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11 Digestão e absorção de lipídeos

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Millena Fernandes l @medmillena 
 
Digestão e absorção de lipídeos 
L IPÍDEOS 
 Alta solubilidade em solventes orgânicos e insolúvel em 
água 
 Alguns constituem vitaminas (K, E, D, A-KEDA) e hormônios 
 Principal lipídeo armazenado do tecido adiposo: 
triacilglicerol/triglicerídeo (TG) 
 
Ácidos graxos 
 Um tipo de lipídeo: ácidos carboxílicos de cadeia longa, sem 
ramificação, podendo ser ou não saturados 
 Insaturados: líquidos em temperatura ambiente 
- Possuem uma “dobra” na molécula, acarretando um 
empacotamento desorganizado, sendo mais fácil de romper suas 
ligações 
 Saturados: sólidos em temperatura ambiente 
- Maior interação hidrofóbica e mais estável (ficam muito 
“empacotados”/organizados) 
 pH > pKa: molécula na forma desprotonada 
 Ácidos graxos essenciais: ômega 3 e ômega 6 
 Triacilglicerol: 3 ácidos graxos + glicerol 
D IGESTÃO E ABSORÇÃO DE LIPÍDEOS 
 A ingestão diária média de lipídeos por adulto é 78g (98% 
de TAG) 
 Digestão iniciada no estômago e termina no intestino 
delgado 
- Fosfatilcolina é digerida pela fosfolipase 
 Molécula de colesterol e ácido graxo (éster de colesterol), 
sendo separado e liberando colesterol 
Lipase pancreática 
 Secretada pelo pâncreas 
 Existem enzimas específicas para cada substrato (ELA SÓ 
DEGRADA TRIACILGLICEROL) 
 Quebra triacilglicerol proveniente da alimentação, gerando 
2 ácidos graxos e 2 monoacilglicerol (no intestino) 
 Conforme ocorre a quebra dos lipídeos, o triglicerídeo 
chega no intestino delgado, os sais biliares 
“rodeiam/empacotam” todos os lipídeos formando uma 
molécula chamada MICELA 
Micelas 
 Lipídeos envolvidos por sais biliares 
 Possui ácidos graxos livres, colesterol, sais biliares, 
fosfolipídeos, monoacilglicerol, diacilglicerol 
 Localizadas no lúmen intestinal 
 Se aproximam das microvilosidades intestinais, todo o 
conteúdo interior da micela é absorvido 
Sais biliares 
 Não são absorvidos 
 Permanecem no intestino e são absorvidos no íleo, mas 
retornam para o fígado pela circulação enterohepática 
(95% dos sais biliares são reutilizados) 
Quilomícron 
 O alimento ácido quando sai do estômago e chega ao 
intestino, as células intestinais secretam a secretina 
(hormônio), que promove a secreção de bicarbonato pelo 
pâncreas, formando o suco pancreático 
 Na célula intestinal ocorre a união dos compostos com a 
apoB48, formando a primeira lipoproteína, o quilomícron 
 Sai por exocitose e cai na linfa, indo até o ducto torácico 
que desemboca na veia subclávia esquerda 
 Chegada de quilomícron no sangue dentro de 2 a 3 horas 
após a refeição 
 Transportam triglicerídeos (insolúveis) 
- Se fossem diretamente para o sangue ocorreria COALESCÊNCIA 
(união de vários triglicerídeos) 
 É empacotado junto com os lipídeos dentro do complexo 
de Golgi 
Sais biliares 
 Principais componentes da bile 
 Auxiliam na digestão de substâncias contendo gorduras 
 São sintetizados a partir da molécula de colesterol, 
atuando como emulsificantes e convertendo grandes 
partículas de gordura em MICELAS, aumentando a 
superfície de interação com as lipases 
 Possuem uma região hidrofílica e outra hidrofóbica. Uma 
parte reage com os lipídeos e outra com o meio aquoso 
 Permanecem no lúmen do intestino e serão absorvidos no 
lúmen 
FORMAÇÃO DE QUILOMÍCRONS 
 Dentro da célula intestinal, os ácidos graxos e 
monoacilglicerol que foram absorvidos, vão ser 
reesterificados para formar triacilglicerol novamente, 
mas para reesterificar esses ácidos graxos, eles 
precisam estar ativados 
 Para ativar, adicionamos no ác graxo uma coenzima A, 
FORMANDO ACIL-COA (ác graxo ativado). Assim, ocorre a 
formação de 2-monoacilglicerol, a CoA sai, formando 
diacilglicerol e depois triacilglicerol. Por fim, o triacilglicerol 
se une com com apoproteínas e outros lipídeos, formando 
o quilomícron. 
 Apo48: apoproteína EXCLUSIVA do quilomícron 
Millena Fernandes l @medmillena 
 
