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História do Jornalismo Aula 4 - Jornalismo e literatura INTRODUÇÃO Nesta aula, estudaremos os primórdios do Jornalismo brasileiro, momento em que tudo era feito de forma mecânica nas redações e destacava-se o jornalista que conseguia espaço para apostar na musicalidade de um texto mais bem fundamentado, com estrutura nada convencional. De acordo com Werneck (2012), “não existe redação de jornal ou revista em que não haja jornalistas que lá chegaram porque, tendo ‘jeito para escrever’, em algum momento sonharam tornar-se escritores”. Werneck ainda acrescenta que “[o escritor,] aos poucos mudou de rumo e, abandonando as veleidades literárias, concentrou-se na atividade jornalística [...]. Hoje, os escritores nas redações são menos numerosos do que foram no passado. Houve tempo em que a maioria deles tinha dois caminhos para ganhar a vida: o serviço público e o Jornalismo. Entre as �guras graúdas, raros - Guimarães Rosa, Rubem Fonseca e uns poucos mais - escaparam de uma coisa ou de outra”. A União do Jornalismo com a Literatura é, portanto, um casamento, com interesses pouco distintos e uma paixão incomum, que consegue atravessar séculos e rende bons frutos. OBJETIVOS Examinar a ligação do Jornalismo com a literatura, analisando os primórdios do Jornalismo no Brasil imperial e da chamada Primeira República. Conhecer os primórdios da crônica jornalística no Brasil. Descrever a a�rmação dos gêneros romance-reportagem, biogra�a, Jornalismo gonzo e crítica literária, que surgem quando Jornalismo e Literatura estavam mais próximos no Brasil. VÍDEO Que tal começarmos nossa aula assistindo ao vídeo com o jornalista Matinas Suzuki, que trabalhou por 16 anos na Folha de S. Paulo; apresentou durante três anos e meio o programa de entrevista Roda Viva, na TV Cultura; em 2008, foi responsável pela série Jornalismo Literário, da editora Companhia das Letras, passando a trabalhar nesta editora desde 2010, como diretor de comunicação? No vídeo ao lado, você acompanha a primeira parte da entrevista. Clique em Parte 2 (glossário), Parte 3 (glossário) e Parte 4 (glossário) para conferir a entrevista na íntegra. ATIVIDADES Questão 1: Certamente você sabe que um desses bons frutos da ligação da Literatura com o Jornalismo é a obra Os Sertões, do jornalista Euclides da Cunha, um autor consagrado de nossa Literatura. Vamos lembrar do que trata a obra? Disponível em: https://youtu.be/0ycevG85mqg (glossário). Acesso em: 16 maio 2017. Outros jornalistas publicaram livros relevantes para nosso sistema literário e você deve ter ouvido falar de literatos brasileiros que publicaram relevantes reportagens. Você saberia citar cinco desses jornalistas/literatos? Euclides da Cunha, já citado em nossa aula, �ca de fora. Resposta Correta Questão 2 - Prova EBC – 2011 Banca: CESPE (Questão adaptada) O livro ____, sobre a Guerra de Canudos, é um clássico da literatura brasileira e tem origem em reportagens publicadas pelo autor no jornal O Estado de São Paulo. Grande Sertão e Veredas. O Quinze. Vidas Secas. Os Sertões. Capitães de Areia. Justi�cativa PONTE ENTRE JORNALISMO E LITERATURA https://www.youtube.com/watch?v=BsTZbF50FLg https://www.youtube.com/watch?v=UKIhE3lZBo0 https://www.youtube.com/watch?v=9yFiT4FgQFU https://youtu.be/0ycevG85mqg Fonte da Imagem: D. João VI no Rio de Janeiro: um monarca fugido de Napoleão em uma terra com infraestrutura de colônia. A ponte entre Jornalismo e Literatura, construída ainda no velho continente, se instaurou no Brasil Império, juntamente com a implantação dos jornais impressos. Poetas e escritores, como já estamos vendo, faziam vezes de repórteres e editores para sustentar suas famílias e suas artes. Entre os séculos XVIII e XIX, escritores renomados, com o apoio de todos que fazem parte do processo de elaboração do jornal, passam a se armar de critérios de noticiabilidade para construir manchetes e editoriais. O intuito era universal: trazer ao conhecimento de todos os assuntos de interesse da sociedade, de forma ordenada para facilitar a captação e compreensão do leitor. , No Brasil, essa união foi primordial, a�nal tratava-se de um país muito jovem e com precária infraestrutura sob o comando de um imperador que censurava a imprensa e determinava o que