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Experimento 1 : Linhas Equipotencial 
 Daiane do Rosário, Gabrielly Stefane, Kamille Garajau 
Licenciatura em Física,Campus Taguatinga, Instituto Federal de Brasilia.
Resumo. Esse relatório teve como principal objetivo observar o comportamento das superficies equipotenciais
em diferentes configurações de eletrodos. Foram usadas ferramentas adequadas para a obtenção das
medidas de tensão como multimetro digital, medidor de tensão CC, além dos diversos tipos de eletrodos. Ao
final do experimento foi possivel, assim como planejado, a visualizacão dos padrões comportamentais das
superficies equipotenciais por meio da sintetização dos dados em gráficos além de um estudo mais
aprofundado teórico do para melhor entendimento do fenômeno observado.
Palavras chave: Diferenca de potencial,Potencial elétrico,Campo Elétrico, Superficies Equipotenciais.
1.Introdução
Desde a Grécia antiga, são feitas observações
dos fenômenos elétricos. Os filósofos e pensadores da
época observaram que ao atritar um pedaço âmbar
(resina fóssil) com algum material, aproximando-o
posteriormente de uma palha, surgia uma forca especial
“invisível” que atraia a palha para o âmbar. (JUNIOR et
al.,2007)
Apesar disso, somente no século XVIII com a
revolução industrial e o ápice do desenvolvimento
científico que os estudos a respeito das propriedades
elétricas dos corpos ganharam uma forca maior. Pois, as
invenções elaboradas nesse período a respeito da
eletricidade revolucionaram toda a
sociedade, culminando futuramente numa
revolucão tecnológica (GUEDES M, 1999).
Além disso, nessa época o fisico italiano
Alessandro Volta, introduziu o conceito de voltagem,
nome dado em sua homenagem, e também as pilhas
elétricas (GUEDES M,1999).
O conhecimento sobre as pilhas
elétricas proporcionaram a manipulação de
cargas elétricas de forma contínua e estável.
Surgindo posteriormente a isso, a ideia de
potencial elétrico e voltagem (SANTOS et
al.,2020).
Desse modo, tornou-se possível
perceber a revolucão que esses 
conhecimentos trouxeram para a vida
humana,através de,pilhas, baterias,sistemas
Nome da disciplina -1°/2021 fisicos de geracão de energia, entre outros (SANTOS
et al., 2020).
Sendo assim, tendo como inspiração
históricas os estudos de Volta, esse relatório
tem por objetivo fazer o estudo e análise do
conceito fisico de voltagem, observando o
comportamento de
superficies equipotenciais,ou seja, pontos em
um campo elétrico com o mesmo valor em
Volts.Essa análise foi feita para diferentes tipos
de eletrodos, para que assim fosse possível
observar as variacões comportamentais dessas
superficies em cada sistema elétrico (SANTOS
et al., 2020).
2.Procedimento Experimental
Materiais utilizados:
Cuba transparente;
Fonte de alimentação, com tensão de
Saída variável;
Multímetro;
Escala cartesiana transparente;
Eletrodos cilíndricos (pontuais);
Eletrodos retos com haste de contato e
ponta de conexão
Cabos flexíveis;
Béquer;
Solucão aquosa de KCl (50 mg/L);
Primeiramente foi preparada uma solução aquosa
condutora constituída de água e cloreto de potássio à uma
concentracão de 50 miligramas por litro ( ,conforme a
fig.1.
2
mais cloreto de potássio (KCL)
Fonte:arquivo pessoal.
Logo após, utiliza-se uma cuba de acrílico com um papel
de fundo milimetrado demonstrando o plano cartesiano impresso,
conforme a fig.2.
Fig 2: Cuba de acrílico contendo papel milimetrado em seu
interior.
Fonte:arquivo pessoal
O primeiro tipo de eletrodo analisado foram os eletrodos
pontuais que são colocados nas coordenadas (x,y) do plano
cartesiano, sendo: (40,0) para o eletrodo pontual 1 negativo e (-
40,0) para o eletrodo pontual 2 positivo, conforme a fig.3.
