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Página inicial 
Unidade 1 
Atividades 
INTRODUÇÃO AO 
Resumo 
Eu indico 
SISTEMA FINANCEIRO 
Referências 
Aprofundando 
Editorial 
Professor : 
Me. Paulo Pardo 
Objetivos de aprendizagem 
• Conhecer o surgimento do mercado financeiro. 
• Conhecer a composição do Sistema Financeiro Nacional. 
• Considerar as entidades dos subsistemas normativos e de intermediação financeira. 
• Adquirir noções sobre Bancos de Investimentos, Bancos Comerciais e Bancos Múltiplos. 
• Apresentar as entidades do Sistema Financeiro Internacional. 
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https://sites.google.com/fabrico.com.br/mfedc1/p%C3%A1gina-inicial/atividades
https://sites.google.com/fabrico.com.br/mfedc1/p%C3%A1gina-inicial/resumo
https://sites.google.com/fabrico.com.br/mfedc1/p%C3%A1gina-inicial/eu-indico
https://sites.google.com/fabrico.com.br/mfedc1/p%C3%A1gina-inicial/refer%C3%AAncias
https://sites.google.com/fabrico.com.br/mfedc1/p%C3%A1gina-inicial/aprofundando
https://sites.google.com/fabrico.com.br/mfedc1/p%C3%A1gina-inicial/editorial
Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Conhecendo as Origens do Sistema Financeiro 
• Uma Visão da Estrutura do Sistema Financeiro Nacional 
• As Entidades do Sistema Financeiro Internacional 
Introdução 
No dia a dia das pessoas, de forma geral, talvez passe despercebido o fato de que dependemos em um grau muito elevado de 
instituições que têm como principal produto o dinheiro. Essa é uma clara referência aos bancos, às seguradoras, às empresas de 
previdência complementar, enfim, empresas e entidades que fazem parte do que denominamos de Sistema Financeiro. 
É importante compreender o porquê do surgimento do mercado financeiro, bem como as entidades que fazem parte desse 
sistema. Além disso, devemos estabelecer as diferenças entre sistema financeiro e sistema bancário, assim como aspectos sobre 
como os mercados são regulados e segmentados. 
Ninguém consegue ficar alheio a esses temas, pois, de uma forma ou de outra, precisamos nos relacionar com eles - seja ao 
recebermos nossos salários, pagarmos nossos compromissos e/ou fazermos um planejamento para nossa aposentadoria. 
Talvez você já seja um investidor mais experiente e já tenha feito algum tipo de investimento mais direcionado, como fundos de 
investimento, CDB ou aplicou no mercado de ações; outro exemplo: a sua casa. É própria? É financiada? Se sim para essas questões, 
então você já negociou com uma sociedade de crédito imobiliário ou com um banco que possui uma carteira de crédito imobiliário. 
Em todos esses casos, você é um ator nesse grande palco que é o mercado financeiro e de capitais. Imagine sua vida sem essa 
complexa estrutura! Quem cuidaria das economias que você acumulou com algum sacrifício? Guardaria debaixo do colchão? Não! 
Além do risco óbvio, seu dinheiro não trabalharia para você, ou seja, não produziria renda. 
Os materiais que tratam desses temas são abundantes na literatura. É improvável que os conteúdos que aqui abordaremos 
satisfaçam sua curiosidade sobre esses assuntos e, por conta disso, é importante avançar nas suas pesquisas. 
Nas aulas dessa unidade vamos conhecer os diversos aspectos desse interessante sistema, o Sistema Financeiro Nacional, 
incluindo suas instituições constituintes. Cada uma delas desempenha um papel fundamental para possibilitar o fluxo de recursos 
entre os agentes econômicos. 
Bons estudos! 
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Avançar 
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UNICESUMAR | UNIVERSO EAD 
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Unidade 1 
Atividades 
Resumo 
Eu indico 
Referências 
Aprofundando 
Editorial 
CONHECENDO AS ORIGENS DO 
SISTEMA FINANCEIRO 
Os bancos estão presentes atualmente em nossas vidas de forma natural. Quase todas as pessoas que trabalham ou recebem 
algum tipo de recurso financeiro têm contato com bancos. 
Na verdade, a história dos bancos é bastante antiga. Há referências a bancos na Bíblia (como na parábola dos talentos), mas há 
referências até mais antigas, como na Babilônia, onde se registram transações de concessão e recebimento de empréstimos, 
guarda de dinheiro que, considerado sagrado, ficava ao encargo dos sacerdotes do templo (ALMEIDA, 1995). 
Os fenícios, segundo consta em vários livros de história, são os responsáveis pelas primeiras operações bancárias, mas a palavra 
“banco” vem do latim, designando a mesa em que os cambistas promoviam suas operações de troca de dinheiro. A função primitiva 
dos bancos, aliás, era a troca de moedas, sendo que a função de guarda e empréstimo de dinheiro veio algum tempo depois 
(ALMEIDA, 1995). 
O papel dos ourives na Idade Média sempre é destacado na história do sistema financeiro, pois esses personagens trabalhavam 
com metais preciosos, mas, com o tempo, também passaram a guardar esses metais, como um serviço remunerado, prestado 
especialmente aos viajantes (WONNACOTT; WONNACOTT, 1982). 
Essa guarda possibilitou o empréstimo de valores a quem deles necessitasse, pois os ourives perceberam que os depositantes não 
retiravam seus depósitos imediatamente, ou seja, um contingente grande de depositantes deixava esses valores sem data para 
retirá-los. Esses recursos, então, passaram a ser destinados a empréstimos com a cobrança de juros. 
O ourives emprestaria ouro e receberia em troca o valor correspondente em notas promissórias nas quais 
eram especificados a taxa de juros e o período de resgate das mesmas [...]. Neste momento, sua atividade 
deixa de ser a de uma simples casa de penhores para transformar-se na de um banco comercial, como o 
conhecemos hoje (WONNACOTT; WONNACOT, 1982, p. 219). 
O desenrolar dessa história chega ao século VI, quando: 
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[...] já estando formadas grandes fortunas comerciais, surgem os primeiros banqueiros, que vão substituir os 
cambistas como fonte de crédito. Em vez de se limitarem a emprestar dinheiro, os banqueiros italianos 
passarão a aceitar depósitos, descontar títulos e manter correspondentes em outras praças (MAGALHÃES 
FILHO, 1991, p. 136). 
Atualmente, o Sistema Financeiro é considerado maduro, com a participação de grandes instituições com abrangência 
internacional, especialmente os grandes conglomerados financeiros mundiais, dos quais o Brasil possui muitos representantes, 
como os grandes bancos nacionais. 
O Sistema Financeiro Nacional 
A história do Sistema Financeiro Nacional (SFN) começa com a fuga da família real portuguesa para o Brasil no início do século XIX, 
fugindo da ameaça de Napoleão Bonaparte, que travava uma guerra intensa contra a Inglaterra, da qual Portugal era apoiador. 
O Brasil Colônia não possuía, até a chegada da famíliareal, bancos, seguradoras ou qualquer outra forma de organização financeira 
local, pois tudo era ditado e governado pelos colonizadores portugueses. 
Lagioia (2007, p. 28) destaca que em 12 de outubro de 1808 é criado, por meio de alvará assinado por D. João VI, o Banco do Brasil, 
“como um banco de depósitos, desconto e emissão”. 
O Banco do Brasil já quebrou mais de uma vez. Em 1829 foi liquidado, devido à falta de austeridade da 
coroa e aos gastos com a luta pela independência, com grandes prejuízos à rotina da população. Uma nova 
quebra aconteceu em 1905, devido à recessão. Até a década de 1980, o Banco do Brasil operava a chamada 
“conta movimento” do governo federal, o que lhe dava certo conforto em relação aos outros bancos, pois 
dinheiro não lhe faltava. 
Com a transferência dessa conta movimento para o Banco Central, o Banco do Brasil passou por uma fase 
muito difícil, inclusive instituindo Programas de Demissão Voluntária, expediente até então desconhecido 
na instituição. 
Fonte: baseado em Lagioia (2007). 
Alguns momentos históricos no sistema financeiro nacional se destacam, como: 
• Decreto 14728, de 16 de março de 1921: institui a Inspetoria Geral dos Bancos, subordinada ao Ministério da Fazenda, que tinha 
como propósito fiscalizar os bancos, além de normatizar as questões ligadas a exportações e operações cambiais. 
• Decreto 7293, de 02 de fevereiro de 1945, cria a Superintendência da Moeda e do Crédito com a missão de controlar o mercado 
monetário e iniciar a organização do Banco Central (LAGIOIA, 2007, p. 29). 
Outros marcos históricos que merecem atenção estão relacionados à própria legislação que regulamentou o Sistema Financeiro 
Nacional, que podemos visualizar no Quadro 1, a seguir: 
Quadro 1 - Histórico do SFN 
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Fonte: Fortuna (2008, p. 15-16). 
Para melhor compreensão do tema Sistema Financeiro Nacional, o site “Mercado de Valores” apresenta um 
resumo com conceitos importantes para complementar os conhecimentos sobre o tema. Acesse: 
http://mercado-de-valores.info/sistema-financeiro-nacional.html . 
Fonte: o autor. 
A Legislação foi importante para regular o SFN e hoje podemos afirmar que o SFN é um dos mais estáveis do mundo. 
As décadas de 1970-1980 são marcadas pela reserva de mercado, com a proibição de cartas-patentes (1970) e o sistema de 
pontos (1985) (PINHEIRO, 2005). 
A partir de 1980 e até os dias atuais, houve um incremento importante do papel dos bancos privados, como financiadores do setor 
público (União, Estados, Municípios e empresas estatais). 
Com a resolução n.º 1524 de 21/12/1987 do Conselho Monetário Nacional, permitiu-se aos intermediários financeiros a 
transformação em bancos múltiplos, englobando atividades até então segmentadas por instituições financeiras. Esse fato 
possibilitou a transformação da estrutura da rede bancária, principalmente suas agências de atendimento, que passaram a 
oferecer um leque muito maior de produtos e serviços financeiros, findando o modelo baseado na especialização. 
No início da década de 1990, as instituições financeiras ganhavam muito dinheiro com a chamada “ciranda financeira” em que, por 
causa da inflação elevada, os correntistas corriam aos bancos para depositarem seus recursos e protegê-los da inflação, e os 
bancos, por sua vez, aplicavam esses recursos na forma de empréstimos a juros muito mais elevados do que os pagos aos 
investidores. 
Com a estabilização da moeda, houve uma perda estimada da ordem de R$ 9 bilhões para os bancos apenas com o fim do float, ou 
seja, o ganho que essas instituições tinham por meio de transferências inflacionárias, indicando um forte ajuste a ser feito pelos 
bancos em geral. 
Com a restrição ao crédito e o aumento do depósito compulsório das instituições bancárias e a consequente redução do dinheiro 
na praça, muitos bancos não conseguiram cobrir seus rombos diários com recursos próprios, o que causou a quebra de instituições 
tradicionais, como o Banco Econômico e o Banco Nacional (que chegou a patrocinar o nosso querido Ayrton Senna na F1). 
Antunes (2014, p. 167-168) destaca que: 
A saúde financeira dos bancos privados do país, a deterioração da qualidade dos ativos destas instituições e 
os casos específicos do Econômico e Nacional deram início, a partir do 2º semestre de 1995, à intervenção 
direta do governo federal através de um conjunto de medidas, que, de acordo com o discurso 
governamental, destinavam-se à reestruturação e fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional. Segundo 
documento da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda (maio, 1997), entre essas 
medidas destacam-se: o estabelecimento de incentivos fiscais para a incorporação de instituições 
financeiras (MP n.º 1.179 de 03/11/95); a instituição do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao 
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Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (PROER– Resolução n.º 2208 de 03/11/95); a aprovação do 
estatuto e regulamentação do Fundo de Garantia de Créditos (FGC – Resolução n.º 2261 de 16/11/95); a 
dificuldade de constituição de novas instituições financeiras e a criação de incentivos para os processos de 
fusão, incorporação e transferência de controle acionário (Resolução n.º 2212 de 16/11/95). 
A partir de 1995, houve a previsão, estudada caso a caso, da entrada de capital estrangeiro em bancos no Brasil, visando aumentar 
a competitividade no sistema financeiro. Só de 1997 para 1998 houve um aumento na participação estrangeira nos ativos dos 20 
maiores bancos privados nacionais de quase 50%. 
UMA VISÃO DA ESTRUTURA DO 
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 
Mas afinal, o que é Sistema Financeiro? Podemos definir como sendo o conjunto de instituições financeiras dedicadas a 
proporcionar condições satisfatórias para a manutenção de um fluxo de recursos entre poupadores e investidores no país. 
O sistema financeiro é formado por agentes econômicos compostos por famílias, empresas e governo que estão interligados entre 
si (CVM, 2013). 
As famílias fornecem os insumos para as empresas na forma de trabalho, capital, imóveis e recebem em contrapartida salários, 
juros, lucro e aluguéis - que formam a renda das famílias. O governo se interessa na atividade econômica por receber impostos e 
taxas tanto das famílias quanto das empresas (CVM, 2013). 
Um dos motivos pelos quais o funding interno não atende a todas as necessidades do financiamento em 
longo prazo é que mais da metade da população brasileira não tem sobra de renda líquida para aplicar no 
mercado financeiro. A maior especificidade (e perversidade) do capitalismo brasileiro é que ele tem a pior 
concentração de renda entre os países industrializados. 
Fonte: Da Costa e Deos (UNICAMP, 2002, p. 14-15, on-line)¹ 
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Esta lógica de fluxo de recursos monetários e não monetários é ilustrada na Figura 1, a seguir: 
Figura 1 - Fluxo econômico em uma economia capitalista 
Fonte: CVM (2013, p. 12). 
As empresas, assim como as famílias, têm necessidades. Quando as empresas demandam recursos, geralmente é para fazer frente 
a projetos de expansão de produção ou aumento de sua capacidade, ou então, a simples necessidade de capital de giro para suas 
atividades. Isso é perfeitamente normal e mesmo grandes empresas buscam recursos no mercado. As famílias também possuem 
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demandas de consumo de bens e serviços, sendo alguns bens duráveis, como automóveise moradia. São aquelas empresas e 
famílias que possuem sobras de recursos que viabilizam que outras empresas e famílias que têm escassez se financiem. 
É nesse contexto que o Sistema Financeiro se insere, ou seja, na necessidade de compatibilizar as necessidades de captação de 
agentes deficitários (que necessitam de recursos para suas atividades ou consumo) com a de agentes superavitários (que querem 
que suas sobras de recursos lhes proporcionem remuneração). Dessa forma, podemos definir Sistema Financeiro como: “conjunto 
de instituições e instrumentos que viabilizam o fluxo financeiro entre os poupadores e os tomadores na economia” (CVM, 2013, 
p. 13, grifo do autor). 
As trocas e fluxos financeiros se aprimoraram com o decorrer do tempo e novas demandas surgiram. A simples intermediação 
financeira não se mostrou capaz de dar conta de todas essas novas demandas, fazendo surgir novos produtos que atendessem os 
agentes interessados. Por conta disso, o mercado financeiro se ampliou, conforme demonstra a Figura 2, a seguir: 
Figura 2 - Constituição atual do mercado financeiro 
Fonte: CVM (2013, p. 15). 
Caso o Sistema Financeiro Nacional não existisse, o que faríamos com o nosso salário? Provavelmente o 
guardaríamos em casa sob nossos colchões! E aqueles que precisassem de capital emprestado? A quem 
recorreriam? 
Fonte: o autor. 
Focando especificamente o Sistema Financeiro Nacional, temos duas grandes subdivisões que nos auxiliam a entender sua 
dinâmica: 
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• SUBSISTEMA NORMATIVO 
• INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 
Subsistema Normativo 
Assaf Neto (2012, p. 39) destaca que: 
O subsistema normativo é responsável pelo funcionamento do mercado financeiro e de suas instituições, 
fiscalizando e regulamentando suas atividades por meio principalmente do Conselho Monetário Nacional 
(CMN) e do Banco Central do Brasil (Bacen). A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é um órgão 
normativo de apoio do sistema financeiro, atuando mais especificamente no controle e fiscalização do 
mercado de valores mobiliários (ações e debêntures). 
Podemos visualizar as instituições componentes do subsistema normativo na Figura 3, a seguir: 
Figura 3 - Estrutura do subsistema normativo do SFN 
Fonte: CVM (2013, p. 21). 
Vamos resumir as principais funções e atribuições desses órgãos do subsistema normativo no Quadro 2, a seguir: 
Quadro 2 - Funções e atribuições de entidades normativas do SFN 
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Fonte: o autor, com base em Lagioia (2007). 
A estrutura do subsistema normativo foi concebida para supervisionar uma parte específica do subsistema operativo ou de 
intermediações financeiras. Podemos visualizar como se dá essa supervisão na Figura 4, a seguir: 
Fonte: Kerr (2011, p. 14). 
Essa supervisão dá estabilidade ao mercado, de forma geral, e aos investidores, em particular. 
Subsistema de Intermediação Financeira 
Este sistema, também chamado de subsistema operativo, é constituído pelos intermediadores financeiros que recebem os 
recursos dos poupadores, repassando-os aos tomadores e por outras instituições que auxiliam o Sistema Financeiro, como as 
Bolsas de Valores e as bolsas de mercadorias e de futuros. Neste subsistema, também podemos alocar os intermediários 
financeiros que atuam como Agentes Especiais em promover políticas de interesse do governo. 
Agentes especiais 
Algumas Instituições financeiras são consideradas agentes especiais ou de apoio e prestam relevantes serviços às políticas 
econômicas e sociais do governo federal. São listadas como agentes especiais as seguintes instituições: 
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• Banco do Brasil (BB). 
• Caixa Econômica Federal (CEF). 
• Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 
No Quadro 3, a seguir, você será apresentado(a) às principais características dessas instituições: 
Quadro 3 - Os agentes especiais do SFN 
Fonte: o autor, com base em Brito (2005), Lagioia (2007) e Assaf Neto (2012). 
FATOS E DADOS 
Quantidade de instituições autorizadas a funcionar no SFN 
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O Banco Central mantém um controle sobre as instituições bancárias e não bancárias em funcionamento no Brasil e 
periodicamente divulga dados sobre estas Instituições. Veja no Quadro a seguir alguns dados da evolução na quantidade das 
instituições autorizadas a funcionarem em território nacional. 
Fonte: Banco Central do Brasil (2016, on-line)². 
Intermediadores Financeiros 
O subsistema de intermediação financeira, além dos agentes especiais (CEF, BB e BNDES) possui diversas outras instituições que, 
como o nome sugere, executam funções de intermediação financeira. Assaf Neto (2012) destaca uma classificação usual para estas 
instituições em: Instituições bancárias, Instituições não bancárias, Sistema de Poupança e Empréstimo - SBPE, Instituições 
auxiliares e Instituições não financeiras. 
No Quadro 4, a seguir, temos a descrição das instituições financeiras bancárias : 
Quadro 4 - Instituições bancárias 
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Fonte: o autor, com base em Lagioia (2007). 
No Quadro 5, a seguir, temos a descrição das instituições financeiras não bancárias : 
Quadro 5 - Instituições financeiras não bancárias 
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Fonte: o autor, com base em Assaf Neto (2012), Kerr (2011), Machado (2015), Lagioia (2007) 
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AS ENTIDADES DO SISTEMA 
FINANCEIRO INTERNACIONAL 
As relações internacionais entre países envolvem as trocas econômicas de bens, serviços e moedas. Os países precisam uns dos 
outros, pois mesmo grandes potências econômicas, como Estados Unidos, Japão e a maioria dos países da Europa ocidental 
dependem de matérias-primas provenientes de países menos desenvolvidos. E esses países mais pobres precisam de máquinas, 
equipamentos e tecnologia produzidos pelas nações desenvolvidas. Esse jogo de interesses e necessidades é viabilizado pelo fluxo 
financeiro que ocorre entre as nações. 
Porém, é interessante observar o que aconteceu ao longo do século XX e que resultou no atual padrão financeiro internacional. 
Logo após a crise financeira mundial de 1929, com a quebra da bolsa de valores de Nova York, seguida pela II Guerra Mundial, o 
modelo capitalista mundial estava em crise. Barreto (2009) destaca que havia se criado nos países uma orientação protecionista 
tão acentuada que ficou conhecida como “ beggar-thy-neighbor ” (empobreça seu vizinho). Com o fim da Guerra, a infraestrutura 
europeia estava seriamente comprometida e a do Japão destruída. Foi nesse clima que 730 delegados de 44 países se reuniram na 
cidade de Bretton Woods, estado de New Hampshire, nos Estados Unidos, para um evento que ficou conhecido como Conferência 
Financeira das Nações Unidas. O Brasil também estava presente neste evento. Sobre este evento, Barreto (2009, p. 47) destaca: 
O objetivo era urgente: reconstruir o capitalismo mundial, a partir de um sistema de regras que regulasse a 
política econômica internacional. ESTABILIDADE. O primeiro passo era garantir a estabilidade monetária 
das nações. O acordo de Bretton Woods definiu que cada país seria obrigado a manter a taxa de câmbio de 
sua moeda “congelada” ao dólar, com margem de manobra de cerca de 1%. A moeda norte-americana, por 
sua vez, estaria ligada ao valor doouro em uma base fixa. Além disso, foram criadas instituições 
multilaterais encarregadas de acompanhar esse novo sistema financeiro e garantir liquidez na economia: o 
Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI). 
O dólar dos Estados Unidos ganhou o status de moeda de referência mundial e até hoje a maioria dos contratos internacionais é 
celebrada nesta moeda. Barreto (2009) destaca que muita coisa mudou de 1944 até hoje em relação à economia, até mesmo com 
relação à influência do dólar como moeda de referência, já que um quarto das operações financeiras mundial já utiliza o Euro como 
moeda e, além disso, temos a força do yuan da China, a libra esterlina do Reino Unido e outras moedas. 
A ascensão de outras economias industriais (como Japão, Alemanha e outros países europeus) também impactou a ideia inicial de 
Bretton Woods da paridade do dólar-ouro, até que, em 1971, o então presidente norte-americano Richard Nixon acabou com essa 
paridade e em 1973 acabou o sistema de paridades fixas, sendo substituído por um sistema de flutuações (BELUZZO, 2016). 
Muito se discute sobre o fim do dólar como moeda de referência e a adoção de uma moeda mundial, que seria adotada por todos 
os países. Ou, ao menos outra referência mundial, que não uma moeda de um país específico. Essa discussão prospera em 
momentos de crise internacional, especialmente quando essa crise se inicia nos Estados Unidos (como foi a que ocorreu em 2008). 
Note que duas instituições importantes nascem do acordo Bretton Woods: o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco 
Mundial. Vamos conhecer mais a respeito dessas duas instituições. 
Fundo Monetário Internacional (FMI) 
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O FMI surge como uma das ferramentas para estabilização das economias, como fruto do acordo Bretton Woods de 1944. 
Oficialmente, o FMI iniciou suas operações em 1946, na época com 39 países membros. Na atualidade, praticamente todas as 
nações-membro da ONU fazem parte também do FMI, que tem sede em Washington, DC, EUA (FORTUNA, 2008). 
De acordo com Fortuna (2008, p. 817), a organização do FMI se dá da seguinte forma: 
É formalmente gerenciado por um Board of Governors , um de cada país-membro, representado, 
normalmente, pelo Ministro das Finanças ou Presidente do Banco Central. As decisões do dia a dia são 
tomadas por um Executive Board formado por 24 diretores executivos nomeados pelo Board of Governors . As 
decisões do FMI são tomadas pelo voto ponderado, em função do número de quotas de contribuição ao 
fundo feita por cada país. Embora atos mais simples as decisões sejam em consenso, com 18% dos votos os 
Estados Unidos têm o direito de veto nas decisões mais importantes. 
A atuação do FMI é mais percebida em momentos de crise mundial. O Brasil foi altamente dependente dos recursos do FMI na 
década de 1980 e início da década de 1990, quando o país passava por surtos de hiperinflação. 
Os objetivos essenciais do FMI são destacados por Assaf Neto (2012, p. 56): 
• Promover o crescimento e as relações de equilíbrio do comércio mundial, por meio, principalmente, de um regime de 
estabilidade cambial e apoio financeiro aos países com dificuldades em seus balanços de pagamentos. 
• Atuar como mecanismo coordenador, regulador e assessor das políticas monetárias e econômicas adotadas pelas diversas 
nações do mundo. 
• Levantar e padronizar as diversas informações econômicas internacionais. 
Na prática, o FMI tem as funções destacadas no Quadro 6, a seguir: 
Quadro 6 - Funções básicas do FMI 
Fonte: o autor, com base em Assaf Neto (2012). 
Com a recuperação econômica do Brasil, especialmente a partir do Plano Real, o Brasil deixou de ser tomador de recursos do FMI e 
passou a emprestar dinheiro ao Fundo, como ocorreu em 2009, no pico da crise financeira mundial. 
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Banco Mundial 
Também fruto do acordo Bretton Woods, é fundado o International Bank of Reconstruction and Development (IBRD) (em 
português, a sigla é BIRD). A ideia inicial era fomentar a reconstrução dos países europeus arrasados pela guerra, mas essa função 
foi assumida por outros mecanismos de fluxo de capitais no escopo de atuação do plano Marshall, deixando como foco principal do 
Banco Mundial (como ficou conhecido) os países em desenvolvimento (FORTUNA, 2008). 
O Banco Mundial (WB, de World Bank) também tem sua sede em Washington, DC, EUA, e os países pertencentes ao WB devem 
também ser membros do FMI. 
O Banco Mundial é constituído por três instituições: 
• Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). 
• Agência Internacional de Desenvolvimento (AID) ou International Development Agency (IDA). 
• Companhia Internacional de Financiamento (CIF) ou International Finance Corporation (IFC). 
O Banco Mundial (WB) visa promover o desenvolvimento econômico e a redução da pobreza nas nações. Os 
projetos financiados pelo Banco Mundial são prioritariamente voltados à educação, infraestrutura e meio 
ambiente. Para conhecer mais sobre os projetos desenvolvidos pelo WB acesse o site: 
http://www.worldbank.org/en/about . 