poderia ou não ser noticiado., , Se, no início, eram esses literatos que assumiam a redação dos jornais, o legado que conseguem deixar para a história da comunicação impressa é mais do que poemas ou textos pessoais, mas o início de uma série de gêneros informativos construídos sob o alicerce de uma opinião fundamentada e de forte senso crítico. Con�ra agora as fases do Jornalismo no Brasil: Primeira fase do Jornalismo – Brasil Imperial O pesquisador referencial Nelson Werneck Sodré (1977) chama de primeira essa fase do Jornalismo brasileiro no Brasil Imperial. Sodré destaca o Correio Brazilense, a Gazeta do Rio e a Idade de Ouro do Brasil, assim como as publicações Variedades ou Ensaios de Literatura, de 1812, propondo-se a divulgar discursos, extratos da história antiga e moderna, anedotas e outros. Havia também O Patriota, entre 1813 e 1814, com o mesmo enfoque. Segunda fase do Jornalismo – Jornalismo Literário Sodré relata que, com o passar dos anos, começavam a chegar mais tipogra�as ao país, tendo sido adquiridas duas no Rio de Janeiro e, logo depois, mais quatro, além de já existirem na Bahia e no Recife. Faltava esperar pelas condições políticas para maiores e melhores jornais. Elas surgiram anos depois, com o desejo de independência do Brasil de Portugal, fator que fez os órgãos impressos se multiplicarem. O autor termina sua análise no início da década de 20 do século XIX, ou seja, quando D. João IV volta para Portugal e é decretado o �m da censura prévia. Nas palavras do professor Jorge Cláudio Ribeiro, o Jornalismo brasileiro ingressava na adolescência: (...) na verdade, o período de 1830 a 1850 foi o grande momento da imprensa brasileira. Fraca em técnica, artesanal na produção, com distribuição restrita e emprestada, praticamente inexistente uma vez que inespecí�ca, encontrou, entretanto, na realidade política, a fonte de que se valeu para exercer sobre essa realidade, por sua vez, in�uência extraordinária, consideradas as condições da época. Foi, praticamente, a infância da imprensa brasileira; talvez a sua turbulenta adolescência, quando muito, se considerarmos infância a curta fase em que batalhou pela liberdade conjugada à independência do país em 1822 (RIBEIRO 1994). Segundo Seabra (2002), essa fase é conhecida como Jornalismo Literário e vai do surgimento da imprensa no Brasil até o �nal do século XIX. Jornalismo informativo Ao Jornalismo Literario se seguem o chamado Jornalismo informativo estético (que compreende o período de transição entre o �m do século XIX e o �m da Primeira Guerra Mundial) e o Jornalismo informativo utilitário (abrange todo o período do entreguerras e se estende pelas décadas de 1950 e 1960). Tanto em um quanto em outro, a presença de literatos nas redações é intensa, mas a cada ano em menor número na comparação com a fase do Jornalismo Literário. Questão 3 - Prova UNIRIO- 2011- UNIRIO O professor Ciro Marcondes Filho, no livro Comunicação e Jornalismo: a saga dos cães perdidos (MARCONDES FILHO, Ciro. Jornalismo: a saga dos cães perdidos. São Paulo: Hacker, 2000), busca historicizar a evolução do Jornalismo em quatro fases. Nesse contexto, o Primeiro Jornalismo, situado entre 1789 e 1830, caracteriza-se pelo(a): Conteúdo literário e político, com texto crítico, sendo comandado por escritores, políticos e intelectuais. Início da pro�ssionalização dos jornalistas, pela criação de reportagens e manchetes e pela utilização da publicidade. Monopolização do mercado por grandes grupos empresariais, fortemente in�uenciados por ações de relações públicas. Impressão em grandes tiragens e ampla utilização da tecnologia, o que motivou mudanças nas funções do jornalista pro�ssional. Valorização da informação visual e crise da imprensa escrita, devido aos altosíndices de analfabetismo. Justi�cativa JORNALISMO LITERÁRIO Como estamos estudando, o fato político é anterior ao fato literário no Jornalismo brasileiro, mas a sua técnica se aperfeiçoa e se desenvolve à medida que os jornais conciliam a natureza política com a natureza re�exiva que a Expressão literária fornece. Juarez Bahia (1990) sublinha, no entanto, que o Jornalismo opinativo e ideológico, marca do Jornalismo Literário, é fruto de um momento histórico em que a imprensa ainda não era vista como empresa capitalista. Essa