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TCC ENFERMAGEM CONCLUIDO

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21
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP/MACAPÁ 
CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM
ADRIELLY DOS SANTOS
BEATRYS DE PAULA SOL FIRMINO DIAS
DANIEL NASCIMENTO DOS SANTOS
MARCICLEYDE MOTA SANCHES NOGUEIRA
ROSIANE FERNANDES SOUZA
A HUMANIZAÇÃO NO CUIDADO DE ENFERMAGEM EM UTI NEONATAL
MACAPÁ-AP
2023
ADRIELLY DOS SANTOS
BEATRYS DE PAULA SOL FIRMINO DIAS
DANIEL NASCIMENTO DOS SANTOS
MARCICLEYDE MOTA SANCHES NOGUEIRA
ROSIANE FERNANDES SOUZA
A HUMANIZAÇÃO NO CUIDADO DE ENFERMAGEM EM UTI NEONATAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Paulista - UNIP, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Bacharelado em Enfermagem.
Orientadora: Girlene Maria Vales Santana 
MACAPÁ-AP
2023
ADRIELLY DOS SANTOS
BEATRYS DE PAULA SOL FIRMINO DIAS
DANIEL NASCIMENTO DOS SANTOS
MARCICLEYDE MOTA SANCHES NOGUEIRA
ROSIANE FERNANDES SOUZA
A HUMANIZAÇÃO NO CUIDADO DE ENFERMAGEM EM UTI NEONATAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Paulista - UNIP, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Bacharelado em Enfermagem
BANCA EXAMINADORA
Enf. Esp. Prof.ª Girlene Maria Vales Santana
Professora: Ingrid Nazareth Barbosa Brandão
Professora: Leticia Lobato Dantas
Macapá, ____dia de junho de 2023.
DEDICATÓRIA
À professora Girlene Santana, pela paciência na orientação e incentivo que tornaram possível a conclusão deste Trabalho de Conclusão de Curso
AGRADECIMENTOS 
Meus agradecimentos ao que tange este trabalho é primeiramente a Deus, por me conceder forças e sabedoria para superar os desafios ao longo da graduação.
Aos meus pais que nunca desistiram, sempre me apoiaram e incentivaram em todas as decisões que tomei durante a jornada acadêmica. Aos meus tios e meu avôs por acreditarem em minhas escolhas, apoiando e esforçando junto a mim, para que eu suprisse todas elas. Obrigada por todo amor, carinho e dedicação.
Aos meus amigos de sala que foram companheiros durante todo o percurso da graduação, por momentos felizes as risadas, conselhos e ajuda.
E por fim, agradeço este trabalho a todos os professores e profissionais que contribuíram na minha formação durante essa experiencia incrível. Minha eterna gratidão.
ADRIELLY DOS SANTOS
AGRADECIMENTOS
Todo mundo tem um sonho na vida, mas dar o primeiro passo para que as coisas aconteçam é difícil diante a tantos obstáculos que são impostos durante a caminhada. Pensar em desistir, talvez tenha sim ocorrido diante das dificuldades, porém há um propósito que serviu de combustível para esse trem da minha vida não parar em qualquer estação. 
E não pensem que estive sozinha durante o processo. Seria impossível. A ajuda se faz necessária pois ninguém alcança o sucesso sem receber apoio nas subidas de cada degrau a cada etapa que era preciso superar e vencer.
Por isso, primeiramente agradeço a Deus por ter sido meu combustível e me permitir chegar até o final desta etapa, me abençoando e fortalecendo a cada momento de desafio pois não foram poucos. Também agradeço aos meus professores e orientadores que me ajudaram compartilhando seus conhecimentos e mostrando a realidade do que nós esperamos no mundo ao concluir um curso desta magnitude pois, vamos ajudar salvar vidas e isso não é só uma profissão, mas também uma dádiva. 
A meus colegas de turma pela troca de experiências, o companheirismo para dar forças um ao outro e não desistir em meio às dificuldades e a pandemia que ceifou tantas vidas, inclusive de familiares, meu muito obrigada. A todos meus familiares que estiveram comigo diretamente ou indiretamente. Um carinho enorme e especial a minha avó paterna que do seu jeito meigo sempre esteve de mãos estendidas para ajudar.
E não poderia deixar de agradecer meus pais Gercivane Alves Firmino e Paulo dos Santos Dias por sempre estarem presentes em todos os momentos importantes da minha vida. Agradeço por toda força e apoio. Quero agradecer de um modo especial e prestar esta homenagem a minha amada mãe, Gercivane Alves Firmino, que fez o possível e o impossível para honrar os compromissos comigo, tendo paciência nos momentos do nervosismo e das dúvidas. Pelos conselhos que nem sempre damos ouvido, mas fazem toda a diferença quando os seguimos. Pela sua dedicação em não deixar faltar o necessário para que tudo acontecesse da melhor forma possível até o final deste projeto. 
Por fim, agradeço a todos que de alguma forma me ajudaram na pesquisa, produção e realização deste projeto e espero estar correspondendo a todos seus esforços, chegando até o final do curso mesmo com todas as dificuldades e já fazendo planos para o futuro. Tenho certeza de que continuarei contando com seu amor, seu apoio e sua força. O meu sucesso vem do seu sucesso. 
BEATRYS DE PAULA SOL FIRMINO DIAS
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, pela minha vida, e por me ajudar a ultrapassar todos os obstáculos encontrados ao longo do curso. Agradeço a minha mãe Benedita, que é e sempre será minha maior inspiração. 
Sou grato por tudo que ela fez por mim, por sempre acreditar e me apoiar do começo ao fim. Não tenho palavras para descrever o amor que sinto por ela. Agradeço a meus irmãos que me incentivaram nos momentos difíceis e por fim, todos as pessoas que contribuíram para a realização desse sonho
DANIEL NASCIMENTO DOS SANTOS
AGRADEICMENTOS
Primeiramente a Deus que permitiu que tudo isso acontecesse, ao longo de minha vida, e não somente nestes anos como universitária, mas que em todos os momentos é o maior mestre que alguém pode conhecer.
A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram a janela que hoje vislumbro um horizonte superior, eivado pela acendrada confiança no mérito e ética aqui presentes.
Agradeço a todos os professores por me proporcionar o conhecimento não apenas racional, mas a manifestação do caráter e afetividade da educação no processo de formação profissional, por tanto que se dedicaram a mim, não somente por terem me ensinado, mas por terem me feito aprender. А palavra mestre, nunca fará justiça aos professores dedicados aos quais sem nominar terão os meus eternos agradecimentos.
Quero agradecer aos meus dois melhores amigos. Obrigado por todos os conselhos úteis, bem como palavras motivacionais e puxões de orelha. As risadas que compartilhei durante esse momento difícil na faculdade, também me ajudaram a passar o dia. Obrigado por tudo.
MARCICLEYDE MOTA SANCHES NOGUEIRA
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela minha vida e por me permitir ultrapassar todos os obstaculos encontrados ao longo do curso.
Aos professores pelas correções e ensinamentos que me permitiram apresentar um melhor desempenho no curso e nesse processo de formação profissional
ROSIANE FERNANDES SOUZA
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar. 
William Shakespeare
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
UTI	Unidade de Terapia Intensiva
UTIs	Unidades de Terapia Intensiva
P	Pagina
AVC	Acidente Vascular Cerebral
ACTH	Hormônio Adrenocorticotrófico, ou Corticotrofina
LISTA DE TABELAS
01	Cronograma de encontros professor aluno	23
LISTA DE IMAGENS
Imagem 01	 Foto ilustrativa de um RN....................................................41
Imagem 02	 Foto ilustrativa de uma incubadora coberta por uma manta.42
Imagem 03	Foto ilustrativa do RN com enrolamento e contenção...........42
Imagem 04	Foto ilustrativa do Método Canguru......................................43
RESUMO
O trabalho em questão tem como tema “A humanização no cuidado de enfermagem em uti neonatal”. O nascimento de um filho representa para muitas famílias a realização de um sonho. Tudo o que os pais desejam, nesse momento, é uma gestação segura, tranquila e o nascimento de um filho saudável. Neste sentido o objetivo geral destetrabalho é voltado para uma revisão integrativa sobre os programas de humanização existentes no brasil empregados em unidades de terapia intensiva neonatal. Assim como também os objetivos específicos são: relatar sobre a política nacional de humanização em saúde e sua importância; o papel do profissional de enfermagem na prática da humanização em UTIS; as dificuldades da prática da humanização em UTIS neonatal. Dentro desse contexto a metodologia abordada é revisão de caráter bibliográfico, exploratória, baseada nos artigos científicos publicados sobre os cuidados humanizados em uma unidade de terapia intensiva neonatal e sobre a assistência de enfermagem no processo de humanização. Tendo com período utilizado os anos de 2012 a 2022, disponíveis eletronicamente, em texto completo, no idioma português, nas referidas base de dados: BDENF – enfermagem e LILACS. Foram utilizados como descritores: cuidado, humanização e uti neonatais. os critérios de elegibilidade foram: inclusão e exclusão. Os resultados colhidos no decorrer deste trabalho mostraram os obstáculos existentes entre humanização e assistência de enfermagem são inúmeros podendo destacar: falta de capacitação, rotina preestabelecida falta de tempo para o cuidado direto, realização de tarefas que não se adéquam com a enfermagem, deficiência de recursos materiais, resistência das instituições e dos profissionais, falta de motivação para o trabalho, baixa remuneração, o próprio estresse da profissão dificuldades no conhecimento das patologias e pouca ou nenhuma orientação aos pacientes. Em termo de conclusão se entende que atualmente o cuidado humanizado vem sendo abordado de forma aprofundada na saúde, onde a enfermagem revê e discute uma modificação na arte do cuidar que com o passar dos tempos se mecanizou, fazendo com que tanto os que buscam o cuidado como os que o prestam retomem a essência do ato de cuidar e ser cuidado, o valor sentimental, comportamental, o ser humano como foco central, sendo assim, enfermeiros deverão ser atuantes no processo ensino-aprendizagem, na administração das atividades, estarem em constante interação com o meio cuidar/cuidado, identificando soluções para os problemas que vão além de fatores financeiros, educativos e ergonômicos para a realização e através de seu conhecimento, desenvolver a humanização.
