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01. Legislação - Base Nacional.pdf-1

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PROFª	DRª	MARIA	LEOPOLDINA	(DINA)	PEREIRA	
BASE	NACIONAL	COMUM	CURRICULAR	(BNCC)	–	PRINCÍPIOS	BÁSICOS	
BASE	NACIONAL	COMUM	CURRICULAR	(BNCC)	–	O	COMEÇO	DE	TUDO	
A	NECESSIDADE	 DA	 FORMULAÇÃO	DE	 UMA	 BASE	 NACIONAL	 COMUM	 CURRICULAR	QUE	 CONTASSE	
COM	 A	 PARTICIPAÇÃO	 SOCIAL	 ESTÁ	 SINALIZADA	 NO	 PLANO	 NACIONAL	 DE	 EDUCAÇÃO	 (LEI	 N.º	
13.005/2014),	 EM	 SUA	 META	 Nº	 7.1,	 NO	 ART.	 26	 DA	 LDB	 (LEI	 9.394	 DE	 1996)	 E	 PREVISTA	 NA	
CONSTITUIÇÃO	 FEDERAL	 DE	 1988,	 	 QUE	 EM	 SEU	 ARTIGO	 210,	 DISPÕE	 QUE	 “SERÃO	 FIXADOS	
CONTEÚDOS	 MÍNIMOS	 PARA	 O	 ENSINO	 FUNDAMENTAL,	 MANEIRA	 A	 ASSEGURAR	 A	 FORMAÇÃO	
BÁSICA	COMUM	E	RESPEITO	AOS	VALORES	CULTURAIS	E	ARTÍSTICOS,	NACIONAIS	E	REGIONAIS.”	
	
O	QUE	É	A	BASE	NACIONAL	COMUM	CURRICULAR?	
(...)	 É	 UM	 DOCUMENTO	 DE	 CARÁTER	 NORMATIVO	 QUE	 DEFINE	 O	 CONJUNTO	 ORGÂNICO	 E	
PROGRESSIVO	 DE	 APRENDIZAGENS	 ESSENCIAIS	 QUE	 TODOS	 OS	 ALUNOS	 DEVEM	 DESENVOLVER	 AO	
LONGO	 DAS	 ETAPAS	 E	 MODALIDADES	 DA	 EDUCAÇÃO	 BÁSICA,	 DE	 MODO	 A	 QUE	 TENHAM	
ASSEGURADOS	SEUS	DIREITOS	DE	APRENDIZAGEM	E	DESENVOLVIMENTO,	EM	CONFORMIDADE	COM	O	
QUE	PRECEITUA	O	PLANO	NACIONAL	DE	EDUCAÇÃO	(PNE).	ESTE	DOCUMENTO	NORMATIVO	APLICA-SE	
EXCLUSIVAMENTE	 À	 EDUCAÇÃO	 ESCOLAR,	 TAL	 COMO	 A	 DEFINE	 O	 §	 1º	 DO	 ARTIGO	 1º	 DA	 LEI	 DE	
DIRETRIZES	E	BASES	DA	EDUCAÇÃO	NACIONAL	(LDB,	LEI	Nº	9.394/1996)1	,	E	ESTÁ	ORIENTADO	PELOS	
PRINCÍPIOS	 ÉTICOS,	 POLÍTICOS	 E	 ESTÉTICOS	 QUE	 VISAM	 À	 FORMAÇÃO	 HUMANA	 INTEGRAL	 E	 À	
CONSTRUÇÃO	DE	UMA	SOCIEDADE	JUSTA,	DEMOCRÁTICA	E	INCLUSIVA,	COMO	FUNDAMENTADO	NAS	
DIRETRIZES	CURRICULARES	NACIONAIS	DA	EDUCAÇÃO	BÁSICA	(DCN)	(BRASIL,	2017,	P.	5).		
	
A	BNCC	SE	CONSTITUI	COMO:		
	 REFERÊNCIA	 NACIONAL	 PARA	 A	 FORMULAÇÃO	 DOS	 CURRÍCULOS	 DOS	 SISTEMAS	 E	 DAS	 REDES	
ESCOLARES	 DOS	 ESTADOS,	 DO	 DISTRITO	 FEDERAL	 E	 DOS	 MUNICÍPIOS	 E	 DAS	 PROPOSTAS	
PEDAGÓGICAS	DAS	INSTITUIÇÕES	ESCOLARES,	A	BNCC	INTEGRA	A	POLÍTICA	NACIONAL	DA	EDUCAÇÃO	
BÁSICA	 E	 VAI	 CONTRIBUIR	 PARA	 O	 ALINHAMENTO	 DE	 OUTRAS	 POLÍTICAS	 E	 AÇÕES,	 EM	 ÂMBITO	
FEDERAL,	 ESTADUAL	 E	 MUNICIPAL,	 REFERENTES	 À	 FORMAÇÃO	 DE	 PROFESSORES,	 À	 AVALIAÇÃO,	 À	
ELABORAÇÃO	DE	CONTEÚDOS	EDUCACIONAIS	E	AOS	CRITÉRIOS	PARA	A	OFERTA	DE	INFRAESTRUTURA	
ADEQUADA	PARA	O	PLENO	DESENVOLVIMENTO	DA	EDUCAÇÃO	(BRASIL,	2017,	P.	5).	
	
OBJETIVOS	DA	BASE	NACIONAL	COMUM	CURRICULAR	
•  AJUDAR	A	SUPERAR	A	FRAGMENTAÇÃO	DAS	POLÍTICAS	EDUCACIONAIS;	
•  ENSEJAR	O	FORTALECIMENTO	DO	REGIME	DE	COLABORAÇÃO	ENTRE	AS	TRÊS	ESFERAS	DE	
GOVERNO;	
•  SER	BALIZADORA	DA	QUALIDADE	DA	EDUCAÇÃO.	
	
PARA	ALÉM	DA	GARANTIA	DE	ACESSO	 E	 PERMANÊNCIA	NA	 ESCOLA,	 É	NECESSÁRIO	QUE	 SISTEMAS,	
REDES	E	ESCOLAS	GARANTAM	UM	PATAMAR	COMUM	DE	APRENDIZAGENS	A	TODOS	OS	ESTUDANTES,	
TAREFA	PARA	A	QUAL	A	BNCC	É	INSTRUMENTO	FUNDAMENTAL.	
AO	 LONGO	 DA	 EDUCAÇÃO	 BÁSICA,	 AS	 APRENDIZAGENS	 ESSENCIAIS	 DEFINIDAS	 NA	 BNCC	 DEVEM	
CONCORRER	 PARA	 ASSEGURAR	 AOS	 ESTUDANTES	 O	 DESENVOLVIMENTO	 DE	 DEZ	 COMPETÊNCIAS	
GERAIS,	 QUE	 CONSUBSTANCIAM,	 NO	 ÂMBITO	 PEDAGÓGICO,	 OS	 DIREITOS	 DE	 APRENDIZAGEM	 E	
DESENVOLVIMENTO.	
	
COMPETÊNCIA	
•  “É	 DEFINIDA	 COMO	 A	 MOBILIZAÇÃO	 DE	 CONHECIMENTOS	 (CONCEITOS	 E	 PROCEDIMENTOS),	
HABILIDADES	 (PRÁTICAS,	 COGNITIVAS	 E	 SOCIOEMOCIONAIS),	 ATITUDES	 E	 VALORES	 PARA	
RESOLVER	DEMANDAS	COMPLEXAS	DA	VIDA	COTIDIANA,	DO	PLENO	EXERCÍCIO	DA	CIDADANIA	E	
DO	MUNDO	DO	TRABALHO”	(BRASIL,	2017,	P.	6).	
•  AO	 DEFINIR	 ESSAS	 COMPETÊNCIAS,	 A	 BNCC	 RECONHECE	 QUE	 A	 “EDUCAÇÃO	 DEVE	 AFIRMAR	
VALORES	 E	 ESTIMULAR	 AÇÕES	QUE	 CONTRIBUAM	 PARA	 A	 TRANSFORMAÇÃO	DA	 SOCIEDADE,	
TORNANDO-A	 MAIS	 HUMANA,	 SOCIALMENTE	 JUSTA	 E,	 TAMBÉM,	 VOLTADA	 PARA	 A	
PRESERVAÇÃO	DA	NATUREZA”	(BRASIL,	2013),	MOSTRANDO-SE	TAMBÉM	ALINHADA	À	AGENDA	
2030	DA	ORGANIZAÇÃO	DAS	NAÇÕES	UNIDAS	(ONU).	
É	 IMPRESCINDÍVEL	DESTACAR	QUE	AS	 COMPETÊNCIAS	GERAIS	DA	BNCC,	 APRESENTADAS	A	 SEGUIR,	
INTER-RELACIONAM-SE	 E	 DESDOBRAM-SE	 NO	 TRATAMENTO	 DIDÁTICO	 PROPOSTO	 PARA	 AS	 TRÊS	
ETAPAS	 DA	 EDUCAÇÃO	 BÁSICA	 (EDUCAÇÃO	 INFANTIL,	 ENSINO	 FUNDAMENTAL	 E	 ENSINO	 MÉDIO),	
ARTICULANDO-SE	NA	CONSTRUÇÃO	DE	CONHECIMENTOS,	NO	DESENVOLVIMENTO	DE	HABILIDADES	E	
NA	FORMAÇÃO	DE	ATITUDES	E	VALORES,	NOS	TERMOS	DA	LDB	(BRASIL,	2017,	P.	6).			
	
AS	DEZ	COMPETÊNCIAS	GERAIS	DA	BNCC	
1.   VALORIZAR	E	UTILIZAR	OS	CONHECIMENTOS	HISTORICAMENTE	CONSTRUÍDOS	SOBRE	O	MUNDO	
FÍSICO,	 SOCIAL,	 CULTURAL	 E	 DIGITAL	 PARA	 ENTENDER	 E	 EXPLICAR	 A	 REALIDADE,	 CONTINUAR	
APRENDENDO	E	COLABORAR	PARA	A	CONSTRUÇÃO	DE	UMA	SOCIEDADE	JUSTA,	DEMOCRÁTICA	
E	INCLUSIVA.	
2.   	EXERCITAR	A	CURIOSIDADE	INTELECTUAL	E	RECORRER	À	ABORDAGEM	PRÓPRIA	DAS	CIÊNCIAS,	
INCLUINDO	 A	 INVESTIGAÇÃO,	 A	 REFLEXÃO,	 A	 ANÁLISE	 CRÍTICA,	 A	 IMAGINAÇÃO	 E	 A	
CRIATIVIDADE,	 PARA	 INVESTIGAR	 CAUSAS,	 ELABORAR	 E	 TESTAR	 HIPÓTESES,	 FORMULAR	 E	
RESOLVER	 PROBLEMAS	 E	 CRIAR	 SOLUÇÕES	 (INCLUSIVE	 TECNOLÓGICAS)	 COM	 BASE	 NOS	
CONHECIMENTOS	DAS	DIFERENTES	ÁREAS.	
	
3.	 VALORIZAR	 E	 FRUIR	 AS	 DIVERSAS	 MANIFESTAÇÕES	 ARTÍSTICAS	 E	 CULTURAIS,	 DAS	 LOCAIS	 ÀS	
MUNDIAIS,	 E	 TAMBÉM	 PARTICIPAR	 DE	 PRÁTICAS	 DIVERSIFICADAS	 DA	 PRODUÇÃO	 ARTÍSTICO-
CULTURAL.	
4.	 UTILIZAR	 DIFERENTES	 LINGUAGENS	 –	 VERBAL	 (ORAL	 OU	 VISUAL-MOTORA,	 COMO	 LIBRAS,	 E	
ESCRITA),	CORPORAL,	VISUAL,	SONORA	E	DIGITAL	–,	BEM	COMO	CONHECIMENTOS	DAS	LINGUAGENS	
ARTÍSTICA,	 MATEMÁTICA	 E	 CIENTÍFICA,	 PARA	 SE	 EXPRESSAR	 E	 PARTILHAR	 INFORMAÇÕES,	
EXPERIÊNCIAS,	 IDEIAS	 E	 SENTIMENTOS	 EM	 DIFERENTES	 CONTEXTOS	 E	 PRODUZIR	 SENTIDOS	 QUE	
LEVEM	AO	ENTENDIMENTO	MÚTUO.	
	
	
5.	COMPREENDER,	UTILIZAR	E	CRIAR	TECNOLOGIAS	DIGITAIS	DE	 INFORMAÇÃO	E	COMUNICAÇÃO	DE	
FORMA	CRÍTICA,	SIGNIFICATIVA,	REFLEXIVA	E	ÉTICA	NAS	DIVERSAS	PRÁTICAS	SOCIAIS	(INCLUINDO	AS	
ESCOLARES)	 PARA	 SE	 COMUNICAR,	 ACESSAR	 E	 DISSEMINAR	 INFORMAÇÕES,	 PRODUZIR	
CONHECIMENTOS,	RESOLVER	PROBLEMAS	E	EXERCER	PROTAGONISMO	E	AUTORIA	NA	VIDA	PESSOAL	E	
COLETIVA.	
6.	 VALORIZAR	 A	 DIVERSIDADE	 DE	 SABERES	 E	 VIVÊNCIAS	 CULTURAIS	 E	 APROPRIAR-SE	 DE	
CONHECIMENTOS	 E	 EXPERIÊNCIAS	 QUE	 LHE	 POSSIBILITEM	 ENTENDER	 AS	 RELAÇÕES	 PRÓPRIAS	 DO	
MUNDO	 DO	 TRABALHO	 E	 FAZER	 ESCOLHAS	 ALINHADAS	 AO	 EXERCÍCIO	 DA	 CIDADANIA	 E	 AO	 SEU	
PROJETO	DE	VIDA,	COM	LIBERDADE,	AUTONOMIA,	CONSCIÊNCIA	CRÍTICA	E	RESPONSABILIDADE.	
	
7.	 ARGUMENTAR	 COM	 BASE	 EM	 FATOS,	 DADOS	 E	 INFORMAÇÕES	 CONFIÁVEIS,	 PARA	 FORMULAR,	
NEGOCIAR	 E	 DEFENDER	 IDEIAS,	 PONTOS	 DE	 VISTA	 E	 DECISÕES	 COMUNS	 QUE	 RESPEITEM	 E	
PROMOVAM	 OS	 DIREITOS	 HUMANOS,	 A	 CONSCIÊNCIA	 SOCIOAMBIENTAL	 E	 O	 CONSUMO	
RESPONSÁVEL	EM	ÂMBITO	LOCAL,	REGIONAL	E	GLOBAL,	COM	POSICIONAMENTO	ÉTICO	EM	RELAÇÃO	
AO	CUIDADO	DE	SI	MESMO,	DOS	OUTROS	E	DO	PLANETA.	
8.	CONHECER-SE,	APRECIAR-SE	E	CUIDAR	DE	SUA	SAÚDE	FÍSICA	E	EMOCIONAL,	COMPREENDENDO-SE	
NA	DIVERSIDADE	HUMANA	E	RECONHECENDO	SUAS	EMOÇÕES	E	AS	DOS	OUTROS,	COM	AUTOCRÍTICA	
E	CAPACIDADE	PARA	LIDAR	COM	ELAS.	
	
9.	EXERCITAR	A	EMPATIA,	O	DIÁLOGO,	A	RESOLUÇÃO	DE	CONFLITOS	E	A	COOPERAÇÃO,	FAZENDO-SE	
RESPEITAR	E	PROMOVENDO	O	RESPEITO	AO	OUTRO	E	AOS	DIREITOS	HUMANOS,	COM	ACOLHIMENTO	
E	 VALORIZAÇÃO	 DA	 DIVERSIDADE	 DE	 INDIVÍDUOS	 E	 DE	 GRUPOS	 SOCIAIS,	 SEUS	 SABERES,	
IDENTIDADES,	CULTURAS	E	POTENCIALIDADES,	SEM	PRECONCEITOS	DE	QUALQUER	NATUREZA.	
10.	 AGIR	 PESSOAL	 E	 COLETIVAMENTE	 COM	 AUTONOMIA,	 RESPONSABILIDADE,	 FLEXIBILIDADE,	
RESILIÊNCIA	 E	 DETERMINAÇÃO,	 TOMANDO	 DECISÕES	 COM	 BASE	 EM	 PRINCÍPIOS	 ÉTICOS,	
DEMOCRÁTICOS,	INCLUSIVOS,	SUSTENTÁVEIS	E	SOLIDÁRIOS.	
	
