis pelo curso da sociedade como uma atividade que tem o objetivo de resolver problemas e tomar decisões. Quando nos encontramos na atividade de resolver problemas, deve ser veri�cada a existência do problema, as informações referentes a este problema e, posteriormente, os objetivos que devem ser alcançados com a apresentação das alternativas viáveis para análise. Já na atividade de tomada de decisão, é feita uma avaliação das ações alternativas e escolhida uma ou mais, para implantação. Os autores Kepner e Tregoe (1976, p. 54) compartilham do mesmo entendimento: “uma decisão é sempre uma escolha entre as várias maneiras de se fazer uma determinada coisa ou de se atingir um determinado �m”. As Fases do ProcessoAs Fases do Processo DecisórioDecisório Estas atividades de resolver problemas e tomar decisões estão relacionadas fortemente com o modelo de decisão de Simon, o qual é proposto por um modelo que se divide em três grandes fases seguidas de uma revisão constante entre elas (feedback): Investigação ou inteligência : durante esta fase é realizada a exploração do ambiente e feito o processamento dos dados na busca de pistas que possam identi�icar o problema e também as oportunidades. As variáveis são coletadas e postas em evidência; Concepção ou desenho : nesta fase ocorre a criação, o desenvolvimento e a análise dos cursos possíveis de ação. O responsável por tomar a decisão formula o problema, constrói e analisa as alternativas disponíveis, tendo como base o seu potencial de aplicabilidade; Escolha : é nesta fase que acontece a seleção da alternativa ou curso de ação dentre aquelas que foram disponibilizadas. A escolha sucede a fase do desenho, em que são coletadas as informações para tentar garantir a opção que satisfaça da melhor maneira. Feedback – pode acontecer a necessidade de resgatar alguns eventos já tidos em fases passadas, por isso, este “retorno” pode ocorrer entre a fase de escolha e concepção, ou inteligência, ou entre a fase de concepção e inteligência. Fora estas três fases apresentadas e o feedback constante já existentes, temos também a fase de implantação, em que a alternativa escolhida é posta em execução, a fase de monitoramento, em que é realizado o acompanhamento da implantação Figura 1.4 - O Processo Decisório Fonte: Adaptada de Simon (1977). realizada, e também a fase de revisão, quando, em função do monitoramento, existe a necessidade de readaptação, procurando assim o melhor ajuste para atender às expectativas da decisão tomada. Segundo Le Moigne (1974, p. 56), podemos relacionar as fases do processo decisório de Simon com as seguintes perguntas: Investigação ou inteligência – “Qual é o problema?” Concepção ou desenho – “Quais são as soluções possíveis?” Escolha – “Qual é a melhor alternativa?” Apesar de parecer um processo simples, com o mapeamento sobre o processo decisório, podemos nos deparar com algumas di�culdades, mais ou menos importantes. Os autores Kendall e Kendall (1991) apontam estas di�culdades, fazendo um relacionamento com as fases do processo decisório de Simon: No que se refere à fase de investigação, ou inteligência, podemos encontrar uma di�culdade para identi�car o problema: esta di�culdade tem relação com a percepção do problema pelo tomador de decisão, em que o problema é um desvio de alguma situação desejada e, portanto, precisa de medições apropriadas para que seja possível identi�car sua existência. É possível também existir uma di�culdade para de�nir o problema, que consiste em delimitar e reconhecer suas características e limites. Por �m, ainda dentro da fase de inteligência, podemos encontrar a di�culdade para categorizar o problema: é preciso saber qual é a urgência para resolver a situação, que pode ser imediata ou futura. Na fase de concepção, ou desenho, existe a possibilidade de identi�carmos di�culdade de gerar as alternativas, para serem analisadas e buscar a mais adequada; a di�culdade para quanti�car ou descrever as alternativas, em que é necessário um profundo conhecimento de cada uma delas, para que se possa escolher a melhor possível; e também pode existir uma di�culdade para estabelecer os critérios para o desempenho, em que, para a análise, deve-se traçar metas a serem atingidas com determinada escolha. praticar Vamos Praticar Para chegarmos a uma solução de um problema ou uma tomada de decisões, temos algumas fases que são comuns a váriosautores e que podem ser consideradas até como um “passo-a-passo” a ser seguido. Podemos de�nir a fase de concepção como sendo: a) Buscas das pistas que podem identi�car o problema. Feedback: alternativa incorreta , pois a busca de pistas tem a �nalidade