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FLUIDOS BIOLÓGICOS Gessiane Ceola Fisiologia renal Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Identificar a anatomia do sistema urinário. � Descrever os aspectos fisiológicos da função renal. � Relacionar os fatores reguladores da função renal. Introdução O sistema urinário tem como principais componentes os rins, os ureteres, a bexiga urinária e a uretra. Os rins de um humano filtram, em média, 180 litros de líquido por dia, por meio dos 1,25 milhões de néfrons que são as unidades funcionais do sistema. O sistema urinário tem nove funções, segundo Eaton e Pooler (2016): excreção de produtos da degradação metabólica e de substâncias estra- nhas para o organismo; regulação do equilíbrio hídrico e eletrolítico, do volume do líquido extracelular, da osmolalidade plasmática, da produção de eritrócitos, da resistência vascular, do equilíbrio ácido-base, da produ- ção de vitamina D; e gliconeogênese. Neste capítulo, você vai identificar a anatomia do sistema urinário, bem como descrever os aspectos fisiológicos e os fatores reguladores da função renal. Anatomia do sistema urinário Rins Os rins são um par de órgãos de coloração avermelhada em forma de fei- jão (faseoliformes). Essa estrutura está localizada nos dois lados da coluna vertebral, entre o peritôneo e a parede posterior da cavidade abdominal, na altura da 12ª vértebra torácica e das três primeiras vértebras lombares. Os pares da 11ª e da 12ª costela (costelas flutuantes) fornecem proteção para a parte superior dos rins. O rim esquerdo é mais elevado do que o rim direito, pois o fígado ocupa grande parte do quadrante superior e parte do quadrante inferior direito do abdome (Figura 1). Figura 1. Localização e estruturas do sistema urinário feminino. Fonte: Tortora e Derrickson (2016, p. 529). Fisiologia renal2 O rim de um adulto tem, aproximadamente, 12 cm de comprimento, 6 cm de largura e 3 cm de espessura, e pesa cerca de 150 g, embora a variação desses parâmetros seja extremamente comum. De forma externa, próximo à margem medial, os rins apresentam um espaço chamado hilo renal, que liga o ureter, as artérias, as veias renais e os nervos ao órgão. Na parte superior de cada rim, estão localizadas as glândulas suprarrenais (sistema endócrino) (Figura 2). Figura 2. Estruturas externas do rim. Fonte: Tortora e Derrickson (2016, p. 529). Cada rim é envolvido por uma cápsula renal que é formada por tecido conectivo e que protege os órgãos contra possíveis traumas. A cápsula adiposa envolve a cápsula renal e fixa os rins na parte posterior do abdome (TOR- TORA; DERRICKSON, 2016). No seu interior, os rins apresentam o córtex renal (externo) e a medula renal (interna). Os néfrons (unidades funcionais) estão localizados no córtex e na medula. A medula renal é caracterizada por 3Fisiologia renal 8 a 15 pirâmides renais (separadas pelas colunas renais), que se estreitam no ápice para formar a papila renal, onde a urina goteja no interior de um cálice menor. Vários cálices menores formam um cálice maior, e vários cálices maiores desembocam dentro da pelve renal (região dilatada proximal do ureter) (Figura 3). Figura 3. Estruturas internas do rim. Fonte: Tortora e Derrickson (2017, p. 530). A urina produzida pelos néfrons é drenada nos cálices menores, que se unem para formar os cálices maiores, e estes, a pelve renal. A pelve renal drena a urina para os ureteres e, em seguida, para a bexiga urinária. A urina, então, é eliminada pelo corpo pela uretra. Essas são as estruturas responsáveis pelo transporte, armazenamento e eliminação, que serão apresentadas a seguir. Fisiologia renal4 Ureteres A função dos ureteres é o transporte da urina. O par de ureteres liga a pelve renal dos rins até a bexiga urinária. Os ureteres são divididos da seguinte forma: � porção abdominal — abdome; � porção pélvica — dentro da cintura pélvica; � porção intramural — atravessa a parede da bexiga para evitar o refluxo. Essas estruturas estão localizadas