Palavras-chave: Cuidado; Enfermagem; Humanização; UTI neontal.
ABSTRACT
The work in question has as its theme “The humanization in nursing care in neonatal ICU”. The birth of a child is a dream come true for many families. all that parents want, at that moment, is a safe, peaceful pregnancy and the birth of a healthy child. In this sense, the general objective of this work is focused on an integrative review of the existing humanization programs in Brazil used in neonatal intensive care units. As well as the specific objectives are: to report on the national policy of humanization in health and its importance; the role of the nursing professional in the practice of humanization in UTIS; the difficulties of the practice of humanization in neonatal UTIS. Within this context, the methodology addressed is a bibliographical, exploratory review, based on scientific articles published on humanized care in a neonatal intensive care unit and on nursing care in the humanization process. having used the years 2012 to 2022 as the period, available electronically, in full text, in Portuguese, in the aforementioned databases: BDENF – nursing and LILACS. were used as descriptors: care, humanization and neonatal ICU. the eligibility criteria were: inclusion and exclusion. The results collected in the course of this work showed that there are numerous obstacles between humanization and nursing care, including: lack of training, pre-established routine, lack of time for direct care, carrying out tasks that do not suit nursing, lack of resources materials, resistance from institutions and professionals, lack of motivation to work, low pay, the stress of the profession itself, difficulties in understanding the pathologies and little or no guidance to patients. In conclusion, it is understood that humanized care is currently being addressed in depth in health, where nursing reviews and discusses a change in the art of caring that over time has become mechanized, making both those who seek care how those who provide it return to the essence of the act of caring and being cared for, the sentimental, behavioral value, the human being as the central focus, therefore, nurses should be active in the teaching-learning process, in the administration of activities, be in constant interaction with the care/care environment, identifying solutions to problems that go beyond financial, educational and ergonomic factors for the realization and through its knowledge, to develop humanization.
Keywords: Care; Nursing; Humanization; Neonatal ICU.
SUMÁRIO
	1
	INTRODUÇÃO..................................................................................................
	17
	2
	PROBLEMATICA.............................................................................................
	18
	3
	HIPÓTESE..........................................................................................................
	19
	4
	OBJETIVOS.......................................................................................................
	20
	4.1
	OBJETIVO GERAL............................................................................................
	20
	4.2
	OBJETIVOS ESPECIFICOS..............................................................................
	20
	5
	JUSTIFICATIVA...............................................................................................
	21
	6
	METODOLOGIA..............................................................................................
	22
	7
	CRONOGRAMA ENCONTROS PROFESSOR ALUNO.............................
	23
	8
	POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE E SUA IMPORTÂNCIA.................................................................................................
	24
	8.1
	ASPECTOS HISTÓRICOS DA NEONATOLOGIA E O CUIDADO DA ENFERMAGEM AO RECÉM-NASCIDO..........................................................
	24
	8.2
	POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO.................................................
	26
	8.3
	O PAPEL DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NA PRÁTICA DA HUMANIZAÇÃO EM UTIS...............................................................................
	29
	8.3.1
	Comunicação do RN em UTIN..........................................................................
	30
	8.3.2
	Expressão corporal, expressão verbal...............................................................
	31
	8.4
	O CUIDADO DA ENFERMAGEM AO RN EM UTIN POPR MEIO DE PROGRAMAS DE HUMANIZAÇÃO................................................................
	34
	8.5
	AS DIFICULDADES DO PROFISSIONAL DA ENFERMAGEM REALIZAR ATENDIMENTO HUMANIZADO EM UTI NEONATAL................................
	39
	9
	RESULTADOS E DISCUSÕES........................................................................
	40
	10
	CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................
	43
	
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS..............................................................
	44
1 INTRODUÇÃO
O nascimento de um filho representa para muitas famílias a realização de um sonho. Tudo o que os pais desejam, nesse momento, é uma gestação segura, tranquila e o nascimento de um filho saudável. Durante o período gestacional, trimestre a trimestre, o vínculo afetivo entre mãe e feto vai se fortalecendo, principalmente a partir do segundo trimestre, quando se iniciam os primeiros movimentos fetais e, pela primeira vez, a mulher sente o feto como realidade concreta dentro de si. No final da gestação, afloram diversos sentimentos e expectativas, entre eles, a ansiedade do primeiro contato com o filho e o desejo de levar o recém-nascido saudável para casa. No entanto, nem sempreesse desfecho desejado ocorre, em alguns casos, é necessário que o recém-nascido (RN) receba cuidados intensivos logo nos primeiros dias de vida.
Cada atividade de trabalho sugere a utilização de um espaço físico específico. Em relação ao ambiente de cuidados humanizado, a atmosfera de integração, segurança e confiabilidade deve ser compartilhada e de forma coletiva, tanto para pacientes como para os profissionais de saúde. 
A limitação de espaços pode configurar como entrave para o profissional, sobretudo quando se trata do assunto humanização. O cuidado humanizado ainda é um desafio nas unidades de terapia intensiva neonatal (UTIN), pois muitas vezes as dificuldades e obstáculos que surgem no processo de trabalho do profissional atrapalham a realização da humanização, questões como acomodação para mãe, espaço físico, falta de funcionários são fatores que contribuem para impedir essa realização. 
O comportamento do profissional de saúde também é citado como um dos pilares da humanização, está ligada a dedicação, a vocação para as atividades, as atitudes do profissional, os pais observam os profissionais e percebem os que tem mais cuidado, os que são mais ocupados, e consequentemente confiam mais em uns do que em outros, esse vínculo de confiança é gerado através da análise comportamental de cada funcionário.
Neste sentido o objetivo geral deste trabalho é voltado para uma revisão integrativa sobre os programas de humanização existentes no Brasil empregados em unidades de terapia intensiva neonatal.
2 PROBLEMATICA
A humanização do cuidado neonatal está voltada para o respeito às individualidades, garantia de tecnologia que promova a segurança do recém-nascido e o acolhimento tanto do recém-nascido quanto da sua família buscando facilitar o vínculo mãe-bebê precocemente. Dentro desse contexto se tem a seguinte questão problema:
Como os programas de humanização em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal estão sendo empregados no Brasil?
3 HIPÓTESE
Os programas de humanização nas UTINs são voltados para os profissionais da saúde que lidam diretamente com o RN, a qual este programa tem como metas ensinar o profissional a realizar atendimento humanizado, por meio do manuseio do RN, adequação do meio ambiente, adequação da iluminação, manuseio do RN quando este estiver com dor entre outros.
No passado neonatos eram considerados incapazes de perceber seu meio ambiente e de participar de interações significativas, também existia a crença que RNs não eram capazes de ver, ouvir ou sequer experimentar a dor. Porém nos últimos 10 a 20 anos, as pesquisas vêm demonstrando que RNs a termo são capazes de perceber e responder ao toque e de efetuar mudanças através de comportamentos específicos necessitando nesse sentido de atendimento humanizado por parte dos profissionais da saúde.
A equipe da UTIN deve sempre estar numa posição privilegiada para dar suporte ao desenvolvimento neuro-comportamental, através de modificações no meio ambiente e uso de estratégias que promovam e integram os princípios dos cuidados voltados para o desenvolvimento e centrados na família dentro do modelo tradicional de cuidados médicos.
Os procedimentos em UTIN devem levar em consideração não somente as competências sensoriais do RN, mas também o fato de que dentro do útero o RN desconhecia os efeitos da gravidade e o peso de seu próprio corpo. Não se deve suspender ou deitar um RN de forma muito rápida. Ele encontra-se em adaptação a um ambiente diferente ao que ele viveu. Isso não significa recriar um ambiente uterino para o RN, mas deve-se adaptar o ambiente, no qual ele se encontra, às suas necessidades (ANDRADE, 2004).