Nome da disciplina-1°/2021 Fig 3: Eletrodos pontuais sendo posicionados no sob o
papel milimetrado no interior da cuba nas respectivas
coordenadas.
Fonte:arquivo pessoal
Em seguida é preparado o sistema constituído
de uma fonte de tensão CC regulável, multímetro e cabos
de conexão. Sendo conectado à fonte de tensão um cabo
preto ao pólo negativo e um cabo vermelho ao pólo
positivo da fonte,conforme a fig 4.
Fig.4: Cabos conectados aos polos da fonte de tensão
CC regulável, destacados na imagem.
Fonte:arquivo pessoal.
Diante disso, o cabo vermelho é
conectado a um dos eletrodos pontuais que
por consequência será o eletrodo positivo,
conforme a fig.5.
3
Fig.5: Cabo vermelho (polo positivo) sendo conectado ao
eletrodo pontual.
Fonte:arquivo pessoal.
Após isso,o cabo preto é conectado a um
multimetro, conforme a fig.6.
Fig.6: Cabo preto (pólo negativo) sendo ligado ao multímetro na
entrada COM.
Fonte: arquivo pessoal
Nome da disciplina -1°/2021 Um outro cabo preto é plugado na
entrada superior do cabo preto, o qual já estava
conectado na entrada COM do
multimetro,conforme a fig 7.
Fig.7: Segundo cabo preto conectado na parte
superior do primeiro cabo conectado.
Fonte: arquivo pessoal
A outra ponta desse cabo foi conectada
a outro eletrodo,conforme a fig.8.
Fig.8:Segundo cabo preto sendo conectado ao
eletrodo(pólo negativo).
Fonte: arquivo pessoal
Um segundo cabo vermelho é plugado à entrada
de medicão de potencial elétrico do multímetro(fig.9).
Fig 9 - Cabo vermelho plugado na entrada de medicão de
voltagem do multímetro.
Fonte:arquivo pessoal
Na outra extremidade desse mesmo cabo
vermelho existe uma garra jacaré que será presa à uma
haste de metal, ponta de
Fig.10: Garra jacaré do cabo de conexão
vermelho sendo preso à haste de metal.
Fonte:arquivo pessoal.
Fig.11:Sistema Garra jacaré e ponta de prova
montado.
Nome da disciplina -1°/2021
Fonte: arquivo pessoal.
Tendo montado todo esse sistema o multímetro é
ligado em seguida na opção de 6 volts(V) de corrente
contínua (fig 12).
Fig.12: Multímetro ligado na opcão 6V de corrente
contínua.
Fonte:arquivo pessoal.
O próximo passo foi ligar a fonte de tensão CC e
ajustá-la para uma tensão de aproximadamente 5V
(fig.13).
Fig.13:Fonte de tensão CC ajustada para ≈ 5V.
5
Fonte: arquivo pessoal.
Um teste de tensão é feito para verificar
se de fato a tensão entre os dois eletrodos é de
≈5 V. A ponta de prova é colocada em contato
com o eletrodo negativo, é mostrado na tela no
multímetro o valor de ≈0V, conforme a fig.14.
Fig.14:Teste de tensão no pólo negativo do
sistema.
Fonte:arquivo pessoal
O mesmo é feito no pólo positivo. Observada a
leitura pelo multímetro de ≈5V (fig.15),segue-se para o
próximo passo.
Fig.15:Teste de tensão no polo positivo, leitura de
~≈5V na tela LED do multímetro.
Nome da disciplina - 1°/2021
Fonte:arquivo pessoal.
Verificada a tensão entre os dois
eletrodos de aproximadamente 5V, é despejada
a solução aquosa de cloreto de potássio para
que se tenha um meio condutor entre os dois
eletrodos.
Assim,a tensão é distribuída ao longo dessa
superficie condutora por meio do campo elétrico gerado
pelos dois eletrodos (fig.16).A solucão deve estar
distribuída de forma uniforme em toda a base do recipiente
Fig.16: Solucão sendo despejada no recipiente para servir
como meio condutor.