Fonte: o autor. 
O foco de atuação do WB é diferente do FMI, pois enquanto este último tem a preocupação de manter um sistema de pagamentos 
equilibrado entre os países, o Banco Mundial “visa promover o desenvolvimento econômico e a redução da pobreza nas nações. Os 
projetos financiados pelo Banco Mundial são prioritariamente voltados à educação, infraestrutura e meio ambiente” (ASSAF 
NETO, 2012, p. 57). 
Fortuna (2008) destaca que os empréstimos originários do WB são realizados somente de governo para governo ou para 
instituições garantidas pelo governo, por isso o Banco Mundial é considerado uma instituição intergovernamental. Os recursos 
que o Banco Mundial utiliza para suas operações são oriundos da colocação de títulos do próprio banco no mercado financeiro 
internacional e da contribuição de países ricos (ASSAF NETO, 2008). 
Na área de meio ambiente, destaca-se o que aconteceu em 1991, quando foi criada a Global Environment Facilities (GEF), que 
viabiliza projetos para garantia da biodiversidade, a redução dos efeitos da destruição da camada de ozônio e o aumento da 
qualidade da água. Segundo Fortuna (2008), essas iniciativas criam um “selo verde” para os projetos do banco. 
Podemos comparar as estruturas e funções do Banco Mundial com o FMI no Quadro 7, a seguir: 
Quadro 7 - Comparativo entre FMI e o WB 
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Fonte: Fortuna (2008, p. 821). 
O Fundo Monetário Internacional (FMI) busca estimular a cooperação monetária global, proteger a 
estabilidade financeira, facilitar o comércio internacional, promover altos níveis de emprego e crescimento 
econômico sustentável e reduzir a pobreza em todo o mundo. Fundado em 1945, o FMI é administrado 
pelos governos de seus países membros quase todos os países do mundo aos quais presta contas. O quadro 
abaixo apresenta alguns dados básicos importantes: 
FMI: dados básicos 
• Composição : 188 países membros 
• Sede : Washington, DC (Estados Unidos) 
• Diretoria Executiva : 24 diretores representando países ou grupos de países 
• Quadros : cerca de 2503 funcionários de 144 países 
• Total de cotas : US$ 360 bilhões (em 14/3/13) 
• Recursos adicionais empenhados ou comprometidos : US$ 1 trilhão 
• Empréstimos comprometidos (até 7/3/13) : US$ 226 bilhões, dos quais US$ 166 milhões ainda não foram 
sacados (ver tabela) 
• Principais tomadores (montante acordado até 7/3/13) : Grécia, Portugal, Irlanda 
• Principais empréstimos preventivos (montante acordado até 7/3/13) : México, Polônia, Colômbia 
• Consultas de supervisão: Foram discutidas 122 consultas em 2011 e 123 consultas em 2012 
• Assistência técnica : Trabalho de campo no exercício de 2012 - 246 anos-pessoa 
• Transparência : Em 2012, foram publicados cerca de 91% dos documentos de política e relatórios do 
corpo técnico sobre programas e consultas nos termos do Artigo IV (até 20/3/2013) 
• Propósito original : O Artigo I do Convênio Constitutivo define os principais objetivos do FMI: 
• Promover a cooperação monetária internacional 
• Facilitar a expansão e o crescimento equilibrado do comércio internacional 
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• Promover a estabilidade cambial 
• Auxiliar na criação de um sistema multilateral de pagamentos 
• Disponibilizar recursos (com as devidas salvagardas) aos países membros com problemas no balanço 
de pagamentos. 
Fonte: IMF (2013, on-line)³ 
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) 
A Organização dos Estados Americanos (OEA) criou em 1959 a entidade conhecida como Banco Interamericano de 
Desenvolvimento (BID), que incluía na época 19 países da América Latina, Caribe e os Estados Unidos. O BID tem sede em 
Washington, DC, EUA. 
De acordo com Assaf Neto (2012), o foco de atuação do BID é reduzir a pobreza e melhorar a distribuição de renda, com o 
desenvolvimento sustentável da área de atuação da Instituição. “O BID atua nesses países através de empréstimos e cooperação 
técnica. Seus objetivos voltam-se também para promover o comércio e a integração regional” (ASSAF NETO, 2012, p. 58). 
Interessante observar que o BID, de certa forma, foge do escopo da atuação de uma instituição financeira convencional, pois 25% 
dos empréstimos são na forma de empréstimos setoriais, que são orientados para reforma da economia e aumento da eficiência 
econômica de países membros, bem como, por vezes, concede doações e assistência técnica a países mais carentes, além de 
pesquisas para formulação de políticas econômicas eficazes (FORTUNA, 2008 e ASSAF NETO, 2012). 
Banco de Compensações Internacionais (BIS) 
Esta Instituição é considerada por vários autores como a mais antiga instituição financeira internacional. Foi criada em 1930 na 
Conferência de Haia, na Holanda, nas negociações sobre as reparações da I Guerra Mundial. A sede do BIS é em Basiléia, na Suíça 
(FORTUNA, 2008). 
Atualmente o BIS reúne 55 bancos centrais do mundo todo, e é uma instituição inteiramente privada, ou seja, não se subordina a 
nenhum governo específico. 
Assaf Neto (2012, p. 58) destaca que “o objetivo desta instituição é o de manter relações de cooperação entre os bancos centrais 
do mundo, de maneira a incentivar as operações financeiras internacionais, facilitar as transações e estabilizar a moeda no mundo”. 
Como empresa privada de capital aberto, tem como acionistas os principais bancos centrais europeus, mais os do Japão, Austrália, 
Canadá e África do Sul. 
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O Federal Reserve dos EUA vendeu suas ações para bancos comerciais, que passaram a deter 15% das ações do BIS, mas ainda tem 
direito a voto. 
Fortuna (2008) destaca que o BIS foi criado para ser um banco para os bancos centrais, o que lhe dá certo status de “banco central 
dos bancos centrais”, pois os bancos centrais “depositam parte de reservas oficiais em moeda com o BIS, que as reinveste no 
mercado de Euromoeda ou nos mercados nacionais” (FORTUNA, 2008, p. 824). 
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ATIVIDADES 
1. Assinale (V) Verdadeiro ou (F) Falso: 
( ) A função primitiva dos bancos era a troca de moedas. 
( ) Os incas são os responsáveis pelas primeiras operações bancárias. 
( ) A palavra “banco” vem do grego, designando a mesa dos cambistas. 
( ) O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é considerado maduro. 
a) V, V, V, F. 
b) V, F, V, F. 
c) V, F, F, F. 
d) V, V, F, V. 
e) V, F, F, V. 
2. Assinale a alternativa que apresenta o conceito de Sistema Financeiro. 
a) é formado por agentes econômicos, composto por bancos, famílias, empresas e governo, interligados entre si. 
b) conjunto de instituições financeiras dedicadas a proporcionar condições satisfatórias para a manutenção do fluxo de recursos 
entre poupadores e investidores no País, garantindo o lucro dos mesmos. 
c) é um conjunto de bancos e famílias para garantir o fluxo de recursos dos poupadores. 
d) é formado por governo, bancos, instituições financeiras dedicadas a garantir o fluxo de recursos e lucros dos investidores. 
e) conjunto de instituições e instrumentos que viabilizam o fluxo financeiro entre os poupadores e os tomadores na economia. 
3. Assinale a alternativa que apresenta as subdivisões do Sistema Financeiro Nacional. 
a) Subsistema Normativo e Intermediação Financeira. 
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b) Subsistema Regulatório e Intermediação Cambial. 
c) Subsistema Mobiliário e Intermediação Financeira. 
d) Subsistema Orçamentário e Intermediação Fiscal. 
e) Subsistema Normativo e Intermediação Cambial. 
4. Assinale (V) Verdadeiro ou (F) Falso e marque a alternativa correta. 
( ) O FMI surge como uma ferramenta para alavancar as economias. 
( ) O FMI iniciou suas atividades em 1986. 
( ) Atualmente todas as nações-membro da ONU fazem parte do FMI. 
( ) A sede do FMI é em Genebra, na Suíça. 
a) F - F - V - V. 
b) F - F - F - V. 
c) V - V - F - V. 
d) F - F - F - F. 
e) F - F - V - F. 
5. Assinale a alternativa que apresenta as funções do FMI. 
a) assessoria financeira, apoio gerencial, apoio técnico. 
b) assessoria financeira, apoio governamental, apoio financeiro. 
c) assessoria econômica, subsídio bancário, apoio gerencial. 
d) assessoria econômica, apoio financeiro, apoio técnico. 
e) assessoria econômica, apoio gerencial apoio técnico. 
6. Assinale a alternativa que apresenta as instituições que compõem o Banco Mundial. 
a) BIRD, AID, FMI. 
b) FMI, BIRD, CIF. 
c) BIRD, AID, CIF. 
d) BID, BIRD, AID. 
e) AID, CIF, FMI. 
Resolução das atividades 
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Referências 
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Editorial 
RESUMO 
Esta unidade trata da estrutura do Sistema Financeiro Nacional e de entidades pertencentes ao sistema financeiro internacional. 
Em economias saudáveis, as famílias e empresas recorrem ao Sistema Financeiro para formarem poupança para o futuro ou para 
obterem financiamento de seus projetos. 
Mesmo grandes empresas dependem frequentemente de recursos que são captados no mercado financeiro. Não há nada de mau 
nisso, desdeque esse endividamento seja feito de forma responsável, visando a expansão e manutenção das atividades 
organizacionais. Da mesma forma, não há nada de ruim, necessariamente, no endividamento das famílias, desde que esse 
endividamento seja responsável, para obtenção de bens que possam resultar no bem-estar da família, como a casa própria ou um 
veículo para atender às necessidades diárias. O erro está em dívidas não controladas ou contraídas por motivos fúteis. 
As entidades pertencentes ao SFN são divididas em dois grandes subsistemas: o subsistema normativo e o subsistema operativo 
ou de intermediação financeira. O subsistema normativo é composto de entidades como o Conselho Monetário Nacional, 
autoridade máxima na economia do país. Além do CMN, temos outras entidades muito importantes, que possibilitam que exista o 
mercado de seguros, previdência, capitalização, fundos de pensão, entre tantos outros serviços e produtos que utilizamos em 
nossas vidas. 
No subsistema operativo temos a presença de entidades bancárias e não bancárias, incluindo as cooperativas de crédito, que 
crescem a números impressionantes em nosso país. É importante que essas entidades do subsistema operativo sejam 
supervisionadas, pois elas detêm a poupança da sociedade, como depositárias desses recursos. Sobressaltos e crises nessas 
entidades transmitem insegurança e incerteza ao mercado, o que pode retrair investimentos que são necessários. 
As entidades do sistema financeiro internacional são extremamente importantes para nações em dificuldades. Destaca-se entre 
elas o Fundo Monetário Internacional (FMI). Essa entidade já socorreu o Brasil por diversas vezes no passado e continua prestando 
relevantes serviços à economia mundial. 
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Referências 
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Editorial 
Material Complementar 
Leitura 
Mercado Financeiro 
Autor: Alexandre Assaf Neto 
Editora: Atlas 
Ano: 2012 
Sinopse : esta obra apresenta uma visão dos mercados financeiros e de 
capitais, abordando o funcionamento de suas instituições e operações 
financeiras e estudando os principais modelos de avaliação dos ativos 
negociados e de seus riscos. Assaf Neto utiliza como premissa para o 
moderno estudo dos mercados financeiros um modelo de 
desenvolvimento econômico com base principalmente na participação do 
setor privado. 
Comentário : Este livro é um material essencial para quem estuda o 
sistema financeiro nacional, com enfoque no mercado de capitais. O livro 
é bastante abrangente e serve como recurso preparatório para 
certificações como a CPA10 da Anbima. 
Filme 
O Lobo de Wall Street 
Ano : 2014 
Sinopse : a história verídica do corretor da bolsa de Nova Iorque Jordan 
Belfort. Do sonho americano à ganância empresarial. Belfort passa de 
ações de pouco valor e dos ideais de justiça para as OPV e uma vida de 
corrupção, no final dos anos 80. O sucesso excessivo e a sua gigantesca 
fortuna aos vinte e poucos anos, enquanto fundador da corretora 
Stratton Oakmont, deram a Belfort o título de “O Lobo de Wall Street”. 
Comentário : o filme mostra que no mercado financeiro ninguém está 
livre de golpes por parte de profissionais de conduta duvidosa ou de 
armadilhas por conta da própria falta de informação. 
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Editorial 
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, M. M. Análise das Interações Entre o Homem e o Ambiente - estudo de caso em agência bancária. 1995. Dissertação 
(Mestrado em Engenharia) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1995. 
ANTUNES, L. R. Reestruturação Produtiva do Sistema Bancário: Uma Visão Histórica. Revista de Gestão e Contabilidade da UFPI , 
v. 1, n. 2, p. 155-175, 2014. 
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro . 11. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
BARRETO, P. H. História - Bretton Woods. Revista Desafios do Desenvolvimento , Brasília-DF, v. 6. 2009. 
BELLUZZO, L. G de M. O declínio de Bretton Woods e a emergência dos mercados “globalizados”. Economia e sociedade , v. 4, n. 1, 
p. 11-20, 2016. 
BRITO, O. Mercado financeiro : estruturas, produtos, serviços, riscos, controle gerencial. São Paulo: Saraiva, 2005. 
CVM. O mercado de valores mobiliários brasileiro . 2. ed. Rio de Janeiro: Comissão de Valores Mobiliários, 2013. 
FORTUNA, E. Mercado financeiro : produtos e serviços. 17. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008 
KERR, R. B. Mercado financeiro e de capitais . São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. 
LAGIOIA, U. C. T. Fundamentos do mercado de capitais . São Paulo: Atlas, 2007. 
MACHADO, L. H. M. Sistema financeiro nacional . São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. 
MAGALHÃES FILHO, F. B. História econômica . São Paulo: Saraiva, 1991. 
PINHEIRO, J. L. Mercado de Capitais . São Paulo: Atlas, 2005. 
WONNACOTT, P.; WONNACOTT, R. Economia . Tradução, revisão e adaptação Yeda Rorato Crusius et al. São Paulo, 1982. 
REFERÊNCIAS ON-LINE 
1 Em: http://www.eco.unicamp.br/docprod/downarq.php?id=1739&tp=a . Acesso em: 02 jul. 2016. 
2 Em: http://www.bcb.gov.br/htms/deorf/r200412/quadro1.asp?idpai=REVSFN200412 . Acesso em: 02 jul. 2016. 
3 Em: http://www.imf.org/external/lang/portuguese/np/exr/facts/glancep.pdf . Acesso em: 01 jul. 2016. 
4 Em: http://goo.gl/fpfdW5 . Acesso em: 10 mar. 2016. 
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Editorial 
APROFUNDANDO 
A QUEBRADEIRA, DESDE DOM JOÃO VI 
O BC já interveio ou fechou quase 600 instituições 
Na história dos bancos que se esborracharam no Brasil há de tudo: banqueiro que deixou seus clientes na mão, mas continuou rico, 
presidente da República que durante todo o seu governo protegeu bancos em dificuldade, e muita instituição financeira 
recauchutada com dinheiro público. Desde que o Banco Central foi criado, trinta anos atrás, 598 empresas financeiras já sofreram 
algum tipo de intervenção ou foram liquidadas. Dá uma média de quase vinte bancos, consórcios, corretoras ou financeiras por 
ano. Dessas, ainda há 129 num departamento especial do BC apelidado, internamente, de cemitério. As outras foram devolvidas a 
seus donos ou fechadas. Os bancos dão problemas para o governo desde o tempo de Dom João VI. O pioneiro foi o Banco do Brasil. 
Além de ter sido o primeiro banco a ser aberto no país, foi também o primeiro a quebrar, em 1854, 46 anos depois de sua fundação. 
Nessa época, inaugurou-se o hábito de o Tesouro quitar o papagaio de bancos quebrados. 
Uma das obrigações do Banco Central é proteger o poupador. O BC intervém numa instituição quando percebe que existe risco de 
que sua clientela seja lesada. Às vezes o Banco Central engole um frango, como nos casos recentes do Econômico e do Nacional. 
Outras vezes, ele fica amarrado por decisão superior. Faz parte do anedotário do BC a decisão do ex-presidente Emílio Garrastazu 
Médici, que pagava para não ver banco quebrar. “No meu governo não quero nenhuma liquidação de banco”, teria dito Médici, 
numa reunião com seu ministro da Fazenda Delfim Netto, hoje deputado federal, e o então presidente do BC, Ernane Galvêas. 
Naquela reunião discutia-se a necessidade de uma intervenção no Halles, um grande banco nos anos 70. 
FAXINEIRA – Segundo se conta no BC, na determinação de Médici havia também um fator emocional. Sua família e seus amigos já 
tinham perdido dinheiro nos anos 60, quando a Cooperativa de Crédito Mauá, de Bagé, a cidade natal de Médici, quebrou. O 
Halles, considerado um campeão das falcatruas em sua época, acabou sofrendo intervenção no início do governo do ex-presidente 
Ernesto Geisel, o sucessor de Médici. 
Outro banco protegido por Médici foi o Banco União Comercial, criado pelo ex-ministro e hoje deputado federal Roberto Campos. 
O BC instalou uma UTI financeira para o União Comercial. Dava dinheiro para que a instituição pudesse continuar operando e 
pagava seus empréstimos junto a bancos estrangeiros. Em 1974, decidiu-se adotar uma providência - que mais tarde foi copiada, 
no episódio do Nacional. O governo convocou meia dúzia de bancos grandes a tomarem posse da parte boa do União Comercial. 
Quem acabou levando foi o Itaú. A parte ruim do União Comercial ficou com o BC, que até 1991 pagava a faxineira que uma vez 
por semana limpava a casa que serviu para recreio dos diretores do União Comercial em Campos do Jordão, cidade turística do 
interior de São Paulo. 
Nos anos 80, a quebradeira atingiu as grandes instituições. Primeiro foram a financeira Coroa, do grupo Brastel, e a Delfin Crédito 
Imobiliário. Em 1985, o Sulbrasileiro foi liquidado pelo BC e arrastou junto outras casas importantes como o Comind, o Auxiliar, o 
Maisonnave e o Brasilinvest. Eles foram liquidados e apenas o Brasilinvest foi reaberto algum tempo depois e devolvido ao 
empresário Mário Garnero. Outro ponto comum entre as instituições que faliram nos anos 80 é que até hoje tem ex-cliente que se 
queixa de ter ficado na mão, enquanto muitos dos administradores dessas instituições continuaram bem de vida. 
Fonte: O golpe do balanço fraudado (UOL, on-line). 
PARABÉNS! 
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Mercado Financeiro e de Capitais . Paulo Pardo. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
45 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Mercado 2. Financeiro 3. EaD. I. Título. 
ISBN 978-85-459-0405-2 
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FORMATAÇÃO DO 
Unidade 2 
Atividades 
MERCADO 
Resumo 
Eu indico 
FINANCEIRO E DO 
Referências 
Aprofundando 
Editorial 
MERCADO DE 
CAPITAIS 
Professor : 
Me. Paulo Pardo 
Objetivos de aprendizagem 
• Apresentar aspectos introdutórios ao mercado monetário. 
• Conhecer os mercados de crédito e mercado de câmbio. 
• Verificar os principais papéis negociados no mercado de capitais. 
• Conhecer as entidades participantes do mercado de capitais. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Aspectos Introdutórios do Mercado Monetário 
• Conhecendo os Mercados de Crédito e de Câmbio 
• Principais Papéis Negociados no Mercado de Capitais 
• As entidades Participantes do Mercado de Capitais 
Introdução 
As possibilidades de captação de recursos por parte das empresas são bastante diversificadas e a decisão quanto um ou outro 
mecanismo deve ser pensada de forma equilibrada pelos gestores, pois algumas decisões são bastante difíceis de serem revertidas. 
É o caso da abertura de capital por parte da empresa, que exige uma adaptação e reformulação da estrutura do patrimônio da 
organização, bem como uma postura gerencial muito diferente da fase em que a empresa era do tipo “limitado”. 
O mercado acionário exige fundamentos de governança mais refinados e controles mais apurados, pois a transparência e 
informação são elementos fundamentais para a tomada de decisão por parte dos acionistas. 
Felizmente, a própria Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que tem a prerrogativa da supervisão do mercado de capitais no 
Brasil, já determina que as empresas que abrem seu capital apresentem esses fundamentos aprimorados de gestão. Isso dá 
tranquilidade ao mercado, o que é bom para todos os participantes. 
Nesta unidade veremos alguns pontos muito relevantes para nossos estudos do mercado financeiro e de capitais. Na Aula 1 
veremos os aspectos introdutórios do mercado monetário, que envolvem elementos utilizados pelo governo para controlar a 
oferta de moeda e crédito por parte das instituições financeiras. Na Aula 2 conheceremos mais profundamente os mercados de 
crédito e de câmbio, este último afetando muito empresas que dependem de importações ou exportações. A Aula 3 abordará os 
principais papéis que são negociados no mercado de capitais e que são importantes para a economia do país. Fechando a unidade, 
na Aula 4, conheceremos as entidades participantes do mercado de capitais, com destaque para a BM&FBovespa. 
Ao estudar estes conteúdos, tenha em mente que o assunto é extenso e que não é possível abordar todas as nuances que se 
vinculam a este conhecimento. Por isso, você deve avançar nas suas pesquisas e na literatura que trata destes temas. 
Ótimos estudos! 
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Unidade 2 
Atividades 
Resumo 
Eu indico 
Referências 
Aprofundando 
Editorial 
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DO 
MERCADO MONETÁRIO 
Ao iniciar nossa consideração do mercado monetário, é prudente contextualizarmos nossos estudos dentro da lógica do mercado 
financeiro. O objetivo é entendermos o foco de análise do mercado para fins de compreensão. Esse esforço inicial é meramente 
didático, pois a designação geral “mercado financeiro” envolve o fluxo financeiro entre os agentes econômicos que ocorre de 
diversas formas e prazos. 
Mas, atendendo a uma concepção mais conceitual, é importante pontuarmos que os autores não são unânimes em uma pretensa 
divisão por segmentos do mercado financeiro. Enquanto alguns dividem o mercado financeiro em dois segmentos, “mercado de 
crédito” e “mercado de capitais”, outros fazem uma segmentação em quatro segmentos: “mercado monetário”, “mercado de 
crédito”, “mercado de capitais” e “mercado de câmbio” (KERR, 2011). 
Para ficar clara tal divisão, veja no Quadro 1, a seguir, esta última classificação, segmentada em quatro grandes áreas: 
Quadro 1 - Segmentação do mercado financeiro 
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Fonte: o autor, com base em Kerr (2011). 
Alguns outros autores acrescentam a esses quatro segmentos mais dois, que são o “mercado de derivativos” e “outros mercados”, 
no primeiro incluindo-se os contratos que visam gerar proteção ( head ) para os interessados e o último inclui novos produtos como 
os créditos de carbono. Para nosso objetivo, vamos focar, neste momento, no MERCADO MONETÁRIO. 
Os brasileiros usam cada vez mais o chamado dinheiro de plástico, na forma de cartões de débito, de crédito 
e cartões de lojas. Somente em 2015, o valor superou R$1 trilhão em transações. O principal atrativo das 
compras com cartões é o parcelamento sem juros no cartão de crédito e de lojas. Em 2013, a bandeira visa 
representava um pouco mais de 50% do volume de transações, enquanto a bandeira Mastercard respondia 
por cerca de 43% do total. Porém, em 2014, a Mastercard superou a Visa no número de cartões ativados, 
com 149 milhões contra 142 milhões da concorrente. A bandeira brasileira Elo já representava em 2014 2% 
do volume de plásticos ativos. 
Fonte: o autor. 
Sobre este mercado, como visto anteriormente, tratamos de operações de curto e curtíssimo prazo, que têm efeito sobre a liquidez 
dos meios de pagamento em uma economia. No caso do Brasil, isso é de interesse do Banco Central, que executa e controla as 
operações que acontecem no mercado aberto, redesconto e depósitos compulsórios. Segundo Tavares (2014), o objetivo é 
assegurar a liquidez dos agentes econômicos. 
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Em um mercado saudável, aberto, os agentes econômicos (incluindo-se o governo federal), podem ter sobras ou falta de liquidez ao 
longo de um dado momento no tempo, que pode ser um dia, por exemplo. Exemplificando, uma empresa pode ter sobras de caixa 
disponível durante um curto período de tempo. Essa empresa pode ter interesse que esse recurso tenha uma remuneração, ao 
invés de ficar parado em conta corrente. Assim, neste mercado monetário, há possibilidade de investimentos de curto prazo, 
alguns relacionados a papeis do governo, cuja remuneração geralmente é vinculada a taxa básica de juros, estabelecida pelo 
próprio governo por meio do COPOM (Comitê de Política Monetária). 
Tavares (2014) salienta que a autoridade monetária usa o mercado monetário da seguinte forma: caso haja uma alta liquidez no 
mercado, o governo vende papéis do Tesouro Nacional pagando juros aos agentes econômicos que são atrativos, “enxugando” o 
excesso de moeda em circulação. O movimento contrário também acontece, ou seja, quando há pouca liquidez no mercado, o 
governo compra seus papéis que estão de posse de agentes econômicos, aumentando a oferta de moeda em circulação. 
Essa é uma estratégia interessante, por exemplo, para o controle da inflação: quando há muito dinheiro disponível, a tendência é 
que esse dinheiro seja ofertado para tomadores, a uma taxa de juros mais baixa, dentro da boa e velha lei da oferta e procura. 
Muitos tomadores usam esses recursos emprestados para consumo, aumentando a demanda por produtos, podendo ocasionar 
uma elevaçãoda inflação, o que não é interessante para ninguém, especialmente para as classes mais pobres. 
Assim, quando há uma tendência inflacionária pela oferta de crédito, o governo usa os mecanismos do mercado monetário para 
retirar dinheiro de circulação, o que deixa menos moeda disponível para empréstimos direcionados ao consumo, elevando as taxas 
de juros, tornando essa operação de crédito mais cara e menos interessante para os tomadores, desestimulando o consumo, 
reduzindo a inflação. 