No intestino 
 Formação do quilomícron NASCENTE 
No sangue 
 O quilomícron interage com a lipoproteína HDL, que vai 
doar para ele a ApoCII e a ApoE, formando o quilomícron 
MADURO (lipoproteína que transporta muito lipídeos e 3 
apoproteínas) 
Lipase lipoproteica 
 Degrada o triglicerídeo do quilomícron maduro, tendo como 
produto ácidos graxos de cadeia longa 
 Albumina: transporta esses ácidos graxos para o músculos 
cardíaco e esquelético, que irão ser beta-oxidados para 
formar Acetil-CoA e ir para o ciclo de Krebs 
 Ácidos graxos também podem ir para o tecido adiposo 
para serem armazenados 
Quilomícron maduro 
 O quilomícron maduro tinha uma grande quantidade de 
triglicerídeos que foi tirada pela lipase lipoproteica 
 Quando ele perde todo o conteúdo de triglicerideo, a apoC2 
que estava nele volta para a HDL, resultando em um 
QUILOMÍCRON REMASCENTE (menos triglicerídeo) que vai 
para o fígado 
- Ele entra no fígado por receptores hepáticos que reconhcem a 
apoE (que também veio da HDL), dentro da célula hepática esse 
quilomícron vai ser desfeito 
 ApoC2: ativa a lipase lipoproteica (LPL) 
 ApoE: tem a função de ser reconhecida por receptores 
do fígado (no hepatócito) 
 ApoB48: dá estrutura ao quilomícron 
TRANSPORTE DE LIPÍDIOS 
 Dentro de uma célula intestinal ocorre a reesterificação 
dos ácidos graxos 
 Os ácidos graxos precisam ser ativados: acrescentar uma 
molécula de CoA 
 
Nome da molécula de ácido graxo ligado à CoA: acil-CoA 
Da mesma forma que na beta oxidação precisa dessa ativação, 
dentro da célula intestinal precisa ocorrer a ativação do ácido graxo 
 Síntese de triacilglicerol 
 
Precisa ser ativado para ser reesterificado, para que o ácido graxo 
se ligue ao glicerol 
Formação de quilomícron 
 
 
 No intestino houve a formação do QUILOMÍCRON 
NASCENTE: lipoproteína com uma grande quantidade de 
TAG. 90% 
 Há uma apo proteína chamada b48, que dá estrutura para 
o quilomícron 
 Quilomícron vai para a linfa, da linfa vai para o sangue. 
 Circulando no sangue, ele interage com o HDL, a qual irá 
doar para o quilomícron outras duas apoproteínas: ApoC2 
e ApoE. Formação do QUILOMÍCRON MADURO (está 
transportando muito TAG, e possui 3 apoproteínas) 
 Na superfície interna do endotélio encontra-se a LIPASE 
LIPOPROTEICA (não confundir com a lipase pancreática), a 
qual irá ser ativada pela apoC2 
 FUNÇÃO DA APOCII: ativar a lipase lipoproteica (LPL) 
- FUNÇÃO DA LIPASE LIPOPROTEICA: degrada triglicerídeo que está 
no quilomícron maduro 
Está presente nas células endoteliais de tecidos periféricos e é 
responsável pela degradação de TAGs presentes nos quilomícrons. 
Essa enzima é sintetizada principalmente pelos adipócitos e pelas 
células musculares. 
- Produtos da quebra do triglicerídeo: glicerol + ácidos graxos 
- Ácido graxo cai no sangue e fica livre; como ele possui uma cadeia 
longa, é transportado pela albumina, a qual o levará para o tecido 
adiposo, músculo cardíaco e músculo esquelético 
- NO TECIDO ADIPOSO: ácidos graxos são estocados (reesterificado) 
- NO M. ESQUELÉTICO E M. CARDÍACO: se acumulam após serem 
beta-oxidados (produzir acetil CoA) e ir para o ciclo de Krebs 
 Quilomícron maduro possuía uma grande quantidade de 
triglicerídeo, mas perdeu após sofrer ação da lipase 
lipoproteica. 
 Assim, a ApoC2 sai do quilomícron e volta para HDL: 
quilomícron remanescente 
Millena Fernandes l @medmillena 
 