O toque e o contato manual adequado deve ser utilizado, por toda a equipe da UTIN, bem como pelos pais após orientação. A preferência é que o toque não seja leve e sim seguro e firme. Quando o RN apresenta sinais de desorganização, deve-se parar a intervenção. Toda a atenção deverá estar focalizada para garantir a estabilidade e a organização do RN oferecendo suportes necessários para facilitar a recuperação (momento adequado, contenção, redução de luz e ruídos, oportunidades para preensão e sucção, oportunidades de abraçar e levar as mãos à boca).
4 OBJETIVOS 
4.1 OBJETIVO GERAL
Analisar os programas de humanização existentes no Brasil empregados em unidades de terapia intensiva neonatal.
4.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS
· Relatar sobre a política nacional de humanização em saúde e sua importância; 
· Descrever o papel do profissional de enfermagem na prática da humanização em UTIs; 
· Apontar as dificuldades da prática da humanização em UTIs neonatal.
5 JUSTIFICATIVA
Justifica-se o então trabalho que em função da necessidade de compreender a respeito da conscientização da equipe multidisciplinar, com enfoque na enfermagem, no que tange a busca de melhoria da assistência, no qual o conceito de humanização tem lugar de destaque nos novos modelos adotados. Permitindo também compreender melhor quanto ao ambiente hospitalar e as inúmeras ações voltadas para aporte do cuidado humanizado. Portanto, uma análise mais detalhada a respeito deste aspecto faz se necessária.
6 METODOLOGIA
	A pesquisa é desenvolvida mediante o concurso dos conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos, técnicas e outros procedimentos científicos. Na realidade, a pesquisa desenvolve-se ao longo de um processo que envolve inúmeras fases, desde a adequada formulação do problema até a satisfatória apresentação dos resultados. (GIL, 2017)
	Segundo Gil (2017) essa organização varia de acordo com as peculiaridades de cada pesquisa. Requer-se, no entanto, a apresentação de informações acerca de alguns aspectos, para consolidar os passos como os que são apresentados a seguir:
O tipo de pesquisa quanto aos objetivos a serem utilizados é a explicativa. No entanto, o tipo de pesquisa quanto aos procedimentos técnicos é a pesquisa bibliográfica e documental. De acordo com Gil (2017) o primeiro tipo de pesquisa é desenvolvido com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.
A Pesquisa Explicativa tem como identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. É o tipo que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. Por isso, é o tipo mais complexo e delicado. (GIL, 2017)
Escolha do tema; levantamento bibliográfico preliminar; formulação do problema; elaboração do plano provisório do projeto; busca e confirmação das fontes; leitura do material: exploratória, seletiva, analítica, interpretativa; fichamento; organização lógica do assunto; redação do texto. (GIL, 2017)
A abordagem será a qualitativa, pois de acordo com Gil (2017) a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. É descritiva.
7 CRONOGRAMA DE ENCONTROS PROFESSOR ALUNO
	AÇÕES
	PERÍODO
	ENVOLVIDOS
	Orientação do TCC para pesquisa
	19/03/2023
	Orientador e acadêmicos.
	Seleção da Bibliografia
	17 à 20/04/2023
	Acadêmicos.
	Revisão da Bibliografia
	23/04/2023
	Orientador e acadêmicos.
	Entrega do TCC para avaliação
	04/05/2023
	Orientador e acadêmicos.
	Revisão e ajuste do TCC
	05 à 16/06/2023
	acadêmicos.
8 POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE E SUA IMPORTÂNCIA
8.1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA NEONATOLOGIA E O CUIDADO DA ENFERMAGEM AO RECÉM-NASCIDO.
A contextualização do cuidado à criança pode ser resgatada por diversos registros encontrados em diferentes culturas. A neonatologia (do grego neo: novo, nato: nascimento; logos: estudo) surgiu no século XIX como especialidade médica sendo indissociável da história da pediatria.
Antes da existência da neonatologia, o século XVII caracterizou-se pelo alvorecer dos estudos de Fisiologia, da Microscopiae, consequentemente, da Histologia e Embriologia bem como, pela descrição de entidades clínicas, tais como a difteria, a escarlatina, a rubéola, o sarampo, a varíola e a varicela. Ao longo destes séculos a assistência ao recém-nascido era competência, na maioria das vezes, da pessoa que assistia ao parto (FERRAZ et al, 2012). 
A neonatologia é considerada tendo seu início com o obstetra Frances Pierre Budin (1846-1907) que estendeu sua preocupação com recém-nascidos além da sala de parto, criando o ambulatório de puericultura anexo à maternidade. No final do século XIX ocorreram várias evoluções no tratamento obstétrico e neonatal. As incubadoras começaram a ser utilizadas no tratamento de crianças prematuras, para melhorar o controle térmico dos bebês, e as maternidades foram ampliadas para atendimento ao neonato com diferentes patologias.
Os avanços médicos e tecnológicos da época propiciaram grandes transformações no cuidado neonatal durante e após o parto. As fundações que antes eram designadas para prestar assistência a crianças abandonadas foram modificadas e transformadas em hospitais infantis, e os pediatras assumiram um grande papel no tratamento neonatal” (OLIVEIRA; ROGRIGUES, 2012, p. 3). 
No ano de 1888, Karl Siegmend introduziu a utilização do nitrato de prata para a prevenção da conjuntivite neonatal (LOHMANN, 2015). A partir do século XX vários estudos foram realizados e novas técnicas de procedimentos desenvolvidas para o cuidado com recém-nascidos. O neonatologista austríaco August Ritter Von Reuss contribuiu decisivamente para o aprimoramento do cuidado ao prematuro quando descreveu a ventilação com pressão positiva, em 1911.
Segundo Lohmann (2015), como os estudos eram recentes, todo cuidado destinado aos bebês era com o intuito de promover um índice maior de sobrevida neonatal e de natalidade, desta forma as pesquisas para controle de infecção se intensificaram. Em 1914, o pediatra Julius Hess cria um centro para prematuros, em Chicago. Anos após, juntamente com a médica Evelyn Lundeen (1922), preconizou a manipulação mínima do recém-nascido e a lavagem frequente das mãos.
Para Oliveira e Rodrigues (2012), com os avanços técnico-científicos na neonatologia reduziram-se as taxas de mortalidades e a infecção hospitalar foi controlada com o isolamento estrito do recém-nascido. Em 1953, a anestesiologista Virgínia Apgar cria o boletim de avaliação do neonato no 1º e 5º minuto de vida, que vem sendo utilizado até os dias atuais. 
Nessa mesma época, Kramer (1958) institui a fototerapia para o tratamento da hiperbilirrubina. Dando continuidade aos avanços alcançados, da década de 60, a Organização Mundial de Saúde publicou recomendações gerais para a triagem neonatal de erros inatos do metabolismo, estimulando a aplicação do teste em recém-nascidos de todas as nações. As décadas de 70 e 80 são marcadas pela disseminação das unidades de tratamento intensivo, com normas e rotinas específicas.
No Brasil, o início dos cuidados neonatais ficou a cargo dos médicos Jaime Silvado e Antonieta Mopurgo, que em 1903, receberam o convite para a criação de um serviço de incubadora no Dispensário Moncorvo no Rio de Janeiro, conhecida como Creche Senhora Alfredo Pinto (CARMO, 2016). 
Desde o início dos tempos que o ato de cuidar faz parte da existência do homem. A origem do cuidar surgiu na imagem materna, que cuida do seu filho preservando a sua sobrevivência. A enfermagem é considerada como a profissão do cuidar, uma ciência cujo âmago e especificidade é o cuidado ao ser humano, individualmente, na família ou em comunidade de modo integral e holístico, desenvolvendo a promoção da saúde e a prevenção de doenças. 
Os cuidados ao recém-nato internados na UTI neonatal são, em geral, atividades complexas que requerem constante interação com as famílias dos recém-nascidos. A fragilidade dos recém-nascidos, a introdução e crescente implementação de procedimentos de alto risco em neonatos de baixo peso, constitui uma preocupação maior dos profissionais das UTI neonatais (MONTANHOLI, 2018). 
A forma como os profissionais de saúde cuida poderá influenciar no processo de saúde e doença do neonato e no seu crescimento e desenvolvimento. O neonato necessita de cuidados em seu todo, de cuidado profissional e expressivo, ou seja, humanizado.
É importante abordar a necessidade de humanização do cuidado de enfermagem na UTI, com a finalidade de provocar uma reflexão da equipe, em especial, dos enfermeiros. Humanizar é uma medida que visa, sobretudo, tornar efetiva a assistência ao indivíduo criticamente doente, considerando-o como um ser biopsicossocial espiritual. Além de envolver o cuidado ao paciente, a humanização estende-se a todos aqueles que estão envolvidos no processo saúde-doença neste contexto, que são, além do paciente, a família, a equipe multiprofissional e o ambiente (VILA; ROSSI, 2012 p.138). 