E, por falar em inflação, o Brasil há algum tempo trabalha com uma meta de inflação, estabelecida em 4,5% ao ano, sendo admitidos 
dois pontos percentuais para mais ou para menos. As autoridades monetárias perseguem o chamado “centro da meta”, que são os 
4,5% a.a. Mas alcançar este patamar de inflação não é tarefa simples. O Copom, desde 2006, reúne-se oito vezes ao ano, em 
intervalos aproximados de seis semanas ou extraordinariamente por convocações do presidente do BCB que duram geralmente 
dois dias. 
Assaf Neto (2012, p. 61) destaca que os papéis comercializados no mercado monetário são papeis emitidos pelo Tesouro Nacional 
e, também, “Certificados de Depósito Interfinanceiro (CDI), exclusivamente entre instituições financeiras, e títulos de emissão 
privada, como o certificado de depósito bancário (CDB) e debêntures”. 
Sistemas de Custódia e Liquidação de Títulos (SELIC E CETIP) 
Um assunto de grande interesse para quem quer realmente conhecer o SFN e, especialmente, o segmento do mercado monetário, 
é o de liquidação de papéis e operações das instituições financeiras e do Governo. Assaf Neto (2012, p. 61) pontua que “grande 
parte dos títulos públicos e privados negociados no mercado monetário são escriturais, ou seja, não são emitidos fisicamente, 
exigindo maior organização em sua liquidação e transferência”. 
Essas liquidações e transferências são efetuadas por dois sistemas que são conhecidos como sistema SELIC e sistema CETIP. 
SELIC é uma sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia . Este sistema, de acordo com Assaf Neto (2012, p. 61), 
[...] foi desenvolvido pelo Banco Central do Brasil e a Andima (Associação Nacional das Instituições do 
Mercado Aberto) em 1979, voltado a operar com títulos públicos de emissão do BACEN e do Tesouro 
Nacional. Esse sistema tem por finalidade controlar e liquidar financeiramente as operações de compra e de 
venda de títulos públicos e manter sua custódia física e escritural. 
Com seu foco voltado para os títulos públicos, e considerando que o governo paga uma determinada taxa de juros para quem 
compra seus títulos, o que ocorreu foi que o mercado acabou apelidando a taxa básica de juros da economia de “taxa Selic”. Quase 
a totalidade dos papéis do governo federal está no Selic, porém, os Certificados Financeiros do Tesouro (CFT) são custodiados na 
Cetip. 
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Berger (2015, p. 16) esclarece que: 
Todos os títulos custodiados no Selic são escriturais, isto é, são emitidos exclusivamente na forma 
eletrônica. A liquidação financeira de cada operação é realizada por intermédio do Sistema de Transferência 
de Reservas – STR, ao qual o Selic é interligado. Desse sistema só podem participar instituições financeiras, 
por isso elas devem ser intermediárias das operações de terceiros (seus clientes). 
Houve ganhos para os participantes do sistema Selic, como o aumento da segurança nas compras e vendas de títulos, com a oferta 
de garantias da existência dos papeis que estão em negociação e dos recursos para a liquidação das operações realizadas (ASSAF 
NETO, 2012). 
O outro grande sistema do mercado monetário é conhecido como CETIP. A Cetip é a designação para Central de Custódia e de 
Liquidação Financeira de Títulos Privados . A Cetip foi criada em 1986, instituída pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). 
Algumas informações relevantes sobre a Cetip são que nos 30 anos de história da empresa houve investimentos significativos para 
aumentar a eficiência dos seus sistemas, chegando ao ponto de viabilizar a liquidação de papeis em D+0, ou seja, no mesmo dia. O 
aprimoramento da governança e os pesados investimentos em tecnologia tornaram a companhia muito importante para o 
mercado, o que fez com que a empresa abrisse seu capital em 2009 com ações comercializadas no Novo Mercado da Bolsa. 
Na Cetip estão custodiados e registrados títulos privados como: 
• Certificados de Depósito Bancário (CDB). 
• Recibos de Depósito Bancário (RDB). 
• Depósitos Interfinanceiros (DI). 
• Letras de Câmbio (LC). 
• Letras Hipotecárias (LH). 
• Debêntures. 
• Commercial papers , entre outros (BERGER, 2015, p. 17-18). 
Também alguns títulos públicos são custodiados e registrados na Cetip, tais como: 
• Créditos Securitizados da União. 
• Títulos da Dívida Agrícola (Lei 9.138 de 29/11/1995). 
• Títulos da Dívida Agrária (TODA). 
• Certificados Financeiros do Tesouro (CFT) (BERGER, 2015, p. 18). 
Atualmente são mais de 15 mil instituições que utilizam os serviços da Cetip, como bancos, financeiras, corretoras, distribuidoras, 
consórcios, empresas de leasing, entre outras. No dia a dia das pessoas, a presença da Cetip se faz sentir ao enviar e receber um 
DOC ou TED por meio de um banco ou ao financiar um carro e ter a alienação fiduciária a favor do agente financeiro registrada no 
sistema de gravames. Poderíamos destacar como ponto alto da história da Cetip a implementação do Sistema de Pagamentos 
Brasileiro (SPB) em 2002. Leite Filho (2012, p. 16) pontua que um dos principais benefícios do SPB “é aumentar a segurança do 
mercado por oferecer maior proteção contra possíveis rombos ou quebra em cadeia (o chamado efeito dominó) de instituições 
financeiras”. O SPB envolve a integração de procedimentos, operações, instrumentos, obedecendo a regras que permitem que as 
movimentações financeiras entre os agentes econômicos do mercado aconteçam. 
Cada vez mais as instituições financeiras estimulam a bancarização da população brasileira. Você consegue 
enxergar alguma vantagem para as pessoas neste movimento? 
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Fonte: o autor 
Como sistema, o SPB executa a transferência dos recursos financeiros por meio de mensagens eletrônicas utilizando a Rede do 
Sistema Financeiro Nacional, devidamente criptografadas e com certificado digital. Na Figura 1, a seguir, você consegue visualizar 
as diversas infraestruturas que participam dessa grande rede pertencente ao SPB: 
Figura 1 - Infraestruturas do mercado financeiro vinculadas a RSFN 
Fonte: Banco Central do Brasil (2006, on-line)². 
Conforme pontua Assaf Neto (2012, p. 62), “por meio do Selic, as instituições financeiras podem adquirir e vender títulos todos os 
dias, criando uma taxa diária conhecida como overnight e representativa das operações de um dia útil”. 
Dessa forma, você percebe a importância do Selic e da Cetip para o segmento Mercado Monetário, dentro do Sistema Financeiro 
Nacional. 
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CONHECENDO OS MERCADOS DE 
CRÉDITO E DE CÂMBIO 
O Mercado de Crédito 
Outro segmento relevante do Sistema Financeiro é o Mercado de Crédito. Assaf Neto (2012, p. 69) pontua que o objetivo deste 
mercado é “suprir as necessidades de caixa de curto e médio prazos dos vários agentes econômicos, seja por meio da concessão de 
crédito às pessoas físicas, seja por empréstimos e financiamentos às empresas”. 
Como você talvez tenha notado, as operações que estão no escopo do mercado de crédito são realizadas majoritariamente por 
instituições bancárias, porém, alguns autores adicionam também como operadores as sociedades financeiras, que atuam com 
empréstimos para consumidores adquirirem bens de consumo. 
Assaf Neto (2012) ilustra na Figura 2, a seguir, como as instituições financeiras ora desempenhamum papel ativo no mercado de 
crédito, ofertando recursos, tornando-se o credor dos empréstimos, ora um papel passivo, recebendo recursos dos agentes 
superavitários (poupadores) e pagando juros a estes. 
Figura 2 - Intermediação financeira no mercado de crédito 
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Fonte: Assaf Neto (2012, p. 69). 
Se você é convidado pelo seu gerente de banco a aplicar em um CDB, está assumindo uma posição de fornecedor de recursos para 
a Instituição Financeira, que irá lhe remunerar com uma taxa de juros negociada entre você e o banco. Porém, na outra ponta, esse 
seu recurso será emprestado para um tomador, que pagará uma taxa de juros para a Instituição Financeira, com toda certeza muito 
maior que a taxa paga a você, investidor. Essa diferença, chamada de spread bancário, é uma das formas das instituições obterem 
lucros. E que lucros! 
A justificativa é que as instituições assumem o risco de crédito ao emprestarem para um tomador, pois, por mais refinados que 
sejam seus sistemas de análise de crédito, ainda há a possibilidade do recurso não retornar ao banco, enquanto que, por outro lado, 
o banco terá a responsabilidade contratual de devolver os recursos aos investidores, com o pagamento de juros. 
Estas operações são, na verdade, o grande objetivo do sistema financeiro, que é viabilizar o fluxo entre agentes poupadores ou 
superavitários com os agentes tomadores ou deficitários. 
A atividade produtiva requer recursos que, por vezes, não estão disponíveis no caixa das empresas. Isso é perfeitamente normal. 
Investimentos são necessários para suportar as atividades empresariais, que, por sua vez, gerarão caixa para a quitação dos 
empréstimos tomados. 
No Quadro 2, a seguir, você poderá observar algumas modalidades de operações de crédito destinado a pessoas físicas: 
Quadro 2 - Produtos do mercado de crédito para pessoas físicas 
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Fonte: o autor, com base em Kerr (2011). 
As pessoas jurídicas também possuem produtos especialmente formatados para a captação de recursos junto às instituições 
financeiras. O Quadro 3, a seguir, apresenta alguns desses produtos: 
Quadro 3 - Produtos do mercado de crédito para pessoas jurídicas 
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Fonte: o autor, com base em Kerr (2011). 
Outras instituições e instrumentos são classificados como fazendo parte do mercado de crédito no Brasil. Kerr (2011, p. 84) os 
identifica da seguinte forma: 
[...] o mercado de crédito conta ainda com outros instrumentos e outras instituições criadas pelo governo 
com intuito de atender às políticas de desenvolvimento e fomentar áreas específicas da economia. Assim, 
temos o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco da Amazônia (Basa) e o Banco do 
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Nordeste do Brasil (BNB). O BNDES tem duas subsidiárias, a Agência Especial de Financiamento Industrial 
(Finame) e o BNDES Participações (BNDESPar). O Finame é responsável por financiar a comercialização de 
máquinas e equipamentos, ao passo que o BNDESPar é uma holding criada para administrar as 
participações do BNDES em diversas empresas, com o objetivo de fomentar a subscrição de valores 
mobiliários. 
Sua empresa já captou recursos por algum desses mecanismos? 
O Mercado Cambial 
As trocas econômicas que ocorrem entre os agentes de mercado podem extrapolar fronteiras e atingir vários países. Ao comprar, 
vender, tomar e pagar empréstimos que envolvam agentes de diferentes nações, por exemplo, temos a presença de moedas que 
precisam ser compatibilizadas. Ou seja, se uma empresa brasileira exporta para um país europeu participante da zona do Euro, 
receberá o pagamento em euros, que precisarão ser convertidos com reais. Temos um bom exemplo da dinâmica do mercado 
cambial. 
No Brasil, o mercado de câmbio é regulamentado e fiscalizado pelo Banco Central e realizado por agentes 
autorizados como bancos, corretoras e distribuidoras, agências de turismo e entre esses agentes e seus 
clientes, na maior parte por ordens de pagamento, em exceção de operações de viagem e outras bem 
específicas. 
Fonte: o autor, adaptado de Assaf Neto (2012). 
Temos vários agentes econômicos com interesse nessa conversão, ou seja, nesse câmbio, entre moedas, como importadores e 
exportadores, bancos, agentes de viagem, o próprio governo, entre outros. Os importadores e aqueles que possuem pagamentos 
em moeda diferente da moeda local interessam-se em comprar a moeda estrangeira ao menor preço possível e, pelo outro lado, os 
exportadores e aqueles que têm recebimentos em moeda estrangeira, desejam que esta esteja ao maior preço possível. 
O que determina o valor do câmbio, ou seja, o quanto, em termos monetários, uma moeda corresponde à outra, é a conjugação de 
diversos fatores de curto, médio e longo prazos. Kerr (2011, 103) destaca que, no curto prazo, 
[...] a especulação entre moedas e taxas de juros é um dos mais relevantes direcionadores de taxa de juros. 
Por exemplo, na década de 1990, no Japão, a taxa básica de juros muito baixa causou operações de 
arbitragem, em que o investidor tomava empréstimos no Japão em ienes, convertia em dólares e aplicava 
nos Estados Unidos, onde as taxas estavam mais altas, com a premissa subjacente de que as taxas de câmbio 
não se alterariam no curto prazo. 
Além das variações e influências no curto prazo, podemos ter a influência, no médio prazo, de elementos como a estabilidade 
política e econômica, enquanto no longo prazo as projeções de taxas de juros de uma economia podem ser influenciadores 
importantes. 
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Um mercado pouco conhecido no Brasil - até porque não é regulamentado pelas autoridades monetárias - é 
o Forex (abreviação de Foreign Exchange Market). É um mercado que trabalha com negociação de moedas, 
ou seja, compra e venda de moedas de diferentes países, visando ganhar com as oscilações de câmbio. Esse 
mercado movimenta inacreditáveis US$4 trilhões por dia! É um mercado em que o investidor pode 
trabalhar alavancado, na relação 1 para 100, ou seja, com US$1000 um investidor pode operar US$100 mil. 
A possibilidade de ganho é enorme, tão grande quanto a possibilidade de perdas. 
Fonte: o autor. 
Os governos podem adotar, basicamente, dois sistemas de paridade (ou câmbio) de moedas: a taxa fixa e a taxa flutuante. 
• TAXA FIXA : o banco central estabelece uma taxa fixa de conversão entre a moeda local do país e a moeda estrangeira de 
referência, geralmente o dólar dos EUA ou uma cesta de moedas estrangeiras. 
• TAXA FLUTUANTE : as taxas de conversão são livremente determinadas pelo mercado. O equilíbrio é dado pela lei da oferta e da 
procura (KERR, 2011). 
Se houver uma grande oferta de moeda estrangeira, a moeda local se valorizará e o contrário acontece com a moeda estrangeira, 
que vai se desvalorizar. O movimento contrário pode acontecer. A desvantagem é a incerteza quanto à cotação futura da moeda, 
que pode impactar negativamente quem tem pagamentos a fazer (caso a flutuação do valor da moeda estrangeira seja positiva) ou 
para quem tem recebimentos a serem percebidos (caso a flutuação do valor da moeda estrangeira seja negativa). 
Taxa de câmbio spot ocorre quando o pagamento pela moeda estrangeira, e a respectiva entrega de moeda 
nacional, são realizadas à vista. Taxa de câmbio forward , por outro lado, é quando a entrega e pagamento se 
dão em uma data futura, geralmente em prazo não inferior a um mês. Nas operações forward , a taxa de 
câmbio é estabelecida livremente pelas partes contratantes no momento da negociação. O principal uso 
deste mercado a prazo é o de criar proteçãocontra o risco cambial em operações realizadas em moeda 
estrangeria para liquidação futura. 
Fonte: Assaf Neto (2012, p. 97). 
Usualmente, vemos a divulgação de três taxas de câmbio, especialmente quando falamos da taxa do dólar dos EUA: dólar 
comercial, dólar turismo e dólar paralelo. Conforme explica Kerr (2011), o dólar comercial refere-se à cotação que se utiliza em 
comércio exterior, o dólar turismo é utilizado para viagens internacionais, por turistas que desejam comprar ou vender a moeda 
estrangeira por conta de viagens, enquanto o dólar paralelo é uma expressão em desuso, que designava uma cotação da moeda 
estrangeira em transações não autorizadas pelo Banco Central, quando as restrições para a compra e venda de dólares por 
cidadãos brasileiros eram mais intensas. 
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PRINCIPAIS PAPÉIS NEGOCIADOS NO 
MERCADO DE CAPITAIS 
Uma parte importante do Sistema Financeiro é o mercado de capitais, onde é possível para agentes econômicos produtivos, como 
empresas, captarem recursos para suas atividades, recursos esses provenientes de agentes superavitários do mercado. Neste 
caso, há diferentes formas de captação, geralmente intermediadas por instituições financeiras não bancárias, instituições do 
Sistema de Poupança e Empréstimo (SBPE) e outras instituições auxiliares (ASSAF NETO, 2012). 
As Ações 
Uma ação representa a menor parcela do capital social de uma sociedade por ações, mais conhecidas por sociedades anônimas. 
As ações representam títulos de propriedade de uma parte do capital social da empresa que as emitiu. Dessa forma, o acionista 
torna-se “dono” da empresa, na exata proporção do número de ações que adquiriu. Kerr (2011, p. 88) ainda reforça: 
Ações são títulos que representam a menor fração em que se subdivide o capital social de uma empresa 
organizada sob a forma de sociedade anônima, representando um investimento permanente na empresa. O 
acionista é, portanto, um proprietário da companhia, participando dos resultados alcançados pela empresa 
proporcionalmente à quantidade de ações que possui. 
O que é muito interessante na emissão de ações por parte de uma empresa é a possibilidade de captação de recursos a custos 
muito mais baixos do que incorreria se buscasse esses valores no mercado de crédito, por exemplo, visto que as ações não 
representam uma obrigação da empresa para com o acionista, já que o acionista torna-se um “sócio” e não um credor da empresa. 
No Quadro 4, a seguir, conseguimos visualizar estas características das ações. 
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Quadro 4 - Principais características das ações 
Fonte: Pinheiro (2012, p. 107) 
A atração do mercado de ações justamente está no potencial de rentabilidade acima de aplicações tradicionais de renda fixa. 
Tipos de Ações 
Após termos entendido a definição do que é uma ação, é importante que saibamos que as ações recebem classificações diferentes 
de acordo com sua emissão e espécie. 
Classificação quanto à forma de emissão : 
• Nominativas (N) – mitidas na forma de cautelas, ou papéis, que podem ser classificadas em nominativas (N), ao portador ou 
endossáveis , nestas últimas o nome que aparecia no papel era do primeiro proprietário, que transferia a posse por endosso. Nesses 
papéis constavam informações quanto à quantidade e posse. No Brasil (e na maioria dos países) esse tipo de emissão não é mais 
utilizado. Veja, na Figura 3, a seguir, uma representação de ações emitidas na forma de cautelas. 
Figura 3 - Exemplo de ação emitida em forma de cautela 
Fonte: Kerr (2011, p. 89). 
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• Escriturais (E) – não há emissão de cautelas e sim um registro eletrônico. Basicamente, assemelha-se muito a uma conta corrente 
em um banco, a única diferença é que, neste caso, são lançadas a débito ou a crédito dos acionistas suas posições acionárias. Não 
existe qualquer movimentação física de documentos. O controle fica a cargo de uma instituição depositária escolhida pelo 
acionista. 
Classificação quanto à espécie : 
• Ordinárias (ON) – a principal característica deste tipo de ação é conferir o direito de voto nas assembleias gerais da empresa. 
Essas ações interessam muito a acionistas que desejam participar na condução das decisões administrativas da empresa. 
Para entender essa dinâmica, Lagioia (2007, p. 57) faz um comparativo com o voto em uma eleição para um cargo político, 
conforme demonstra o Quadro 5, a seguir: 
Quadro 5 - Direito de voto das ações ordinárias 
Fonte: Lagioia (2007, p. 57). 
• Preferenciais (PN) – garantem ao acionista a prioridade na distribuição de dividendos (geralmente um percentual mais elevado 
do que o das ações ordinárias) e no reembolso de capital (no caso de liquidação da sociedade) (LAGIOIA, 2007, p. 57). 
No Brasil, a partir de 1990, todas as ações passaram a ser nominativas, deixando de existir as ações ao portador. 
Identificação das ações : 
• Ações Ordinárias (ON) - Para que você saiba se uma ação é ORDINÁRIA (ON), basta verificar seu código de negociação, que é 
formado por quatro letras (empresa) mais o número 3. Ex.: PETR3, VALE3, TOTS3 etc. 
• Ações preferenciais (PN, PNA e PNB) - No caso das ações preferenciais, seu código de negociação inclui também quatro letras 
seguidas normalmente pelos números 4, 5 e 6. Ex.: PETR4, VALE5 (PNA), ELET6 (PNB). 
A letra “A” ou “B” após o PN diferenciam classes de ações, que podem ser agrupadas por critérios de distribuição de dividendos, 
restrições quanto à posse, ou série de lançamentos, como: Preferencial série A, Preferencial série B, etc. 
• BDRs ( Brazilian Depositary Receipts ) - BDRs são recibos de depósito que representam valores mobiliários emitidos por 
companhias abertas sediadas no exterior e negociadas no Brasil. Assim, torna-se possível ao investidor brasileiro manter uma 
carteira de ações composta por papéis de companhias brasileiras e estrangeiras (ASSAF NETO, 2012). Estas empresas estão 
sujeitas à legislação societária dos países de origem. 
Direitos dos Acionistas 
São os seguintes os principais direitos dos possuidores de ações: 
Dividendos 
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A empresa, ao apurar seu lucro ao final de um exercício, terá que distribuir parte destes resultados positivos aos seus acionistas. 
No Brasil, a Legislação (Lei das S.A.) determina que a distribuição dos lucros deve ser prevista no estatuto da companhia. Esse 
estatuto é soberano quanto ao percentual de distribuição. A ideia de que é obrigatória uma distribuição mínima de 25% do lucro 
líquido do exercício aos acionistas não encontra respaldo. Se houver omissão no estatuto da empresa, a Lei determina uma 
distribuição de 50% do lucro líquido após os ajustes de constituição de reserva legal, parte reservada às reservas de contingência e 
também pela contabilização dos lucros a realizar. Muitos investidores buscam adquirir ações de empresas que oferecem um 
percentual de distribuição de dividendos mais alto, formando um “colchão” de renda bastante interessante. 
Desde 1996, os acionistas estão isentos do IR de 15% na fonte sobre o valor recebido. 
Além dos dividendos, que são, sem dúvida, um dos fatores do mercado de capitais mais atrativos para os investidores, também são 
previstos os seguintes direitos e privilégios aos acionistas, conforme o Quadro 6, a seguir: 
Quadro 6 - Direitos e privilégios dos acionistas 
Fonte: o autor, com base em Fortuna (2008). 
Diferenças entre JSCP e Dividendos 
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Fonte: LAGIOIA (2007, p. 81-82). 
As Debêntures 
Nem sempre as empresas de capital aberto emitem ações para captarem recursos para suas operações. Por vezes, elaspodem 
decidir emitir títulos de dívida, no mercado, com prazos e remuneração previamente conhecidos. Esse tipo de papel é conhecido 
como debêntures, que podem ser comercializadas em bolsa de valores ou mercado de balcão (BRITO, 2005). Conforme Oliveira e 
Pacheco (2011), a palavra debênture deriva de um termo em latim, debere, significando “aquilo que se deve” ou “aquilo que deve 
ser pago”. Esses autores destacam duas formas de colocação desses papéis no mercado: 
Oferta pública – de acordo com a Lei 6.385/76, nenhuma emissão pública pode ser distribuída sem prévio 
registro na CVM. Após sua colocação no mercado primário, a debênture pode ser negociada normalmente 
no mercado secundário. Para ser considerada pública, uma emissão deve conter: 
• listas ou boletins de subscrição ou venda, folhetos, prospecto ou qualquer anúncio destinado ao público; 
• procura de subscritores ou adquirentes para os títulos, por meio de empregados, agentes ou corretores; 
• negociação feita em escritório ou qualquer estabelecimento aberto ao público, devidamente divulgada ao 
público em geral. 
Colocação privada – não precisa de registro na CVM, bem como não é necessário respeitar os requisitos da 
oferta pública. São geralmente emitidas exclusivamente para os acionistas da empresa emissora ou para um 
grupo específico de investidores que possuam algum vínculo com a emissora. Para essas debêntures não 
existe mercado secundário (OLIVEIRA e PACHECO, 2011, p. 109-110). 
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Como no caso das ações, o valor captado com o lançamento de debêntures pode ser utilizado pelas empresas para financiar sua 
atividade produtiva, financiamento de projetos, reestruturação de passivos e até mesmo para capital de giro. 
As debêntures podem ter as seguintes garantias: 
• real , quando a garantia é oferecida por bens integrantes do ativo da empresa emissora ou de terceiros, 
vinculada por hipoteca ou penhor, por exemplo. 
• subordinada , quando os debenturistas passam a ter privilégio sobre os acionistas no ativo remanescente 
em caso de liquidação da empresa. 
• flutuante , quando os credores têm preferência geral sobre os ativos da empresa, não impedindo, no 
entanto, a negociação destes bens que compõem o ativo. 
• quirografária e sem garantia , neste caso, não há nenhuma garantia ou privilégio sobre o ativo da empresa. O 
debenturista concorre em igualdade de condições com todos os credores quirografários em caso de 
liquidação, sem nenhum tipo de preferência sobre os demais credores. 
Fonte: o autor, com base em Oliveira e Pacheco (2011). 
Emissão de debêntures 
A assembleia de acionistas, mais especificamente a Assembleia Geral Extraordinária (AGE), decide sobre 
todas as condições de emissão de títulos, elaborando um documento denominado Escritura de Emissão. 
Esta escritura define o montante a ser lançado, remuneração, garantias, prazo de emissão, etc., devendo ser 
registrada em cartório. 
Fonte: ASSAF NETO (2012). 
Outros Títulos de Instituições Financeiras 
As instituições financeiras lançam certos papéis que podem ser opções interessantes de investimento. Vamos conhecer um pouco 
mais desses papéis. 
Os principais são: 
• Notas Promissórias Comerciais ou Commercial Papers 
São títulos de crédito de curto prazo emitidos por empresas e sociedades anônimas, não financeiras para captar recursos de 
capital de giro. 
Quanto ao prazo, o mínimo é de 30 e o prazo máximo depende da estrutura societária da empresa que os emitiu. Conforme 
Oliveira e Pacheco (2011), caso a empresa seja constituída como sociedade anônima de capital fechado, o prazo máximo é de 180 
dias e se for de capital aberto o prazo é 360 dias. 