alguns centímetros abaixo da bexiga, o que provoca um efeito de compressão dos ureteres para esse órgão e, assim, evita o refluxo da urina quando a pressão é acumulada nesse local durante a micção. Esse mecanismo é considerado uma válvula fisiológica que, quando não está em condições normais, pode causar inflamação na bexiga (cistite) que pode migrar para os rins. Os ureteres são formados pelas seguintes camadas/túnicas (DANGELO; FATTINI, 2007): � túnica mucosa (interna) — tem capacidade de distensão para acomodar o trânsito de líquido; � túnica intermediária — formada por músculo liso que promove as contrações peristálticas; � túnica superficial — composta por tecido conectivo que tem os vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. Bexiga A bexiga é um órgão muscular oco, localizado na cavidade pélvica que tem como função armazenar a urina. Quando vazia, tem forma de um balão distendido e, quando cheia, tem forma esférica. A sua estrutura é dividida em ápice (anterior), corpo, fundo (posterior) e colo. Esse órgão urinário é formado por túnicas, que são: � túnica mucosa — contém pregas que permitem a expansão do órgão; � túnica muscular — formada por músculo liso (músculo detrusor); � túnica serosa — formada pelo peritônio; � túnica fibrosa — formada por uma camada externa. 5Fisiologia renal A bexiga está localizada posteriormente à sínfise púbica. No homem, na parte inferior dela, se encontra a próstata; já na mulher, ela é anteroinferior ao útero. A capacidade da bexiga urinária varia entre 700 e 800 mL, sendo menor nas mulheres, porque o útero ocupa o espaço logo acima desse órgão. Na face interior, próximos da base da bexiga, estão localizados os óstios dos ureteres, onde se dá a passagem da urina dos ureteres para o interior da bexiga. Também na face interior, próximo ao colo, está localizado o óstio interno da uretra, que faz a passagem da urina da bexiga para a uretra. Os óstios dos ureteres e o óstio interno da uretra formam o trígono da bexiga (Figura 4) (NETTER, 2015; DANGELO; FATTINI, 2007). Figura 4. Bexiga urinária masculina. Fonte: Sobotta (2000, p. 188). Fisiologia renal6 Uretra A uretra é formada por um tubo que vai da base da bexiga até o exterior do corpo e tem a função de eliminar a urina. Nas mulheres, a uretra tem, em média, 4 cm e fica localizada diretamente atrás da sínfise púbica, ligada à parede anterior da vagina. A abertura da uretra para o exterior, o óstio externo da uretra, fica entre o clitóris e o óstio da vagina (Figura 5). Figura 5. Pelve feminina. Fonte: Sobotta (2000, p. 253). 7Fisiologia renal Nos homens, esse canal tem, aproximadamente, de 17 a 20 cm; passa pela próstata (uretra prostática), pelo músculo transverso profundo do períneo (uretra membranosa) e, finalmente, pelo pênis (uretra esponjosa). O óstio externo da uretra fica na glande do pênis (Figura 6). Na mulher, a uretra permite apenas a passagem de urina e, no homem, de urina e de sêmen (NETTER, 2015). Figura 6. Pelve masculina. Fonte: Sobotta (2000, p. 253). Fisiologia renal8 Fisiologia da função renal O rim tem um papel exócrino que é a formação de urina e também desenvolve suas funções endócrinas, por meio de células secretoras específicas. A função homeostática do meio interno, que é a principal função desse órgão, é efetu- ada pela formação de urina na unidade funcional básica, que é o néfron, um conjunto de estruturas vasculares e renais que produzem urina (GUYTON; HALL, 2002; NETTER, 2015). Cada rim possui mais de um milhão de néfrons e os processos de filtragem, reabsorção e parte da excreção ocorrem a partir das suas estruturas. Porém, isso não significa que todos os néfrons funcionam ao mesmo tempo, pois essa atividade varia de acordo com o ritmo da função renal (néfrons ativos e de repouso), assim, existe uma reserva funcional para o rim, que será utilizada em situação de sobrecarga renal (GUYTON; HALL, 2002).A porção anatômica do néfron é formada por uma rede de túbulos, que fazem o transporte do filtrado. Os