Fonte: arquivo pessoal
Agora com a solucão condutora despejada é
feito novamente um teste de tensão. Nota-se que a
tensão varia de 0V à 5V conforme a ponta de prova
passa ao longo da
6
superficie condutora, se aproximando ou se
afastando de cada eletrodo (fig.17).
Fig.17:Teste de tensão com ponta de prova
passando no meio condutor entre os eletrodos.
Fonte:arquivo pessoal.
É fixado um valor de voltagem base, entre 0 e
5V,para se ter como referência para cálculo da superficie
equipotencial. A ponta de prova é movida ao longo de toda
a extensão do papel milimetrado.Todos os pontos (x,y) do
plano que possuem o mesmo valor de voltagem adotado
como referência são marcados. Os valores são indicados
pelo multímetro conforme a ponta de prova se move pelo
papel.
Esses mesmosprocessos de 
montagens e medições de voltagens são feitos
para dois outros tipos de eletrodos, sendo eles:
placas retas paralelas(fig.18) e os
concêntricos(fig.19).
Fig.18: Montagem do experimento com oS eletrodos retos
e paralelos entre si.
Nome da disciplina -1°/2021
Fonte:arquivo pessoal.
Fig.19: Montagem do experimento com os eletrodos
circuncentros.
Fonte:arquivo pessoal
3.Resultados e Discussão
3.1 Desenvolvimento teórico da energia
associada ao potencial elétrico
Sabendo que o trabalho de uma forca qualquer
ao mover um corpo entre dois pontos (ab), separados
por uma distância (d), pode ser dado por:
Pode-se calcular o trabalho realizado por
uma forca elétrica.
7
Primeiramente analisando a forca elétrica dada
por um campo elétrico constante, pode-se escrever a força
elétrica em função do campo elétrico já que ambos são
constantes para qualquer ponto no campo, sendo:
Assim,o trabalho dessa forca fica sendo:
Como q e E são constantes é possível tirá-los
da integral , além disso, o ângulo entre a força e
o deslocamento é 0(zero), uma vez que se trata
de um campo uniforme, cos0=1.
A integral de ds nos limites de integração entre
dois pontos do espaço a e b irá sera própria
distância d, entre os pontos,logo:
Esse trabalho pode ser visualizado melhor, de
forma gráfica, pela (fig.20) em que uma carga elétrica,
positiva,em campo elétrico uniforme percorre uma
distância d entre dois pontos ab por meio da ação de da
forca elétrica.
Nome da disciplina -1°/2021
Fig.20: Próton se deslocando,aceleradamente,
entre os pontos A e B, devido a ação da forca
elétrica em um campo elétrico uniforme.
Fonte: Serway vol 3, 2006, p 724.
Porém,agora analisando para uma forca elétrica
não constante, logo,em um campo elétrico também
variável, o trabalho dessa força pode ser dado por:
Trabalhando a equação 4,
Uma vez que forca elétrica ,dada pela lei de
coulomb,é:
Pegando a forca elétrica alinhada com o
deslocamento, logo tem-se cos0=1 assim:
8
desenvolvendo essa integral nos limites de
integracão entre doispontos do 
deslocamento,d edb,tem-se: a
Se,
Logo,
Assim,é definido o trabalho exercido por uma
forca elétrica sobre uma carga se deslocando
em campo elétrico não uniforme.
Pode-se observar esse tipo de trabalho
,por exemplo, em uma carga de prova positiva
próxima a uma carga pontual também
positiva(fig.21).
Fig.21: Diagrama de forcas agindo em uma carga
elétrica se movendo ao longo de um campo elétrico
gerado por uma carga puntiforme.
A carga de teste qo se desloca de a até b
ao longo de uma trajetória arbitrária.
Nome da disciplina -1°/2021
Fonte: YOUNG & FREEDMAN,2009,p 78
Fonte:
É importante lembrar que como a forca elétrica se
trata de uma forca conservativa, logo,independente da
trajetória da carga ao percorrer os dois pontos definidos,o
trabalho será sempre o mesmo.