• Certificado de Depósito Bancário e RDB – Recibo de Depósito Bancário (CDB) 
CDB e RDB são classificados no mercado como depósitos a prazo e muito utilizados para captação de recursos por parte das 
instituições financeiras. O valor captado é destinado, geralmente, para empréstimo do tipo capital de giro para empresas. 
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Conforme Assaf Neto (2012), a principal diferença entre CDB e RDB é que o CDB pode ser transferido por endosso, permitindo 
sua negociação no mercado, enquanto o RDB é nominativo e intransferível, o que acaba impactando na taxa paga aos investidores. 
A remuneração pode ser de duas formas: 
• Prefixados – existe a informação ao investidor, no momento da aplicação, de qual será sua remuneração, no vencimento do 
título, pois a taxa é definida no momento da aplicação. 
• Pós-fixados – a remuneração é atrelada a algum índice de mercado, como o IGP-M, o CDI ou outro, adicionado a uma taxa de 
juros real que é definida no momento da aplicação. 
Sobre os rendimentos dos CDBs e RDBs incide Imposto de Renda, de acordo com a tabela divulgada pela Receita Federal. 
• Letras Hipotecárias (LH) 
São títulos emitidos por instituições financeiras autorizadas a conceder créditos hipotecários, com recursos do Sistema Financeiro 
da Habitação (SFH), tendo como garantias a caução de créditos hipotecários e ainda, caso necessário, garantia fidejussória da 
instituição financeira (OLIVEIRA e PACHECO, 2011). 
Quem pode emitir as LHs? Associações de poupança e empréstimos, bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliário, caixas 
econômicas, companhias hipotecárias e sociedades de crédito imobiliário (OLIVEIRA e PACHECO, 2011, p. 106). 
Assaf Neto (2012, p. 87) lembra que “os recursos obtidos pela colocação de LHs devem lastrear os financiamentos já concedidos, 
não se permitindo que sejam direcionados a novos investimentos. A LH é entendida como captação complementar à caderneta de 
poupança”. 
• Letras de Crédito Imobiliário (LCI) 
São títulos de crédito, criados em 2001, lastreados por créditos imobiliários garantidos por hipoteca ou por alienação fiduciária de 
imóvel. Pode contar ainda com garantia de uma instituição financeira e podem ser emitidas pelo mesmo rol de instituições que as 
Letras Hipotecárias (OLIVEIRA e PACHECO, 2011). Assaf Neto (2012, p. 87) indica que “os recursos captados com a colocação 
desses papeis destinam-se ao financiamento de imóveis para construtores e adquirente”. 
Os prazos da LCI não podem ser superiores aos créditos imobiliários que lhes servem de lastro. 
• Letra de Câmbio (LC) 
De acordo com Fortuna (2008), Letra de Câmbio é: 
[...] um instrumento de captação específico das sociedades de crédito, financiamento e investimento 
(financeiras), emitido sempre com base em uma transação comercial, ou seja, quando ela empresta algum 
valor para alguém, essa pessoa saca, por procuração, uma LC contra a financeira, que a aceita e lança no 
mercado. 
Esses papéis viabilizam a disponibilização de recursos para compras de bens por parte de consumidores, na forma de crédito direto 
ao consumidor (CDC) realizado por sociedades financeiras. 
Na emissão de uma Letra de Câmbio temos os seguintes participantes: 
• Sacador : pessoa que emite a ordem de pagamento. 
• Sacado : pessoa que pagará a letra. 
• Tomador : pessoa que cobra a letra no vencimento. 
Sobre a remuneração, a renda pode ser prefixada, flutuante ou pós-fixada em TR, TJLP ou TBF (ASSAF NETO, 2012). 
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AS ENTIDADES PARTICIPANTES DO 
MERCADO DE CAPITAIS 
O mercado de capitais possui diversas entidades que nele operam e possibilitam as transações de títulos e valores mobiliários. O 
mercado brasileiro desse tipo de papéis, especialmente as ações, teve um incremento muito interessante a partir da década de 
1990, com a privatização de diversas grandes empresas que antes eram controladas pelo governo federal. 
Para entendermos como se processam as transações no mercado de capitais, focando especificamente o lançamento e 
comercialização de ações por parte das empresas nabolsa de valores, veja a Figura 4, a seguir: 
Figura 4 - Funcionamento de uma bolsa de valores 
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Fonte: Machado (2015, p. 38). 
Precisamos então compreender um pouco mais sobre o funcionamento das bolsas de valores. Nos nossos estudos, vamos dar foco 
à BM&FBovespa, que se tornou, na prática, a bolsa do Brasil. 
BM&FBOVESPA 
O Brasil atualmente possui um único local onde existe pregão para compra e venda de títulos e valores mobiliários de forma 
organizada, que é a BM&FBovespa. 
Essa empresa tem uma história bem interessante, que, na verdade, engloba a trajetória de duas empresas que se fundiram em 
2008, quando houve a integração da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) com a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). 
A BM&FBovespa classifica as ações listadas em bolsa de acordo com níveis de governança corporativa e 
transparência que as empresas apresentam ao mercado. As empresas que se comprometem a ter melhores 
níveis destes dois fundamentos passam a ser listadas nos chamados níveis I, II e Novo Mercado, sendo o 
Novo Mercado o nível mais alto de classificação. Para serem listadas nesse nível, as empresas devem possuir 
níveis de excelência em relação à governança corporativa e disclosure (transparência) muito intensos. Por 
exemplo, as ações das empresas listadas no Novo Mercado são todas do tipo “ordinárias” e outras 
exigências, reduzindo o nível de exposição ao risco por parte dos acionistas. 
Fonte: o autor 
A Bovespa teve seu embrião em 1890 com a criação da chamada Bolsa Livre, que fechou no ano seguinte. Porém, em 1895 
novamente se dá início a uma proposta de bolsa de valores, na forma da Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo. Em 1935, 
funcionando nas instalações do Palácio do Café, o nome muda para Bolsa Oficial de Valores de São Paulo. O Brasil, até 1960, 
chegou a ter 27 bolsas de valores em funcionamento, como entidades oficiais corporativas vinculadas às secretarias de finanças 
dos seus respectivos estados. Em 1965 e 1966 houve reformas importantes do sistema financeiro nacional, que envolveram 
também o mercado de capitais, com a consequente institucionalização das bolsas de valores na forma de associações civis sem fins 
lucrativos, autônomas. 
Em 1967 a Bolsa Oficial de Valores de São Paulo passa a denominar-se Bolsa de Valores de São Paulo. O ano 2000 traz mais um 
evento importante: as bolsas dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Brasília, do Extremo Sul, de Santos, da 
Bahia Sergipe Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba, do Paraná e a Bolsa Regional são integradas (ADVFN, on-line)³ . Conforme 
afirma em seu site oficial (BM&FBOVESPA, 2015, on-line)4. 
[...] nesse processo de integração, a Bovespa adquiriu, por meio da CBLC, a Companhia de Liquidação e 
Custódia (CLC), então responsável pelos serviços de liquidação e custódia dos valores mobiliários 
negociados na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Ainda em 2000, a Bovespa lançou os três segmentos 
especiais de listagem com práticas elevadas de governança corporativa: o Novo Mercado e os Níveis de 
Governança Corporativa 1 e 2. Em 2001, criou o Bovespa Fix, uma plataforma eletrônica de negociação de 
títulos de renda fixa corporativos. 
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Índices de Ações 
Interessa-nos muito conhecer as cotações das ações comercializadas no ambiente de bolsa. Para isso, várias métricas (índices) são 
divulgadas, sendo o mais famoso deles o IBOVESPA. 
No Quadro 7, a seguir, temos a apresentação dos principais índices da BM&FBovespa. 
Quadro 7 - Principais índices da BM&FBovespa 
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Fonte: o autor, com base em pesquisas no Portal do Investidor (2016, on-line) 
Agora que você conhece a BM&FBovespa e os principais índices, está na hora de pensar em investir em ações! 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, e é considerada uma autoridade de 
apoio, pertencente ao subsistema normativo. A presença desta entidade é fundamental, pois ela confere tranquilidade aos agentes 
econômicos que operam neste mercado de capitais. 
Fortuna (2012, p. 23) destaca: 
Os poderes fiscalizatórios e disciplinador da CVM foram ampliados para incluir as Bolsas de Mercadorias e 
Futuros, as entidades do mercado de balcão organizado e as entidades de compensação e liquidação de 
operações com valores mobiliários que, da mesma forma que as Bolsas de Valores, funcionam como órgãos 
subordinados à fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários. 
Assim, a CVM normatiza e controla o mercado de valores mobiliários, que é formado por papéis como ações, debêntures, 
commercial papers , entre outros, emitidos por sociedades anônimas e autorizados pelo Conselho Monetário Nacional (ASSAF 
NETO, 2012). 
FATOS E DADOS 
Você sabe quais são as maiores bolsas de valores do mundo? Veja no Quadro a seguir: 
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Fonte: o autor, com base em dados extraídos de Wawrzeniak (BÚSSOLA..., 2013, on-line) 
Fernandes (2006) assemelha o papel da CVM no mercado de capitais ao da Securities and Exchange Commission (SEC), dos EUA. 
Este autor lembra que o mercado de capitais no Brasil já era regulamentado desde 1965 no âmbito do Banco Central, mas, com a 
capacitação da CVM em 1980, esta entidade assumiu as funções de supervisão e regulamentação deste mercado. 
Pacheco e Oliveira (2011, p. 23) listam as atribuições da CVM: 
• disciplinar o registro das companhias de capital aberto e fiscalizá-las; 
• fiscalizar o mercado acionário e o mercado de derivativos financeiros, bem como o funcionamento, a organização e as operações 
da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros - BM&FBOVESPA; 
• fiscalizar o registro, a emissão e a negociação de títulos e valores mobiliários; 
• proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e atos ilegais de administradores e acionistas 
controladores de companhias ou de administradores de carteira de valores mobiliários; 
• disciplinar acerca da suspensão ou cancelamento de registros, credenciamentos ou autorizações; 
• deliberar a suspensão de emissão, distribuição ou negociação de determinado valor mobiliário ou decretar recesso de bolsas de 
valores; 
• evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço de 
valores mobiliários negociados no mercado; 
• autorizar o credenciamento de auditores independentes e administradores de carteiras de valores mobiliários; 
• disciplinar e fiscalizar a administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários; 
• fiscalizar e regulamentar os serviços de consultor e analista de valores mobiliários. 
O mercado de ações é classificado como de renda variável. Como saber sobre o papel da CVM pode 
influenciar a decisão de investimento por parte de um aplicador? 
Fonte: o autor 
Dessa forma, você pode ter certeza que o mercado é bastante transparente e oferece as adequadas condições para os 
participantes realizarem suas transações. 
Avançar 
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Página inicial 
ATIVIDADES 
1. Para que o mercado de capitais funcione adequadamente, certas entidades são essenciais para viabilizar as transações que são 
realizadas diariamente. Sobre estas entidades, analise as afirmações a seguir: 
I) As liquidações e transferências de títulos públicos e privados no Brasil são realizadas especialmente pelo Selic e pela Cetip. 
II) O Selic tem por finalidade controlar e liquidar financeiramenteas operações de compra e de venda de títulos públicos e manter 
sua custódia física e escritural. 
III) O benefício do Selic foi o aumento da segurança nas compras e vendas de títulos, com a oferta de garantias da existência dos 
papeis que estão em negociação. 
IV) A Cetip é uma empresa de capital aberto desde 2009, e custodia, em sua maioria, títulos privados, como CDB, LC, LH, entre 
outros. 
É correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) II e III, apenas. 
d) I, II e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
2. Uma parte importante do sistema financeiro é o mercado monetário. Sobre este mercado, leia as afirmações a seguir e a relação 
proposta entre elas: 
I - No mercado monetário acontecem operações de curto e curtíssimo prazos, que têm efeito sobre a liquidez dos meios de 
pagamento em uma economia. 
PORQUE 
II - No mercado monetário, realizam-se financiamentos para a aquisição de máquinas e equipamentos, bem como instalações para 
as atividades produtivas da empresa. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: 
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a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. 
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. 
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
e) As asserções I e II são proposições falsas. 
3. O mercado de crédito oferece diversos produtos que podem ser acessados por pessoas físicas. Sobre este tema, leia as 
afirmações a seguir: 
I) O cheque especial é um contrato entre o banco e o correntista para que este tenha um crédito de determinado valor 
automaticamente disponível em sua conta corrente em caso de necessidade. 
II) O crédito consignado é uma modalidade de empréstimo concedido a funcionários de empresas privadas, aposentados ou 
pensionistas do INSS, servidores públicos federais, estaduais, municipais e militares, com desconto das prestações diretamente na 
folha de pagamentos. 
III) No cartão de crédito, se a fatura for paga no vencimento, o usuário não pagará juros e encargos; há também a possibilidade de 
parcelar a fatura pagando um valor mínimo preestabelecido; nesse caso, incidem juros idênticos aos da poupança. 
IV) O CDC é uma alternativa de financiamento de veículos leves e pesados, máquinas e equipamentos médicos e odontológicos, 
equipamentos de informática, serviços diversos, entre outros. 
É correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) II e III, apenas. 
d) I, II e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
4. Os países fazem trocas econômicas entre si, o que acarreta a necessidade de troca de moedas, no que se convenciona chamar 
de mercado de câmbio. Sobre este mercado, leia as afirmações a seguir: Sobre este mercado, leia as afirmações a seguir: 
I) No Brasil, o mercado de câmbio é regulamentado e fiscalizado pelo Banco Central e realizado por agentes autorizados. 
II) A taxa fixa do câmbio acontece quando as taxas de conversão são livremente determinadas pelo mercado. O equilíbrio é dado 
pela lei da oferta e da procura. 
III) Os importadores e aqueles que possuem pagamentos em moeda diferente da moeda local interessam-se em comprar a moeda 
estrangeira ao maior preço possível. 
IV) Taxa de câmbio forward ocorre quando o pagamento pela moeda estrangeira, e a respectiva entrega de moeda nacional, são 
realizadas à vista. 
É correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) II e III, apenas. 
d) I, II e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
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5. A empresa que tem seu capital aberto tem uma estrutura de patrimônio diferente de uma empresa do tipo “limitada”. Sobre 
estas questões, assinale a alternativa correta sobre ações: 
a) Representam a menor parcela do capital social de uma sociedade por ações. 
b) São títulos de propriedade do capital social total da empresa. 
c) São títulos de participação inegociáveis. 
d) O acionista é o dono da empresa. 
e) A ação não é um título patrimonial. 
6. Assinale a alternativa que apresenta a classificação das ações quanto à sua forma de emissão. 
a) ordinárias e preferenciais. 
b) nominativas e escriturais. 
c) ordinárias e escriturais. 
d) nominativas e preferenciais. 
e) optativa e preferencial. 
7. A BM&FBovespa é uma das maiores bolsas de valores e de mercadorias do mundo. Ela informa para o mercado a performance 
dos papéis comercializados em seu ambiente por meio de índices. Sobre estes índices, leia as afirmações a seguir: 
I) O IBrX - Índice Brasil é um índice de preços que mede o retorno de uma carteira teórica composta por 100 ações selecionadas 
entre as mais negociadas na BM&FBOVESPA, em termos de número de negócios e volume financeiro. 
II) O ISE tem por objetivo refletir o retorno de uma carteira composta por ações de empresas com reconhecido 
comprometimento com a responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial, e também atuar como promotor das boas 
práticas no meio empresarial brasileiro. 
III) O Ibovespa reflete não apenas as variações dos preços das ações, mas também o impacto da distribuição dos proventos, sendo 
considerado um indicador que avalia o retorno total de suas ações componentes. 
IV) O IGC tem por objetivo medir o desempenho de uma carteira teórica composta por ações de empresas que apresentem bons 
níveis de governança corporativa. Tais empresas devem ser negociadas no Novo Mercado ou estar listadas nos Níveis 1 ou 2 da 
BM&FBOVESPA. 
É correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) II e III, apenas. 
d) I, II e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
8. A CVM tem um importante papel para tornar o mercado de capitais mais seguro e transparente, atrativo para os agentes 
econômicos. Sobre a CVM, podemos afirmar que: 
a) É uma empresa pública de economia mista, que oferece uma supervisão ao mercado de títulos e valores mobiliários. 
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b) É uma autarquia vinculada ao Banco Central, que tem como sua única atribuição a fiscalização do funcionamento da bolsa de 
valores. 
c) É uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda que tem poderes fiscalizatórios e disciplinadores, que pode inclusive 
fiscalizar bolsas de mercadorias e futuros. 
d) A CVM normatiza e controla o mercado de valores mobiliários, que inclui ações e debêntures emitidas por empresas de cotas 
de responsabilidade limitada. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
O sistema financeiro nacional possui diversos mercados, que são assim classificados para pontuarem sua área ou escopo de 
atuação. Dessa forma, temos o mercado monetário, o mercado de crédito, o mercado cambial e o mercado de capitais. 
Evidentemente que, cada qual, impacta na economia e na vida das pessoas de formas diferentes.O governo, por exemplo, se vale 
do mercado monetário para efetuar suas políticas econômicas, estimulando o consumo em momentos de desaquecimento da 
economia, por ofertar mais moeda, com custo mais baixo aos tomadores de crédito, o que incentiva o consumo e, por sua vez, a 
atividade econômica de produção e comercialização de bens diversos, gerando emprego e renda. Por outro lado, uma economia 
muito aquecida provoca inflação, que é contida com a redução da oferta de moeda e aumento dos juros. É uma conta difícil de 
equilibrar e fechar. 
Para as famílias, diversos instrumentos e produtos de crédito estão disponíveis, desde financiamento para consumo como para 
compra de bens de maior valor, como automóveis e imóveis. Esse crédito é uma antecipação do poder de compra e tornar-se 
extremamente importante para realização dos objetivos de famílias e de toda a sociedade. 
As empresas, por seu lado, também possuem instrumentos de crédito, tanto no curto quanto no longo prazo, possibilitando a 
obtenção de capital de giro para fazer frente às suas obrigações rotineiras, como para investimentos em ampliação da sua 
capacidade. 
Para que o mercado de capitais funcione adequadamente, certas entidades estão presentes, como é o caso da BM&FBovespa, uma 
das maiores bolsas de valores e de mercadorias do mundo. A BM&FBovespa investiu muito em informatização e, com o Mega 
Bolsa, possibilitou facilidades para os investidores, como poder operar com softwares dedicados. 
Para tornar o sistema estável e seguro, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) normatiza e fiscaliza as entidades que operam no 
mercado de capitais, dando tranquilidade aos agentes econômicos. 
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Material Complementar 
Leitura 
Mercado de Carbono e Protocolo de Quioto – 2. ed. 
Autor: Mari Elizabete Bernardini Seiffert 
Editora: Atlas 
Ano: 2013 
Sinopse : o mercado de carbono e projetos de MDL (Mecanismos de 
Desenvolvimento Limpo) são essenciais para a implantação do Protocolo 
de Quioto, possibilitando a mitigação do aquecimento global e mudanças 
climáticas, que ameaçam a sobrevivência da humanidade no planeta. As 
dinâmicas estabelecidas por Quioto gerarão, no futuro, um perfil de 
empreendimentos, produtos e consumidores que tenderão a assumir um 
perfil “carbono neutro”, em uma economia precificada pelo carbono. Além 
disso, a implantação de projetos de MDL se constitui como importante 
alternativa para a criação e reformulação de atividades e modelos de 
negócio com foco na sustentabilidade, possibilitando que países 
desenvolvidos cumpram suas metas de emissão, estabelecidos por 
Quioto, a custos de implantação mais atrativos. Isso ocorre a partir do 
momento em que a implantação desse tipo de projeto é realizada com 
recursos oriundos de países desenvolvidos. Oportunidades de projetos 
de MDL podem ser encontradas nos mais diversos setores produtivos, 
mas particularmente no industrial, apresentando sem dúvida um foco 
importante na questão energética, no que tange à eficiência de sua 
utilização no processo produtivo, troca de combustíveis e energia 
renovável. 
Comentário : essa obra é importante para se conhecer uma nova 
modalidade de crédito que está ganhando importância cada vez maior, 
devido aos problemas ambientais que o mundo está vivendo. 
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Na Web 
Você tem ideia de quais são os volumes envolvidos nas operações de 
crédito no Brasil? Esses números são impressionantes, demonstrando a 
vitalidade do setor e a necessidade do crédito para tornar a economia 
pujante. 
Acesse 
Na Web 
Consulte uma interessante linha do tempo com a história da 
BM&FBovespa no portal desta companhia. 
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REFERÊNCIAS 
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro . 11. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
BERGER, P. L. Mercado de renda fixa no Brasil : ênfase em títulos públicos. Rio de Janeiro: Interciência, 2015. 
BRITO, O. Mercado financeiro : estruturas, produtos, serviços, riscos, controle gerencial. São Paulo: Saraiva, 2005. 
FERNANDES, A. A. G. O sistema financeiro nacional comentado . São Paulo: Saraiva, 2006. 
FORTUNA, E. Mercado financeiro : produtos e serviços. 17. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008 
KERR, R. B. Mercado financeiro e de capitais . São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. 
LAGIOIA, U. C. T. Fundamentos do mercado de capitais . São Paulo: Atlas, 2007. 
LEITE FILHO, J. B. Conhecimentos bancários para concursos . 3. ed. Curitiba: IESDE Brasil, 2012. 
MACHADO, L. H. M. Sistema financeiro nacional . São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. 
OLIVEIRA, G.; PACHECO, M. Mercado financeiro : objetivo e profissional. 2. ed. São Paulo: Editora Fundamento Educacional, 
2011. 
PINHEIRO, J. L. Mercado de capitais . 6. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
TAVARES, R. Operações de crédito : produtos e serviços bancários. Curitiba: InterSaberes, 2014. 
REFERÊNCIAS ON-LINE 
1 Em: https://www.bcb.gov.br/htms/copom/a-hist.asp Acesso em: 02 maio 2016. 
2 Em: http://www.bcb.gov.br/htms/novaPaginaSPB/EstruturadoSPB.asp . Acesso em: 02 maio 2016. 
3 Em: http://br.advfn.com/ . Acesso em: 02 maio 2016. 
4 Em: http://ri.bmfbovespa.com.br/static/ptb/perfil-historico.asp?idioma=ptb . Acesso em: 02 maio 2016. 
5 Em: 
http://www.portaldoinvestidor.gov.br/menu/Menu_Investidor/valores_mobiliarios/Acoes/indices_representativos_do_mercado_d 
e_acoes.html . Acesso em: 02 maio 2016. 
6 Em: http://blog.bussoladoinvestidor.com.br/maiores-bolsas-de-valores-do-mundo/ . Acesso em: 02 jul. 2016. 
7 Em: http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2014/09/no-maior-ipo-da-historia-acao-do-alibaba-sobe-mais-de-40-em- 
ny.html . Acesso em: 10 mar. 2016. 
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APROFUNDANDO 
UM DOS MAIORES IPO DA HISTÓRIA FOI DE UMA EMPRESA DA 
CHINA 
Aconteceu em 19 de setembro de 2014 o que foi considerado um dos maiores IPOs da história: a abertura do capital da empresa 
chinesa de comércio eletrônico Alibaba, na bolsa de Nova York. 
As ações partiram de um valor de US$ 68, com expectativa de arrecadar, no mínimo, US$ 21,8 bilhões. Para surpresa dos 
observadores, os papéis subiram mais de 40% desde que começaram a ser negociados, aproximando-se dos US$ 100. 
"É o maior IPO do mundo e foi bom. Considerando a economia dos Estados Unidos e desse setor, foi uma boa estreia", disse o 
diretor-sócio da Global Financial Advisor. IPO é a é a sigla em inglês para oferta pública inicial, que equivale à abertura de capital 
de uma empresa. 
O valor das ações chegando próximo aos US$100 faz o grupo chinês alcançar um valor de mercado estimado em mais de US$ 230 
bilhões - colocando-o acima dos rivais Amazon e eBay. 
Outra empresa chinesa que obteve um resultado espetacular no seu IPO foi o do Banco da Agricultura da China, que obteve US$ 
22,1 bilhões em 2010. Nos EUA, o recorde era da Visa, de US$ 17,8 bilhões, em 2008. 
"Este é o maior IPO que o mundo já viu, então há um clima de comemoração no chão, quer você goste ou não", disse Reuters 
Benedict Willis, diretor de operações de uma corretora americana, enquanto acompanhava a estreia do Alibaba, na Nyse. 
"Eu os colocaria (Alibaba) em uma classe de Facebook e Google, pela escala que têm, além de perspectivas de crescimento e 
rentabilidade", disse Scot Wingo, presidente da fornecedora de software de e-commerce ChannelAdvisor. 
Os investidores, interessados no rápido crescimento da China e na evolução do setor de internet, têm clamado por ações da 
companhia desde que executivos do alto escalão do Alibaba, incluindo Jack Ma, iniciaram as apresentações na semana passada. 
No dia do IPO do Alibaba, as ações do Yahoo, segundo maior acionista do grupo chinês, caiam mais de 5% em Wall Street. 
O Yahoo irá colocar parte das ações que possui do grupo chinês à venda. Já o primeiro acionista do Alibaba, o Softbank, não irá 
vender os papéis que possui da empresa da China, permanecendo com seus 32%. 
O Alibaba é uma empresa chinesa de internet que ganhou fama com o comércio virtual, mas também atua em outros negócios, 
como pagamento on-line. 
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Com sede na China e atuação em outros países, ela faz frente a gigantes como Amazon e eBay. Entre seus sites, o mais conhecido 
no Brasil é a loja virtual AliExpress. 
A empresa o pelo professor Alibaba, fundada de inglês Jack Ma, há 15 anos (em 2014), em seu apartamento de um quarto, tornou- 
se responsável por quatro quintos de todo o comércio on-line realizado na China, a segunda maior economia do mundo. A empresa 
também se ramificou em áreas como pagamentos eletrônicos e investimento financeiro. 