túbulos são envolvidos por capilares san- guíneos, que fazem a reabsorção de elementos importantes para o organismo, por exemplo, a glicose e a água. A porção funcional do rim está no córtex renal e a urina é produzida na medula. A filtragem inicia com a artéria renal, que tem origem na artéria aorta abdominal, que penetra no rim a partir do hilo e chega até o córtex pela arteríola aferente, que está conectada ao glomérulo renal e apresenta sensibilidade ao fluxo sanguíneo, secretando a renina. O glomérulo é uma estrutura abrigada na cápsula de Bowman formada por muitos capilares enrolados uns aos outros, o que forma uma grande área superficial para pouco espaço. A pressão sanguínea dentro do glomérulo (60 a 80 mm/Hg) é maior do que a da circulação do corpo (13 mm/Hg). Essa pressão vai comprimir a entrada do líquido nas estruturas tubulares do néfron. A estrutura do néfron é distribuída entre o córtex e a medula renal e é composta pelos seguines segmentos: � cápsula de Bowman; � túbulos contorcidos proximal e distal no córtex; � alça de Henle; � túbulo coletor na medula renal. 9Fisiologia renal A cápsula de Bowman participa do primeiro processo de filtragem, pois o conteúdo do glomérulo é aspirado para a cápsula. O filtrado que é extraído do tecido sanguíneo para o glomérulo é composto pelos seguintes elementos: � água (H2O); � cloro (Cl); � sódio (Na); � potássio (K); � bicarbonato (HCO3); � aminoácidos; � glicose; � creatinina; � ureia. Elementos maiores como glóbulos, plaquetas e proteínas plasmáticas não entram na cápsula e saem pela arteríola eferente, permanecendo na corrente sanguínea sem passar pelos néfrons. A arteríola eferente tem musculatura lisa desenvolvida; porém as contrações, que estimulam o fluxo de líquidos, ocorrem por influência de substâncias vasoativas ou sobre a ação do sistema nervoso autônomo. Todo conteúdo líquido que passa pela cápsula de Bowman e segue pelos túbulos recebe o nome de filtrado glomerular. A primeira parte dos túbulos chama-se túbulo contorcido proximal, que possui a forma de uma serpentina; isso faz com que o filtrado passe devagar e permaneça mais tempo na estrutura, assim é feita a primeira parte da reabsorção. Todos os aminoácidos e a glicose (100%) serão reabsorvidos nessa etapa; além de HCO3 (90%), H2O, Na, Cl e K (65–70%). O conteúdo reabsorvido sai do túbulo contorcido proximal, passando por capilares sanguíneos, e segue para a arteríola eferente, retornando para a circulação sanguínea. O túbulo contorcido proximal contém células epiteliais com grande quantidade de mitocôndrias para sustentar os vigorosos processos de transporte ativo. Nas bordas, esse segmento apresenta moléculas proteicas transportadoras, que possibilitam o mecanismo de transporte de sódio ligado a nutrientes orgânicos (aminoácidos e glicose). Fisiologia renal10 O restante do filtrado que não foi reabsorvido irá para a próxima estrutura, a alça de Henle. Essa alça tem duas porções: a descendente, onde o filtrado desce, e a ascendente, onde o filtrado sobe. Nesse segmento também ocorre o processo de reabsorção (capilares e arteríola eferente). Na porção ascendente, o NaCl (25%) é reabsorvido. Essa porção só é permeável ao cloreto de sódio. A porção descendente, por sua vez, só é permeável à água e faz a sua reabsor- ção (25%). Assim, pode-se dizer que a alça de Henle vai gerar um equilíbrio químico, pois o excesso de NaCl em uma porção vai estimular a reabsorção de água em outra, por meio da osmose. O que não será absorvido na alça de Henle irá seguir para a próxima estrutura, o túbulo contorcido distal, onde ocorre a reabsorção de NaCl e H2O (5%) (capilares e arteríola eferente). O restante do filtrado que não for reabsorvido será excretado; ou seja, o excesso de água, de cloreto de sódio, de creatinina e de ureia, serão encaminhados para o túbulo coletor que é conectado aos cálices renais (menores e maiores), à pelve renal e ao ureter. O túbulo coletor também exerce certa capacidade de reabsorção de eletró- litos