A maneira como a enfermagem cuida do neonato é um diferencial para o seu conforto, recuperação e para que esse processo seja eficaz é necessário que se conheça esse neonato. O fato dos neonatos serem mais delicados orienta para necessidades de habilidades e competências específicas para cuidar. Dentre essas, destaca-se a sensibilidade do cuidador, uma característica fundamental nessa relação, que mostrará a capacidade de ver não somente o que veem, mas ver o que o coração tem a capacidade de sentir.
O enfermeiro, ao realizar o cuidado humanizado ao RN de risco deve considerar a sua fragilidade física e emocional provocada pelas condições de seu nascimento e doença, pois, diante disso, torna-se indispensável a ele próprio desenvolver sentimentos de afeição, de respeito e de simpatia inerentes as necessidades do bebê.
A assistência ao bebê deve ser estruturada e organizada no sentido de atender uma população sujeita a riscos. Entretanto, devem existir recursos materiais e humanos especializados e capazes de garantir observação rigorosa, além de tratamentos adequados ao RN. Desse modo, Rolim et al (2016, p. 91) afirmam que: 
O cuidado a ser implementado na UTI neonatal necessita ser exercido e vivenciado na totalidade, na tentativa de reduzir manuseios excessivos que possam comprometer o bem-estar do bebê, provocando nele manifestações de estresse. O cuidado humanizado deve fazer parte da filosofia da enfermagem. O ambiente físico, os recursos materiais e tecnológicos são importantes, contudo, não mais significativos do que a essência humana a qual irá conduzir as ações da equipe, principalmente do enfermeiro, tornando-o capaz de criticar e construir uma realidade mais humana (VILA; ROSSI, 2012, p. 75). 
A humanização da assistência na UTIN deve se pautar no cuidado singular, na integralidade e no respeito à vida. É dependente do encontro envolvendo cuidador e ser cuidado. A construção da integralidade não deve ser transformada em um conceito, mas sim numa prática do cuidado que trata da valorização da vida, do respeito ao outro e das diferenças entre os seres humanos.
A humanização do cuidado aparece relacionada a atitudes de dar atenção, ter responsabilidade, cuidar bem, respeitando as particularidades de cada um e, principalmente, promovendo uma assistência integral ao bebê e sua família. De acordo com os profissionais, ação humanitária relaciona-se com a maneira como se cuida.
8.2 POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO
A Política Nacional de Humanização (PNH) do Sistema Único de Saúde (SUS) foi criada em 2003 e apresentada no Conselho Nacional de Saúde (CNS) em 2004, trazendo consigo propostas de mudanças nos modelos de atenção e gestão em saúde (MORI; OLIVEIRA, 2019). 
A PNH, também chamada de Humaniza SUS, é uma política pública do SUS, tendo como objetivo principal trabalhar a questão da humanização em saúde, oferecendo qualidade e dignidade nos serviços prestados, e enfrentando problemas de 5 gestão e organização de trabalho, que tem refletido de forma significativa na vida dos trabalhadores (BRASIL, 2010). 
Muito antes, na 11° Conferência Nacional de Saúde, já havia sinais de que a reforma sanitária seriamuito mais do que apenas burocracia e política, mas sim um marco na história da saúde brasileira, que reformularia a capacidade de conviver em civilização, projetando um olhar diferente para a sociedade, ou seja, a oferta de saúde seria baseada em valores como humanização, responsabilidade social e democracia e ao olhar para o paciente, percebê-lo como um ser humano, e não apenas como um usuário do serviço ou cliente, mas alguém que necessita muito além de apenas tratamentos físicos, mas também um pouco de solidariedade e empatia (BRASIL, 2002). 
Considerando que a PNH prevê reformular e organizar o processo de trabalho, existem alguns eixos para isso, são eles: eixo da formação, propondo cursos de atualização e extensão em saúde, vinculados à educação permanente do trabalhador; eixo da atenção, com ações inovadoras e intersetoriais buscando autonomia dos indivíduos no processo de trabalho; eixo da gestão, buscando a união e articulação do Ministério da Saúde (MS) e todas as demais esferas do SUS com foco na produção em saúde; e por fim, o eixo da comunicação, promovendo debates em saúde, colocando em prática ações educacionais e informativas a respeito da humanização em saúde para a população.
A implementação da PNH nos serviços de saúde é de extrema importância em todos os hospitais e setores, porém é necessário que esteja em consonância com as demais políticas e ações públicas já implementadas e que muitas vezes estão direcionadas somente ao processo saúde-doença do paciente, sem olhar pra o indivíduo como um todo. Portanto, a política nacional de humanização surge para melhorar a prática clínica, e a relação entre trabalhadores e clientes, enriquecendo cada vez mais o ato de cuidar, oferecendo ao paciente um olhar atencioso e holístico (CAMPOS; SILVA; SOUZA, 2015). 
A precariedade do serviço de saúde que infelizmente é comumente vivenciada por diversas pessoas em todo Brasil é um ponto que deve ser bastante considerado para a busca da implementação da humanização em saúde. Filas enormes, falta de materiais, esperas longas para realização de consultas e procedimentos, estrutura precária, tratamento desumano, e diversas outras situações que são encontradas nos hospitais no âmbito do Sistema Único de Saúde.
Por isso, a palavra “humanizar” deve ser ensinada e praticada desde o âmbito acadêmico até os cursos de atualização para profissionais já formados, por ser uma prática que não deveria precisar ser explicada, e sim apenas lembrada, já que são seres humanos lidando com outros seres humanos e simplesmente todos deveriam tratar o outro como gostariam de ser tratados, com dignidade.
Nota-se que, apesar de muitos profissionais buscarem aplicar um cuidado humanizado, não sabem como o realizar e o cuidado assistencial se torna rotineiro e mecânico. As ações de assistência ao paciente não são apenas embasadas em experiência e atitudes, mas antes disso, deve-se ter o conhecimento teórico e técnico para que o planejamento do processo de enfermagem seja totalmente voltado a um cuidado humanizado ao paciente (CASATE; CORRÊA, 2012, p. 34).
Como consequência da tecnologia utilizada nas unidades de terapia intensiva, é preciso entender a peculiaridade deste setor, onde foram necessários diversos estudos e cientistas trabalhando durante muito tempo para entender o que era necessário em uma UTI, o porquê e como tudo isso poderia ajudar cada vez mais a saúde de seus usuários. E com o tempo, os aparelhos, máquinas, materiais, prontuários e afins se atualizam cada vez mais, melhoram sua qualidade e por isso faz-se necessário maior conhecimento e expertise para manuseá-los.
A estrutura e organização do setor de terapia intensiva requer profissionais habilidosos e competentes para lidar com o manuseio dos aparatos tecnológicos e com a saúde crítica dos pacientes. Saber que as máquinas e aparelhos são o que mantêm a vida dos usuários, não substitui de forma alguma a presença de um profissional de saúde capacitado para utilizar tais equipamentos, e por isso é preciso entender a importância do profissional de enfermagem para administrar, organizar, gerenciar e assistir toda a dinâmica do setor (SOARES et al., 2015). 
O profissional de enfermagem que atua na unidade de terapia intensiva precisar ter: conhecimento, habilidade, precisa saber tomar decisões, administrar e organizar o setor, se comunicar bem com a equipe e saber trabalhar em unidade, planejar e prestar assistência de qualidade, e diante de tantas responsabilidades, muitas vezes o enfermeiro intensivista foca muito no fazer e realizar procedimentos e no manuseio das tecnologias e acaba perdendo o foco e tirando o olhar do que é primordial, o paciente. 
No entanto, é preciso que ele desenvolva outras habilidades essenciais, com a escuta sensível e qualificada do cliente e também de sua família, o olhar ao paciente como único, integral e individualizado, o acolhimento e a observação (CORREIO et al., 2015). Contudo, o ambiente intensivista é um local onde os pacientes só permanecem se estiverem com a saúde crítica, e apesar de estarem internados neste setor para reestabelecer a saúde, ainda é um setor que possui uma alta taxa de mortalidade, devido a criticidade das patologias, e por isso é um ambiente que transfere o sentimento de morte para pacientes e para os seus familiares, onde os pacientes acham que estão ali para morrer e os familiares pensam que não tem mais nenhuma forma de salvar o seu ente querido. 
Sendo assim, a UTI se torna um ambiente pesado, frio, e triste, que tende a ser um lugar que reflete nas pessoas muitos sentimentos negativos e sensações ruins. Porém, existem pensamentos contraditórios em relação às unidades intensivas, onde podem aparecer sentimentos paralelos entre sim, como insegurança ou segurança, agitação ou calmaria, vida ou morte. 
A teoria da complexidade de Edgar Morin explica muito bem essa contradição de pensamentos e sentimentos, onde existe o conceito da ordem e da desordem. A ordem traz consigo estabilidade e regularidade, enquanto a desordem objetiva nos traz irregularidades e instabilidade, e a subjetiva traz a ideia de imprevisibilidade. Neste contexto, a UTI pode transparecer ordem ou desordem, dependendo do ponto de vista a ser observado (ESTRADA, 2019, p. 67).