O Alibaba planeja expandir seus negócios nos Estados Unidos e na Europa após o negócio. Mas nos Estados Unidos, pelo menos, a 
companhia não é amplamente conhecida: uma pesquisa da Ipsos constatou que 88% dos norte-americanos não tinham ouvido 
falar da empresa. 
Segundo o "The Wall Street Journal”, o volume atingido em 2013 em transações de sites do grupo chinês, US$ 240 bilhões, é mais 
que o dobro do total movimentado pela Amazon e o triplo do eBay. O grupo é responsável por 60% de todos os pacotes entregues 
na China, de acordo com a "The Economist". Um levantamento feito em 2013 mostrou que o Alibaba fechou o ano com 231 
milhões de compradores, com uma média de 49 encomendas por consumidor, de acordo com um levantamento da rede de TV 
“NBC”. 
Fonte: o autor, adaptado de Economia – G1 (2014, on-line). 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
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EDITORIAL 
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Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
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C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; PARDO , 
Paulo. 
Mercado Financeiro e de Capitais. Paulo Pardo. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
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1. Mercado 2. Financeiro 3. EaD. I. Título. 
ISBN 978-85-459-0405-2 
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A DINÂMICA DO 
MERCADO DE AÇÕES 
Professor : 
Me. Paulo Pardo 
Objetivos de aprendizagem 
• Apresentar os mercados primário e secundário para investidores. 
• Conhecer as ferramentas para operar no mercado de ações. 
• Discutir os riscos envolvidos no mercado de ações. 
• Avaliar ferramentas de análise do mercado de ações. 
• Apresentar os fundamentos da análise gráfica e teoria de Dow. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Conhecendo os Mercados Primários e Secundários 
• Avaliação de Risco e Retorno no Mercado de Ações 
• Hora de Comprar ou Vender? Ferramentas de Análise do Mercado de Ações 
Introdução 
Após conhecer as características das ações, é importante conhecermos os mercados onde esses ativos são comercializados. As 
empresas que emitem ações para captação de recursos têm interesse que esses papéis sejam bem recebidos pelo mercado, 
alcançando o propósito de financiar suas atividades produtivas. 
Pelo lado do investidor, o interesse é que os papéis se valorizem e retornem com lucros em uma eventual venda futura. Além disso, 
no caso das ações, o investidor se interessa pelo pagamento dos dividendos. Nenhum investidor deseja ficar em mãos com papéis 
que ninguém queira comprar, em caso de necessidade de venda. 
E por falar em dividendos, existe uma expectativa de que eles sejam pagos pelo lucro apresentado pela empresa, conforme 
definido no estatuto da organização. Por conta disso, os administradores da empresa precisam obedecer a bons fundamentos de 
gestão e transparência, poisa partir da abertura de capital da empresa, muitos outros sócios têm interesse que a organização 
prospere e dê bons resultados. Por conta disso, é importante conhecer como se processa a dinâmica dos mercados desses títulos e 
outros valores mobiliários. 
Veremos nesta Unidade alguns pontos muito relevantes para os investidores. Na Aula 1 abordaremos os mercados primário e 
secundário. Veremos qual o interesse das empresas nesses mercados e qual o papel da bolsa de valores. Na Aula 2 trataremos dos 
riscos associados ao mercado de ações, que constituem parte do que se denomina como renda variável. Na Aula 3 consideraremos 
algumas ferramentas de análise de precificação para o mercado de ações, que são a análise fundamentalista e a análise técnica. 
Essas técnicas são muito interessantes para os investidores a fim de decidirem o momento certo - pelo menos no ponto de vista da 
técnica - de comprar ou vender ações. Uma delas leva em consideração elementos mais objetivos, enquanto a outra leva em conta 
o comportamento dos ativos refletido nos gráficos de preços. 
Vale a pena considerar com bastante atenção os conteúdos dessas aulas. Bons estudos! 
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CONHECENDO OS MERCADOS 
PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO 
O mercado de capitais é um importante mecanismo de captação para as empresas, permitindo que investidores participem com 
aporte de recursos nos projetos de expansão ou manutenção de suas atividades, tornando esses investidores acionistas da 
organização, quando há um lançamento de ações no mercado, ou credores, quando a empresa lança debêntures com o pagamento 
de juros para os investidores. 
Essas operações acontecem em dois tipos de mercado: o mercado primário e o mercado secundário . Vamos entender um pouco 
mais sobre estes dois mercados. 
O Mercado Primário 
Focando no lançamento de ações no mercado, temos que voltar um pouco neste processo e entender os motivos que levam uma 
empresa a tomar essa decisão. Muitas empresas - a maioria, no caso do Brasil - nascem nas mãos de sócios fundadores, que talvez 
sejam empreendedores que se colocam à frente dos negócios. Quando um negócio prospera, necessita de investimentos para fazer 
face ao crescimento, como a compra de máquinas e equipamentos, aumento de instalações, compra de veículos, sistemas 
informatizados, treinamento, entre outras tantas necessidades. 
Os empresários, neste caso, poderiam recorrer ao mercado de crédito e tornarem-se tomadores de empréstimos e 
financiamentos, mas os custos financeiros destas operações, especialmente em momentos de crise econômica, costumam ser 
bastante desanimadores. Uma alternativa interessante, nesse caso, seria chamar mais pessoas, investidores, para fazerem parte da 
empresa, tornando-se sócios dela. Ao invés de simplesmente chamar pessoas individualmente e incluí-las em um contrato social, 
no caso de empresas de cotas de responsabilidade limitada (modelo predominante no Brasil), os empresários poderiam atrair um 
contingente bem maior de interessados, até pessoas com relativamente poucos recursos para investir, se abrissem o capital da 
empresa, fazendo-a tornar-se uma “S.A” de capital aberto. 
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Lagioia (2007) pontua que a empresa apresenta um ciclo evolutivo em relação ao seu crescimento e estrutura de seu capital, 
partindo de uma empresa limitada, tornando-se em seguida uma empresa sociedade anônima, com a participação de mais pessoas, 
como gestores e colaboradores, que se tornam acionistas da empresa, mas que ainda permanece com o capital fechado. A terceira 
e última fase seria quando a empresa sente a necessidade de uma maior expansão, para conquista de novos mercados, tornando-se 
muito mais competitiva, abrindo seu capital junto ao público que já tem uma imagem positiva da organização. 
Há etapas claramente definidas para que a abertura do capital da empresa aconteça. Lagioia (2007, p. 84) aponta os seguintes 
passos: 
1) Análise preliminar sobre a conveniência da abertura. 
2) Escolha de auditoria independente. 
3) Escolha de intermediário financeiro. 
4) Estudos técnicos, definição de preço e volume de operação. 
5) Adaptação dos estatutos e outros procedimentos legais. 
6) Contrato de coordenação e distribuição. 
7) AGE deliberativa da operação e período de preferência. 
8) Processo de obtenção de registros junto à CVM. 
9) Processo de registro da empresa na Bolsa de Valores. 
10) Formação do pool de distribuição. 
11) Marketing junto aos investidores potenciais. 
12) Anúncio de início de distribuição pública. 
13) Subscrição dos novos títulos ou leilão em bolsa. 
14) Liquidação financeira. 
15) Anúncio de encerramento da distribuição pública. 
Você achou burocrático o processo? Realmente, há muitos estudos, providências e decisões a serem tomadas, que exigem também 
recursos prévios para tocar este projeto. Por conta destas aparentes dificuldades, muitos empresários ressentem-se em abrir o 
capital de suas empresas. 
Uma vez tomada a decisão e todas as providências administrativas e legais relacionadas, ocorre a abertura de capital da empresa, 
com o lançamento de suas ações ao mercado, em um processo chamado no mercado de Initial Public Offering (IPO), ou Oferta 
Pública Inicial. Esse termo só é apropriadamente utilizado na primeira oferta pública de ações da empresa, como o nome já sugere. 
Ofertas posteriores de ações da empresa ao mercado não costumam ser chamadas de IPO. 
FATOS E DADOS 
Antes da crise vivida no Brasil a partir de 2015, o mercado comemorou vários IPOs de empresas no País. Veja o que aconteceu com 
11 empresas que abriram seu capital a partir de 2013: 
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Fonte: o autor, com base em pesquisa no portal Infomoney (2016, on-line)¹. 
Tanto os IPOs, quanto os lançamentos posteriores de ações por parte da empresa ao mercado, fazem parte do que se classifica 
como MERCADO PRIMÁRIO . 
Pereira (2013, p. 82-83) define mercado primário como: 
quando o título ou valor mobiliário é lançado pela primeira vez ao mercado e o emissor realiza a captação 
dos recursos pela venda do título. Podemos citar como exemplos a emissão de novas ações de uma empresa 
e a emissão de debêntures ou notas promissórias. 
Para ficar claro, no mercado primário o lançamento do título reverte em entrada de caixa para a empresa, que, desta forma, poderá 
utilizar o recurso de acordo com o seu planejamento quando da efetivação da operação. 
O Mercado Secundário 
Uma vez que os papéis lançados pela empresa estejam de posse de investidores, podem permanecer assim até a data de 
vencimento (no caso de títulos de dívida) ou podem trocar de mãos, passando a ser propriedade de outros investidores 
interessados. 
Neste caso, estamos falando do segundo tipo de mercado, o MERCADO SECUNDÁRIO . 
Kerr (2011, p. 94) classifica mercado secundário quando “as ações mudam de mãos: quando negociadas pelos seus proprietários 
para outros acionistas, os valores envolvidos apenas trocam de mãos, de um acionista para o outro, sem financiar projetos de 
investimento da empresa emitente”. 
Então, você pode estar pensando por que razão uma empresa deve preocupar-se com a cotação de seus papéis no mercado 
secundário se não haverá ingresso de recursos no seu caixa. A resposta é bastante simples: se os papéis não forem atrativos no 
mercado secundário, dificilmente um novo lançamento de ações no mercado primário terá o resultado positivo esperado.Então, 
manter bons fundamentos de governança, aprimorar a transparência, atuar de forma assertiva no mercado, visando à proteção 
dos interesses dos atuais acionistas, tem como efeito colateral positivo uma boa perspectiva para lançamentos futuros. 
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O Pregão 
O mercado secundário contém um elemento muito interessante, que é o ambiente de negociação de ativos, o chamado pregão. 
Nos tempos áureos da bolsa, antes dos investimentos em informatização mais intensos, o pregão de ativos financeiros acontecia 
no recinto da bolsa em um sistema de viva voz, em que os operadores gritavam ordens de compra e venda, o que, para os menos 
avisados, parecia um campo de guerra. Na verdade, aquela aparente “bagunça” era extremamente organizada. Dava tudo certo, ao 
final. 
Após os investimentos em informatização, a BM&FBovespa (na época, apenas BOVESPA) implantou o sistema chamado de Mega 
Bolsa , que processa eletronicamente as ordens de compra e venda e permite a interligação com sistemas de corretoras, que 
passam a oferecer comodidades aos seus clientes, como sistemas próprios de interação chamados de Home Brokers . 
Conforme Oliveira e Pacheco (2011), home broker é um sistema criado pela BM&F Bovespa que permite o acesso de todo tipo de 
investidor, desde pequenos até investidores profissionais, simplificando o processo de compra e venda de ações. São as corretoras 
que disponibilizam aos seus clientes o acesso a este sistema. 
As principais características do sistema home broker são: possibilidade de enviar ordens de compra e venda 
de ações, imediatas ou programadas, no mercado à vista (lote-padrão e fracionário) e no mercado de opções 
(compra e venda de opções); permite o acompanhamento da carteira de ações (posição financeira e de 
custódia) que o investidor possui; permite o acesso às cotações dos ativos no mercado; prevê o envio ao 
investidor da confirmação das operações realizadas e do resumo financeiro (nota de corretagem) 
(OLIVEIRA e PACHECO, 2011, p. 150). 
A tecnologia do home broker existe desde 1999. Esta opção, para os investidores em Bolsa, facilita muito o 
processo de compra e venda de ações. Após abrir uma conta em corretora, o investidor poderá baixar o 
aplicativo até mesmo em um dispositivo móvel e, por meio de login e senha, executar suas transações ou 
programar transações para situações parametrizadas previamente. 
Fonte: o autor. 
A tecnologia do MegaBolsa possibilita diversos mecanismos de gestão da carteira de investimentos de um aplicador, por meio do 
home broker . 
Com respeito ao pregão da BM&FBovespa, outra comodidade ofertada aos investidores é o After Market . Esse termo significa 
“após o mercado”, denotando a possibilidade dos investidores realizarem operações no mercado à vista, mesmo após o 
encerramento do pregão regular da bolsa. Oliveira e Pacheco (2011, p. 149) destacam algumas características do after market : 
apenas podem ser negociadas ações no mercado à vista; somente podem ser negociadas ações que tenham 
sido negociadas no pregão regular; o preço das ordens de compra e venda só pode variar até 2% em relação 
ao valor de fechamento das ações no horário normal da bolsa; as variações das cotações do dia seguinte são 
calculadas com base no último preço registrado no pregão regular; as oscilações de preços registradas no 
after market não impactam no índice IBOVESPA. 
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Há um limitador de variação de preços das ações no after market , de 2% em relação ao valor de fechamento 
das ações no horário normal da bolsa. Por que podemos concluir que essa é uma medida de segurança ao 
mercado? 
Por medida de segurança, a bolsa dispõe de um mecanismo que limita a oscilação de um índice, tal qual existe na bolsa de Nova 
York, suspendendo os negócios por 30 minutos toda vez que a oscilação negativa de um índice for superior a 10%. Isso possibilita 
que os agentes de mercado avaliem os motivos da oscilação e o movimento de queda seja descontinuado. Caso na reabertura dos 
negócios a oscilação negativa alcance 15% em relação ao fechamento do dia anterior, os negócios novamente são suspensos, dessa 
vez por uma hora. 
Este mecanismo de suspensão é chamado de circuit breaker (OLIVEIRA e PACHECO, 2011). A ideia é evitar o pânico e o chamado 
“movimento de manada”, em que investidores menos experientes, apavorados, vendem seus ativos com enormes prejuízos, 
seguindo uma movimentação especulativa. Isso não é bom para o mercado e muito menos para os investidores. 
AVALIAÇÃO DE RISCO E RETORNO NO 
MERCADO DE AÇÕES 
Operar no mercado de ações é relativamente simples, especialmente se considerarmos as facilidades proporcionadas por 
aplicativos e soluções tecnológicas. 
Para o investidor iniciante, investir em ações é, talvez, sair de uma zona de conforto, proporcionada pelos investimentos em renda 
fixa, em que se conhece previamente qual será o índice que remunerará as aplicações, e entrar em uma zona “nebulosa” da renda 
variável, que pode assustar os menos experientes. A renda variável tem exatamente essa ideia: não há certeza de qual será o 
retorno que o investimento proporcionará, se é que terá uma performance positiva. 
A lógica para os investimentos em renda variável é bastante diferente da renda fixa. O Quadro 1, a seguir, nos auxilia a constatar as 
diferenças entre ativos de renda fixa e renda variável. 
Quadro 1 - Comparação entre os ativos financeiros 
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Fonte: Pinheiro (2012, p. 107). 
O investidor é atraído ao mercado de renda variável pela possibilidade de retorno potencialmente alto. No entanto, há uma regra 
no mercado que não costuma falhar: retornos altos estão associados a riscos igualmente mais elevados. A possibilidade de grandes 
ganhos se contrapõe com a possibilidade de grandes perdas. Por conta disso, é importante conhecer alguns fundamentos de 
investimentos, conhecidos como tripé de investimentos: rentabilidade , liquidez e segurança . 
No mundo ideal, o investimento dos sonhos seria aquele que oferecesse ao mesmo tempo estes três fatores, ou seja, um 
investimento que fosse ao mesmo tempo altamente rentável e, ainda, oferecesse uma elevada liquidez e uma grande segurança, 
entendida como ausência de risco. Infelizmente não estamos no mundo ideal e, conforme Oliveira e Pacheco (2011) bem pontuam, 
esses elementos (rentabilidade, liquidez e segurança) são mutuamente excludentes, o que significa dizer que não existe um 
investimento que ofereça ao mesmo tempo esses três componentes. Como os autores destacam, esse é o dilema do “cobertor 
curto”: cobrem-se os pés e descobre-se a cabeça, ou vice-versa. 
Assim, o investidor deverá escolher o que deseja maximizar: a rentabilidade? Nesse caso, abrirá mão da segurança; a liquidez? 
Nesse caso, não poderá contar com a rentabilidade ou mesmo a segurança; a segurança? Neste caso, certamente não conseguirá 
uma grande rentabilidade e talvez nem mesmo uma boa liquidez nos seus ativos. 
Podemos definir estes três “ingredientes” do investimento da seguinte maneira: 
• Rentabilidade: é a recompensa pelo adiamento da decisão de consumir. 
• Liquidez: é a capacidade de converter, o mais rápido possível, o investimento em dinheiro. 
• Segurança: é a certeza de que, ao deixar de consumir no presente, o consumo futuro será igual ao montante esperado (OLIVEIRA 
e PACHECO, 2011, p. 249). 
O enfoque para o investidor é diferente do enfoque para o emissor de um título. Por exemplo, o emissor deve se preocupar com o 
custo da emissão, o prazo de resgate do título e as garantias que devem ser oferecidas. Por outro lado, o investidor terá a 
preocupação relacionada ao tripé de investimento (rentabilidade, liquidez e segurança [ou risco]). 
Na Figura 1, a seguir, é possívelque você visualize esta diferença de enfoque. 
Figura 1 - Enfoques dos ativos financeiros 
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Fonte: Pinheiro (2012, p. 103). 
Os imóveis são conhecidos por oferecerem uma grande segurança ao investidor, ao ponto de um ditado ser 
muito citado no meio imobiliário: “o melhor negócio da terra é a terra”. Mas o que acontece quando um 
investidor precisa converter um imóvel em dinheiro? 
Fonte: o autor 
O que o investidor irá decidir quanto à sua preferência no tripé de investimentos muito irá depender do seu perfil de aceitação ou 
rejeição ao risco. 
Risco pode ser definido como sendo a incerteza quanto ao resultado futuro de um investimento que pode 
ser medido matematicamente. Em uma definição mais simples, pode-se dizer que risco é a probabilidade de 
que ocorra algo não esperado quanto ao retorno do investimento, ou a probabilidade de ocorrer algo 
diferente do esperado. 
Fonte: o autor, com base em Oliveira e Pacheco (2011). 
Vamos tratar, a partir de agora, dos tipos de risco envolvidos em investimentos. Podemos ter uma visão dos tipos de riscos em 
investimentos por meio da Figura 2, a seguir: 
Figura 2 - Os tipos de risco em investimentos 
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Fonte: Pacheco e Oliveira (2011, p. 252). 
O Quadro 2, a seguir, sintetiza estes 5 tipos de risco. 
Quadro 2 - Tipos de riscos em investimentos 
Fonte: o autor, com base em Oliveira e Pacheco (2011). 
As instituições, por prudência ou por imposição normativa, estabelecem mecanismos de mitigação de riscos, especialmente 
quanto aos riscos de crédito, riscos legais e riscos operacionais. Mas não podem assegurar ausência de riscos de mercado e de 
liquidez. A mitigação não significa eliminação de riscos, mas sim sua gestão. 
Há, no mercado, diversas organizações especializadas em calcular os riscos de crédito de empresas, investimentos e até de 
governos. São as chamadas agências de risco, sendo famosas as agências Standard & Poor’s, a Fitch e a Moody’s. Os mercados dão 
grande importância aos relatórios de avaliação de riscos dessas agências. Quando uma agência dessas faz a avaliação de um país, 
rebaixando sua nota, torna-se mais custoso e difícil este país obter recursos externos com a colocação de seus papéis no mercado 
internacional, justamente porque os investidores, com receio de calote, ou não aceitam comprar os títulos ou exigem uma taxa 
maior para assumirem os riscos. 
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FATOS E DADOS 
As agências de classificação de riscos trabalham com tabelas de rating, que são classificações de risco, do melhor para o pior. Veja a 
tabela a seguir: 
Fonte: o autor, com dados de Oliveira e Pacheco (2011). 
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HORA DE COMPRAR OU VENDER? 
FERRAMENTAS DE ANÁLISE NO 
MERCADO DE AÇÕES 
Você talvez fique imaginando como os investidores experientes fazem seus investimentos em ações. Muitos investidores operam 
com tal frequência neste mercado que acabam tendo excelentes resultados. Como acertar no investimento? Quando saber a hora 
de comprar ou vender um papel? 
Na verdade, os investidores profissionais utilizam-se de técnicas específicas para realizarem suas operações, sendo que as mais 
conhecidas são as seguintes: 
• ANÁLISE TÉCNICA ou ANÁLISE GRÁFICA. 
• ANÁLISE FUNDAMENTALISTA. 
As premissas por detrás destas análises são bastante diferentes e podem ser observadas no Quadro 3, a seguir: 
Quadro 3 - Comparação entre as escolas de análise de ações 
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Fonte: Guarnieri (2006, p. 49). 
Vamos conhecer a dinâmica destas duas técnicas. 
A Análise Fundamentalista 
Sobre esta técnica, você encontrará muitas definições em portais especializados e livros sobre Mercado de Capitais. Por exemplo, 
Assaf Neto (2012, p. 244) assim define a análise fundamentalista: 
[...] considera a análise das variáveis internas e externas à empresa, as quais exerceram influências sobre seu 
desempenho e, em consequência, sobre o valor intrínseco de suas ações. Os principais subsídios desse 
critério de análise são os demonstrativos financeiros da empresa e os diversos dados e informações 
referentes ao setor econômico de atividade, ao mercado acionário e à conjuntura econômica. De posse 
deste elenco de informações, são aplicados modelos quantitativos e financeiros com o objetivo de 
relacionar as decisões de compra ou venda de determinada ação com seu valor de mercado. 
Por valor intrínseco, mencionado acima, Lagioia (2007) explica que se trata do preço justo de um ativo. Dessa forma, de acordo 
com a autora: 
[...] o analista está apto a comparar o preço encontrado com o preço do mercado e classificá-lo como 
sobreavaliado com sinalização de venda, subavaliado com sinalização de compra ou que seu preço é 
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condizente (justo) com o praticado pelo mercado (LAGIOIA, 2007, p. 137). 
Dentre os critérios avaliados pela análise fundamentalista está o indicador Preço/Lucro , conhecido como P/L . Por preço entende- 
se o valor do investimento que foi realizado ou o preço de mercado, enquanto que por lucro entende-se o lucro unitário periódico 
(ou Lucro por Ação - LPA). O resultado desse índice é o número de anos que levaria para o investidor recuperar o valor investido. A 
fórmula é: 
Segundo Assaf Neto (2012, p. 245-246), há diversas restrições e críticas ao modelo P/L, como o fato de que os cálculos: 
[...] assumem contínuas variações no tempo, as quais devem ser incorporadas em sua apuração, permitindo 
tornar o índice mais adequado às decisões envolvendo ações. [...] Também não leva em consideração o risco 
inerente ao investimento. 
Kerr (2011) lista outros indicadores, que podem ser observados no Quadro 4, a seguir: 
Quadro 4 - Indicadores da análise fundamentalista 
Fonte: o autor, com base em Kerr (2011). 
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Pela análise fundamentalista, a apuração do preço da ação busca elementos mais objetivos, relacionados ao comportamento do 
mercado, distribuição de lucros, perspectivas do negócio, entre outros. 
A Análise Técnica 
Esqueça tudo o que você viu na análise fundamentalista, que busca critérios mais objetivos de análise, ao avançar sobre as 
considerações da análise técnica, também chamada de análise gráfica (os adeptos dessa técnica são costumeiramente chamados 
de grafistas ). 
Isso porque a análise técnica trabalha com análises de tendências do comportamento de uma ação ou de um índice de ações, 
verificadas, como o nome sugere, em gráficos. Kerr (2011, p. 100) destaca sobre esta técnica: 
A lógica por trás dessa análise é que os preços passados da ação têm influência nos preços futuros e servem, 
portanto, para prever os comportamentos futuros dos preços. A análise técnica não se preocupa com as 
causas das variações de preços, concentrando-se nos comportamentos dos preços deles. Analistas técnicos 
costumam observar gráficos de preços passados e volumes negociados, e tentar criar regras de 
comportamento futuro dos preços das ações. 
Como você percebeu, o forte da análise técnica é a observação de tendências expressas em gráficos de mercado. Lagioia (2007, p. 
147) apresenta os três princípios básicos da análise técnica: 
1. “Tudo” se reflete nos preços do mercado (fundamentos econômicos, políticos, psicológicos, dentre outros). 
2. Os preços movem-se em tendências. 
3. Os movimentos do mercado são repetitivos. 
A interpretação destes três princípios pode ser vista no Quadro 5, a seguir: 
Quadro 5 - Os princípios básicos da análise técnicahttps://sites.google.com/fabrico.com.br/mfedc3/p�gina-inicial/unidade-3
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Fonte: o autor, com base em Lagioia (2007). 
Não se pode negar que o mercado sofre influências subjetivas, relacionadas à confiança, receio, boatos, enfim, elementos que não 
seguem uma lógica objetiva. Mas não há consenso sobre os métodos dos grafistas. Muitos críticos avaliam que não há 
embasamento científico para suas conclusões. 
Tipos de Gráficos da Análise Técnica 
Dentre os gráficos utilizados para análise nas previsões futuras dos preços de ações, os mais utilizados são: 
• Gráfico de linha. 
• Gráfico de volume. 
• Gráfico de barras. 
• Gráfico ponto-figura. 
• Gráfico candlesticks . 
Vamos conhecer alguns desses gráficos? 
O exemplo a seguir é um gráfico de barras. 
Figura 3 - Gráfico de barras 
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Fonte: o autor 
Você consegue facilmente chegar a algumas conclusões ao analisar o gráfico de barras apresentado na Figura 3, não é mesmo? Dá 
para perceber claramente que essa é uma ação que teve uma valorização no período, afinal, o valor de fechamento foi maior do 
que o de abertura. 
Nosso próximo gráfico é do tipo ponto-figura. 
Figura 4 - Gráfico ponto-figura 
Fonte: Engenheiro Rico (2015, on-line)². 