e ureia participando dos processos de concentração e diluição da urina. No túbulo coletor, são encontradas as células intercalares que secretam o íon H+ ou HCO3 e conferem ao rim equilíbrio ácido-base; e as células principais, que reabsorvem sódio e secretam potássio sob o controle dos hormônios aldosterona e arginina vasopressina, que é o hormônio antidiurético (origem na neuro-hipófise). Observe, na Figura 7, a seguir, a estrutura e as funções do néfron. A urina é formada por 95% de água, 2% de ureia e 3% de creatinina, fosfatos e nitratos, entre outros elementos em menor quantidade, como, por exemplo, o ácido úrico. Os rins filtram, em média, 180 L de sangue e produzem 1,5 L de urina por dia (EATON; POOLER, 2016). 11Fisiologia renal Figura 7. Estruturas e funções do néfron. Fonte: Tortora e Derrickson (2016, p. 532). A maior importância da fisiologia renal é a manutenção da homeostase do meio interno, atividade realizada pelo rim e que envolve os seguintes passos: � controle e manutenção do conteúdo de água corporal; � manutenção da osmolaridade extracelular; � manutenção da concentração de eletrólitos; � manutenção da concentração de íons hidrogênio (pH); � manutenção da concentração de metabólitos. Fisiologia renal12 Essa ação renal permite a manutenção e o controle da pressão arterial, ocasionados por meio de processos de depuração plasmática renal, de absorção e de reabsorção tubular de água, açúcares, vitaminas, sais minerais e, por fim, de formação do produto final a ser excretado: a urina (GUYTON; HALL, 2002; EATON; POOLER, 2016). A glicosúria renal é a excreção de glicose na urina, com níveis plasmáticos normais de glicose. Leia o artigo “Doença renal do diabetes”, publicado pela Sociedade Brasileira de Diabetes, que explora as relações do diabetes na saúde renal e o seu impacto na saúde pública. https://qrgo.page.link/eNqCp Fatores reguladores da função renal A funcionalidade renal é um dos fatores responsáveis por equilibrar o con- teúdo de água e de sódio no corpo humano, o que influencia diretamente no volume e na pressão arterial média do sangue. Os rins recebem 10% do débito cardíaco em repouso; esse volume pode ser utilizado para manter a circulação (encefálica e coronária) em condições críticas no caso de um choque circulatório. O fluxo sanguíneo renal (FSR) é controlado pelo sistema nervoso autônomo por rotas endócrinas e neurais. Na rota neural, as arteríolas glomerulares são inervadas e ativadas quando a pressão arterial média cai. Essa ativação aumenta a resistência vascular por limitar o fluxo sanguíneo nos rins, causando constrição na arteríola eferente, que reduz o FSR e mantém a taxa de filtração glomerular (TFG) em níveis que asseguram a função renal. O estímulo neural intenso diminui o fluxo sanguíneo nas arteríolas glomerulares e a formação de urina é interrompida. Em casos de hemorragia severa, pode agravar a situação do suprimento sanguíneo das arteríolas, podendo causar infarto e insuficiência renal. 13Fisiologia renal Na rota endócrina, o FSR é regulado pela adrenalina e por um peptídeo natriurético atrial (PNA). A liberação da adrenalina na circulação sanguínea estimula as rotas de noradrenalina que apresenta suas principais ações no sistema cardiovascular e está relacionada com o aumento do influxo celular de cálcio, além disso, a noradrenalina mantém a pressão sanguínea em níveis normais. O PNA é liberado pelos átrios cardíacos quando eles apresentam estresse por elevados volumes sanguíneos, resultando no aumento do FSR e da TFG e na excreção de água e de sódio. A regulação hormonal na reabsorção e na secreção de íons envolve a angio- tensina II e a aldosterona. Nos túbulos contorcidos proximais, a angiotensina II aumenta a reabsorção de Na+ e Cl–. Em adição, a angiotensina II estimulaa liberação de aldosterona pelo córtex suprarrenal, um hormônio que age nas células tubulares da última porção do túbulo contorcido distal, estimulando-as a reabsorverem Na e Cl e a secretarem mais K+. Quanto