fase, de acordo com Cremilda Medina (1988), antecede o surgimento da empresa jornalística no Brasil, o que se dá somente no �nal do século XIX. Fonte da Imagem: Rotativa Linotipo: impressão mais veloz de jornais. O Jornalismo informativo estético, segundo Bahia e Medina, começa a se de�nir por volta de 1880, período marcado por um surto industrial, com novos investimentos em jornais, atualização do maquinário grá�co e investimentos na compra de papel. Nessa fase, a informação começa a ser vista como um produto e os acontecimentos políticos (glossário), econômicos e sociais passam a ocupar espaços antes preenchidos pelos meros debates. Os veículos passam a ser portadores dos interesses da classe produtora e das camadas médias. É o �m da imprensa artesanal, mas a marca literária ainda é uma constante, como vimos quando falamos de Os Sertões, de Euclides da Cunha. JOÃO DO RIO A primeira etapa do Jornalismo informativo começa ser de�nida na virada do século XX e ganhará forma durante a Primeira Guerra Mundial. E é o literato João do Rio seu grande inovador. Fonte da Imagem: Você já tinha ouvido falar do João do Rio? Saiba um pouco mais sobre esse jornalista lendo a reportagem Cronista da alma carioca, João do Rio tem três livros clássicos reeditados pela primeira vez (glossário). Acesso em: 17 maio 2017. Até o �nal do século XIX, a imprensa nacional se guiava por parâmetros do que era feito na Europa (especialmente Portugal, França e Inglaterra). A partir do início do século XX, é possível notar uma aproximação entre o Jornalismo brasileiro e o norte-americano. https://oglobo.globo.com/cultura/livros/cronista-da-alma-carioca-joao-do-rio-tem-tres-livros-classicos-reeditados-pela-primeira-vez-15457809 VOCÊ SABIA? A experiência norte-americana é completamente diferente da brasileira. Enquanto no Brasil o Jornalismo surgiu com atraso, nos EUA a imprensa apareceu em 1638; o modelo de colonização também foi diverso do brasileiro. Após a Primeira Guerra Mundial, o modelo norte-americano começou a encontrar adeptos no Brasil. , As relações comerciais e políticas, a in�uência das agências de informação, o intercâmbio cultural ente os dois países são fatores que in�uenciaram essa mudança que marcará em de�nitivo a saída do Jornalismo brasileiro do literário para o industrial. O legado do Jornalismo literário pode ser notado até os dias atuais em gêneros que ainda são vistos em jornais, revistas e livros brasileiros e também no YouTube, emissoras de TV e redes sociais. Você certamente ouvirá falar mais desses gêneros ao longo da disciplina. A CRÔNICA Elencamos a crônica como o primeiro subgênero a ser abordado, a�nal o estilo híbrido que é capaz de transitar entre a Literatura e o Jornalismo foi amplamente trabalhado por autores consagrados, como Olavo Bilac e Machado de Assis. Narrativa capaz de transportar o leitor para uma realidade �ctícia ou não, descrita minuciosamente nos mais ín�mos detalhes, do cotidiano mais banal, a crônica que aparece pela primeira vez em um Jornal, ainda no século XIX é marcada pela espontaneidade com que o autor dialoga constantemente com o leitor. Geralmente curta e narrada em primeira pessoa, conseguimos entendê-la como a representação literária do fragmentário, do ambíguo, do efêmero; sendo a argumentação e a criticidade elementos capazes de legitimá-la aos olhos do público. Acredita-se então que o “eu” utilizado pelo cronista, desprezado pelo jornalista de raiz, é um “eu” essencial, como uma espécie de utilidade pública. No Brasil, os primeiros relatos de crônicas jornalísticas publicadas em jornais ligam o gênero à Gazeta de Notíciasç, jornal que circulou entre os anos de 1875 e 1890, sendo que, no princípio, as crônicas, produzidas por autores como José de Alencar, assemelhavam-se às de origem francesa. Todavia, apesar das semelhanças com os textos jornalísticos informativos, como a inspiração nos acontecimentos diários, a crônica é diferente, pela propriedade com que o cronista consegue tocar o tema em questão, cabendo a ele, por vezes, o papel de poetizar os acontecimentos do cotidiano por meio de uma ironia característica. E, AFINAL, CRÔNICAS SÃO FATO OU FICÇÃO? Fonte: SCHWARTZ, Christian. Crônica a janela dos fatos, 2008. Disponível em: //www.gazetadopovo.com.br/caderno- g/cronica-a-janela-dos-fatos-b3ryq5klf7927qg8ncdtq5wsu (glossário). Acesso em: 18 maio 2017. https://www.gazetadopovo.com.br/caderno-g/cronica-a-janela-dos-fatos-b3ryq5klf7927qg8ncdtq5wsu ROMANCE REPORTAGEM CLIQUE NO 'CHECK' PARA EXPANDIR! Ficção? A palavra �cção não se aplica ao conceito de romance-reportagem, como em outros subgêneros. Não há dúvidas de que nesse tipo de narrativa tudo é verídico. Ele se concentra nos fatos e na maneira literária de apresentá-los ao leitor. Narrativa A junção romanesca com a narrativa jornalística origina, em tempos de autoritarismo, o subgênero que se atém à concentração de fatos e à maneira escolhida pelo escritor de narrá-las. Desse modo, a realidade é preservada, independentemente dos recursos �ccionais escolhidos para complementá-la. Recursos Linguísticos A história não é atual e muito menos aconteceu há alguns minutos ou horas, mas ainda assim os recursos linguísticos proporcionam a quem a lê, a sensação de que estivesse acontecendo no momento presente da leitura. Há, portanto, similaridade com o romance �ccional. Temas do estilo Entre os temas mais comuns ao estilo encontram-se: • Histórias que ocorrem paralelamente a guerras; • Regimes marcados por ditaduras; • A vida de criminosos e suas relações interpessoais; • A realidade de quem mora nas comunidades; • A realidade dos centros prisionais. Fonte da Imagem: Repórter policial, José Louzeiro escreveu o romance sobre dos criminosos mais citados pela crônica policial brasileira no �nal da década de 1960 e inicio da década de 1970. Felipe Pena (2006), por exemplo, acredita que o estilo textual busca representar de forma direta o real por meio da contextualização e interpretação em alguns acontecimentos. Não havendo somente uma atenção no informar, mas também em emitir uma opinião, orientar e explicar, baseando-se na referencialidade. Desse modo, o subgênero, comum durante o regime militar brasileiro, é capaz de absorver, ao mesmo tempo, características dos gêneros informativo, opinativo, interpretativo e diversional. Tem a capacidade de navegar entre todos eles, apresentando, por vezes, mais similaridades com uns do que com outros. VOCÊ SABIA? É respeitando o pilar jornalístico da referencialidade que o romance-reportagem �rma compromisso com o Jornalismo, ao requerer do narrador um aprofundamento no tema. O modo encontrado se baseia em muita pesquisa. A intenção de�ne o estilo e a subjetividade das inúmeras angulações encontradas molda a narrativa. Cabe ao autor tentar mergulhar na cabeça e nos ideais da sua personagem. , BIOGRAFIA Escrita da vida. Assim poderíamos explicar da forma mais íntegra nosso próximo gênero textual que mescla Literatura e Jornalismo. A�nal, não pode haver tanta complexidade para entender uma narrativa que assume características tão nítidas, capazes de se fazerem só suas. Fonte da Imagem: Fernando Morais é autor da biogra�a do brasileiro que foi dono de um império de quase cem jornais, revistas, estações de rádio e televisão, Assis Chateaubriand, ou apenas Chatô. Em suma, a biogra�a, na maioria das vezes, aborda pessoas públicas como políticos, cientistas, esportistas, escritores, modelos, estilistas ou pessoas que,por meio de suas atividades, provocaram um importante impacto para a sociedade, contribuindo de alguma forma para a história de uma região, nação ou do mundo. Autorizadas ou não, vezes ovacionadas ou na maioria delas cercadas de críticas, quando feitas sem consentimento da personagem, não importa; as biogra�as aparecem para permear o leitor em uma realidade diferente, conseguindo ultrapassar não apenas o espaço físico, mas o transportando para dentro de um universo psicológico. , Para conhecer mais sobre a História e as Características da Biogra�a, clique aqui (galeria/aula4/docs/historia_caracteristicas_biogra�a.pdf). JORNALISMO GONZO Fonte da Imagem: Hunter Thompson, o pai do Jornalismo Gonzo. Caracterizado como o estilo narrativo que é responsável por colocar o próprio narrador como o centro da obra, o Jornalismo Gonzo consegue fazer da ação do próprio e de sua relação com o ambiente tão importantes quanto o factual. A origem do termo gonzo tem diversas versões, sendo que a principal delas dá conta de que a palavra nada mais é do que uma gíria irlandesa utilizada para se referir ao último