A lógica do gráfico ponto-figura são suas marcações, onde o “O” significa preços em queda e o “X” representa preços em alta. A 
ideia é concentrar-se apenas na lei da oferta e procura, ignorando o tempo e o volume. 
Nosso próximo gráfico é o de candles . 
Figura 5 - Gráfico de candles 
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Fonte: Lagioia (2007, p. 149). 
Os gráficos de candles são muito interessantes, pois permitem uma visualização instantânea dos movimentos de valorização ou 
desvalorização com um rápido olhar. O gráfico vazado (em branco) mostra uma valorização em dado momento do tempo. Alguns 
gráficos trazem este candle colorido em verde. O gráfico preenchido (preto) indica uma desvalorização no momento do tempo 
considerado. Alguns gráficos mostram este candle em vermelho. É claro que análises mais apuradas devem levar em consideração 
as tendências apontadas pelos gráficos. 
Veja uma aplicação do gráfico candle: 
Figura 6 - Gráfico candle de uma ação listada no Ibovespa 
Fonte: Debastiani (2007, p. 19). 
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O gráfico candle , segundo registros históricos, foi desenvolvido no Japão por mercadores de arroz. Foi 
Munehisa Homma, nascido em 1724, quem estudou profundamente o comportamento do mercado de arroz 
e representou suas altas com uma figura parecida com uma vela (candle) em branco - cor do Yin, símbolo do 
bem - e suas baixas com uma vela em cor preta - cor do Yang, símbolo do pessimismo. O método de 
Munehisa foi tão bem sucedido que, além de lhe proporcionar grande fortuna, o fez também ser agraciado 
com o título de Samurai pelo Imperador. 
Fonte: o autor, com base em pesquisa em Candlestick (Um pouco..., on-line)³. 
Periodicidade dos Gráficos 
Lagioia (2007) pontua que os gráficos podem apresentar periodicidades diferentes, não apenas de um único dia de pregão. Podem 
ter até mesmo a periodicidade de minutos, no caso das operações intraday , ou seja, aquelas realizadas no mesmo dia. 
As periodicidades mais comuns são: 
• Diário : Representando um pregão. 
• Semanal : Uma barra ou um candle representando todos os pregões da semana. 
• Mensal : Uma barra ou um candle representa todos os pregões do mês. 
• Anual : Uma barra ou um candle represetando todos os pregões do ano (LAGIOIA, 2007, p. 151). 
A Teoria de Dow 
Se você já assistiu a um telejornal ou acessou algum portal especializado em índice de ações, talvez tenha se deparado com o índice 
Dow Jones da bolsa de valores de Nova York. Segundo Lagioia (2007), este índice foi concebido em 1884, por Charles Henry Dow 
e seu sócio Edward Jones, que apresentaram a primeira proposta de um índice de mercado de ações. Esse índice abrangia apenas 
ações de 11 empresas, sendo 9 do setor ferroviário e 2 do setor industrial. Dow formulou diversas teorias sobre o comportamento 
das ações em um mercado saudável. Herling et al (2012, p. 169) explicam que: 
Charles Dow, em 1894, apresentou teorias que tinham como objetivo a identificação de linhas de 
tendências do mercado. Sua teoria, a Teoria Dow, é considerada a mais antiga das explicações teóricas sobre 
a existência de grandes tendências no mercado de capitais, dando origem então à análise técnica. A teoria 
sustenta que as ações negociadas vão sempre seguir uma tendência, de alta ou baixa, a qualquer momento. 
Diante disso, cabe ao investidor aplicar técnicas para identificar os momentos de compra e venda, e por 
consequência aumentar sua rentabilidade, realizando as operações nos melhores momentos possíveis. 
Por essa teoria, os analistas procuram verificar sinais de que uma mudança de tendência está prestes a ocorrer. Essas indicações 
de reversão de tendências são muito importantes para a tomada de decisão pela análise técnica. Lagioia (2007, p. 152) pontua 
alguns recursos que essa análise utiliza: 
a) Técnicas de traçado de linhas de tendência. 
b) Identificação de “formações” que sinalizam essas tendências. 
c) Estudo da oferta e demanda dos títulos negociados. 
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d) Estudo das descontinuidades nas cotações dos títulos no mercado. 
e) Identificação dos níveis de cotação máximos e mínimos atingidos no passado, que se convertem em linhas de suporte e 
resistência. 
Na Figura 7, a seguir, percebe-se como esta teoria de Dow pode ser entendida em um comportamento de ações. 
Figura 7 - Fases da teoria de Dow 
Fonte: Guarnieri (2006, p. 60). 
Veja que, nessas análises, se menciona as linhas de suporte e resistência, uma importante ferramenta da análise técnica. 
Zonas de Suporte e Resistência 
As linhas de suporte e resistência são traçadas seguindo alguns princípios de comportamento de compra e venda de ações em um 
determinado período. Guarnieri (2006, p. 70) pontua que: 
Os suportes são linhas caracterizadas, no gráfico de cotações de preços, que o preço do ativo atinge e os 
investidores decidem comprar. As linhas de suporte são traçadas pela união dos fundos de preços. 
Estabelecem um preço, que se atingindo, leva os investidores a efetuar compras. A linha de resistência é 
formada por uma região dos preços, em que a pressão vendedora dos investidores é maior que ao dos 
compradores. Formando um patamar delimitado pelo preço que os investidores, após a subida de preços 
dos ativos, tornam a concretizar ordens de venda. [...] suporte é um nível de preço em que o movimento de 
compras dos investidores é forte o suficiente para interromper ou reverter uma tendência de baixa. 
Resistência é o nível de preços, que levam os investidores a intensificar vendas, provocando a reversão da 
tendência de alta. 
Perceba como isso acontece ou é percebido no gráfico de preços de uma determinada ação, apresentado na Figura 8, a seguir: 
Figura 8: Linhas de suporte e resistência 
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Fonte: Guarnieri (2006, p. 71). 
A leitura do gráfico apresentado na Figura 8 é a seguinte: 
A partir de maio, mostra-se o que se denomina de canal de tendência, ou seja, uma faixa de cotação superior 
e inferior, dentro de um período de tempo em que as cotações oscilam. Pela Figura 8, observam-se o canal 
de tendência. Quando a inclinação do canal é ascendente, chama-se canal de tendência de alta e quando o 
canal aponta em direção descendente, chama-se de canal de tendência de baixa (GUARNIERI, 2006, p. 71). 
Qual pode ser a consequência do investidor não interpretar corretamente as linhas de tendênciaem uma 
análise gráfica? 
Fonte: o autor. 
São várias as estratégias a serem adotadas a partir dessas leituras. Mas, de acordo com Lagioia (2007, p. 157): 
A regra para negociar no mercado utilizando as linhas de suporte e resistência é simples: consiste em 
comprar no suporte e vender na resistência. No entanto, o investidor atento deve contar com boas 
estratégias de preservação do capital para saber aproveitar o momento do rompimento das barreiras do 
suporte e da resistência. Nesse contexto, um ponto a ser levado em consideração é a força do suporte e 
resistência. Quanto mais vezes o mercado “bater e voltar” na linha, mais forte é a confiabilidade da barreira 
de preços. 
Vale a pena conhecer mais a respeito dessa técnica. 
COMO INVESTIR EM AÇÕES 
Quanto é preciso para começar? 
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Muitas pessoas talvez tenham desejo de investir em ações, mas acreditam que é necessário ter uma grande 
soma de recursos para entrar neste mercado. Na verdade, não há um valor mínimo exigido para se investir 
em ações. Se você já se deparou com valores mínimos para aplicação, pode ter certeza que essa regra foi 
estabelecida pela Corretora pesquisada ou, ainda outra hipótese, em razão do preço das ações da empresa 
considerada. 
Como começar a investir? 
No portal da BM&FBovespa você encontrará as formas mais comuns de investir em ações. 
Confira essas e mais opções e dicas no site http://goo.gl/eqTkuG . 
Fonte: o autor. 
Avançar 
UNICESUMAR | UNIVERSO EAD 
https://sites.google.com/fabrico.com.br/mfedc3/p�gina-inicial/unidade-3
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ATIVIDADES 
1. A decisão de abrir o capital da empresa muda radicalmente a forma de gestão da organização e sua relação com o mercado. Ao 
abrir seu capital, a empresa ingressa no mercado primário. Sobre este tema, leia as afirmações a seguir: 
I) O termo IPO é utilizado corretamente apenas na primeira oferta pública de ações de uma empresa. 
II) Chamamos de mercado primário quando o título ou valor mobiliário é lançado pela primeira vez ao mercado e o emissor realiza 
a captação dos recursos pela venda do título. 
III) No mercado secundário, as ações mudam de mãos, de um investidor para outro, e os valores envolvidos entram novamente no 
caixa da empresa. 
IV) As empresas se interessam pelo mercado secundário para assegurar que um novo lançamento de ações será atrativo para o 
mercado. 
É correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) II e III, apenas. 
d) I, II e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
2. A comercialização de ações adquiridas pelos investidores pode ser realizada utilizando-se ferramentas tecnológicas. Sobre estas 
transações, leia as afirmações a seguir e a relação proposta entre elas: 
I - O home broker é um sistema interligado ao Mega Bolsa da BM&FBovespa que permite a transmissão de ordens via computador 
do investidor. 
PORQUE 
II - O home broker permite que as ordens de compra e venda aconteçam no pregão que se convenciona chamar de pregão viva voz. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: 
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a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. 
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. 
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
3. As ações constituem parte do que chamamos de renda variável, que guarda algumas diferenças importantes em relação às 
aplicações da renda fixa. Sobre este tema, é correto afirmar que: 
a) A renda variável compromete um fluxo de ingressos previamente conhecido e estabelecido entre as partes. 
b) O recebimento da rentabilidade na renda fixa fica submetido aos resultados da atividade da empresa. 
c) Os riscos relacionados aos investimentos em renda variável são considerados de menor risco se comparados aos da renda fixa. 
d) A renda variável depende muito dos resultados da empresa, depois de satisfeitos os compromissos com os possuidores de 
ativos de dívida ou renda fixa. 
e) A renda variável tem prioridade na recepção dos seus ingressos se comparada ao que acontece na renda fixa. 
4. Os investimentos carregam riscos, que podem ser maiores ou menores, dependendo do tipo de investimento que se considera. 
Esses riscos devem ser conhecidos pelos investidores para a tomada de decisão quanto a investir ou não no ativo. Sobre riscos em 
investimentos, leia as afirmações a seguir: 
I) Denomina-se risco operacional a possibilidade de ocorrência de perdas ocasionadas por falhas em sistemas, equipamentos ou 
falhas humanas. 
II) Por liquidez de um investimento, entende-se a capacidade de converter, o mais rápido possível, o investimento em dinheiro. 
III) Felizmente, é possível encontrar no mercado investimentos que sejam ao mesmo tempo rentáveis, tenham boa liquidez e 
ofereçam alta segurança. 
IV) A decisão quanto a investir em um ativo leva em conta unicamente a rentabilidade, não tendo qualquer relação com o perfil do 
investidor. 
É correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) II e III, apenas. 
d) I, II e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
5. Uma técnica para se chegar ao preço justo de uma ação é chamada de análise fundamentalista. Sobre esta técnica, avalie as 
asserções a seguir e a relação proposta entre elas: 
I - A análise fundamentalista leva em consideração aspectos mais objetivos para análise do preço de uma ação. 
PORQUE 
II - De acordo com a lógica da análise fundamentalista, tudo está refletido no comportamento dos gráficos de preços das ações. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: 
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a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. 
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. 
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
e) As asserções I e II são proposições falsas. 
6. Os analistas grafistas, adeptos da análise técnica, utilizam-se dos gráficos (como o nome já sugere) para a tomada de decisão 
quanto ao momento de comprar ou vender um papel. Sobre isso, leia as afirmações a seguir: 
I) Os grafistas consideram que os preços recorrentes no mercado seguem uma ordem, uma tendência. Eles não se movem 
aleatoriamente. 
II) No gráfico tipo candle, o gráfico vazado (em branco) mostra uma valorização em dado momento do tempo. 
III) Algo importante na análise gráfica é seu forte embasamento científico, reconhecido por todos os pesquisadores do tema. 
IV) A teoria de Dow sustenta que as ações negociadas vão sempre seguir uma tendência, de alta ou baixa, a qualquer momento. 
É correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) II e III, apenas. 
d) I, II e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
As empresas precisam de recursos para financiar suas atividades produtivas. Elas podem buscar esses recursos no mercado de 
crédito, contraindo dívidas na forma de empréstimos ou financiamentos. É uma saída interessante, porém, resta o fato de que oscompromissos assumidos terão que ser honrados nas datas estabelecidas. 
Uma alternativa a essa mecanismo da captação do mercado de crédito é a abertura de capital da empresa, lançando ações no 
mercado. Caso a empresa possua uma boa imagem perante o mercado, certamente esse lançamento pode ser muito atrativo, pois 
os investidores criarão uma expectativa de bom retorno sobre o investimento, além do pagamento de dividendos, que é a divisão 
de parte dos lucros com os acionistas. 
Ao lançar as ações no mercado pela primeira vez, ocorre o que se denomina de IPO (sigla em inglês para Oferta Pública Inicial). Os 
recursos arrecadados no IPO, que é parte do mercado primário, ingressam no caixa da empresa, sendo importante fonte de 
captação, não gerando um compromisso de quitação futura, como no caso de empréstimos e financiamentos. 
Uma vez de posse das ações, o investidor torna-se “sócio” da empresa, na proporção das ações que possui. Ele pode conservar esse 
papel, por tempo indeterminado, recebendo, durante esse período, dividendos. Ou pode, caso ache oportuno, vender essas ações 
por meio de uma corretora, utilizando software como o home broker , realizando lucro caso as ações tenham se valorizado. 
Para saber o momento certo de realizar a compra ou a venda desses ativos, existem técnicas para subsidiar a decisão. Trata-se da 
análise técnica e da análise fundamentalista. A análise técnica usa princípios de análise de comportamento de preços, expresso em 
gráficos que serão analisados cuidadosamente. Já a análise fundamentalista usa princípios mais objetivos, como o mercado onde a 
empresa está inserida, além do valor patrimonial das ações, entre outras variáveis. 
É importante conhecer essas técnicas para que o investidor possa operar no mercado de capitais com tranquilidade. 
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Material Complementar 
Leitura 
Investindo em Ações no Longo Prazo 
Autor: Jeremy J. Siegel 
Editora: Bookman 
Sinopse : a 5ª edição deste clássico sobre o mercado financeiro inclui a tão 
aguardada análise de Jeremy Siegel sobre a quebra do mercado 
imobiliário americano, a crise financeira e a consequente recessão 
mundial. Com uma mistura potente de novas evidências, pesquisas e 
análises apoiando suas ideias, Siegel traz respostas para todas as dúvidas 
importantes de hoje, como “quais são as fontes do crescimento 
econômico de longo prazo?” e “como se proteger contra a instabilidade da 
moeda?” Leitura obrigatória para todo investidor e consultor que deseja 
entender a fundo as forças que movem os mercados atuais, este livro 
apresenta a mais completa síntese disponível sobre as tendências 
históricas e o ajudará a desenvolver uma carteira de longo prazo confiável 
e lucrativa. 
Comentário : livro fundamental para quem pretende investir em ações de 
forma consistente, como parte de uma estratégia de longo prazo. Oferece 
um entendimento pleno sobre as circunstâncias que afetam esses ativos 
financeiros tão relevantes para a economia. 
Na Web 
Aprender a investir é um processo que deveria se iniciar na infância. 
Como no Brasil não temos essa tradição, o importante é começar. O 
governo federal mantém alguns portais que facilitam esse aprendizado. 
Um dos principais é o Portal do Investidor. Vale a pena conhecer. 
Acesse 
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REFERÊNCIAS 
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro . 11. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
DEBASTIANI, C. A. Candlestick : um método para ampliar lucros na bolsa de valores. São Paulo: Novatec, 2007. 
GUARNIERI, O. C. de. Um estudo empírico da eficiência da análise técnica como instrumento na predição do comportamento 
dos preços das ações : O caso Embraer. 2006. 122 f. Tese (Mestrado em Gestão e Desenvolvimento Regional) – Universidade de 
Taubaté, Taubaté-SP, 2006. 
HERLING, L. H. D.; et al. Testando a hipótese de eficiência de mercado por meio de redes neurais artificiais: um estudo de caso com 
as dez principais ações do Ibovespa do primeiro quadrimestre de 2011. Future Studies Research Journa l: Trends and Strategy, v. 4, 
n. 2, p. 164-187, 2012. 
KERR, R. B. Mercado financeiro e de capitais . São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. 
LAGIOIA, U. C. T. Fundamentos do mercado de capitais . São Paulo: Atlas, 2007. 
OLIVEIRA, G.; PACHECO, M. Mercado financeiro : objetivo e profissional. 2. ed. São Paulo: Editora Fundamento Educacional, 
2011. 
PEREIRA, C. L. Mercado de capitais . Curitiba: InterSaberes, 2013. 
PINHEIRO, J. L. Mercado de capitais . 6. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
REFERÊNCIAS ON-LINE 
1 Em: www.infomoney.com.br . Acesso em: 02 jul. 2016. 
2 Em: http://engenheirorico.blogspot.com.br/ . Acesso em: 02 jul. 2016. 
3 Em: http://www.candlestick.com.br/Historia.htm . Acesso em: 02 jul. 2016. 
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APROFUNDANDO 
O Caso do Banco Barings 
O banco britânico Barings, com 233 anos e responsável pelos depósitos e investimentos de parte do patrimônio da monarquia 
britânica, foi à falência no dia 26 de fevereiro de 1995. 
Tudo ocorreu em função da atuação de um operador apenas. Ele era um funcionário brilhante do banco, Nicholas Leeson, 
responsável por operar derivativos em Cingapura e no Japão, em Osaka. As operações de Leeson já haviam representado vultosos 
lucros para o Barings e seus sócios nos anos anteriores, motivo pelo qual Leeson contava com grande autonomia para realizar a 
operação que quisesse, no montante que quisesse, sem que houvesse qualquer controle operacional de suas atividades. 
A atividade de Leeson consistia basicamente em operar contratos futuros do índice Nikkei 225, um índice composto por 225 ações 
do mercado japonês, que eram negociadas simultaneamente nas bolsas de Osaka, no Japão, e de Cingapura. Leeson pretendia 
regular a diferença de cotação dos dois mercados quando estes estivessem negociando o contrato com preços diferentes. Dessa 
forma, vendia o contrato na bolsa que estivesse mais caro e comprava o mesmo contrato na outra bolsa por um preço mais barato, 
realizando o lucro quando os preços convergiam. 
Com o passar do tempo, sem nenhum tipo de controle, Leeson passou a comprar o contrato somente em uma bolsa, sem, contudo, 
vendê-lo em outra. As perdas começaram no início de 1995, quando o índice Nikkei 225 caiu 15%. N e s s e momento, em vez de 
assumir o erro, realizar as posições e contabilizar o prejuízo, Leeson optou por aumentar a aposta, acreditando na volta do 
mercado. Mas o mercado não voltou, e os prejuízos aumentaram até atingirem um valor superior a US$1 bilhão, o que provocou a 
falência do banco. 
O tradicionalBarings foi à falência em função das operações de apenas um funcionário, sendo comprado pelo Internationale 
Nederlanden Group (ING) por uma libra esterlina. Leeson enviou um fax para a sede do banco com um pedido de desculpas, mas, 
de volta a Londres, foi julgado e condenado a seis anos e meio de prisão. 
Fonte: Oliveira e Pacheco (2011, p. 283-284). 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
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EDITORIAL 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; PARDO , 
Paulo. 
Mercado Financeiro e de Capitais . Paulo Pardo. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
43 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Mercado 2. Financeiro 3. EaD. I. Título. 
ISBN 978-85-459-0405-2 
CDD - 22 ed. 330 
CIP - NBR 12899 - AACR/2 
Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar 
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Equipe Produção de Materiais 
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COMPREENDENDO O 
MERCADO DE 
TÍTULOS PÚBLICOS E 
PRIVADOS 
Professor : 
Me. Paulo Pardo 
Objetivos de aprendizagem 
• Conhecer a operacionalidade dos Fundos de Investimentos. 
• Entender o risco dos fundos. 
• Conhecer os principais tipos de Fundos de Investimentos. 
• Conhecer como se opera nos Fundos. 
• Conhecer o Tesouro Direto. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Aspectos Introdutórios dos Fundos de Investimentos 
• Conhecendo os Riscos Associados aos FIFs 
• Operações e Tributação em FIFs 
• Investir Sem Risco? Conhecendo os Papéis do Governo: o Tesouro Direto 
Introdução 
Prezado(a) acadêmico(a), o atrativo dos produtos financeiros de investimento é a possibilidade de aplicar recursos com uma 
rentabilidade que seja considerada aceitável por parte do investidor, ao mesmo tempo oferecendo comodidade, praticidade e 
riscos conhecidos. 
Dentro desse lógica, alguns produtos são muito procurados, como é o caso dos Fundos de Investimento Financeiro (FIFs), os 
Fundos de Investimento Imobiliário (FII) e papéis do governo federal, comercializados por meio de um sistema conhecido como 
Tesouro Direito. 
Pode ser que você já tenha pessoalmente investido em alguma dessas modalidades. Certamente, se o fez, constatou que realmente 
a praticidade de poder entrar e sair do investimento quando quiser (no caso dos fundos abertos) traz uma vantagem enorme sobre 
investimentos tradicionais, como a caderneta de poupança, que tem dias específicos, chamados de aniversários, para poder sacar 
parte ou todo o valor investido, sem sofrer a perda de remuneração. 
Além disso, os produtos financeiros que estudaremos nesta unidade nos abrirão novas possibilidades, como investir em imóveis, 
por exemplo, mesmo não tendo grandes somas de dinheiro para aplicar. Interessante, não é mesmo? 
Na Aula 1 abordaremos os fundos de investimento financeiro, como são estruturados, sua lógica de funcionamento e constituição. 
Na Aula 2 focaremos os riscos associados aos Fundos de Investimento, que devem ser levados em consideração quando essa opção 
for considerada pelo aplicador. Na Aula 3 trataremos da operacionalização dos Fundos de Investimento de acordo com as regras 
mais recentes da CVM e da ANBIMA, bem como as características de tributação desses ativos financeiros. Finalmente, na Aula 4, 
destacaremos a opção de investimentos em papéis da dívida pública, os títulos do tesouro nacional, comercializados pela 
modalidade do Tesouro Direto. 
Foque nos conteúdos, acesse os materiais indicados e você obterá um aproveitamento excelente. 
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ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DOS 
FUNDOS DE INVESTIMENTO 
Apesar das perspectivas de alta rentabilidade nas aplicações de renda variável, muitos investidores não têm o perfil para 
direcionar seus recursos para esta opção do mercado de capitais. Para os investidores que têm aversão ao risco, conhecer 
antecipadamente qual será a rentabilidade de suas aplicações é bastante desejável. 
Essa expectativa pode ser atendida pelos Fundos de Investimento Financeiro, os famosos FIFs. Se você tem uma conta em banco, é 
muito provável que seu gerente já lhe tenha ofertado essa modalidade de aplicação financeira. Muitas pessoas optam por essa 
forma de investimento pelas vantagens que oferece. 
Vamos entender mais a respeito desse investimento considerado tão atrativo. Primeiramente, vamos entender o que é um fundo 
de investimento. Para Assaf Neto (2012, p. 338-339), um fundo de investimento é: 
[...] como um conjunto de recursos monetários, formado por depósitos de grande número de investidores 
(cotistas), que se destinam à aplicação coletiva em carteira de títulos e valores mobiliários. [...] Representam 
grupos de investidores (condomínios) e oferecem a comodidade de administrar seus recursos monetários 
de maneira profissional, sem necessidade de os participantes dominarem técnicas de análise mais 
sofisticadas e manter grande fluxo de informações relativas ao mercado de capitais. 
Fortuna (2008) lembra que o segredo dos FIFs está justamente nessa ideia de condomínio, que é a conjunção de interesses em 
rentabilidade de um grande número de pessoas que, embora individualmente possam se retirar do fundo a qualquer momento, 
ainda restam sempre um bom número de participantes que o viabilizam e permitem aplicações rentáveis. 
Oliveira e Pacheco (2011, p. 187) ainda pontuam algumas características marcantes dos fundos de investimento: 
• Perfis diferenciados, a fim de atender às diversas necessidades dos investidores quanto a prazo, rentabilidade e perfil de risco. 
• Possibilita a terceirização da decisão de investimento para uma equipe profissional e especializada que utiliza ferramentas de 
gestão e análise sofisticadas, eliminando a necessidade de o investidor acompanhar o dia a dia do mercado para tomar decisões. 
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• Funciona como um investidor de longo prazo para a economia, porque, como os fundos de investimento contam com diversos 
cotistas, todos os dias alguns efetuam aplicações, enquanto outros efetuam resgates,de maneira que a probabilidade de que todos 
efetuem resgates simultaneamente é muito pequena. Logo uma parcela dos recursos permanecerá sempre aplicada no fundo de 
investimento, pois o recurso resgatado por um cotista é substituído pelo aplicado por outro. 
Veja que interessantes essas aplicações, pois, além de serem uma ótima opção de investimento, também são importantes para a 
economia, pois os recursos investidos em grande parte são aplicados em papéis do governo, papéis esses que são lançados no 
mercado para financiarem as atividades do poder público ou para rolagem da dívida pública. 
Os investidores talvez fiquem preocupados se os valores investidos realmente serão aplicados nos ativos que são indicados nos 
prospectos do fundo. Relativo a essa questão, é importante pontuar que os fundos de investimento, apesar de não terem 
personalidade jurídica própria, ou seja, não são empresas em si mesmos, eles têm sim um CNPJ próprio, ou seja, são registrados na 
junta comercial, para fins de prestação de contas quanto ao seu patrimônio. 