Com isso é possível se chegar a uma nova
grandeza fisica chamada de potencial elétrico e diferenca
de potencial elétrico (ddp).
Pegando o exemplo do trabalho dado em um
campo uniforme entre dois pontos,pode-se assumir,por
exemplo, que para a carga de 1 C foi realizado um trabalho
de 10 J; utilizando a equação 7,tem-se:
Dobrando a carga,
Percebe-se que conforme se aumenta o valor
da carga, o valor do trabalho , em joules,
aumenta também proporcionalmente de modo
que a razão
para as equações 15 e 16 usadas como
exemplo essa razão será sempre igual a 10
J/C.
9
Essa razão, joules por coulomb,é definida
como potencial elétrico e a razão do trabalho da
forca elétrica pelo valor da carga como a diferenca
de potenciais elétricos, Vab=Va-Vb entre os 
dois pontos analisados, sendo:
.(19)
A unidade de medida do potencial elétrico é o
volt,
[J/C]=[V],v [//C]=[V],volt.(19)
Assim, admite-se que em cada ponto do
campo elétrico existe um potencial elétrico
associado a aquele ponto.Uma partícula, ao se
deslocar entre esses dois pontos realizando
trabalho, recebe ou perde energia por unidade
de carga de acordo com a diferenca de
potencial elétrico entre esses dois pontos.
Uma analogia que pode ser feita é com a
mecânica clássica em um corpo em queda livre. Quanto
mais alta é a diferenca de altura entre o chão e o ponto do
objeto no ar, mais energia de movimento o objeto tenderá
a receber enquanto cai até atingir o solo.
Assim como,em um campo elétrico, quão mais
distante forem os pontos em que uma carga se move,
maior será a energia de movimento adquirida por essa
carga , uma
Nome da disciplina -1°/2021 vez que a diferença de potencial, entre esses dois pontos,
será cada vez maior.
Lembrando também que o trabalho corresponde
a variação da energia cinética, logo,quão maior foi a
energia de movimento adquirida maior será o trabalho
realizado no deslocamento.
Agora,igualando as equações 18 e 7,
tem-se que:
Logo,
Com isso,pode-se perceber que para um
mesmo deslocamento d, na direcão do campo elétrico,
em um campo uniforme se tem o mesmo potencial
elétrico.
Outra forma de perceber essa igualdade de
potências é pensar em um deslocamento vertical
entre dois ponto Ae B, com potenciais Va e Vb
alinhados verticalmente,conforme a fig.22.
Fig.22: Carga elétrica ,q, se deslocando
verticalmente em um campo elétrico uniforme
entre os pontos Ae B
10
Fonte: arquivo pessoal
Como se trata de um campo elétrico uniforme,
logo, as linhas de campo são horizontais e igualmente
espacadas, de modo que um deslocamento vertical faz um
trajetória perpendicular em relação a forca e ao campo. Se
o ângulo entre o deslocamento d e forca elétrica é de
90°,logo, pela equacão 2 vemos que o trabalho será nulo.
Se o trabalho pode ser dado em função
da diferença de potenciais de acordo com a
equação 19, logo, pode-se escrever, para esse
caso,o seguinte:
Logo,
ficadefinido assim uma superficie 
equipotencial para um campo uniforme.
Nome da disciplina -1°/2021 Em um campo uniforme essas linhas
equipotenciais serão verticais e 
perpendiculares às linhas de campo elétrico
como foi provado(fig.24).
Fig.23:Superficies equipotenciais, linhas
tracejadas, perpendiculares às linhas de campo em
um campo elétrico
uniforme.
Fonte:Serway vol 3, 2006,p 724.
