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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: Biomedicina DISCIPLINA: Fluidos Corporais NOME DO ALUNO: Michelle dos Anjos Viana Bucci R.A: 2105755 POLO: Praia Grande - Tupi DATA: 05/09/2022 TÍTULO DO ROTEIRO: FLUIDOS CORPORAIS INTRODUÇÃO O exame de urina tipo 1, também conhecido como exame EAS (sigla para Elementos Anormais do Sedimento) ou parcial de urina, é um teste projetado para identificar alterações nos sistemas urinário e renal. O trato urinário, composto pelos rins, ureteres, bexiga e uretra, é responsável por filtrar toxinas e impurezas do nosso corpo e expulsá-las pela urina. Se esses órgãos não estiverem funcionando corretamente, a maior parte do que deveria ser filtrado e excretado acaba se acumulando, o que pode ser indicativo de problemas. Com base nisso, a urina é analisada quanto ao pH e à presença de elementos estranhos (sedimentos), que podem ser proteínas, nitritos, glóbulos brancos, cetonas, etc. Como diversos outros tipos de exames e procedimentos de análise laboratorial, o exame de urina tipo 1 serve para confirmar, estabelecer ou complementar o diagnóstico clínico feito pelo médico, com base nos sintomas apresentados pelo paciente. A utilização das tiras reagentes permite, de uma maneira rápida e fácil, a realização das análises químicas da urina. A reação química ocorre quando a urina entra em contato com a fita. Os resultados podem ser interpretados comparando-se a cor formada após a reação com uma tabela de cor padrão fornecida pelo fabricante. Diversas cores ou intensidades de cores podem ser formadas para cada substância a ser testada na fita. Os resultados podem ser interpretados, então, após a comparação cuidadosa dessas cores, e um valor sem quantitativo de traços, + 1, + 2, + 3 ou + 4, poderá ser relatado. Para alguns parâmetros, uma estimativa em miligramas por decilitros poderá ser descrita. Além de ser usadas de maneira correta, as tiras reagentes precisam ser armazenadas e protegidas contra a deterioração, a umidade, o calor e a luz. A técnica utilizada para a realização do exame com as tiras reagentes consiste em mergulhar a tira na amostra de urina bem homogeneizada, não centrifugada e em temperatura ambiente. O teste feito a partir das tiras reagentes, detecta geralmente os seguintes analitos na urina: Glicose, bilirrubina, densidade específica, sangue oculto/hemoglobina, pH, proteína, urobilinogênio, nitrito, leucócitos, corpos cetônicos. A dosagem de pH na fita reagente é baseada em uma reação química na qual um sistema de indicador duplo de vermelho de metila e azul de bromotimol irá reagir com a amostra e indicar, através da variação de cor, o pH da urina. Essa variação de cor ocorre quando o vermelho de metila muda para a cor amarela na faixa de pH entre 4 e 6, e o azul de bromotimol vira de amarelo para azul na faixa entre 6 e 9. A verificação da presença de proteína na fita reagente acontece pela reação do azul de tetrabromofenol, na qual ocorre uma mudança de cor do amarelo para o verde ou azul-esverdeado na presença de proteína (principalmente a albumina). A verificação de glicose pelas fitas reagentes ocorre pela reação da glicose- oxidase. Na presença de glicose, a coloração mudará de azul até marrom- esverdeado e de marrom até marrom-escuro. A verificação de cetonas na urina ocorre por uma reação química em que é utilizado como reagente o nitroprussiato de sódio, que irá reagir com o ácido beta-hidroxibutírico, produzindo uma mudança de cor, conforme a reação a seguir: Ácido acetoacético + nitroprussiato de Na + glicina pH alcalino cor violeta púrpura. O sangue pode ser identificado na urina pela presença de hemácia íntegra (hematúria) e de hemácia lizada, e a reação é positivada pela presença de hemoglobina (hemoglobinúria). Normalmente, não é observada a presença de sangue na urina. Quando a fita reagente está positiva, deve-se investigar a causa e a origem dessa alteração anormal. Na bilirrubina, a reação que ocorre é a reação de diazo, na qual