OS	MARCOS	LEGAIS	QUE	EMBASAM	A	BNCC		
CONSTITUIÇÃO	FEDERAL	DE	1988	
ARTIGO	 205	 -	 RECONHECE	 A	 EDUCAÇÃO	 COMO	 DIREITO	 FUNDAMENTAL	 COMPARTILHADO	 ENTRE	
ESTADO,	FAMÍLIA	E	SOCIEDADE	AO	DETERMINAR	QUE	“A	EDUCAÇÃO,	DIREITO	DE	TODOS	E	DEVER	DO	
ESTADO	 E	 DA	 FAMÍLIA,	 SERÁ	 PROMOVIDA	 E	 INCENTIVADA	 COM	 A	 COLABORAÇÃO	 DA	 SOCIEDADE,	
VISANDO	 AO	 PLENO	 DESENVOLVIMENTO	 DA	 PESSOA,	 SEU	 PREPARO	 PARA	 O	 EXERCÍCIO	 DA	
CIDADANIA	E	SUA	QUALIFICAÇÃO	PARA	O	TRABALHO”	(BRASIL,	1988).	
	
ARTIGO	 210	 -	 RECONHECE	 A	 NECESSIDADEDE	 QUE	 SEJAM	 “FIXADOS	 CONTEÚDOS	MÍNIMOS	
PARA	O	 ENSINO	 FUNDAMENTAL,	 DE	MANEIRA	 A	 ASSEGURAR	 FORMAÇÃO	 BÁSICA	 COMUM	 E	
RESPEITO	AOS	VALORES	CULTURAIS	E	ARTÍSTICOS,	NACIONAIS	E	REGIONAIS”	(BRASIL,	1988).		
	
LEI	DE	DIRETRIZES	E	BASES	DA	EDUCAÇÃO	
NACIONAL	–	LEI	9394/1996	
ARTIGO	 9º,	 INCISO	 IV	 –	 “CABE	 À	 UNIÃO	 ESTABELECER,	 EM	 COLABORAÇÃO	 COM	 OS	 ESTADOS,	 O	
DISTRITO	FEDERAL	E	OS	MUNICÍPIOS,	COMPETÊNCIAS	E	DIRETRIZES	PARA	A	EDUCAÇÃO	 INFANTIL,	O	
ENSINO	FUNDAMENTAL	E	O	ENSINO	MÉDIO,	QUE	NORTEARÃO	OS	CURRÍCULOS	E	SEUS	CONTEÚDOS	
MÍNIMOS,	 DE	 MODO	 A	 ASSEGURAR	 FORMAÇÃO	 BÁSICA	 COMUM”	 (BRASIL,	 1996;	 ÊNFASE	
ADICIONADA).	
	
IMPORTANTE!!!!!	
O	 QUE	 É	 BÁSICO-COMUM	 E	 O	 QUE	 É	 DIVERSO	 EM	 MATÉRIA	 CURRICULAR:	 AS	 COMPETÊNCIAS	 E	
DIRETRIZES	SÃO	COMUNS,	OS	CURRÍCULOS	SÃO	DIVERSOS.	
	 	 AO	 DIZER	 QUE	 OS	 CONTEÚDOS	 CURRICULARES	 ESTÃO	 A	 SERVIÇO	 DO	 DESENVOLVIMENTO	 DE	
COMPETÊNCIAS,	A	LDB	ORIENTA	A	DEFINIÇÃO	DAS	APRENDIZAGENS	ESSENCIAIS,	E	NÃO	APENAS	DOS	
CONTEÚDOS	MÍNIMOS	A	SER	ENSINADOS	(BRASIL,	2017,	P.	9).		
	
	ARTIGO	26	(RELAÇÃO	ENTRE	O	QUE	É	BÁSICO-COMUM	E	O	QUE	É	DIVERSO)	–	“OS	CURRÍCULOS	DA	
EDUCAÇÃO	INFANTIL,	DO	ENSINO	FUNDAMENTAL	E	DO	ENSINO	MÉDIO	DEVEM	TER	BASE	NACIONAL	
COMUM,	 A	 SER	 COMPLEMENTADA,	 EM	 CADA	 SISTEMA	 DE	 ENSINO	 E	 EM	 CADA	 ESTABELECIMENTO	
ESCOLAR,	POR	UMA	PARTE	DIVERSIFICADA,	EXIGIDA	PELAS	CARACTERÍSTICAS	REGIONAIS	E	LOCAIS	DA	
SOCIEDADE,	DA	CULTURA,	DA	ECONOMIA	E	DOS	EDUCANDOS”	(BRASIL,	1996;	ÊNFASE	ADICIONADA).	
	
	
•  LEI	 Nº	 13.415/2017	 –	 ALTERA	 A	 LDB	 (A	 LEGISLAÇÃO	 BRASILEIRA	 PASSA	 A	 UTILIZAR,	
CONCOMITANTEMENTE,	DUAS	NOMENCLATURAS	PARA	SE	REFERIR	ÀS	FINALIDADES	DA		EDUCAÇÃO):		
•  		ART.	35-A.	A	BASE	NACIONAL	COMUM	CURRICULAR	DEFINIRÁ	DIREITOS	E	OBJETIVOS	DE	APRENDIZAGEM	
DO	 ENSINO	MÉDIO,	 CONFORME	DIRETRIZES	 DO	 CONSELHO	NACIONAL	 DE	 EDUCAÇÃO,	 NAS	 SEGUINTES	
ÁREAS	DO	CONHECIMENTO	[...]	
•  ART.	36.	§	1º	A	ORGANIZAÇÃO	DAS	ÁREAS	DE	QUE	TRATA	O	CAPUT	E	DAS	RESPECTIVAS	COMPETÊNCIAS	E	
HABILIDADES	 SERÁ	 FEITA	 DE	 ACORDO	 COM	 CRITÉRIOS	 ESTABELECIDOS	 EM	 CADA	 SISTEMA	 DE	 ENSINO	
(BRASIL,	20178;	ÊNFASES	ADICIONADAS).	
DIRETRIZES	CURRICULARES	NACIONAIS	GERAIS	
PARA	A	EDUCAÇÃO	BÁSICA	(DCN)	
	AMPLIAM	E	ORGANIZAM	O	CONCEITO	DE	CONTEXTUALIZAÇÃO	COMO	“A	INCLUSÃO,	A	VALORIZAÇÃO	
DAS	 DIFERENÇAS	 E	 O	 ATENDIMENTO	 À	 PLURALIDADE	 E	 À	 DIVERSIDADE	 CULTURAL	 RESGATANDO	 E	
RESPEITANDO	AS	VÁRIAS	MANIFESTAÇÕES	DE	CADA	COMUNIDADE”	(BRASIL,	2010).		
	
LEI	13.005/2014	–	PLANO	NACIONAL	DE	EDUCAÇÃO	
		“REITERA	A	NECESSIDADE	DE	ESTABELECER	E	IMPLANTAR,	MEDIANTE	PACTUAÇÃO	INTERFEDERATIVA	
[UNIÃO,	ESTADOS,	DISTRITO	FEDERAL	E	MUNICÍPIOS],	DIRETRIZES	PEDAGÓGICAS	PARA	A	EDUCAÇÃO	
BÁSICA	 E	 A	 BASE	 NACIONAL	 COMUM	 DOS	 CURRÍCULOS,	 COM	 DIREITOS	 E	 OBJETIVOS	 DE	
APRENDIZAGEM	 E	 DESENVOLVIMENTO	 DOS(AS)	 ALUNOS(AS)	 PARA	 CADA	 ANO	 DO	 ENSINO	
FUNDAMENTAL	 E	 MÉDIO,	 RESPEITADAS	 AS	 DIVERSIDADES	 REGIONAL,	 ESTADUAL	 E	 LOCAL”(BRASIL,	
2014).		
	
	 “AFIRMA	A	 IMPORTÂNCIA	DE	UMA	BASE	NACIONAL	COMUM	CURRICULAR	PARA	O	BRASIL,	COM	O	
FOCO	NA	APRENDIZAGEM	COMO	ESTRATÉGIA	PARA	FOMENTAR	A	QUALIDADE	DA	EDUCAÇÃO	BÁSICA	
EM	 TODAS	 AS	 ETAPAS	 E	 MODALIDADES	 (META	 7),	 REFERINDO-SE	 A	 DIREITOS	 E	 OBJETIVOS	 DE	
APRENDIZAGEM	E	DESENVOLVIMENTO”(BRASIL,	2017,	P.	10).			
	
	
OS	FUNDAMENTOS	PEDAGÓGICOS	DA	BNCC	
•  	FOCO	NO	DESENVOLVIMENTO	DE	COMPETÊNCIAS	
O	CONCEITO	DE	COMPETÊNCIA,	ADOTADO	PELA	BNCC,	MARCA	A	DISCUSSÃO	PEDAGÓGICA	E	SOCIAL	
DAS	 ÚLTIMAS	 DÉCADAS	 E	 PODE	 SER	 INFERIDO	 NO	 TEXTO	 DA	 LDB,	 ESPECIALMENTE	 QUANDO	 SE	
ESTABELECEM	AS	FINALIDADES	GERAIS	DO	ENSINO	FUNDAMENTAL	E	DO	ENSINO	MÉDIO	(ARTIGOS	32	
E	35);	
•  DESDE	AS	DÉCADAS	FINAIS	DO	SÉCULO	XX	E	AO	LONGO	DESTE	INÍCIO	DO	SÉCULO	XXI9,	O	FOCO	
NO	 DESENVOLVIMENTO	 DE	 COMPETÊNCIAS	 TEM	 ORIENTADO	 A	 MAIORIA	 DOS	 ESTADOS	 E	
MUNICÍPIOS	BRASILEIROS	E	DIFERENTES	PAÍSES	NA	CONSTRUÇÃO	DE	SEUS	CURRÍCULOS;	
	
	
•  É	ESSE	TAMBÉM	O	ENFOQUE	ADOTADO	NAS	AVALIAÇÕES	 INTERNACIONAIS	DA	ORGANIZAÇÃO	
PARA	 A	 COOPERAÇÃO	 E	 DESENVOLVIMENTO	 ECONÔMICO	 (OCDE),	 QUE	 COORDENA	 O	
PROGRAMA	 INTERNACIONAL	DE	AVALIAÇÃO	DE	ALUNOS	 (PISA,	NA	SIGLA	EM	 INGLÊS)11,	E	DA	
ORGANIZAÇÃO	DAS	NAÇÕES	UNIDAS	PARA	A	EDUCAÇÃO,	A	CIÊNCIA	E	A	CULTURA	(UNESCO,	NA	
SIGLA	 EM	 INGLÊS),	 QUE	 INSTITUIU	 O	 LABORATÓRIO	 LATINO-AMERICANO	 DE	 AVALIAÇÃO	 DA	
QUALIDADE	DA	EDUCAÇÃO	PARA	A	AMÉRICA	LATINA	(LLECE,	NA	SIGLA	EM	ESPANHOL)	(BRASIL,	
2017,	P.	11).	
	
	 AO	 ADOTAR	 ESSE	 ENFOQUE,	 A	 BNCC	 INDICA	 QUE	 AS	 DECISÕES	 PEDAGÓGICAS	 DEVEM	 ESTAR	
ORIENTADAS	PARA	O	DESENVOLVIMENTO	DE	COMPETÊNCIAS.	POR	MEIO	DA	 INDICAÇÃO	CLARA	DO	
QUE	 OS	 ALUNOS	 DEVEM	 “SABER”	 (CONSIDERANDO	 A	 CONSTITUIÇÃO	 DE	 CONHECIMENTOS,	
HABILIDADES,	ATITUDES	E	VALORES)	E,	SOBRETUDO,	DO	QUE	DEVEM	“SABER	FAZER”	(CONSIDERANDO	
A	 MOBILIZAÇÃO	 DESSES	 CONHECIMENTOS,	 HABILIDADES,	 ATITUDES	 E	 VALORES	 PARA	 RESOLVER	
DEMANDAS	COMPLEXAS	DA	VIDA	COTIDIANA,	DO	PLENO	EXERCÍCIO	DA	CIDADANIA	E	DO	MUNDO	DO	
TRABALHO),	A	EXPLICITAÇÃO	DAS	COMPETÊNCIAS	OFERECE	REFERÊNCIAS	PARA	O	FORTALECIMENTO	
DE	AÇÕES	QUE	ASSEGUREM	AS	APRENDIZAGENS	 ESSENCIAIS	DEFINIDAS	NA	BNCC	 (BRASIL,	 2017,	 P.	
11).		
	
	
	
O	COMPROMISSO	DA	EDUCAÇÃO	INTEGRAL	
•  	 “A	 SOCIEDADE	 CONTEMPORÂNEA	 IMPÕE	 UM	 OLHAR	 INOVADOR	 E	 INCLUSIVO	 A	 QUESTÕES	
CENTRAIS	DO	PROCESSO	EDUCATIVO:	O	QUE	APRENDER,	PARA	QUE	APRENDER,	COMO	ENSINAR,	
COMO	 PROMOVER	 REDES	 DE	 APRENDIZAGEM	 COLABORATIVA	 E	 COMO	 AVALIAR	 O	
APRENDIZADO.	NO	NOVO	CENÁRIO	MUNDIAL,	RECONHECER-SE	EM	SEU	CONTEXTO	HISTÓRICO	E	
CULTURAL,	 COMUNICAR-SE,	 SER	 CRIATIVO,	 ANALÍTICO-CRÍTICO,	 PARTICIPATIVO,	 ABERTO	 AO	
NOVO,	COLABORATIVO,	RESILIENTE,	PRODUTIVO	E	RESPONSÁVEL	REQUER	MUITO	MAIS	DO	QUE	
O	ACÚMULO	DE	INFORMAÇÕES.	
	
•  	REQUER	O	DESENVOLVIMENTO	DE	COMPETÊNCIAS	PARA	APRENDER	A	APRENDER,	SABER	LIDAR	
COM	 A	 INFORMAÇÃO	 CADA	 VEZ	 MAIS	 DISPONÍVEL,	 ATUAR	 COM	 DISCERNIMENTO	 E	
RESPONSABILIDADE	NOS	CONTEXTOS	DAS	CULTURAS	DIGITAIS,	APLICAR	CONHECIMENTOS	PARA	
RESOLVER	 PROBLEMAS,	 TER	 AUTONOMIA	 PARA	 TOMAR	 DECISÕES,	 SER	 PROATIVO	 PARA	
IDENTIFICAR	OS	DADOS	DE	UMA	SITUAÇÃO	E	BUSCAR	SOLUÇÕES,	CONVIVER	E	APRENDER	COM	
AS	DIFERENÇAS	E	AS	DIVERSIDADES.	
•  	 A	 BNCC	 PROPÕE	 A	 SUPERAÇÃO	 DA	 FRAGMENTAÇÃO	 RADICALMENTE	 DISCIPLINAR	 DO	
CONHECIMENTO,	O	ESTÍMULO	À	SUA	APLICAÇÃO	NA	VIDA	REAL,	A	IMPORTÂNCIA	DO	CONTEXTO	
PARA	 DAR	 SENTIDO	 AO	 QUE	 SE	 APRENDE	 E	 O	 PROTAGONISMO	 DO	 ESTUDANTE	 EM	 SUA	
APRENDIZAGEM	E	NA	CONSTRUÇÃO	DE	SEU	PROJETO	DE	VIDA”	(BRASIL,	2017,	P.	12	E	13).		
	
