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Aluna: Valdinete Alessandra Zechi Professora: Franciele Samanta Bohr Florenco Matéria:Estágio em coleta de amostra biológicas Itajaí 2023 A HUMANIZAÇÃO NA COLETA DE SANGUE INFANTIL Valdinete Alessandra Zechi valdinetezzechi@gmail.com Introdução A coleta de sangue em crianças é um procedimento comum em várias unidades de saúde, porém requer cuidados especiais devido às necessidades físicas e emocionais desses pacientes em desenvolvimento. Quando uma criança precisa ser internada ou submetida a procedimentos em um serviço de saúde, ela é afastada de sua rotina e confrontada com algo novo. Essa situação gera insegurança e medo, podendo desencadear reações que afetam as respostas ao tratamento e à recuperação. Tanto a criança quanto os pais precisam estar preparados para enfrentar este processo. O objetivo do preparo para esses procedimentos, especialmente aqueles dolorosos, como injeções de medicamentos ou coleta de amostras de sangue, é reduzir o sofrimento, proteger e promover o desenvolvimento integral da criança, oferecendo recursos que a ajudem a lidar com o que não pode ser evitado. E deste trabalho discutiremos os cuidados especiais a serem tomados durante a coleta de sangue em crianças, a importância da humanização do procedimento e o local de punção preferível em pacientes pediátricos. Desenvolvimento A coleta de sangue em crianças requer cuidados especiais para garantir sua segurança, conforto e bem-estar. A preparação psicológica, a escolha adequada do profissional, a criação de um ambiente acolhedor, o uso de anestesia tópica, dispositivos apropriados, técnica adequada, reações pós-coleta e apoio emocional são elementos cruciais para uma experiência mais positiva e menos traumática. A preparação psicológica é fundamental, explicando o procedimento de forma clara e adequada à idade da criança, em uma linguagem simples e tranquila. O diálogo aberto com a criança e seus pais cria confiança e cooperação. Além disso, a escolha de um profissional experiente é essencial, pois ele saberá lidar com a ansiedade, o medo e o desconforto, estabelecendo uma relação de confiança. Criar um ambiente acolhedor na sala de coleta de sangue contribui para o conforto da criança. O uso de cores suaves e distrações visuais, como brinquedos, ajuda a reduzir a ansiedade. O posicionamento adequado da criança durante a coleta de sangue também é crucial para facilitar o procedimento. Em algumas situações, a aplicação de anestesia tópica no local da coleta pode reduzir o desconforto. O uso de dispositivos adequados, como agulhas de calibre menor, minimiza a dor e o desconforto. Além disso, a técnica adequada, realizada de forma rápida e precisa, é fundamental. Durante o processo de coleta de sangue em neonatos e lactentes, é indicado que os mesmos sejam posicionados de maneira confortável em uma maca, contando com a assistência de um profissional adicional. A participação do acompanhante não é recomendada, a fim de evitar repercussões emocionais na criança. O auxiliar assume a responsabilidade de fixar o braço próximo ao pulso e ao garrote, enquanto o coletor realiza a punção venosa de acordo com os procedimentos usuais adotados em adultos. Em relação a crianças um pouco mais velhas, estas geralmente colaboram ao serem posicionadas em uma postura sentada durante o procedimento. Duas posições confortáveis são consideradas: a primeira consiste em colocar a criança deitada de lado no colo do acompanhante, com o auxiliar responsável pela fixação do braço próximo ao garrote; a segunda envolve posicionar a criança de frente para o acompanhante, com as pernas abertas e entrelaçadas ao corpo deste, enquanto o auxiliar fixa o braço próximo ao garrote. O coletor segue os mesmos passos para a realização da punção venosa, tal qual utilizado em procedimentos voltados para a população adulta. A punção em crianças para coleta de sangue é um procedimento comum, mas a escolha do local de punção pode variar dependendo de vários fatores. No Brasil, a região antecubital do antebraço é geralmente preferida para realizar essa punção em crianças. Nessa área, as veias são mais acessíveis, tornando o processo mais fácil e menos desconfortável para a criança. A punção venosa nessa região é realizada usando uma agulha apropriada para crianças, como a borboleta ou scalp. No entanto, é importante lembrar que a escolha do local de punção pode depender do procedimento específico, da idade da criança e da preferência do profissional de saúde. Em alguns casos, como em recém-nascidos e lactentes, os calcanhares também podem ser utilizados para coleta de sangue. As veias mais usuais para a coleta de sangue são: Veia Cefálica / Veia mediana cubital / Veia mediana cefálica / Veia longitudinal (ou antebraquial) / Veia mediana basílica / Veia do dorso da mão / Veia marginal da mão /Veia basílica E ao escolher o local de punção adequado, é necessário considerar a acessibilidade, a estabilidade e o conforto da criança. Veias periféricas, como as do dorso da mão e antebraço, são frequentemente utilizadas. Sempre que possível tente evitar que a criança assista a punção. A idade, o desenvolvimento físico e condições clínicas específicas também influenciam a escolha do local. Após a coleta de sangue, é importante aplicar pressão suave no local da punção e oferecer apoio emocional à criança, elogiando sua coragem e oferecendo recompensas. Distração e técnicas de relaxamento, como contar histórias ou usar dispositivos eletrônicos, também são eficazes para reduzir a ansiedade. Considerações Finais Ao adotar uma abordagem humanizada durante a coleta de sangue infantil, é possível minimizar o impacto emocional negativo e proporcionar uma experiência mais tranquila e positiva para as crianças durante a coleta de sangue. Isso contribui não apenas para o cuidado físico, mas também para o desenvolvimento integral da criança. Devemos ressaltar a importância de abordar a coleta de sangue em crianças de maneira sensível e cuidadosa. Ao reconhecer a fragilidade e o valor da vida infantil, é essencial criar um ambiente acolhedor e seguro durante o procedimento. Além disso, destaca-se que a coleta de sangue em crianças pode ser um momento de aprendizado, onde podemos transmitir valores importantes, como confiança, respeito e cuidado. Com uma abordagem amorosa e empática, é possível proporcionar uma experiência positiva para as crianças durante a coleta de sangue, deixando uma lembrança duradoura em suas vidas. Referência SANTOS, Débora Rodrigues Dantas dos; MAGALHÃES, Damaris Gomes. Atitudes dos profissionais de enfermagem antes, durante e após a injeção de medicamentos ou coleta de sangue em crianças. 12º Congresso de Iniciação Científica; 6ª mostra de Pesquisa da Pós-Graduação; UNISA - Universidade de Santo Amaro. São Paulo - SP - Brasil, 23 a 25 de novembro de 2009. Páginas 656-660. Disponível em: https://www.academia.edu/download/4505469/livro_12_congresso.pdf#page=658 Acesso em: 08/06/2023
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