homem que acaba em pé, após uma noite de bebedeira. O responsável por batizar o subgênero foi o jornalista Bill Cardoso, após referenciar o clássico de Hunter Thompson, que relata para a revista Rolling Stone, cenas ocorridas durante sua viagem ao deserto do México para cobrir a corrida The Mint 400. A matéria de Thompson acabou ganhando tamanha notoriedade que virou �lme. No relato publicado, Thompson dá aos leitores da revista sua opinião sobre o lifestyle americano, fomentando uma crítica sobre este. O interessante é que o jornalista não apresenta nada de relevante sobre o evento esportivo. VÍDEO Assista ao lado o trailer do documentário Gonzo: Um delírio americano, que conta a história de Hunter S. Thompson, um jornalista excêntrico que não conhecia o signi�cado da palavra “excesso”. O documentário conta com entrevistas de amigos e familiares, e imagens de arquivo. https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/GON857/galeria/aula4/docs/historia_caracteristicas_biografia.pdf ATENÇÃO , Para saber um pouco mais sobre a vida de Hunter Thompson, você também pode assistir aos �lmes:, , Diário de um Jornalista Bêbado (//www.adorocinema.com/�lmes/�lme-126372/); Uma Espécie em Extinção (https://�lmow.com/uma-especie-em-extincao-t11848/). VÍDEO Uma relação interessante que pode ser feita para melhor compreensão do tema, seria hoje a produção no audiovisual dos famosos Take Overs, elaborados por Youtubers, com diplomas de jornalista ou não, que são enviados constantemente para eventos, circuitos de moda e grandes festivais de música, para falar aos leitores as sensações experimentadas em determinado local. Você já assistiu a um Take Over? No vídeo ao lado você pode conferir Youtubers falando da sensação YouTube fanfest na capital das Filipinas em 2016 (em inglês). , As críticas feitas aos dois formatos são as mesmas, já que ambos passam a ser tratados como uma forma menos séria de se fazer Jornalismo, ao aderir características próprias, como uma linguagem mais despojada e intimista. William Faulkner, escritor americano, acredita muito mais na proximidade da verdade com o �ctício do que com o Jornalismo., , Todavia, é esse tipo de formatação que tem atraído um público leitor cada vez mais jovem, inclusive para o exercício da pro�ssão. CRÍTICA LITERÁRIA Relatos de 1865 dão conta de que Machado de Assis já percebia a importância de se analisar de forma mais aprofundada a obra dentro de seus aspectos mais particulares. Na crítica literária, se ater a impressões particulares ou a uma leitura super�cial é meramente dispensável. Há ainda quem não a enxergue como um subgênero, e sim como uma estrutura capaz de englobar a concepção de um e ir além. https://www.adorocinema.com/filmes/filme-126372/ https://filmow.com/uma-especie-em-extincao-t11848/ A crítica literária tem por meta os gêneros, mas não é um deles. Ela os estuda, sem se confundir com eles. Ela é uma atividade re�exiva, intelectual, da natureza da ciência, adotando um método rigoroso, tanto quanto o das ciências, mas de acordo com sua própria natureza, um método especí�co, para um objeto especí�co, o literário, a obra de arte da palavra. Não é uma atividade imaginativa, embora consinta o auxílio da imaginação; é uma atividade cientí�ca, sem usar os métodos das outras ciências (biológicas, físicas e naturais), nem se valer das suas leis ou conclusões; não é �loso�a, mas recorre ao raciocínio lógico-formal, para re�etir sobre os fenômenos da arte da palavra. (COUTINHO, 1969). VOCÊ SABIA? Críticas de rodapé Feitas, em sua maioria, por pessoas não especializadas, variam entre a crônica e o noticiário, de leitura simples e rápida, se adequando aos espaços reduzidos dos jornais e revistas. Nesse modelo, o texto crítico não possui um prazo determinado, que lhe permita maior aprofundamento. As críticas acadêmicas, reconhecidas por serem mais estruturadas, teorizadas e formativas, sempre foram alvo de discussões dentro do campo literário brasileiro. No entanto, apesar de atualmente recaírem sobre os jornais todas as mazelas de uma crítica literária, quase sempre mais simplista e com interesses capitalistas, são eles os responsáveis por ainda propagar e difundir um gênero que atravessou séculos e décadas a �o, superando barreiras sociais e culturais, de uma