A preocupação com a aplicação correta dos recursos dos cotistas é importante e foi assegurada de forma definitiva após a crise da 
Ásia, em 1997, quando se formalizou a segregação dos recursos das instituições administradoras dos recursos dos cotistas, em um 
processo chamado de Chinese Wall, ou Muralha da China. Dessa forma, de acordo com Oliveira e Pacheco (2011, p. 188): 
[...] Os ativos que compõem a carteira de um fundo de investimento pertencem somente aos cotistas, 
estando registrados em nome do fundo. É importante ressaltar que o risco do investimento pertence 
exclusivamente ao cotista, tendo em vista que a instituição administradora, que pode ser vinculada ou não a 
um grande conglomerado financeiro, apenas presta um serviço de administração dos recursos e custódia 
dos títulos, não assumindo o risco do investimento, como ocorre no caso de um CDB, por exemplo. 
No Brasil, a supervisão dos fundos de investimento está ao cargo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que assumiu 
plenamente essa função desde 2004. 
O conceito de Chinese Wall aplica-se não somente à segregação dos recursos de cotistas dos fundos de 
investimento em relação ao patrimônio dos administradores do fundo, como também em situações de 
conflitos de interesse, como é o caso de uma mesma instituição financeira cuidar de um processo de fusão 
ou incorporação entre duas empresas, por exemplo, ao mesmo tempo em que detém uma carteira de 
investimentos de clientes em papéis dessas mesmas empresas. Deve haver uma total segregação entre os 
setores e pessoas envolvidas, pois, do contrário, o uso de informações privilegiadas configuraria crime. 
Fonte: o autor. 
Vamos entender mais alguns aspectos relevantes sobre fundos de investimento. Um aspecto é em relação à forma como se dá a 
constituição do condomínio de investidores. Sobre este aspecto, alguns fundos são classificados como fundos abertos e outros 
como fundos fechados. 
• Fundos abertos – são aqueles que não impõem qualquer restrição a saída dos cotistas. 
• Fundos fechados – são aqueles cuja quantidade de cotas foi emitida de forma limitada e distribuída a uma quantidade restrita de 
investidores. Após distribuídas, as cotas não podem ser resgatadas, exceto na data de encerramento do fundo; entretanto podem 
ser negociadas em bolsas de valores (OLIVEIRA e PACHECO, 2011, p. 192). 
Dois personagens (que são pessoas jurídicas) são fundamentais para que o Fundo de Investimento funcione e dê os resultados 
esperados: o Administrador e o Gestor da carteira do fundo. Quais são as responsabilidades desses atores? 
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Quadro 1 - Responsabilidades do Administrador e do Gestor da carteira do fundo 
Fonte: o autor, com base em Assaf Neto (2012). 
Segundo Oliveira e Pacheco (2011, pp. 198-199), a legislação permite a administração de recursos de terceiros por intermédio de 
um fundo de investimento por “bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimentos, caixas econômicas, sociedades de 
crédito, financiamento e investimento, sociedades corretoras e títulos e valores mobiliários ou sociedades distribuidoras de títulos 
e valores mobiliários”. 
Você já ouviu a expressão que “não existe almoço de graça”? Pois bem, é evidente que, pelos serviços prestados, é devida uma 
remuneração aos gestores do fundo. No Quadro 2, a seguir, você verá as principais taxas cobradas pelos gestores dos FIFs: 
Quadro 2 - Taxas cobradas em Fundos de Investimento 
Fonte: o autor, com base em Assaf Neto (2012) e Fortuna (2008). 
Outras taxas que podem incidir em fundos são as taxas de entrada e taxas de saída, porém são mais raras. A taxa de saída, por 
exemplo, vigorou em praticamente todos os FIFs há muitos anos, quando tínhamos a CPMF em vigor no país. 
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Outro apontamento importante com respeito a taxas é em relação ao percentual cobrado a título de taxa de administração. 
Quando observamos o desempenho de rentabilidade de um fundo divulgado pelos administradores, já estará deduzida essa taxa, 
que pode comprometer, é claro, o resultado final para o aplicador. 
Como Fortuna (2008, p. 473) lembra, “1% a mais de taxa de administração que o fundo cobra de seu investidor representa 1% a 
menos de taxa de remuneração que o fundo não proporciona ao investidor”. Por conta disso, é importantíssimo ao investidor 
conhecer essa taxa, pois algumas chegam a impressionantes 4% a.a. o que, convenhamos, é muito alta! 
Na prática, os FIFs costumam cobrar uma taxa de administração menor de grandes investidores e maior dos 
pequenos. Como essa prática pode afetar o atrativo deste mercado em relação à caderneta de poupança? 
Os FIFs, de fato, podem ser importante alternativa de aplicação financeira, mesmo para pequenos investidores. O que também é 
muito oportuno lembrar é que os FIFs podem atender a diferentes perfis de investidor, ou seja, costuma-se dizer que há fundos 
para todos os tipos de pessoas e para todos os tipos de bolso! 
Atender a diferentes perfis de investidores está relacionado ao fato de que há fundos de renda fixa e fundos de renda variável . 
Fortuna (2008, pp. 473-474) esclarece essa diferença: 
• Fundos de renda fixa : são compostos, em sua maioria, por aplicações em títulos que têm uma taxa de retorno fixa. Uma parcela 
menor de sua composição pode incluir ações e/ou títulos cuja taxa de retorno seja variável. 
• Fundos de renda variável : são aqueles cuja composição é, em sua maior parte, de aplicações em ações e/ou títulos cuja taxa de 
retorno é variável e, portanto, depende de seu desempenho no mercado. Se as ações e/ou títulos ou cotas que compõem o fundo 
tiverem um bom desempenho, o investidor lucra. Mas se o desempenho for ruim, ele perderá dinheiro. 
Assim, mesmo para investidores que têm gosto pelo risco, que preferem investimentos na renda variável, os FIFs podem atender a 
essa expectativa. 
Conheça a rentabilidade por tipo de fundo comparando-se 2013 com 2014. 
Fonte: ANBIMA (2015, p. 11). 
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CONHECENDO OS RISCOS 
ASSOCIADOS AOS FIFs 
Como qualquer outra aplicação financeira, os Fundos de Investimento Financeiros apresentam riscos associados, que precisam ser 
conhecidos pelos investidores no momento da tomada de decisão da aplicação. Esses riscos devem ser apresentados de forma 
transparente, pois alguns investidores possuem aversão a determinados riscos e não optariam por algum fundo que apresentasse 
um risco acima daquilo que acreditam ser razoável. 
Os investidores, ao serem abordados para fazerem a opção pelo FIF, geralmente são informados da remuneração histórica do 
fundo em questão, para sinalizar uma possível perspectiva de ganhos futuros. No entanto, uma máxima nomercado (que não está 
escrita em nenhum livro!) é que “rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura”! 
Existem alguns mecanismos para mensurar o quanto a rentabilidade de um fundo acompanha ou se distancia de sua média 
histórica. A variação da rentabilidade do fundo para mais ou para menos é chamada de volatilidade do fundo (ou seu desvio- 
padrão). Fortuna (2008, p. 471) explica que: 
[...] para medir a volatilidade de um fundo, considera-se a variação diária do valor da cota em determinado 
período de dias úteis. Compara-se a variação sucessiva a cada dia nas cotas e, utilizando-se um algoritmo 
matemático, chega-se a um índice da volatilidade que determina o grau de risco para o investidor. 
No século XXI, a taxa DI acumulou uma rentabilidade de 604,8%, aproximadamente, e a indústria de fundos 
ofereceu produtos que chegaram até a acumular 1.713,1% de retorno no período. Conforme estudo do 
Centro de Estudos em Finanças da FGV-EAESP, por volta de 27,1% dos fundos disponíveis aos investidores 
desde o início do século XXI obtiveram retorno acima da taxa DI acumulada no mesmo período, já deduzidas 
as despesas e taxas dos fundos. Isto é, o conhecimento e a seleção dos gestores é tarefa essencial do 
investidor na hora de aplicar seus recursos. 
Fonte: ANBIMA (2015, p. 93). 
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Uma técnica que é utilizada para apurar essa volatilidade é o chamado Índice de Sharpe (IS) , que, segundo Fortuna (2008), mede se 
os riscos que o investidor assumiu foram bem remunerados, considerando a volatilidade e a rentabilidade ajustadas e subtraindo- 
se o benchmark, que é uma referência de performance para os administradores, como, por exemplo, o CDI ou o Ibovespa. 
Os administradores do fundo são obrigados pela Circular 2654/96 a fazerem a marcação do valor das cotas do fundo a valor de 
mercado - mark to Market . Essa marcação a mercado indica que o valor da cota do fundo será atualizado todos os dias, logo após o 
encerramento dos mercados, refletindo, dessa forma, as oscilações dos preços dos ativos que compõem a carteira de fundo. Dos 
ativos do fundo são deduzidos os seus passivos, obtendo-se o patrimônio líquido, que em seguida é dividido pela quantidade de 
cotas do fundo, chegando-se ao valor atualizado (de mercado) da cota (OLIVEIRA e PACHECO, 2011). 
Imagine que um FIF tenha adquirido determinado ativo que, após a aquisição, apresentou desvalorização 
em seu valor de mercado. Caso o administrador do fundo não reconheça essa desvalorização e mantenha o 
ativo contabilizado por seu valor de aquisição, o saldo total do ativo do fundo de investimento será maior do 
que aquele que o administrador conseguiria se necessitasse vende-lo imediatamente no mercado. 
Portanto, se um cotista solicita um resgate, o administrador do fundo precisa vender ativos, para entregar o 
recurso do resgate ao cotista. Assim, no momento da venda, o administrador será obrigado a reconhecer o 
prejuízo porque vendeu o ativo a um preço inferior ao que estava contabilizado. Como o valor da cota do 
fundo já estava informado ao cotista que solicitou o resgate, esse recebe os recursos com base no preço em 
que o ativo estava contabilizado, e o prejuízo será arcado pelos demais cotistas que permaneceram com os 
recursos investidos no fundo. 
Fonte: adaptado de Oliveira e Pacheco (2011). 
Os demais riscos associados aos fundos de investimento seguem a mesma lógica de qualquer outro ativo mobiliário, ou seja, 
apresentam os seguintes riscos: 
1) Risco de Crédito : é o risco associado à possibilidade do não-recebimento das aplicações feitas pelo fundo. 
2) Risco de Mercado : são riscos associados aos principais ativos que compõem a carteira do fundo, como por exemplo, moeda, taxa 
e prazo. O risco de liquidez está bastante presente na administração do fundo de investimento. 
3) Risco Operacional : está ligado aos diversos riscos operacionais da atividade da própria instituição financeira, administradora do 
fundo, que vão desde modelos matemáticos inadequados para precificação de posições; má formalização das transações; controle 
inadequado de novos clientes; erros na formação de cotas, entre outros (BRITO, 2005, p. 137). 
Complementando este rol de riscos associados aos Fundos de Investimento, Assaf Neto (2012, p. 340) ainda elenca: 
• Risco de liquidez – reflete as dificuldades que podem ser encontradas para a venda de títulos da carteira de investimentos, 
explicadas pela baixa liquidez de recursos no mercado ou falta de atratividade na compra dos títulos. 
• Risco sistêmico – é determinado pelo comportamento da conjuntura, tanto nacional como internacional, que atua sobre as taxas 
de juros do mercado, câmbio e preços em geral. 
Entre os diversos tipos de fundos existentes no mercado, os que possuem em carteiras ações de empresas 
ganham características de renda variável. Por que é importante considerar o risco de liquidez no caso 
desses fundos? 
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Portanto, ao escolher um Fundo de Investimento, o aplicador precisa conhecer estes riscos e fazer a opção de forma consciente. 
OPERAÇÕES E TRIBUTAÇÃO EM FIFs 
Conforme vimos, um atrativo dos FIFs é sua acessibilidade a vários tipos de investidores. Podemos destacar ainda seu caráter 
“democrático”, ou seja, pela lógica do FIF, os investidores são equiparados quando do crédito de seus rendimentos. Não importa se 
o investidor investiu “um tostão” ou “um milhão”, o rendimento é o mesmo para ambos, em termos percentuais. 
O valor das cotas varia de um dia para outro e é importante que o investidor acompanhe essa performance. 
Vamos entender como se dá a valoração (para mais ou para menos) de um Fundo de Investimento? 
Assaf Neto (2012) nos dá o seguinte exemplo: 
Um Fundo de Investimento que é formado por 10.000 cotas de R$10,00 cada uma, formando, dessa forma, um patrimônio de 
R$100.000,00. 
Podemos também fazer o raciocínio inverso: um fundo é constituído com um capital de R$100.000,00 e se decide emitir 10.000 
cotas para representar esse patrimônio, de modo que o valor da cota será de R$10,00 cada. 
Podemos imaginar um cotista que possua 2.500 cotas, portanto, 25% do patrimônio do Fundo. 
Pois bem, o passo seguinte é adquirir os ativos que comporão a carteira do fundo, conforme definido em seu regulamento e 
prospecto. Pense que foram adquiridas com o valor investido de R$100.000,00 um total de 50.000 ações de uma empresa, ao valor 
de R$2,00 por ação. Essas ações podem se valorizar ou desvalorizar com o tempo. Ao final de um mês, por exemplo, se a ação se 
valorizou no mercado para R$2,40, houve uma valorização de 20% no patrimônio do fundo. A cota então passará a valer R$12,00, 
tanto para a saída de um investidor (quando ele venderá suas cotas) como para entrada de um novo investidor (que vai adquirir as 
cotas ao preço de R$12,00 cada). 
Assim, fica claro que o valor da cota do fundo de investimento é calculado todos os dias, dividindo-se o patrimônio a valor de 
mercado pela quantidade de cotas emitidas. Simples, não acha? 
Quando o assunto é operação dos fundos de investimento, é bem oportuno lembrar que, além da CVM regular fortemente o 
mercado, para dar tranquilidade aos investidores e estabilidade ao próprio mercado, também os participantes do mercado de 
capitais têm o maior interesse que esses produtos financeiros sejam atrativos perante os seus públicos. Para isso, essas 
instituições se autorregulam, por meio de entidades representativas, como é o caso da Associação Brasileira das Entidades dos 
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Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). 
A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) foi criada em 2009, 
absorvendo as atividades de outras duas entidades:a Associação Nacional dos Bancos de Investimento 
(Anbid) e a Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima), reconhecendo a 
importância do mercado de capitais para o Brasil. 
Atualmente, a Anbima representa mais de 300 associados, entre bancos comerciais e múltiplos, bancos de 
investimento, administradores de carteiras e outros participantes do mercado. 
No link, a seguir, você encontrará mais dessa interessante história: http://goo.gl/Y1Hd9w . 
Fonte: o autor. 
O mercado dos fundos de investimento passou por uma reestruturação importante, por meio da Instrução CVM 555 de 17 de 
dezembro de 2014, que revogou as anteriores Instruções CVM 409/04, 411/04, 413/04, 522/12, 524/12, 536/13 e 549/14, além 
dos arts. 1º a 11 e 14 da Instrução 450/07; os arts. 1º a 3º da Instrução 456/07; os arts. 1º e 2º da Instrução 465/08 e os arts. 1º a 
2º da Instrução 512/11. 
Por essa nova Instrução CVM 555/14, define-se no Capítulo III Seção I, Fundo de Investimento como: 
Art. 3º O fundo de investimento é uma comunhão de recursos, constituído sob a forma de condomínio, 
destinado à aplicação em ativos financeiros. 
Art. 4º O fundo pode ser constituído sob a forma de condomínio aberto, em que os cotistas podem solicitar 
o resgate de suas cotas conforme estabelecido em seu regulamento, ou fechado, em que as cotas somente 
são resgatadas ao término do prazo de duração do fundo. 
Parágrafo único. Desde que expressamente autorizado pelo regulamento ou pela assembleia geral de 
cotistas, o fundo pode destinar diretamente aos cotistas as quantias que lhe forem atribuídas a título de 
dividendos, juros sobre capital próprio, reembolso de proventos decorrentes do empréstimo de valores 
mobiliários, ou outros rendimentos advindos de ativos financeiros que integrem sua carteira. 
Art. 5º Da denominação do fundo deve constar a expressão “Fundo de Investimento”, acrescida da 
referência à classificação do fundo, que deve observar o estabelecido na Seção VI do Capítulo IX. 
Parágrafo único. À denominação do fundo não podem ser acrescidos termos ou expressões que induzam 
interpretação indevida quanto a seus objetivos, sua política de investimento, seu público alvo ou o eventual 
tratamento tributário específico a que estejam sujeitos o fundo ou seus cotistas, observado o disposto no § 
1º do art. 108 (CVM, 2014, p. 8-9). 
Sobre a classificação de fundos como de renda fixa, a Instrução CVM 555/14 determina o seguinte: 
Art. 110. O fundo classificado como “Renda Fixa” deve possuir, no mínimo, 80% (oitenta por cento) da 
carteira em ativos relacionados diretamente, ou sintetizados via derivativos, ao fator de risco que dá nome 
à classe. Art. 111. O fundo classificado como “Renda Fixa” que atenda às condições abaixo deve incluir, à sua 
denominação, o sufixo “Curto Prazo”: 
I – aplique seus recursos exclusivamente em: 
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a) títulos públicos federais ou privados pré-fixados ou indexados à taxa SELIC ou a outra taxa de juros, ou 
títulos indexados a índices de preços, com prazo máximo a decorrer de 375 (trezentos e setenta e cinco) 
dias, e prazo médio da carteira do fundo inferior a 60 (sessenta) dias; 
b) títulos privados com prazo de que trata a alínea “a” e que sejam considerados de baixo risco de crédito 
pelo gestor; 
c) cotas de fundos de índice que apliquem nos títulos de que tratam as alíneas “a” e “b” e atendam ao inciso 
II; e 
d) operações compromissadas lastreadas em títulos públicos federais; e 
II – utilize derivativos somente para proteção da carteira (hedge) (CVM, 2014, p. 72-73). 
Esta mesma Instrução CVM 555/14 estabelece uma classificação para os Fundos de Investimento, relacionada à composição de 
sua carteira, da seguinte forma: 
Art. 108. Quanto à composição de sua carteira, os fundos de investimento e os fundos de investimento em 
cotas, classificam-se em: 
I – Fundo de Renda Fixa; 
II – Fundo de Ações; 
III – Fundo Multimercado; e 
IV – Fundo Cambial. 
§ 1º O fundo que dispuser, em seu regulamento, que tem o compromisso de obter o tratamento fiscal 
destinado a fundos de longo prazo previsto na regulamentação fiscal vigente estará obrigado a: 
I – incluir a expressão “Longo Prazo” na denominação do fundo; e 
II – atender às condições previstas na referida regulamentação de forma a obter o referido tratamento 
fiscal (CVM, 2014, p. 70-71). 
Além dessa classificação de fundos baseada na composição de suas carteiras, a CVM também elenca as seguintes classes de 
fundos: 
Quadro 3 - Classes de fundos de acordo com a CVM 
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Fonte: o autor, com base em CVM (2014). 
Há muitos outros esclarecimentos e atualizações importantes nessa nova Instrução CVM 555/14. É altamente recomendável que 
você faça uma leitura na íntegra de seu conteúdo. 
Porém, como informado acima, o próprio mercado se autorregula por meio de entidades representativas, como a Anbima. 
Seguindo as reformas contidas na nova Instrução CVM 555/14, a Anbima também publicou em 2015 uma série de informes sobre 
mudanças na classificação dos fundos de investimento. Na reestruturação da Anbima para os fundos de investimento, a entidade 
declara que 
A classificação busca agregar as diversas opções de carteira oferecidas por meio de fundos de investimento, 
de acordo com determinadas características do portfólio. Assim, ela leva em consideração as classes de 
ativos que compõem essa carteira, seus prazos e riscos, além dos estilos e estratégias de gestão. 
Ao dividir os fundos em tipos ou categorias que expressam objetivos e políticas de investimento similares, a 
classificação viabiliza a comparabilidade entre os fundos e dos fundos com outras opções de investimento 
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ou benchmarks. Também ajuda no processo de seleção e decisão de investimento, na medida em que facilita 
a identificação dos fundos mais aderentes às necessidades do investidor. Desta forma, a classificação 
permite a adequada comparação entre fundos ou mesmo entre esses e outras opções de investimento 
(ANBIMA, 2015, p. 4). 
Os profissionais que atuam na prospecção e venda de produtos de investimento podem ser certificados por 
meio de um exame, denominado CPA-10 ou CPA-20. CPA é sigla para Profissional Certificado Anbima. 
Podem prestar esse exame profissionais ligados às instituições participantes da Anbima ou qualquer pessoa 
física, até mesmo estudantes. O certificado tem validade de 5 anos para profissionais ligados às instituições 
participantes da Anbima e 3 para os demais interessados. 
Fonte: o autor. 
Dentro desta proposta, a Anbima organizou os fundos em 3 níveis em que se obedece uma hierarquia que parte das classes de 
ativos para chegar às estratégias mais específicas. 
Também como é praxe no mercado global, parte da política de investimento dos fundos e busca explicitar da 
forma mais clara possível as estratégias e riscos associados às opções de carteiras que resultam dessas 
políticas. [...] O primeiro nível da classificação ANBIMA reflete as classes definidas pela CVM por meio da 
Instrução nº 555/14. O segundo nível busca explicitar o tipo de gestão e os riscos a ele associados, fazendo, 
sempre que possível, a analogia com gestão ativa ou indexada (passiva) para todas as classes de ativos. O 
terceiro nível traz a estratégia específica do fundo (ANBIMA, 2015, p. 8). 
A Figura 1, a seguir, representa estes 3 níveis da Anbima: 
Figura 1 - Níveis de classificação de fundos da Anbima 
Fonte: Anbima (2015, p. 8). 
Mais uma vez, é necessário que você se inteire das alterações, pois impactam nas decisões de investimento dos aplicadores em 
fundos. 
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Tributação emFundos de Investimento 
Os Fundos de Investimento, semelhante a outras aplicações financeiras - com exceção da Poupança destinada a Pessoas Físicas e 
Organizações sem Fins Lucrativos - são tributados. Você não achou que o governo iria perder a oportunidade de abocanhar parte 
de seus rendimentos, não é? 
Basicamente, são dois os principais tributos incidentes nos Fundos de Investimento: o Imposto sobre Operações de Crédito, 
Câmbio e Seguro ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF) e o Imposto de Renda (IR). 
O governo incentiva a permanência do investidor nos Fundos de Investimento - que, afinal, são grandes compradores de papéis da 
União - estabelecendo alíquotas regressivas dos dois impostos. 
Veja no quadro a seguir que o IOF incide apenas nos 30 primeiros dias da aplicação no FIF. Portanto, para fins de orientação ao 
investidor, via de regra informa-se que o tempo de permanência mínimo para compensar o IOF é de 30 dias, embora o investidor 
tenha a liberdade de resgatar - no caso dos fundos abertos - quando desejar. 
Quadro 4 - Incidência de IOF sobre Fundos de Investimento 
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Fonte: Oliveira e Pacheco (2011, p. 237). 
No caso do Imposto de Renda, este incide sobre o rendimento líquido do Fundo, já deduzido o IOF, cobrado no momento do 
resgate ou no final do período estabelecido pela legislação em vigor, o que ocorrer primeiro (FORTUNA, 2008). 
Como o governo tem interesse em que os investidores apliquem em fundos que tenham em sua carteira 
títulos públicos federais, que outros incentivos, além da redução da carga tributária, você consideraria 
importantes para atrair novos investimentos? 
Há interesse do governo para que o investidor permaneça mais tempo com seus recursos aplicados, por isso, também no caso do 
IR, a alíquota é decrescente de acordo com a composição da carteira e do tempo de aplicação. 
No quadro a seguir você vê representadas essas alíquotas: 
Quadro 5 - Incidência de IR sobre Fundos de Investimento 
Fonte: Oliveira e Pacheco (2011, p. 236). 
Como você percebe no Quadro 5, outra característica do IR sobre os FIFs é sua cobrança semestral, independente do resgate, em 
um sistema que ficou conhecido no mercado como “come-cotas”. 
Essa cobrança acontece sempre no último dia útil dos meses de maio e novembro, e funciona como uma simulação do que seria 
cobrado caso o investidor fosse resgatar o valor investido. Não há nenhuma forma de fugir desta cobrança. 
O percentual de imposto cobrado pelo “come-cotas” corresponde à alíquota mínima, de acordo com o tipo de investimento: 20% 
no caso de fundos de curto prazo e 15% no caso de fundos de longo prazo. Lembre-se: incide sobre o rendimento, e não sobre o 
montante aplicado. 
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O Atrativo dos Fundos Imobiliários 
O sonho de muitos investidores é possuir um imóvel para auferir renda (aluguel) ou lucro com a venda por valor maior que a 
compra. Infelizmente, a concretização desse sonho é reservada a poucos investidores de maior capacidade financeira. Bem, pelo 
menos era assim, antes do advento dos Fundos de Investimento Imobiliário (FII - são as iniciais do fundo, e não o número 2 em 
algarismos romanos!). 
Os FIIs possibilitam que mesmo investidores com menor capacidade financeira tornem-se aplicadores em imóveis, por meio de 
cotas de um fundo de investimento. Os FIIs são fundos do tipo fechado, ou seja, suas cotas são lançadas ao mercado e, depois de 
totalmente comercializadas, o fundo fecha a entrada de novos cotistas. De acordo com Assaf Neto (2012, p. 345): 
Os ganhos do fundo são geralmente provenientes de receitas de locação e ganhos na alienação de imóveis 
adquiridos. As locações mais comuns são de salas comerciais e escritórios, prédios comerciais e shopping 
centers. O ganho na alienação é determinado pela valorização do imóvel na venda, sendo o resultado da 
alienação maior do que o valor aplicado em sua aquisição. 
A destinação dos recursos dos FIIs, portanto, podem ser para: 
[...] a aquisição de imóveis rurais ou urbanos, construídos ou em construção, destinados a fins comerciais ou 
residenciais, bem como para a aquisição de títulos e valores mobiliários ligados ao setor imobiliário, tais 
como cotas de outros FIIs, Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), 
ações de companhias do setor imobiliário etc (BM&FBOVESPA, on-line)¹. 