É possível fazer a mesma análise para o
potencial elétrico em um campo não uniforme, por
exemplo, em uma partícula puntiforme. Igualando as
equações 18 e 14, tem-se:
Adotando como referência que o potencial no
ponto b a uma distância db ,tendendo ao
infinito(db→ 0o),,da carga geradora é nulo, tem-
se:
11
Pensando que a distância d equivale à uma
distância radial em relação a carga podemos
escrever d como sendo um raio r de distância
entre o ponto e a carga geradora, logo:
Pela equacão 28, é perceptível que o potencial,
nessa situação,varia apenas com a distância radial (r), em
relação a carga. Assim ,para pontos à uma mesma
distância r' do centro da carga geradora, tem-se o mesmo
potencial elétrico. Sabe-se que pontos à uma mesma
distância r de um centro comum gerará uma circunferência.
Logo, as superficies equipotenciais em um campo
não uniforme ,gerado por uma carga puntiforme ou com
uma característica radial,serão sempre superficies
circulares e concêntricas a uma distância r do centro da
carga(fig 24).
Fig. 24: Superficies equipotenciais, linhas tracejadas, em
um campo elétrico gerado por uma carga puntiforme.
Fonte:Serway vol 3, 2006, p 724.
Nome da disciplina -1°/2021
Vale lembrar que assim como foi provado
para o campo uniforme as superficies
equipotenciais nesse tipo de configuração também
serão perpendiculares às linhas de campo elétrico.É
fácil perceber já que ao se deslocar por uma
superficie equipotencial não há dpp. Pela equação
18, percebe-se que se a dpp =0, logo, o trabalho é
nulo o que resulta,pela equacão 2, em um ângulo,
entre o deslocamento e a forca, de 90°.
Como as linhas de campo são
tangentes a direcão da forca , logo, as
superficies equipotenciais também serão
perpendiculares às linhas de campo elétrico.,
conforme a fig 26.
Fig.26:Superficies equipotenciais, linhas 
tracejadas, em um campo elétrico gerado por um
dipolo elétrico.
12
Por meio dos dados coletadosreferentes
aos potenciais elétricos de mesmo valor em cada
ponto (x,y) do plano cartesiano ,para cada tipo de
eletrodo, foi possível analisar o comportamento das
superficies equipotenciais , em cada montagem
experimental, se valendo de gráficos associando
cada par ordenado (x,y) ao potencial encontrado.
Para os eletrodos pontuais os quais formavam
um dipolo elétrico foi possível observar a configuracão
dos pontos de mesmo potencial,usando os seguintes
valores de voltagens como referência: 1,65V,1,20V,
2,35V,3,20V e 4,30V(fig 26).
Fig.26:Superficies equipotenciais ,encontrada no
experimento, para os eletrodos pontuais tipo dipolo
elétrico.
Fonte:Serway vol 3,p729
3.2 Análise dos dados dos eletrodos pontuais.
Fonte: arquivo pessoal.
Usando um simulador é possível ver, com
mais precisão, como essas superficies equipotenciais
se comportam em um dipolo e
(EE)A-O
XIE
(EE)A-O
XIE
Nome da disciplina -1°/2021
comprar 0 com resultado obtido 
experimentalmente(fig.27).
Fig.27: Superficies equipotenciais ,linhas na cor
verde,para um dipolo elétrico, obtidas usando um
simulador computacional.
Fonte:PHET,2021
É visível que o resultado obtido a partir do
experimento , com dados medidos manualmente, se
aproxima muito do modelo simulado.
Já as linhas de campo elétrico podem ser
desenhadas de forma a serem perpendiculares às
superficies equipotenciais, como ficou provado pelo
desenvolvimento teórico (fig.28 e fig.29).
Fig.28: Linhas de campo elétrico desenhadas em
alaranjado, aproximadamente perpendiculares às
superficies equipotenciais.
13
Fonte:arquivo pessoal.
Fig.29: Desenho da organizacão de possíveis vetores campo
elétricos nesse sistema.
Fonte: arquivo pessoal.
O que é interessante observar nesse sistema é que
analisando tanto os dados experimentais como a simulacão é
perceptível que as superficies equipotenciais não estão a
uma distância constante dos eletrodos. Elas se tornam cada
vez mais irregulares conforme se afastam dos eletrodos
pontuais.