 Quilomícron remanescente: éter de colesterol, 
fosfolipídeo, duas apoproteínas 
 Nas células hepáticas há receptores que reconhecem a 
ApoE, assim, o quilomícron remanescente entra na célula 
hepática. Lá dentro, o QR é desfeito, sobrando ácido graxo 
e colesterol 
 Apob48 é desfeita em aminoácidos, mas antes do fígado 
ela não sai do quilomícron (é EXCLUIVA dele – dá estrutura) 
Quilomícron 
 
 Transportam os lipídeos absorvidos na digestão 
 Possui a menor densidade, determinada pela quantidade de 
proteínas associadas às lipoproteínas 
 Apoproteínas: proteínas associadas a uns lipídeos; 
 
 É montado e desmontado a todo momento, para conseguir 
ser absorvidoAminoácidos dos quilomícrons: vem da Apob48 degradada 
Apoproteína B 
 Somente 48% do gene da apoproteína B é transcrito e 
traduzido: no intestino 
 
 Fígado: apoB100: 100% do gene é transcrito e produzido 
LPL (lipase lipoproteica) 
 É expressa no tecido adiposo, muscular e cardíaco 
 Tecido adiposo: 
- Só armazenamos ácidos graxos reesterificados no tecido adiposo 
após a refeição 
- KM MAIOR, menor afinidade pelo TAG 
- Como ela possui quilomícron em abundância, os ácidos graxos vão 
entrando no tecido adiposo – no período absortivo 
- No jejum, a quantidade de quilomícron no sangue é baixo 
 M. esquelético e m. cardíaco: 
- KM MENOR, maior afinidade pelo TAG 
- Reconhece qualquer quantidade baixa de quilomícrons que estejam 
circulantes no jejum, ocorrendo mais facilmente a quebra do TAG 
OBS: a importância do Km da LPL no m esquelético e no m cardíaco ser baixa 
é para que mesmo em baixa quantidade de quilomícron no sangue (no período 
de jejum), o quilomícron entre nesses tecidos, sendo degradado e os ácidos 
graxos resultantes serem utilizados para produzir energia. (Quanto maior o Km, 
menor a afinidade). 
OBS2: A LPL do tec adiposo possui um km alto, e do musculo cardíaco um km 
baixo. Isso ocorre pois no período absortivo haverá uma grande captação de 
km no sangue; a LPL do tec adiposo é ativada, começando a degradar os 
triglicerídeos. No período de jejum a escassez de nutrientes deixa a quantidade 
de km baixo, assim a LPL cardíaco muscular consegue reconhecer qlqr 
quantidade de Km, degradando os triglicerídeos. Logo após os ácidos graxos 
produzidos são utilizados para a produção de energia. 
 O fígado só armazena glicose quando há altas 
concentrações dela no sangue 
Deficiência de apoCII – hiperloproteína do tipo I 
 Não ativa a LPL 
 Logo, não degrada o TAG dentro do quilomícron, causando 
o aumento dele no sangue 
 Solução: dieta, restrição de gorduras com suplementação 
das vitaminas lipossolúveis e suplementação de 
triglicerídeos de cadeia média 
LIPOPROTEÍNAS 
 
Millena Fernandes l @medmillena 
 
 Cada família de lipoproteínas apresenta uma faixa de 
variação de tamanhos e densidades. 
 A espessura dos círculos reflete aproximadamente as 
quantidades de cada componente. 
METABOLISMO DE LIPOPROTEÍNAS 
 São complexos macromoleculares esféricos formados por 
lipídeos e proteínas (apolipoproteínas), que têm a função 
de transportar os lipídeos insolúveis no plasma. 
 Incluem: quilomícron, VLDL, IDL, LDL e HDL. 
 Conforme a lipoproteína diminui de tamanho, ela aumenta 
a quantidade de proteína e diminui a quantidade de lipídeos. 
 