Diante de tamanha complexidade em que os pacientes e familiares então expostos a enfrentar em um ambiente de terapia intensiva, é preciso entender que para colocar em prática um cuidado de enfermagem especializado, direcionado e que haja a criação de vínculos na UTI, é extremamente complexo. Aplicar ações e um planejamento que sejam integrais e humanizadas e ao mesmo tempo, aplicar tais ações em um ambiente insalubre, cheio de sentimentos negativos e onde os profissionais têm que ser ágeis e eficientes para não perder a vida dos pacientes, é preciso compreender todo um contexto, que envolve não somente a patologia do paciente, mas as suas questões bio pscicosocio culturais e espirituais (ZAMBERLAN et al., 2013).
8.3 O PAPEL DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NA PRÁTICA DA HUMANIZAÇÃO EM UTIS
O papel de ser um profissional enfermeiro vem ganhando espaço cada vez mais no meio científico, mas desde sempre foi associado ao ato de cuidar, sendo compreendido como a ciência do cuidado, tanto na assistência das práticas da saúde como na promoção dessas práticas para os indivíduos e os seus familiares. Esse papel, como ciência do cuidado, pode e deve ser inserido em qualquer ambiente de saúde, desde a unidade básica de saúde até os setores hospitalares de alta complexidade.
As ações desenvolvidas pelos enfermeiros em uma unidade de terapia intensiva devem estar centradas principalmente no paciente, mas aliados a isso, são necessários diversos conhecimentos e ações que permitam uma assistência de qualidade e também uma gestão e organização do setor, são elas: técnica, conhecimento, olhar clínico, escuta qualificada, planejamento, organização, tomada de decisão e diversos outros fatores que são indispensáveis para manter a saúde dos pacientes críticos e oferecer um cuidadoque seja eficaz e de qualidade (CONCEIÇÃO et al., 2012). 
Apesar de compreender que o cuidado de enfermagem necessita de um vínculo com o paciente e também um olhar integral e individualizado a cada um deles, não é possível prestar uma assistência de qualidade considerando apenas esse fator. É importante considera-lo, mas ele deve estar aliado ao conhecimento científico e compreensão do processo saúde-doença do paciente que se encontra em cuidados especializados. Por isso, o enfermeiro intensivista deve estar atento à patologia e suas complicações, e nunca deixando de prestar apoio, solidariedade e dignidade que toda pessoa humana deve ter (MEDEIROS et al., 2016).
Um dos principais fatores necessários para uma assistência humanizada em unidades de terapia intensiva é a qualidade com que essa assistência é aplicada ao paciente crítico. Apesar de ser um termo subjetivo, principalmente na área da saúde, em que cada indivíduo pode interpretar de maneira diferente, entende-se por qualidade em saúde um conjunto de ações e cuidados que são prestados para manter o bem-estar físico e mental do indivíduo, desde a prevenção e promoção em saúde, até a manutenção e reabilitação dos pacientes.
Compreendendo que o ato de oferecer um cuidado ao outro com qualidade, é um dos primeiros passos para entender sobre a assistência humanizada. Os enfermeiros principalmente, porque estão ligados de forma direta e indireta aos pacientes, e precisam ter um olhar crítico e holístico para entender tudo o que envolve o paciente, desde a sua saúde física até a sua saúde mental (SANTOS et al., 2017). 
É necessário também que haja cumplicidade e vínculo entre paciente-enfermeiro, que pode gerar a sensação de conforto e segurança. No ambiente de UTI, os pacientes estão críticos, em risco de morte, e os familiares estão apreensivos e preocupados, e o enfermeiro precisa estar atento a todas essas questões, de perceber tudo que o paciente sente, seja físico, emocional, social, cultural ou espiritual e também como os seus familiares reagem. Por isso considera-se que prestar uma assistência humanizada em uma unidade de terapia intensiva, é um desafio muito complexo, que requer não só muito conhecimento clínico, mas também vivências, experiências e percepções do ser humano como um todo (OLIVEIRA et al., 2015, p. 67). 
Prestar uma assistência humanizada é extremamente importante para a saúde do paciente e bem-estar de sua família. Criar vínculos, escutar atentamente, responder questionamentos com clareza e educação, tratar com dignidade, sorrir, e tantas outras ações e atitudes que os profissionais de saúde devem ter com os seus clientes e familiares faz com que o paciente seja mais otimista, mais esperançoso, que dê mais abertura aos profissionais para que realizem os procedimentos necessários e os seus familiares ficam mais calmos e tranquilos sabendo que o seu ente querido está sendo bem tratado.
8.3.1 Comunicação do RN em UTIN
O processo de comunicação ocorre quando as mensagens são transmitidas com clareza através da utilização de linguagem apropriada para o nível de conhecimento do receptor. Na enfermagem, a comunicação é estratégia indispensável para a humanização da assistência. A relação dialógica favorece a percepção do outro como indivíduo único, com necessidades específicas, além de estimular o exercício de sua autonomia, por meio da abertura entre quem cuida e quem é cuidado. 
As interações na UTIn são mediadas pela necessidade de comunicação explícita pela fala, expressões faciais e gestuais. Nesse ínterim, cabe ao enfermeiro o desenvolvimento da habilidade comunicacional atentando ao que se processa além das palavras. Deve-se também levar em conta que em situações de estresse a absorção do conteúdo da informação encontra-se reduzida. A compreensão do processo comunicacional legítimo, representado pelo entendimento mútuo do emissor e receptor, é condição precípua para o exercício qualificado do cuidado de enfermagem ao paciente e familiares (PONTES, 2008, p. 34). 
Lopes e outros (2011) consideram que a sensibilidade deve permear a atenção dispensada pelos profissionais. Ao esclarecer dúvidas dos familiares, o profissional deve fazê-lo de forma clara, segura e simples para facilitar o entendimento, além de oferecer o conforto necessário, concedendo oportunidades para o levantamento de novas questões. Desse modo, verifica-se que além da família ser agente do cuidado de seus membros, ela deve ser considerada como alvo de cuidado da equipe de enfermagem.
Contudo, apesar das políticas de humanização e de avanços científicos significativos sobre este tema, ainda permeia a dificuldade em fazer da comunicação objeto de trabalho no cotidiano do enfermeiro. Diante das inúmeras atividades que o envolvem, o profissional vivencia frequentemente o afastamento do cuidado direto e da interação com os familiares do RN (ROCHA, 2011, p. 78). 
Diante disto, alguns enfermeiros utilizam como mecanismo de enfrentamento, o distanciamento do paciente e familiar, negando os aspectos psicológicos dos mesmos e seus próprios sentimentos e desejos, em atitude defensiva de preservação pessoal. Faz-se mister que as instituições ofereçam apoio emocional para seus colaboradores diretos, uma vez que estes refletem a qualidade da organização hospitalar.
8.3.2 Expressão corporal, expressão verbal
A comunicação é o processo de interação no qual compartilhamos mensagens, ideias, emoções e sentimentos. A comunicação remete à capacidade criativa e reflexiva do pensar, com isso se faz necessária uma compreensão clara da mensagem transmitida. A comunicação humana é complexa e multidimensional e o processo dessa interação supõe, necessariamente, comunicação, seja por meio de palavras ou de outros meios não verbais, como expressões faciais, gestos e postura corporal, entre outros.
Segundo Silva (2018)
A comunicação pode ser verbal e não verbal, em que: A comunicação verbal exterioriza o ser social e a não verbal o ser psicológico, sendo sua principal função a demonstração dos sentimentos. A comunicação é um instrumento essencial na atuação do enfermeiro, auxiliando a ampliar sua capacidade de perceber as mensagens implícitas ou explícitas, que permeiam a relação enfermeiro-paciente e são fundamentais para a assistência de Enfermagem. A comunicação não-verbal exerce fascínio sobre a humanidade desde seus primórdios, pois envolve todas as manifestações de comportamento não expressas por palavras, como os gestos, expressões faciais, orientações do corpo, as posturas, a relação de distância entre os indivíduos e, ainda, organização dos objetos no espaço (SILVA, 2018, p. 52).
Levando em consideração a comunicação não verbal do recém-nato, o profissional de saúde deve ter a percepção de decodificar as expressões e sons que estão envolvidos na sua comunicação. Nesse estudo foram identificados elementos que remetem a comunicação do recém- nato em UTIN, pela comunicação não verbal, através da expressão corporal e expressão pré-verbal representada no choro. Expressão Corporal Após o nascimento, os recém-natos revelam seu estado de saúde não somente por meio de parâmetros físicos, como peso e sinais vitais, mas também mediante sinais comportamentais como posturas, gestos, grito e choro.
Deste modo, pode-se perceber que o RN tem seus meios para chamar atenção do profissional, sendo eles dotados de habilidades inatas que permitem uma forma de comunicação, este tipo de linguagem é expresso no corpo que fala, Eles não falam, mas eles demonstram tudo pelo corpo. Tipo de choro, tipo de feições, modo de se mexer, a irritabilidade, a agitação, até mesmo as reações orgânicas como um vômito por exemplo, é um modo deles se comunicarem. 