Desse modo, o módulo do campo
elétrico,ao longo dessas superficies,não será
constante. Isso é entendido observando que as
superficies não possuem uma distância
Nome da disciplina -1°/2021 simétrica em relação ao eletrodo. Uma vez que
campo elétrico varia de acordo com a distância,
para distância inconstante ,se obterá valores,
da mesma forma,não constantes.
Outro ponto que corrobora para essa
constatação é observar que a densidade de linhas de
campo elétrico diminui ou aumenta conforme se afasta ou
se aproxima desses eletrodos,respectivamente.
Assim,como as superficies equipotenciais não possuem
um formato regular e equidistante da carga, o campo
elétrico ao longo delas sofrerá variações em seu módulo.
3.3 Análise de dados do potencial
nos eletrodos contínuos retos.
Já nos eletrodos retos e paralelos foram obtidas
superficies equipotenciais ,aproximadamente, verticais
em relacão ao plano (x,y)(fig.30). Isso mostra que o
campo elétrico nessa configuração é próximo de um
campo uniforme.
Fig.30: Superficies equipotenciais, obtidas
experimentalmente,para os eletrodos retos.
14
Fonte:arquivo pessoal.
Uma forma de provar que o campo, nesse caso, é
de fato uniforme é manipulando a equação 21, de modo a
se obter a seguinte igualdade:
Pelo gráfico, pode-se pegar duas superficies
equipotenciais, localizadas em a(x,y)e
b(x',y')),separados por uma istância d=db-d(fig.31).
Fig.31: Superficies equipotenciais em destaque
localizadas, aproximadamente, em a(- 20,0)e
outra,aproximadamente,em b(20,0).
Nome da disciplina - 1°/2021 15
Fonte:arquivo pessoal.
Pelo gráfico sabemos que esses dois potenciais
correspondem à V=3,85 Ve Vb=2,52 V.Por meio da
escala,percebe-se que a distância d será
,aproximadamente, ≈ 40mm.
Com isso é possível calcular o campo
elétrico pela equacão 29, sendo:
Agora,pegando outros dois pontos para
comprovar que o campo é,de fato ,uniforme e realizando
o mesmo processo de cálculo (fig 32).
Fig.32:Superficies equipotenciais em destaque,
localizadas aproximadamente em a(05,0) e outra
aproximadamente, em b(40,0).
Fonte: arquivo pessoal.
Calculando-se novamente o campo elétrico
nessa configuracão, sabendo ,pela Fig 28, que os
potenciaisis são:Va=3,07 Ve )b=2,01V.
Comparando os resultados obtidos nas equações
31 e 33, percebe-se que são praticamente iguais ,tendendo
para o valor de 0,3,3m.Fica demonstrado assim, que
através dos cálculos acima, de fato, o campo é
aproximadamente uniforme.
Nome da disciplina -1°/2021
3.3 Análise dos dados do potencial nos
eletrodos concêntricos.
Calculando o campo elétrico pela lei de gauss
nos eletrodos concêntricos e utilizando como superficies 3
cilindros de raios diferentes que englobam as regiões
existentes nos eletrodos fora,dentre eles e no
interior(fig.33).
Fig.33: cilindros representados pela cor
indicando as regiões vermelho(fora),dentre
eles(verde) e amarelo (interior).
FONTE:Arquivo pessoal
Como o campo exterior é dado por:
16
Portanto o campo externo também é nulo e de
mesmo modo na região interna da intersecão entre os 2
eletrodos o campo é dado por:
Como dentro da região interna não tem
carga logo:
Emnterno=0(40)
Logo como o campo é nulo nessas regiões a
diferenca de potencial elétrico relacionado entre 2 pontos ae
bdentro dessas regiões pela equacão 29:
(34)
Como é nulo pois os eletrodos têm o mesmo módulo de cargas com sinais diferentes:
(35)
Ou seja, quaisquer coordenadas
atribuídas dentro dessas regiões ,terá o
potencial constante (fig. 34) e (fig.35).
Nome da disciplina -1°/2021
Fig.34: Potencial constante dentro da região interna
dos eletrodos ,aproximadamente 5V.
