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Fisioterapia Neurofuncional
Aula - 02
Prof. Alessandro Adamo
Avaliação do Paciente 
Neurológico 
Etapas no atendimento do paciente/cliente
1. Exame do paciente
2. Avaliação dos dados e identificação de 
problemas
3. Determinação do diagnóstico
4. Determinação do prognóstico e do plano de 
tratamento (PDT)
5. Implementação do PDT
6. Reexame do paciente e avaliação dos resultados 
do tratamento
Etapa 01: EXAME
• Identificação e definição do problema do paciente e os recursos 
disponíveis para uma intervenção apropriada;
• Consiste de três elementos: Histórico – Obtido através da revisão de 
registros médicos e entrevistas; Revisão de Sistemas – Através de um 
exame de triagem avalia-se a presença ou não de disfunção dos 
sistemas corporais, assim como pode-se obter informações 
comunicação, afeto, cognição e estilo de aprendizagem; e Testes e 
Medidas – Utilizados para obter dados mais objetivos que 
determinem de maneira precisa o grau de função e disfunção 
específico. 
Exemplos de perguntas para entrevistas
Natureza e histórico do problema atual
• Que problemas o trazem à terapia?
• Quando ele(s) começou(aram)?
• O que aconteceu para precipita-lo?
• Há quanto tempo existe(m)?
• O que o(s) faz(em) piorar(rem)?
• Quais são as suas metas e expectativas para a fisioterapia?
• Está se consultando com mais alguém para cuidar do(s) problema(s)?
Exemplos de perguntas para entrevistas
Resultados desejados em termos de atividades funcionais essenciais
• Quais atividades você normalmente faz em casa/no trabalho/na 
escola?
• Quais atividades você não consegue fazer?
• Quais atividades são feitas de forma diferente e em que são 
diferentes (mais tempo, mais esforço, estratégia diferente)?
• Em quais atividades você precisa de ajuda agora e que preferiria fazer 
sozinho?
• Quais são as atividades de lazer importantes pra você?
• Como posso ajuda-lo a ficar mais independente?
Exemplos de perguntas para entrevistas
Identificação do ambiente no qual as atividades do paciente 
geralmente ocorrem
• Descreva o ambiente de sua casa/escola/trabalho.
• Como você se movimenta/acessa áreas na sua casa (banheiro, quarto, 
entra e sai de casa)? Você se sente seguro?
• Como você se movimenta/acessa áreas na sua comunidade (local de 
trabalho, escola, mercearia, shopping)? Você se sente seguro?
Exemplos de perguntas para entrevistas
Identificação do apoio social disponível
• Quem mora com você?
• Quem ajuda a cuidar de você?
• Quem o auxilia nas atividades que deseja fazer?
• Há alguma atividade que você tem dificuldade para realizar e se 
beneficiaria de ajuda adicional?
Exemplos de perguntas para entrevistas
Conhecimento do paciente sobre potenciais fatores de risco de 
incapacidade 
• Quais problemas futuros podem ser previstos?
• O que você pode fazer para eliminar ou reduzir a probabilidade de 
isso acontecer?
Etapa 02: AVALIAÇÃO
• Análise e organização dos dados coletados
• Devem ser considerados fatores como: nível de deficiências, grau de 
perda funcional e incapacidade, saúde geral e o nível de atividade do 
paciente, a disponibilidade de sistemas de apoio social, o ambiente 
onde vive e o destino de alta em potencial;
• Envolvimento de vários sistemas, deficiência grave e perda funcional, 
cronicidade, condições de comorbidade e a estabilidade clínica do 
paciente.
Terminologia da deficiência
• Doença – Condição patológica do corpo ou entidade anormal com um 
grupo característico de sinais e sintomas que afetam o corpo;
• Sinais – São evidências diretamente observáveis ou mensuráveis de 
anormalidades físicas;
• Sintomas – São reações mais subjetivas à anormalidade física;
• Deficiências (diretas) – São o resultado de estados de patologia ou 
doença e incluem qualquer perda ou anormalidade da estrutura ou 
função fisiológica, anatômica ou psicológica;
Terminologia da deficiência
• Deficiências secundárias (indiretas) – São sequelas ou complicações 
que se originam de outros sistemas;
• Limitação funcional – Restrição da capacidade de desempenhar, em 
referência à pessoa como um todo, uma ação física, tarefa ou 
atividade de maneira eficiente , tipicamente esperada ou 
competente;
• Atividades Básicas da Vida Diária (ABVD) – Vestir-se, alimentar-se e 
banhar-se);
• Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD) – Limpar a casa, 
preparar refeições, fazer compras, telefonar, administrar finanças etc.)