mais Na e Cl forem reabsorvidos, mais água também é reabsorvida por osmose (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Na absorção de água, o hormônio atuante é o antidiurético (ADH), por meio de retroalimentação negativa. Quando a concentração de água no sangue diminui, osmorreceptores que estão no hipotálamo (encéfalo) estimulam a neuro-hipófise a secretar o ADH, que irá agir nas células tubulares presentes dos túbulos contorcidos distais e ao longo dos túbulos coletores. Quando não há secreção do ADH, os túbulos têm pouca permeabilidade, portanto esse hormônio aumenta a permeabilidade das células tubulares à água e, assim, a água se move do líquido tubular para as células e, em seguida, para o sangue (Figura 8). Fisiologia renal14 Figura 8. Regulação da absorção de água pelo ADH. Fonte: Tortora e Derrickson (2016, p. 538). 15Fisiologia renal Os rins produzem, aproximadamente, de 400 a 500 mL de urina concentrada por dia, quando a concentração de ADH é máxima (durante uma desidratação grave). No entanto, quando o nível de ADH diminui, os canais de água são removidos das membranas. Os rins produzem um grande volume de urina diluída quando o nível de ADH é baixo (EATON; POOLER, 2016). O nível de cálcio no sangue abaixo do normal estimula as glândulas para- tireoides a liberar o paratormônio (PTH), que estimula as células dos túbulos contorcidos distais a reabsorverem mais cálcio no sangue. Além disso, esse hormônio inibe a reabsorção de fosfato nos túbulos contorcidos proximais, promovendo a excreção de fosfato. Algumas teorias sugerem a autorregulação do sistema (GUYTON; HALL, 2002; EATON; POOLER, 2016), que podem ser observadas a seguir. � Teoria da miogênica — o aumento da pressão arterial média provoca estímulo na musculatura lisa da arteríola aferente levando à vaso- constricção e à redução na filtração glomerular. Em contrapartida, provoca relaxamento na musculatura da arteríola aferente, levando à vasodilatação e aumentando a filtração glomerular. � Teoria do metabolismo — indica que a redução do fluxo sanguíneo provoca o acúmulo de substâncias vasodilatadoras (cininas, prosta- glandinas) que, como consequência, provocam o aumento do fluxo sanguíneo. O contrário também funciona, pois, um aumento de fluxo faz com que ocorra uma rápida drenagem de substâncias vasodilatadoras, diminuindo a vasodilatação e reduzindo o fluxo sanguíneo. � Teoria da mácula densa — indica que, na porção final da alça de Henle, existe uma porção chamada mácula densa. Ela capta as alterações na concentração de sódio (quanto mais sódio, mais elevada é a TFG) e envia estímulo para a arteríola aferente gerando vasoconstricção. Com isso, diminui o fluxo sanguíneo e a TFG. Quando ocorre a diminuição da concentração de sódio, acontece o inverso, há o aumento da TFG Fisiologia renal16 A síndrome da secreção inapropriada do hormônio antidiurético (SIADH) é caracte- rizada pela secreção contínua ou pelo aumento da atividade do hormônio arginina- -vasopressina (AVP), também conhecido como ADH, que responde por 14 a 40% do total de casos de hiponatremia. A síndrome está relacionada a uma extensa gama de doenças, terapias medicamentosas e procedimentos cirúrgicos, sendo, muitas vezes, subdiagnosticada. Leia o artigo de revisão “Síndrome da secreção inapropriada do hormônio anti-diurético” e saiba mais sobre o assunto. https://qrgo.page.link/Ej3uS DANGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia humana: sistêmica e segmentar. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2007. EATON, D.; POOLER, J. Fisiologia renal de Vander. 8. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016. (Lange). GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. SOBOTTA, J. Atlas de anatomia humana. 21. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. Leitura recomendada SILVERTHORN, D. U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. Porto Alegre: Art- med, 2017. 17Fisiologia renal
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