O	PACTO	INTERFEDERATIVO	E	A	IMPLEMENTAÇÃO	
DA	BNCC:	IGUALDADE,	DIVERSIDADE	E	EQUIDADE		
•  NO	BRASIL,	UM	PAÍS	CARACTERIZADO	PELA	AUTONOMIA	DOS	ENTES	FEDERADOS,	ACENTUADA	
DIVERSIDADE	 CULTURAL	 E	 PROFUNDAS	 DESIGUALDADES	 SOCIAIS,	 OS	 SISTEMAS	 E	 REDES	 DE	
ENSINO	 DEVEM	 CONSTRUIR	 CURRÍCULOS,	 E	 AS	 ESCOLAS	 PRECISAM	 ELABORAR	 PROPOSTAS	
PEDAGÓGICAS	QUE	CONSIDEREM	AS	NECESSIDADES,	AS	POSSIBILIDADES	E	OS	 INTERESSES	DOS	
ESTUDANTES,	ASSIM	COMO	SUAS	IDENTIDADES	LINGUÍSTICAS,	ÉTNICAS	E	CULTURAIS.			
	
•  	NESSE	PROCESSO,	A	BNCC	DESEMPENHA	PAPEL	 FUNDAMENTAL,	 POIS	 EXPLICITA	AS	APRENDIZAGENS	
ESSENCIAIS	QUE	TODOS	OS	ESTUDANTES	DEVEM	DESENVOLVER	E	EXPRESSA,	PORTANTO,	A	IGUALDADE	
EDUCACIONAL	 SOBRE	 A	 QUAL	 AS	 SINGULARIDADES	 DEVEM	 SER	 CONSIDERADAS	 E	 ATENDIDAS.	 ESSA	
IGUALDADE	DEVE	VALER	TAMBÉM	PARA	AS	OPORTUNIDADES	DE	INGRESSO	E	PERMANÊNCIA	EM	UMA	
ESCOLA	DE	EDUCAÇÃO	BÁSICA,	SEM	O	QUE	O	DIREITO	DE	APRENDER	NÃO	SE	CONCRETIZA.		
•  	DIANTE	DESSE	QUADRO,	AS	DECISÕES	CURRICULARES	E	DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS	DAS	SECRETARIAS	DE	
EDUCAÇÃO,	O	PLANEJAMENTO	DO	TRABALHO	ANUAL	DAS	INSTITUIÇÕES	ESCOLARES	E	AS	ROTINAS	E	OS	
EVENTOS	DO	COTIDIANO	ESCOLAR	DEVEM	LEVAR	EM	CONSIDERAÇÃO	A	NECESSIDADE	DE	SUPERAÇÃO	
DESSAS	DESIGUALDADES.	PARA	ISSO,	OS	SISTEMAS	E	REDES	DE	ENSINO	E	AS	INSTITUIÇÕES	ESCOLARES	
DEVEM	 SE	 PLANEJAR	 COM	 UM	 CLARO	 FOCO	 NA	 EQUIDADE,	 QUE	 PRESSUPÕE	 RECONHECER	 QUE	 AS	
NECESSIDADES	DOSESTUDANTES	SÃO	DIFERENTES.		
	
BNCC	E	CURRÍCULOS	
	 	 BNCC	 E	 CURRÍCULOS	 TÊM	 PAPÉIS	 COMPLEMENTARES	 PARA	 ASSEGURAR	 AS	 APRENDIZAGENS	
ESSENCIAIS	 DEFINIDAS	 PARA	 CADA	 ETAPA	 DA	 EDUCAÇÃO	 BÁSICA,	 UMA	 VEZ	 QUE	 TAIS	
APRENDIZAGENS	SÓ	SE	MATERIALIZAM	MEDIANTE	O	CONJUNTO	DE	DECISÕES	QUE	CARACTERIZAM	O	
CURRÍCULO	 EM	 AÇÃO.	 SÃO	 ESSAS	 DECISÕES	 QUE	 VÃO	 ADEQUAR	 AS	 PROPOSIÇÕES	 DA	 BNCC	 À	
REALIDADE	LOCAL,	CONSIDERANDO	A	AUTONOMIA	DOS	SISTEMAS	OU	DAS	REDES	DE	ENSINO	E	DAS	
INSTITUIÇÕES	ESCOLARES,	COMO	TAMBÉM	O	CONTEXTO	E	AS	CARACTERÍSTICAS	DOS	ALUNOS.		
	
AÇÕES	
•  	 CONTEXTUALIZAR	 OS	 CONTEÚDOS	 DOS	 COMPONENTES	 CURRICULARES,	 IDENTIFICANDO	
ESTRATÉGIAS	 PARA	 APRESENTÁ-LOS,	 REPRESENTÁ-LOS,	 EXEMPLIFICÁ-LOS,	 CONECTÁ-LOS	 E	
TORNÁ-LOS	SIGNIFICATIVOS,	COM	BASE	NA	REALIDADE	DO	LUGAR	E	DO	TEMPO	NOS	QUAIS	AS	
APRENDIZAGENS	ESTÃO	SITUADAS;	
•  	 DECIDIR	 SOBRE	 FORMAS	 DE	 ORGANIZAÇÃO	 INTERDISCIPLINAR	 DOS	 COMPONENTES	
CURRICULARES	 E	 FORTALECER	 A	 COMPETÊNCIA	 PEDAGÓGICA	 DAS	 EQUIPES	 ESCOLARES	 PARA	
ADOTAR	 ESTRATÉGIAS	 MAIS	 DINÂMICAS,	 INTERATIVAS	 E	 COLABORATIVAS	 EM	 RELAÇÃO	 À	
GESTÃO	DO	ENSINO	E	DA	APRENDIZAGEM;	
	
•  SELECIONAR	 E	 APLICAR	 METODOLOGIAS	 E	 ESTRATÉGIAS	 DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS	
DIVERSIFICADAS,	RECORRENDO	A	RITMOS	DIFERENCIADOS	E	A	CONTEÚDOS	COMPLEMENTARES,	
SE	NECESSÁRIO,	PARA	TRABALHAR	COM	AS	NECESSIDADES	DE	DIFERENTES	GRUPOS	DE	ALUNOS,	
SUAS	FAMÍLIAS	E	CULTURA	DE	ORIGEM,	SUAS	COMUNIDADES,	SEUS	GRUPOS	DE	SOCIALIZAÇÃO	
ETC.;		
•  	CONCEBER	E	PÔR	EM	PRÁTICA	SITUAÇÕES	E	PROCEDIMENTOS	PARA	MOTIVAR	E	ENGAJAR	OS	
ALUNOS	NAS	APRENDIZAGENS;			
•  	 	 CONSTRUIR	 E	 APLICAR	 PROCEDIMENTOS	 DE	 AVALIAÇÃO	 FORMATIVA	 DE	 PROCESSO	 OU	 DE	
RESULTADO	 QUE	 LEVEM	 EM	 CONTA	 OS	 CONTEXTOS	 E	 AS	 CONDIÇÕES	 DE	 APRENDIZAGEM,	
TOMANDO	TAIS	REGISTROS	COMO	REFERÊNCIA	PARA	MELHORAR	O	DESEMPENHO	DA	ESCOLA,	
DOS	PROFESSORES	E	DOS	ALUNOS;	
•  	 SELECIONAR,	 PRODUZIR,	 APLICAR	 E	 AVALIAR	 RECURSOS	 DIDÁTICOS	 E	 TECNOLÓGICOS	 PARA	
APOIAR	O	PROCESSO	DE	ENSINAR	E	APRENDER;		
	
•  	 	 CRIAR	 E	 DISPONIBILIZAR	MATERIAIS	 DE	 ORIENTAÇÃO	 PARA	 OS	 PROFESSORES,	 BEM	 COMO	
MANTER	 PROCESSOS	 PERMANENTES	 DE	 FORMAÇÃO	 DOCENTE	 QUE	 POSSIBILITEM	 CONTÍNUO	
APERFEIÇOAMENTO	DOS	PROCESSOS	DE	ENSINO	E	APRENDIZAGEM;		
•  	 MANTER	 PROCESSOS	 CONTÍNUOS	 DE	 APRENDIZAGEM	 SOBRE	 GESTÃO	 PEDAGÓGICA	 E	
CURRICULAR	PARA	OS	DEMAIS	EDUCADORES,	NO	ÂMBITO	DAS	ESCOLAS	E	SISTEMAS	DE	ENSINO.	
	
ORGANIZAÇÃO	DE	CURRÍCULOS	E	PROPOSTAS	
•  EDUCAÇÃO	ESPECIAL,		
•  EDUCAÇÃO	DE	JOVENS	E	ADULTOS,		
•  EDUCAÇÃO	DO	CAMPO,	EDUCAÇÃO	ESCOLAR	INDÍGENA,		
•  EDUCAÇÃO	ESCOLAR	QUILOMBOLA,		
•  EDUCAÇÃO	A	DISTÂNCIA.			
	
PAPEL	DE	ESTADOS	E	MUNICÍPIOS	(SISTEMAS	DE	ENSINO)	
É	DA	ALÇADA	DOS	ENTES	FEDERADOS	RESPONSÁVEIS	PELA	IMPLEMENTAÇÃO	DA	BNCC	O	RECONHECIMENTO	
DA	EXPERIÊNCIA	CURRICULAR	EXISTENTE	EM	SEU	ÂMBITO	DE	ATUAÇÃO.	NAS	DUAS	ÚLTIMAS	DÉCADAS,	MAIS	
DA	METADE	DOS	ESTADOS	E	MUITOS	MUNICÍPIOS	VÊM	ELABORANDO	CURRÍCULOS	PARA	SEUS	RESPECTIVOS	
SISTEMAS	 DE	 ENSINO,	 INCLUSIVE	 PARA	 ATENDER	 ÀS	 ESPECIFICIDADES	 DAS	 DIFERENTES	 MODALIDADES.	
MUITAS	ESCOLAS	PÚBLICAS	E	PARTICULARES	TAMBÉM	ACUMULARAM	EXPERIÊNCIAS	DE	DESENVOLVIMENTO	
CURRICULAR	E	DE	CRIAÇÃO	DE	MATERIAIS	DE	APOIO	AO	CURRÍCULO,	ASSIM	COMO	INSTITUIÇÕES	DE	ENSINO	
SUPERIOR	 CONSTRUÍRAM	 EXPERIÊNCIAS	 DE	 CONSULTORIA	 E	 DE	 APOIO	 TÉCNICO	 AO	 DESENVOLVIMENTO	
CURRICULAR.	 INVENTARIAR	 E	 AVALIAR	 TODA	 ESSA	 EXPERIÊNCIA	 PODE	 CONTRIBUIR	 PARA	APRENDER	 COM	
ACERTOS	E	ERROS	E	INCORPORAR	PRÁTICAS	QUE	PROPICIARAM	BONS	RESULTADOS.		
	
	
•  CABE	 AOS	 SISTEMAS	 E	 REDES	 DE	 ENSINO,	 ASSIM	 COMO	 ÀS	 ESCOLAS,	 EM	 SUAS	 RESPECTIVAS	
ESFERAS	 DE	 AUTONOMIA	 E	 COMPETÊNCIA,	 INCORPORAR	 AOS	 CURRÍCULOS	 E	 ÀS	 PROPOSTAS	
PEDAGÓGICAS	A	ABORDAGEM	DE	 TEMAS	CONTEMPORÂNEOS	QUE	AFETAM	A	VIDA	HUMANA	
EM	 ESCALA	 LOCAL,	 REGIONAL	 E	 GLOBAL,	 PREFERENCIALMENTE	 DE	 FORMA	 TRANSVERSAL	 E	
INTEGRADORA.		
	
TEMAS	
•  DIREITOS	DA	CRIANÇA	E	DO	ADOLESCENTE	(LEI	Nº	8.069/199016),		
•  EDUCAÇÃO	 PARA	 O	 TRÂNSITO	 (LEI	 Nº	 9.503/199717),	 EDUCAÇÃO	 AMBIENTAL	 (LEI	 Nº	
9.795/1999,	PARECER	CNE/CP	Nº	14/2012	E	RESOLUÇÃO	CNE/CP	Nº	2/201218),		
•  EDUCAÇÃO	ALIMENTAR	E	NUTRICIONAL	(LEI	Nº	11.947/200919),		
•  PROCESSO	DE	ENVELHECIMENTO,	RESPEITO	E	VALORIZAÇÃO	DO	IDOSO	(LEI	Nº	10.741/200320),		
	
•  EDUCAÇÃO	 EM	DIREITOS	 HUMANOS	 (DECRETO	Nº	 7.037/2009,	 PARECER	 CNE/CP	Nº	 8/2012	 E	
RESOLUÇÃO	CNE/CP	Nº	1/201221),		
•  EDUCAÇÃO	 DAS	 RELAÇÕES	 ÉTNICO-RACIAIS	 E	 ENSINO	 DE	 HISTÓRIA	 E	 CULTURA	 AFRO-
BRASILEIRA,	 AFRICANA	 E	 INDÍGENA	 (LEIS	Nº	 10.639/2003	 E	 11.645/2008,	 PARECER	 CNE/CP	Nº	
3/2004	E	RESOLUÇÃO	CNE/CP	Nº	1/200422),	
•  	 SAÚDE,	 VIDA	 FAMILIAR	 E	 SOCIAL,	 EDUCAÇÃO	 PARA	O	 CONSUMO,	 EDUCAÇÃO	 FINANCEIRA	 E	
FISCAL,	 TRABALHO,	 CIÊNCIA	 E	 TECNOLOGIA	 E	 DIVERSIDADE	 CULTURAL	 (PARECER	 CNE/CEB	 Nº	
11/2010	E	RESOLUÇÃO	CNE/CEB	Nº	7/201023).		
	
BNCC	E	REGIME	DE	COLABORAÇÃO	
LEGITIMADA	 PELO	 PACTO	 INTERFEDERATIVO,	 NOS	 TERMOS	 DA	 LEI	 Nº	 13.005/	 2014,	 QUE	
PROMULGOU	 O	 PNE,	 A	 BNCC	 DEPENDE	 DO	 ADEQUADO	 FUNCIONAMENTO	 DO	 REGIME	 DE	
COLABORAÇÃO	PARA	ALCANÇAR	SEUS	OBJETIVOS.	SUA	FORMULAÇÃO,	SOB	COORDENAÇÃO	DO	MEC,	
CONTOU	COM	A	PARTICIPAÇÃO	DOS	ESTADOS	DO	DISTRITO	FEDERAL	E	DOS	MUNICÍPIOS,	DEPOIS	DE	
AMPLA	 CONSULTA	 À	 COMUNIDADE	 EDUCACIONAL	 E	 À	 SOCIEDADE,	 CONFORME	 CONSTA	 DA	
APRESENTAÇÃO	DO	PRESENTE	DOCUMENTO.	COM	A	HOMOLOGAÇÃO	DA	BNCC,	AS	REDES	DE	ENSINO	
E	ESCOLAS	PARTICULARES	TERÃO	DIANTE	DE	SI	A	TAREFA	DE	CONSTRUIR	CURRÍCULOS,	COM	BASE	NAS	
APRENDIZAGENS	 ESSENCIAIS	 ESTABELECIDAS	NA	BNCC,	 PASSANDO,	ASSIM,	DO	PLANO	NORMATIVO	
PROPOSITIVO	PARA	O	PLANO	DA	AÇÃO	E	DA	GESTÃO	CURRICULAR	QUE	ENVOLVE	TODO	O	CONJUNTO	
DE	DECISÕES	E	AÇÕES	DEFINIDORAS	DO	CURRÍCULO	E	DE	SUA	DINÂMICA.	
	
PACTO	INTERFEDERATIVO	
	ASSIM,	 O	 PACTO	 FEDERATIVO	 DISPÕE,	 NA	 EDUCAÇÃO	 ESCOLAR,	 A	 COEXISTÊNCIA	 COORDENADA	 E	
DESCENTRALIZADA	DE	SISTEMAS	DE	ENSINO	SOB	O	REGIME	DE	COLABORAÇÃO	RECÍPROCA:		
•  COM	UNIDADE:	ART.	6º	E	ART.	205	DA	CF/88,		
•  COM	DIVISÃO	DE	COMPETÊNCIAS	E	RESPONSABILIDADES,		
•  COM	DIVERSIDADE	DE	CAMPOS	ADMINISTRATIVOS,		
•  COM	DIVERSIDADE	DE	NÍVEIS	DA	EDUCAÇÃO	ESCOLAR,		
•  	COM	ASSINALAÇÃO	DE	RECURSOS	VINCULADOS.	(P.	22).	
	
