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OSILAÇÃO Oscilação significa avanço e retrocesso que se alternam, podendo ter um processo periódico ou não. Fenômenos oscilatórios ocorrem incessantemente e de variados modos na natureza, além de estarem presentes em quase todos os processos na ciência e na técnica. Além disso, o conhecimento de oscilações está na base de estudo de ondas (Vibração: Oscilação mecânica rápida). · Exemplos de oscilador: pistão em motor a explosão; cordas de violino; pêndulo, tensão e corrente elétrica alternantes em rede elétrica; elétrons em antena; átomos em moléculas, vetores em onda eletromagnética. A oscilação só pode existir em equilíbrio estável. Os fenômenos oscilatórios, em suas múltiplas modalidades e manifestações, é um campo extenso e complexo. Estando o sistema em posição genérica (fora do equilíbrio), age necessariamente uma “força de restituição”, como diz o nome, é uma força que age no sentidode reconduzir o sistema à configuraçãode equilíbrio estável (força elástica). CONSIDERANDO UMA OSCILAÇÃO VERTICAL As forças que interferem sistemas oscilantes: Força Peso: P⃗→ = m ⃗g→ = m g j→ · Massa do corpo oscilante (m); · Aceleração da gravidade (g); Força Elástica: ⃗F→elástica = −k y j→ · Constante elástica da mola (k); · Deformação da mola (y). Força Viscosa: ⃗F→ viscosa = −c v →j · Coeficiente de resistência viscosa (c); · Velocidade (v). Essa força resulta de processo dissipador de energia mecânica. Dispositivo construído para exercer força viscosa é chamado de amortecedor: ⃗F→ result. = m ⃗a→ j→ ( COMPLEMENTO FÍSICA I ) Força Resultante: 𝐹→𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡. = 𝑚 𝑑2𝑦 𝑗 𝑜𝑢 𝐹→𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡. = 𝑚 𝑑𝑡2 𝑦̈ 𝑗→ Equivalente á soma vetorial de todas as forças exercidas na partícula oscilante. Oscilação unidimensional segundo o eixo 0y. ENERGIA EM SISTEMAS OSCILANTES Energia Cinética: E cinética = 1 m v 2 2 · Massa (m); · Velocidade (V). Força Elástica:⃗⃗F→ = −k y j→ Energia Potencial Elástica: 1 ( 2 )EP = 2 k y Teorema da Energia Cinética (TEC): τ resultante = ΔE cinética Ao incrementar a energia cinética do sistema equivalente ao trabalho resultante de todas as forças atuantes. Teorema da Energia Mecânica (TEM): τ força dissipativa = ΔE mecânica Ao incrementar a energia mecânica do sistema é igual ao trabalho resultante da força. OSCILAÇÃO LIVRES SEM AMORTECIMENTO O sistema mecânico oscilatório mais simples, é formado por um corpo, de massa m, e uma mola (constante elástica k). A mola tem uma extremidade fixa e em sua outra extremidade fixa-se o corpo. Um operador externo transfere energia ao sistema, que passa a oscilar num campo gravitacional uniforme de intensidade g. Analisando o movimento do corpo: Não velando em consideração a massa da mola e considerando que o sistema estáimerso num ambiente se o ar atmosférico (vácuo). Assim, as forças que atuam no corpo serão somente a força peso exercida pela Terra e a força elástica exercida pela mola. · A força da mola segue a lei de Hooke: 𝐹 𝑚𝑜𝑙𝑎 = 𝑘 . 