Através da expressão facial, do movimento corporal, ele pode expressar dor ou bem estar, através desse movimento e também o choro. Ele pode chorar por fome, por dor ou porque tá querendo trocar de posição. O fato dele estar parado ou se mexendo é uma forma de comunicação, testa franzida, bocejo. Tudo isso pode indicar alguma coisa que ele quer dizer pragente (CAMPOS, 2015).
A linguagem do corpo diz muitas coisas tanto para nós quanto para aqueles que nos rodeiam. Tal perspectiva torna-se relevante na enfermagem neonatal, que tem como sujeito um ser habilitado a usar outras formas de expressão que não a fala para estabelecer a comunicação. Então, deve-se considerar que é por meio da linguagem corporal e das reações comportamentais que o recém-nascido se comunica (SILVA, 2018).
Outra questão que podemos destacar é a resposta ao estímulo doloroso, o recém-nato exibe um amplo repertório de alterações fisiológicas, hormonais e comportamentais. As alterações da mímica facial constituem uma das respostas comportamentais fundamentais, destaca-se contração da fronte com abaixamento das sobrancelhas, estreitamento das pálpebras e/ou fechamento dos olhos, nariz franzido e/ou bochechas levantadas e boca entreaberta e/ou lábios esticados (Balda et al, 2009, p.61).
Dentre as alterações fisiológicas pode-se destacar: aumento da frequência cardíaca e respiratória, queda da saturação, tremores e cianose. Observam-se essas características nas falas dos profissionais de enfermagem quando questionados sobre as formas de comunicação do RN. O Choro, que pode representar sono e dor. A postura do recém-nascido pode identificar dor. As feições da face, o enrugar da testa, dos lábios pode identificar dor ou outro desconforto. 
Expressão facial, choro, queda de saturação e coloração da pele. Através do choro, do gemido, as mudanças de feições da criança, o franzir da testa, se espreme todo, ficar se mexendo na incubadora. Também se pode destacar que o repertório gestual do recém-nato é reconhecido pelos membros da equipe de enfermagem como forma de comunicação não verbal (SOARES, 2015).
Os recém-nascidos são incapazes de verbalizar de forma objetiva, mas utilizam de alterações comportamentais para se expressarem como: o choro, fronte saliente, olhos espremidos, lábios entreabertos, movimentação excessiva de membros e rigidez torácica O cuidado ao recém nato permite que a enfermagem desenvolva os sentidos e a percepção percebendo na linguagem corporal formas de se comunicar e expressar suas necessidades. Tal habilidade tende a ser mais desenvolvida à medida que se convive e permanece mais tempo com ele no cenário da UTIN o que permite identificar mudanças na sua expressão e nos tons do seu choro. Expressão pré Verbal Choro O choro é considerado como um parâmetro clínico de avaliação, em que o mesmo pode ser considerado como uma forma do bebê se comunicar. Esta variável, apesar de ser um indicativo de que algo errado acontece, pode ou não estar relacionada à dor (SOUZA, 2020, p. 199)
O choro do neonato, de maneira geral, apresenta uma fase expiratória definida, seguida por uma breve inspiração, um período de descanso e, de novo, uma fase expiratória. Assim: Diante do estímulo doloroso, ocorrem alterações sutis nos parâmetros descritos: a fase expiratória torna-se mais prolongada, a tonalidade mais aguda, há perda do padrão melódico e a duração do choro aumenta. Tais achados parecem indicar que existe, realmente, um choro específico de dor.
Percebe-se que os profissionais de enfermagem estão atentos as formas que o choro se apresenta e, que na maioria das vezes, são eles que conseguem diferenciar quando o choro é dor, fome ou “um choro de manhã”, conforme mostram os relatos abaixo: A gente percebe quando o choro é de dor porque é um choro mais irritado e forte, quando é manhã é chorinho leve você dá um afago ele para. O choro de dor é um choro irritante, é um choro agudo é um choro que expressa mesmo dor. Quanto um choro de manhã, de fome é diferente sim.
Nascimento (2012, p. 608) quando afirma que “a primeira forma de comunicação do bebê com o mundo é o choro. É a forma mais poderosa e eficaz de conseguir chamar a atenção dos outros para o que está sentindo”. O recém-nascido chora não somente porque está com fome ou dor; chora para demonstrar que algo o incomoda. Decifrar o choro do bebê é um desafio para a equipe de enfermagem, que mistura intuição, conhecimento e muita percepção. 
É importante que a equipe de enfermagem fique bastante atenta em relação à qualidade do choro apresentado por um recém-nascido, já que nem sempre esse pode ser considerado um indicador clínico de dor. Na maioria das vezes, pode ocorrer devido a estímulos tais como a fome, manha, cólicas abdominais, agitação, sono, à presença de dispositivos do cuidado neonatal, como sonda orogástrica e vesical, e o desconforto (SANTOS et al, 2012). 
A comunicação vai além da forma verbal, manifestando-se por um sistema sensorial, entendido pelo convívio diário com o RN e através da observação, por tanto, se faz necessário que a equipe de enfermagem leve em consideração todas as formas dos recém- natos se comunicarem, estabelecendo assim um mecanismo de codificação e decodificação para poder desenvolver o cuidado de forma específica.
8.4 O CUIDADO DA ENFERMAGEM AO RN EM UTIN POPR MEIO DE PROGRAMAS DE HUMANIZAÇÃO
A UTIN é considerada uma unidade de alta complexidade, que possui tecnologia de ponta e equipamentos diversificados, constituindo-se em um ambiente terapêutico apropriado com profissionais capacitados e protocolos específicos para assistência ao RN em estado grave. A fragilidade desses RN, a crescente prática de procedimentos de alto risco e a baixa tolerância a erros de medicação são algumas preocupações dos profissionais de enfermagem que atuam nesta unidade.
Para realizar uma assistência de enfermagem de qualidade ao RN que se encontra internado em uma UTIN, faz-se necessário o conhecimento e execução de procedimentos e realização de cuidados especializados, tendo em vista este paciente ser bastante manipulado, tanto com relação a procedimentos de rotina quanto aos procedimentos específicos de acordo com as suas necessidades. Desta forma, proporcionar ao neonato um cuidado de qualidade envolve conhecimentos e destreza técnica, além do saber cuidar, saber interagir e se comunicar com este ser (RIBEIRO, 2019, p. 112) 
O RN necessita de maior atenção, pois o mesmo estará em ventilação mecânica, cateterismo umbilical, flebotomia, cateter central de inserção periférica (PICC), nutrição parenteral total (NPT), fototerapia, entre outros. Existem algumas características e intercorrências mais frequentes nestes RN como instabilidade térmica, insuficiência respiratória pela imaturidade pulmonar, hemorragia pulmonar, crises de apneia. 
A importância de se ter uma sincronia de cuidados e da delicadeza e precisão de movimentos, pois estes atos possibilitam uma assistência adequada e implicam no desenvolvimento e crescimento normais, já que a prematuridade, como já mencionado, é a principal causa de morbimortalidade neonatal.
Ao receber o RN na UTI Neonatal, o mesmo deve ser colocado em uma incubadora com parede dupla, aquecida e umidificada. Quando o RN não é intubado na sala de parto, esse é o primeiro procedimento a ser realizado na UTI Neonatal (intubação oro ou nasotraqueal) e colocado em ventilação mecânica depois faz-se o surfactante. O surfactante é indicado o mais rápido possível, preferencialmente nas duas primeiras horas de vida; este procedimento é realizado pelo médico.
O RN não deve tomar banho devido hipotermia, alterações das propriedades de barreira (aumento de pH), irritação e trauma da pele, contudo, deve-se fazer higiene em região genital ou áreas sujas, mas não usar sabonete. Manter a incubadora coberta na região da cabeça do RN, a iluminação excessiva é nociva, entretanto, períodos de claridade alternados com penumbra beneficiam o recém-nascido, aumentando o ganho de peso e maior tempo de sono (DELLAQUA, 2021, p. 78). 
Deve-se sempre atentar para mantê-lo monitorado com oxímetro de pulso, evitar ruídos externos e batidas na incubadora, deixá-lo em proclive e sempre que possível em decúbito ventral. Ainda precisam ser tomados alguns cuidados como evitar uso de micropore e esparadrapos diretamente sob a pele; fixar sonda orogástrica junto com a cânula endotraqueal (CET); evitar acesso venosoperiférico; não aspirar CET rotineiramente, somente quando necessário; manuseio restrito; cuidados com a pele.
O manuseio deve ser rápido, preciso, gentil, cuidadoso e delicado, evitando movimentos bruscos. Tais procedimentos minimizam o estresse e a hipotermia, uma vez que uma das maiores dificuldades do RN é manter sua temperatura corpórea. Os horários de manipulações devem ser agrupados, ou seja, de 4/4 horas, portanto no momento da manipulação devem-se realizar todos os procedimentos necessários, em seguida deixá-lo em repouso e tranquilo (DELLAQUA, 2021). 