haverá uma mudança de cor de marrom-claro para violeta. A pesquisa de nitrito na urina, em um primeiro momento, pode significar a presença de bactérias; portanto, uma infecção do trato urinário (ITU). Esse teste indica a presença de bactérias que reduzem o nitrato (que está presente na composição da urina) a nitrito. Por isso, deve-se ter cuidado ao analisar o teste de nitrito, pois o paciente pode apresentar uma infecção, e esse parâmetro pode estar negativo. A verificação de nitritos nas tiras reagentes está baseada na reação de Griess, em que qualquer intensidade da coloração rosa é positiva. A pesquisa de leucócitos na urina é útil para detectar processos infecciosos ou inflamatórios do trato urinário (pielonefrite ou cistites). Os leucócitos possuem em seu interior enzimas chamadas de esterase que podem ser detectadas pelas fitas reagentes através da cor púrpura. Os valores normais para o parâmetro densidade variam de 1005 a 1030. RESULTADOS E DISCUSSÃO AULA 1 ROTEIRO 1 Coleta e Processamento de Urina Após revermos os conceitos de assepsia e antissepsia na coleta de amostra de urina, aprendemos a processar o material biológico de forma adequada para que pudéssemos identificar os principais elementos urinários. Nos foi solicitado a coleta de uma amostra de urina. Após voltarmos para o laboratório com a amostra devidamente colhida, a professora Priscilla nos entregou três amostras diferentes para analisarmos, sendo elas A, B e C. Transferimos 10 ml de cada frasco para cada tubo, emergimos a tira na urina, tiramos o excesso e fizemos a leitura colorimétrica usando o padrão de cores. Abaixo os resultados que obtivemos: Amostra A: Adulterada (água com corante); Amostra B: Adulterada (foi adicionado sangue na urina); Amostra C: Urina com resultados normais. Figura 1 – Resultados – fitas reagentes. Fonte: Própria. AULA 1 ROTEIRO 2 Urinálise (exame físico e químico) Para a realização desta aula, avaliamos o exame físico-químico de cada amostra de urina. Abaixo os resultados que obtivemos: Amostra A – Cor amarelo claro, aspecto límpido, sem odor. Densidade alterada, pois, é água com corante; Amostra B – Cor âmbar, aspecto turvo, odor sui generis, pH 6, densidade 1,005, hemólise ++, proteína ++100, leucócitos +-, presença de leveduras; Amostra C – Cor amarelo citrino, aspecto límpido, odor sui generis, pH 5, densidade 1,005, proteína +30, amorfo, cristais Figuras 2, 3 e 4 –Amostras de urina. Fonte: Própria. AULA 2 ROTEIRO 1 Urinálise (sedimentoscopia com lâmina e lamínula) Para a realização desta aula, avaliamos o sedimento urinário e dos elementos figurados nas amostras D e E, após irem para a centrífuga por 5 minutos. Colocamos na câmara de Neubauer as amostras sedimentadas e cobrimos com a lamínula. Abaixo os resultados que obtivemos: Amostra D – Cristais e células epiteliais Amostra E – Cristais urato amorfo Figura 5 –Centrífuga. Fonte: Própria. AULA 2 ROTEIRO 2 Urinálise (sedimentoscopia com câmara de Neuauer) Para a realização desta aula, avaliamos o sedimento urinário e dos elementos figurados nas amostras D e E. Colocamos na câmara de Neubauer as amostras sedimentadas e cobrimos com a lamínula. Em seguida levamos ao microscópio para fazer a contagem dos quadrantes. Abaixo os resultados que obtivemos: Contagem dos quadrantes: aproximadamente 2.832.000 leucócitos Figura 6 – Lâmina - Câmara de Neubauer. Fonte:Própria. ACHADOS NAS URINAS A- Nada foi encontrado pois não era urina B- Leveduras C- Cristais D- Cristais E- Urato amorfo / Célula epitelial REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BIDÓIA, Beatriz G. / KLIMESCH, Yvonne - Fluidos Corporais – São Paulo: Editora Sol, 2020. KIRSZTAKN, Gianna M. “Proteinúria: muito mais que uma simples dosagem” Disponível em: https://www.scielo.br/j/jbpml/a/66FsXxG7x8SHCCcSHcKmNrz/?format=pdf&lan g=pt Acesso em 08 de setembro de 2022. MARZZOCO, Anita. / TORRES, Bayardo B. - Bioquímica Básica – Quarta Edição – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
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