de encontrar a origem do problema, vindo então antes da concepção. b) Resgate de eventos já acontecidos em fases passadas Feedback: alternativa incorreta , pois o resgate de eventos é um retorno às idéias já obtidas, para que seja veri�cado se realmente é o melhor caminho a ser seguido c) A criação, o desenvolvimento e a análise dos possíveis curso de ação. Feedback: alternativa correta , pois, na fase de concepção ou desenho, ocorre a criação, o desenvolvimento e a análise dos possíveis cursos de ação. d) Coleta de informações para garantir a melhor opção escolhida e) É feita a escolha da melhor alternativa, sem chance de erro. Como vimos anteriormente, a tomada de decisão nas organizações é bastante nítida e pode ser percebida empiricamente em qualquer análise empresarial. Esta relação entre tomada de decisão e organização é tão forte que �ca impossível pensar em uma empresa sem associarmos o processo decisório. Hoppen (1992) acredita que uma organização é um sistema em constante mudança e que as atividades nela desenvolvidas, em todos os seus níveis hierárquicos, são de tomada de decisão e/ou de resolução de problemas. Face a isto, pesquisadores teóricos, empíricos e administradores têm dedicado seus esforços para a melhor compreensão e condução deste processo de tomada de decisões, independentemente se são organizações públicas ou privadas. Hoje, os gestores e as demais pessoas envolvidas nos vários processos decisórios precisam de suporte para que a decisão seja tomada de forma satisfatória, e, para isso, é preciso ter ferramentas, métodos e modelos disponíveis no momento em que seja necessário optar por uma alternativa disponível. Podemos, dentro das organizações, classi�car as decisões quanto à atividade administrativa da qual ela pertence e, para Anthony (1965), temos três níveis: O ComportamentoO Comportamento Administrativo e aAdministrativo e a Estrutura dasEstrutura das Decisões HumanasDecisões Humanas Nível Operacional: partimos do princípio do uso e�caz e e�ciente das instalações existentes, e também de todos os recursos disponíveis para a executar as operações. No nível operacional, a decisão é um processo em que se deve assegurar que as atividades operacionais sejam bem desenvolvidas, atingindo os objetivos de cada setor. Para isso, o controle operacional faz uso de procedimentos e regras de decisão já estabelecidos, sendo que grande parte delas são feitas de forma programada, e os procedimentos que devem ser seguidos são, em geral, muito estáveis e têm como resultado uma resposta imediata. Nível Tático: envolvendo a aquisição genérica dos recursos e também as táticas para a aquisição e localização de projetos e novos produtos, as decisões do nível genérico são normalmente relacionadas com o controle administrativo e devem ser utilizadas para a decisão no que diz respeito às operações de controle e formulação de novas regras de decisão que farão parte do time de operações e designação de recursos. Para o nível tático são necessárias informações sobre o funcionamento planejado (normas, expectativas e pressupostos) e as variações que podem acontecer sobre um funcionamento planejado, a explicação dessas variações e a análise das alternativas de decisão no curso das ações. Nível Estratégico: deste nível fazem parte as de�nições dos objetivos, políticas e critérios gerais para se possa planejar o curso de uma organização. O intuito das tomadas de decisão no nível estratégico é justamente desenvolver estratégias para que a empresa possa atingir seus objetivos macros. As decisões deste nível, em geral, não possuem um período com um ciclo uniforme, podendo ser irregulares, embora alguns planejamentos sejam anuais ou com períodos preestabelecidos. Cada um destes níveis possui suas próprias características e responsabilidades, porém, todos eles devem estar voltados para que a organização atinja suas metas e alcance seus objetivos. A estrutura organizacional destes níveis pode ser representada fazendo o uso da pirâmide organizacional, que também representa a abrangência e importância das decisões dentro da empresa, que devem aumentar na proporção em que a decisão acontece em seus níveis superiores. Esta pirâmide transmite a ideia da estrutura das organizações e seus níveis hierárquicos, em que os elementos são colocados em posições elevadas e são os responsáveis pelas decisões em caráter estratégico. Outro ponto a ser destacado é no que tange à previsibilidade de se tomar uma decisão. Temos decisões que devem ser tomadas de forma repetitiva, podendo acontecer em determinados ciclos de tempo e outras que acontecerão inesperadamente. Como o criador dos termos “decisões programadas e decisões não programadas”, Simon (1977b, p. 5) deixa o registro de que as decisões “[...] não são, na verdade, tipos distintos, mas um todo contínuo, com decisões altamente programadas, em uma extremidade, e decisões não programadas, na outra. É possível encontrar decisões de todos os matizes neste contínuo”. Abordando um pouco mais a respeito dos tipos de decisão, as programadas são explicadas mediante um conjunto de regras e processos previamente estabelecidos, sendo tomadas dentro de um contexto de certeza ou de incerteza baixa, visto que os resultados esperados já podem ser conhecidos. A decisão programada pode ser delegada facilmente. Para as decisões não programadas, não temos regras a serem seguidas e também não possuímos um esquema especí�co a ser utilizado. Estas decisões podem ser tanto conhecidas como inéditas. No caso das conhecidas, o tomador de decisões já se envolveu em uma situação igual ou parecida e, embora as variáveis possam não ser conhecidas, existe uma experiência com situações semelhantes já ocorridas. Quando a necessidade de tomar uma decisão se trata de uma situação inédita, o tomador se depara com um fato completamente novo e não tem o privilégio de poder contar com nenhuma regra preestabelecida para seu auxílio. Nas duas situações apresentadas (decisões não programadas conhecidas e inéditas), é difícil termos todas as variáveis apresentadas, ou existe muita di�culdade em reuni- Figura 1.5 - Modelo de Pirâmide Fonte: Adaptada de Kendall e Kendall (1991). las e organizá-las para que seja montado um modelo em tempo hábil. A �gura abaixo representa de forma grá�ca o relacionamento entre a estrutura organizacional e os tipos de decisão: Outro fato importante que devemos considerar ao tomar uma decisão diz respeito justamente ao conhecimento prévio dos resultados, ou seja, à previsibilidade das alternativas que estão disponíveis para determinada situação dentro do ambiente organizacional. Na base da pirâmide vista, temos o nível operacional, em que os resultados são agrupados numa situação de certeza, praticamente em sua totalidade e, quando começamos a subir os níveis da pirâmide, nos deparamos com um aumento tanto da frequência quanto da incerteza como risco. No nível estratégico, a grande maioria das decisões são tomadas em um contexto de incerteza e risco. A Racionalidade nas Decisões O assunto da racionalidade dentro das organizações tem, muitas vezes, seu tratamento feito nos extremos. Os economistas que estudam este tema possuem a visão do tomador de decisão como uma pessoa que detém todo o controle do contexto existente em sua volta e consegue escolher, dentre as várias alternativas possíveis, a que melhor se adequar a determinada situação. Figura 1.6 - Tipos de decisão por nível administrativo Fonte: Adaptada de Kendall e Kendall (1991). Para Hein (1972, p. 27), ao se tratar de métodos quantitativos de auxílio à tomada decisões administrativas, “a tendência tem sido expressar em termos de grandezas matemáticas e posteriormente basear a decisãoassentada em um processo matemático de otimização”. Seguindo este conceito, o processo decisório é tido como uma situação em que as variáveis são conhecidas, com condições de serem mensuradas, e seu resultado é matematicamente calculado. Porém, quando levamos estas situações para o nosso mundo real, as coisas podem se comportar de maneira diferente: “o verdadeiro mundo das decisões humanas não é o mundo ideal dos gases, planos de fricção, ou do vácuo” (SIMON et al. 1987, p.13). Assim, a racionalidade tem sua ocupação em selecionar as alternativas que mais se adequem a algum sistema de valores, sendo, até certo ponto, uma aceitação do razoável. Ao escolher uma alternativa, temos a representação da mais adequadas entre todas as disponíveis. Desta forma, não representa a intenção de se atingir os objetivos visados em toda a sua plenitude (MARCH; SIMON, 1966, p. 1974). Surge assim uma dúvida: o que é uma decisão racional? Pode ser que em meu entendimento tenha tomado uma decisão totalmente racional, mas, no seu entendimento, nem tanto. É proposta por Simon (1965, p. 90) uma classi�cação da racionalidade das decisões, muito útil para que haja entendimento da relação da racionalidade com seu contexto, sempre associando o termo a um advérbio: reflita Re�ita Você concorda com o vídeo abaixo? Qual é sua opinião: toda decisão implica perda? < https://www.youtube.com/watch? v=Nr9zdHd_FFE > https://www.youtube.com/watch?v=Nr9zdHd_FFE [...] uma decisão pode ser chamada objetivamente racional se representa de fato o comportamento correto para maximizar certos valores numa dada