No RN a integridade da pele melhora em torno do 10º-14º dia podendo chegar até oito semanas de vida. Os principais problemas relacionados com a pele são: grande perda de água (resultando em desidratação), hipernatremia (consequente risco de hemorragia intraventricular), instabilidade térmica, aumento da demanda calórica (propiciando a desnutrição e apneias), defesa antimicrobiana alterada (maior incidência de sepse e meningite) (DELLAQUA, 2021). 
Devido sua dependência total de cuidados, é importante que a enfermagem esteja preparada para receber essa clientela, o que vai exigir da equipe observação constante, sensibilidade, avaliação, experiência e conhecimento. É imprescindível a existência de profissionais de enfermagem preparados, que saibam avaliar e estabelecer uma adequada intervenção com o intuito de diminuir ou evitar efeitos nocivos para o desenvolvimento do RN. Essa preparação da enfermagem visa contribuir para recuperação mais rápida do neonato, além de melhorar a qualidade da assistência. 
O fazer da enfermagem, dentro da UTIN, é estruturado em diferentes atividades, entre elas a que se denomina procedimento de enfermagem. O procedimento de enfermagem é aqui entendido como o procedimento técnico, que faz parte do cuidar da enfermagem. Os membros da equipe de enfermagem têm sob sua responsabilidade a execução de diversos procedimentos, inerentes ao seu cotidiano de cuidado ao recém-nato e, através deles têm a oportunidade de observar, avaliar e conhecer o RN
Deste modo, pode-se destacar que através da observação e avaliação é possível realizar um cuidado direcionado e de forma específica pelos profissionais da equipe de enfermagem, conforme ilustram as falas a seguir: A gente observa muito e com o tempo a gente passa conhecer quando o bebê tá evoluindo bem ou não. A gente tem que olhar a criança e perceber, às vezes é o acesso que se perdeu, às vezes é fome ou fralda suja a gente tem que ir eliminando pra poder identificar.
Profissionais de enfermagem devem estar atentos para atender as necessidades de cada recém-nascido. Assim o trabalho da equipe deve estar voltado para a promoção de um cuidado de qualidade durante o tempo de internação deste. Outro ponto evidenciado nas entrevistas foi a experiência e o conhecimento que a equipe precisa ter para cuidar do RN. Há um interesse cada vez maior em compreender o bebê, avaliando e adequando os procedimentos de cuidado, sendo um dos passos do cuidado humanizado a observação das respostas comportamentais e fisiológicas do bebê ao manuseio (MONTANHOLI, 2020, p. 56).
Cada Bebê tem uma forma de se apresentar, é necessário fazer os primeiros cuidados básicos e cada bebê tem um cuidado específico. É importante que o enfermeiro olhe para cada bebê de uma forma diferenciada de acordo com peso do bebê, de acordo com a necessidade, com cuidado pra que não sinta dor, com o cuidado pra que fique mais confortável possível. 
O conhecimento científico e a habilidade técnica são imprescindíveis para o controle rigoroso das funções vitais, na tentativa de garantir a sobrevivência do RN de risco. Neste sentido é necessário buscar referenciais de competência como sendo uma capacidade de agir eficazmente em um determinado tipo de situação, apoiada em conhecimentos, mas sem limitar-se a eles (BRAGA; SILVA, 2021, p. 67). 
Os profissionais de enfermagem devem, então, buscar aproximação e afinidade com a área, demonstrando gostar do que fazem, ter embasamento científico, sendo ele adquirido a partir de atualizações frequentes e ter envolvimento no que diz respeito à sensibilidade para realizar o cuidado. Nesse sentido a experiência na área ajuda a desenvolver um olhar diferenciado. 
A atenção ao recém-nascido deve ser estruturada e organizada, pois este faz parte da população sujeita a riscos. A assistência, portanto, não deve ser direcionada somente para condutas técnicas operacionais, mas também para uma tecnologia associada ao acolhimento, desenvolvendo uma visão esclarecedora, que vem do coração do cuidador para o ser que está sendo cuidado em sua integralidade, respeitando sua individualidade (ROLIM E CARDOSO, 2019)
É preciso reconhecer as necessidades básicas e de afeto do RN para poder implementar o cuidado de forma integral. Deste modo, pode-se destacar como é para um profissional de enfermagem estar em contato com este público-alvo que requer cuidados diferenciados, conforme mostra o relato abaixo: Pode ser uma simples troca de decúbito, um objeto que está incomodando e causando dor ou podem ser gases que o bebê não consegue expelir ou porque ele está querendo arrotar e não consegue (CAMPOS, 2015).
A partir desse choro se tem que fazer um diagnóstico desse choro pra aplicar o cuidado. Pode ser também apenas uma necessidade de higiene. A maneira como a enfermagem cuida do RN será o diferencial para o seu conforto, recuperação e desenvolvimento. Portanto é necessário que a equipe esteja capacitada para fazer a leitura das mensagens não verbais para melhor se comunicar com o neonato. 
O enfermeiro e sua equipe devem buscar direcionar os cuidados de acordo com cada tipo de bebê e sua respectiva patologia, proporcionando-lhe um cuidado holístico, os profissionais necessitam utilizar a experiência, empatia e a compreensão do cuidado prestado fundamentado no relacionamento interpessoal terapêutico, a fim de promover um cuidado seguro e responsável em um ser tão vulnerável e frágil.
8.5 AS DIFICULDADES DO PROFISSIONAL DA ENFERMAGEM EM REALIZAR ATENDIMENTO HUMANIZADO EM UTI NEONATAL
Os obstáculos existentes entre humanização e assistência de enfermagem são inúmeros podendo destacar: falta de capacitação, rotina preestabelecida falta de tempo para o cuidado direto, realização de tarefas que não se adéquam com a enfermagem, deficiência de recursos materiais, resistência das instituições e dos profissionais, falta de motivação para o trabalho, baixa remuneração, o próprio estresse da profissão dificuldades no conhecimento das patologias e pouca ou nenhuma orientação aos pacientes (SOUZA, 2020).
A atenção à saúde dever buscar uma assistência que vise o respeito, a liberdade, o compromisso, as características e as particularidades de cada paciente de forma menos mecanizada e sim buscar um contato mais próximo de compaixão, acolhimento de troca de experiências com o paciente, família, comunidade e com a própria equipe de trabalho, ou seja, com todos à sua volta. Assim, tem-se por objetivo: Identificar as dificuldades referentes à humanização do cuidado na assistência de enfermagem, encontrar soluções, além de mostrar a importância de se humanizar a assistência de enfermagem.
A estratégia pública criada pelo programa Humaniza SUS propõe programas de capacitação de atendimento, a fim de fortalecer práticas humanísticas como complemento às competências já prestadas aos profissionais de saúde, devido à alta complexidade e as dificuldades encontradas de se inserir esse projeto na assistência de enfermagem, nem sempre se alcança o resultado almejado. A efetividade de qualquer programa de humanização dependerá dos atores que atuam no cuidado aos usuários do sistema de saúde, ou seja, dos profissionais da área de saúde (RIBEIRO, 2019).
Porém, nem todos os profissionais encontram-se cientes de tais mudanças nas práticas de atendimento, tornando mais difícil sua inserção, pois não tiveram em sua formação a implantação do PNH. Porém ao se considerar que os profissionais em questão devem ter uma visão holística dos problemasrelacionados à saúde não só no âmbito hospitalar como também na comunidade que os cerca, cada vez mais há a urgência de se qualificar a fim de aprimorar seus conhecimentos de acordo com o avanço de novas tecnologias na área médico hospitalar002E
O cuidado mais humanizado é uma forma de expressar relacionamento com o outro ser, a fim de se obter uma vida plena, não se restringindo apenas em atividades, que proporcionam meios de sobrevivência. Uma expressão de carinho e interesse é característica humana, assim como a comunicação, através da linguagem verbal. O corpo comunica sentimentos através do olhar, da expressão facial, do conforto pela música, por outros sons, ou por ouvir alguém cantar. “Esta não envolve somente os cuidados dos profissionais e pacientes, mas, também, a relação entre os profissionais, os pacientes e suas famílias, entre outros âmbitos, com o escopo de promover o cuidado humanizado (ESTRADA, 2019).
O profissional da saúde, ao acolher o paciente, humanamente, com atenção, calor humano, identificando-se com sua necessidade daquele momento, isto é; oferecer-lhe segurança; olhar e permitir ser olhado, ouvir e permitir ser ouvido, sem julgamentos, preconceitos, ou seja, com compaixão pelo próximo, compaixão no sentido literal da palavra: compaixão, ter paixão. A pessoa que é acolhida de forma mais humana, como ser humano passivo de atendimento e que é prestado da melhor forma, tem maior possibilidade de cura e/ou melhora. Essa mudança de cultura será possível quando os profissionais de saúde tiverem realmente o interesse em querer resolver (MEDEIROS, 2016).