	A	PROPOSTA	DE	SNE	–	COM	RELAÇÕES	DEMOCRÁTICAS	–	E	DE	PLANOS	(DECENAIS)	QUE	CONTENHAM	
DIRETRIZES,	 METAS,	 ESTRATÉGIAS	 E	 OBJETIVOS	 DEVE	 TRANSFORMAR-SE	 EM	 PROJETOS	 DE	 LEI	
(MUNICIPAIS,	 ESTADUAIS	 E	 FEDERAL)	 DE	 INICIATIVA	 DO	 PODER	 EXECUTIVO.	 COM	 STATUS	 DE	 LEI	
COMPLEMENTAR,	 ESTARÁ	 REGULAMENTANDO	O	ARTIGO	 23	 DA	 CONSTITUIÇÃO	 FEDERAL.	 NELA,	 AS	
INSTÂNCIAS	 DE	 COOPERAÇÃO	 INTERFEDERATIVA	 NO	 ÂMBITO	 DA	 UNIÃO	 (COM	 REPRESENTAÇÃO	
TRIPARTITE)	 E	NO	ÂMBITO	DOS	ESTADOS	 (COM	REPRESENTAÇÃO,	NO	MÍNIMO,	BIPARTITE	ENTRE	O	
RESPECTIVO	ESTADO	E	OS	MUNICÍPIOS	EM	SUA	JURISDIÇÃO)	DEVEM	SER	CLARAMENTE	INSTITUÍDAS	
COM	SUAS	COMPOSIÇÕES,	ATRIBUIÇÕES	E	CAPACIDADES	DE	NORMATIZAÇÃO	VINCULANTE.	
	
PAPEL	DA	UNIÃO	
•  EM	 REGIME	 DE	 COLABORAÇÃO,	 AS	 RESPONSABILIDADES	 DOS	 ENTES	 FEDERADOS	 SERÃO	
DIFERENTES	 E	 COMPLEMENTARES,	 E	 A	 UNIÃO	 CONTINUARÁ	 A	 EXERCER	 SEU	 PAPEL	 DE	
COORDENAÇÃO	DO	PROCESSO	E	DE	CORREÇÃO	DAS	DESIGUALDADES.	
•  	A	UNIÃO	REVISARÁ	A	FORMAÇÃO	INICIAL	E	CONTINUADA	DOS	PROFESSORES	PARA	ALINHÁ-LAS	
À	BNCC.	A	AÇÃO	NACIONAL	SERÁ	CRUCIAL	NESSA	INICIATIVA,	JÁ	QUE	SE	TRATA	DA	ESFERA	QUE	
RESPONDE	 PELA	 REGULAÇÃO	 DO	 ENSINO	 SUPERIOR,	 NÍVEL	 NO	 QUAL	 SE	 PREPARA	 GRANDE	
PARTE	DESSES	PROFISSIONAIS.	
	
•  	COMPETE	AINDA	À	UNIÃO,	COMO	ANTERIORMENTE	ANUNCIADO,	PROMOVER	E	COORDENAR	
AÇÕES	E	POLÍTICAS	EM	ÂMBITO	FEDERAL,	ESTADUAL	E	MUNICIPAL,	REFERENTES	À	AVALIAÇÃO,	
À	 ELABORAÇÃO	 DE	 MATERIAIS	 PEDAGÓGICOS	 E	 AOS	 CRITÉRIOS	 PARA	 A	 OFERTA	 DE	
INFRAESTRUTURA	ADEQUADA	PARA	O	PLENO	DESENVOLVIMENTO	DA	EDUCAÇÃO.	
•  	 A	 IMPLEMENTAÇÃO	 DA	 BNCC	 REQUER,	 AINDA,	 O	 MONITORAMENTO	 PELO	 MEC	 EM	
COLABORAÇÃO	COM	OS	ORGANISMOS	NACIONAIS	DA	ÁREA	–	CNE,	CONSED	E	UNDIME.•  	 A	 CRIAÇÃO	 E	 DO	 FORTALECIMENTO	 DE	 INSTÂNCIAS	 TÉCNICO-PEDAGÓGICAS	 NAS	 REDES	 DE	
ENSINO,	 PRIORIZANDO	 AQUELES	 COM	 MENORES	 RECURSOS,	 TANTO	 TÉCNICOS	 QUANTO	
FINANCEIROS	 DEVERÁ	 SER	 FUNÇÃO	 EXERCIDA	 PELO	MEC,	 EM	 PARCERIA	 COM	O	 CONSED	 E	 A	
UNDIME,	RESPEITADA	A	AUTONOMIA	DOS	ENTES	FEDERADOS.	
	
ATUAÇÃO	DO	MEC	
•  APOIO	TÉCNICO	E	FINANCEIRO;	
•  	FOMENTO	A	INOVAÇÕES	E	A	DISSEMINAÇÃO	DE	CASOS	DE	SUCESSO;	
•  	APOIO	A	EXPERIÊNCIAS	CURRICULARES	INOVADORAS;	
•  	 CRIAÇÃO	 DE	 OPORTUNIDADES	 DE	 ACESSO	 A	 CONHECIMENTOS	 E	 EXPERIÊNCIAS	 DE	 OUTROS	
PAÍSES;	
•  	 FOMENTO	DE	 ESTUDOS	 E	 PESQUISAS	 SOBRE	 CURRÍCULOS	 E	 TEMAS	AFINS”	 (BRASIL,	 2017,	 P.	
18/19).		
	
PROFª	DRª	MARIA	LEOPOLDINA	(DINA)	PEREIRA	
A	EDUCAÇÃO	INFANTIL	NA	BNCC	
EDUCAÇÃO	INFANTIL:	CONCEITOS	E	DIREITOS	
A	 expressão	 educação	 “pré-escolar”,	 utilizada	 no	 Brasil	 até	 a	 década	 de	 1980,	 expressava	 o	
entendimento	de	que	a	Educação	 Infantil	 era	uma	etapa	anterior,	 independente	e	preparatória	
para	a	escolarização,	que	só	teria	seu	começo	no	Ensino	Fundamental.	Situava-se,	portanto,	fora	da	
educação	formal.	 	Com	a	Constituição	Federal	de	1988,	o	atendimento	em	creche	e	pré-escola	às	
crianças	de	zero	a	6	anos	de	idade	torna-se	dever	do	Estado.	Posteriormente,	com	a	promulgação	
da	LDB,	em	1996,	a	Educação	Infantil	passa	a	ser	parte	integrante	da	Educação	Básica,	situando-se	
no	 mesmo	 patamar	 que	 o	 Ensino	 Fundamental	 e	 o	 Ensino	 Médio.	 E	 a	 partir	 da	modificação	
introduzida	na	LDB	em	2006,	que	antecipou	o	acesso	ao	Ensino	Fundamental	para	os	6	anos	de	
idade,	a	Educação	Infantil	passa	a	atender	a	faixa	etária	de	zero	a	5	anos.	
	 	 			
																																																								
 
 
EDUCAÇÃO	INFANTIL	E	BNCC	:	ANTECEDENTES	
a)	 A	 BNC	 da	 Educação	 Infantil	 deriva	 das	 DCNEI	 (Diretrizes	
Curriculares	Nacionais	para	a	Educação	Infantil);	
b)	A	BNCC	representa	um	momento	importante	para	sublinhar	
a s 	 c o n c e p ç õ e s 	 d e 	 c r i a n ç a 	 e 	 c u r r í c u l o 	 j á	 	 				
expressas	nas	DNCEI;			
c)	 Na	 Educação	 Infantil,	 parte	 significativa	 de	 uma	 Base	
Nacional	 Comum	 –	 BNC	 está	 estabelecida	 nas	 atuais	 	 DCNEI,	
expressa	no	seus	artigos	8º	e	9º.		
	
 
 
EDUCAÇÃO	INFANTIL:	CONCEITOS	E	DIREITOS	
Embora	 reconhecida	 como	 direito	 de	 todas	 as	 crianças	 e	 dever	 do	 Estado,	 a	
Educação	Infantil	passa	a	ser	obrigatória	para	as	crianças	de	4	e	5	anos	apenas	com	
a	 Emenda	 Constitucional	 nº	 59/2009,	 que	 determina	 a	 obrigatoriedade	 da	
Educação	Básica	dos	4	aos	17	anos.	Essa	extensão	da	obrigatoriedade	é	incluída	na	
LDB	em	2013,	consagrando	plenamente	a	obrigatoriedade	de	matrícula	de	todas	as	
crianças	de	4	e	5	anos	em	instituições	de	Educação	Infantil.	
	 	 			
																																																								
 
 
DNCEI	X	BNCC:	UMA	INTERDEPENDÊNCIA	
As	Diretrizes	Curriculares	Nacionais	da	Educação	Infantil	(DCNEI,	Resolução	CNE/CEB	nº	
5/2009),	em	seu	Artigo	4º,	definem	a	criança	como	sujeito	histórico	e	de	direitos,	que,	
nas	 interações,	 relações	 e	 práticas	 cotidianas	 que	 vivencia,	 constrói	 sua	 identidade	
pessoal	e	coletiva,	brinca,	 imagina,	fantasia,	deseja,	aprende,	observa,	experimenta,	
narra,	 questiona	 e	 constrói	 sentidos	 sobre	 a	 natureza	 e	 a	 sociedade,	 produzindo	
cultura	(BRASIL,	2009).	
	 	 			
																																																								
 
 
EDUCAÇÃO	INFANTIL	E	BNCC	:	A	CONCEPÇÃO	DE	CRIANÇA	
	A	concepção	de	educação	de	crianças	explicitado	na	BNCC	rompe	com	dois	modos	
de	educação:			
• 	 o	 assistencialista	 –	 que	 desconsidera	 a	 especificidade	 educativa	 das	 crianças	
dessa	faixa	etária;	
•  	 o	 escolarizante	 –	 que	 se	 orienta,	 equivocadamente,	 por	 práticas	 do	 Ensino	
Fundamental.		
		
	
 
 
Ainda	de	acordo	com	as	DCNEI,	em	seu	Artigo	9º,	os	eixos	estruturantes	das	práticas	
pedagógicas	 dessa	 etapa	 da	 Educação	 Básica	 são	 as	 interações	 e	 a	 brincadeira,	
experiências	 nas	 quais	 as	 crianças	 podem	 construir	 e	 apropriar-se	 de	 conhecimentos	
por	meio	de	suas	ações	e	interações	com	seus	pares	e	com	os	adultos,	o	que	possibilita	
aprendizagens,	desenvolvimento	e	socialização.	
	
	 	 			
																																																								
 
 
EDUCAÇÃO	INFANTIL:	ENTRE	O	CUIDAR	E	O	EDUCAR	
Nas	últimas	décadas,	 vem	se	consolidando,	na	Educação	 Infantil,	 a	 concepção	que	
vincula	educar	e	cuidar,	entendendo	o	cuidado	como	algo	indissociável	do	processo	
educativo.	 Nesse	 contexto,	 as	 creches	 e	 pré-escolas,	 ao	 acolher	 as	 vivências	 e	 os	
conhecimentos	construídos	pelas	crianças	no	ambiente	da	família	e	no	contexto	de	
sua	 comunidade,	 e	 articulá-los	 em	 suas	propostas	 pedagógicas,	 têm	o	objetivo	de	
ampliar	 o	 universo	 de	 experiências,	 conhecimentos	 e	 habilidades	 dessas	 crianças,	
diversificando	e	consolidando	novas	aprendizagens. 	 	 			
																																																								
 
 
•  São	objetivos	da	educação	 infantil	 a	 fim	de	garantir	 os	direitos	das	 crianças:	 acesso	a	
processos	de	apropriação,	de	renovação	e	de	articulação	de	saberes	e	conhecimentos,	
como	requisito	para	a	formação	humana,	para	a	participação	social	e	para	a	cidadania,	
desde	seu	nascimento	até	seis	anos	de	idade.	
•  	Em	função	dos	princípios	apresentados,	e	na	tarefa	de	garantir	às	crianças	seu	direito	
de	 viver	 a	 infância	 e	 se	 desenvolver,	 as	 experiências	 no	 espaço	 de	 Educação	 Infantil	
devem	possibilitar	o	encontro	pela	criança	de	explicações	sobre	o	que	ocorre	à	sua	volta	
e	 consigo	mesma	enquanto	desenvolvem	 formas	de	 agir,	 sentir	 e	 pensar	 (Parecer	 20,	
2009,	p.	14).		
	
 
 
EDUCAÇÃO	INFANTIL	NA	BNCC	:	ORGANIZAÇÃO		
1.  			DIREITOS	DE	APRENDIZAGEM	NA	EDUCAÇÃO	INFANTIL	
2.  CAMPOS	DE	EXPERIÊNCIAS	E	OBJETIVOS	DE	APRENDIZAGEM	NA	EDUCAÇÃO	
INFANTIL	
	
											
						
	
	
 
 
Nas	últimas	décadas,	 vem	se	consolidando,	na	Educação	 Infantil,	 a	 concepção	que	
vincula	educar	e	cuidar,	entendendo	o	cuidado	como	algo	indissociável	do	processo	
educativo.	 Nesse	 contexto,	 as	 creches	 e	 pré-escolas,	 ao	 acolher	 as	 vivências	 e	 os	
conhecimentos	construídos	pelas	crianças	no	ambiente	da	família	e	no	contexto	de	
sua	 comunidade,	 e	 articulá-los	 em	 suas	propostas	 pedagógicas,	 têm	o	objetivo	de	
ampliar	 o	 universo	 de	 experiências,	 conhecimentos	 e	 habilidades	 dessas	 crianças,	
diversificando	e	consolidando	novas	aprendizagens. 	 	 			
																																																								
 
 
Tendo	em	vista	os	eixos	estruturantes	das	práticas	pedagógicas	e	as	competências	
gerais	 da	 Educação	 Básica	 propostas	 pela	 BNCC,	 seis	 direitos	 de	 aprendizagem	 e	
desenvolvimento	 asseguram,	 na	 Educação	 Infantil,	 as	 condições	 para	 que	 as	
crianças	aprendam	em	situações	nas	quais	possam	desempenhar	um	papel	ativo	em	
ambientes	 que	 as	 convidem	 a	 vivenciar	 desafios	 e	 a	 sentirem-se	 provocadas	 a	
resolvê-los,	nas	quais	possam	construir	 significados	 sobre	 si,	 os	outros	e	o	mundo	
social	e	natural.	
	 	 			
																																																								
 
 
DIREITOS	DE	APRENDIZAGEM	E	DESENVOLVIMENTO	
NA	EDUCAÇÃO	INFANTIL	
	 			
	 1.	 Conviver	 com	 outras	 crianças	 e	 adultos,	 em	 pequenos	 e	 grandes	 grupos,	
utilizando	 diferentes	 linguagens,	 ampliando	 o	 conhecimento	 de	 si	 e	 do	 outro,	 o	
respeito	em	relação	à	cultura	e	às	diferenças	entre	as	pessoas.	
																																																	
 
 
FORMAS	DE	GARANTIR	ESSE	DIREITO	
•  Criando	 situações	 em	 que	 os	 pequenos	 possam	 brincar	 e	 interagir	 com	 os	
colegas,	mas	não.		
•  Jogos,	 por	 exemplo,	 são	 importantes	 para	 que	 as	 crianças	 vivenciem	 situações	
em	que	precisam	respeitar	regras.		
•  Ações	 como	permitir	 que	as	 crianças	participem	da	organização	da	 convivência	
do	 grupo,	 envolvê-las	 nas	 tarefas	 que	 viabilizam	 ocotidiano	 como	 organizar	 o	
ambiente	 da	 sala	 de	 aula	 ou	 guardarem	 os	 brinquedos	 e	materiais	 ao	 final	 de	
cada	brincadeira	ou	tarefa. 	 	 			
																																																								
 
 
2.	Brincar	cotidianamente	de	diversas	formas,	em	diferentes	espaços	e	tempos,	com	
diferentes	 parceiros	 (crianças	 e	 adultos),	 ampliando	 e	 diversificando	 seu	 acesso	 a	
produções	 culturais,	 seus	 conhecimentos,	 sua	 imaginação,	 sua	 criatividade,	 suas	
experiências	 emocionais,	 corporais,	 sensoriais,	 expressivas,	 cognitivas,	 sociais	 e	
relacionais.	
																																												
 
 
FORMAS	DE	GARANTIR	ESSE	DIREITO	
	
•  Brincadeiras	 são	 iniciativas	 infantis	 que	 o	 adulto	 deve	 acolher	 e	 enriquecer,	
porém,	de	forma	planejada	e	variada.		
•  A	partir	da	observação	das	crianças	o	professor	pode	disponibilizar	materiais	que	
auxiliem	 o	 desenvolvimento	 da	 brincadeira	 ou	 que	 conduzam	 a	 outras	
experiências.	
•  	Pode	também	promover	conversas	posteriores	para	discutir	o	que	observou.	
 