Fonte:Arquivo Pessoal
Fig.35: Potencial constante aproximadamente
0,7V.
Fonte:Arquivo pessoal.
Todavia, como no cilindro verde existe apenas 1
carga então o campo entre os eletrodos vai ser
diferente de 0, ou seja vai existir:
17
Existindo campo ,haverá diferenca de potencial, ou
seja qualquer particula eletrizada sofrerá acao de uma forca
realizando trabalho por uma certa distância como já foi dito,
determinado por:
Logo Vab≠0(4
Va≠Vb (50)
Portanto ,haverá diferenca de potencial
nessa região entre os eletrodos ,onde seus pontos
foram obtidos por meio dos dados,o seguinte
gráfico, conforme a (fig 36).
Fig.36: Superficies equipotenciais encontradas
experimentalmente para os eletrodos concêntricos
Fonte: arquivo pessoal.
Relacionando essa ideia dos eletrodos concêntricos
com o experimento da gaiola de
Nome da disciplina -1°/2021 faraday,pode-se afirmar que a Lei de Gauss
determina o campo nulo nas regiões interior e
exterior destes. Isso faz com que o potencial se
torne constante nessas regiões,assim,não
havendo d.d.p,logo,o trabalho por carga será
nulo nessa região doespaco.Uma vez que o
trabalho equivale à variacão de energia
cinética,portanto, não haverá variação da
energia de movimento para que as partículas
mudem suas configurações no sistema,ou
seja,produzindo corrente elétrica (fig.37).
Fig.37: Exemplo de um carro funcionando como
uma gaiola de faraday, produzindo uma blindagem
eletrostática a qual protege um indivíduo em seu
interior no momento de uma descarga elétrica.
Fonte: Halliday & Resnick, 2016,p 99
4.Conclusão
O experimento,portanto,buscou analisar
0 comportamento das superficies 
equipotenciais em diferentes tipos de
eletrodos eletrizados com cargas opostas.
Para os eletrodos retos foi constatado
18
superficies verticais, já para os eletrodos pontuais e
concêntricos os padrões se aproximaram de
circunferências. Usando a bibliografia teórica,
comprovou-se também que as linhas de campo
elétrico formam um ângulo de 90° com essas
superficies. Além disso,foi possível demonstrar como
calcular o valor desses potenciais por meio de
equacões matemáticas, assim como a explicação
para o funcionamento da gaiola de faraday.
Dessa forma,foi possível observar na
prática,como assim foi planejado, os padrões formados por
essas superficies em cada montagemexperimental,
valendo-se de gráficos e da bibliografia teórica para o
entendimento mais preciso do que se estava sendo
observado.
Referências
GUEDES,M. Bicentenário da Invencão da Pilha por
Alessandro Volta. Revista ELETRICIDADE, n 367,
p.145,junho 1999.
HALLIDAY,D;RESNICK, R; W ALKER,J.
Fundamentos da física: gravitação, ondas e
termodinâmica. 10. ed. Rio de Janeiro, RJ:
LTC,2016.643 p.
JUNIOR, F;FERRARO,N; SOARES, P;Os
fundamentos da física 1: mecânica. 9. ed. São
Paulo,SP:Moderna, 2007.494 p.
PHET,2021 Disponivel em
<https://phet.colorado.edu/sims/html/charges and-
fields/latest/charges-and-fields_en.html> Acesso em:
22 jun 2021.
Nome da disciplina-1°/2021
SANTOS,M; BARROSO, M; HOLANDA,F;
SAMPAIO,C. História da química: um estudo
teórico sobre a pilha de Alessandro Volta.
Research,Society and Development, v.9, n.5, 2020.
SERW AY, R.A; JR,J.W .J. Principios de Física:
eletromagnetismo. 3. ed. São Paulo, SP:
THOMSON.2006. 343 p
19 YOUNG,H.D.;FREEDMAN,R. A. Física
III:Eletromagnetismo, 12a. ed. Pearson,São
Paulo,Brasil,2009.

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