 Dosagem do perfil lipídico: estamos em jejum. Por isso ele 
não é dosado, está em quantidade muito baixa (se não 
estamos se alimentando, não há gordura da dieta) 
 IDL é uma lipoproteína, mas não possui muita importância 
clínica. Porém, numa pesquisa ele é dosado 
 Síntese de triacilglicerídeos: pelo excesso de acetil-coa 
(VINDO DE MUITA ENERGIA produzida a partir da via 
glicolítica) 
Apesar da via glicolítica são produzidos ácidos graxos, que são 
esterificados em glicerol 
ApoE= medeia a captação hepática 
VLDL 
É formado no hepatócito 
Recebe apoCII e apoE (da HDL), formando um VLDL maduro, tendo 
também um apo100 
Com a apoCII, o VLDL vai ativar LPL, perdendo seu conteúdo de 
triglicerídeo 
Transportar os lipídeos do fígado para os tecidos periféricos 
É convertido em IDL 
IDL 
Ao terminar de perder todo o TAG e a apoCII e apoE, ele volta para 
o LDL 
LDL 
Vem do metabolismo de IDL e HDL 
Têm a apoB100 
Está no sangue 
Principal lipoproteína que se acumula na parede dos vasos 
sanguíneos, dando início ao processo de aterosclerose 
Vai para os tecidos extra-hepáticos e deposita seu conteúdo 
(colesterol) 
Tem como função prover colesterol para os tecidos periféricos 
Ligam-se a receptores na membrana celular específica para LDL, 
que reconhecem a apoB100 
Esses receptores também reconhecem a apoE, sendo conhecidos 
como receptores apo B100/apoE 
HDL 
1/3 é captado pelos tecidos provendo colesterol para síntese de 
hormônios esteroides e para as membranas celulares 
É uma doadora de apoproteínas para outras lipoproteínas 
Recolhe colesterol dos tecidos, retornando-o para o fígado, onde 
pode ser utilizado para a formação de sais biliares 
Transporta colesterol 
 
Nosso organismo também produz colesterol. Se as células já estão 
abastecidas por colesterol, há mecanismos que bloqueiam a 
produção dele (Ação da HMG-CoA-redutase) e inibem o seu 
transporte 
Ligação do receptor de apob100 ao LDL. Logo, 
Outra forma do LDL não entrar na célula é diminuindo a transcrição 
do gene que leva à expressão do receptor de LDL. Assim, se não 
há receptor na superfície da célula, a apob100 não se liga e o LDL 
não entra 
Enzima HMG-CoA redutase 
Se já há colesterol dentro da célula, não há motivo para colocar 
mais. Logo, o aumento deste causa a inibição da expressão do gene 
que sintetiza o receptor para LDL. Assim, não vai ter receptor 
para LDL na superfície da célula e consequentemente não há a 
entrada dele na célula, que se ACUMULA NO PLASMA SANGUÍNEO 
Uma das formas das células controlarem a quantidade de colesterol 
dentro da célula é bloqueando o receptor para LDL 
Consequentemente há um aumento de colesterol no sangue. 
NOME= hipocolesterolemia familiar (defeito no receptor de LDL) 
PROBLEMA= pode levar a uma aterosclerose prematura. LDL é 
oxidado, macrófagos o fagocitam, formando as placas de ateroma 
na camada íntima do endotélio 
 
Células espumosas= se acumulam na túnica íntima, que leva a um 
processo inflamatório, que causa as placas de ateroma e ocasiona 
uma aterosclerose 
 
No fígado e no intestino acontece a formação da apoA1. No sangue, 
ela se associa com alguns lipídeos presente. APOA1 + alguns lipídeos 
forma o HDL nascente, que começará a receber colesterol dos 
tecidos periféricos 
Dentro do HLD, o colesterol é esterificado (ligado a uma molécula 
de ácido graxo) 
Conforme o colesterol vai entrando nos tecidos periféricos, ele é 
esterificado 
Millena Fernandes l @medmillena 
 
HDL vai em direção do fígado. No “meio do caminho” o HDL doa 
ésteres de colesterol para o VLDL 
PTEC= proteína transportadora de ésteres de colesterol. Chega no 
HDL e captura os ésteres, transportando para o VLDL 
Essa proteína pega os ésteres de colesterol do HDL e deposita no 
fígado (células hepáticas) 
HDL NÃO ENTRA NO FÍGADO. O conteúdo que ela está 
transportando necessita da ação da PTEC 
Serve de suporte estrutural e liga colesterol e fosfolipídeos 
captados dos tecidos

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