3.	Participar	ativamente,	com	adultos	e	outras	crianças,	 tanto	do	planejamento	da	
gestão	da	escola	e	das	atividades	propostas	pelo	educador	quanto	da	realização	das	
atividades	da	vida	cotidiana,	 tais	 como	a	escolha	das	brincadeiras,	dos	materiais	e	
dos	ambientes,	desenvolvendo	diferentes	 linguagens	e	elaborando	conhecimentos,	
decidindo	e	se	posicionando.	
	 	 			
																																																							
 
 
FORMAS	DE	GARANTIR	ESSE	DIREITO	
•  Envolver	as	 crianças	em	todas	as	etapas	de	construção	de	projetos,	permitindo	
que	elas	ajudem	a	decidir	como	farão,	quais	materiais	serão	usados,	etc.		
•  O	professor	observa	o	que	ele	já	faz	por	elas	e	pode	ser	feito	com	elas.	Permitir	
que	participem	das	decisões	que	dizem	respeito	a	elas	mesmas	e	que	organizam	
o	cotidiano	coletivo. 	 			
																																																								
 
 
4.	Explorar	movimentos,	 gestos,	 sons,	 formas,	 texturas,	 cores,	 palavras,	 emoções,	
transformações,	 relacionamentos,	 histórias,	 objetos,	 elementos	 da	 natureza,	 na	
escola	 e	 fora	 dela,	 ampliando	 seus	 saberes	 sobre	 a	 cultura,	 em	 suas	 diversas	
modalidades:	as	artes,	a	escrita,	a	ciência	e	a	tecnologia.	
	 	 			
																																																								
 
 
FORMAS	DE	GARANTIR	ESSE	DIREITO	
	
•  Permitir	que	as	crianças	explorem	sozinhas	diferentes	materiais	 fornecidos	pelo	
professor.	
•  Explorar	 o	 elementos	 simbólicos,	 então	 que	 as	 crianças	 explorem	 músicas	 e	
histórias,	por	exemplo.		
•  Criar	momentos	de	reflexão	e,	a	partir	da	observação	e	escuta,	que	o	professor	
perceba	o	que	é	pertinente	e	necessário	para	as	crianças. 	 	
			
																																																								
 
 
5.	Expressar,	como	sujeito	dialógico,	criativo	e	sensível,	suas	necessidades,	emoções,	
sentimentos,	dúvidas,	hipóteses,	descobertas,	opiniões,	questionamentos,	por	meio	
de	diferentes	linguagens.	
	 			
																																																								
 
 
FORMAS	DE	GARANTIR	ESSE	DIREITO	
	
•  Rodas	de	conversa	são	 imprescindíveis	para	que	as	crianças	 tenham	seu	direito	
garantido.		
•  É	 importante	 que	 essas	 situações	 sejam	 frequentes	 para	 que	 o	 professor	
apresente	materiais	variados	para	que	a	criança	explore	e	se	expresse	a	partir	de	
diferentes	linguagens.		
•  Promover	 ambientes	 interessantes	 de	 expressão	 com	 diferentes	 pessoas	 e	
situações	ajudam	a	garantir	este	direito.		
•  Outro	 recurso	 essencial	 é	 a	 criação	 de	momentos	 de	 fala,	 nos	 quais	 ambas	 as	
partes	 escutem	 e	 se	 expressem.	 Além	 disso,	 criar	 conselhos	 e	 assembleias	 em	
que	 os	 pequenos	 votam	 e	 argumentam	 sobre	 decisões	 que	 afetam	 o	 coletivo	
ajudam	nessa	tarefa.	
 
6.	 Conhecer-se	 e	 construir	 sua	 identidade	 pessoal,	 social	 e	 cultural,	 constituindo	
uma	 imagem	 positiva	 de	 si	 e	 de	 seus	 grupos	 de	 pertencimento,	 nas	 diversas	
experiências	 de	 cuidados,	 interações,	 brincadeiras	 e	 linguagens	 vivenciadas	 na	
instituição	escolar	e	em	seu	contexto	familiar	e	comunitário.	
	 	 			
																																																								
 
 
FORMAS	DE	GARANTIR	ESSE	DIREITO	
	
•  É	importante	que	o	professor	ajude	a	que	as	crianças	se	percebam,	aprendam	do	
que	gostam.		
•  A	partir	da	observação,	criar	situações	simples,	mas	que	as	auxiliem	a	descobrir		
si	 próprias	 e	 ao	 outro,	 como	 observação	 no	 espelho,	 jogos	 e	 brincadeiras	 que	
envolvam	a	observação	e	a	escuta	uns	dos	outros,	etc.	 	 	 			
																																																								
 
 
CAMPOS	DE	EXPERIÊNCIA	
	
•  A	BNCC	estabelece	cinco	“Campos	de	Experiência” para	a	Educação	Infantil,	que	
indicam	quais	são	as	experiências	fundamentais	para	que	a	criança	aprenda	e	se	
desenvolva. 		
•  Os	 Campos	 enfatizam	 noções,	 habilidades,	 atitudes,	 valores	 e	 afetos	 que	 as	
crianças	devem	desenvolver	 dos	 0	 aos	 5	 anos	 e	buscam	garantir	 os	 direitos	de	
aprendizagem	das	crianças.		
•  Os	Campos	estão	organizados	de	forma	a	apoiar	o	professor	no	planejamento	de	
sua	prática	intencional.	 			
																																																								
 
 
1.	O	EU,	O	OUTRO	E	O	NÓS	
	
Destaca	experiências	relacionadas	à	construção	da	identidade	e	da	subjetividade,	as	
aprendizagens	 e	 conquistas	 de	 desenvolvimento	 relacionadas	 à	 ampliação	 das	
experiências	de	conhecimento	de	si	mesmo	e	à	construção	de	relações,	que	devem	
ser,	 na	 medida	 do	 possível,	 permeadas	 por	 interações	 positivas,	 apoiadas	 em	
vínculos	profundos	e	estáveis	 com	os	professores	e	os	 colegas.	O	Campo	 também	
ressalta	 o	 desenvolvimento	 do	 sentimento	 de	 pertencimento	 a	 um	 determinado	
grupo,	o	respeito	e	o	valor	atribuído	às	diferentes	tradições	culturais. 	
			
																																																								
 
 
2.	CORPO,	GESTOS	E	MOVIMENTOS	
	
Coloca	ênfase	nas	experiências	das	crianças	em	situações	de	brincadeiras,	nas	quais	exploram	o	espaço	
com	o	 corpo	e	as	diferentes	 formas	de	movimentos.	A	partir	daí,	 elas	 constroem	 referenciais	que	as	
orientam	em	relação	a	aproximar-se	ou	distanciar-se	de	determinados	pontos,	por	exemplo.	O	Campo	
também	valoriza	as	brincadeiras	de	“faz	de	conta”,	nas	quais	as	crianças	podem	representar	o	cotidiano	
ou	o	mundo	da	fantasia	interagindo	com	as	narrativas	literárias	ou	teatrais.	Traz,	ainda,	a	importância	
de	 que	 as	 crianças	 vivam	 experiências	 com	 as	 diferentes	 linguagens,	 como	 a	 dança	 e	 a	 música,	
ressaltando	 seu	 valor	 nas	 diferentes	 culturas,	 ampliando	 as	 possibilidades	 expressivas	 do	 corpo	 e	
valorizando	 os	 enredos	 e	movimentos	 criados	 na	 oportunidade	 de	 encenar	 situações	 fantasiosas	 ou	
narrativas	e	rituais	conhecidos. 			
																																																								
 
 
3.	TRAÇOS,SONS,	CORES	E	FORMAS	
	
Ressalta	as	experiências	das	crianças	com	as	diferentes	manifestações	artísticas,	culturais	e	científicas,	
incluindo	o	contato	com	a	linguagem	musical	e	as	linguagens	visuais,	com	foco	estético	e	crítico.	Enfatiza	
as	experiências	de	escuta	ativa,	mas	também	de	criação	musical,	com	destaque	às	experiências	corporais	
provocadas	 pela	 intensidade	 dos	 sons	 e	 pelo	 ritmo	 das	melodias.	 Valoriza	 a	 ampliação	 do	 repertório	
musical,	 o	 desenvolvimento	 de	 preferências,	 a	 exploração	 de	 diferentes	 objetos	 sonoros	 ou	
instrumentos	 musicais,	 a	 identificação	 da	 qualidade	 do	 som,	 bem	 como	 as	 apresentações	 e/ou	
improvisações	musicais	 e	 festas	 populares.	 Ao	mesmo	 tempo,	 foca	 as	 experiências	 que	 promovam	 a	
sensibilidade	 investigativa	 no	 campo	 visual,	 valorizando	 a	 atividade	 produtiva	 das	 crianças,	 nas	
diferentes	situações	de	que	participam,	envolvendo	desenho,	pintura,	escultura,	modelagem,	colagem,	
gravura,	fotografia	etc.4.	ESCUTA,	FALA,	PENSAMENTO	E	IMAGINAÇÃO	
	
Realça	 as	 experiências	 com	 a	 linguagem	 oral	 que	 ampliam	 as	 diversas	 formas	 sociais	 de	
comunicação	 presentes	 na	 cultura	 humana,	 como	 as	 conversas,	 cantigas,	 brincadeiras	 de	
roda,	 jogos	cantados	etc.	Dá	destaque,	 também,	às	experiências	 com	a	 leitura	de	histórias	
que	favoreçam	aprendizagens	relacionadas	à	leitura,	ao	comportamento	leitor,	à	imaginação	
e	à	representação	e,	ainda,	à	linguagem	escrita,	convidando	a	criança	a	conhecer	os	detalhes	
do	 texto	 e	 das	 imagens	 e	 a	 ter	 contato	 com	os	 personagens,	 a	 perceber	 no	 seu	 corpo	 as	
emoções	geradas	pela	história,	a	imaginar	cenários,	construir	novos	desfechos	etc.																																																								
 
 
O	Campo	compreende	as	experiências	com	as	práticas	cotidianas	de	uso	da	escrita,	sempre	
em	contextos	significativos	e	plenos	de	significados,	promovendo	 imitação	de	atos	escritos	
em	situações	de	faz	de	conta,	bem	como	situações	em	que	as	crianças	se	arriscam	a	ler	e	a	
escrever	 de	 forma	 espontânea,	 apoiadas	 pelo	 professor,	 que	 as	 engaja	 em	 reflexões	 que	
organizam	suas	ideias	sobre	o	sistema	de	escrita.	
 
5.	 ESPAÇO,	 TEMPO,	 QUANTIDADES,	 RELAÇÕES	 E	
TRANSFORMAÇÕES	
A	ênfase	está	nas	experiências	que	favorecem	a	construção	de	noções	espaciais	relativas	a	
uma	situação	estática	(como	a	noção	de	longe	e	perto)	ou	a	uma	situação	dinâmica	(para	
frente,	 para	 trás),	 potencializando	 a	 organização	 do	 esquema	 corporal	 e	 a	 percepção	
espacial,	 a	 partir	 da	 exploração	 do	 corpo	 e	 dos	 objetos	 no	 espaço.	 O	 Campo	 também	
destaca	 as	 experiências	 em	 relação	 ao	 tempo,	 favorecendo	 a	 construção	 das	 noções	 de	
tempo	físico	(dia	e	noite,	estações	do	ano,	ritmos	biológicos)	e	cronológico	(ontem,	hoje,	
amanhã,	semana,	mês	e	ano),	as	noções	de	ordem	temporal	e	histórica.	 	 			
																																																								
 
 
Envolve	 experiências	 em	 relação	 à	 medida,	 favorecendo	 a	 ideia	 de	 que,	 por	 meio	 de	
situações	 problemas	 em	 contextos	 lúdicos,	 as	 crianças	 possam	 ampliar,	 aprofundar	 e	
construir	 novos	 conhecimentos	 sobre	 medidas	 de	 objetos,	 de	 pessoas	 e	 de	 espaços,	
compreender	procedimentos	de	contagem,	aprender	a	adicionar	ou	subtrair	quantidades	
aproximando-se	 das	 noções	 de	 números	 e	 conhecendo	 a	 sequência	 numérica	 verbal	 e	
escrita. 
 
A	 ideia	 é	 que	 as	 crianças	 entendam	 que	 os	 números	 são	 recursos	 para	 representar	
quantidades	 e	 aprender	 a	 contar	 objetos	 usando	 a	 correspondência	 um-a-um,	
comparando	quantidade	de	grupos	de	objetos	utilizando	relações	como	mais	que,	menos	
que,	 maior	 que	 e	 menor	 que.	 O	 Campo	 ressalta,	 ainda,	 as	 experiências	 de	 relações	 e	
transformações	favorecendo	a	construção	de	conhecimentos	e	valores	das	crianças	sobre	
os	diferentes	modos	de	viver	de	pessoas	em	tempos	passados	ou	em	outras	culturas.	Da	
mesma	 forma,	 é	 importante	 favorecer	 a	 construção	 de	 noções	 relacionadas	 à	
transformação	de	materiais,	objetos,	e	 situações	que	aproximem	as	 crianças	da	 ideia	de	
causalidade.	
DIVISÃO	POR	IDADES	
	
Dentro	de	cada	Campo,	em	vez	de	habilidades,	há	objetivos	de	aprendizagem	e	desenvolvimento,	que	a	
BNCC	vincula	a	três	grupos	etários:	
1.	BEBÊS	(DE	ZERO	A	UM	ANO	E	SEIS	MESES)	-	(EI01TS01)-	Explorar	sons	produzidos,	com	o	próprio	corpo	
e	com	objetos	do	ambiente.	
2.	CRIANÇAS	BEM	PEQUENAS	(UM	ANO	E	SETE	MESES	A	TRÊS	ANOS	E	ONZE	MESES)-	(EI02TS01)	-	Criar	
sons	com	materiais,	objetos	e	instrumentos	musicais,	para	acompanhar	diversos	ritmos	de	música.	
3.	 CRIANÇAS	 PEQUENAS	 (QUATRO	 ANOS	 A	 CINCO	 ANOS	 E	 ONZE	 MESES)	 -	 (EI03TS01)-	 Utilizar	 sons	
produzidos	 por	 materiais,	 objetos	 e	 instrumentos	 musicais	 durante	 brincadeiras	 de	 faz	 de	 conta,	
encenações,	criações	musicais,	festas.	
	 	 			