Terminologia da deficiência
• Incapacidade – Inabilidade ou limitação na execução da ações, tarefas e 
atividades usualmente esperadas pela sua condição ou por um contexto 
sociocultural e ambiente físico específicos;
• Função – Atividades identificadas por um indivíduo como essenciais para 
apoiar o bem estar físico, social e psicológico e para criar um sentimento 
pessoal de uma vida que tenha significado;
• Saúde – Estado de bem-estar físico, mental e social completos e não 
meramente a ausência de doença ou enfermidade;
• Qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) – O efeito total de fatores 
individuais e ambientais na funcionalidade e no estado de saúde, que inclui 
três dimensões maiores: a função física, a psicológica e a social.
Etapa 03: DIAGNÓSTICO
• Identificação de uma doença, um distúrbio ou uma condição 
(patologia/fisiopatologia) por meio de avaliação de sinais, sintomas, 
histórico, resultados de análises laboratoriais e procedimentos 
apresentados;
• Para o fisioterapeuta – Identificar o impacto de uma condição ou 
função em nível de sistema (em especial o sistema locomotor) e no 
nível da pessoa como um todo;
Exemplos
• Diagnóstico médico – Acidente vascular Encefálico (AVE)
• Diagnóstico fisioterapêutico – Função motora e integridade sensorial 
deficientes associadas à distúrbios não regressivos do sistema 
nervoso central, adquiridos na adolescência ou na fase aguda;
• Diagnóstico médico – Lesão da Medula Espinhal (LME)
• Diagnóstico fisioterapêutico – Função motora, integridade nervosa 
periférica e integridade sensorial deficientes associadas a distúrbios 
não regressivos da medula espinhal.
Diagnóstico
• O processo diagnóstico inclui a integração e avaliação dos dados 
obtidos durante o exame para descrever a condição do 
paciente/cliente em termos que guiarão o prognóstico, o plano de 
tratamento e as estratégias de intervenção. 
Etapa 04: PROGNÓSTICO E PLANO DE 
TRATAMENTO
• Prognóstico – Nível ideal previsto de melhoria na função e o tempo 
necessário para atingir aquele nível;
• Plano de tratamento (PT) – Resume o gerenciamento previsto ao 
paciente, requerendo habilidades tanto na interpretação quanto na 
integração dos dados, assim como raciocínio clínico.
Metas previstas e resultados esperados
• Os resultados definem o nível esperado do paciente ao término do 
tratamento ou internação para reabilitação;
• As metas definem as etapas provisórias necessárias para alcançar os 
resultados esperados; 
Intervenções
Componentes das intervenções de fisioterapia:
• Coordenação, comunicação e documentação;
• Instrução relacionada ao paciente/cliente – Adaptada ao caso, de 
maneira individual ou coletiva;
• Intervenções de procedimentos – Intervenções Restaurativas (sanar 
ou melhorar o estado); Intervenções Compensatórias (promover 
função ideal usando habilidades residuais); Intervenções Preventivas 
(manter a saúde e minimizar deficiências em potencial.
Exemplos de esquemas de organização para 
Planos de Tratamento
Equação FITT – Frequência, Intensidade, Tempo (duração) e Tipo de 
intervenção;
Esquema de Sullivan e Markos – Postura e atividade (descrição da 
postura específica e da atividade), técnica utilizada (modo de ação do 
fisioterapeuta ou intervenção utilizada) e elementos necessários 
(comandos verbais, contatos manuais, resistência elástica etc.)
Etapa 05: INTERVENÇÃO
Fatores importantes a serem considerados
• Conforto do paciente;
• Desempenho ideal;
• Ambiente estruturado (reduzir distrações, concentrar-se no paciente);
• Considerar a boa mecânica docorpo, uso eficaz da gravidade, busca 
do bom posicionamento;
• Equipamentos bem armazenados e em bom estado de 
funcionamento;
Fatores importantes na intervenção
• Cuidadosa avaliação do estado inicial do paciente;
• As respostas ao tratamento devem ser monitoradas cuidadosamente 
durante todo o curso da reabilitação;
• Modificações no tratamento devem ser implementadas assim que 
necessário;
Etapa 06: RESULTADOS
• É contínua e envolve o reexame contínuo do paciente e a 
determinação da eficácia do tratamento;
• O relatório de progresso resume as descobertas do reexame e a 
avaliação das habilidades do paciente em termos de metas previstas e 
resultados esperados determinados no PT;
• O sucesso geral depende das habilidades do terapeuta ao tomar 
decisões clínicas continuamente e em engajar a cooperação e a 
motivação do paciente;
Plano de alta
• Educação do paciente, da família e/ou do cuidador;
• Planos para tratamento de acompanhamento apropriados ou 
encaminhamento a outra instituição ou profissional;
• Instrução de um plano de exercícios domiciliares (PED);
• Avaliação e modificação do ambiente doméstico para auxiliar o 
paciente no seu retorno para casa;
• Prognóstico de alta (excelente, boa, regular ou fraca) – Reflete o 
julgamento do fisioterapeuta sobre a habilidade do paciente em 
manter o nível de função alcançado no final da reabilitação sem 
intervenção profissional contínua. 
Diferencie
1. ABVD’s de AIVD’s
2. Resultados de metas
3. Prognóstico de plano de tratamento

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