geração que cada vez menos lê. Nos trópicos, a crítica literária surgiu em meados do século XVIII, simultaneamente às academias literárias. Em suma, os textos apresentavam cunho positivo, havendo pouca argumentação e discordância. Palavras rebuscadas, muita erudição e uma retórica clássica era algo característico. A crítica ganhou forma após o Romantismo e espaço com o surgimento de jornais e revistas. O espaço permitiu que ela evoluísse, tornando-se mais criteriosa e colocando de lado elementos bajuladores e gostos pessoais. Apesar das di�culdades para a realização de estudos críticos, já que cabiam às Faculdades de Direito e Engenharia tal incumbência, com a ausência de Faculdades de Letras em todo o país, no começo da década de 1920, o modernismo logo trouxe novos ares à crítica literária. Se até o �nal dos anos 1940, é a crítica de rodapé que vigora, a partir dos anos 1950, a crítica aponta para um caminho, resultante do advento das universidades que assumiram papel fundamental. Questão 4 - Prova J Câmara Municipal de São Caetano do Sul / 2012 Banca: CAIP-IMES SACOLA PLÁSTICA OU DE PAPEL? Se levarmos em conta que um dos fatores decisivos para reduzir o impacto desses materiais no meio ambiente é a reutilização, então pre�ra as de plástico. A embalagem é reutilizada por 91% da população para embalar o lixo doméstico, por exemplo. Só aí, já são dois usos. “Sem as sacolinhas, teríamos que comprar os sacos, que também são feitos de plástico e não são reutilizados”, explica Miguel Bahiense [...]. Um estudo da Agência Ambiental Britânica sobre o impacto das sacolas comprovou que as de plástico têm melhor desempenho no meio ambiente em oito das nove categorias avaliadas. A pesquisa revelou que a fabricação desse material é a que menos emite gás carbônico, responsável pelas mudanças climáticas. E a fabricação das de papel não está livre de produtos químicos tóxicos. Além disso, têm menos chances de serem reutilizadas. Segundo Valdir Schalch, coordenador do Núcleo de Estudo e Pesquisa de Resíduos Sólidos, o grande vilão para o meio ambiente é o consumo inconsciente e a falta de uma política adequada para o descarte. “O plástico pode ser reciclado e, quando descartado nos aterros, ocupa menos espaço. Seu impacto ambiental é sem dúvida menor que o de outros materiais.” Luciana Florence, Revista Vida Simples - Edição 123 - outubro 2012. O texto acima é: Poético. Informativo. Literário. Jornalístico. Nenhuma das respostas. Justi�cativa Questão 5 - Prova CESP – 2015 Banca: CESP (Adaptado) Gênero da grande imprensa que ganhou destaque em meados do século XIX, ele se bene�ciou das transformaçõesdo Jornalismo, principalmente na virada do século XIX para o século XX, que in�uenciaram os parâmetros noticiosos da atualidade. É visto como um gênero que mescla literatura e Jornalismo: Romance. Conto. Crônica. Poema. Biogra�a. Justi�cativa Questão 6 - Prova: MS – 2010 Banca: Cespe (Adaptação) Uma compilação de textos publicados em um veículo de comunicação sobre determinado assunto pode transformar- se em ________, que também pode conter material totalmente inédito. Documentário. Livro-reportagem. Romance. Conto. Crônica. Justi�cativa Glossário ACONTECIMENTOS No ano de 1885 acontecia o Imperialismo. No mesmo ano surgiu o primeiro carro movido a gasolina. Em 1886, um farmacêutico inventa a Coca-Cola e no ano seguinte são descobertas as ondas hertzianas. Em 1895, surge o aparelho de raio-X e é criado o Prêmio Nobel da Paz. Em 1898 acontece a Guerra entre EUA e Espanha. Nesse período, foi impressa a primeira fotogra�a em jornal criado o linotipo e difundido o primeiro �lme em celulóide. O primeiro rádio-condutor foi inventado nessa época e, em 1884, houve o Primeiro Congresso Nacional da Imprensa. Logo em seguida, foi criado o primeiro aparelho cinematográ�co e, em 1896, surge o telégrafo sem �o. Em 1897 as impressões passam a ser a cores e em 1899 foi inventada a �ta cassete para gravação. No ano de 1900 é fundado o jornal do partido para propaganda comunista. FONTE: //historiadoJornalismoufsj2009.blogspot.com.br/2009/12/1880-1900.html (//historiadoJornalismoufsj2009.blogspot.com.br/2009/12/1880-1900.html) https://historiadojornalismoufsj2009.blogspot.com.br/2009/12/1880-1900.html
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