	 	 			
																																																								
 
 
DIVISÃO	POR	OBJETIVOS	DE	APRENDIZAGEM	
	
	
Como	 é	 possível	 observar	 no	 exemplo	 apresentado,	 cada	 objetivo	 de	 aprendizagem	 e	
desenvolvimento	é	 identificado	por	um	código	alfanumérico	cuja	composição	é	explicada	a	
seguir:	
	
	
	 	 			
																																																								
 
 
EI02TS01		
O	primeiro	par	de	letras	indica	a	etapa	de	Educação	Infantil.	
O	primeiro	par	de	números	indica	o	grupo	por	faixa	etária:	
01	=	Bebês	(zero	a	1	ano	e	6	meses)	
02	=	Crianças	bem	pequenas	(1	ano	e	7	meses	a	3	anos	e	11	meses)	
03	=	Crianças	pequenas	(4	anos	a	5	anos	e	11	meses)	
O	segundo	par	de	letras	indica	o	campo	de	experiências:	
EO	=	O	eu,	o	outro	e	o	nós	
CG	=	Corpo,	gestos	e	movimentos	
TS	=	Traços,	sons,	cores	e	formas	
EF	=	Escuta,	fala,	pensamento	e	imaginação	
ET	=	Espaços,	tempos,	quantidades,	relações	e	transformações	
O	 último	 par	 de	 números	 indica	 a	 posição	 da	 habilidade	 na	 numeração	 sequencial	 do	
campo	de	experiências	para	cada	grupo/faixa	etária.	
	
	
	 	 			
																																																								
 
 
DIVISÃO	POR	OBJETIVOS	DE	APRENDIZAGEM	
	
	
Segundo	esse	critério,	o	código		
			EI				02	TS	01		
refere-se	ao	primeiro	objetivo	de	aprendizagem	e	desenvolvimento	proposto	no	campo	de	
experiências	“Traços,	 sons,	cores	e	 formas”	para	as	crianças	bem	pequenas	 (de	1	ano	e	7	
meses	a	3	anos	e	11	meses).	
	
	
	 	 			
																																																								
 
 
INTENCIONALIDADE	EDUCATIVA	
Essa	 concepção	 de	 criança	 como	 ser	 que	 observa,	 questiona,	 levanta	 hipóteses,	
conclui,	 faz	 julgamentos	 e	 assimila	 valores	 e	 que	 constrói	 conhecimentos	 e	 se	
apropria	do	conhecimento	sistematizado	por	meio	da	ação	e	nas	 interações	com	o	
mundo	físico	e	social	não	deve	resultar	no	confinamento	dessas	aprendizagens	a	um	
processo	 de	 desenvolvimento	 natural	 ou	 espontâneo.	 Ao	 contrário,	 impõe	 a	
necessidade	 de	 imprimir	 intencionalidade	 educativa	 às	 práticas	 pedagógicas	 na	
Educação	Infantil,	tanto	na	creche	quanto	na	pré-escola.	
	 	 			
																																																								
 
 
Essa	 intencionalidade	 consiste	 na	 organização	 e	 proposição,	 pelo	 educador,	 de	
experiências	 que	 permitam	 às	 crianças	 conhecer	 a	 si	 e	 ao	 outro	 e	 de	 conhecer	 e	
compreender	as	relações	com	a	natureza,	com	a	cultura	e	com	a	produção	científica,	
que	 se	 traduzem	 nas	 práticas	 de	 cuidados	 pessoais	 (alimentar-se,	 vestir-se,	
higienizar-se),	 nas	 brincadeiras,	 nas	 experimentações	 com	 materiais	 variados,	 na	
aproximação	com	a	literatura	e	no	encontro	com	as	pessoas.	
	 	 			
																																																								
 
 
Parte	 do	 trabalho	 do	 educador	 é	 refletir,	 selecionar,	 organizar,	 planejar,	mediar	 e	
monitorar	 o	 conjunto	 das	 práticas	 e	 interações,	 garantindo	 a	 pluralidade	 de	
situações	 que	 promovam	 o	 desenvolvimento	 pleno	 das	 crianças.	 É	 necessário	
acompanhar	tanto	essas	práticas	quanto	as	aprendizagens	das	crianças,	realizando	a	
observação	 da	 trajetória	 de	 cada	 criança	 e	 de	 todo	 o	 grupo	 –	 suas	 conquistas,	
avanços,	possibilidades	e	aprendizagens.	 	 			
																																																								
 
 
AVALIAÇÃO	NA	EDUCAÇÃO	INFANTIL	
Por	 meio	 de	 diversos	 registros,	 feitos	 em	 diferentes	 momentos	 tanto	 pelos	
professores	quanto	pelas	crianças	(como	relatórios,	portfólios,	fotografias,	desenhos	
e	textos),	é	possível	evidenciar	a	progressão	ocorrida	durante	o	período	observado,	
sem	intenção	de	seleção,	promoção	ou	classificação	de	crianças	em	“aptas”	e	“não	
aptas”,	“prontas”	ou	“não	prontas”,	“maduras”	ou	“imaturas”.	Trata-se	de	reunir	
elementos	para	 reorganizar	 tempos,	espaços	e	 situações	que	garantam	os	direitos	
de	aprendizagem	de	todas	as	crianças.	
	 	 			
																																																								
 
 
PROF.	Dra.	.	Maria	Leopoldina	Pereira	
MATÉRIA:	Fundamentos	daBNCC	
A	ESTRUTURA	DA	BNCC	NO	ENSINO	FUNDAMENTAL	
O	que	muda	na	BNCC	–	Nomenclaturas:	
•  	Eixos																					Unidades	temáticas	
•  	Conteúdos																					Objetivos	de	conhecimento	
•  Objetivos																							Habilidades	
ESTRUTURA	DA	BNCC	PARA	O	ENSINO	FUNDAMENTAL	
																																												COMPETÊNCIAS	GERAIS	
																																	
																																									ÁREAS	DO	CONHECIMENTO	
																																				
																																					COMPONENTES	CURRICULARES	
																																																										
																																															UNIDADES	TEMÁTICAS	
																																														
																																									OBJETOS	DE	CONHECIMENTO	
																																																																	
																																																									HABILIDADES	
VALE	LEMBRAR	QUE...	
	
Na	 BNCC,	 competência	 é	 definida	 como	 a	 mobilização	 de	
conhecimentos	 (conceitos	 e	 procedimentos),	 habilidades	 (práticas,	
cognitivas	 e	 socioemocionais),	 atitudes	 e	 valores	 para	 resolver	
demandas	complexas	da	vida	cotidiana,	do	pleno	exercício	da	cidadania	
e	do	mundo	do	trabalho.	
AS	DEZ	COMPETÊNCIAS	
COMPETÊNCIA	1	
•  Foco:	conhecimento	
Ø  	Utilizar	os	conhecimentos	para	entender	a	realidade	e	
continuar	 aprendendo	 (sociedade	 mais	 justa,	
democrática	e	inclusiva).		
COMPETÊNCIA	2	
•  Foco:	pensamento	crítico,	científico	e	criativo	
Ø  Investigar	 causas,	 elaborar	 e	 testar	 hipóteses,	 formular	 e	 resolver	
problemas	 (investigação,	 reflexão,	 análise	 crítica,	 imaginação	 e	
criatividade).	
COMPETÊNCIA	3	
•  Foco:	repertório	cultural	
Ø  	 Fruir	 manifestações	 artísticas	 e	 culturais	 e	 participar	 de	 práticas	
diversificadas	de	sua	produção	(	das	locais	às	mundiais).		
COMPETÊNCIA	4	
•  	Foco:	comunicação	
Ø  	 Empregar	 diferentes	 linguagens	 (	 verbal:	 oral	 ou	 visual-motora,	 como	
Libras,	e	escrita,	corporal,	visual,	sonora	e	digital,	artística,	matemática	e	
científica)		
COMPETÊNCIA	5	
•  	Foco:	cultura	digital	
Ø  	Compreender,	usar	e	criar	tecnologias	da	informação	(TI)	(protagonismo	
e	autoria	na	vida	pessoal	e	coletiva).	
v  Tecnologia	 da	 informação	 e	 comunicação	 (TIC)	 pode	 ser	 definida	 como	 um	 conjunto	 de	
recursos	tecnológicos,	utilizados	de	forma	integrada,	com	um	objetivo	comum.		
COMPETÊNCIA	6	
•  	Foco:	Trabalho	e	projeto	de	vida	
Ø  	 Entender	 relações	 de	 trabalho	 e	 escolhas	 alinhadas	 ao	 exercício	 da	
cidadania	 e	 ao	 projeto	 de	 vida	 (mundo	 do	 trabalho;	 liberdade,	
autonomia,	consciência	crítica	e	responsabilidade.)	
COMPETÊNCIA	7	
•  	Foco:	Argumentação	
Ø  	 Argumentar	 com	 base	 em	 fatos,	 dados	 e	 informações	 confiáveis	
(direitos	 humanos,	 consciência	 socioambiental,	 consumo	 responsável,	
vida	coletiva).		
COMPETÊNCIA	8	
•  	Foco:	Autoconhecimento	e	autocuidado	
Ø  	Cuidar	da	própria	saúde	física	e	emocional	(autocrítica).			
COMPETÊNCIA	9	
•  	Foco:	Empatia	e	cooperação	
Ø  	Dialogar	e	resolver	conflitos	sem	preconceitos	de	qualquer	natureza	
(direitos	humanos,	saberes,	identidades,	culturas	e	potencialidades).			
COMPETÊNCIA	10	
•  	Foco:	Responsabilidade	e	cidadania	
Ø  	 Agir	 com	 autonomia	 e	 tomar	 decisões	 de	 acordo	 com	 princípios	
éticos,	democráticos,	inclusivos,	sustentáveis	e	solidários	(autonomia,	
responsabilidade,	flexibilidade,	resiliência	e	determinação).	
SINTETIZANDO...	
AS	DEZ	COMPETÊNCIAS	GERAIS	 	 	 	 	 	 	 	 	SE	REFLETEM	NAS	COMPETÊNCIAS	DAS	
ÁREAS	DE	CONHECIMENTO	 	 	 	 	 	 	 	QUE	POR	SUA	VEZ	ESTÃO	PRESENTES	NAS	
COMPETÊNCIAS	DOS	CONTEÚDOS	CURRICULARES	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	QUE	SÃO	
DIVIDIDAS	EM	UNIDADES	TEMÁTICAS	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	QUE	DÃO	ORIGEM	AOS	
OBJETOS	DE	CONHECIMENTO	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	QUE	SÃO	TRABALHADOS	
ATRAVÉS	DO	DESENVOLVIMENTO	DE	HABILIDADES	EM	SALA	DE	AULA.		
ORGANIZAÇÃO	DO	ENSINO	FUNDAMENTAL	
Na	 BNCC,	 o	 Ensino	 Fundamental	 está	 organizado	 em	 cinco	 áreas	 do	
conhecimento.	 Essas	 áreas,	 como	 bem	 aponta	 o	 Parecer	 CNE/CEB	 nº	
11/201024,	 “favorecem	 a	 comunicação	 entre	 os	 conhecimentos	 e	 saberes	
dos	diferentes	componentes	curriculares”	(BRASIL,	2010).	Elas	se	intersectam	
na	formação	dos	alunos,	embora	se	preservem	as	especificidades	e	os	saberes	
próprios	construídos	e	sistematizados	nos	diversos	componentes.	
ORGANIZAÇÃO	DO	ENSINO	FUNDAMENTAL	
Na	 BNCC,	 o	 Ensino	 Fundamental	 está	 organizado	 em	 cinco	 áreas	 do	
conhecimento.	 Essas	 áreas,	 como	 bem	 aponta	 o	 Parecer	 CNE/CEB	 nº	
11/201024,	 “favorecem	 a	 comunicação	 entre	 os	 conhecimentos	 e	 saberes	
dos	diferentes	componentes	curriculares”	(BRASIL,	2010).	Elas	se	intersectam	
na	formação	dos	alunos,	embora	se	preservem	as	especificidades	e	os	saberes	
próprios	construídos	e	sistematizados	nos	diversos	componentes.	
ENSINO	FUNDAMENTAL							ANOS	INICIAIS										ANOS	FINAIS			
ÁREAS	DO	CONHECIMENTO						COMPONENTES	CURRICULARES	
	
																																																											ANOS	INICIAIS																ANOS	FINAIS	
																																																																																		(1º	ao	5º)																								(6º	ao	9º)	
																																																																																																												
																																							
	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	LINGUAGENS,	MATEMÁTICA,	CIÊNCIAS	DA	NATUREZA,	CIÊNCIAS	HUMANAS,	ENSINO	
RELIGIOSO			
																																																																																												
ÁREAS	DO	CONHECIMENTO	
1.   LINGUAGENS						Língua	Portuguesa,	Arte,	Educação	Física,	Língua	Inglesa	
2.   	MATEMÁTICA						Matemática		
3.  	CIÊNCIAS	DA	NATUREZA						Ciências	
	
4.							CIÊNCIAS	HUMANAS								História	,Geografia	
	
5.					ENSINO	RELIGIOSO											Ensino	Religioso	
	
	
	
	
	
	
ÁREAS	DO	CONHECIMENTO	=	COMPETÊNCIAS	ESPECÍFICAS	DA	ÁREA	
•  	 Cada	 área	 do	 conhecimento	 estabelece	 competências	 específicas	 de	 área,	 cujo	
desenvolvimento	deve	 ser	 promovido	 ao	 longo	dos	 nove	 anos.	 Essas	 competências	
explicitam	como	as	dez	competências	gerais	se	expressam	nessas	áreas.	
•  	 Nas	 áreas	 que	 abrigam	mais	 de	 um	 componente	 curricular	 (Linguagens	 e	 Ciências	
Humanas),	 também	 são	definidas	 competências	 específicas	do	 componente	 (Língua	
Portuguesa,	 Arte,	 Educação	 Física,	 Língua	 Inglesa,	 Geografia	 e	 História)	 a	 ser	
desenvolvidas	pelos	alunos	ao	longo	dessa	etapa	de	escolarização.	
																																			ANOS	INICIAIS						ANOS	FINAIS		
	
	
	
		UNIDADES	TEMÁTICAS	–	OBJETOS	DE	CONHECIMENTO	-	HABILIDADES	
																																																																															
As	 competências	 específicas	 possibilitam	 a	 articulação	 horizontal	 entre	 as	
áreas,	 perpassando	 todos	 os	 componentes	 curriculares,	 e	 também	 a	
articulação	vertical,	ou	seja,	a	progressão	entre	o	Ensino	Fundamental	–	Anos	
Iniciais	 e	 o	 Ensino	 Fundamental	 –	 Anos	 Finais	 e	 a	 continuidade	 das	
experiências	dos	alunos,	considerando	suas	especificidades.	
Para	 garantir	 o	 desenvolvimento	 das	 competências	 específicas,	 cada	
componente	 curricular	 apresenta	 um	 conjunto	 de	 habilidades.	 Essas	
habilidades	estão	relacionadas	a	diferentes	objetos	de	conhecimento	–	
aqui	 entendidos	 como	 conteúdos,	 conceitos	 e	 processos	 –,	 que,	 por	
sua	vez,	são	organizados	em	unidades	temáticas.		
Respeitando	 as	 muitas	 possibilidades	 de	 organização	 do	 conhecimento	
escolar,	 as	 unidades	 temáticas	 definem	 um	 arranjo	 dos	 objetos	 de	
conhecimento	ao	 longo	do	Ensino	Fundamental	adequado	às	especificidades	
dos	 diferentes	 componentes	 curriculares.	 Cada	 unidade	 temática	 contempla	
uma	 gama	maior	 ou	menor	 de	 objetos	 de	 conhecimento,	 assim	 como	 cadaobjeto	de	conhecimento	se	relaciona	a	um	número	variável	de	habilidades.		
As	 habilidades	 expressam	 as	 aprendizagens	 essenciais	 que	
devem	 ser	 asseguradas	 aos	 alunos	 nos	 diferentes	 contextos	
escolares.	 Para	 tanto,	 elas	 são	 descritas	 de	 acordo	 com	 uma	
determinada	estrutura,	conforme	ilustrado	no	exemplo	a	seguir,	
de	História	(EF06HI14)	
Diferenciar	escravidão,	servidão	e	trabalho	livre	no	mundo	antigo.		
•  Verbo(s)	 que	 explicita(m)	 o(s)	 processo(s)	 cognitivo(s)	 envolvido(s)	 na	
habilidade.		
•  Complemento	 do(s)	 verbo(s),	que	explicita	o(s)	objeto(s)	de	 conhecimento	
mobilizado(s)	na	habilidade.		
•  Modificadores	 do(s)	 verbo(s)	 ou	 do	 complemento	 do(s)	 verbo(s),	 que	
explicitam	 o	 contexto	 e/ou	 uma	 maior	 especificação	 da	 aprendizagem	
esperada.	
IMPORTANTE!!!	
Os	 modificadores	 devem	 ser	 entendidos	 como	 a	 explicitação	 da	 situação	 ou	
condição	 em	que	 a	habilidade	 deve	 ser	 desenvolvida,	 considerando	 a	 faixa	 etária	
dos	 alunos.	 Ainda	 assim,	 as	 habilidades	 não	 descrevem	 ações	 ou	 condutas	
esperadas	 do	 professor,	 nem	 induzem	 à	 opção	 por	 abordagens	 ou	metodologias.	
Essas	 escolhas	 estão	 no	 âmbito	 dos	 currículos	 e	 dos	 projetos	 pedagógicos,	 que	
devem	 ser	 adequados	 à	 realidade	 de	 cada	 sistema	 ou	 rede	 de	 ensino	 e	 a	 cada	
instituição	escolar,	considerando	o	contexto	e	as	características	dos	seus	alunos.	
	EF67EF01	
•  O	primeiro	par	de	letras	indica	a	etapa	de	Ensino	Fundamental.	
•  	O	primeiro	par	de	números	indica	o	ano	(01	a	09)	a	que	se	refere	a	habilidade,	ou,	no	
caso	de	Língua	Portuguesa,	Arte	e	Educação	Física,	o	bloco	de	anos.	
•  	O	segundo	par	de	letras	indica	o	componente	curricular.		
•  	O	último	par	de	números	indica	a	posição	da	habilidade	na	numeração	sequencial	do	
ano	ou	do	bloco	de	anos.	
BLOCO	DE	ANOS	
•  Língua	Portuguesa/Arte	15								1º	ao	5º	ano		
																																																				69								6º	ao	9º	ano	
	