situação. É subjetivamente racional se maximiza a relação com referência ao conhecimento real do assunto. É conscientemente racional na medida em que o ajustamento dos meios aos �ns visados constitui um processo consciente. É deliberadamente, racional na medida em que a adequação dos meios aos �ns tenha sido deliberadamente provocada (pelo indivíduo ou pela organização). Uma decisão é organizativamente racional se for orientada no sentido dos objetivos da organização; é pessoalmente racional se visar os objetivos do indivíduo. No quadro a seguir é ilustrado o comparativo entre as decisões racionais e as comportamentais: Quadro 1.1 - Modelo Racional e Comportamental na tomada de Decisão Fonte: Caravantes, Panno e Kloeckner (2005. p. 455). No modelo comportamental, ao contrário do racional, o tomador de decisões leva em conta que em muitas vezes é necessário que sejam consideradas experiência, percepção, informações e alternativas limitadas. Modelo Racional Modelo Comportamental 1. O tomador de decisões tem informações perfeitas (relevantes e acuradas). 1. O tomador de decisões tem informações imperfeitas (incompletas e possivelmente imprecisas). 2. O tomador de decisões tem uma lista exaustiva de alternativas dentre as quais pode escolher. 2. O tomador de decisões não tem um conjunto completo de alternativas ou não entende plenamente aquelas que tem à disposição. 3. O tomador de decisões é racional. 3. O tomador de decisões tem uma racionalidade de�nida e se restringe a valores, experiência, hábitos etc. 4. O tomador de decisões sempre tem em mente os melhores interesses da organização. 4. O tomador de decisões escolherá a primeira alternativa minimamente aceitável. Muitas vezes a decisão perfeita considera um objetivo que é bastante perseguido e poucas vezes alcançado. praticar Vamos Praticar Considerando a tomada de decisões dentro de uma organização, temos alguns níveis em que as decisões vão das mais simples para as mais complexas, dependendo da estrutura organizacional em que está localizada. Como podemos de�nir estes níveis da estrutura administrativa em que são tomadas as decisões? a) Operacional, Heurístico e Inferencial. b) Tático, Estratégico e Decisório. c) Inferencial, Heurístico e Determinístico. Feedback: alternativa incorreta , pois são métodos usados para classi�car uma tomada de decisão e não fazem parte da estrutura administrativa de uma empresa. d) Operacional, Estratégico e Determinístico. Feedback: alternativa incorreta , pois Determinístico é um método usado para classi�car uma tomada de decisão e não faz parte da estrutura administrativa de uma empresa. e) Operacional, Tático e Estratégico. Feedback: alternativa correta , pois Heurísticos, Determinísticos e Inferenciais referem-se a métodos para que se possa classi�car um problema, porém apenas ajudam em sua concepção. Os níveis da estrutura administrativa são: Operacional (decisões simples), Tático (decisões de controle e novas regras) e estratégico (decisões complexas de risco mais elevado). indicações Material Complementar LIVRO Tomada de Decisão para Leigos Dawna Jones Editora: Alta Books ISBN: 978-85-7608-959-9 Comentário: O livro Tomada de Decisão para Leigos auxilia os líderes a entenderem o impacto de suas escolhas tanto nos negócios quanto na vida pessoal, além de descobrir como escolher suas ações com maior segurança. FILME Limite Vertical Ano: 2000 Comentário: Filme de aventura que expõe várias situações em que a tomada de decisão é necessária, algumas mais simples e outras extremamente complexas. Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer. TRA ILER conclusão Conclusão Ao chegar aqui com sua leitura, tenho a certeza de que optou pela decisão de aumentar seu conhecimento sobre o assunto e, com isto, poder perceber que, embora corriqueira, a tomada de decisão é muito importante para o futuro. Embora tenhamos visto várias ferramentas e métodos de tomada de decisão, que auxiliam em muito esta ação, na maioria das vezes, dependendo da complexidade, não podemos a�rmar que tomamos a decisão correta imediatamente. É necessário o foco no acompanhamento da alternativa escolhida e também a revisão dos conceitos elaborados, pois podem surgir novos e, de certa forma, estarem sujeitos a ajustes. Faça uso deste aprendizado para minimizar os riscos e alcançar uma decisão ótima em suas escolhas. referências Referências Bibliográ�cas ABRAMCZUK, A. A. A prática da tomada de decisão . São Paulo: Atlas, 2009. ANTHONY, R. N. Planning and Control Systems: A framework for Analysis. Cambridge: Harvard University Press, 1965. 180 p. BETHLEM, A. 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