Muitos conglomerados financeiros alienaram os imóveis que ocupam para fundos de investimento imobiliários. Essa ação foi 
vantajosa para essas instituições, pois permitiu sua capitalização a um custo muito baixo e, afinal de contas, o negócio de uma 
instituição financeira não é ter prédios, mas intermediar recursos financeiros. Pelo outro lado, os investidores dos FIIs que 
passaram a ser proprietários desses prédios, passaram a ter inquilinos com risco quase nulo e uma renda segura de alugueis. 
Oliveira e Pacheco (2011) lembram que a Lei 9.779 de 19 de janeiro de 1999 determina que o FII distribua aos cotistas, pelo menos 
a cada seis meses, 95% do seu rendimento. Interessante, não é verdade? 
Como são fundos do tipo fechado, os cotistas que quiserem vender suas cotas poderão fazê-lo a terceiros, por meio de corretoras, 
por exemplo. Embora sejam muito atrativos, é importante lembrar que os FIIs, como qualquer outro investimento, também 
carregam riscos, que são: 
Mercado financeiro – os FII podem sofrer os mesmos riscos presentes no mercado financeiro e nas 
empresas. Eventualmente, os riscos podem afetar certos tipos de imóveis ou imóveis localizados em regiões 
específicas; 
Taxa de ocupação imobiliária – é determinada pela taxa de crescimento econômico. Uma redução nesta 
taxa de ocupação, por exemplo, pode tanto produzir uma diminuição nas receitas de aluguéis, como uma 
desvalorização de seus preços; 
Liquidez reduzida – os FIIs ainda são poucos conhecidos no mercado financeiro nacional, o que gera uma 
menor liquidez principalmente se comparados com outras alternativas de investimentos financeiros 
disponíveis. Isto pode determinar uma maior dificuldade dos investidores em negociar suas cotas no 
mercado secundário (baixa liquidez) (ASSAF NETO, 2012, p. 345-346). 
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É a instrução CVM 472/2008 que regulamenta os FIIs no Brasil. Não deixe de ler! 
Investidores Qualificados e Investidores Profissionais 
Alguns investidores têm classificações específicas junto a CVM, por conta de seu perfil ou capacidade de investimento. Por serem 
classificados desta forma, obedecem a regras específicas para aplicações financeiras. A Instrução CVM 554 de 17 de dezembro de 
2014 readequou a classificação do que se denomina investidor qualificado e estabeleceu uma nova figura, a do investidor 
profissional. 
De acordo com essa Instrução, são investidores profissionais: 
Art. 9º- A - São considerados investidores profissionais: 
I – instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil; 
II – companhias seguradoras e sociedades de capitalização; 
III – entidades abertas e fechadas de previdência complementar; 
IV – pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a R$ 
10.000.000,00 (dez milhões de reais) e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor 
profissional mediante termo próprio, de acordo com o Anexo 9-A; 
V – fundos de investimento; 
VI – clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por administrador de carteira de valores 
mobiliários autorizado pela CVM; 
VII – agentes autônomos de investimento, administradores de carteira, analistas e consultores de valores 
mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus recursos próprios; 
VIII – investidores nãoresidentes. (NR) (CVM, 2014, p. 2). 
Por sua vez, os investidores qualificados, de acordo com a Instrução CVM 554/14 são: 
Art. 9º-B - São considerados investidores qualificados: 
I – investidores profissionais; 
II – pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a R$ 
1.000.000,00 (um milhão de reais) e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor 
qualificado mediante termo próprio, de acordo com o Anexo 9-B; 
III – as pessoas naturais que tenham sido aprovadas em exames de qualificação técnica ou possuam 
certificações aprovadas pela CVM como requisitos para o registro de agentes autônomos de investimento, 
administradores de carteira, analistas e consultores de valores mobiliários, em relação a seus recursos 
próprios; e 
IV – clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por um ou mais cotistas, que sejam 
investidores qualificados. (NR) (CVM, 2014, p. 3). 
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Alguns fundos de investimento são formatados e exclusivamente destinados para investidores qualificados. 
INVESTIR SEM RISCO? CONHECENDO 
OS PAPÉIS DO GOVERNO: O TESOURO 
DIRETO 
Investir com baixo risco - ou risco nulo - é o desejo de grande parte dos aplicadores não só no Brasil, como em qualquer lugar do 
mundo. Em economias mais desenvolvidas, os governos dos países lançam títulos de dívida no mercado para financiarem projetos 
de interesse do estado, com a promessa de quitar o título no vencimento mediante o pagamento de uma remuneração combinada. 
Esses títulos de dívida de países com economia relativamente estável são considerados de baixíssimo risco e podem oferecer 
retornos muito interessantes. 
Proite (2009) pontua que financiar-se com recursos do público não é novo entre as nações. Segundo o autor, registros de 
atividades de captação de recursos são encontrados na França do século XVII para financiar a Guerra dos 30 Anos e, no século 
seguinte o Reino Unido fez o mesmo. 
Precisamos conhecer melhor aqui a definição de stakeholders . As versões em português do PMBOK® os 
denominam como “partes interessadas” do projeto. Porém, o conceito vai um pouco, além disso. 
Independentemente da natureza (origem) do projeto, os stakeholders são aqueles afetados direta ou 
indiretamente e que podem também impactar de forma direta ou indireta os resultados do projeto. São 
classificados muitas vezes de acordo com seu nível de poder (autonomia e autoridade) e de interesse (nos 
resultados satisfatórios) do projeto. Além disso, se não forem gerenciados de maneira adequada podem se 
tornar uma potencial fonte de riscos para o projeto. Os stakeholders têm um papel fundamental na Gestão 
de Riscos. Muitos farão parte do ‘time de riscos’ do projeto e contribuirão não só na identificação como nas 
possíveis soluções propostas por eles mesmos. É muito comum que alguns stakeholders se apresentem 
muitas vezes como os especialistas nos assuntos referentes a determinados riscos do projeto. 
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Fonte: PMI (2013). 
O governo federal do Brasil também abriu a possibilidade de que investidores dos mais diferentes perfis investissem em papéis de 
dívida do governo, em um sistema chamado de Tesouro Direito. De acordo com Oliveira e Pacheco (2011, p. 133), o Tesouro 
Direto: 
[...] é um programa de compra e venda de títulos públicos, desenvolvido pelo Tesouro Nacional em parceria 
com a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). Consiste na oferta diária de títulos públicos 
de renda fixa por parte do Tesouro Nacional, diretamente para pessoas físicas, via Internet. O Tesouro 
garante a liquidez semanal, pois, toda quarta-feira, o investidor pode vender os títulos adquiridos, também 
pela internet. 
Sobre a questão do risco desse tipo de investimento, Proite (2009, p. 444) classifica que “na maioria dos casos, o governo pode ser 
reconhecido como o único tomador de empréstimos livre de risco de crédito, fato este de particular importância para aqueles que 
são a fonte primária de poupança”. 
Sobre o histórico desse tipo de investimento, Proite (2009, p. 445) nos relata que: 
O Tesouro Direto (TD) começou a ser concebido pelo Tesouro Nacional em 2001, tendo como principais 
objetivos a democratização do acesso a títulos públicos, a disseminação do conceito de dívida pública, o 
incentivo à formação de poupança de médio e longo prazos e o aumento da base de demandantes dos 
títulos públicos. Em 6 de novembro de 2001, foi celebrado Acordo de Cooperação Técnica entre o Tesouro 
Nacional (TN) e a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), com vistas à oferta pública de 
títulos federais pela internet. Em 12 de dezembro de 2001, foi publicada a Portaria STN nº 554, que regula a 
oferta pública de títulos pela internet. Finalmente, em 7 de janeiro de 2002, foi iniciada a oferta de títulos 
públicos no site da internet http://www.gov.br/tesouronacional . 
Para investir nessa modalidade, basta que o investidor resida no Brasil e possua CPF, conta corrente em algum banco ou corretora 
cadastrados em alguma das quase 70 instituições que são habilitadas a trabalhar com o programa. Estas instituições são chamadas 
de agentes de custódia (PROITE, 2009). 
Em junho, o volume de vendas líquidas do Programa Tesouro Direto atingiu o valor de R$ 976,8 milhões, 
melhor desempenho observado desde a criação do programa, em 2000. O número de investidores que 
passaram a ter posição ativa no TD em um único mês também foi o maior nesses 15 anos, chegando a 
10.583, contra 7.359 verificados em março de 2015, recorde anterior. O valor expressivo em vendas 
líquidas foi observado em razão das vendas de R$ 1,1 bilhão em títulos, o segundo melhor da história, e de 
resgates de R$ 179,8 milhões no mesmo mês. 
Fonte: Ministério da Fazenda (TESOURO..., on-line)². 
Os principais títulos públicos federais comercializados pela modalidade do Tesouro Direto estão demonstrados no Quadro 6, a 
seguir: 
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Quadro 6 - Principais títulos federais comercializados no Tesouro Direto 
Fonte: Oliveira e Pacheco (2011, p. 133). 
Sobre a tributação no Tesouro Direto, Proite (2009, p. 451) esclarece: 
Os impostos cobrados no Tesouro Direto são os mesmos dos demais investimentos em renda fixa, e seu 
recolhimento é responsabilidade dos agentes de custódia. Há cobrança de Imposto de Renda (IR) regressivo 
com o tempo, incidente sobre o rendimento nominal dos títulos, e nos investimentos com prazo inferior a 
trinta dias incide o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A principal diferença em relação aos fundos 
de investimento está no fato de que o IR sobre os títulos públicos é cobrado apenas no momento do 
pagamento de juros ou no resgate da aplicação. Os fundos de investimento, por sua vez, sofrem um 
desconto semestral de IR, que se traduz em redução do número de cotas que o aplicador possui e em menor 
rentabilidade no longo prazo em comparação com a compra direta de títulos públicos. 
Certamente, vale a pena conhecer essa modalidade de investimento! 
Para um investidor de perfil conservador ou moderado, a poupança sempre foi uma opção de investimento 
atrativa. Por que razão investidores com esses perfis também podem considerar o Tesouro Direto como 
alternativa para suas aplicações? 
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ATIVIDADES 
1. Os Fundos de Investimento são alternativas para investidores de todos os tipos, mesmo para os poupadorestradicionais. Sobre 
fundos de investimento, é correto afirmar que: 
a) São títulos públicos vendidos diretamente pelas agências bancárias e isentos de risco ao investidor. 
b) Guardam a ideia de condomínio, com vários investidores buscando rentabilidade em suas aplicações. 
c) Não têm opção de aplicação em renda variável, o que limita o risco para papéis com taxa conhecida. 
d) São exclusivamente formados por papéis de renda variável, com investimento em ações de grandes empresas. 
e) São destinados unicamente para grandes aplicadores que possuem recursos para investir mesmo com risco. 
2. Algumas características que marcam os Fundos de Investimento devem ser previamente conhecidas pelos investidores. Entre 
essas, leia as afirmativas a seguir: 
I) Os Fundos de Investimento atendem a perfis diferenciados, para atender a necessidades diversas quanto a prazo, rentabilidade 
e risco. 
II) Os valores investidos nos Fundos de Investimento são agrupados ao patrimônio das instituições administradoras, aumentando 
o risco do investimento. 
III) O administrador do fundo é quem cria o fundo e tem a responsabilidade perante os cotistas, não podendo terceirizar nenhuma 
atividade de sua competência. 
IV) Podem administrar recursos de terceiros, segundo a legislação vigente, apenas instituições bancárias que tenham a 
configuração de bancos múltiplos. 
É correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) II e III, apenas. 
d) I, II e IV, apenas. 
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e) I, II, III e IV. 
3. Aplicar em fundos de investimento exige cuidados em relação aos custos dessa modalidade, bem como ao tipo de fundo que se 
deseja aderir. Sobre isso, avalie as afirmações a seguir e a relação proposta entre elas: 
I - Um fundo pode cobrar taxa de performance toda vez que obtiver um ganho idêntico ao pactuado com os investidores. 
PORQUE 
II - O percentual da taxa de performance é fixado pela própria administradora do Fundo e previsto em seu regulamento, sendo 
cobrada sobre o valor total da aplicação de cada cotista, independentemente do resultado auferido. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: 
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. 
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. 
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
e) As asserções I e II são proposições falsas. 
4. O investimento em fundos não é isento de riscos e uma remuneração passada não garante uma rentabilidade futura. Sobre 
riscos em fundos de investimento, é correto afirmar: 
a) O índice de Sharpe é uma referência para os aplicadores, pois oferece uma projeção da rentabilidade futura, ignorando o que 
ocorreu no passado. 
b) Os administradores podem manter as cotas dos fundos atreladas aos valores de aquisição, sem correção, em um movimento 
chamado de mark to Market. 
c) A marcação a mercado significa que os administradores atualizarão as cotas do fundo diariamente, refletindo as oscilações do 
mercado. 
d) A volatilidade de um fundo é calculada pela variação do valor das cotas, calculada em um período não inferior a um ano, 
comparando-se com anos anteriores. 
e) Benchmark, para fins de cálculo de risco, refere-se à performance de rentabilidade da caderneta de poupança como referencial 
para os fundos de investimento. 
5. Quando falamos de riscos em fundos de investimento, há algumas classificações que são utilizadas comumente na literatura 
sobre este tema. Assim, analise as afirmativas a seguir: 
I) Risco de crédito é a possibilidade do não recebimento das aplicações feitas pelo fundo. 
II) Risco de liquidez refere-se às dificuldades que podem ser encontradas para venda dos títulos da carteira de investimentos. 
III) Riscos operacionais englobam modelos matemáticos inadequados, má formalização das transações, erro na formação de 
cotas, entre outros. 
IV) Risco sistêmico está relacionado ao comportamento da conjuntura, que pode ser nacional ou internacional e impacta nas taxas 
de juros, cambio e preços em geral. 
É correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) I e II, apenas. 
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c) II e III, apenas. 
d) I, II e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
6. Algumas readequações e atualizações forma realizadas em 2014 e 2015 tanto pela CVM quanto pela ANBIMA que trouxeram 
novidades para os fundos de investimento. 
Sobre estas atualizações, leia as afirmações a seguir: 
I) O fundo classificado como “Renda Fixa” deve possuir, no mínimo, 80% (oitenta por cento) da carteira em ativos relacionados 
diretamente, ou sintetizados via derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe. 
II) Os fundos de curto prazo devem investir seus recursos, exclusivamente, em títulos públicos federais ou privados de curto prazo 
e de baixo risco de crédito. 
III) Quanto à composição da carteira, os fundos podem ser classificados em renda fixa, fundos de poupança, fundo cambial e 
multimercados. 
IV) Os fundos de ações devem investir no mínimo 67% do seu patrimônio em ações que sejam admitidas à negociação em 
mercado de bolsa ou balcão organizado ou em ativos relacionados. 
É correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) II e III, apenas. 
d) I, II e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
7. Além de custos relacionados à administração do Fundo de investimento, outras questões devem ser levadas em consideração 
pelos aplicadores, como é o caso da tributação. Sobre tributação, leia as afirmações a seguir: 
I) Sobre os fundos de investimento incidem tributos, que são descontados da rentabilidade da aplicação. 
II) Tanto o IR quanto o IOF apresentam alíquotas regressivas, dependendo do prazo que os valores ficarem aplicados. 
III) O IOF é um tributo que incide sobre os fundos de investimento e cuja alíquota é zerada a partir do 15º dia de aplicação. 
IV) A alíquota máxima do IR é de 30% sobre aplicações de curto prazo com prazo de até 6 meses. 
É correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) II e III, apenas. 
d) I, II e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
8. Os governos lançam títulos de suas dívidas para diversos propósitos. O governo brasileiro não é diferente. Sobre os títulos do 
governo, comercializados ao público, avalie as afirmações a seguir: 
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I) O Tesouro Direto é um programa de compra e venda de títulos públicos, desenvolvido pelo Tesouro Nacional em parceria com a 
CBLC. 
II) Um dos atrativos do Tesouro Direto é o risco baixo, além da liquidez semanal, pois toda quarta-feira o investidor pode vender 
os títulos. 
III) Alguns dos títulos comercializados pelo Tesouro Direto são a LFT, a LTN, a NTN-B, entre outros. 
IV) São permitidas aplicações no Tesouro Direto para pessoas físicas que residam no Brasil, possuam CPF e conta em instituições 
habilitadas a trabalhar com o sistema. 
É correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) II e III, apenas. 
d) I, II e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
9. Sobre o Tesouro Direto, assim como em boa parte das aplicações financeiras, incide tributos. Sobre este tema, leia as afirmações 
a seguir e a relação proposta entre elas: 
I - Os tributos incidentes sobre a aplicação no Tesouro Direto são IR e IOF. 
PORQUE 
II - Não há diferença na incidência dos tributos IR e IOF entre os fundos de investimento e as aplicações no Tesouro Direto. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: 
a) As asserções I e II são proposiçõesverdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. 
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. 
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
e) As asserções I e II são proposições falsas. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
São várias as alternativas de investimento para aplicadores disponíveis no mercado de capitais. Além de investimentos 
tradicionais, como caderneta de poupança e depósito a prazo, há modalidades muito atrativas, como é o caso dos fundos de 
investimento financeiro. Esses fundos possuem alguns atrativos que podem ser muito interessantes para os aplicadores. 
Entre os atrativos está o fato de que eles são bastante simples de operar, sendo os do tipo aberto formatados para permitir a 
entrada e saída de investidores a qualquer momento, com o crédito da rentabilidade calculada até o dia do resgate. 
Há fundos para praticamente todo perfil de investidor, do conservador ao agressivo. Isso porque os fundos podem ser do tipo 
renda fixa ou de renda variável. Assim, é possível atender os que têm apetite por uma rentabilidade mais elevada, mesmo correndo 
riscos maiores, bem como aquele investidor que zela pela segurança. 
Além dos fundos de investimento financeiros, há também a possibilidade de investir em imóveis através de Fundos de 
Investimento Imobiliário. Essa modalidade permite que, mesmo aplicadores com poucos recursos, possam participar em 
investimentos em imóveis de alto padrão, como os utilizados por bancos, salas comerciais, shopping centers, e outros. Sem dúvida, 
um grande atrativo. 
Além dessas possibilidades, outra modalidade que atrai investidores que tem aversão ao risco é o Tesouro Direito, um programa de 
compra de títulos da dívida pública federal, que permite aplicações até mesmo por pequenos poupadores. Os títulos públicos 
federais são considerados os mais seguros do mercado, o que não é pouco em épocas de crise. 
É importante observar que o investidor precisa buscar informações sobre as modalidades disponíveis, para escolher aquele que 
mais se adeque ao seu perfil e expectativas. Os fundos disponibilizam prospectos e o regulamento para que essas informações 
possam ser obtidas. 
O próprio mercado de capitais procura também oferecer informações através de entidades organizadas pelas instituições 
participantes, destacando-se o papel da Anbima, que desempenha um papel importante na autorregulação do setor. 
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Material Complementar 
Leitura 
Manual dos Mercados Financeiro e de Capitais 
Autor: José Maria Porto 
Editora: Atlas 
Ano: 2015 
Sinopse : escrever um livro não é uma tarefa das mais fáceis. Requer 
tempo, paciência e muita pesquisa. É um desafio maior ainda para aqueles 
que não se dedicam exclusivamente à produção literária. O autor é um 
reconhecido profissional do mercado financeiro há mais de 26 anos e 
ministra aulas há quase 15 em cursos de graduação, MBAs e cursos 
preparatórios para CPA10, CPA20, CNPI e agente autônomo de 
investimentos. Daí o caráter objetivo, prático e didático do livro. Ele 
realiza uma viagem sequencial na linha de conhecimento sobre o 
Mercado Financeiro e de Capitais, contemplando 11 capítulos, iniciando- 
se com a apresentação do Sistema Financeiro Nacional e ao final 
discorrendo sobre a tributação incidente sobre os diversos 
investimentos. 
Comentário : é muito importante para todo estudante e profissional que 
atue na área de finanças e mesmo para investidores iniciantes. Dá um 
panorama sobre as características desses fascinantes mercados do 
Sistema Financeiro Nacional. 
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REFERÊNCIAS 
ANBIMA. Cartilha da nova classificação dos fundos . Rio de Janeiro: Anbima, 2015. 
ANBIMA. Indústria de fundos de investimento : anuário 2015. Rio de Janeiro: Anbima FGV, 2015. 
ASSAF NETO, Al. Mercado financeiro . 11. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
BRITO, O. Mercado financeiro : estruturas, produtos, serviços, riscos, controle gerencial. São Paulo: Saraiva, 2005. 
CVM. Instrução Normativa 554 de 17 de dezembro de 2014. 
CVM. Instrução Normativa 555 de 17 de dezembro de 2014. 
FORTUNA, E. Mercado financeiro : produtos e serviços. 17. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008. 
OLIVEIRA, G.; PACHECO, M. Mercado financeiro : objetivo e profissional. 2. ed. São Paulo: Editora Fundamento Educacional, 
2011. 
PROITE, A. Venda de títulos públicos pela internet: Programa Tesouro Direto. In: Dívida Pública : a experiência brasileira. SILVA, A. 
C.; CARVALHO, L. O.; MEDEIROS, O. L. (Org.). – Brasília: Secretaria do Tesouro Nacional: Banco Mundial, 2009. 
REFERÊNCIAS ON-LINE 
1 Em: http://www.comoinvestir.com.br/boletins-e-publicacoes/boletim-como-investir/Paginas/anbima-e-a-nova-entidade-criada- 
por-andima-e-anbid.aspx . Acesso em: 16 maio 2016. 
2 Em: http://www.gov.br/tesouronacional . Acesso em: 02 jul. 2016. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.comoinvestir.com.br%2Fboletins-e-publicacoes%2Fboletim-como-investir%2FPaginas%2Fanbima-e-a-nova-entidade-criada-por-andima-e-anbid.aspx&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNH1ifLVZXj9Bot1fuCmt0tQUrsqdw
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APROFUNDANDO 
O ACORDO DE BASILEIA 
Em julho de 1988, o Comitê de Basiléia sobre Regulamentos e Práticas de Fiscalização Bancária, formado por representantes do 
G1C (que, posteriormente, tornaram-se 11: Alemanha, Bélgica, Canadá. EUA, França, Holanda, Itália, Japão, Reino Unido, Suécia e 
Suíça) e por Luxemburgo, estabeleceu um acordo para a uniformização de padrões de solvência e liquidez dos bancos 
internacionais. 
O acordo firmou parâmetros de mensuração de adequação de capital, porcentual mínimo de 8% de capital requerido para fazer 
face aos riscos dos ativos das instituições, que seriam alcançados por parte de seus integrantes, embora permitindo que cada país, 
a seu arbítrio, estabelecesse exigências adicionais, além de promover maior segurança aos negócios entre bancos de diferentes 
países. Seu objetivo principal é evitar o risco sistêmico, ou seja, o riso causado por um fator que afeta simultaneamente todo o 
mercado e, por esse motivo, não pode ser eliminado pela diversificação dos investimentos. 
Além disso, foi pedido aos países não integrantes do G10 que promovessem estudos a respeito da forma de implementação dasmedidas contidas no acordo (observar que sua vigência se restringe apenas a bancos com expressivo volume de transações 
internacionais). 
O comitê estabeleceu dois objetivos sobre a matéria: a nova estrutura deveria fortalecer a solvência e a estabilidade do sistema 
bancário internacional, bem como ser justa e consistente em sua implementação em diferentes países, a fim de promover a 
competitividade entre os bancos. 
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Apesar de o Brasil não ter participado da formulação do texto do acordo, o processo de globalização da economia obrigou-o a 
aderir a ele logo em seguida, como a maioria dos países que participam do mercado internacional. 
Com base nos objetivos do acordo, o Banco Central do Brasil regulamentou, pela Resolução n.° 2.099, de 17 de agosto de 1994, sua 
aplicação no mercado brasileiro. Internacionalmente, o índice de Basiléia determina que os bancos devem manter um patrimônio 
mínimo equivalente a determinada porcentagem do montante de capital alocado em ativos de risco. A porcentagem mínima aceita 
internacionalmente é de 8%. No Brasil, convencionou-se aceitar um mínimo de 11%, por uma questão de conservadorismo. 
Acordo Basiléia II 
Diante das transformações velozes que ocorrem no mercado financeiro internacional, seria natural que o acordo inicial 
apresentasse alguma defasagem, abrindo espaço para uma nova versão do Acordo de Basiléia, conhecido como Basiléia II, 
finalizada em junho de 2004. 
O novo acordo está baseado em três pilares: 
Pilar 1 - Exigência de capital - permanece o porcentual mínimo de 8% de capital requerido para fazer face aos riscos dos ativos das 
instituições. O acordo traz nova metodologia de mensuração do capital mínimo, abrangendo os riscos de crédito, de mercado e 
operacional, propondo diferentes abordagens de mensuração, de acordo com o grau de sensibilidade aos riscos. 
Pilar 2 - Supervisão bancária - o acordo aborda o processo de revisão adotado pelo órgão supervisor, no intuito de assegurar que 
os bancos tenham capital adequado para dar suporte a todos os riscos. Objetiva, também, encorajar os bancos a desenvolver e 
utilizar as melhores técnicas de administração no monitoramento dos riscos, de acordo com o grau de sofisticação dos modelos 
internos das instituições. 
Pilar 3 - Disciplina de mercado - define o conjunto de exigências de divulgação que permitirá aos participantes do mercado avaliar 
as informações essenciais sobre o processo de gerenciamento dos riscos das instituições. 
Dessa forma, Basiléia II propõe um enfoque mais flexível, enfatizando a utilização de metodologias de gerenciamento de riscos, 
padronizadas ou próprias, bem como o fortalecimento da supervisão bancária e o estímulo à transparência na divulgação das 
informações ao mercado. 
Fonte: Oliveira e Pacheco (2011, p. 283-286). 
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EDITORIAL 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
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Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
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Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; PARDO , 
Paulo. 
Mercado Financeiro e de Capitais . Paulo Pardo. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
48 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Mercado 2. Financeiro 3. EaD. I. Título. 
ISBN 978-85-459-0405-2 
CDD - 22 ed. 330 
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