•  	Língua	Portuguesa/Educação	Física	12										1º	e	2º	anos	
																																																																									35										3º	ao	5º	anos	
																																																																									67										6º	e	7º	anos	
																																																																									89											8º	e	9º	anos	
COMPONENTE	CURRICULAR	
AR	=	Arte		
CI	=	Ciências		
EF	=	Educação	Física		
ER	=	Ensino	Religioso		
GE	=	Geografia		
HI	=	História		
LI	=	Língua	Inglesa		
LP	=	Língua	Portuguesa		
MA	=	Matemática	
A	BNCC	ADVERTE!!!	
O	uso	de	numeração	sequencial	para	 identificar	as	habilidades	de	cada	ano	ou	bloco	de	
anos	 não	 representa	 uma	 ordem	 ou	 hierarquia	 esperada	 das	 aprendizagens.	 A	
progressão	das	aprendizagens,	que	se	explicita	na	comparação	entre	os	quadros	relativos	
a	cada	ano	(ou	bloco	de	anos),	pode	tanto	estar	relacionada	aos	processos	cognitivos	em	
jogo	–	sendo	expressa	por	verbos	que	indicam	processos	cada	vez	mais	ativos	ou	exigentes	
–	quanto	aos	objetos	de	conhecimento	–	que	podem	apresentar	crescente	sofisticação	ou	
complexidade	–,	ou,	ainda,	aos	modificadores	–	que,	por	exemplo,	podem	fazer	referência	
a	 contextos	mais	 familiares	 aos	 alunos	 e,	 aos	 poucos,	 expandir-se	 para	 contextos	mais	
amplos.	
E	VALE	LEMBRAR...		
Os	 critérios	 de	 organização	 das	 habilidades	 do	 Ensino	 Fundamental	 na	 BNCC	 (com	 a	
explicitação	dos	objetos	de	conhecimento	aos	quais	se	relacionam	e	do	agrupamento	
desses	objetos	em	unidades	temáticas)	expressam	um	arranjo	possível	(dentre	outros).	
Portanto,	 os	 agrupamentos	 propostos	 não	 devem	 ser	 tomados	 como	 modelo	
obrigatório	 para	 o	 desenho	 dos	 currículos.	 Essa	 forma	 de	 apresentação	 adotada	 na	
BNCC	 tem	 por	 objetivo	 assegurar	 a	 clareza,	 a	 precisão	 e	 a	 explicitação	 do	 que	 se	
espera	que	todos	os	alunos	aprendam	no	Ensino	Fundamental,	fornecendo	orientações	
para	a	elaboração	de	currículos	em	todo	o	País,	adequados	aos	diferentes	contextos.		
A	BNCC	NO	ENSINO	FUNDAMENTAL	
A	 BNCC	 do	 Ensino	 Fundamental	 –	 Anos	 Iniciais,	 ao	 valorizar	 as	 situações	
lúdicas	 de	 aprendizagem,	 aponta	 para	 a	 necessária	 articulação	 com	 as	
experiências	 vivenciadas	 na	Educação	 Infantil.	 Tal	 articulação	 precisa	 prever	
tanto	 a	 progressiva	 sistematização	 dessas	 experiências	 quanto	 o	
desenvolvimento,	 pelos	 alunos,	 de	 novas	 formas	 de	 relação	 com	 o	 mundo,	
novas	possibilidades	de	ler	e	formular	hipóteses	sobre	os	fenômenos,	de	testá-
las,	de	refutá-las,	de	elaborar	conclusões,	em	uma	atitude	ativa	na	construção	
de	conhecimentos.		
As	 características	 dessa	 faixa	 etária	 demandam	 um	 trabalho	 no	 ambiente	
escolar	que	se	organize	em	torno	dos	interesses	manifestos	pelas	crianças,	de	
suas	 vivências	 mais	 imediatas	 para	 que,	 com	 base	 nessas	 vivências,	 elas	
possam,	 progressivamente,	 ampliar	 essa	 compreensão,	 o	 que	 se	 dá	 pela	
mobilização	 de	 operações	 cognitivas	 cada	 vez	 mais	 complexas	 e	 pela	
sensibilidade	para	apreender	o	mundo,	expressar-se	sobre	ele	e	nele	atuar.	
MUITO	IMPORTANTE!!!	
•  Nos	dois	primeiros	anos	do	Ensino	Fundamental,	a	ação	pedagógica	deve	ter	como	foco	a	
alfabetização,	a	fim	de	garantir	amplas	oportunidades	para	que	os	alunos	se	apropriem	do	
sistema	de	escrita	alfabética	de	modo	articulado	ao	desenvolvimento	de	outras	habilidades	
de	leitura	e	de	escrita	e	ao	seu	envolvimento	em	práticas	diversificadas	de	letramentos.	
•  	Ao	longo	do	Ensino	Fundamental	–	Anos	Iniciais,	a	progressão	do	conhecimento	ocorre	pela	
consolidação	das	aprendizagens	anteriores	e	pela	ampliação	das	práticas	de	 linguagem	e	
da	 experiência	 estética	 e	 intercultural	 das	 crianças,	 considerando	 tanto	 seus	 interesses	 e	
suas	expectativas	quanto	o	que	ainda	precisam	aprender.		
•  O	percurso	de	aprendizagens	entre	as	duas	fases	do	Ensino	Fundamental	deve	ser	contínuo;	
•  	Evitar	ruptura	no	processo	de	aprendizagem;	
•  	Ao	 longo	do	Ensino	Fundamental	–	Anos	Finais,	os	estudantes	se	deparam	com	desafios	de	
maior	complexidade;	
•  	É	importante,	nos	vários	componentes	curriculares,	retomar	e	ressignificar	as	aprendizagens	
do	Ensino	Fundamental	–	Anos	Iniciais	no	contexto	das	diferentes	áreas;	
•  	Fortalecer	a	autonomia	dos	adolescentes.	
PROF.	DRª	MARIA	LEOPOLDINA	PEREIRA		
RELAÇÕES	ÉTNICO-RACIAIS	E	A	BNCC	
PRA	INÍCIO	DE	CONVERSA...	
“Superar	desigualdades,	pensar	a	questão	racial,	de	orientação	sexual,	
de	 gênero,	 de	 acessibilidade,	 é	 tratar	 de	 um	 público	 que	 não	 era	
admitido	na	escola...”		(Macaé	Maria	Evaristo)	
	
RELAÇÕES	ÉTNICO-RACIAIS	NA	EDUCAÇÃO	
A	Educação	para	as	Relações	Étnico-Raciais	é	um	conjunto	de	práticas,	conceitos,	e	
referenciais	implícitos	e	explícitos	que	pretende	formar	no	âmbito	das	instituições	
de	 ensino	 público	 e	 particular	 uma	 cultura	 de	 convivência	 respeitosa,	 solidária,	
humana	 entre	 públicos	 de	 diferentes	 origens,	 pertencimentos	 étnico-raciais	
presentes	 no	 Brasil	 e	 que	 se	 encontram	 nos	 espaços	 coletivos	 de	 aprendizagem	
(escolas,	faculdades,	centros	formativos).	
DE	ONDE	VEM	ESSA	DEMANDA?	
Demandas	nacionais	e	internacionais	para	o	combate	ao	racismo,	xenofobia	e	
todas	 os	 preconceitos	 e	 intolerâncias	 que	 geram	 violências	 na	 sociedade	 e	
atingem	também	os	espaços	de	educação	(escolar	ou	superior).		
MUITA	LUTA...	
Essas	 demandas	 foram	 levantadas	 historicamente	 pelos	 públicos-vítimas	
(negros,	 mulheres,	 ciganos,	 indígenas,	 homossexuais,	 entre	 outros),	 com	
destaque	para	os	movimentos	de	 libertação,	emancipação	e	reconhecimento	
do	Movimento	Negro	 a	 partir	 principalmente	 dos	 levantes	 e	 organização	 de	
Zumbi	dos	Palmares	e	Ganga	Zumba	no	Brasil	do	século	dezessete	até	o	ano	
2001	quando	aconteceu	a	Conferência	 Internacional	de	Durban	na	África	do	
Sul	 onde	 o	 governo	 brasileiro	 torna-se	 signatário	 de	 uma	 Declaração	 comdiversos	compromissos	a	implementar.	
ASPECTOS	LEGAIS	
•  	 Lei	 Federal	 10639/03:	 estabelece	 como	 conteúdo	 a	 Educação	 para	 as	
Relações	Étnico-Raciais,	popularmente	denominada	como	ERER;	
•  	 Parecer	 03/2004	 faz-se	 a	 Resolução	 01/2004:	 institui	 as	 Diretrizes	
Curriculares	Nacionais	para	a	Educação	das	Relações	Étnico-Raciais	e	para	
o	Ensino	de	História	e	Cultura	Afro-brasileira	e	Africana;	
•  	Lei	Federal	11.645/2008:	altera	a	Lei	10639/03	e	insere	a	obrigatoriedade	
do	ensino	de	história	a	cultura	indígena.	
ALGUNS	CONCEITOS	IMPORTANTES:	
•  Raça	 é	 uma	 categoria	 das	 espécies	 de	 seres	 vivos,	 utilizada	 pela	 biologia	
como	 forma	 de	 classificação.	 Em	 termos	 sociais,	 o	 uso	 do	 termo	 raça	 é	
usado	enquanto	senso	comum	para	determinar	grupos	étnicos	a	partir	de	
suas	características	genéticas.	
•  	A	raça	(do	italiano	razza)	é	um	conceito	que	obedece	a	diversos	parâmetros	
para	 classificar	diferentes	populações	de	uma	mesma	espécie	biológica	de	
acordo	com	suas	características	genéticas	ou	fenotípicas.	É	comum	falar-se	
das	 raças	 de	 cães	 ou	 de	 outros	 animais.	 ...	 Um	 conceito	 alternativo	 e	
sinônimo	é	o	de	"etnia".	
‘Raça’	é	um	conceito	que	não	corresponde	a	nenhuma	realidade	natural.	Trata-se,	ao	contrário,	de	
um	 conceito	 que	 denota	 tão	 somente	 uma	 forma	 de	 classificação	 social,	 baseada	 numa	 atitude	
negativa	 frente	 a	 certos	 grupos	 sociais,	 e	 informada	por	 uma	noção	 específica	 de	 natureza,	 como	
algo	 endodeterminado.	 A	 realidade	 das	 raças	 limita-se,	 portanto,	 ao	mundo	 social.	Mas,	 por	mais	
que	nos	repugne	a	empulhação	que	o	conceito	de	‘raça’	permite	–	ou	seja,	fazer	passar	por	realidade	
natural	 preconceitos,	 interesses	 e	 valores	 sociais	 negativos	 e	 nefastos	 –,	 tal	 conceito	 tem	 uma	
realidade	 social	 plena,	 e	 o	 combate	 ao	 comportamento	 social	 que	 ele	 enseja	 é	 impossível	 de	 ser	
travado	sem	que	se	lhe	reconheça	a	realidade	social	que	só	o	ato	de	nomear	permite	(GUIMARÃES,	
1999,	p.	9).		
	