O ser humano como um agente biopsicossocial e espiritual, considerar a essência de seu Ser e respeitar sua individualidade são pressupostos para o cuidado humanizado. Atualmente um dos objetivos principais no atendimento hospitalar é a humanização dos cuidados de saúde, pois a enfermagem lida com o ser humano que está em constante evolução, que necessita de ser tratado com respeito e dignidade, ou seja, como ser humano em sua totalidade como um ser único. 
Na enfermagem a humanização toma proporções tanto no nível micro, relacionada à assistência, quanto no nível macro, da gestão e de políticas públicas, visto que, para se modificar a realidade, é necessário que se identifiquem obstáculos, presentes na área da saúde, que impeçam uma assistência digna e humana, cabendo a todos os partícipes a idealização e implementação de estratégias eficazes, tendo como meta uma assistência eficaz, resolutiva, de qualidade e humanizada (SANTOS, 2017).
O termo humanização comporta uma gama de acepções e, também implica controvérsias. No entanto quando se fala em desumanização, sucede o contrário. Parece que todos compreendem seu significado, quer seja uma forma intuitiva ou quer seja por terem sofrido as suas consequências em alguma esfera de suas vidas. Apesar dos vários problemas enfrentados tais como: filas intermináveis, pacientes mal atendidos, profissionais desvalorizados e mal remunerados dentre outros não menos importantes, surge a PNHAH que propõe uma gestão participativa, onde tanto os trabalhadores como os usuários são incorporados e considerados como um todo no processo de saúde.
A humanização na assistência foi caracterizada pelos profissionais de enfermagem como uma prática de todos os profissionais, por estar embasado em uma relação profissional/cliente, por incluir características pessoais, por olhar para as necessidades, diálogo, escuta atentiva, visão holística, empatia, valores morais e éticos, além de incluir questões afetivas como o amor, o pensamento, a valorização do ser, o querer, a compreensão e o carinho.
9 RESULTADOS E DISCUSÕES
A UTIN é um local onde os cuidados são intensivos e a monitorização contínua e o RN permanece durante dias ou meses internado. Entre tantas características do setor, evidencia-se a presença de equipamentos cada vez mais modernos, porém estes equipamentos podem apresentar fatores de risco ambiental, dentre os quais destacam-se: os ruídos de equipamentos e, principalmente, da atividade dos profissionais, iluminação forte e contínua, algumas vezes sem alternância dia-noite, ar condicionado regulado para conforto dos profissionais, manuseio excessivo, posturas pouco adequadas ao desenvolvimento e procedimentos técnicos invasivos e dolorosos ao neonato (ALVES et al, 2003).
A humanização dentro de uma UTIN é muito importante para o desenvolvimento do RN. Situações estressantes para o recém-nascido pré-termo ou de baixo peso como a separação entre a mãe e recém-nascido, toque despreparado pelos profissionais, estímulos nocivos como dor, luz forte e contínua, ruídos intensos, procedimentos invasivos e dolorosos e temperatura instável, tudo isso interfere e gera desconforto ao recém-nascido.
Imagem 01: Foto ilustrativa de um RN
Fonte: Hospital Geral de Guarulhos – ISCMSP.
Na UTIN o controle da iluminação, do ruído, da temperatura e técnicas de contato com o recém-nascido tem sido descritas como formas de humanização no atendimento. Deve-se controlar o nível sonoro, respondendo prontamente aos alarmes e monitores, abrir e fechar as portas da incubadora de forma suave; usar cobertores sobre a incubadora para diminuir ou controlar a luminosidade, diminuir a campainha do telefone convencional e desligar os celulares, desligar rádios e conversar baixinho. Foram também descritas como formas de atendimento neonatal o Método Canguru e a Teoria Síncrono-ativa (CORREIA, 2015).
Imagem 02: Foto ilustrativa de uma incubadora coberta por uma manta.
Fonte: Hospital Geral de Guarulhos – ISCMSP.
Dentro do útero, o feto fica exposto a pouca iluminação, predominantemente no comprimento de onda do vermelho, com variação dia/noite. O RNPT ou de baixo peso, a partir de 30 semanas, fecha os olhos diante de luz forte, com menor iluminação, consegue abrir os olhos focalizando objetos de forma breve. A luz constante pode atrasar a manifestação dos ritmos circadianos, levando à privação do sono ou interferir na consolidação normal do sono. RN ou de baixo peso demoram mais tempo para se ajustar ao ciclo dia/noite e dormem mais até completarem 37 semanas (BRASIL, 2002).
O RN a termo devido à plena capacidade de percepção e a pouca capacidade de inibição da dor uma vez que o seu sistema endorfínico não está completamente funcional. Alguns RN demonstram reações à dor por meio de respostas comportamentais, como expressões faciais e o choro, outras por respostas fisiológicas, como aumento da frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial, pressão intracraniana, saturação de O2, aumento nos níveis de cortisol, catecolaminas e glucagon e diminuição da
insulina (BRASIL, 2002).
Imagem 03: Foto ilustrativa do RN com enrolamento e contenção
Fonte: Hospital Geral de Guarulhos – ISCMSP.
Sabe-se que experiências adversas ou traumáticas podem elevar a taxa do hormônio cortisol no ser humano. Por sua vez o cortisol pode afetar o metabolismo, o sistema imunológico
e o cérebro. Assim, experiências estressantes podem minar o desenvolvimento neurológico e deteriorar o funcionamento cerebral. Crianças que apresentam, de forma crônica, altos níveis de cortisol têm demonstrado mais atraso no desenvolvimento cognitivo, motor e social, quando
comparadas a outras crianças. O estresse emocional também está associado com alterações na fisiologia cerebral (ANDRADE, 2004).
O Método Canguru é uma dessas ações humanizadas onde o recém-nascido é retirado da incubadora e mantido em contato pele-a-pele precoce e de forma crescente, sustentado por uma faixa ou manta amarrada ao redor do tórax da mãe, do pai ou dos avós.
No Brasil, a implantação do Método Canguru ocorreu no início da década de 90. As primeiras instituições que aplicaram essa nova tecnologia foram o Hospital Guilherme Álvaro,
em Santos (SP) em 1992 e o Instituto Materno Infantil de Pernambuco em Recife (1994).
Imagem 04: Foto ilustrativa do Método Canguru.
Fonte: Hospital Geral de Guarulhos – ISCMSP.
A adoção do cuidado no Método Canguru é estratégia essencial para mudançainstitucional na busca da atenção à saúde, centrada na humanização da assistência e no princípio
da cidadania da família (FURLAN; FURTADO; SCOCHI, 2003). Este método inclui todos os RNs com peso inferior a 2000g, idade gestacional de 27 a 36 semanas em condições clínicas estáveis, com capacidade de manter a temperatura corporal entre 36 e 37°C no contato pele a pele, desde que mães/pais tenham desejo, condições familiares e que não possuam doenças infecciosas
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Atualmente o cuidado humanizado vem sendo abordado de forma aprofundada na saúde, onde a enfermagem revê e discute uma modificação na arte do cuidar que com o passar dos tempos se mecanizou, fazendo com que tanto os que buscam o cuidado como os que o prestam retomem a essência do ato de cuidar e ser cuidado, o valor sentimental, comportamental, o ser humano como foco central, sendo assim, enfermeiros deverão ser atuantes no processo ensino-aprendizagem, na administração das atividades, estarem em constante interação com o meio cuidar/cuidado, identificando soluções para os problemas que vão além de fatores financeiros, educativos e ergonômicos para a realização e através de seu conhecimento, desenvolver a humanização.
Dentro deste contexto percebe-se que os objetivos deste trabalho foram alcançados a qual eram relatar sobre a política nacional de humanização em saúde e sua importância; o papel do profissional de enfermagem na prática da humanização em UTIs; as dificuldades da prática da humanização em UTIs neonatal.
Neste sentido o problema central deste trabalho é pautado na seguinte questão: como os programas de humanização em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal estão sendo empregados no Brasil?
A humanização é uma rede contínua junto à cidadania, tendo como premisse um olhar holístico, porém específico as necessidades de cada sujeito de acordo com suas particularidades, mas também um sujeito do coletivo inserido na história de muitas outras vidas que fazem parte do conjunto.
O então trabalho deteve a função da necessidade de compreender a respeito da conscientização da equipe multidisciplinar, com enfoque na enfermagem, no que tange a busca de melhoria da assistência, no qual o conceito de humanização tem lugar de destaque nos novos modelos adotados. Permitindo também compreender melhor quanto ao ambiente hospitalar e as inúmeras ações voltadas para aporte do cuidado humanizado. Portanto, uma análise mais detalhada a respeito deste aspecto faz se necessária.
Por fim a função deste trabalho não fora de exaurir sobre o assunto mais de despertar a curiosidade da sociedade, do profissional da saúde e do corpo acadêmico para o assunto em questão, mostrar que o trabalho do profissional da enfermagem dentro do ambiente da UTI neonatal é complexo cheio de obstáculos e dificuldades que precisam ser sanados, para que o profissional da enfermagem tenha melhor desempenho no seu ambiente de trabalho, mostrar que também este profissional carece de treinamento para desenvolver suas atividades dentro desse ambiente de alta complexidade.
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