𝑦 𝑚𝑜𝑙𝑎 Em uma mola helicoidal: 𝐺𝑟4 Constante elástica k: 𝑘 = 4𝑁𝑅3 · Módulo de rigidez do material que é constituído o fio (G); · Número de espiras da mola (N); · Raio das espiras (R); · Raio do fio (r). A posição do corpo y tem como origem a posição em as forças da mola e força peso se anulam. Com base na equação diferencial: 𝑦 = 𝑦𝑚 𝑐𝑜𝑠(𝜔 𝑡 + 𝜃) Equação da Velocidade: Equação da Aceleração: v = dy = −ω ym sen(ωt + θ) dt a = dv = −ω2 ym cos(ωt + θ) 𝑜𝑢 𝑎 = −𝑤 𝑦2 dt Supondo que as condições iniciais do movimento y(0) e v(0), ficam definidas a amplitude ym e a fase inicial: 𝑦(0) 𝑣(0) 𝜃 = 𝑎 𝑐𝑜𝑠 ( 𝑦𝑚 ) 𝑜𝑢 𝜃 = 𝑎 𝑠𝑒𝑛 (− ) 𝜔 𝑦𝑚 Os gráficos da posição, velocidade escalar e aceleração em função tempo no MHS: ENERGIA MECÂNICA NO MHS O movimento harmônico simples (MHS) é aquele em que um corpo oscila em torno de uma posição de equilíbrio devido à ação de uma força restauradora, cuja natureza pode ser elástica, gravitacional, elétrica, entre outras. A energia mecânica do sistema pode ser calculada supondo que o corpo passe pela posição em que a mola não está deformada na posição: Com velocidade: v0= v(0); 𝑦(0) = − 𝑚 𝑔 𝑘 A partir desse instante, o corpo, pela ação da força peso que atua sobre ele, desce e deforma a mola, de maneira que sobre o corpo atuam, ao mesmo tempo, duas forças: a força peso e a força elástica. Então, o trabalho resultante da força peso e da força elástica confere ao corpo uma variação de energia cinética dada por: 1 2 𝐸𝑚 = 2 𝑚𝑣𝑚 Considerando que somente forças conservativas, a energia mecânica no pêndulo de mola é expressa por: Gráfico da equação anterior: 1 2 𝐸𝑚 = 2 𝑚 𝑣 1 2 + 2 𝐾𝑦 OBSERVAÇÃO: O que ocorre na realidade, nessa análise de energia do MHS, é uma troca de energia entre o corpo e a mola. Quando não é levada em conta a massa da mola, a sua energia é só potencial e a do corpo é somente cinética. PÊNDULO SIMPLES Um pêndulo simples é constituído por um corpo de massa m, ligado a um fio de comprimento L (com uma extremidade do fio é fixa). O corpo é abandonado num campo de gravidade de intensidade g e passa a ter um movimento oscilatório, com período T. Período: Equação do Movimento Angular: 2π T = ω g ou T = 2π√ L θ = θmcos(ω t + α) Equação de Velocidade Angular: σ̇ = −ω θmsen(ω t + α) Equação da Aceleração Angular: σ̈ = − ω2θmcos(ω t + α) · Amplitude de oscilação (θm); · Velocidade angular máxima (ωθm); · Aceleração angular máxima (ω2 θm). OBSERVAÇÃO: Uma característica peculiar do pêndulo simples é que o seu período de oscilação independe da massa do corpo, em analogia com o que ocorre com a queda livre de um corpo num campo de gravidade uniforme, em que o tempo de queda, partindo do repouso, numa mesma altura, também não depende da massa do corpo. MOVIMENTO AMORTECIDO O movimento de um oscilador fica sujeito a uma força que atua sempre em sentido contrário à velocidade do oscilador, então o movimento é chamado de amortecido. É dessa forma que atua, por exemplo, o amortecedor de um automóvel. Numa primeira aproximação, vamos considerar que a força exercida pelo amortecedor seja diretamente proporcional à velocidade do oscilador. Considerando que uma partícula de massa m move-se sobre o eixo 0y sob ação de força elástica e uma força viscosa: 𝐹 𝑒𝑙á𝑡𝑖𝑐𝑎 = −𝑘𝑦 ; 𝐹 𝑣𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠𝑎 = −𝑏𝑑𝑦 𝑑𝑡 Grau de amortecimento 𝖰 = 𝑚𝟎 Há três tipos de amortecimento para o movimento amortecido, conforme o intervalo de variação do grau de amortecimento: ( 0 )Amortecimento fraco 0 < β < 1; 𝑦 = 𝑦𝑚𝑒−𝛾𝑡 𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡 + 𝜃) ; 𝜔 = √𝜔2 − 𝛾2 Amortecimento crítico β = 1: 𝑦 = (𝐴1 + 𝐴2 𝑡 )𝑒−𝛾𝑡 ( 0 ) ( 0 )Amortecimento forte β > 1: 𝑦 = 𝐴1 𝑒 (−𝛾+√𝛾2+𝜔2) + 𝐴2 𝑒 (−𝛾+√𝛾2+𝜔2)𝑡 ATENUAÇÃO EXPONENCIAL Ocorre não só em oscilações amortecidas, mas também em outros fenômenos transitórios como decaimento radioativo, circuito RC, circuito RL e circuito RLC com amortecimento crítico ou supercrítico. É comum o fenômeno das oscilações pseudo-harmônicas amortecidas exponencialmente, cuja amplitude decai com o tempo segundo a lei 𝑦 = 𝑦𝑚𝑒−𝛾𝑡
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