IMPLENTAÇÃO	DA	EDUCAÇÃO	DAS	RELAÇÕS	
ÉTNICO-RACIAIS	E	BNCC	
6.	 Valorizar	 a	 diversidade	 de	 saberes	 e	 vivências	 culturais	 e	 apropriar-se	 de	
conhecimentos	 e	 experiências	 que	 lhe	 possibilitem	 entender	 as	 relações	
próprias	 do	 mundo	 do	 trabalho	 e	 fazer	 escolhas	 alinhadas	 ao	 exercício	 da	
cidadania	 e	 ao	 seu	 projeto	 de	 vida,	 com	 liberdade,	 autonomia,	 consciência	
crítica	e	responsabilidade.	
8.	 Conhecer-se,	 apreciar-se	 e	 cuidar	 de	 sua	 saúde	 física	 e	 emocional,	
compreendendo-se	 na	 diversidade	humana	 e	 reconhecendo	 suas	 emoções	 e	
as	dos	outros,	com	autocrítica	e	capacidade	para	lidar	com	elas.		
9.	 Exercitar	 a	 empatia,	 o	 diálogo,	 a	 resolução	 de	 conflitos	 e	 a	 cooperação,	
fazendo-se	 respeitar	 e	 promovendo	 o	 respeito	 ao	 outro	 e	 aos	 direitos	
humanos,	 com	 acolhimento	 e	 valorização	 da	 diversidade	 de	 indivíduos	 e	 de	
grupos	 sociais,	 seus	 saberes,	 identidades,	 culturas	 e	 potencialidades,	 sem	
preconceitos	de	qualquer	natureza.	(BNCC,	2018	p.	9;10)		
Na	 unidade	 temática	 O	 sujeito	 e	 seu	 lugar	 no	 mundo,	 focalizam-se	 as	 noções	 de	
pertencimento	e	 identidade.	No	Ensino	Fundamental	–	Anos	 Iniciais,	busca-se	ampliar	as	
experiências	com	o	espaço	e	o	tempo	vivenciadas	pelas	crianças	em	jogos	e	brincadeiras	
na	Educação	Infantil,	por	meio	do	aprofundamento	de	seu	conhecimento	sobre	si	mesmas	
e	 de	 sua	 comunidade,	 valorizando-se	 os	 contextos	 mais	 próximos	 da	 vida	 cotidiana.	
Espera-se	que	as	crianças	percebam	e	compreendam	a	dinâmica	de	suas	relações	sociais	e	
étnico-raciais,	 identificando-se	 com	 a	 sua	 comunidade	 e	 respeitando	 os	 diferentes	
contextos	socioculturais.	(BNCC,	2018;	p.	360)	
Nos	 anos	 iniciais,	 pretende-se	 que,	 em	 continuidade	 às	 abordagens	 na	
Educação	 Infantil,	 as	 crianças	ampliem	os	 seus	conhecimentos	e	apreço	pelo	
seu	corpo,	identifiquem	os	cuidados	necessários	para	a	manutenção	da	saúde	
e	integridade	do	organismo	e	desenvolvam	atitudes	de	respeito	e	acolhimento	
pelas	 diferenças	 individuais,	 tanto	 no	 que	 diz	 respeito	 à	 diversidade	 étnico-
cultural	quanto	em	relação	à	inclusão	de	alunos	da	educação	especial.	(BNCC,	
2018;	p.	325)		
No	Brasil,	um	país	caracterizado	pela	autonomia	dos	entes	federados,	acentuada	diversidade	cultural	
e	 profundas	 desigualdades	 sociais,	 os	 sistemas	 e	 redes	 de	 ensino	 devem	 construir	 currículos,	 e	 as	
escolas	precisam	elaborar	propostas	pedagógicas	que	considerem	as	necessidades,	as	possibilidades	e	
os	 interesses	 dos	 estudantes,	 assim	 como	 suas	 identidades	 linguísticas,	 étnicas	 e	 culturais.	 [...]	 a	
igualdade	 educacional	 sobre	 a	 qual	 as	 singularidades	 devem	 ser	 consideradas	 e	 atendidas.	 Essa	
igualdade	deve	valer	 também	para	as	oportunidades	de	 ingresso	e	permanência	em	uma	escola	de	
Educação	Básica.	 [...]	 Para	 isso,	os	 sistemas	e	 redes	de	ensino	e	 as	 instituições	escolares	devem	se	
planejar	 com	 um	 claro	 foco	 na	 equidade,	 que	 pressupõe	 reconhecer	 que	 as	 necessidades	 dos	
estudantes	são	diferentes.	(BNCC,	2018;	p.	15)			
QUAL	DIVERSIDADE?		
A	palavra	diversidade	necessita	de	complemento	para	revelar	exatamente	ao	
que	 está-se	 referindo.	 Por	 exemplo,	 quando	 expressa-se	 com	 a	 palavra	
diversidade	 destituída	 de	 um	 contexto	 que	 a	 complemente	 a	 variedade	 de	
interpretações	 é	 imensa	 e	 sempre	 de	 resultado	 	 diferente:	 diversidade	
cultural;	 diversidade	 biológica;	 diversidade	 climática;	 diversidade	 social;	
diversidade	sexual;	diversidade	étnica;	diversidade	econômica.		
Essas	decisões	precisam,	 igualmente,	 ser	consideradas	na	organização	de	currículos	e	
propostas	 adequados	 às	 diferentes	 modalidades	 de	 ensino	 (Educação	 Especial,	
Educação	 de	 Jovens	 e	 Adultos,	 Educação	 do	 Campo,	 Educação	 Escolar	 Indígena,	
Educação	Escolar	Quilombola,	Educação	a	Distância),	atendendo-se	às	orientações	das	
Diretrizes	 Curriculares	 Nacionais.	 É	 imprescindível	 que	 os	 alunos	 identifiquem	 a	
presença	 e	 a	 sociodiversidade	 de	 culturas	 indígenas,	 afro-brasileiras,	 quilombolas,	
ciganas	 e	 dos	 demais	 povos	 e	 comunidades	 tradicionais	 para	 compreender	 suas	
características	socioculturais	e	suas	territorialidades.	(BNCC,	2018;	p.	366)		
UM	EXEMPLO	
“CIÊNCIAS	 –	 1º	 ANO	 -	 Vida	 e	 evolução	 -	 Corpo	 humano	 Respeito	 à	
diversidade.		
•  (EF01CI04)	Comparar	características	físicas	entre	os	colegas,	reconhecendo	
a	diversidade	e	a	importância	da	valorização,	do	acolhimento	e	do	respeito	
às	diferenças.”	(BNCC,	2018;	p.	29)		
Além	disso,	a	instituição	precisa	conhecer	e	trabalhar	com	as	culturas	plurais,	
dialogando	com	a	riqueza/diversidade	cultural	das	famílias	e	da	comunidade.	
Diretrizes	Curriculares	Nacionais	da	Educação	Infantil	(DCNEI,	Resolução	CNE/
CEB	nº	5/2009).	(BNCC,	2018;	p.35)	
UM	EXEMPLO	NA	EDUCAÇÃO	INFANTIL	
“O	eu,	o	outro	e	o	nós”:	“Respeitar	e	expressar	sentimentos	e	emoções.	Atuar	
em	grupo	e	demonstrar	 interesse	em	construir	novas	relações,	respeitando	a	
diversidade	e	solidarizando-se	com	os	outros.	Conhecer	e	respeitar	regras	de	
convívio	social,	manifestando	respeito	pelo	outro.	(p.	52)	
AS	COMPETÊNCIAS	E	HABILIDADES	ESPECÍFICAS	E	A	ERER	
A	 BNCC	 estabelece	 competências	 e	 habilidades	 específicas	 a	 serem	
desenvolvidas	em	conteúdos	do	Ensino	Fundamental,	algumas	ocorrências	no	
que	diz	respeito	ao	que	pode	ser	associado	ao	desenvolvimento	da	política	de	
educação	para	as	relações	étnico-raciais.	
LINGUAGENS	
•  	 5.	 Desenvolver	 o	 senso	 estético	 para	 reconhecer,	 fruir	 e	 respeitar	 as	
diversas	 manifestações	 artísticas	 e	 culturais,	 das	 locais	 às	 mundiais,	
inclusive	 aquelas	 pertencentes	 ao	 patrimônio	 cultural	 da	 humanidade,	
bem	como	participar	de	práticas	diversificadas,	individuais	e	coletivas,	da	
produção	 artístico-cultural,	 com	 respeitoà	 diversidade	 de	 saberes,	
identidades	e	culturas.	(p.	63)	
•  	Assim,	compete	à	escola	garantir	o	trato,	cada	vez	mais	necessário,	com	a	
diversidade,	com	a	diferença.	(p.66)		
•  Ainda	 em	 relação	 à	 diversidade	 cultural,	 cabe	 dizer	 que	 se	 estima	 que	
mais	 de	 250	 línguas	 são	 faladas	 no	 país	 –	 indígenas,	 de	 imigração,	 de	
sinais,	crioulas	e	afro-brasileiras,	além	do	português	e	de	suas	variedades.	
Esse	patrimônio	cultural	e	linguístico	é	desconhecido	por	grande	parte	da	
população	brasileira.	(p.68)	
LÍNGUA	PORTUGUESA	
•  	 Aqui	 também	 a	 diversidade	 deve	 orientar	 a	 organização/progressão	
curricular:	 diferentes	 gêneros,	 estilos,	 autores	 e	 autoras	 –	
contemporâneos,	 de	 outras	 épocas,	 regionais,	 nacionais,	 portugueses,	
africanos	e	de	outros	países.	(p.155)		
•  	(EF67LP28)	Ler,	de	forma	autônoma,	e	compreender	–	selecionando	procedimentos	
e	 estratégias	 de	 leitura	 adequados	 a	 diferentes	 objetivos	 e	 levando	 em	 conta	
características	dos	gêneros	e	suportes	–,	romances	infanto-juvenis,	contos	populares,	
contos	 de	 terror,	 lendas	 brasileiras,	 indígenas	 e	 africanas,	 narrativas	 de	 aventuras,	
narrativas	 de	 enigma,	 mitos,	 crônicas,	 autobiografias,	 histórias	 em	 quadrinhos,	
mangás,	 poemas	 de	 forma	 livre	 e	 fixa	 (como	 sonetos	 e	 cordéis),	 vídeo-poemas,	
poemas	 visuais,	 dentre	 outros,	 expressando	 avaliação	 sobre	 o	 texto	 lido	 e	
estabelecendo	preferências	por	gêneros,	temas,	autores.	(P.167)	
ARTES	
•  	O	 componente	 curricular	 contribui,	 ainda,	 para	 a	 interação	
crítica	 dos	 alunos	 com	 a	 complexidade	 do	mundo,	 além	 de	
favorecer	 o	 respeito	 às	 diferenças	 e	 o	 diálogo	 intercultural,	
pluriétnico	 e	 plurilíngue,	 importantes	 para	 o	 exercício	 da	
cidadania.	A	Arte	propicia	a	troca	entre	culturas	e	favorece	o	
reconhecimento	de	semelhanças	e	diferenças	entre	elas.	
•  (EF15AR25)	Conhecer	e	valorizar	o	patrimônio	cultural,	material	e	
imaterial,	de	culturas	diversas,	em	especial	a	brasileira,	incluindo-se	
suas	 matrizes	 indígenas,	 africanas	 e	 europeias,	 de	 diferentes	
épocas,	 favorecendo	 a	 construção	 de	 vocabulário	 e	 repertório	
relativos	às	diferentes	linguagens	artísticas.(p.201)	
•  	 (EF69AR34)	 Analisar	 e	 valorizar	 o	 patrimônio	 cultural,	
material	 e	 imaterial,	 de	 culturas	 diversas,	 em	 especial	 a	
brasileira,	 incluindo	 suas	 matrizes	 indígenas,	 africanas	 e	
europeias,	de	diferentes	épocas,	e	favorecendo	a	construção	
de	vocabulário	e	repertório	relativos	às	diferentes	linguagens	
artísticas.(p.209)	
GEOGRAFIA	
Desse	modo,	 a	 aprendizagem	 da	 Geografia	 favorece	 o	 reconhecimento	 da	 diversidade	
étnico-racial	e	das	diferenças	dos	grupos	sociais,	com	base	em	princípios	éticos	(respeito	
à	diversidade	e	combate	ao	preconceito	e	à	violência	de	qualquer	natureza).	Ela	também	
estimula	 a	 capacidade	 de	 empregar	 o	 raciocínio	 geográfico	 para	 pensar	 e	 resolver	
problemas	gerados	na	vida	cotidiana,	condição	fundamental	para	o	desenvolvimento	das	
competências	gerais	previstas	na	BNCC.	(p.359)	
Em	Mundo	do	trabalho,	abordam-se,	no	Ensino	Fundamental	–	Anos	Iniciais,	
os	 processos	 e	 as	 técnicas	 construtivas	 e	 o	 uso	 de	 diferentes	 materiais	
produzidos	pelas	sociedades	em	diversos	tempos	(...)	Nesse	sentido,	os	alunos	
terão	 condição	 de	 compreender	 as	mudanças	 que	 ocorreram	 no	mundo	 do	
trabalho	em	variados	tempos,	escalas	e	processos	históricos,	sociais	e	étnico-
raciais.(p.361)		
Assim,	 é	 imprescindível	 que	 os	 alunos	 identifiquem	 a	 presença	 e	 a	
sociodiversidade	de	culturas	indígenas,	afro-brasileiras,	quilombolas,	ciganas	e	
dos	 demais	 povos	 e	 comunidades	 tradicionais	 para	 compreender	 suas	
características	socioculturais	e	suas	territorialidades.	
Do	mesmo	modo,	é	necessário	que	eles	diferenciem	os	 lugares	de	vivência	e	
compreendam	a	produção	das	paisagens	e	a	inter-relação	entre	elas,	como	o	
campo/cidade	e	o	urbano/rural,	no	que	 tange	aos	aspectos	políticos,	 sociais,	
culturais,	étnico-raciais	e	econômicos.	(p.366)	
•  (EF05GE02)	 Identificar	 diferenças	 étnico-raciais	 e	 étnico-culturais	 e	 desigualdades	
sociais	entre	grupos	em	diferentes	territórios.	(	p.377)		
•  (EF07GE04)	Analisar	a	distribuição	territorial	da	população	brasileira,	considerando	a	
diversidade	 étnico-cultural	 (indígena,	 africana,	 europeia	 e	 asiática),	 assim	 como	
aspectos	de	renda,	sexo	e	idade	nas	regiões	brasileiras.	(p.385)		
•  (EF09GE14)	Elaborar	e	interpretar	gráficos	de	barras	e	de	setores,	mapas	temáticos	e	
esquemáticos	 (croquis)	 e	 anamorfoses	 geográficas	 para	 analisar,	 sintetizar	 e	
apresentar	 dados	 e	 informações	 sobre	 diversidade,	 diferenças	 e	 desigualdades	
sociopolíticas	e	geopolíticas	mundiais.	(p.393)	
HISTÓRIA	
•  	 (EF03HI03)	 Identificar	 e	 comparar	 pontos	 de	 vista	 em	 relação	 a	 eventos	
significativos	do	local	em	que	vive,	aspectos	relacionados	a	condições	sociais	
e	à	presença	de	diferentes	grupos	sociais	e	culturais,	com	especial	destaque	
para	as	culturas	africanas,	indígenas	e	de	migrantes.(p.	409)		
•  O	 papel	 das	 religiões	 e	 da	 cultura	 para	 a	 formação	 dos	 povos	 antigos;	
Cidadania,	 diversidade	 cultural	 e	 respeito	 às	 diferenças	 sociais,	 culturais	 e	
históricas.	(p.	412)		
•  (EF05HI04)	Associar	a	noção	de	cidadania	com	os	princípios	de	respeito	à	
diversidade,	à	pluralidade	e	aos	direitos	humanos.(p.	413)		
•  Do	 ponto	 de	 vista	 mais	 geral,	 a	 abordagem	 se	 vincula	 aos	 processos	
europeus,	 africanos,	 asiáticos	 e	 latino-americanos	 dos	 séculos	 XX	 e	 XXI,	
reconhecendo-se	especificidades	e	aproximações	entre	diversos	eventos,	
incluindo	a	história	recente.(p.	416)		
•  	 (EF07HI15)	Discutir	o	conceito	de	escravidão	moderna	e	suas	distinções	
em	relação	ao	escravismo	antigo	e	à	servidão	medieval.		
•  (EF07HI16)	 Analisar	 os	 mecanismos	 e	 as	 dinâmicas	 de	 comércio	 de	
escravizados	 em	 suas	 diferentes	 fases,	 identificando	 os	 agentes	
responsáveis	 pelo	 tráfico	 e	 as	 regiões	 e	 zonas	 africanas	 de	 procedência	
dos	escravizados.(p.	421)		
•  	 (EF08HI11)	 Identificar	 e	 explicar	 os	 protagonismos	 e	 a	 atuação	 de	
diferentes	grupos	 sociais	e	étnicos	nas	 lutas	de	 independência	no	Brasil,	
na	América	espanhola	e	no	Haiti.	(p.	423)	
•  (EF08HI14)	 Discutir	 a	 noção	 da	 tutela	 dos	 grupos	 indígenas	 e	 a	
participação	 dos	 negros	 na	 sociedade	 brasileira	 do	 final	 do	 período	
colonial,	 identificando	 permanências	 na	 forma	 de	 preconceitos,	
estereótipos	e	violências	sobre	as	populações	indígenas	e	negras	no	Brasil	
e	nas	Américas.	(p.	423)		
•  	(EF08HI16)	Identificar,	comparar	e	analisar	a	diversidade	política,	social	e	
regional	 nas	 rebeliões	 e	 nos	 movimentos	 contestatórios	 ao	 poder	
centralizado.	(p.	425)		
•  (EF08HI19)	Formular	questionamentos	 sobre	o	 legado	da	escravidão	nas	
Américas,	 com	 base	 na	 seleção	 e	 consulta	 de	 fontes	 de	 diferentes	
naturezas	
•  	 (EF08HI20)	 Identificar	 e	 relacionar	 aspectos	 das	 estruturas	 sociais	 da	
atualidade	com	os	legados	da	escravidão	no	Brasil	e	discutir	a	importância	
de	ações	afirmativas.	(p.	425)		
•  (EF08HI23)	 Estabelecer	 relações	 causais	 entre	 as	 ideologias	 raciais	 e	 o	
determinismo	no	 contexto	do	 imperialismo	europeu	e	 seus	 impactos	na	
África	e	na	Ásia.	
•  	(EF08HI24)	Reconhecer	os	principais	produtos,	utilizados	pelos	europeus,	
procedentes	do	continente	africano	durante	o	 imperialismo	e	analisar	os	
impactos	 sobre	 as	 comunidades	 locais	 na	 forma	 de	 organização	 e	
exploração	econômica.	(p.	425)	
•  	 O	 escravismo	 no	 Brasil	 do	 século	 XIX:	 plantations	 e	 revoltas	 de	
escravizados,	 abolicionismo	 e	 políticas	 migratórias	 no	 Brasil	 Imperial.	 O	
imperialismo	 europeu	 e	 a	 partilha	 da	 África	 e	 da	 Ásia	 Pensamento	 e	
cultura	no	século	XIX:	darwinismo	e	racismo.		
•  (EF09HI03)

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